Últimas indefectivações
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Revolução encarnada
"A presente crónica não tem, obviamente, nada que ver com política. Vindo de mim não seria pensável, como é sabido, muito menos neste espaço. A revolução a que me refiro tem a ver com a mudança de seis jogadores no onze do Benfica que defrontou e goleou por 6-1 o Vizela na jornada do campeonato do último fim de semana.
Depois de uma exibição cinzenta e pouco conseguida contra o Toulouse em casa, Roger Schmidt fez o que muitos o acusaram de não ser capaz de fazer e mudou mais de metade da equipa, descansando alguns dos titulares indiscutíveis e rodando jogadores. O estranho é que mesmo tento mudado e com a equipa a vencer por 5-0, mal o Vizela reduziu ouviram-se críticas e assobios na Luz. Não sei se os críticos acham que tudo o que seja menos do que golear por 8-0 ou 9-0, pelo menos, é motivo suficiente para expressar insatisfação. Parece-me absurdo, e só compreensível à luz de descontentamentos e desilusões anteriores. Para mais, quando o Benfica é colíder da Liga, tem o apuramento na Liga Europa em aberto, tal como na Taça de Portugal.
Destaques, neste jogo, foram as exibições de Neres e Rafa, para além de uma exibição impecável de João Mário, desta vez a jogar a seis, assumindo-se no seu estilo de jogo de pé para pé como o inteligente “playmaker” da equipa. Com os jovens jogadores e os reforços do mercado de janeiro, a equipa mostra-se apetrechada para o momento muito exigente que aí vem, com jogos europeus e uma sucessão de clássicos e dérbis. Mas, para isso, precisa do apoio dos adeptos e da onda encarnada que, quando a equipa está bem, a empurra para o título."
Há coisas mais importantes na vida
"Era impossível passar ao lado do segundo brilharete de Diogo Ribeiro nos Mundiais de Natação — e sobre ele já aqui escrevi —, mas devo confessar que praticamente não vi desporto nos últimos dias, por motivos pessoais. Mas ao tentar voltar à atualidade, depois do último adeus a um familiar que incentivou o meu gosto pelo desporto e pelo jornalismo, deu gosto ver um comportamento que vai ao encontro de um princípio que essa mesma pessoa procurou sempre incutir-me: rivais não são inimigos.
Após mais uma vitória, a oitava consecutiva do Sporting na Liga, e com o prémio de Homem do Jogo na mão, Pedro Gonçalves dedicou as primeiras palavras da flash interview da Sport TV a dois rivais, António Silva e João Neves, jovens do Benfica que perderam recentemente familiares próximos. «Há coisas mais importantes na vida», disse o jogador do Sporting. Um gesto de elevação, em nome de todo o plantel, sublinhado depois pelo treinador: «Cada vez gosto mais dos meus rapazes, antecipam-se em tudo.»
Desta vez pode não ter sido Rúben Amorim a assumir a dianteira, pelo menos publicamente, mas o gesto de Moreira de Cónegos vem reforçar a ideia de que o grande impulsionador desta postura sportinguista é o treinador. Acredito que a administração de Frederico Varandas esteja em sintonia, mas é a forma de estar de Amorim que marca a linha comunicacional.
Isso já tinha ficado bem evidente na sequência do adiamento do jogo de Famalicão. É verdade que o presidente do Sporting também recusou alinhar em teorias da conspiração, e até foi mais além, ao dizer que esperava chegar ao jogo em atraso já com a liderança recuperada, mas antes já o treinador tinha acertado o tom, ao desvalorizar as circunstâncias em que o Benfica assumiu a liderança, com dois pontos de vantagem e um jogo a mais.
Apenas uma semana depois a diferença estava anulada, com a goleada leonina ao SC_Braga e o empate do Benfica em Guimarães.
Continuo a ter muita dificuldade em aceitar a ideia de que uma equipa pode começar a ganhar jogos na comunicação — muito menos quando tem o propósito único de pressionar árbitros —, mas há muito tempo que o Sporting de Rúben Amorim renunciou à ideia de entrar em campo já derrotado.
