Últimas indefectivações

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Antevisão...

Missão: Londres...

Treino...

Boa vitória...

Ferreira do Zézere 2 - 6 Benfica

Jogo muito bem conseguido, num recinto normalmente complicado...
Nota para a ausência do Pany, que não tem jogado, e até agora, sem explicações... suponho que esteja lesionado!

BI: Antevisão - Chelsea...

Visão: Manteigas...

Futsal Feminino: 0-10

Vamos lá falar de Assembleias Gerais

A Assembleia Geral do Benfica


"Em clima pré-eleitoral, reuniram-se todas as condições para a AG do último sábado fosse um barril de pólvora. Porém, nada desculpa a falta de democracia, respeito e urbanidade verificados. Foi a primeira vez que isto aconteceu na AG de um clube? Não. Foi a primeira vez que isto aconteceu numa AG do Benfica? Não. Quem saiu mais favorecido? O mais vitimizado: Luís Filipe Vieira...

Num clube com centenas de milhares de sócios, sendo que cerca de 120 mil, por terem mais de 18 anos e as quotas regularizadas, têm capacidade eleitoral (são esperados mais de 50 mil votantes nas próximas eleições), não faz sentido nenhum que decisões importantes sejam tomadas em Assembleias Gerais que não recolhem, sendo generoso, mais do que um milhar de participantes, mais militantes, e residentes, ‘grosso modo’, na Grande Lisboa. Aceitar como boa esta realidade, e, nos novos estatutos, terem passado ao lado da possibilidade de criarem uma assembleia de delegados, que seria representativa do verdadeiro universo encarnado, pareceu-me sempre, a primeira um contrassenso e a segunda uma oportunidade desperdiçada. Dito isto, as lamentáveis cenas ocorridas na última reunião magna do Benfica, não foram novas, nem foram originais, perante uma plateia de ideias já formadas (foram chumbadas contas com um lucro de 40 milhões!), que esteve presente, mais do que para ouvir fosse o que fosse, - permitindo que algumas franjas radicais (não tomemos a parte pelo todo), assumissem comportamentos que não desdenhariam a quem provocou os tumultos da AG do FC Porto, no estertor do regime de Pinto da Costa – para marcar posição eleitoral.
Quem foi o principal beneficiário da situação criada? Obviamente Luís Filipe Vieira, que ao ver-se inibido de intervir como queria, numa manifestação antidemocrática que deve ter feito corar de vergonha póstuma os autores do Hino do Benfica, «Avante, avante pelo Benfica», de 1929, censurado pelo Estado Novo em 1942, viu criadas condições para uma vitimização que só lhe pode ser benéfica. Creio que continua a haver quem confunde a bolha das AG’s com o País benfiquista real, mas os votos em urna a 25 de outubro dissiparão todas as dúvidas.
Para já, numas eleições que dependem também de variáveis imprevisíveis, como o são os resultados da equipa principal de futebol, parece tomar forma a possibilidade de haver uma segunda volta, havendo quatro candidatos – João Diogo Manteigas, Luís Filipe Vieira, Noronha Lopes, e Rui Costa (aqui colocados por ordem alfabética) - que, pela notoriedade de que desfrutam no universo encarnado, surgem como mais candidatos que os restantes. Devo confessar que, com todo o respeito pelos órgãos de comunicação que as encomendam e publicam, e pelas empresas que as realizam, dentro de parâmetros de competência profissional, não acredito em sondagens para eleições em clubes desportivos. Daí que vá aguardar pelo que as urnas irão dizer a 25 de outubro...
Mas regressando à AG do último sábado, que teve cenas degradantes, haverá alguém que possa vir a terreiro dizer que não viu cenas igualmente deploráveis (podia falar de outros clubes, mas fico-me pelo Benfica) em reuniões magnas anteriores? Pela memória que tenho das últimas quatro décadas, retenho, como expoentes, uma AG no tempo de Fernando Martins, em que o presidente da Mesa da AG, Araújo e Sá, teve de recorrer a meios excecionais de dissuasão; recordo a AG da constituição da SAD, nos idos de Vale e Azevedo, em que imperou a tirania; e ainda, mais recentemente, aquela que envolveu fisicamente o presidente Luís Filipe Vieira e um associado. Para não falar do que sucedeu, noutras circunstâncias, fora dos holofotes da opinião pública...
Repito, na terceira década do século XXI, as Assembleias Gerais como foram pensadas em 1904 não fazem qualquer sentido, muito menos representam os sócios de um clube global, como o Benfica. Caberá aos benfiquistas decidir se querem viver sempre sob este estigma de instabilidade, ou se estão abertos a outras vias, já descobertas e aplicadas por ‘gigantes’, como o Real Madrid ou o Barcelona, que continuam a ser ‘clubes dos sócios’.
Nada disto terá influência nas eleições que se avizinham, onde a única coisa certa é a incerteza..."

