— Eduardo (@bidondoiro) March 15, 2023
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quarta-feira, 15 de março de 2023
Lixívia 24
Tabela Anti-Lixívia
Benfica............65 (-2) = 67
Corruptos.......57 (+8) = 49
Sporting........50 (+7) = 43
Jornada relativamente 'calma' com um Verdíssimo estranhamente acertado na Madeira, a excepção foi mesmo o Amarelo ao Neres, e aquela entrada do Riascos sobre o Bah!!!
Um jogo no Dragay, com uma equipa de arbitragem totalmente adepta dos Corruptos, mas sem inclinar demasiado o relvado: mal na expulsão final - sem influência -, com mais um vergonhoso mergulho do porco Otávio; bem nos dois penalty's assinalados - um para cada lado -, apesar do Taremergulho ter exagerado; bem ao não assinalar falta no 1.º golo do Estoril; e no lance que o Martinez pediu penalty, dou-lhe o benefício da dúvida: lance parecido com a jogada do Bah em Vizela, onde o contacto é após o remate...
No Alvalixo, terá ficado um penalty por marcar sobre o Trincão... apesar de ser o Trincão, com um movimento lateral a provocar o contacto, mas o defesa do Boavista acabou por entrar 'por trás' e assim colocou-se a jeito!!!
Anexos (I):
Benfica
8.ª-Guimarães(f), E(0-0), Rui Costa(L. Ferreira, S. Jesus), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
Sporting
10.ª-Casa Pia(c), V(3-1), Malheiro(C. Pereira, A. Costa), Prejudicados, Beneficiados, (2-2), Impossível contabilizar
12.ª-Guimarães(c), V(3-0), Mota(Martins, A. Campos), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
20.ª-Corruptos(c), D(1-2), Soares Dias(Godinho, R. Teixeira), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(5-1), Malheiro(Esteves, R. Cidade), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
11.ª-Santa Clara(f), E(1-1), Soares Dias(R. Oliveira, C. Campos), Beneficiados, Prejudicados, (0-0), Impossível contabilizar
13.ª-Boavista(f), V(1-4), Godinho(Nobre, N. Pereira), Beneficiados, Prejudicados, (1-2), Impossível contabilizar
18.ª-Marítimo(f), V(0-2), Veríssimo(Godinho, R. Teixeira), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
20.ª-Sporting(f), V(1-2), Soares Dias(Godinho, R. Teixeira), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Soares Dias - -2
Martins - -2
Sporting
Soares Dias - +3
V. Ferreira - +2
Rui Costa - +2
Esteves - +2
Nobre - +2
Melo - +2
Martins - +1
Corruptos
Veríssimo - +3
Correia - +3
C. Pereira - +2
H. Carvalho - +2
V. Ferreira - +2
L. Ferreira - +2
Godinho - +1
Soares Dias - +1
Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Pinheiro - 3
Almeida - 3
Soares Dias - 3
Veríssimo - 3
M. Oliveira - 2
Godinho - 2
Rui Costa - 2
Mota - 1
Martins - 1
Nobre - 1
V. Ferreira - 1
Narciso - 1
Malheiro - 1
Sporting
Soares Dias - 4
Mota - 4
Malheiro - 2
Rui Costa - 2
Almeida - 2
Nobre - 2
Pinheiro - 2
Veríssimo - 1
Narciso - 1
M. Oliveira - 1
C. Pereira - 1
Martins - 1
Correia - 1
Corruptos
Godinho - 3
Soares Dias - 3
Pinheiro - 2
Martins - 2
Almeida - 2
Veríssimo - 2
M. Oliveira - 2
Correia - 2
Malheiro - 1
Nobre - 1
Mota - 1
C. Pereira - 1
V. Ferreira - 1
Rui Costa - 1
VAR's:
Benfica
V. Santos - 5
Nobre - 3
L. Ferreira - 2
Malheiro - 2
Hugo - 2
Martins - 2
R. Oliveira - 2
Melo - 2
C. Pereira - 1
