Últimas indefectivações

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Comunicado da Direcção do Sport Lisboa e Benfica

"Aos Sócios do Sport Lisboa e Benfica,
A pretexto da divulgação da carta de renúncia do Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica, e dos motivos aí invocados, a Direcção do Sport Lisboa e Benfica vem informar os Sócios do Sport Lisboa e Benfica do seguinte:
No entendimento do Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a realização da Assembleia Geral relativa à apreciação e votação do orçamento de despesas e receitas, o plano de actividades e o parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício 2020/2021, deveria realizar-se exclusivamente em formato virtual, no site do Sport Lisboa e Benfica, com a votação a decorrer através de dispositivo electrónico, via Internet.
No entendimento unânime da Direcção, da conjugação de várias disposições dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, resulta um princípio imperativo segundo o qual a reunião da Assembleia Geral exige a comparência física dos sócios, como forma de assegurar que as deliberações são tomadas de harmonia com a vontade livre e esclarecida do órgão deliberativo (composto, justamente, por todos e cada um dos presentes) e que, por conseguinte, a realização exclusiva de uma assembleia em formato virtual viola tal princípio estatutário.
A realização de uma Assembleia Geral presencial, a par da participação virtual de quem assim o entendesse, seria, no entendimento da Direcção, a única forma de permitir, também, a participação de todos quantos pretendessem exercer o seu direito na própria Assembleia e nela apresentar eventuais propostas ou intervir na discussão destas, faculdade que, de outro modo, estaria vedada a todos aqueles que não quisessem ou não pudessem (ex. por falta de recursos ou meios electrónicos) participar em formato exclusivamente virtual.
Por se tratar de ato da competência do Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a Direcção do Sport Lisboa e Benfica, no respeito da competência estatutária daquele órgão, disponibilizou os meios técnicos necessários para a organização e funcionamento da Assembleia Geral no modelo exclusivamente virtual que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral pretendia implementar. O recurso a tais meios acabou por se revelar desnecessário em face da, entretanto comunicada, renúncia às funções do Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Em nome do Sport Lisboa e Benfica, a Direcção agradece ao Senhor Dr. Luís Filipe Nunes Coimbra Nazaré os serviços prestados e a dedicação demonstrada ao Sport Lisboa e Benfica durante os anos em que exerceu as funções que agora cessa.
Nos termos do artigo 54.º, n.º 2 dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, o Presidente cessante será substituído pelo Vice-Presidente, o Senhor Dr. Virgílio Duque Vieira.
A Direcção do Sport Lisboa e Benfica"

Golo: André Almeida

Taça da Liga 2015

Entrevista ao Presidente

"A BTV transmitirá, na próxima segunda-feira, às 21 horas, uma entrevista ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, conduzida pelo jornalista Hélder Conduto, em que serão abordados todos os temas de grande actualidade da vida do Clube, futebol e desporto português.
Face às circunstâncias excepcionais que vivemos, será uma excelente oportunidade para, na sequência desta paragem forçada, ficarmos a conhecer mais aprofundadamente todas as medidas implementadas neste período inusitado, o qual é caracterizado, sobretudo, pela incerteza e pela inexistência de exemplos, no passado, que ajudassem a solucionar os diversos problemas.
Os benfiquistas poderão ficar a conhecer, em detalhe, como se preparou o Benfica para enfrentar esta crise global sem precedentes, nas suas várias vertentes, com especial incidência na equipa de futebol, tendo em conta a retoma das competições agendada para a próxima semana, sempre de acordo com as recomendações da Direcção-Geral da Saúde e o protocolo definido.
Também será abordada a acção extraordinária do Clube, Fundação e Casas no auxílio ao combate, em vários domínios, a esta pandemia. Assim como as questões de natureza económica e financeira, nomeadamente os impactos da interrupção das competições e como o Benfica se tem demonstrado exemplarmente preparado para eles.
Esta será uma entrevista que surgirá num momento extremamente oportuno, antecedendo o regresso do Campeonato Nacional, em que a nossa equipa se empenhará, como é seu apanágio, focada, comprometida com os seus objectivos e muito ambiciosa.
Queremos muito ser campeões novamente e somar mais um título nacional aos cinco conquistados nas últimas seis temporadas, além de ambicionarmos voltar a vencer a Taça de Portugal.
Nesse âmbito, foi tomada a decisão de concentrar o plantel profissional no Benfica Campus, tendo em vista a fase final da preparação para o recomeço da Liga.
Na base dessa decisão estão o reforço do espírito de grupo nesta "segunda pré-época", a criação de um contexto adequado para trabalhar questões técnico-tácticas e preparar o reinício das competições (próxima quinta-feira frente ao Tondela) e a redução do risco de contágios, dando-se sequência a um modelo de comportamento adoptado pelo Clube desde o primeiro momento, sempre contribuindo para que o regresso das competições pudesse ser uma realidade."