Não serve este elogio ao discurso para minimizar as virtudes técnico-táticas da equipa do Sporting, antes para manifestar a convicção de que o líder do balneário vale tanto pelo que diz quanto pelo que faz. Mais do que não seja pela coerência que tem demonstrado entre uma e outra coisa.
Amorim comete erros como todos os outros, dentro e fora do campo, mas com ele o leão prescindiu das desculpas fáceis, das teorias da conspiração, do medo da própria sombra.
Ninguém sabe se isso será o suficiente para recuperar o estatuto de rei da selva daqui por uns meses, mas tem sido o suficiente para conquistar o respeito dos outros pretendentes ao trono."
Vamos lá meter água!
"Do ouro olímpico na estrada e na pista ao sonho do ouro na água em Paris-2024
Vive no primeiro verso do hino nacional de Portugal parte relevante da cultura e da História do nosso povo: «Heróis do mar...» Da arte corajosa dos pescadores às epopeias aventureiras dos descobridores que «deram novos mundos ao Mundo», passando pelo facto de o território terrestre português ser inferior a 100 mil quilómetros quadrados, ao passo que o marítimo (delineado pela Zona Económica Exclusiva) ascende a quase dois milhões de kms2, e ainda pelos arquipélagos da Madeira e dos Açores, bem no meio do Atlântico, o mar e a água fazem, inevitavelmente, parte desta coisa de ser português.
Vem tudo isto a próposito das recentes medalhas de ouro de Diogo Ribeiro nos Mundiais de natação. Uma proeza notável, inédita e absolutamente fantástica do jovem nadador, especialista na mariposa, até há dias apenas nos 50 metros, agora também nos 100. E é aqui que o feito ganha ainda mais peso. É que, ao contrário da distância mais curta, os 100 metros são olímpicos.
E, a meses de Paris-2024, se Diogo Ribeiro é o melhor do mundo, então são enormes e legítimas as esperanças de encontrarmos um digno sucessor de Carlos Lopes (ouro na maratona em 1984), Rosa Mota (maratona em 1988), Fernanda Ribeiro (10.000 m em 1996), Nélson Évora e Pedro Pichardo (triplo salto, o primeiro em 2008, o segundo em 2020), todos campeões, ora na estrada, ora nas pistas de atletismo. Ou seja, modalidades terrestres...
Será, assim, chegada a hora de ouvirmos pela sexta (ou sétima, ou oitava) vez o hino nacional entoado em Jogos Olímpicos, agora em modalidades aquáticas? Mais do que nunca, essa é uma forte possibilidade. É que, além de Diogo Ribeiro, há que contar, entre outros, com o canoista Fernando Pimenta (campeão do mundo de K1 1000m em 2023) e com a surfista Teresa Bonvalot, atual número 3 mundial. Heróis do mar…"
A ‘praia’ de Conceição
"É a Liga dos Campeões que faz realçar o fato que melhor assenta ao FC Porto moldado pelo treinador: o de ‘challenger’
Pode parecer um contrassenso, mas a Liga dos Campeões veio em boa altura para o FC Porto. Numa fase em que a equipa é justamente acusada de falta de consistência e sem apresentar um futebol atraente capaz de satisfazer os seus adeptos, ter pela frente o vice-líder do melhor campeonato do mundo inverte o ónus, permitindo que o dragão volte a vestir o fato que melhor lhe assenta: o de challenger, aquele que gosta de desafiar as adversidades e tapar com o entulho possível o enorme fosso que existe entre um candidato à conquista da Premier League e o terceiro classificado da Liga portuguesa.
Há três traços identitários da marca Sérgio Conceição no FC Porto: transformação de jogadores (alguns eram banais e saíram como produto acabado premium), uma atitude competitiva que o levou a ultrapassar os limites do bom senso (embora esta época esteja muito diferente, para melhor) e uma constância na Liga dos Campeões em patamares elevados como nenhuma outra equipa portuguesa.