Correia - 1
Esteves - 1
Narciso - 1
Sporting
Hugo - 4
Martins - 3
Melo - 3
V. Ferreira - 2
C. Pereira - 2
Esteves - 2
Godinho - 2
Narciso - 2
V. Santos - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1
Rui Costa - 1
Corruptos
Hugo - 3
Martins - 3
Correia - 2
Narciso - 2
Godinho - 2
R. Oliveira - 2
Melo - 2
Esteves - 1
Rui Costa - 1
Soares Dias - 1
Nobre - 1
Macedo - 1
V. Santos - 1
H. Carvalho - 1
L. Ferreira - 1
AVAR's:
Benfica
Coimbra - 2
B. Costa - 2
S. Jesus - 2
P. Ribeiro - 2
N. Pereira - 2
Licínio - 1
J. Silva - 1
Mesquita - 1
L. Costa - 1
Godinho - 1
B. Jesus - 1
A. Costa - 1
P. Mota - 1
Pinheiro - 1
Cunha - 1
C. Martins - 1
P. Ramalho - 1
F. Silva - 1
P. Brás -1
Sporting
Cunha - 2
A. Costa - 2
R. Teixeira - 2
P. Brás - 2
H. Ribeiro - 1
Martins - 1
D. Silva - 1
L. Maia - 1
B. Costa -1
Cidade - 1
Felisberto - 1
A. Campos - 1
S. Jesus - 1
Pinheiro - 1
Baixinho - 1
B. Vieira - 1
F. Lima - 1
C. Campos - 1
B. Jesus - 1
J. Bessa Silva - 1
Corruptos
Manso - 2
N. Pereira - 2
R. Teixeira - 2
S. Jesus - 2
Cidade - 1
I. Pereira - 1
Martins - 1
C. Martins - 1
V. Marques - 1
Licínio - 1
B. Jesus - 1
A. Campos - 1
Godinho - 1
C. Campos - 1
J. Afonso - 1
P. Brás - 1
N. Pires - 1
J. Bessa - 1
H. Ribeiro - 1
A. Dias - 1
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Pinheiro - 3 + 0 = 3
Almeida - 3 + 0 = 3
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Nobre - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Sporting
Soares Dias - 3 + 0 = 3
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Martins - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Corruptos
Godinho - 3 + 2 = 5
Soares Dias - 2 + 1 = 3
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
V. Santos - 0 + 5 = 5
Nobre - 1 + 3 = 4
Pinheiro - 3 + 0 = 3
Almeida - 3 + 0 = 3
Soares Dias - 3 + 0 = 3
Veríssimo - 3 + 0 = 3
Martins - 1 + 2 = 3
Malheiro - 1 + 2 = 3
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Godinho - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Narciso - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Sporting
Soares Dias - 4 + 0 = 4
Mota - 4 + 0 = 4
Martins - 1 + 3 = 4
Hugo - 0 + 4 = 4
Malheiro - 2 + 1 = 3
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Rui Costa - 2 + 1 = 3
C. Pereira - 1 + 2 = 3
Narciso - 1 + 2 = 3
Melo - 0 + 3 = 3
Almeida - 2 + 0 = 2
Nobre - 2 + 0 = 2
V. Ferreira - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Godinho - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Corruptos
Godinho - 3 + 2 = 5
Martins - 2 + 3 = 5
Soares Dias - 3 + 1 = 4
Correia - 2 + 2 = 4
Hugo - 0 + 3 = 3
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Nobre - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Macedo - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
H. Carvalho - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Anexos(IV):
Jornadas anteriores:
Jornada 17(+1 jogo)
Jornada 18(+1 jogo)
Jornada 19(+1 jogo)
Anexos(V):
Épocas anteriores:
❤️ O sonho do Martim!
❤️ O sonho do Martim!#FundaçãoBenfica pic.twitter.com/PM2WgURAcq
— SL Benfica (@SLBenfica) March 14, 2023
Benfica oriental
"No Verão de 1970, a equipa do Benfica realizou uma digressão pelo extremo oriente que durou três semanas.