Eleições do Benfica: o nível desce e nem sequer sobe o interesse


"Não constitui grande surpresa o deserto de ideias para o futuro que tem sido a pré-campanha do Benfica. O passado já nos mostrou como os sócios tomam decisões nestas alturas. Nada a fazer?

Uma corrida eleitoral com seis candidatos faria prever, em tese, o funcionamento da democracia em todo o seu esplendor. Diferenças de abordagem, ideias para o futuro, respeito no debate, elevação e civismo nos atos de candidatura.
Era tudo uma ilusão, se é que chegou a sê-lo. Na verdade é provável que não, porque infelizmente abundam na história do futebol português (e basta pensar no século 21) exemplos lamentáveis ocorridos na vida política dos clubes, nomeadamente em Assembleias Gerais, espaços que deveriam ser, por definição, a ágora onde se discute e decide o futuro das instituições. Não será preciso esmiuçar o que sucedeu com o FC Porto, incluindo consequências criminais associadas, ou com as AG de destituição de Bruno de Carvalho do Sporting. Ou com anteriores assembleias na Luz. Isto para não falar de Alcochete.
O que se passou este fim de semana na vida do mais representativo clube português traduz uma degradação que tem raízes profundas, é certo, na quase exclusividade da emoção como fio condutor da relação dos adeptos com os clubes de futebol. E sim, escrevi clubes de futebol de propósito, porque todos sabemos qual é a força motriz de cada um dos principais emblemas nacionais. O Benfica ter vencido o Sporting ontem, em hóquei em patins, não retira nem acrescenta um voto a qualquer candidato; potenciais vitórias da equipa de futebol do Benfica em Londres, no Porto e em Newcastle podem decidir tudo a favor de Rui Costa, como aliás o próprio Luís Filipe Vieira referiu ontem em entrevista televisiva.
Mas além desta irracionalidade sócio-económico-filosófico-financeira que está na base dos clubes-religião, há uma responsabilidade importante a imputar à classe dirigente, ou aos candidatos a membros da classe dirigente: cavalgam a onda e conseguem, agora no caso do Benfica, passar um fim de semana inteiro a marcar a agenda informativa sem a divulgação de uma ideia para os próximos quatro anos do clube.
Os seis candidatos — incluindo os dois outsiders que, talvez por isso mesmo, ainda tentam aqui e ali gritar um pensamento mas não conseguem ser ouvidos — trocaram acusações, disseram mal uns dos outros, marcaram posições e desdobraram-se em declarações para tentar arregimentar votos.
Há uma frase brejeira que fala de «descida de nível e subida de interesse». Aqui, não tem havido nível nem interesse."

BF: Benfica com alarme à esquerda?

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Ranking UEFA: Portugal pode ser líder da época, mas cenário não é bom

Observador: Três Toques - Kabonga é o novo recordista do mundo?

Águia: Bruno Lage...

Observador: Decisão Benfica - Há má gestão financeira no clube? Quais as soluções?

Zero: Ataque Rápido - S07E09 - Está Rui Borges a ser demasiado crítico com o Sporting?

SportTV: Primeira Mão - ⚽ “Special One” em Londres, “Díos” em Nápoles: mais uma ronda de Champions

A Verdade do Tadeia #2026/05 - Das chapas três ao tropeção

Transforma #118 - "NA VOLTA DOS MESMOS, A VARGONHA CONTINUA"

Segundo Poste - S05E09 - "O plantel do Sporting é melhor do que o de Porto e Benfica"

Falsos Lentos - S06E04 - Herman Humilha Batáguas

Chuveirinho #144

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Rola Bola #41 - Ballon D'or ou "Naif"

