Últimas indefectivações

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Coisas que não vão mudar

"O Mundial começou de acordo com as previsões: vitória do Brasil, balanço de Neymar, resultado melhor do que a exibição e arbitragem discutível. Nada disto é novo. Há uma matriz nas competições internacionais, e factor-casa, não apenas pelo apoio de proximidade, mas também porque muito do sucesso da competição depende da permanência do país anfitrião até o mais tarde possível. A excepção foi o último campeonato, na África do Sul, mas apenas porque a respectiva selecção não cumpria os mínimos.
A FIFA fez questão em mostrar-nos na transmissão televisiva como funciona a sua tecnologia do golo electrónico e o árbitro fez os primeiros risquinhos de gelo na relva. Porém, no momento de marcar o penálti sacramental, por uma faltinha de nada, o bom do Japonês não conseguiu disfarçar o ar comprometido. O futebol evolui, mas há coisas que nunca vão mudar."


PS: Para os optimistas, este Mundial começou da melhor maneira!!! Com tantos erros descarados de arbitragem, desta vez, o International Board e a FIFA, vão ter alguma vergonha na cara, e não vão mais emperrar a utilização do video, para reduzir, o impacto da 'incompetência' dos árbitros!!!
Pessoalmente, acho que só se a Inglaterra for prejudicada, existirá esperança!!! Recordo que a tecnologia da linha de golo, ganhou impulso, após o Mundial de 2010, quando num jogo da Inglaterra, o árbitro não viu a bola dentro da baliza!!!
Quem define potenciais alterações às regras, e aos procedimentos no Futebol, não é a FIFA, é o International Board, e apesar de alterações recentes na sua composição, este órgão continua dominado pelos Britânicos...

Mais do que os sucessivos 'casos', aquilo que me choca mais, é a total despreocupação com a credibilização dos resultados desportivos no Futebol. A preocupação da FIFA é garantir a satisfação dos patrocinadores, o resto são 'peanuts'!!! Se o 'povão' a nível global, não acredita que os jogos são decididos dentro das quatro linhas, isso é completamente secundário para a FIFA e afins...!!! Para quem gosta verdadeiramente do Jogo, isto é tudo revoltante. Independentemente, se quem beneficia dos 'erros', é a FIFA, ou as Máfias das Apostas, um ou outro País (ou Clube), ou até, se os erros são somente a soma da incompetência das equipas de arbitragem... ou até o limite cientifico, da percepção humana!!!

Aquilo que se passou hoje no México-Camarões foi escandaloso, e por uma sorte danada, o vencedor, acabou por ser a equipa, que foi roubada!!! Se o primeiro golo mal anulado, é desculpável, o segundo golo mal anulado é absurdo: fora-de-jogo num canto...!!! E ainda houve um penálti não assinalado a favor do México nos últimos minutos da 1.ª parte... Tudo isto teria sido evitado, se houvesse a possibilidade de recorrer a um video-árbitro como já acontece em vários desportos.
Não resolveria tudo, mas iria reduzir, em muito, o número de decisões erradas.
Por exemplo, usando o critério usado na NFL, o penalty de ontem cavado pelo Fred, mesmo com recurso ao vídeo-arbitro, seria assinalado!!! As imagens do video, só podem alterar uma decisão do árbitro, quando a prova vídeo é indiscutível... e ontem, isso não aconteceu!!! Mas se nesse lance, o vídeo podia não ajudar... tanto na cotovelada do Neymar, como no penalty do Dani Alves sobre o Olic, o video-árbitro, iria seguramente, alertar o árbitro de campo para o erro...
E hoje, no Holanda-Espanha, mais um golo irregular (3-1)... por sorte (mais uma vez) sem influência no resultado!!!
Resumindo: 2 dias, 3 jogos, 3 jogos com decisões erradas em lances de golo!!! E ainda falta o Chile-Austrália..!!!

A pergunta que fica é simples: a quem interessa que as coisas se mantenham assim?!!! E já agora, por quanto tempo, a FIFA e afins, acha que vai continuar a ter audiências recordes, com os patrocinadores a ganharem milhões, se as Roubalheiras descaradas se manterem?!!! Acham que 'truncar' as repetições televisivas, é suficiente?!!!