Em Agosto de 1970, a comitiva benfiquista partiu para o Extremo Oriente, onde pela primeira vez se deslocava uma equipa portuguesa de futebol. Esta seria, até à altura, a mais longa digressão que uma equipa do Benfica tinha feito. O convite nipónico já tinha surgido e havia sido recusado algumas vezes, mas, tratando-se de um convite para a comemoração do cinquentenário da Federação Japonesa de Futebol, era irrecusável. A este convite juntou-se um outro, para a presença da equipa do Benfica no Dia de Portugal da Feira Internacional de Osaka. A deslocação ao Oriente impunha uma passagem por Macau, 'uma Província portuguesa que nunca tivemos ocasião de visitar' e que permitiria aos portugueses de Macau 'apreciar e por certo aplaudir os nossos magníficos futebolistas'. A digressão terminaria com uma paragem na Coreia do Sul, para disputa de dois jogos e de onde se esperava um grande encaixe financeiro para os cofres da Luz.
Após uma longa viagem de 27 horas, o Benfica chegava a Macau, onde foi recebido com uma recepção triunfal. Aqui, disputaram-se dois jogos, a 20 e 22 de agosto, frente à selecção de Macau e à selecção de Hong Kong, respetivamente.
Chagados ao Japão, havia um grande interesse em agradar ao público que admirava a equipa rubra e os seus jogadores, que ali gozavam de grande popularidade. Durante a sua estadia no Japão, conforme estava previsto, a equipa visitou a Feira Internacional de Osaka, onde os jogadores foram muito solicitados, principalmente Eusébio e Torres, e onde se proporcionou um encontro com Amália Rodrigues.
Na Coreia do Sul, o Benfica realizou dois jogos, frente a duas seleções do país, alcançado uma vitória e um empate.
Após esta digressão, o primeiro jogo que o Benfica realizou foi a contar para o Campeonato Nacional de 1070/71, frente à CUF, a 13 de setembro de 1970. Com o Estádio da Luz interdito, o Benfica recebeu a CUF no Estádio Nacional. A imprensa notou uma diferença no comportamento da equipa benfiquista: antes do início do encontro, virados para a bancada central, saudaram o público com uma vénia, que tinha 'o seu quê de oriental'. Esta vénia, trazida da digressão ao Japão, acompanha a equipa até aos dias de hoje. Antes do início de cada jogo, a equipa saúda os seus adeptos com uma vénia, sempre muito aplaudida pelo público.
Saiba mais sobre as digressões do Benfica na área 26 - Benfica Universal do Museu Benfica - Cosme Damião."
Marisa Manana, in O Benfica
Benfica de Tavira a Olhão
"1. Uma terça-feira à noite no Estádio da Luz. Belíssima noite que fica na memória de todos. Uma goleada imposta ao Club Brugge que ainda há pouco tempo era considerado pela crítica especializada nacional como 'o Bayern de Munique da Bélgica'. Exageros, enfim. O Brugge é o Brugge. E o Benfica é o Benfica. E a soma dos dois resultados feitos com os belgas é de 7-1 a favor do Benfica. Não é preciso dizer mais nada. Ou é?
2. Tomemos por exemplo João Neves. 'Não tenho mais nada a dizer'. Foi assim que João Neves, no esplendor dos seus 18 anos, se despediu daquela entrevista rápida que sempre se segue aos jogos de futebol. Foi do nosso taveirense a assistência para o golo com que Neres fechou o resultado do jogo da 2.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
3. Neves, no entanto, não se prendeu muito a essa sua pequena glória. 'O importante, para mim, é jogar no Estádio da Luz com a camisola do Benfica', disse o jovem que tem mais calções do que tamanho e mais sabedoria do que vaidade.
4. O Algarve tem sido muito generoso com as nossas cores. Na mesma terça-feira tivemos na Luz um olhanense excecional a brindar-nos com tudo aquilo do que gostamos. Futebol, entrega, companheirismo, assistências, golos, espectáculo. Foi isto que Gonçalo Ramos teve para oferecer aos 60 mil nas bancadas e a muitos mais no conforto dos seus lares seguindo a transmissão do Benfica - Club Brugge pela televisão. Gonçalo Ramos tem 22 anos. Tem ainda tudo pela frente para se construir como um avançado da elite mundial. Tem, também, o Benfica a correr-lhe nas veias. E não disfarça. Nem um bocadinho.
5. O Tribunal da Relação do Porto também não disfarçou nada no acórdão que proferiu sobre o crime da apropriação da correspondência electrónica do Benfica. O FC Porto roubou 60 documentos de negócios e de prospecções e por isso vai ser punido. O acórdão acentua que o tribunal 'não sabe quanto valem as avaliações dos atletas', mas 'sabe que todos eles em conjunto importam numa quantia relevante de milhões de euros'. Deixemos, com uma grande paciência, a justiça da república fazer o seu caminho.
