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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

'Dura lex sed lex' é a via a seguir

"Nas páginas dois, três, quatro e cinco deste edição de A Bola é recordado o incidente em que se envolveram os presidentes do Sporting e do Arouca, punido com mão pesada pelo Conselho de Disciplina da FPF. Da leitura dos factos resulta alguma perplexidade perante a atitude agressiva e descompensada dos dirigentes, que deveriam ser exemplo de urbanidade e não de primarismo. Este caminho, por mais que agrade às franjas radicais que gravitam em torno dos poderes, nunca será interessante para os clubes, para aquilo que representam, para a história e as responsabilidades que os acompanham.
É tempo de ser colocado ponto final nos discursos beligerantes, sem sentido à luz do que se espera numa sociedade democrática e tolerante em pleno século XXI. Porque para nos afligir já estão demasiado presentes outros temas, da escassa fiabilidade e reduzido discernimento do líder da maior potência mundial, à sanha terrorista que continua a assolar a Europa, como ainda aconteceu nas Ramblas de Barcelona.
O desporto, os clubes que se organizam para a sua prática e para a realização de espectáculos públicos, não podem ser motivo de confronto, ódio e discórdia, não é essa a natureza que lhes subjaz. E quando as coisas descambam, como é público e notório que tem acontecido, nos últimos tempos, em Portugal, há que tomar medidas, fazendo com que os discursos incendiários sejam punidos de acordo com aquilo que está previsto nos regulamentos. E a justificação pode olhar a cores: azuis, verdes, encarnados ou outros devem saber que a dura lex sed lex está em vigor no futebol nacional."

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: O Delgado podia ter perfeitamente acrescentado a esta crónica, algo que o artigo d'A Bola demonstra com clareza:
- a punição do presidente do Sporting, só não foi mais 'dura', porque as câmaras de videovigilância, que têm microfones incorporados 'avariaram'!!! Sim, só a câmara, que estava perto do balneário do Arouca, e que captou algumas das palavras do presidente do Arouca...!!! As outras, aquelas que podiam captar as palavras do Babalu, 'avariaram'... e assim o CD da FPF não pode avaliar a sua gravidade!!!
É este tipo de 'estratagemas', que faz do Babalu e dos seus 'Tarecos', nojentos e perigosos...!!!

Legais

"Sorte? 21 remates, uma fez oportunidades de golo, centrais metamorfoseados em Baresis... E dizem eles que fomos bafejados pela sorte em Chaves porque, perante uma excelente equipa, procurámos a vitória incessantemente, dominámos a partida especialmente na segunda parte e apenas conseguimos ganhar com um golo no tempo adicional, como se esse tempo não fizesse parte do jogo. Sorte é ter um Pizzi com visão de jogo extraordinária e rara habilidade para passar a bola em profundidade, um Rafa que seria titular indiscutível em qualquer outra equipa do campeonato e um Seferovic, contratado a 'custo zero', que chegou, tem marcado e vencerá.
Mudando de assunto, quero dizer, aos nossos consócios com as quotas em dia e detentores de Red Pass no piso 0 dos topos sul e norte do Estádio da Luz, que não são ilegais. Era só o que faltava que alguém vos pudesse obrigar a constituírem-se em associação de adeptos organizados.
O ponto 3 do artigo 46.º da Constituição da República Portuguesa é claríssimo: 'Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela'.
Será que, à semelhança do que acontece noutros clubes, não poderiam encontrar 30 ou 40 pessoas que não se importassem de 'dar o nome' e, assim constituírem uma 'claque'? Eu não o faria! Bem à portuguesa, tornar-se-iam 'legais', mas contornando a lei, que é o que tem sido feito desde que esta entrou em vigor.
A mesma que especifica que 'é expressamente proibido o apoio (...) a grupos organizados de adeptos que adoptem sinais, símbolos e expressões que incitem à violência, ao racismo e à xenofobia (...)'. Chapecoense, Eusébio, SLB, SLB... Portugal é um país de faz-de-conta..."