Cadomblé do Vata (Regimes!)

"Há 68 anos o SL Benfica venceu o FC Porto por 2-8. Dito assim, parece coisa de pouca monta, até porque "no Benfica só se festejam os dias em que as Taças entram no Museu", mas neste caso houve algumas particularidades. A principal é que tamanho resultado foi obtido na inauguração do Estádio das Antas, no dia 28 de Maio de 1952, em mais um aniversário do Golpe de Estado Militar que deu origem ao Estado Novo. Para as comemorações, os anti-fascistas do Futebol Clube do Porto, que tinha a presidência do clube sequestrada pelo inefável Urgel Horta, foram obrigados pelo regime a convidar para a festa, os fascistas vermelhos, perdão, encarnados que cantando em surdina o "Avante p'lo Benfica", conforme obrigação imposta pelo Ditador que ainda não se tinha sentado na cadeira, se encarregaram de estragar a festa, Em campo, ao colo de uma arbitragem apostada em agradar às individualidades do Estado, o Glorioso cilindrou por 2-8 ficando os da casa a agradecer aos militares por não terem consumado o Golpe de Estado no dia 29.
Volvidas quase 7 décadas, o panorama em Portugal não mudou. O FC Porto continua a ser o clube do combate ao regime e o SL Benfica o afecto às altas instâncias políticas. Prova disso são as notícias que circularam nas últimas horas: há 2 dias, foi retirado um processo mediático a um juiz, pela razão única de ele ser confesso adepto do FC Porto. Ontem saiu a lista dos candidatos (vencedores) ao Conselho Superior (um desses resquícios do Velho Regime odiado pelo FC Porto) do Sport Lisboa e Benfica, que inclui: um presidente de Câmara Municipal, um ex. presidente da mesma Câmara Municipal, um vereador da (sim, adivinharam) mesma Câmara Municipal, um deputado do partido do Governo e o último candidato derrotado nas eleições do principal partido da oposição. Na verdade, todo este parágrafo é vergonhoso, pelo simples facto de eu ter feito uma deliberada troca de nomes."

Início do estágio...

Amaral...

Semanada...