Voltar a competir na Champions é, de certa forma, voltar à praia do treinador há sete anos no comando técnico dos azuis e brancos. Nada lhe dá mais prazer do que preparar uma estratégia para determinado momento e adversário, principalmente se do outro lado estiver um opositor superior em quase tudo (na capacidade financeira, na qualidade dos jogadores e na estabilidade organizacional). Se tivéssemos de comparar Sérgio Conceição com Roger Schmidt, por exemplo, diríamos que o alemão adora a estabilidade e o português é adepto de algum improviso, de colocar nuances aqui e ali, neste ou naquele setor, numa constante necessidade de desafiar os outros e ser ele próprio desafiado. Uma inquietude permanente.
Daqui não se pretende inferir que um método ou escola é melhor que o outro, mas se a boa imagem na Champions do FC Porto se cola à cara do antigo internacional luso tal se deve ao facto de este ser o palco onde tudo o que de bom se faz no Olival é elevado à mais alta potência. Porque ao trabalho do treinador se junta aquilo que faz da Liga dos Campeões a melhor competição de clubes do mundo: a concentração dos jogadores está nos píncaros. Penso que esse tem sido, também, um dos problemas dos azuis e brancos nesta época: muitos alheamentos momentâneos, com uma cadência anormal, resultando em empates e derrotas em doses não habituais.
Resta saber, também, o que pretende o Arsenal desta Liga dos Campeões. É bom lembrar que os gunners têm como prioridade a conquista da Premier League, 20 anos depois do último título (os invencíveis de Arsène Wenger, com 26 vitórias, 12 empates e 0 derrotas) e estão apenas a dois pontos do líder Liverpool. O contexto não é assim tão diferente do que ocorreu na época passada, quando os londrinos defrontaram o Sporting nos oitavos de final da Liga Europa. Os leões, recorde-se, sorriram no fim, com aquele golo de meio-campo de Pedro Gonçalves no Emirates a pincelar uma aguarela de sorrisos. Como seria bom se o Arsenal fosse eliminado das competições europeias em dois anos consecutivos por equipas portuguesas. Seria positivo para o futebol nacional como um todo, mas em particular para Conceição, na enésima prova de que é um líder que nasceu para ser a linha que coze trapos soltos. Quer no ponto de vista tático quer na perspetiva organizacional. Se este FC Porto problemático ainda consegue sonhar, em 2024, com a presença nos quartos de final da Champions, é por causa dele. Outra vez."
Mistérios ilegais!!!
O investidor misterioso deve ser especialista em exportações não tradicionais da América do Sul. pic.twitter.com/3XJhsbDLEt
— MasterPT (@MasteringPT) February 21, 2024
Recordar é viver | Lima no Benfica de JJ
"Rodrigo José Lima dos Santos, mais conhecido por “Lima”, foi um avançado brasileiro que vestia a camisola “11” e um dos grandes talismãs na “era” de Jorge Jesus no início da década passada.
Proveniente do Braga, onde foi destaque durante os dois anos que por lá passou, inclusive chegou à, inédita, final da Liga Europa na temporada 2010/11, chegou à Luz por apenas quatro milhões de euros e foi, sem dúvida, uma das melhores contratações na época. De relembrar que foi um pedido expresso de Jorge Jesus ao assumir o comando técnico dos encarnados.
No Benfica foram apenas três anos, mas o seu impacto foi imediato na equipa. Ao longo desses anos venceu quatro títulos, dois campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, uma Taça da Liga e esteve presente em duas finais europeias. De águia ao peito fez 144 jogos e 70 golos, sendo considerado por muitos adeptos como um avançado “letal”.
Sem dúvida um dos bons avançados que a nossa liga teve em largos anos, numa altura em que os principais clubes portugueses estavam recheados de grandes opções nessa posição. Cardozo, Rodrigo, Falcão, Ricky Van Wolfswinkel e até mesmo o próprio Alan do Braga que apesar de não ser um “9”, dava garantias nessa função.
O Lima, apesar de viver nessa geração, destacava-se. O brasileiro era mortífero na “cara” do golo, tendo muitos recursos na finalização (pé esquerdo e direito, cabeça) e até mesmo com gestos mais fantasiosos como de triciclo, difícil esquecer aquele momento frente ao Sporting, «chapéu» ou mesmo a ultrapassar o guarda-redes. Tecnicamente, não era um craque, mas dava garantias a associar-se com os colegas, sendo sempre muito simples e eficaz nas suas ações.