6. Quanto á justiça desportiva, veremos como os Conselhos e os conselheiros da Federação Portuguesa de Futebol vão atuar sobre a gatunagem. Os regulamentos são claros: 'O Clube que, indevidamente, utilize ou divulgue informação privilegiada (...) é sancionado com a exclusão da competição entre 1 e 3 épocas desportivas'.
7. Perante isto, querem ver que o Boavista ainda vai outra vez descer de divisão?..."
Leonor Pinhão, in O Benfica
Sonhar custa
"Costuma-se dizer o contrário, mas sonhar pode ter vários custos e custa muito ter o direito a fazê-lo, pois não é o mesmo que fantasiar.
O brilhante apuramento para os quartos-de-final da Liga dos Campeões precedido dos não menos brilhantes desempenhos nas rondas de qualificação e na fase de grupos, permitem-nos sonhar com um percurso fantástico na mais importante competição europeia, da qual estamos arredados da final desde 1990.
Recordo-me bem da excitação em torno das campanhas de 1987/88 e 1989/90, replicados em 2012/13 e 2013/14, embora estas últimas na Liga Europa. Vivemos precisamente o mesmo ambiente dessas épocas, nas quais nos debatemos com uma certa ambivalência do estado de espírito, em que a consciência plena da necessidade de se ter os pés bem assentes na terra colidia brutalmente com a firme convicção de que sonhar nos era permitido.
Todos sabemos que as hipóteses do Benfica vencer uma Liga dos Campeões não são as mesmas, nem sequer se assemelham, às de outros clubes mais poderosos financeiramente, e que o especto de uma eliminação é real, seja qual for o adversário numa fase adiantada da prova. Mas ninguém poderá descartar a possibilidade de a ganhar, por mais ínfima que seja, assim se reúnam uma série de circunstâncias favoráveis.
Sonhar, no sentido de legitimamente ambicionar uma conquista europeia, custa muito. Nomeadamente a quem constrói um plantel, contrata uma equipa técnica e mobiliza meios humanos e técnicos de suporte, e, sobretudo, aos treinadores e jogadores que, jogo a jogo, cimentam a ideia de que não há impossíveis.
O percurso benfiquista na presente temporada legitima as aspirações que sempre sentimos e mais apregoamos. A equipa conquistou o direito a sonhar e deve ser reconhecida por isso, seja qual for o desfecho na próxima ronda.
E sonhar pode ter custos, importando, neste e em todos os contextos, interiorizar a ideia de que os jogadores e treinadores são profissionais, por muito bem que representem os adeptos e que eventualmente até o sejam.
Também a eles são permitidos todos os sonhos, desde que, hoje, aquele que mais os preencha seja ganhar na Madeira ao Marítimo. E se há equipa que demonstra, semana após semana, que o tão batido “jogo a jogo” extravasa o domínio das palavras e se reflete na mentalidade competitiva, é esta liderada por Roger Schmidt.
Sonho a sonho, que todos tenhamos, no final da época, a possibilidade de festejarmos bem acordados!"
João Tomaz, in O Benfica
Benfica à Benfica
"Há um jogo para ganhar na Madeira, mas sou sincero: o meu subconsciente ainda está a acabar de celebrar a qualificação do Benfica para os quartos de final da Liga dos Campeões. Pelo apuramento, claro, ainda mais relevante por ser o segundo consecutivo para o lote de oito melhores equipas da Europa, mas sobretudo pelo imaculado percurso até esta fase de competição. Sem a artimanha de fazer save antes dos jogos como no Football manager, porque lamentavelmente não existe essa funcionalidade na vida real. Porém, a verdade é que nem tem sido necessário. São 10 vitórias em 12 jogos na Champions League. Nas últimas 2 épocas, nem a nível nacional conseguimos um registo deste calibre. No Ultimate Team do FIFA, eu próprio, que me considero humildemente um dos melhores jogadores do mundo, jamais consegui este score.