"1. Luís Nazaré apresentou demissão. O Presidente da Mesa de Assembleia Geral apresentou a demissão ontem à noite (quarta-feira). O motivo que deu foi por não concordar com a maneira como a Assembleia Geral de aprovação do Orçamento das Modalidades irá decorrer. Para já ainda não são conhecidos os moldes dessa Assembleia Geral, que normalmente decorre em Junho. No Benfica não são assim tão comuns demissões nos órgãos directivos, principalmente a meio ano do fim do mandato. Provavelmente a relação entre Luís Nazaré e Luís Filipe Vieira já não era a ideal e quase de certeza que LFV já não contava com Nazaré para o próximo mandato. Assim, Luís Nazaré aproveita este atrito na organização da Assembleia Geral e desmarca-se já da organização das eleições, que aparentemente vão ter três candidatos e de certeza que vão dar algum trabalho extra a quem as organizar.
2. Bruno Costa Carvalho. Onze anos depois, Bruno Costa Carvalho volta a ser candidato a Presidente do Benfica. Não é propriamente inesperado, visto que o mesmo já tinha anunciado um plano estratégico para o clube que na altura avaliámos aqui com uma nota positiva. Eu gosto de Bruno Costa Carvalho, tal como gosto de Rui Gomes da Silva e tal como aprecio umas coisas de Luís Filipe Vieira, nomeadamente a visão que teve para o Seixal. Porque é que gosto de Bruno Costa Carvalho? Porque ele fala a minha língua. Luís Filipe Vieira é alguém muito secretista que toma várias decisões sem nenhuma explicação racional. Por exemplo lançar uma OPA sobre uma SAD da qual já tem maioria; Vender quatro titulares e não contratar ninguém para as suas posições num ano do eventual Penta; Contratar do Jhonder Cadiz e dizer que “não pode explicar tudo se não os rivais copiam”. Ao longo dos últimos anos, a Direcção de Luís Filipe Vieira tem tomado decisões que vão contra tudo o que é lógica. Enquanto Bruno Costa Carvalho ao longo destes onze anos tem tido sempre intervenções no espaço público que mostram ao lógica e raciocínio por de trás. Além de boas ideias para o Benfica. Não quer dizer que eu concordo com tudo o que ele diz, mas pelo menos consigo compreender. Algo que na OPA, por exemplo, nunca consegui. Na prática, acho que esta candidatura é só o início de outra coisa qualquer. Tanto BCC como RGS sabem que separados, não têm qualquer hipótese contra LFV (os desagradados dividem-se entre os dois). Mas juntos terão as suas chances.
3. Porque é que Pedro Proença queria os jogos em aberto? O único motivo pelo qual o futebol vai regressar é financeiro. O próprio Pedro Proença confirmou isto esta semana quando disse que muitos clubes entrariam em insolvência caso o Campeonato não regressasse. No entanto, o Presidente da Liga queria os jogos em aberto. Uma medida que até faz algum sentido, pois iria evitar aglomerações em cafés e minimizar as hipóteses de contágio. Só que se os jogos passarem em sinal aberto, as pessoas deixam de subscrever os canais premium onde os jogos passam, as operadoras deixam de receber dinheiro, perdem capacidade de pagar aos clubes e os clubes entram em insolvência na mesma. Aparentemente o que Pedro Proença queria pedir a Marcelo Rebelo de Sousa e ao Governo era que o Estado fosse subsidiar as operadoras. Isto adicionar todo um novo layer de controvérsia, visto que independentemente da tendência política de cada um, acho que é relativamente consensual que o futebol não deve ser uma prioridade para o Estado. No fundo, a ideia de Pedro Proença era boa, mas a execução foi uma completa confusão - o que diga-se de passagem é o habitual.
4. Sergi Aragonès. Ainda não foi oficializado e provavelmente vai demorar algum tempo até o ser - visto que não há como fazer os testes médicos aos atletas - mas Sergi Aragonès tem sido apontado ao Benfica novamente. O que faz algum sentido, visto que se Jordi Adroher está de saída, precisaríamos de mais um avançado e não de um defesa. Caso Aragonès venha de facto, seria um reforço interessante. É o 10º melhor marcador da OK Liga, uma das referências da equipa sensação espanhola deste ano, já é internacional por Espanha e tem apenas 23 anos. A chegada do catalão iria também significar a saída, provavelmente por empréstimo, do Vieirinha ou do Xavi Cardoso. O regresso de Xavi Cardoso tem sido um pouco controverso devido à maneira como saiu do clube há dois anos em plena época. Toda a gente merece uma segunda oportunidade na minha opinião. Tanto Xavi Cardoso como Vieirinha são dois jogadores que o Benfica precisará a médio-longo prazo, com a mudança das regras da FPP que obrigam a ter sempre pelos menos 5 jogadores seleccionáveis por Portugal nos jogos nacionais.
5. Fernando Drasler de saída. Em Espanha vai-se falando da saída do internacional brasileiro Fernando Drasler do Benfica para o Zaragoza. O fixo brasileiro nunca pareceu contar para Joel Rocha este ano. É uma saída que não surpreenderia. Para o seu lugar tem surgido o nome de Arthur, também internacional brasileiro que joga a ala, do Barcelona. Seria um reforço bomba para o Benfica. Arthur poderia ser o melhor jogador do nosso Campeonato durante o período que cá estivesse. O curioso desta história é que Arthur é ala e Drasler um fixo/ala, como tal iríamos abrir mais uma vaga no plantel a fixo, visto que alegadamente André Coelho estava de saída. Mas se vamos contratar um ala estrangeiro, significa que dificilmente vamos contratar um fixo estrangeiro - o Benfica já disse várias vezes que não quer ter 7 estrangeiros no plantel. Isto tudo bateria certo com um outro rumor que tem surgido que é a continuação de André Coelho no Benfica por mais um ano.
6. Cinco Substituições e Final da Taça de Portugal sem prolongamento. A Liga e a Federação anunciaram estas medidas para de alguma forma proteger os jogadores de lesões. A medida faz sentido. Não há muito a dizer aqui. O importante é que numa altura de recta final do Campeonato, onde já sabemos que tendem a aparecer certos incentivos para as equipas pequenas tirarem pontos a Benfica ou Porto, não se aproveite uma medida cujo o intuito é proteger os jogadores para se perder mais tempo de jogo."

