Últimas indefectivações

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Andámos a sonhar...

"1. Na semana passada, duas novidades sobre o Apito Dourado:

1.º) Afinal, a reunião do Conselho de Justiça que castigou Pinto da Costa e levou à descida de divisão do Boavista, 'cirugicamente' terminada pelo presidente que ia perder a votação, não valeu. Se calhar, o melhor é acabar de vez com todos os processos e fazer um louvor público a Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, etc. pelos altos serviços prestados ao Futebol e ao Desporto. Todos nós, que gostamos de um Desporto limpo, andámos estes anos todos enganados e ouvimos mal o presidente do FC Porto a indicar o caminho de casa ao árbitro; lemos mal a factura do FC Porto a pagar uma viagem a Carlos Calheiros (ou, antes, Carlos Amorim); não ouvimos sequer dirigentes a combinar com elementos do conselho de arbitragem a nomeação de árbitros, etc., etc, Andámos todos a sonhar...

2.º) Foi divulgada uma gravação na qual o antigo árbitro, Jacinto Paixão, confessa que o FC Porto o contactou para influenciar jogos do FC Porto e do Benfica. Nada que fosse novo, mas agora com mais elementos. O FC Porto, claro, veio logo dizer que é tudo mentira. Pois é. É mentira o que diz Jacinto Paixão, é mentira a conversa com Augusto Duarte em casa de Pinto da Costa, é mentira a história dos 'quinhentinhos'. Andámos e, pelos vistos, continuamos andar todos a sonhar...


2. Incompreensível. Benfiquistas a insultar a nossa equipa e os nossos jogadores. Eu também gosto muita da forma de jogar (´à Benfica') do Fábio Coentrão ou do Maxi Pereira. Mas tenho que reconhecer que nem todos os jogadores têm as mesmas características e que Cardozo, por exemplo, com a sua estatura, com o seu fraco poder de arranque, nunca será um desses jogadores. Entusiasma (pelo vistos só alguns) adeptos pelos seus golos, não pela forma como joga. E estive completamente de acordo com o nosso consócio Sérgio Bordalo (que aparece às quartas-feiras na Benfica TV) quando, logo após o golo de Cardozo, no sábado passado, gritou várias vezes, em plena bancada, perto de mim: 'Vai-te embora Cardozo, não vales nada, só meteste 100 golos em quatro épocas, não vales nada, volta para a tua terra...' Excelente reposta àqueles que passam a vida a criticá-lo e a assobiá-lo. Como certamente faziam com Nuno Gomes, anos e anos assobiado e, agora, muito justamente, venerado. É o 8 ou 80 dos benfiquistas, dos portugueses, ainal..."


Arons de Carvalho, in O Benfica

...já não há pachorra !!!

A regularidade com que todos os dias são publicadas notícias falsas sobre o Benfica até 'assusta'!!! Contratações, dispensas, reestruturações, dirigentes que entram, e outros que vão embora, declarações bombásticas, citações subtis mas de extrema gravidade caso fossem verdadeiras, comentários fora de contexto, revoluções, sangue, etc, etc, etc...


Algumas destas notícias, 'confirmadas' por fontes 'seguríssimas', até demonstram alguma criatividade (Couceiro...!!!), mas outras são bastante repetitivas... por exemplo desde que o Rui Costa passou a ser Director Desportivo, quantas vezes já se incompatibilizou com o Presidente?!!!


Mas mais grave, é que mesmo quando as notícias são desmentidas categoricamente, o impacto da notícia mentirosa é sempre maior que o desmentido, e passado algum tempo, poucos se recordam do desmentido, e muitos lembram-se da mentira...!!!


O mais espantoso é que 90% das notícias falsas sobre o Benfica têm origem em dois grupos e comunicação social, a Cofina, e a Controlinveste!!! (sendo mais 9% responsabilidade da Média Capital!!!) A insistência que os vários jornais destes grupos, MENTEM despudoradamente é extraordinária. Conseguem inclusive desvalorizar os desmentidos oficiais, mesmo quando eles são concludentes...


Felizmente, já estou imune a estas novelas, mas sendo estes factos de conhecimento público, sendo admitido entre todos os Benfiquistas que estes avençados jornaleiros além de incompetentes, são maliciosos, que mentem premeditadamente (supostamente para aumentar as vendas, mas no fundo fazem-no exclusivamente para agradar ao poder Corrupto instituído...!!!).