Com todas estas características ofensivas ainda juntava o compromisso defensivo, onde se impunha com a sua vontade e importância como primeiro homem de pressão.
Quem se lembra do Lima, facilmente se recorda dos golaços e dos momentos impactantes na história benfiquista, como este golo com a Juventus nas meias-finais da Liga Europa.
Assim sendo, e como forma de complementar o artigo, realizei três entrevistas a adeptos do Benfica para saber qual foi, na opinião deles, a importância deste avançado e quais as características que admiravam nele.
Todos eles foram saudosos em relação ao avançado e relembraram, com muita nostalgia, os momentos e o impacto do Lima. Frases como “o Lima certamente marcou os benfiquistas não só pelos golos, era aquele jogador que nunca se escondia e que trabalhava em prol da equipa” e “foi importante porque esteve ligado à melhor ”era” que assisti do Benfica, com duas finais europeias e um triplete inédito em que o Lima foi peça fundamental”, marcaram estas conversas.
Relembraram os golos marcantes “o primeiro momento que me recordo é o golo que ele marca à Juventus na fase a eliminar da Liga Europa, com uma «bomba» à entrada da área e, claro, aquele clássico golo contra o Sporting após uma grande jogada do Gaitán” e definiram-no numa palavra, usando as expressões “letal”, “potente” e “golos”.
As memórias são muitas de um jogador que esteve pouco tempo no Benfica, mas o seu legado vai de geração em geração, sem nunca ser esquecido.
Foi daqueles jogadores que canalizavam uma grande expectativa e que podia ter tido uma carreira mais longeva nos principais palcos europeus. O Lima optou, quando encerrou o seu capítulo nas águias, rumar ao Al Ahli Club. Clube onde, posteriormente, se despediu dos relvados."
Uma tarde de Gegenpressing
"Gegenpressing é o termo utilizado para definir um estilo de jogo que tem como principais fundamentos e características a pressão alta e intensa na recuperação da posse de bola, de preferência, nas zonas mais avançadas do terreno. Um modelo popularizado por Jurgen Klopp e com bastantes ligações ao futebol alemão, foi implementado por Roger Schmidt quando chegou ao comando técnico do Benfica na temporada passada, mas que se perdeu nesta segunda época.
Um estilo de jogo que requer uma grande capacidade física, e disponibilidade defensiva desde o primeiro elemento da frente de ataque até ao último bem lá atrás, não foi utilizado esta temporada principalmente devido ao facto de peças fundamentais do onze para Roger Schmidt, como Arthur Cabral, Di María ou Orkun Kockçu, por exemplo, não se inserirem nesse modelo.
No entanto, o encontro frente ao Vizela onde os encarnados atropelaram por completo a equipa visitante por seis bolas a uma, foi uma boa amostra do poder que uma equipa bem estruturada e sincronizada pode ter, recordando um pouco o futebol praticado na última temporada. A utilização de Tengstedt, Tiago Gouveia e Neres, acompanhada pelo já habitual titular Rafa, permitiu que o tal gegenpressing fosse reutilizado e os resultados não tardaram em chegar. Numa primeira parte absolutamente fenomenal dos encarnados, a frente de ataque entendeu-se às mil maravilhas, de forma intensa e sincrónica, como se já estivessem habituados a jogar regularmente juntos, algo que não acontece.
Tengstedt ao voltar de lesão mostrou-se completamente apto, começando na pressão ofensiva até à fácil associação com os companheiros, que resultou numa assistência para Rafa. Ficou só a faltar um golo ao dinamarquês para coroar a boa exibição no regresso. Já Tiago Gouveia e David Neres, na ala esquerda e direita respectivamente, foram, a par de Rafa, incansáveis na frente de ataque apresentando um futebol fluido, progressista e renovado, a roçar o limiar da perfeição no que diz respeito àquilo que se pretende de jogadores que atuam nas suas posições.