A Lista...!!!

"Alguns nomes da lista para o Conselho Superior da candidatura de Pinto da Costa:
- Rui Moreira - Presidente Actual da Câmara do Porto
- Eduardo Rodrigues - Presidente Actual da Câmara de Gaia (PS)
- Luís Montenegro - Ex-deputado PSD
- Manuel Pizarro - Vereador da Câmara do Porto (PS)
- Bragança Fernandes - Ex-presidente da Câmara da Maia (PSD)
- Tiago Barbosa Ribeiro - Deputado PS
- Nuno Cardoso - Ex-presidente da Câmara do Porto (PS)
Ficamos a aguardar a intervenção dos paladinos da justiça: Pedro Marques Lopes, Baldaia, Ana Gomes, Rui Santos, etc., sobre a promiscuidade entre política e futebol.
Cláudia Santos num órgão sem ligação clubística foi um problema nacional. A entrada destes membros nos órgãos do #PortoaoColo, certamente, não trará problema nenhum ao mundo e é mais uma coisa “normal”.
Para concluir, deixamos uma pergunta: "O que seria se Fernando Medina pertencente a uma lista de Luís Filipe Vieira?""

5 regressos ao SL Benfica que podiam beneficiar jogador e clube

"Os momentos de cada jogador ao longo da carreira, a sua afirmação, maturidade e espaço potenciam o seu desenvolvimento e levam à ocorrência de inúmeras transferências. Muitas vezes ouvimos que não devemos voltar a uma casa onde já fomos felizes. Ora, aqui apresentamos cinco casos em que essa frase não se aplica, quer pela falta de oportunidades na equipa principal do SL Benfica, quer pelo desaproveitamento de algumas delas. Actualmente, achamos que estes regressos poderiam beneficiar ambas as partes.

1. Rony Lopes Nos últimos dias tem vindo a público a preferência clubística do jovem jogador português pelo SL Benfica. Aproveitando esse facto, uma possível vinda poderia beneficiar tanto o jogador como o próprio emblema encarnado. A plenitude das suas qualidades foi demonstrada consistentemente ao serviço do Mónaco, porém a recente mudança para Sevilha não tem ajudado na evolução que se esperava e que podia catapultar Rony Lopes para uma chamada recorrente à Selecção Nacional. Por outro lado, para o SL Benfica, antevendo uma possível saída de Rafa ou uma alternativa a Pizzi, seria uma opção tremenda e uma garantia de qualidade.

2. Mário Rui Por diversas ocasiões foi apontado à Luz nas últimas janelas de transferências. A sua regularidade em Nápoles tem ficado comprometida desde a chegada de Genaro Gattuso, passando de insubstituível a um jogador de rotação. Cremos que seria uma alternativa directa a Grimaldo e que, na eventualidade da saída do espanhol, seria uma aposta segura do SL Benfica, garantindo assim a actual acutilância no processo ofensivo e um conhecimento táctico refinado, face à escola italiana dos últimos anos, podendo ainda beneficiar o desenvolvimento dos jovens laterais que vão surgindo da academia do Seixal.

3. Anderson Talisca Pelo que demonstrou na Turquia e pelo que tem apresentado no Campeonato Chinês, achamos que a sua passagem por Portugal sabe a pouco e um eventual regresso à Europa e em particular ao SL Benfica poderia antever um futuro bastante promissor. Para o emblema encarnado seria uma verdadeira solução para a posição de segundo avançado, ganhando um último passe bastante refinado e, principalmente, uma capacidade de remate tremenda e eficaz, sendo exemplo disso os 69 golos apontados nas últimas três temporadas.

4. Fábio Cardoso Nunca seria uma opção directa a uma saída de Rúben Dias, uma vez que a qualidade do camisola seis benfiquista é inquestionável entre os centrais portugueses e a sua saída teria de ser colmatada com um central estrangeiro com garantias dadas. No entanto, seria facilmente um elemento importante do plantel, concorrendo com Ferro por um lugar no 11 encarnado, podendo inclusive beneficiar, comparativamente ao jovem central benfiquista, de uma maior agressividade e segurança, principalmente pela experiência que tem vindo a acumular nos últimos anos.

