Últimas indefectivações

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Varandas contra um Estado passivo

"Escumalha, foi o termo escolhido por Frederico Varandas para caracterizar aqueles que esperaram a chegada da equipa do Sporting a S. Miguel para ofenderem os jogadores e gritarem a grave provocação: «Alcochete sempre», perante polícias impávidos, com as mãos atrás das costas.
O presidente do Sporting lembrou, e bem, que se tratava de um apelo público à violência e à defesa de uma acção criminosa que, aliás, está a ser julgada em tribunal. E na sua declaração, legitimamente indignada, Varandas levantou a questão essencial, quando afirmou que este não é, apenas, um problema do Sporting, mas um problema da sociedade portuguesa, embora o Governo, apesar do discurso político de circunstância e da criação de uma, até agora, pasmada Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto continue a ser, mais do que tolerante, preocupantemente passivo.
Frederico Varandas pode ser acusado de eventuais erros na gestão do clube e do seu futebol profissional, mas é verdade que tem demonstrado coragem e tem sido firme na luta contra a marginalidade e a violência no futebol português, afrontando directamente sectores muito problemáticos das claques organizadas do Sporting. E tem razão quando lembra que este não pode ser visto como um problema particular, que competirá, apenas e só, ao Sporting resolver. Por isso tem vindo a pedir insistentemente atenção e acção do Estado. Cego, surdo e mudo, o Estado e as suas muitas organizações, às quais compete a segurança dos cidadãos e a defesa dos valores fundadores de um regime democrático, não tem dado a resposta que se exige."

Vítor Serpa, in A Bola

A força do (des)Norte (II)

"- Capítulo II
O FC Porto emitiu, na passada 3ª feira, um comunicado, abordando diversos pontos que considerava serem relevantes. Para a sua massa adepta acreditamos que o sejam. No entanto, havendo lugar ao contraditório, está-se sujeito à análise e contra argumentação.

Vamos então dar seguimento ao capítulo I, lançado ontem, e terminar a desconstrução do comunicado, ponto por ponto, neste capítulo II:
FC Porto - «Recordamos que não foi o presidente do FC Porto que disse que determinado árbitro “não pode apitar mais” o seu clube e que, como prémio, obteve precisamente a não nomeação desse árbitro para os restantes jogos da época em que essa declaração foi proferida»
Bem sabemos que Pinto da Costa estava habituado a escolher livremente os árbitros para os jogos do seu FC Porto e a vetar os que não interessavam. Aí era tudo à descarada, sem qualquer pudor. Hoje em dia tem de ser mais recatado, sim, porque continua a fazer os seus joguinhos nos bastidores. Não estamos a dormir e basta estarmos atentos e observar o padrão dos árbitros que deixaram de apitar o FC Porto, ou que erram sistematicamente em prejuízo dos seus rivais, ou ainda os que beneficiam reiterada e sistematicamente o FC Porto.
E como estamos atentos, relembramos que ainda em Novembro passado Pinto da Costa emitiu um veto arbitral “FC Porto não quer Rui Costa a árbitro ou VAR nos seus jogos”.

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FC Porto - «Recordamos que não foi o presidente do FC Porto que mandou baixar a nota de um árbitro, num caso em que a nota até baixou mesmo mais do que alguma vez tinha baixado»
Abril 2017: Luís Gonçalves - Director do FC Porto, após o empate com o Braga dirige-se ao árbitro Tiago Antunes com as seguintes palavras: "nós sabíamos o que tu vinhas para aqui fazer, nós vamos conversar mais tarde, a tua carreira vai ser curta". Tiago Antunes viria a descer de categoria mais tarde. Coincidências à FC Porto.
Estes dois pontos acima ilustram bem o modo de estar do FC Porto. Quando não se ganha, a culpa é sempre dos árbitros, tal como foi nas seguintes ocasiões:
Setembro 2016: na sequência de um empate em Tondela, o FC Porto vem fazer duras criticas ao árbitro Hugo Miguel e ao Conselho de Disciplina. “A verdade é que o Conselho de Arbitragem está a ser coerente nas nomeações e para os jogos fora do FC Porto designa árbitros de Lisboa com um critério que se define simplesmente como canela até ao pescoço - impressionante a dureza sucessiva não sancionada pelo árbitro. (...) De uma vez por todas, os critérios têm de ser iguais para toda a gente e não estão a ser. E as regras são para cumprir, as técnicas e as disciplinares. Que não volte a acontecer a equipa alguma tantos lances sem sanção disciplinar, porque adultera a verdade do jogo, com interferência no resultado, como é óbvio";
Março 2017: após empatar com o Setúbal em casa, é dito isto: "Como de costume, o FC Porto tem sérias queixas da arbitragem, que deixou passar três lances de penalidade, primeiro sobre André Silva, depois sobre Brahimi e novamente sobre André Silva. No segundo lance chega a ser caricato que árbitro e assistente não tenham visto a forma como Bruno Varela empurrou Brahimi. E assim se adulterou um jogo de forma grave, com clara influência no resultado”;
Fevereiro 2019: Pinto da Costa e Luís Gonçalves foram ao balneário dos árbitros no final do Moreirense - FC Porto (1-1). Foram certamente desejar uma boa semana a todos;
Maio 2019: derrotados na Taça de Portugal ante o Sporting, diz Francisco J. Marques: “FC Porto foi prejudicado na final da Taça de Portugal”;
Outubro 2019: empate nos Barreiros, Sérgio Conceição ao seu melhor jeito vem queixar-se da arbitragem e do suposto anti-jogo: “Na segunda parte começou o festival, dos 45 aos 47 ou 48 minutos esteve um jogador do Marítimo no chão, depois o guarda-redes. Seis substituições são três minutos, 30 segundos por cada uma. Os adversários podem fazer o que quiserem para perderem tempo. Se o árbitro tiver que dar 15 minutos de desconto, dá 15”. Pensávamos que o Sérgio não falava de arbitragens e odiava anti-jogo, mas certamente que foi um truque de ilusionismo e todos vimos outro clube que não o FC Porto a fazer anti-jogo diante o Feyenoord, no Dragão.