João Tomaz, in O Benfica

Pequeninos

"Quem anda pelas redes sociais tem de aturar muita estupidez. Além das frases feitas dos escritores motivacionais e das orações para converter ateus, por vezes temos também de ler posts e comentários de portistas e sportinguistas. E aquilo que poderia ser uma bela forma de dar gargalhadas começa a tornar-se um caso patológico de cegueira. Vem isto a propósito das reacções às exibições do SL Benfica nos primeiros jogos a sério.
Li de tudo após as vitórias de Glorioso. Uns refugiaram-se no videoárbitro e até usaram imagens manipuladas para tentar vender o peixe de que o Tetracampeão tinha sido beneficiado. Outros fizeram piadas com a consistência defensiva da nossa equipa de futebol. Coitados, chega a dar pena ver o estado de desespero e que chegaram. Afinal, estamos a falar de adeptos que ou já se esqueceram do que é ganhar ou continuam agarrados a um passado recente de conquistas mais do que duvidosas. Com a cobertura de órgãos de comunicação que não sabem distinguir uma notícia de um post de Facebook, os mensageiros da desgraça estão preparados para uma época de guerrilha de baixo nível. Nada a que não estejamos já habituados.
É por isto que é tão importante estarmos unidos. Ganhámos o Tri com os defesas que entraram em campo na primeira jornada deste ano. Além do tridente atacante Brasil-México-Grécia, temos agora um internacional da Suíça que nos enche as medidas. Continuamos a ter uma média de golos que assusta a concorrência. E, no meio-campo, Pizzi e Fejsa são donos e senhores. Meus amigos, não somos nós quem tem de estar preocupado. São eles, os outros, os derrotados à partida devido à sua pequenez."

Ricardo Santos, in O Benfica

A impunidade

"Como eu previra, a onda de mentiras e de falsas imputações ao Sport Lisboa e Benfica continua. Os directores de Comunicação do FC Porto e do Sporting não têm parado na sua cruzada anti-Benfica. Tudo tem valido para pôr em causa o bom-nome do maior clube português, a honorabilidade dos seus dirigentes, o profissionalismo dos seus futebolistas e até a dedicação dos seus sócios e adeptos.
Os directores de Comunicação dos nossos clubes rivais foram duramente castigados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). No caso do director portista, cometeu quatro infracções graves - lesão da honra de um árbitro, lesão da honra da arbitragem em geral e, por duas vezes, lesou a honra de um órgão da estrutura desportiva. Apanhou 76 dias de suspensão e teve de pagar uma multa de 4743 euros. O seu homólogo do Sporting também foi penalizado por ter infringido o Regulamento Disciplinar da Liga de Clubes.
Apesar dos castigos, assistimos, quase diariamente, às suas investidas caluniosas e concertadas. Todos nos questionamos como é possível que continuem a poluir o futebol português? Só pode haver uma explicação para semelhante impunidade - a total falta de respeito pelas entidades oficiais.
A Liga de Clubes e a FPF têm de pôr cobro a isto, sob pena de o crime compensar. O mais extraordinário é que estes dois dirigentes têm programas semanais nos seus canais de TV de clube e é nesse palco que lançam os ataques mais torpes e de baixo nível.
O presidente da Federação já avisou que vai tomar medidas. Infelizmente, a Liga de Clubes assiste a todo este clima de impunidade e nada faz."

Luís Fialho, in O Benfica

" - Quem se meter com o Benfica, leva!"

"Aqui há tempos desencadeei uma tempestade mediática na esfera pública, porque, com as consequências de que disponho em matérias da comunicação - e sendo-me remida a jactância... - considerei dever desancar o trabalho de um realizador de futebol na Televisão na transmissão do Serviço Público, por ocasião da Supertaça de 2015.
Não nos bastando as constantes diabrites e aleivosias de que éramos alvo nos canais da empresa de TV desportiva e nos generalistas de Carnaxide e de Queluz de Baixo, aquela estação, com especiais responsabilidades na aplicação dos critérios de equidade essenciais à produção de informação, já então se 'descuidava' mais do que o bom senso aconselharia, em tudo quanto se relacionava com notícias, comentários ou reportagens sobre o Benfica.
Em todo o caso, na altura, foram muito mais os apoios que recebi nas redes sociais do que as expressões de apresada solidariedade que também vi serem prestadas às qualidades profissionais e deontológicas desse meu colega de profissão...
Ora agora, por razões completamente diferentes da natureza técnica dos reiterados erros que então critiquei relativamente àquela transmissão, o mesmo profissional voltou a espalhar-se na execução das suas decantadas competências, com a enviesada leitura que, afinal, parece que costuma fazer - à frente de uma equipa de basbaques profissionais da treta - daquilo que, na realidade, deveria constituir a transmissão realista e eficaz de um jogo de futebol.
É importante que esse rapaz (e os que o acompanham na função) tenha(m) a noção de que a selecção das imagens que chegam a casa do espectador representa, em cada 25 avos do segundo, uma escolha definitiva, inexorável e sem remissão do que, lá no fundo, o mediador considerará como essencial transmitir ao seu público: se for circo, as imagens têm de ser de circo; se se trata de futebol, só o futebol interessa ao espectador.
O que aqui vai, para o realizador mal-realizado e para todos os bufões que desvirtuam as profissões da Comunicação e do Jornalismo, é que, neste tribuna do Jornal O Benfica, não deixaremos de nos manter atentos aos ataques que, seja de que forma ou proveniência for, esses persistam em endereçar de modo mais ou menos evidente, aos nossos atletas, aos nossos técnicos, aos nossos dirigentes ou, como desta vez foi o caso, aos nossos Sócios e Adeptos. Já estou como o outro: '- Quem se meter como o Benfica, leva!' "

