"A responsabilidade social corporativa, conhecida pela sigla CSR, é cada vez mais entendida como um pilar da sustentabilidade das empresas. A tendência, claro está, veio de fora, mas enraizou-se já fortemente em Portugal e pode dizer-se que hoje em dia todos os grandes actores do sector provado e do terceiro sector têm na sua agenda programas, projectos ou acções de responsabilidade social. Mas o que é isso da responsabilidade social? Em primeiro lugar, a responsabilidade social de uma empresa é para com os seus colaboradores, fornecedores e clientes, criando o contribuindo para um ecossistema equilibrado e regular em que todos encontram lugar e meios de sustento para uma vida digna. Em segundo lugar, a responsabilidade social corporativa assenta no cumprimento atempado de todas as obrigações contributivas, garantindo por essa via os meios para que se exerçam as funções do Estado e, muito particularmente, aquelas do Estado Social. No entanto, não se trata simplesmente de um exercício de solidariedade, e muito menos de caridade, embora seja herdeira directa da velha filantropia. Trata-se, isso, sim, de investimento. Mas durante muito tempo a responsabilidade social corporativa manteve-se reduzida ao simples cumprimento destas obrigações óbvias. Mas o mundo mudou, e se todos sabemos apontar-lhe em que o fez para pior, manda a boa regra que realcemos em que mudou para melhor. E, neste caso, há que dizer que as empresas reconhecem cada vez mais que a responsabilidade e o seu compromisso é com a terra onde pisam e com as pessoas que as rodeiam. Na verdade, faz sentido que uma organização que gera valor extraindo riqueza de um dado território entenda que irá ter um problema a prazo se não investir na reposição das condições de base desse território. Quer dizer,se assumir um comportamento predatório e retirar tudo o que pode sem ajudar a repor e a desenvolver, seja em que ramo de actividade for e seja em que recurso for, da água aos recursos humanos para usar dos exemplos, virá a precisar de continuidade ou crescimento, e o seu território não irá prover o que já não tem. É como diz o povo: 'donde se tira e não se põe...'
Ora, a responsabilidade social é um meio fundamental para que uma parte da riqueza produzida seja reinvestida na valorização do tecido social que a produziu, por exemplo combatendo a pobreza e o insucesso escolar, preservando o ambiente e combatendo as exclusões sociais. Esse investimento irá possibilitar, por exemplo, que mais jovens desenvolvam o seu potencial e assumam no futuro profissões necessárias à sociedade e ao próprio funcionamento da economia, do mesmo modo que baixa os níveis de exclusão e conflitualidade social e permite o desenvolvimento harmonioso da comunidade e do território e, consequentemente, assegura a tão almejada e vital sustentabilidade.
É isto que faz a Fundação Benfica e por isso encontra cada vez mais parceiros privados interessados em investir em conjunto nos projectos que implementa. Um deles, que tem vindo a mudar a vida de milhares de jovens e famílias desde 2010, é o projecto 'Para ti Se não faltares!'. De vez em quando, cá e lá fora, os seus resultados são reconhecidos e premiados, honrando o nosso esforço e confirmando que a obra social do Benfica é um importante contributo para o desenvolvimento sustentável do país. Obrigado pelo prémio atribuído na I Gala de Prémios Empresariais 'Patrocina um Desportista'. Está bem entregue, não pelo que já fizemos, mas sobretudo pelo que ainda vamos fazer, pois, sempre que reconhecem o nosso trabalho, dão-nos alento para continuar e colocar a fasquia mais alta."