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FC Porto - «Recordamos que não é o FC Porto que tem um presidente e um vice-presidente arguidos num caso em que se investiga a corrupção de um juiz.”
Só pode ser brincadeira.
Paulo Óscar, procurador da República do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, foi condenado pelo Tribunal da Relação da mesma cidade por abuso de poder e foi multado em 1800 euros. Motivo? Pressionou um queixoso - de um processo em que não era titular - a desistir de uma queixa contra o chefe de segurança do FC Porto. No final disto, apesar da condenação e da respectiva multa, o magistrado em causa poderá ainda actuar em casos que envolvam o clube portista.
Estranho? Não é caso único. No processo “Operação Fénix”, Pinto da Costa foi acusado do crime de segurança ilegal com a omnipresente SPDE – empresa responsável pela segurança do estádio do Dragão - tendo sido absolvido pelo Tribunal da Comarca de Guimarães. Surpreendentemente, o magistrado local do Ministério Público pediu essa mesma absolvição desconsiderando todo o trabalho da investigação, que foi longa e minuciosa. Esta carambola forçou o DCIAP (Departamento Central de Intervenção e Acção Penal) a “avocar” o processo e recorrer da absolvição de Pinto da Costa, Antero Henrique e dos restantes arguidos da Operação Fénix.
Ainda a este respeito, bem elucidativo da promiscuidade entre o FC Porto e demais órgãos de investigação, nunca esquecer que na altura do Apito Dourado, Pinto da Costa foi avisado por um elemento da Polícia Judiciária de que iria ser alvo de buscas, tendo assim fugido para Vigo. 

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FC Porto - «Recordamos que não é o FC Porto que está a ser investigado no âmbito do caso Mala Ciao, por corrupção de equipas adversárias»
Voltamos ao mesmo. Entre FC Porto e SL Benfica só um dos clubes foi condenado por corrupção desportiva. E esse clube é o FC Porto. E se é verdade que o Apito Dourado já tem uns anos, ainda hoje continuam a praticar manobras ilegais e corruptas. Vide o caso do jogo Estoril - FC Porto. Vendo-se em risco de hipotecar o campeonato, eis que ao intervalo se descobre uma grande fenda na bancada e se manda a claque oficial invadir o relvado. E pelo meio ainda aparece uma factura que estava por pagar ao Estoril. Pobre Ivo Vieira, que não pôde dizer o que verdadeiramente sentia.


FC Porto - «As vitórias que o Benfica alcançou durante os mandatos de um homem que já foi condenado por roubo são suspeitas porque as autoridades as investigam enquanto tal e porque são conhecidas várias provas que colocam em causa a sua legitimidade. Tudo o que o Benfica comunica sobre a lisura dos desempenhos dos rivais tem como propósito tentar ocultar esta triste realidade e lançar para a casa dos outros a lama em que o clube está actualmente mergulhado. É palha para burros. Há sempre quem a coma»
Nunca o Polvo das Antas teve o propósito de defender cegamente os dirigentes do SL Benfica, porque os dirigentes passam mas o clube fica. Porém, perante esta alarvidade, há que sublinhar de modo explícito que o presidente do SL Benfica nunca, em tempo algum, foi condenado em qualquer processo relacionado com o futebol, desportivamente falando. Mas se o objectivo é falar de casos extra-futebol, temos muito que discorrer, mas vamos apenas tecer breves considerações:
SEF - O FC Porto oferecia bilhetes, empregos e camisolas a funcionários deste organismo, em troca de vistos e legalizações dos seus jogadores;
Doping - Não é suposição nossa, é factual. Walter Casagrande, ex-jogador do FC Porto, confessou o uso de substâncias proibidas aquando da sua passagem pelo clube. A equipa de ciclismo do Porto é também fértil em casos dúbios e intrigantes;
Fair Play Financeiro - O FC Porto continua sob vigilância da UEFA, já há mais de 3 anos, situação provocada por um período 2013/2016 absolutamente desastroso a nível financeiro. Apesar da situação em que se encontra, beneficia de um emaranhado de contratos públicos que financiam o seu canal de televisão;
Ameaças a jogadores/treinadores - Paulo Assunção confessou ter sido ameaçado com um tiro no joelho caso não renovasse com o clube. Co Adriaanse viu ser arremessado um very-light para o seu carro, após um empate na casa do Rio Ave. Abandonou o clube pouco tempo depois;
Mesquita Alves - Então dirigente portista, foi encontrado, em 2012, morto numa casa de banho do Estádio do Dragão. “Alegadamente” suicidou-se. A arma nunca foi encontrada;
Centro de Estágios do Olival - O FC Porto pagou durante muito tempo uma renda mensal de 500€ pelo uso do Centro de Estágios. A obra custou à Câmara de Gaia cerca de 16M€. O FC Porto demoraria, assim, 2666 anos a pagar a totalidade da obra. Não merece comentários.
Poderíamos continuar aqui a apontar casos desta estirpe, tal é a quantidade em que estiveram e estão envolvidos. O objectivo sempre foi e sempre será o mesmo: serem beneficiados, ao mesmo tempo que promovem o prejuízo do SL Benfica. O FC Porto e sua comandita imunda representam todo o mal que há na sociedade, mais especificamente no futebol. Hipocrisia, falta de escrúpulos, mentiras, roubo de correspondência privada, deturpação de informação, violência, manipulação de massas, vale tudo.
Têm vindo à tona sinais de que a situação no FC Porto se está a deteriorar. Urge, da parte do SL Benfica, ser impiedoso, sem tréguas, sem misericórdia. Por todo o mal que nos causaram.
Não basta o polvo estrebuchar. É preciso matá-lo."