José Nuno Martins, in O Benfica

(Des)valorizar

"Jogar num estádio repleto de espectadores, mesmo que a esmagadora maioria sejam adeptos da equipa adversária, sentir esse ambiente fantástico, efectuar um desarme, sair com a bola, lançar um colega, sentir todas essas emoções é algo de fantástico, único e sendo, a primeira vez, inesquecível. Valorizar esta experiência faz parte do processo de crescimento de um jovem jogador, como de uma equipa. Não é mais um jogo, é um jogo marcante de uma vida. Muitos só têm essa vivência ao fim de vários anos de carreira.
Quem, pelo contrário, nunca teve essa oportunidade, nem tão pouco compreende esse momento, não consegue valorizá-lo e entender o que esse jogador vive antes, durante e pós jogo. Algumas análises são tão descabidas, para mais de quem se pensa entendido no fenómeno futebolístico, que reflectem bem o nível de conhecimento do jogo que não têm. Portugal vive uma clubite exacerbada que demonstra a falta de cultura desportiva existente. Tem que se dizer o que politicamente parece correcto para os adeptos dos três maiores clubes de futebol. Os departamentos de comunicação têm cada vez mais influência na análise do jogo e no agendamento dos temas.
Nesta altura, em que se promovem alterações significativas no processo de arbitragem, com a introdução do VAR, estamos num processo, como disse na semana passada, que pode levar a uma descredibilização desnecessária. Mesmo que pontual. Os benefícios do VAR são evidentes. Mas torna-se fundamental proteger os árbitros para credibilizar o sistema. Repare-se na contestação na Bélgica, que se baseia em possíveis omissões. Porque não pensar numa solução em que quem está no campo não seja VAR e vice-versa?! Não é ma inovação. Existe. A omissão não seria do árbitro que vai estar a arbitrar no dia seguinte. Estaria muito mais protegido. O objectivo será sempre criar condições para o sucesso do VAR e da verdade desportiva. (Des)valorizar o erro não é solução."

José Couceiro, in A Bola

Alvorada... no Pragal

Benfiquismo (DLXIV)

Benfiquismo guerreiro...!!!
Fernando Caiado

Aquecimento... Vamos a eles!!!