Comunicado da Mesa da Assembleia Geral


"Considerando as Assembleias Gerais ocorridas no sábado, dia 27 de setembro de 2025, a Mesa da Assembleia Geral comunica o seguinte:
1. O Sport Lisboa e Benfica é uma referência da Democracia portuguesa e um farol da liberdade de expressão, não sendo admissível que nenhum sócio possa ser limitado no exercício dos seus direitos, nomeadamente de requerer o uso da palavra numa Assembleia Geral;
2. ⁠Nesse considerando, a Mesa, lamentando e condenando os factos e vicissitudes que são do conhecimento geral, sublinha que, ainda assim, todos os sócios que requereram o uso da palavra acabaram por fazê-lo – reforçamos que jamais permitiríamos que assim não fosse!
3. ⁠Quanto à não aprovação⁠ da proposta de regulamento, a Mesa remete para as suas anteriores comunicações, tranquilizando os sócios do Clube: as eleições disputar-se-ão a 25 de outubro, sendo regidas pelos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica e de acordo com as normas não revogadas do Regulamento de 2021, que, à data, mereceu um amplo consenso;
4. ⁠Oportunamente, mas sempre após a publicação do edital das eleições, a Mesa publicará os procedimentos e trâmites eleitorais, assim como as minutas referentes à apresentação das candidaturas – que só existirão, nessa qualidade, após a sua receção definitiva.
5. ⁠A Mesa sabe que os mais de 250 000 sócios do Sport Lisboa e Benfica com capacidade eleitoral ativa ambicionam umas eleições que cumpram o desígnio fundacional do Clube, bem assente na insígnia E Pluribus Unum, pelo que – da mesma forma que, em conjunto com os demais órgãos sociais do Clube, levou a bom porto o processo de revisão dos Estatutos, mesmo quando muitos pensaram que tal não seria possível – assegura que o presente processo será regular, lícito, transparente, auditável, culminando numa manifestação de Democracia que orgulhará todos os Benfiquistas.

A Mesa da Assembleia Geral."

1 Minuto


- Minuto...

Cortar Ruben Amorim dá corte de cabelo?


"É unânime dizer que a Premier League é o campeonato mais competitivo: todas as semanas há dérbis, clássicos, qualquer um pode ganhar a outro, o que dá cabo dos planos de toda a gente na hora de fazer a Fantasy League. Também torna mais difícil a tarefa do adepto Frank Ilett, que está há quase um ano sem cortar o cabelo (desde 4 de outubro) depois de se ter metido numa aposta que não parecia muito difícil: só voltaria ao barbeiro quando o Manchester United ganhasse cinco jogos seguidos. São 358 dias de cabelo.
Lá para comprovar a imprevisibilidade está Ruben Amorim, que numa semana ganha ao Chelsea e na outra perde com o Brentford – um é campeão do mundo de clubes, o outro está acima do United na classificação.
Também era unânime apreciar o quanto havia cabeça fria em Inglaterra e os treinadores se aguentavam nos clubes anos e anos. A abertura à Europa levou jogadores e treinadores de outras latitudes, mas também a velocidade com que se estala o chicote quando as coisas começam a correr um pouco mal - já esta época, Nuno Espírito Santo e Graham Potter (que o português já foi substituir) foram demitidos de Nottingham Forest e West Ham. Que diabo, Ange Postecoglou não ficou no Tottenham depois de ter vencido a Liga Europa.
Este sábado Amorim teve de pensar em mais coisas para dizer depois da derrota com o Brentford e foi mais uma vez direto: «Nunca estou preocupado com o meu trabalho, não sou esse tipo de pessoa. Não é uma decisão minha. Farei o meu melhor a cada minuto que estiver aqui, estou sempre confiante no que fazer», assegurou Amorim. Gosto que tenha este tipo de segurança e não tenha problema em dizê-lo.
Ele já tem tanto que o preocupe, que mais vale esta não ser uma dessas coisas: em sete jogos esta época, venceu dois; na época passada, em 42 venceu 17. Duas vitórias seguidas na Premier são uma miragem. Tem 34 pontos em 33 jogos. E mesmo assim mantém a confiança da Direção. «O bilionário Jim Ratcliffe acredita que Amorim merece tempo para trabalhar com os seus jogadores depois de o United ter gastado 259 milhões de euros em reforços este verão.»
Os bilionários podem dar-se ao luxo de esperar, já o desgraçado cabeludo que sábado voltou à estaca zero, contando já com 400 mil seguidores nas redes sociais com ele compadecidos, não sei por quanto tempo mais vai ter essa paciência. Mas até é bem provável que a saída de Amorim não o coloque mais perto da franja aparada.
Os próximos cinco jogos? Sunderland, Liverpool, Brighton, Nottingham Forest e Tottenham..."