Um jogo sem gente é como um Natal sem presentes. Mas é preciso diferenciar os adeptos: há bons, há maus e há doentes

"Os adeptos. Os adeptos são o condimento maior do desporto. De qualquer desporto.
Sem eles, não há aplausos nem coreografias, não há bandeiras coloridas nem emoções genuínas, não há adrenalina pura nem paixão exacerbada. A tal paixão que invade a alma de quem está lá dentro, de forma imparável. De forma quase insuperável.
No futebol ou no atletismo, na ginástica ou no râguebi, no ténis ou na natação, seja onde for, só o calor humano, o ruído das massas e a força de um mar de gente conseguem abrilhantar a festa e dar luz, som e cor ao espectáculo. A qualquer espectáculo.
É mágico, de facto.
Um jogo sem gente é como um Natal sem presentes. Não é normal, não é expectável, não faz sentido.
A pior experiência que um atleta, treinador ou árbitro podem ter é fazer o que mais gostam sem ninguém lá para ver, para testemunhar ou aplaudir. Actuar numa sala vazia ou num palco sem plateia é contranatura. É feio, frio e triste. É devastador.
Dito isto, importa diferenciar os vários tipos de adeptos que existem.
Primeiro há os bons. Os bons a sério. São muitos (felizmente) e são os mais importantes de todos.
Os bons adeptos são os que acompanham o seu ídolo ou equipa para todo o lado, sempre que isso é possível. São os que os incentivam e apoiam mas também os que sabem criticá-los, quando sentem que isso é necessário. São os que estão presentes quando a sua presença importa, quando a sua presença se impõe.
Os bons adeptos também têm momentos menos bons, mais irreflectidos ou exacerbados, de maior crispação ou exagero, mas são transversalmente boas almas, boas pessoas. Gente que sente com o coração mas que sabe estar, que sabe ser. Gente com valores e educação. 
Depois, existem os maus.
Os maus são os hooligans e os arruaceiros, os radicais e os terroristas, os bandidos e os criminosos. 
São poucos (esperamos nós), mas quando vão a um espectáculo, evidenciam-se. Não querem usufruir, apoiar ou incentivar. Só querem incomodar, chatear e perturbar. Procuram motivos para fazer motins, para criar o caos, para impor a desordem e o medo. Os maus adeptos são os que agridem os outros, os que ameaçam os adversários e os que atiram cadeiras a tudo e a todos. São os que adoram destruir o que lhes aparece pela frente. Para eles, o jogo não é o fim mas apenas um meio. O argumento perfeito para serem o que genuinamente são: um bando de energúmenos, com uma vida infeliz e uma sina triste.
Por último, há o chamado "adepto-doente".
O adepto-doente existe em abundância e de forma quase transversal. São pessoas com traços de personalidade muito característicos, óbvios a olho nú: sofrem de mania de perseguição, de complexo de inferioridade, de egocentrismo intermitente, de memória selectiva e, claro, de "Síndrome de Calimero".
Para esses, a vitória é sempre obtida com mérito e a derrota tem sempre o dedo nefasto de alguém. Para esses, o adversário é inimigo, o árbitro é ladrão e a competição é apenas um sistema putrefacto, que beneficia os rivais e oprime-os a eles, vítimas, inocentes. Para esses, a opinião favorável de uns só está certa quando coincide com a sua. Quando é diferente, passa a desonesta, mal-intencionada e incompetente.
O adepto-doente é, quase sempre, uma pessoa mal educada. Tem má formação de base. Por isso, usa o insulto, a ameaça e a ofensa como armas de arremesso. Armas que procuram apenas disfarçar a sua incapacidade óbvia em discordar, com fundamentos e substância. Com argumentos e factos. 
Geralmente é uma pessoa ordinária, rude e bastante covarde: escondido na bancada ou atrás de um qualquer teclado diz que bate, que faz e que acontece, mas ao perto e olhos nos olhos, baixa a cabeça, desvia o olhar, esconde-se deprimentemente nos intervalos da chuva.
O adepto-doente, que é um residente activo das redes sociais e uma alma só e infeliz, raramente pensa pela sua cabeça. Consome tudo o que é dito por outros como se fossem verdades absolutas e faz disso a sua bandeira, a sua luta. A sua causa. É isso que o preenche. É isso que o sacia. É isso que o distrai. Só isso.
De todos os adeptos que existem, este é o mais pobre de cabeça, o mais ingénuo e o que mais pena dá.
É certo que as pessoas não são todas iguais e não há sociedades perfeitas, mas a verdade é que a forma como vemos e apoiamos o desporto em Portugal, está ainda longe da ideal. Da que se espera de um país evoluído, com méritos desportivos acumulados uns em cima dos outros.
Educar, formar, ensinar valores é um desafio tremendo, que deve começar logo no ventre... mas é o único caminho que permitirá o nascimento de outras gerações. O nascimento de pessoas melhores, de seres humanos distintos, de gente com outra atitude e carácter.
Se queremos a mudança, temos que ser a mudança."

Apanhados!!!

Festa da Taça

"Hoje, às 20h45, receberemos o Sporting de Braga, na Luz, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal. O objectivo, como não poderia deixar de ser, é passar à eliminatória seguinte.
À semelhança do Campeonato Nacional e da Taça da Liga, somos o clube com mais títulos nesta competição. Sob a denominação Taça de Portugal, ganhámos 26, mais nove que o clube seguinte no palmarés da prova.
O Sporting de Braga também pertence à restrita galeria de vencedores da Taça de Portugal, tendo-a conquistado por duas vezes, em 1966 e em 2016 (foi finalista vencido em mais quatro épocas, a última em 2015). O Braga foi sucedido pelo Benfica em 2017, naquele que foi o nosso derradeiro percurso bem-sucedido na prova rainha do futebol português.
Teremos, portanto, um bom adversário pela frente esta noite, que se apresenta todos os anos, como o Benfica, enquanto candidato a marcar presença na final e a tentar ganhar este título. Se no Campeonato Nacional o Braga está, para já, numa posição abaixo das suas ambições, é preciso ter em conta que ganhou o seu grupo na Liga Europa, o que é sinónimo de competência.
Por isso, terá de ser um Benfica ao seu melhor nível em cada momento do jogo, conforme declarou Bruno Lage na conferência de imprensa de antevisão à partida, para derrotar os arsenalistas. “Temos de nos apresentar como nos últimos jogos, com qualidade, iniciativa, alegria, marcar golos e vencer o jogo para seguir em frente, que é o nosso objectivo”, disse o nosso treinador.
A forte presença e apoio dos benfiquistas no Estádio da Luz esta noite poderá ser fundamental para o triunfo da nossa equipa. Apelamos, portanto, aos nossos adeptos que não deixem de ir ao jogo e que repitam o apoio dado à equipa nas últimas partidas. Relembramos os detentores de Red Pass que, caso não possam estar presentes no Estádio da Luz, têm a possibilidade de partilhar o seu lugar.
E quando já todos sentimos este ambiente de quadra festiva, nada melhor que assistir a mais um belo jogo no Estádio da Luz.
#PeloBenfica"