Num jogo que o técnico dos encarnados descreveu como “fantástico” e “um dos melhores da temporada”, tendo remodelado a equipa para fazer descansar os habituais titulares, resta a dúvida se as notas retiradas do mesmo serão utilizadas nos próximos encontros ou não.
Assistiremos a uma reforma na equipa que traga de volta uma filosofia outrora utilizada e com garantias de sucesso, ou terá este jogo e este gegenpressing servido apenas como uma mera experiência de um dia?"
Um dia inesquecível! 🫶
Um dia inesquecível! 🫶#FundaçãoBenfica pic.twitter.com/DFAKEy2yIQ
— SL Benfica (@SLBenfica) February 20, 2024
A propósito de um Campeão
"Aqui entra a responsabilidade de um país que, para ser digno dos seus jovens, tem de encontrar condições para, não apenas oferecer centros de treino dignos do alto rendimento desportivo, mas também estruturas de apoio à carreira académica que não pode deixar de acompanhar o atleta
Diogo Ribeiro ficará na história da natação e do desporto português. Dois títulos mundiais só se alcançam com muito talento, muita dedicação e um enorme esforço que tendemos sempre a desvalorizar. Como se fosse fácil. E não é. De forma alguma. Obriga também a escolhas que se impõem ao atleta e à família, quando se assume em plenitude o caminho do alto rendimento na procura da vitória europeia ou mundial.
Em primeiro lugar é o Diogo a merecer o nosso abraço de parabéns e agradecimento pela medalha pela bandeira e pelo hino de Portugal, primeira vez ouvido num Mundial de natação. E em dose dupla para que se perceba que não foi ilusão. Foi mesmo verdade!
De seguida o seu treinador e estrutura técnica e federativa sem o que não se preparam atletas para as grandes competições internacionais. A sua competência terá sido decisiva para o resultado desportivo do Diogo.
Mas, vale a pena por razões de mais elementar justiça, chamar outro nome para este podium.
Um atleta campeão nunca deixa de ser um jovem em idade de formação académica que não pode ser” esquecida ou abandonada” pela prioridade conferida aos diariamente esmagadores treinos, estágios, competições e deslocações.
Aqui entra a responsabilidade de um país que, para ser digno dos seus jovens, tem de encontrar condições para, não apenas oferecer centros de treino dignos do alto rendimento desportivo, mas também estruturas de apoio à carreira académica que não pode deixar de acompanhar o atleta.
Para ser campeão desportivo não pode deixar de ser campeão na escola.
Em 2009 foi aberto o primeiro Centro de Alto Rendimento Desportivo em Montemor-o-Velho dedicado às modalidades de canoagem, triatlo e natação. No mesmo momento e para apoiar o percurso escolar dos atletas desse Centro foi procurado o Agrupamento de escolas local.
Um professor aceitou, com apoio da escola, o enorme desafio de acompanhar no domínio académico e psico pedagógico os atletas residentes e os resultados nos anos seguintes foram tão encorajadores que professores, treinadores e sobretudo atletas e respectivas famílias foram ultrapassando sérios e difíceis obstáculos num caminho pela primeira vez percorrido.
Esse docente chama-se Vitor Pardal.
Hoje, ele próprio continua este trabalho agora enquadrado desde 2016, numa estrutura denominada UAARE ( Unidade de apoio ao alto rendimento desportivo) que integra e acolhe já 25 escolas, dispõe da colaboração de 400 docentes, apoia 1.242 atletas, de 50modalidades. No primeiro período deste ano escolar , todos os atletas tiveram 32.000 ausências à escola, mas dispuseram de 11.831 apoios pedagógicos, 4500 apoios psicopedagógicos, e 300 planos individuais de conciliação desporto/escola, com um sucesso académico de 92% no desempenho escolar.
Diogo Ribeiro é aluno do 12 ano na Escola Fonseca Benevides, com bom aproveitamento. É mais um jovem da UAARE a ser campeão, para orgulho de um país que se orgulha do atleta apoiando o cidadão.
É mais um dos seus, Vitor Pardal. Fazem de si também um campeão. Obrigado."