A lentidão do vídeo, no golo e no Bruno

"Sessenta anos depois do lançamento da vetusta RTP, o futebol chegou à era do vídeo. Temos o vídeo-árbitro, que ainda falha mais do que a RTP, nas suas primeiras décadas – tipo, pedimos desculpa pela interrupção, a emoção e a justiça seguem dentro de momentos –, e chegou agora, nove meses depois dos factos, o vídeo-lóbi. Graças ao vídeo-lóbi, Bruno de Carvalho tem seis meses de castigo para cumprir. A vítima do seu fumo, bacteriologicamente puro, Carlos Pinho, pode continuar a pagar a artificialidade do Arouca ter futebol profissional, mas fica suspenso de todas as outras funções desportivas, durante vinte meses.
Tanto o vídeo-árbitro, como o vídeo-lóbi funcionam mal. Ambos surgem atrasados face ao momento em que devem operar. No caso do vídeo-árbitro, já assistimos a golos que deviam ser validados e não o foram, e a golos que não tinham qualquer dúvida de legalidade, onde a emoção teve de ser contida, enquanto o personagem da arbitragem de campo fazia um rectângulo no ar e, com essa espera, ditava a chegada do sexo tântrico ao futebol.
A bancada quer explodir? O golo é um orgasmo, como dizia o grande Fernando Gomes? Esperem mais um bocado. Desde quando o árbitro não pode anular um golo, por factos de que teve conhecimento superveniente, depois de apitar convicto para o centro? Por que não integra o vídeo-árbitro, na decisão de validação do golo acabado de sair das gargantas, esse papel avalizador, antes desempenhado apenas por qualquer árbitro auxiliar? Os árbitros de campo estão a fazer uma resistência passiva ao vídeo-árbitro, e, de caminho, matam a emoção das bancadas, para não serem contrariados à frente de tanta gente. Volto ao apelo que já fiz nestas páginas: olhemos para os desportos colectivos que já têm este sistema há mais de uma década. Não se pode matar a essência do jogo. A explosão da emoção do golo não pode, como tem sido, regra geral, estrangulada. Se, depois, houver algo a corrigir, que o olho humano não tenha querido ou podido ver, a bola regressa ao local da falta. Simples, como sempre foi. Não podemos trazer para o futebol a angústia do ponta-de-lança depois de colar a bola às redes.
Voltemos ao lóbi-árbitro, mais de nove meses depois dos factos, a justiça desportiva chegou a uma conclusão: culpados. Os dois presidentes dos corredores de Alvalade podem agora recorrer, mas a pena começa já a correr. Era suposto toda a justiça ser célere. Esperar o tempo de gestação de um bebé, para exarar um despacho, mesmo não sendo um aborto jurídico, é tempo de mais. Vídeo-árbitro e lóbi-árbitro precisam de acertar passo com a modernidade e com os interesses do desporto que deveriam servir. Mantenhamos a esperança – hão-de servir.

Nota final: Ver Bruno de Carvalho fora do banco é muito menos grave para os interesses do Sporting do que manter Piccini como defesa-direito."

Árbitro no Sporting e Real Madrid

"Revelo aqui o meu registo de interesses futebolísticos. Quando era mais novo gostava do Benfica e do Eusébio, jogador único. Actualmente não tenho preferência de clube, sigo o campeonato nacional à distância. O meu clube é a selecção nacional. Vi o final do jogo Sporting- Setúbal, depois de ter visto um excepcional jogo da Premier League, Arsenal-Leicester terminou 4-3 a favor do Arsenal. Um jogo fabuloso de emoção e de bem jogado.
O penálti em que Bas Dost foi derrubado dentro da área, já perto do final do jogo, nunca pode ser considerado falta. É um lance em que o defesa mal toca no jogador. O árbitro Bruno Paixão errou clamorosamente. Porque não interveio o VAR? A tecnologia serve para ajudar nestas situações. É por isso, que não aprecio, o campeonato nacional, os grandes clubes são sempre beneficiados. O pior é quando jogam entre si!
Simpatizo com o Sporting e a sua maravilhosa massa associativa, mas não aceito invenções e roubos de bradar aos céus.

No domingo vi o jogo Barcelona - Real Madrid. Um jogo excepcional em que se observa que o Real Madrid é superior a todos os outros. Aliás na final da Supertaça europeia, a superioridade do Real Madrid sobre o Manchester United não foi tão evidente como contra o Barcelona, ainda por cima em Nou Camp.
A síndrome Neymar, ainda paira no ar e, o Barcelona continua deprimido e ferido no seu orgulho. A ideia que tenho é que o Real Madrid não precisa de contratar mais jogadores. O segredo é a gestão do plantel e dar minutos a todos. Zidane ex-jogador consegue interpretar muitíssimo bem o sentir dos jogadores.
A maior contratação do Real Madrid é a renovação de Zidane, sendo uma aposta na estabilidade e continuidade. Zidane chegou a 4 de Fevereiro de 2016, como provisório e remendo e tornou-se indispensável tendo em conta os êxitos conseguidos. Zidane renovou por três anos e de lenda como jogador vai a caminho de lenda como treinador.
O golo espectacular de Ronaldo é sublime e mostra que é capaz de tudo, até ser expulso. O de Asensio é fantástico, mas quem sentencia o jogo é Ronaldo. Desta vez o árbitro, Ricardo De Burgos Bengoetxea prejudicou o Real Madrid (muitas vezes é favorecido). Ronaldo foi mal expulso mas escusava de dar um pequeno toque no árbitro. Não entendo porque se mostra um amarelo por se festejar um golo. É sempre um momento esfuziante de alegria, desde que não se seja incorrecto os árbitros deveriam ser mais permissivos. A simulação de Luís Suárez que deu em penalty é que merecia um cartão amarelo.
O Real Madrid venceu 3-1 o Barcelona, e na volta, 2-0; indo a caminho de fazer história, de novo, esta época."