O Brinco do Baptista #22 - Inferno Rossonero

Benfica Podcast #347 - Hitting stride

E quem alimenta o último terço? Nakajima e Taarabt


"Tende-se a dar uma importância desmedida a quem faz golos e também a quem alimenta essa zona de finalização, mas nem sempre se entende o quão determinante é haver quem tenha uma capacidade elevada para alimentar o último terço. Ou seja, quem começa um pouco mais atrás a criar condições para que a equipa possa acelerar o jogo mais adiante.
Na passada jornada, dois jogadores estiveram em foco precisamente pela forma como alimentaram esse último terço e permitiram que os colegas seguissem para o último ou penúltimo passe.
Taarabt realizou 19 passes ofensivos – de Criação – certos, enquanto que Nakajima foi responsável por 11. Dos pés de ambos, as suas equipas encontraram caminhos para poder desequilibrar o jogo, e provaram a importância de um jogo que a todos valoriza. É que sem boa chegada à frente, fica bastante mais difícil para os mais adiantados criarem e assumirem o seu expectável papel de notoriedade."

Investimentos e aldrabices

"Multiplicam-se os casos de clubes em situação ruinosa depois de promessas vãs de investimentos milionários - vindas de figuras de bolsos cheios (ou não). Impossível perceber onde fica a prudência de dirigentes e adeptos.
«Quando a esmola é grande, o pobre desconfia.»
Ou devia, pelo menos.
Este princípio, enraizado em tantas franjas da sociedade portuguesa, seguramente não faz parte do imaginário de sabedoria popular de muitos dirigentes dos clubes nacionais. E de quem está próximo dos clubes. Ou então, talvez, quando a falta de fundos e o desespero chegam a níveis preocupantes, o filtro e o bom senso são postos de lado. Tudo o que aparece é uma luz de esperança e todos se agarram a isso - mesmo que sejam ideias com um toque de mirabolante.
Só isso pode explicar a catadupa de negócios ruinosos sempre à volta da mesma figura: o mítico investidor. Às vezes não se sabe bem de onde aparece, o que ganha com o tal investimento, mas o desfecho tem sido repetidamente o mesmo: o fracasso, por vezes a ruína, invariavelmente a sensação de vigarice.
Um dos casos mais mediáticos aconteceu com o Boavista em 2008. Quem não se lembra do discurso trapalhão e atabalhoado de Sérgio Silva, suposto homem de negócios que ia injectar quase 40 milhões de euros nos cofres dos axadrezados? Acabou detido poucos dias depois: os homens do Bessa desmascararam o esquema a tempo e foi uma cena digna de filme, com o investidor a ser preso pela PJ nas instalações do Boavista.
E recorda-se do Atlético? O histórico lisboeta foi supostamente salvo por um investidor chinês que trazia uma mala (a descrição é figurativa) com 150 mil euros. Pelo meio, o investidor colocou na equipa vários jogadores com um vasto lastro de suspeitas de viciação de resultados. Um deles, Ibrahim Kargbo, internacional da Serra Leoa, até foi banido do futebol por manipulação de resultados. Foram-se os anéis (já ninguém sabe do tal investidor dos 150 mil euros), e foram-se os dedos: o Atlético tenta reerguer-se nos Distritais.
Vamos mais a Norte. Em 2015, um grupo de investidores da Argentina prometia mundos e fundos ao Freamunde - uma equipa que nunca tinha jogado na Primeira Liga. «Não é uma solução milagrosa», dizia um dirigente na época. 250 mil euros de entrada, orçamentos perto de 1 milhão de euros, plantel com vários argentinos desconhecidos, e descida de divisão pelo meio. Em 2017, os salários em atraso no Freamunde chegaram aos jornais. A equipa joga nas divisões Distritais, depois de vários anos em patamares superiores.
E não faltam outras vítimas dos investidores milionários. União de Leiria, com um projecto russo, leva meses de salários em atraso. União da Madeira, com confusão entre investidores e direcção, remunerações por receber e caos instalado. O investidor turco da AD Oliveirense, com ideias ambiciosas, não deu em nada: os jogadores até já recorreram ao fundo salarial do Sindicato.
Retomo a ideia inicial: quando a esmola é grande… afinal não se desconfia? Objectivamente, o que é que um clube como a AD Oliveirense ou o Freamunde (com todo o respeito) oferece para abrir o apetite a um investidor? Pensa que vai vender jogadores por verbas milionárias? Clubes com poucas centenas de sócios e adeptos, com instalações limitadas, que jogam em campeonatos com pouca ou nenhuma visibilidade e com um contexto competitivo limitado... Ninguém desconfia das boas intenções sucessivas de investidores que prometem tudo? E no fim não deixam nada. Ou é má gestão pura, ou no limite estamos no campo da aldrabice. Parece que o pior cego é mesmo o que não quer ver.
Também os jogadores do Vilafranquense reclamam salários em atraso. O investidor, Luiz Andrade, confirma. O ano passado o cenário foi semelhante. Entretanto parece já ter encontrado alguém para assumir a pasta numa SAD mergulhada em problemas. O nome é familiar? Luiz Andrade já passou pelo Desportivo das Aves, falou-se do Olhanense, acabou em Vila Franca de Xira. Ao que tudo indica, vai deixar o Vilafranquense em situação delicada.
Perante isto, quando um investidor se aproximar do seu clube, não se esqueça: o seguro morreu de velho. Um olho no peixe, outro no gato."