Dizem que o sonho comanda a vida, pelo que creio ser correto afirmar que quem comanda a nossa vida neste momento é Roger Schmidt. O mister tem colocado o Benfica no patamar que os benfiquistas há tanto tempo desejam: a carburar em Portugal e a impor respeito na Europa. Mesmo com os deslizes nas taças, penso que o entusiasmo ao dia de hoje está no nível máximo. E isso significa o quê, amigo leitor? Exatamente: nada. O entusiasmo é um combustível extremamente útil, mas não ocupa espaço no Museu Cosme Damião. Por isso mesmo, é crucial que toda esta euforia pela liderança e pela campanha europeia esteja sempre ligada à lucidez de quem tem a consciência de que a felicidade plena apenas se alcança quando um indivíduo com o manto sagrado vestido e a braçadeira de capitão posta se desloca ao centro do relvado para pegar numa taça e erguê-la no ar."
Pedro Soares, in O Benfica
A desconfiança como autoestrada para o sucesso
"Numa atmosfera magnífica, com mais de 60 mil adeptos a fabricarem e a transmitirem uma energia única no Estádio da Luz, o Benfica chamou para si a metade do bilhete que lhe faltava, completando o título de acesso aos quartos de final da Liga dos Campeões. Uma equipa desconfiada é uma equipa avisada, e pedia-se, mais uma vez, olho vivo para avançar outra casa na Champions League. Privilegiando a aplicação de uma filosofia e de uma forma de estar muito peculiar em cenário de competição, os encarnados defenderam a posição de vantagem na eliminatória (decorrente do triunfo por 0-2 na Bélgica)... jogando em permanência ao ataque, com astúcia e estratégia, na recepção ao Club Brugge. Porém, acidentes, no desporto como na vida, sucedem e são instantes que pela sua natureza podem, num abrir e fechar de olhos, transformar tudo. A (boa) noticia a ressaltar é que esta equipa do Benfica, interpretando as orientações do treinador Roger Schmidt, é feliz ao apostar deliberadamente no que controla e no que pode fazer acontecer. Não é apenas futebol, é uma atitude na vida!
Passo a passo, um jogo de cada vez. A frase e a ideia repetem-se, reiterando-se o sentido das mesmas. Dentro de fronteiras, o rigoroso cumprimento daquele princípio de abordagem aos compromissos gravados no calendário conduziu o Benfica à liderança da Liga Bwin logo no começo da prova, e é nesse lugar que se encontra, com uma média de 2,7 pontos por desafio, quando (já) estamos à porta da 24.ª de 34 jornadas. A fórmula, no entanto, é igual na Liga dos Campeões, nunca, mudou, independentemente da valia e dos orçamentos dos adversários, e esse é um mérito que tem de ser louvado, agora que a equipa validou o direito de integrar o lote das oito melhores da Europa.
Até aqui, todos os adversários, na Champions, foram respeitados na medida exata, tal como todos os desafios foram encarados como uma final. Jogo a jogo, num passo de cada vez. E o percurso na competição europeia é já um relato de factos formidáveis! Atentemos, por exemplo, à relação do número de jogos e de golos marcados - caminho de qualificação para a fase de grupos incluído. Nas 12 partidas disputadas, os encarnados apontaram um total de 35 golos, ou seja, apresentou uma média de quase três golos faturados por jogo, o que é impressionante. No desconfiar, que casa com não facilitar nunca, tem morado a concentração e o ganho. Vamos aos próximos passos, um de cada vez!"
João Sanches, in O Benfica
Benfica europeu
"Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica está entre as oito melhores equipas da Europa.
Tal não ocorria desde a gloriosa década de 60: em 67-68, o nosso clube disputou a final da então Taça dos Campeões em Wembley frente ao Manchester United, e na temporada seguinte caiu nos quartos-de-final da prova aos pés do Ajax. Desde então, não mais voltámos a chegar tão longe em anos consecutivos, apesar de, globalmente, contarmos já 20 presenças nesta fase (para 11 do FC Porto e apenas 1 do Sporting).