Com todas estas evidências, diariamente, além de ler as notícias falsas com intenções incendiárias, como Benfiquista, sou obrigado a ler e ouvir, histéricos Benfiquistas a comentarem estes chorrilhos de asneiras, como fossem verdade, ontem foi o Salvio, hoje foi o Rui Costa, amanhã será o tio-avó do Roberto, depois da amanhã será o melhor jogador Chinês da actualidade... estou farto, já não há pachorra...!!! Ou existe mesmo Benfiquistas muito ingénuos, ou então estão completamente obcecados com o 'bota-baixismo' interno, não tendo pejo em usar o mais baixo e sujo jornalismo português como arma de ataque...

A malta das bancadas

"Mais uma temporada de Futebol chega ao fim e milhares de pessoas vão ter de reorganizar a sua agenda até poderem voltar às bancadas dos estádios, onde, regularmente, torceram pelas equipas dos seus corações, gritando, chorando, perdendo a cabeça por elas. Para muitos vai ser, como sempre acontece, um vazio difícil de preencher.

Falo da malta das bancadas e, sobretudo, da malta benfiquista que viu os seus sonhos desta época ficarem aquém daquilo que desejavam e previam, mas que nem por isso deixarão de ter o coração a bater pelo seu Benfica, de olhos postos num futuro que todos desejamos mais auspicioso e portador de maiores alegrias.

Falo da nossa malta das bancadas. Dos pais, dos filhos e dos netos, das mulheres e dos homens que, com cachecóis e bonés orgulhosamente visíveis, pediram camisolas aos seus ídolos, com cartazes improvisadamente desenhados em casa, nos intervalos das tarefas domésticas. Eles são sempre a alma de um clube, mas também os seus mais implacáveis juízes, porque não gostam de ver gorados os sonhos que deram mais sentido às suas vidas.

André Brun, escritor, dramaturgo e humorista, que foi major no Corpo Expedicionário Português que combateu na Flandres, durante a I Grande Guerra, escreveu um livro intitulado 'A Malta das Trincheiras', verdadeiro clássico da literatura de guerra, mas carregado de sensibilidade e ternura. Nesse livro descrevia os soldados portugueses que mostravam o seu heroísmo nas trincheiras enlameadas de uma guerra de sangue, suor e lágrimas como viria também a ser o segundo conflito mundial.

Apetece-me adaptar o título e falar da Malta das Bancadas, que talvez possa vir a ser título de um livro, mas também, e desde já, homenagem a todos aqueles que semana a semana choram e riem, vociferam e aplaudem a equipa do seu coração, emblema de uma paixão a que nada se sobrepõe, por vir do fundo mais fundo dos sentimentos que não se alteram ao sabor das modas e dos ventos. Que viva, pois, a nossa malta das bancadas!"


José Jorge Letria, in O Benfica

Benfica sempre!

"Há uma frase feita da língua portuguesa que traduz um estado de espírito, uma atitude, e tem grandes responsabilidades em diversos desastres nacionais. É quando se diz, perante qualquer coisa que corre mal, que «isto é para esquecer». Não. Se corre mal é para recordar e, recordando, para que não se repita. A frase poderia aplicar-se, e já a vi aplicada, à época 2010/2011 do Sport Lisboa e Benfica, não só no Futebol mas no conjunto das Modalidades em que o Glorioso tem história e responsabilidades.
No Futebol, a época começou mal e acabou pior, com um período intermédio de fulgor que deu para garantir o 2.º lugar no Campeonato e a Taça da Liga. E o que aconteceu é bom que não se esqueça, para que não se repita. É indiscutível que o Benfica foi, em diversas circunstâncias, prejudicado por arbitragens incompetentes e tendenciosas, na mesma proporção em que outros foram como habitualmente nas últimas décadas, beneficiados. O ex-árbitro Jacinto Paixão diz que acordos desses, entre outros, são habitualmente firmados em jantares em determinada marisqueira. Mas isso não explica nem justifica tudo. No ano passado o 'Sistema' não era melhor nem pior, era a podridão de sempre, e o Benfica ganhou porque foi indiscutivelmente melhor. E este ano não foi, e isso não é «para esquecer».
A despedida da época foi deprimente. Mas uma coisa é sofrer com os desaires da equipa, criticar o que supostamente está mal nos lugares e pelos meios adequados. Outra, será vaiar a equipa e insultar os dirigentes eleitos. Isso é de quem substituiu o clubismo por algo de irracional, pelo derrotismo ou pela traição. O Benfica não existe para compensar frustrações individuais. O Benfica existe porque existem milhões de benfiquistas que entendem que, no melhor e no pior, Benfica sempre!"

João Paulo Guerra, in O Benfica