ESports nos Jogos Olímpicos: uma oportunidade ou um risco?

"Aberta que está a discussão acerca da inclusão dos ESports como desporto olímpico (em formato de modalidade de exibição), nos jogos de verão de Paris (2024), diferentes são as áreas de especialidade que integram a reflexão sobre as potencialidades e riscos da sua integração.
De uma forma lata, os assim designados “eSports” contemplam todas as actividades que envolvam jogos de computador, onde um individuo joga contra os seus adversários via internet e onde possam estar envolvidos prémios monetários (em eventos organizados) e uma audiência “online” que assiste ao desenvolvimento do jogo.
Cada vez mais, este tipo de actividade assume já a forma de torneios altamente especializados (onde se podem assistir, também ao vivo, à competição entre indivíduos e equipas), com toda uma nova indústria a emergir e a gerar valores que ultrapassam já o bilião de dólares, dada a enorme receptividade que evidencia junto das gerações mais novas.
A emergência desta indústria, alavancada pelo volume de investimento financeiro associado e o número de “adeptos” galopante, veio a justificar um conjunto de conversas entre a INTEL (um dos parceiros dos JO) e o Comité Olímpico Internacional (COI), com o intuito de demonstrar a oportunidade que a tecnologia poderia oferecer aos Jogos Olímpicos – deste conjunto de acções resultou, em 2017, a concordância da parte do COI de que os e-sports poderiam ser considerados uma actividade desportiva, mas não deveriam nunca infringir os valores olímpicos.
Apesar do COI ter já determinado que qualquer jogo que envolva a “prática de actos violentos e/ou discriminação” estará sempre e necessariamente afastado do espírito olímpico, a verdade é que a enorme indústria que sustenta esta actividade pretende, associando-se ao movimento olímpico, beneficiar da imagem positiva que este mesmo transporta, o que resultará necessariamente em ganhos de imagem e ainda maior propagação junto das grandes massas.
Exemplo deste propósito, por parte já desta indústria, será a concretização, já em 2020, de um dos maiores eventos da INTEL - o Intel World Open – que será realizado em Tóquio, de 22 a 24 de Junho (logo, muito próximo do evento olímpico de Tóquio, que se iniciará a 24 de Julho). Semelhante aos Jogos Olímpicos, os jogadores competiram em equipas que representam as diferentes nações, em dois dos seus jogos mais conhecidos “Street Fighter V” e “Rocket League”.
Muito recentemente, no 8º Olympic Summit (Lausana, na Suíça), o pedido da Esports Liaison Group para a integração da modalidade no espírito olímpico foi alvo de nova reflexão onde, face à manutenção de algumas preocupações, a conclusão foi a dois ritmos: abertura, sim, mas não para todo o eSports.
Uma das preocupações mais vincadas, prendeu-se com a componente de saúde física dos atletas, dado este tipo de actividade implicar um largo número de horas de “inactividade” física, se procurarmos um paralelo com as outras actividades desportiva.
Por esta razão, uma das principais recomendações prendeu-se com o encorajamento das diferentes federações no sentido de serem criados simuladores dos respectivos desportos, socorrendo-se à realidade virtual e aumentada, com o propósito de aumentar os indicadores de actividade física, procurando incorporar o movimento nos mesmos.
Mas, será a falta de actividade física o risco mais elevado associado à prática de Esports? Que outros temas necessitam maior espaço de reflexão?
A discussão em torno deste tema está, de facto instalada e a investigação produzida tem-se debruçado muito mais nos factores de participação e não no que respeita à experiência subjectiva do jogador, nomeadamente nos impactos negativos que a envolvência nesta prática pode acarretar.
Quando a dita “prática” destes jogadores contempla, muitas vezes, a permanência entre 6h a 10h dia em frente a um monitor, e para além das questões físicas e posturais, as experiências de “burnout” emocional, de compromisso das competências sociais e consequente isolamento social, de desenvolvimento de patologias de adição em idades muito jovens entre muitos outros compromissos do foro da qualidade dos afectos e da estruturação de uma personalidade iminentemente saudável precisam, por isso, ser colocadas no centro das atenções.
Em boa verdade, a “experiência de Esports” não precisa ser “banida”, uma vez que os benefícios da tecnologia e a apetência das novas gerações pela mesma são duas realidades inegáveis – precisa sim, ser reflectida, para que possa servir os melhores interesses da sua enorme massa de adeptos, contribuindo para um desenvolvimento mais equilibrado dos mesmos."

Um Natal... na prisão!...