É lugar-comum dizer-se que quem chega até aqui pode vencer. Matematicamente, é verdade. Realisticamente, sabemos que há três ou quatro clubes com muito maior potencial financeiro e desportivo, os quais dificilmente algum outsider pode derrubar. Nos últimos 12 anos, os vencedores da Champions encontram-se em apenas três países (Espanha, Inglaterra e Alemanha). Há quase 20 anos que nenhum clube português chega às meias-finais. Desde 2005, à margem dos chamados 'big five', apenas o Ajax (em 2019) ultrapassou-os quartos. As diferenças de orçamento, e a consequente acumulação de talento, têm vindo a acentuar-se. E sinceramente não vejo como inverter o ciclo.
Há que reconhecer, pois, que o sorteio pode determinar as ambições do Benfica na competição, embora seja muito o que já conseguiu - sobretudo para quem veio das pré-eliminatórias, e se deparou com um grupo fortíssimo.
Por agora, no contexto actual, somos apenas candidatos a dar um passo em frente. Se os astros se alinharem, se o conseguirmos, se alcançarmos as meias-finais, já estaremos a escrever história e a impressionar o mundo."
Luís Fialho, in O Benfica
Racismo nunca
"Não há melhor sinal para os jovens perceberem o que é de todo inaceitável que a analogia do cartão vermelho no futebol. A linguagem é clara: vermelho, fica-se fora de jogo porque não se respeitam as regras, nem os adversários, nem a própria equipa, nem o público, nem os valores do desporto. Não se respeita nada fundamentalmente. Também assim é na vida e no jogo social em que todos nós temos um lugar e em que o espaço de que dispomos para viver melhor é não só o que conquistamos, mas sobretudo o que os nossos semelhantes nos reconhecem e permitem manter. Esta questão do reconhecimento mútuo que está na base do contrato social e é o cimento que nos agrega enquanto sociedade e que nos conduz a uma vida viável e com sucesso. De outro modo seria um inferno para todos, não apenas para aqueles que se consideram hoje socialmente mais frágeis, mas também para os supostamente mais fortes ou maioritários.
Também na vida é preciso que cada um de nós seja um árbitro e que todos levantemos o cartão vermelho perante as manifestações de racismo, xenofobia e outras injustiças. Se assim fizermos, teremos uma sociedade mais justa, mais forte e mais capaz de vencer os desafios do futuro. E isso será bom para todos, mesmo para os que hoje por vezes adoptam comportamentos racistas, na 'brincadeira' ou não."
Jorge Miranda, in O Benfica
Núm3r0s d4 S3m4n4
"2
O Benfica está nos quartos de final da Liga dos Campeões pelo segundo ano consecutivo, o que é inédito desde que, em 1992/93, a competição começou a ser disputada nos moldes atuais. No total são 19 participações nesta ronda, o que coloca o Benfica na terceira posição dos clubes com mais presenças;
8
Rafa ascendeu à 8ª posição dos melhores marcadores de sempre do Benfica nas competições europeias (14 golos). No ranking da Taça dos Clubes Campeões Europeus / Liga dos Campeões (incluindo rondas de qualificação), Rafa ocupa a 7ª posição, a par de Coluna e Nuno Gomes, com 8 golos;
15
Com o bis frente ao Famalicão, Gonçalo Ramos voltou ao topo dos melhores marcadores do Campeonato Nacional na presente temporada. Soma 26 nesta competição desde que se estreou e é o 56º mais goleador de sempre do Benfica na prova. Totaliza 37 pela equipa de honra benfiquista em competições oficiais;
17,60
Distância percorrida por Pedro Pichardo (mais 1,02 metros do que o 2º classificado) para a revalidação do título europeu de triplo salto em pista coberta e o recorde nacional;
31
Com um golo e uma assistência frente ao Brugge, João Mário totaliza agora 31 participações diretas na finalização de golos (20 golos + 11 assistências). É seguido por Gonçalo Ramos, com 27 (23+4), e Neres, com 23 (10+13);
34
Grimaldo passou a ser, a par de Ângelo, o 33º com mais “jogos oficiais” pela equipa de honra do Benfica (290);
50
João Mário atingiu a meia centena de jogos no Campeonato Nacional ao serviço do Benfica;
1152
Sócios do Sport Lisboa e Benfica agraciados com o anel de platina, o emblema de ouro e o emblema de prata pelos 75, 50 e 25 anos de ligação ao clube, respetivamente."
João Tomaz, in O Benfica
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