Lixívia (23/24) 22
Tabela Anti-Lixívia
Benfica.........55 (-5) = 60
Sporting.......... 55 (+14) = 41 (-1)
Braga..........43 (+9) = 34
Corruptos....48 (+19) = 29
Jornada relativamente tranquila:
Na Luz, com a goleada a decidir a partida, rapidamente, retirou pressão aos jogadores e ao árbitro. O penalty do Morato é claro, mas não posso de referir a continuada dificuldade em assinalar faltas a favor do Benfica, perto da área dos nossos adversários, nem quando estamos a golear!
Ainda na 1.ª parte, um jogador do Vizela, parecia estar a fazer uma Manchete do Voleibol, com os braços, à entrada da área, e nada foi assinalado...
Uma nota sobre os 2 minutos de desconto no final da partida! O Campeonato pode ser decidido pela diferença de golos, mas aparentemente nos jogos do Benfica, que estão decididos ao minuto 90, os árbitros têm ordens para acabar com o jogo, o mais cedo possível... ao contrário do que acontece nos jogos do Sporting e dos Corruptos! Mais uma regra, daltónica no Tugão!
No Dragay e em Moreira, o destaque vai para a ausência de Amarelos: cotovelada do Pepe, duas entradas do Morita, e entrada duríssima do Hjulmand, com pisão perto do final, tudo em um único Amarelo!
No Dragay, o mexicano Sanches jogou a bola com o braço, mas na repetição parece-me que o contato foi fora da área...
Esta situação dos Amarelos, em jogos dos nossos principais adversários, também é grave! Uma coisa é o Benfica, onde os seus jogadores estão 'condicionados' para não terem entradas de pitóns, outra coisa é os Lagartos e os Corruptos, a jogarem com os cotovelos, com os pitóns, com entradas a 'matar' repetidamente, e chegam ao final dos jogos, sem Cartões!!!
Em Braga, não vi o jogo, mas quando no final ouvi o Zé Mota a queixar-se dum lançamento lateral, pensei que o ex-Zé do Boné, estava a exagerar, ao melhor estilo dos pescadores, mas quando consegui rever as imagens, fiquei perplexo!!! O lançamento lateral que está na origem do 1.º golo do Braga (estavam a perder, 0-1), foi mesmo marcado 30 metros (ou mais...), à frente! A bola saiu entre o banco do Farense e a bandeirola de canto, e o lançamento foi marcado, junto do banco do Braga, no outro lado do relvado! Inacreditável...
O penalty desperdiçado pelo Braga, na 1.ª parte, também já tinha sido mal assinalado!
Anexos (I):
Benfica
15.ª-Famalicão(c), V(3-0), Narciso, (Melo, S. Jesus), Prejudicados, Beneficiados, (5-1), Sem influência
17.ª-Rio Ave(c), V(4-1), Vasillica, (Nobre, B. Jesus), Beneficiados, Prejudicados, (1-1), (+2 pontos)
Sporting
12.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), C. Pereira, (L. Ferreira, J. Fernandes), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
13.ª-Guimarães(f), D(3-2), Pinheiro, (Hugo, A. Campos), Beneficiados, Prejudicados, (3-0), Sem influência
15.ª-Portimonense(f), V(1-2), M. Oliveira, (L. Ferreira, P. Ribeiro), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
Corruptos
9.ª-Vizela(f), V(0-2), M. Oliveira, (Narciso, V. Marques), Beneficiados, (1-2), Impossível contabilizar
13.ª-Casa Pia(c), V(3-1), J. Gonçalves, (Correia, I. Pereira), Beneficiados, Impossível contabilizar
16.ª-Boavista(f), E(1-1), M. Oliveira, (Rui Costa, S. Jesus), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
18.ª-Moreirense(c), V(5-0), Godinho, (Rui Oliveira, H. Marques), Beneficiados, (5-1), Sem influência