"Foi em finais da década de 70 que, por uma conjugação feliz de várias circunstâncias, tomei contacto com o meio prisional. O contexto dessa indelével experiência nem sequer me é fácil descrevê-lo, tal era o inusitado e o dramático das situações com que me deparei.
Os reclusos, de olhar vítreo e abismado, vagueavam, quais autómatos, pelo espaço de todos, que parecia ser de ninguém, dando a dolorosa impressão de estarem por ali apenas à espera de nada – uma vida, enfim, oca e destituída de qualquer sentido.
Senti imediatamente que o Desporto, na sequência, aliás do convite que pelo director, Dr. Miranda Pereira, me fora dirigido, poderia, de facto, vir a preencher, a seu modo, um pouco desse vazio em que se afogavam.
Senti-me deveras entusiasmado de vir a poder constituir-me, através da prática desportiva em clima de privação de liberdade, um privilegiado agente de um renovado sentido de vidas esvaídas e mergulhadas na apatia continuada. E foi como que atraído pela devastadora impressão de desnorte e vazio que senti na alma daqueles rapazes e alguns homens feitos, que, orgulhoso e entusiasmado, me lancei à nobre missão de, através do Desporto, dar vida a vidas que da vida pareciam ter descrido.
Foi neste pressuposto que procurei dar corpo a uma das maiores experiências da minha vida profissional, convocando para uma prática imprevista de Desporto, todos os reclusos que porventura já se tinham amolecido na espera sem esquina, de um futuro sem sol.
Após um levantamento da situação, da introdução técnico-pedagógica das várias disciplinas, da competição entre equipas do estabelecimento prisional e sucessivamente alargado ao exterior que marquei com suor e afetos o meu contato com esse “mundo novo”.
Construir equipas de trabalho em voluntariado, transformando “zonas abandonadas” em espaços desportivos, com manifestações de redobrado entusiasmo, queimando lixos, matraqueando picaretas em contraste com as correrias dos carrinhos de mão, numa chiadeira infernal, via-se a crescer um ridente símbolo de esperança ocupacional.
Aquela gente, tão avaros do nada fazer, começaram a dar as primeiras imagens da sua capacidade de trabalho, de dedicação e, porque não dizê-lo de amor, preparando assim um novo desenho de uma esperança imprevistamente renascida, começando a desafiar os incrédulos do homem, que, embora recluso, também é portador de valores que uma sociedade tipo, ora lhes reconhece, ora lhes recusa, sociedade para alguns de interesse e habilidades, mas para outros de engano e de ilusão.
Foi, como referi, durante uma parte substancial da minha vida, que construí pela prática desportiva uma dinâmica onde imperou empatia pela promoção e desenvolvimento de iniciativa, da capacidade organizadora, autonomia e solidariedade numa autêntica caminhada de gratificante humanização entre a população reclusa.
A dinâmica instituída pelo jogo (adaptativo ou classicamente traduzido numa determinada modalidade), sempre que possível arbitrado alternadamente pelos próprios reclusos, constituiu-se num sentimento de partilha e de que tinha valido a pena. A aquisição do hábito de respeitar a regra da sociedade, entretanto violada, mediado pelo exercício lúdico-agonístico do cumprimento da normatividade da competição pelo jogo – eis o aspecto mais relevante. Para além do que ficou a constar, o melhor comportamento da população reclusa, recaía naqueles que faziam da prática desportiva a sua normal e periódica ocupação semanal.
Uma nota de gratidão pela tarefa desenvolvida ficou humildemente expressa num louvor atribuído pelo então ministro da Justiça, Dr Menéres Pimentel e a regularização oficial e normativa da disciplina do Desporto nos estabelecimentos prisionais.
…Passados uns tempos, resolvi passar com eles uma tarde em vésperas de Natal. Nesse dia, a chuva acompanhada pelo vento e nevoeiro intenso, tornava ainda mais fria a visita.
Cheguei, quando algumas visitas se abeiravam do portão de saída. Notei em quase todos os rostos meios descobertos algumas lágrimas e também nas mãos de crianças, pequenos embrulhos cobertos por fitas reluzentes duma só cor.
Uma saudação com resposta quase inaudível e lá me desloquei para o primeiro pátio, aguardando o simpático atendimento do guarda de serviço, que me levou ao segundo portão de acesso ao primeiro corredor que fazia ligação com novo portão e, este, a um outro espaço aberto por onde circulavam alguns vultos encobertos pelo triste regresso ao espaço bem próximo entre o refeitório e as celas. 
Eram 18 horas duma tarde que se fazia noite e já alinhados, centenas de pratos em mesas corridas com canecas de alumínio, e se iam sentando um recluso e outro e mais outro… e tantos outros. Tantos e tanto silêncio!…
Não faltavam as batatas, o bacalhau, a hortaliça e demais iguarias… mas notava-se faltarem as forças para fazer do apetite vontade de comer… que de forma serena e pautada pelo recato se processava. 
No momento da despedida, olhos fitados no silêncio da amargura, iam-me acenando o que a boca impedia resposta e, entre alguns abraços, toquei-lhes o rosto e, não tive sequer forças para lhes desejar um Bom Natal… apenas aquele olhar com o desejo para lhes dizer que num outro Natal, outro apetite de consoada fosse acontecimento de vida.
Entretanto alguém me chama. Volto-me e dois reclusos se me dirigem trazendo entre mãos um cesto feito de vime e algumas peças de barro por eles moldadas, cosidas e pintadas – eram nada mais, nada menos do que uma ovelhinha, o Menino Jesus e um pastor!…
Nesse momento, senti fazer-se Natal!…
Todos os anos procuro realizar uma actividade sócio desportiva, acedendo ao convite dos responsáveis dos estabelecimentos Prisionais de Paços de Ferreira e Vale de Sousa.
Uma oportunidade singular para levar os meus alunos de Mestrado em Treino Desportivo do Instituto Universitário da Maia a perceber um profundo desejo para o reencontro com a liberdade, entretanto perdida, permanecendo 3 a 4 horas com as vivências bem próximos das grades.
Os altos muros que circundam os pátios, as janelas e as paredes das celas; aquele ruído permanente do fechar e abrir dos gradões e portas das celas, as constantes chamadas através da instalação sonora e demais ecos dos sons dos aparelhos de rádio; o intenso odor a lixívia, creolina e outros produtos de limpeza e o combate aos mesmos com o uso exagerado de perfumes, leva a que permaneça nas longas memórias do passado quem um dia passou para o outro lado.
O uso das fardas impostas à condição de recluso, a identificação através do número, algum desleixo da apresentação e descuido com a higiene e a noção de perda de privacidade, conduz ao confronto com o mundo da liberdade.
É assim que desta aula se marca muitas vezes a história do futuro de quem pretende entrar na vida e melhor se preparar por a merecer.
Na liberdade que é um bem… a maldade um veneno… a recordação um perfume … a memória, um privilégio (Seara, 2016), gostaria muito de desejar a todos os queridos amigos leitores um Feliz Natal e que a manifestação dum Deus que se fez Menino, há mais de 2 mil anos, volte mais uma vez a renascer como mensageiro de Paz e Amor no coração de cada um de nós."