5. Luka Jovic Não seria o segundo avançado que muitos têm pedido ou ansiado para o modelo de jogo de Bruno Lage, no entanto, e antevendo uma saída eventual de Carlos Vinícius, seria uma solução inquestionável e à altura do brasileiro. Garantiria maior fulgor e intensidade que qualquer outro avançado do plantel, com uma maior robustez e capacidade de finalização. A sua adaptação a Madrid não tem sido fácil, com apenas dois golos em 24 participações nesta época, pelo que, uma saída por empréstimo poderá estar em equação."

O futebol português continua a decidir-se na base do grito

"Será tão difícil assim exigir um pouco mais de intransigência na defesa das boas decisões?

Não é propriamente uma novidade, mas as últimas semanas deixaram-nos na boca aquele travo de insatisfação, como quem pensa que era tão fácil fazer as coisas melhor. Confusões, exigências, lóbis, o regresso do futebol foi enfim uma bagunça.
E não precisava de o ser.
Acima de tudo fica a sensação que tudo em Portugal se resolve na base do grito. Quantos mais decibéis o audímetro acusar, mais perto se fica do sucesso.
Se não veja-se: a Direcção-Geral de Saúde apresentou um parecer técnico que indicava um total isolamento de jogadores, árbitros, técnicos e funcionários de apoio à equipa. Aconselhava-se apenas a saída do domicílio para os compromissos obrigatórios: treinos e jogos.
O parecer ia ao ponto de aconselhar até os familiares que habitam com os jogadores a ficarem eles próprios fechados em casa. O clube devia garantir a satisfação das necessidades dos atletas e de suas famílias, para evitar que estes tivessem que se expor a riscos desnecessárias.
Esta era a ideia, e era uma boa ideia. Mas bastou o Marítimo gritar, naquele jeito estridente de Carlos Pereira, para tudo mudar: obriga-se as pessoas a ficar em casa, mas não se vê nenhum problema em colocar os jogadores em aeroportos, mangas, autocarros públicos e salas de espera.
Mas há mais, claro.
O parecer técnico indicava que a competição devia realizar-se no menor número possível de estádios. O que faz sentido, claro. Épocas invulgares exigem medidas invulgares e seria muito mais fácil controlar o vírus quanto menor fossem os espaços para o fazer.
Era uma espécie de confinamento do próprio futebol.
Inicialmente falou-se de seis estádios, mas alguém gritou que também queria e passou a sete, mais alguém gritou e passou a oito, mais alguém gritou e já vamos em dezasseis recintos. Nesta altura mais de 80 por cento dos clubes da Liga vão jogar em sua casa, e o número ainda pode subir.
Mas ainda há mais, sim.
O parecer técnico apontava para dois testes laboratoriais antes de cada jogo, mas afinal percebeu-se a uma semana do início da competição que os jogos são muito próximos. Por isso far-se-á apenas um teste, a não ser que haja mais de cinco dias de intervalo entre jogos.
No fundo fica sempre a sensação que por muito boas que sejam as ideias iniciais, o futebol português consegue encontrar uma tendência barulhenta para estragar as coisas. Tudo se resolve na base do grito, e não há coragem nem força para resistir à força dos berros.
Também por isso é impossível não ficar com um sentimento de decepção: é muito difícil acreditar num futebol mais limpo, com menos guerras e menos conversas sobre árbitros, quando se sente que vale a pena chorar: quando se sente enfim este ambiente de permeabilidade."