Braga
6.ª-Boavista(c), V(4-1), Soares Dias, (Godinho, P. Mota), Beneficiados, (3-1), Impossível contabilizar
Anexos(II)
Penalty's (Favor/Contra):
Benfica
2 / 6
Sporting
3 / 1
Corruptos
5 / 6
Braga
5 / 4
Anexos(III):
Cartões:
A) Expulsões (Favor/Contra)
Minutos (Favor-Contra = Superioridade/Inferioridade):
Benfica
7 / 1
Minutos:
317 (9+85+84+47+38+22+32) - 57 = 260m (superioridade)
Sporting
4 / 2
Minutos:
150 (9+86+9+46) - 102 (55+47) = 48m (superioridade)
Corruptos
3 / 5
Minutos:
34 (16+13+5) - 157 (9+84+15+46+3) = -123m (inferioridade)
Braga
3 / 1
Minutos:
95 (24+67+4) - 42 = 53m (superioridade)
B) Amarelos
Contra (antes dos 60m) / Adversários (antes dos 60m)
Benfica
43 (17) / 71 (37)
Sporting
56 (24) / 56 (22)
Corruptos
67 (27) / 81 (30)
Braga
53 (18) / 57 (26)
Anexos (IV):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Vasillica - +2
Nobre - -1
C. Pereira - -2
Pinheiro - -2
Godinho - -2
Hugo - -2
Narciso - -3
Sporting
Narciso - +4
Almeida - +4
L. Ferreira - +4
Melo - +2
Godinho - +2
Hugo - +2
Nobre - +2
Mota - +2
Rui Costa - +2
C. Pereira - +2
M. Oliveira - +2
Corruptos
Nobre - +6
C. Pereira - +5
Almeida - +5
Correia - +5
Veríssimo - +3
Martins - +3
Rui Costa - +3
Pinheiro - +2
Melo - +2
Malheiro - +2
Nogueira - +1
Rui Oliveira - +1
Braga
Esteves - +4
Hugo - +3
Pinheiro - +3
J. Gonçalves - +2
M. Oliveira - +2
Narciso - +2
Correia - +2
Anexos(V):
Árbitros:
Benfica
Malheiro - 3
Godinho - 3
Pinheiro - 2
Narciso - 2
Veríssimo - 2
Correia - 2
Nobre - 1
Almeida - 1
C. Pereira - 1
Soares Dias - 1
Nogueira - 1
Vasillica - 1
Martins - 1
J. Gonçalves - 1
Sporting
Almeida - 3
C. Pereira - 3
Godinho - 3
Narciso - 3
M. Oliveira - 2
Nobre - 2
Melo - 1
Soares Dias - 1
Pinheiro - 1
H. Carvalho - 1
Veríssimo - 1
Corruptos
Almeida - 4
Pinheiro - 3
Nobre - 3
M. Oliveira - 2
Malheiro - 2
Martins - 2
C. Pereira - 1
Veríssimo - 1
Nogueira - 1
J. Gonçalves - 1
Correia - 1
Godinho - 1
Braga
Godinho - 3
J. Gonçalves - 3
C. Pereira - 2
Malheiro - 2
M. Oliveira -2
Pinheiro - 2
Nobre - 2
Veríssimo - 1
Soares Dias - 1
Almeida - 1
B. Vieira - 1
Martins - 1
Narciso - 1
Anexos(VI):
VAR's:
Benfica
Martins - 4
Rui Costa - 3
Esteves - 3
Narciso - 2
Soares Dias - 2
Melo - 2
C. Pereira - 1
Pinheiro - 1
Nobre - 1
L. Ferreira - 1
Correia - 1
Hugo - 1
Sporting
Martins - 3
Esteves - 3
Melo - 3
Hugo - 2
L. Ferreira - 2
Nobre - 2
Rui Costa - 2
Narciso - 1
Almeida - 1
Mota - 1
Soares Dias - 1
Corruptos
Rui Costa - 3
Martins - 3
Correia -2
Narciso - 2
Rui Oliveira -2
Nobre - 2
Melo - 2
C. Pereira - 2
Soares Dias - 1
Almeida - 1
Malheiro - 1
L. Ferreira - 1
Braga
Hugo - 3
Rui Costa - 2
V. Santos - 2
Malheiro - 2
Esteves - 2
Soares Dias - 2
Melo - 1
Godinho - 1
David Silva - 1
J. Gonçalves - 1
Narciso - 1
Nobre - 1
Martins - 1
Vasillica - 1
Correia - 1
Anexos(VII):
AVAR's:
Benfica
A. Campos - 3
P. Soares - 2
N. Manso - 2
V. Marques - 2
Rui Silva - 1
P. Ribeiro - 1
Bessa Silva - 1
C. Martins - 1
L. Maia - 1
Cidade - 1
Godinho - 1
P. Brás - 1
S. Jesus - 1
H. Ribeiro - 1
B. Jesus - 1
Felisberto - 1
I. Pereira - 1
Sporting
S. Jesus - 2
B. Jesus - 2
N. Pereira - 2
Felisberto - 2
Bessa Silva - 2
V. Marques - 1
Rui Soares - 1
H. Ribeiro - 1
J. Fernandes - 1
Godinho - 1
J. Fernandes - 1
A. Campos - 1
P. Ribeiro - 1
Manso - 1
P. Martins - 1