Benfiquismo (MCCCLXXXI)

Prontos para a guerra...

Vitória... nas pontas!!!

Benfica 28 - 24 Águas Santas
(17-13)

Boa 1.ª parte, gestão no 2.º tempo...

A força do (des)Norte

"• Capítulo I
O FC Porto emitiu, na passada 3ª feira, um comunicado abordando diversos pontos que considerava serem relevantes. Para a sua massa adepta acreditamos que o sejam. No entanto, havendo lugar ao contraditório, está-se sujeito à análise e contra argumentação. E após a leitura do comunicado, não podemos deixá-lo passar em claro, tais são as mentiras e hipocrisias escritas.
Vamos então desconstruir o comunicado, ponto por ponto:
FC Porto - «É natural que uma instituição (SL Benfica) que alcançou os maiores sucessos num tempo em que tinha uma ligação estreita com a ditadura…»
A velha ladainha de que o SL Benfica é o clube do regime. Esta é fácil. Desde logo, o SL Benfica teve, no período do Estado Novo, vários presidentes oposicionistas ao regime. Félix Bermudes foi perseguido pela PIDE; no consolado de Tamagnini Barbosa, o clube chegou inclusive a estar em risco de ser encerrado pelo regime, por alegadamente estar tomado por “conspiradores”; Júlio Ribeiro da Costa teve de se demitir da presidência para que o clube não fosse mais penalizado pelo regime, dada a sua forte conotação política com a oposição, entre outros tantos.
Não obstante o olhar reprovador da PIDE, os órgãos sociais do SL Benfica sempre foram eleitos democraticamente. As eleições, bem como as Assembleias Gerais, eram até acompanhadas de perto pela PIDE.
O velho Estádio da Luz foi construído pelos Benfiquistas para os Benfiquistas, com aquilo que estes podiam contribuir, sem qualquer ajuda estatal e sem dívida. Quanto ao Estádio das Antas, em 1948 ainda não havia acordo entre o FC Porto e os proprietários do terreno. O problema ficou resolvido a 1 de Setembro de 1949, quando um despacho do Estado Novo mandou expropriar os terrenos. A partir desse dia, o estádio seria uma realidade e o ministro Frederico Ulrich receberia uma justa homenagem (medalhão com a sua imagem) pelos portistas que lhe ficaram bastante agradecidos, pois em 4 de Dezembro de 1949 o FC Porto tomaria posse dos terrenos das Antas. Nesse domingo inesquecível, o presidente do FC Porto, Dr. Miguel Pereira, proferiu um discurso de agradecimento, não esquecendo os cooperadores do Estado e da Câmara, os cooperadores anónimos e os do clube. Além do presidente do FC Porto, o ministro das Obras Públicas de Salazar falou também, sendo frequentemente interrompido por aplausos. Entre os aplausos anunciou também a concessão de 3000 contos para a obra se tornar realidade. Estavam, assim, reunidas todas as condições para que em 16 de Janeiro de 1950 se começasse a primeira fase da construção do Estádio das Antas. Pinto da Costa sabe perfeitamente a importantíssima ajuda do Estado Novo para a construção das Antas, até porque assistiu ao vivo à derrota do seu clube frente ao SL Benfica por 2-8, em 28 de Maio de 1952, data evocativa do golpe militar que permitiu a instauração de um regime autoritário, de cariz fascista em Portugal.
Foram vários os actos públicos de alinhamento fascista dos seus dirigentes, como sucedeu com Urgel Horta, duas vezes presidente portista, fervoroso membro da União Nacional, que não se coibia de esticar o seu braço direito evocativo de uma saudação nazi, na presença de António Oliveira Salazar. E o alinhamento não era apenas ideológico…
Na década de 40, o FC Porto classificou-se em 3º lugar no campeonato regional, o que significaria disputar a 2ª divisão. No entanto, o FC Porto fez-se valer dos seus homens no poder do “Estado Novo” para alargar a competição, evitando assim ser relegado para a segunda divisão (o que deveria ter acontecido).
O SL Benfica foi campeão europeu com jogadores que faziam parte dos movimentos de libertação das colónias, como Santana e Coluna. Naturalmente que Salazar se colou a estes êxitos para fins políticos, mas contrariado.
O primeiro hino do SL Benfica, criado por Félix Bermudes, chamava-se “Avante Benfica” e foi silenciado pelo regime.
A selecção nacional esteve 54 anos sem jogar num estádio do SL Benfica, e apenas 17 anos após a inauguração o Estádio da Luz, ou seja 1971, recebeu jogos das selecções, ao contrário de Alvalade, Antas e Restelo. Se fosse o Clube do Regime, porquê esta relutância em jogar na Luz?
Nos 20 anos (21 campeonatos) seguintes ao 25 de Abril, o SL Benfica conquistou 10 títulos, o FC Porto conquistou 9 e o Sporting CP conquistou 2. De 1933 a 1974 foram disputados 40 títulos, o SL Benfica venceu 20, contra 14 do Sporting CP, 5 do FC Porto e 1 do Belenenses. E o SL Benfica é que era o clube do regime?