DAZN: Bundesliga - Golos - Jornada 5

O plano saudita para dominar o desporto mundial


"A Arábia Saudita está a transformar o desporto numa das suas principais ferramentas de projeção internacional, diversificação económica e construção da sua marca-país. Sob a liderança do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, o país lançou há alguns anos o ambicioso plano “Vision 2030”, que procura reduzir a dependência do petróleo e posicionar o reino como um hub global de entretenimento, turismo e desporto. O desporto, neste contexto, é simultaneamente negócio, diplomacia e transformação social.
O investimento é massivo e não promete abrandar nos próximos anos. Só nos últimos três anos, o país aplicou mais de 4 mil milhões de euros em projetos desportivos, através do seu Fundo de Investimento Público (PIF), que controla diretamente clubes, eventos e parcerias internacionais. O objetivo é que o setor desportivo represente 22 mil milhões de euros por ano até 2030, tornando-se um dos pilares da nova economia saudita.
O futebol é o rosto mais visível desta estratégia. A Saudi Pro League foi reestruturada, com o PIF a adquirir 75% das ações dos quatro maiores clubes: Al-Nassr, Al-Hilal, Al-Ittihad e Al-Ahli. Estrelas como Cristiano Ronaldo, Neymar, Benzema, Kanté e Mané foram contratadas com salários recorde — Ronaldo, por exemplo, recebe cerca de 200 milhões de euros por ano, incluindo direitos de imagem e participação acionista. A presença destas figuras aumentou em mais de 150% o valor de mercado da liga, e as transmissões internacionais da Saudi Pro League já chegam a mais de 140 países.
Mas a aposta vai muito além do futebol. A Arábia Saudita organiza atualmente o Grande Prémio de Fórmula 1 em Jeddah; o Rally Dakar desde 2020; torneios de golfe como o LIV Golf, que rivaliza com o PGA Tour; eventos de MMA e boxe com lendas como Tyson Fury e Oleksandr Usyk; torneios de ténis e eSports, incluindo a Tala do Mundo de eSports em 2025 e os Jogos Olímpicos de eSports em 2027.
A nível institucional, o país estabeleceu parcerias com entidades como a ATP, a FIFA, a Fórmula 1, a WWE e a PGA Tour, e foi confirmado como sede do Mundial de Futebol de 2034, da Taça da Ásia de 2027 e dos Jogos Asiáticos de Inverno de 2029, que serão realizados na futurista cidade de Trojena, parte do megaprojeto NEOM.
A estratégia inclui também a privatização de clubes, a construção de infraestruturas como a Global Sports Tower (projeto de 23 mil milhões de dólares) e a criação de zonas desportivas integradas em cidades inteligentes. O país está a construir mais de 30 novos estádios e arenas, com tecnologia de ponta e foco em sustentabilidade.
No plano social, o desporto é usado como catalisador de mudança. A participação feminina em atividades desportivas aumentou 150% desde 2016, com mais de 330 mil atletas registadas e equipas nacionais femininas em várias modalidades. O desporto foi introduzido no currículo escolar e as federações são obrigadas a incluir mulheres nos seus órgãos diretivos. Além disso, o número de praticantes amadores cresceu exponencialmente, com mais de 7 milhões de sauditas a praticar desporto regularmente em 2024.
Apesar das críticas internacionais sobre direitos humanos e acusações de “sportswashing”, a Arábia Saudita tem conseguido redefinir a sua imagem global. O desporto tornou-se uma ferramenta de soft power, atraindo turistas, investidores e atenção mediática."

Trump, tensão, adeptos fanfarrões e uma quase reviravolta histórica: como a Europa revalidou a Ryder Cup em território hostil


"Em Nova Iorque, a seleção europeia viveu uma montanha russa de emoções, conseguindo, no meio de insultos e de um último dia terrível, o 11.º título na prova de golfe que junta os melhores do velho continente e dos Estados Unidos, vencendo por 15-13. A competição foi dura, mas o comportamento dos adeptos, numa América polarizada, fez ainda mais manchetes