L. Costa - 1
Corruptos
S. Jesus - 3
A. Campos - 2
Felisberto - 2
I. Pereira - 2
C. Martins - 1
J. P. Afonso -1
P. Ribeiro - 1
P. Soares - 1
L. Costa - 1
V. Marques - 1
P. Brás - 1
Bessa Silva - 1
B. Jesus - 1
Vaz Freire - 1
H. Marques - 1
F. Pereira - 1
H. Santos - 1
Braga
Felisberto - 2
S. Jesus - 2
V. Marques - 2
A. Campos - 2
T. Costa - 1
N. Manso - 1
P. Mota -1
N. Cunha - 1
A. Carneiro - 1
C. Campos - 1
H. Coimbra - 1
P. Soares - 1
N. Pereira - 1
Vaz Freire - 1
H. Ribeiro - 1
A. Mesquita - 1
Bessa Silva - 1
I. Pereira - 1
Anexos(VIII):
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Malheiro - 3 + 0 = 3
Godinho - 3 + 0 = 3
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Narciso - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Martins - 0 + 2 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Luís Ferreira - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Sporting
Godinho - 3 + 0 = 3
Almeida - 2 + 0 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Narciso - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Corruptos
Pinheiro - 3 + 0 = 3
Almeida - 3 + 0 = 3
Nobre - 1 + 2 = 3
Rui Costa - 0 + 3 = 3
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Braga
J. Gonçalves - 2 + 1 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Nobre - 2 + 1 = 3
C. Pereira - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
David Silva - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Anexos(IX):
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Martins - 1 + 4 = 5
Narciso - 2 + 2 = 4
Malheiro - 3 + 0 = 3
Godinho - 3 + 0 = 3
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Correia - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 1 + 2 = 3
Rui Costa - 0 + 3 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Veríssimo - 2 + 0 = 2
C. Pereira - 1 + 1 = 2
Nobre - 1 + 1 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Nogueira - 1 + 0 = 1
Vasillica - 1 + 0 = 1
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Sporting
Almeida - 3 + 1 = 4
Nobre - 2 + 2 = 4
Melo - 1 + 3 = 4
Godinho - 3 + 0 = 3
Narciso - 3 + 0 = 3
Martins - 0 + 3 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
C. Pereira - 2 + 0 = 2
Soares Dias - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
H. Carvalho - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Corruptos
Almeida - 4 + 1 = 5
Nobre - 3 + 2 = 5
Martins - 2 + 3 = 5
Pinheiro - 3 + 0 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Correia - 1 + 2 = 3
C. Pereira - 1 + 2 = 3
Rui Costa - 0 + 3 = 3
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Rui Oliveira - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Nogueira - 1 + 0 = 1
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Braga
Godinho - 3 + 1 = 4
J. Gonçalves - 3 + 1 = 4
Malheiro - 2 + 2 = 4
Nobre - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 1 + 2 = 3
Hugo - 0 + 3 = 3
C. Pereira - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Narciso - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
B. Vieira - 1 + 0 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
David Silva - 0 + 1 = 1
Vasillica - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Anexos(X):
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Anexos(XI):
Épocas anteriores:
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