FC Porto - «(uma instituição) que tem sido nos últimos anos dirigida por uma pessoa que já foi condenada por roubo e por um grupo de indivíduos que inclui um director jurídico que vai ser julgado por corrupção, um director do departamento de apoio aos jogadores preso por tráfico de droga e um director de futsal fugido durante nove anos à justiça»
Pois bem. Ano 2008, o FC Porto era condenado por corrupção na forma tentada, tendo visto ser subtraídos seis pontos, e o seu presidente condenado a dois anos. O FC Porto não recorreu, tendo acatado a decisão do Tribunal. Por outras palavras, assumiu a culpa, aceitou ser punido na justiça desportiva como clube corrupto que é e comunicou-o à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários. Notável e incomparável.
Acreditamos que o comunicado tenha tido o cunho do formalmente condenado Francisco J. Marques, pelo que importa referir o seguinte. Em Junho deste ano, o FC Porto (a SAD e o seu Director de Comunicação), foram condenados ao pagamento de 2M€ ao SL Benfica, no “caso civil” dos emails. Sim, falta a parte criminal e disciplinar. O FC Porto ficou ainda obrigado a entregar todo o material que tiver em sua posse (nomeadamente os emails), estando proibido de os divulgar. Diz a sentença que a "exibição dos emails assumiu uma lógica de clara propaganda (com anúncios de divulgação, pausas e suspensa artificial); depois se a finalidade era informar, raramente os emails foram exibidos mas apenas lidos, o que nunca possibilitou a público em geral a sua leitura total, não truncada, e crítica. Concluímos, portanto, que os réus não agiram na qualidade de jornalistas, mas sim de sociedades concorrentes".
É óbvio o patrocínio do FC Porto à campanha de divulgação dos emails. O palco principal foi o Porto Canal, o intérprete principal foi Francisco J. Marques, nunca esquecendo os amigos de Lisboa, autênticos palermas manipulados. Falta esclarecer o circuito da subtracção dos emails dos servidores do SL Benfica e o modo como chegaram à redacção do Porto Canal e ao computador controlado por Francisco Marques e Diogo Faria.
Podem dar as voltas que quiserem, a justiça está a decorrer e o seu tempo chegará.
Perguntamos: a Liga já desencadeou o processo para a descida de divisão do FC Porto? É o simples aplicar dos regulamentos. Mas há mais justiça, ou falta dela, para o FC Porto…


FC Porto - «Recordamos que não foram adeptos do FC Porto que partiram os dentes ao árbitro Pedro Proença ou foram condenados por agredirem um árbitro assistente em pleno jogo ou por ameaçarem o árbitro Jorge Sousa»
Janeiro 2017: Elementos da claque oficial do FC Porto, Super Dragões, invadem o centro de treinos dos árbitros na Maia, ameaçando e coagindo Artur Soares Dias;
Abril 2017: Tiago Martins, que havia apitado o Moreirense - SL Benfica, viu ser divulgado o seu domicílio profissional na página "Portal dos Dragões", onde era visível o recado endereçado aos Super Dragões. Convidamo-vos a analisar as arbitragens deste árbitro nos meses seguintes;
Abril 2019: Bruno Paixão sofreu ameaças de morte, vindas de adeptos ligados ao FC Porto. Já que o nome Jorge Sousa vem à baila, convém relembrar um dos episódios mais tristes e causadores de vergonha alheia, patrocinados pelo FC Porto. Estando nomeado para o SL Benfica - Santa Clara, eis que elementos ligados ao FC Porto vandalizam a casa do árbitro com mensagens pró-Benfica, tentando fazer passar a mensagem de que teriam sido adeptos do SL Benfica a fazê-lo. Mas cometeram erros, e esta situação foi exposta e clarificada aqui no Polvo das Antas.

Amanhã, dia 18, lançaremos o capítulo II. Pedimos que partilhem o artigo, de forma a que o mesmo chegue ao maior número de pessoas e possamos, juntos, desmentir veemente a estratégia do FC Porto."

Seabra...

Antevisão SL Benfica x SC Braga: Duelo pelos quartos

"Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Braga medem forças, esta quarta-feira, em jogo a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal, depois de eliminarem Vizela e Gil Vicente, respectivamente.
As águias de Bruno Lage atravessam um excelente momento de forma. São líderes isolados na Primeira Liga, com mais quatro pontos que o seu eterno rival, FC Porto; venceram o FC Zenit na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, o que possibilitou o apuramento para as eliminatórias da Liga Europa, e ainda estão na luta pelo apuramento para a “Final Four” da Taça da Liga. Assim, os encarnados estão com quatro frentes activas na temporada.
Por sua vez, o SC Braga encontra-se no oitavo posto da tabela classificativa, o que reflecte o mau início de época que a turma de Sá Pinto está a realizar. Na ressaca da derrota, no seu próprio reduto, frente ao FC Paços de Ferreira, os minhotos enfrentam, nesta ronda da Taça de Portugal, o SL Benfica. Ainda assim, a nível europeu tudo corre de feição aos bracarenses, que acabaram o seu grupo na primeira posição, valendo-lhes a qualificação para a fase a eliminar.
Do lado bracarense, Paulinho e Ricardo Horta têm sido os destaques da equipa. O avançado português já fez balançar as redes por doze ocasiões em 20 partidas. Por sua vez, Ricardo Horta marcou onze golos em 25 jogos.
Carlos Vinícus, do SL Benfica, está de pé quente e já leva 14 golos em 20 partidas disputadas na presente temporada. Ainda assim, em jogos a contar para a Taça de Portugal, o ponta de lança ainda não se estreou a marcar. Será o SC Braga o primeiro carrasco do brasileiro na competição?
Na temporada transacta, ambas as equipas tombaram nas meias finais da prova. Certo é que apenas uma terá, agora, a oportunidade de almejar objectivos mais ambiciosos na prova rainha do futebol português, uma vez que esta é uma ronda a eliminar e apenas um pode seguir em frente.
O confronto directo entre as equipas dá uma clara vantagem para os encarnados. Em 145 jogos realizados, o SL Benfica venceu 96 e empatou 30. Apenas por 18 vezes o SC Braga conseguiu levar de vencida a equipa da capital. Mais recentemente, nas últimas cinco vezes que encarnados e guerreiros do Minho se defrontaram, o Benfica venceu por quatro vezes e empatou uma.
Espera-se, então, um jogo muito equilibrado, com duas equipas a dar tudo em campo para obter a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal. O duelo está marcado para esta quarta-feira, pelas 20h45, no Estádio da Luz."