Quando Shane Lowry, barba impenetrável, corpo de jogador de futebol americano, mas irlandês de gema, equilibrou de forma milimétrica a força e o jeito necessários no putter para que a sua bola se fosse aninhar sem espinhas no buraco 18, o festejo exuberante que se seguiu tinha dentro de si uma série de sentimentos.
Alegria, seguramente, afinal de contas a Europa acabava, com aquele meio ponto arrebatado, de revalidar a Ryder Cup, a competição de golfe que coloca frente a frente os melhores dos Estados Unidos e do velho continente a cada dois anos. Também alívio, porque aquela vitória, quase garantida no sábado, esteve prestes a fugir no domingo - e teria sido uma reviravolta humilhante. E, por fim, porque não, de doce vingança face a um público norte-americano agressivo e hostil, uma extensão do discurso do seu presidente, aficionado do desporto e o primeiro líder dos Estados Unidos em exercício a comparecer na prova. O normalmente paciente e disciplinado público do golfe pareceu, por vezes, tomado por bullies.
Esse mesmo público nem esperou pelo final. Mal ficou consumada a certeza que a Ryder Cup voltaria com os europeus no avião, muitos abandonaram o Bethpage Black Course, em Long Island, em Nova Iorque. Desta vez em silêncio. Daqui a dois anos, garante Shane Lowry, tudo será mais calmo na sua Irlanda, que receberá a próxima edição.
Os dois primeiros dias da competição foram de intenso domínio dos golfistas europeus, acumulando vitórias nos pares dos formatos de foursomes e fourballs. A Europa partiu para o último dia, dos 12 duelos de simples, um jogador contra o outro, a valer um ponto cada um, com uma vantagem (11½ contra 4½) aparentemente fora do alcance de uma seleção norte-americana que ia acumulando erros e nervos, que foram ressoando em quem assistia.
Foi já na reta final do dia de sábado, com o avolumar do resultado, que o ruidoso público se tornou ostensivamente provocador, belicoso. A principal vítima foi o norte-irlandês Rory McIlroy, insultado, incomodado em pleno jogo, inclusive pela comediante Heather McMahan, animadora de serviço e que liderou a multidão com gritos de “Fuck you Rory!”, antes de ser afastada pela organização. A mulher de McIlroy, de nacionalidade norte-americana, foi mesmo atingida com um copo de cerveja. A segurança teve de ser reforçada e McIlroy chegou a jogar com uma linha de polícias a separá-lo dos adeptos. Vários deles acabaram expulsos das bancadas.
“Não acho que devamos aceitar isto no golfe”, sublinhou McIlroy. “O golfe tem a capacidade de unir as pessoas, ensina muitas lições de vida. Ensina-te etiqueta, a jogar segundo as regras. E ensina-te a respeitar as pessoas. Em alguns momentos desta semana não vimos isso”, disse ainda, lembrando, após o final da competição, que a Europa “conseguiu calar” os adeptos menos educados com o seu desempenho. “Eu respondi algumas vezes, mas tentámos gerir tudo com classe e elegância e acho que, na maior parte das vezes, conseguimos”.
Keegan Bradley, capitão da seleção norte-americana, minimizou o comportamento do público local, justificando-o com a sua “paixão” e com o facto da equipa da casa estar “a levar uma coça”. E antes do domingo decisivo, não se deu por vencido, apesar do resultado: “Coisas malucas acontecem no desporto a toda a hora”.

A quase recuperação
Bradley não esteve longe da verdade, pelo menos no que ao desportivo diz respeito. Coisas loucas acontecem e estiveram mesmo para acontecer. O desempenho a tocar a perfeição da equipa europeia quase terminava em vexame no último dia de competição. A precisar de apenas 2½ para chegar aos 14 pontos que garantiriam o triunfo, a Europa viu-se a perder duelo atrás de duelo, mesmo tendo garantido meio ponto mesmo antes de começar a jogar, com a lesão do norueguês Viktor Hovland a impedir o duelo com Harris English - segundo as regras, nestes casos o confronto acaba em empate, ou seja, meio ponto para cada seleção.
Foi ao oitavo duelo que Shane Lowry conseguiu finalmente o meio ponto necessário para chegar aos 14, depois de cinco vitórias norte-americanas, uma europeia e um empate. O resultado final acabaria em 15-13 para a Europa, mas esteve muito perto a maior reviravolta de sempre da Ryder Cup, que continua assim a pertencer à seleção europeia, que em 2012, em Medinah, também nos Estados Unidos, recuperou de um 10-6 no início do último dia, conquistando 8½ pontos dos 12 em disputa no domingo para bater os rivais.
A Europa tem agora 11 vitórias nas últimas 15 edições da Ryder Cup."

DAZN - F1 - O 'hobbie' de Max

SportTV: MotoGP - GP Japão