Errei. E serei também sempre o primeiro a assumi-lo

"Escrevi, na passada quarta-feira, um artigo de opinião aqui, na Tribuna Expresso, onde expressava a minha surpresa pelo facto da retoma do futebol profissional ter sido planeada, preparada e aprovada sem que fossem consultados os três agentes directos do jogo: árbitros, treinadores e jogadores. 
Apesar de, nessa matéria, o processo decisório pertencer exclusivamente a quem tem competência para o efeito, o facto de tratar-se de um recomeço atípico, com carácter de excepcionalidade (até pelos múltiplos riscos de saúde envolvidos para quem estará no terreno de jogo), fez-me estranhar essa ausência de diálogo.
Essa opinião foi sustentada no facto dos representantes das três classes terem estado ausentes da reunião promovida pelo Sr. Primeiro-Ministro (onde estiveram outras entidades do futebol) e também no facto de várias pessoas directamente ligadas ao meio terem confirmado, de forma "inequívoca", essa situação.
Posteriormente, vim a saber que, pelo menos, os jogadores - através do seu Sindicato Profissional - não só estiveram dentro do processo como também contribuíram activamente para o regresso ponderado da competição, apresentando um conjunto válido e concreto de sugestões e ideias.
Opinar e comentar é importante mas só faz sentido se sustentado em ideias com fundamento, lógica e, sobretudo, verdade. No caso concreto, torna-se agora claro que uma das minhas observações não correspondeu à realidade, situação que obviamente lamento, deixando desde já o meu sincero pedido de desculpas aos visados.
Sou e serei sempre um dos primeiros a criticar a falta de rigor em comentários públicos, pelos perigos que acarretam na (de)formação de opinião e na sua capacidade em aumentar o rumor e a desinformação.
Serei também sempre o primeiro a assumir quando cometo o mesmo equívoco, sabendo que a vida é, de facto, uma aprendizagem constante.
O seu a seu dono."

Matic...

E agora que já não é proibido?

"Foram muitos dias fechados em casa, muitas horas de dúvidas e de incertezas passadas em família, antecipando problemas e congeminando soluções, num universo de hipóteses que em nada nos animou.
A maioria de nós passámos estes dias confinados a um registo que não era o nosso, presos a um silêncio social inimaginável, agarrados a uma sensação de “vamos ver” que nunca soubemos, pudemos ou quisemos dominar. 
A par da descoberta das variadíssimas plataformas de “chat” que fizeram entrar no nosso léxico palavras como “zoom”, “teams” ou “meet” e que fomos descobrindo ao longo das várias semanas, só houve uma outra palavra que, mais a uns que a outros, passou a ser quase que uma religião, o desporto.
Por vontade própria ou apenas para, momentaneamente, desconfinar do trabalho, da família ou das aulas dos miúdos, fomos fazendo desporto. Uma caminhada, uma corrida, umas voltas de bicicleta ou uns minutos no ginásio caseiro improvisado, todos nós, uns mais que outros, fomos insubmissos ao regime ditatorial da pandemia, e pecámos por momentos nos momentos de desporto que escolhemos. 
Mas, e agora que já não é proibido? Agora que já não é preciso sermos uns selvagens arruaceiros que rompemos o bloqueio para correr e respirar ar puro, como vamos fazer agora? Será a nossa vontade suficiente para continuar a correr, a pedalar ou apenas a andar, sem precisarmos da desculpa de furarmos o bloqueio?
Percebemos neste defeso civilizacional que o desporto é parte de nós, faz parte da nossa vida e é um bem maior que deve ser preservado. É tão ou mais importante que a cultura, é tão ou mais importante que a modernização administrativa, é tão ou mais importante que a transição energética, é tão ou mais importante que apenas uma secretaria de Estado. São milhares os que trabalham no sector, milhões o que representa em valor, mas é inquantificável o que o desporto representa em bem-estar, em paz de espírito, na poupança futura no Serviço Nacional de Saúde e, sobretudo, na moral dos portugueses. 
Importa, pois, olhá-lo com outros olhos e dar-lhe a importância que tem não só por ser o motor de uma enorme parte da nossa sociedade, mas, e sobretudo, por ter uma importância fundamental no futuro do país e no futuro dos portugueses.
A prática desportiva foi um dos motes que nos fez ultrapassar este longo e difícil período, que nos fez olhar o regresso com vontade e determinação, que nos deu aso a momentos de libertação e que nos vai continuar a dar o prazer de o praticar. Resta agora esperar que, a nível nacional, se possa, de uma vez por todas, debater o importante papel que o desporto tem no nosso País. Reorganizando-o na ótica da sua mais forte afirmação, em conjugação de princípios, valores, regras e sobretudo delineando um caminho que todos, em conjunto, temos de trilhar. Readaptar estruturas, extinguir outras e valorizar o todo que é muito mais que a soma das partes."

Nuno Gomes...

Nuno Gomes vs. Puyol !!!

A Bola da Noite...

A Bola da Noite...

Benfiquismo (MDXXXIX)

Vamos falar...