Vendas de uns são alegrias de outros

"Os adversários do Benfica sabem que o caminho mais fácil para o sucesso é o destruir a equipa do Benfica. É mais fácil para o FC Porto e Sporting chegar ao topo por ver o Benfica mais fraco, que reconstruir uma equipa em altura de 'vacas magras'.
Por isso, este ano, as alegrias dos adeptos em pré-época são as vendas dos rivais, não as especiais aquisições que se possam conseguir. Quem vender mais fica pior, e parece que todos terão que vender a julgar pela situação económica geral. Será pois uma pré-época muito centrada nos cifrões.
Com a venda de William Carvalho rejubilam benfiquistas e portistas, com a venda de Jackson e Mangala será a alegria de verdes e encarnados, com a saída de Enzo e Gaitán teremos azuis e verdes em delírio.
Vantagem mesmo é ser altura de Mundial, e por isso o foco não estar apenas no interminável suplício do defeso. Não tenho nenhuma expectativa sobre o desempenho da nossa Selecção.
O grupo é difícil, a fasquia é demasiada para as nossas reais possibilidades. Desejo que tentem tudo, sem esperar nada. Gostava que fizessem bons jogos, que espreitassem os oitavos-de-final, porque depois disso a ambição soa a delírio. Oxalá me engane, pelos jogadores, pelo Paulo Bento e por Portugal.
No rol das favoritas colocava Argentina, Holanda e Brasil. No elenco das surpresas Bélgica e França, cheira-me ainda que Inglaterra e Espanha ficam muito aquém dos voos das apostas. E no fim há sempre a Alemanha e a Itália que geralmente só se notam quando as outras todas já lá não estão.
Gostei do jogo com a Irlanda, jogámos bem, mas não haverá Mundial adversários tão débeis. Começaram trinta dias de puro apreço pelo jogo. Cada miúdo a trocar cromos, à porta da escola, é uma visita ao meu imaginário de felicidade e isso mostra como é eterna a magia deste desporto."

Sílvio Cervan, in A Bola

Bambochata - 2014

"1. Aquele dia em que se suja, emporcalha, enlameia, deslustra - escolham o verbo que bem entenderem, estejam à vontade! - a dita Casa da Democracia, voltou a repetir-se tristemente.

2. Houve tempo em que se justificava a bambochata com a comemoração dos títulos lado a lado com os «deputados portistas» (designação que deve definir os representantes da nação eleitos pelo FC Porto). Como em 2014 não houve títulos, comemorou-se certamente a banal pouco vergonha.

3. Anos a fio de trampolinices, de escutas pornográficas, de processos em tribunal por motivos escabrosos, não fizeram com que os senhores que habitam essa Assembleia Prostituinte ganhassem um pingo de vergonha e um risco de bom-senso.

4. Comandados por uma generala que parece roçar a bajoulice, os «deputados portistas» lá se refocilaram a meias com o seu adorado Madaleno, sem que saibamos ao certo se o repasto foi pago por eles ou pelo tão delapidado erário público. O Parlamento serve realmente para tudo. Este Parlamento de Parlapatões.

P.S. - Ao futebol só faltavam mesmo deliberações sobre fezes e correspondentes factores das mesmas. Pena o discurso arrepiante de tão ordinário não ter sido proferido na Assembleia Prostituinte em dia de bambochata: era tiro e queda. Queda para a porcaria."

Afonso de Melo, in O Benfica

Modalidades

"1. Não foi tão bom como sonhámos, mas, agora que a época das modalidades está a chegar ao fim, é possível fazer um balanço bastante positivo. Reportando-se apenas às principais - e aos Campeonatos de topo -, Voleibol e Basquetebol confirmaram a sua grande superioridade a nível nacional e o Atletismo fez novamente o pleno (ganhou todos os títulos nacionais masculinos que havia para ganhar) e ainda foi vice-Campeão Europeu em corta-mato e pista.
Ao Hóquei em Patins faltou muito pouco para o título mas este domingo goleou um FC Porto que não sabe perder na final da Taça de Portugal.
Futsal e, principalmente, Andebol desiludiram, sendo, no entanto, de salientar que a inesperada eliminação da equipa de futsal frente ao Fundão deu para realçar algo que passava despercebido: o Benfica esteve em todas as anteriores finais do 'play-off' da modalidade. Esperamos lá voltar em 2015.
Não me canso de salientar: enquanto o Sporting está a alto nível, lutando pelos títulos, apenas no Andebol, Futsal e Atletismo e o FC Porto no Andebol e Hóquei, o Benfica está nas seis principais modalidades. Quando não ganha, está lá perto...

2. O presidente do Sporting parece que 'descarrilou' mesmo. Nas últimas semanas, mostrou-se. Primeiro, teve que reconhecer que o telefonema que não deixava bem visto Luís Filipe Vieira nunca existiu. Era escusado ter lançado a confusão e durante bastante tempo ter-se dela aproveitado. Não lhe ficou nada bem...
Depois, teve aquela saída muito mal cheirosa, a propósito da Liga de Clubes, perfeitamente descabida. Agora, lança 'bocas' sem sentido à esquerda e à direita e chega ao cúmulo de falar numa aliança SLB-FCP de vários anos, quando quem andou aliado com Pinto da Costa foi o seu clube, com a honrosa excepção de Dias da Cunha. E, afinal, qual a sua solução para a Liga de Clubes? Enfim, depois de um primeiro ano em que excedeu as expectativas, deu-se finalmente a conhecer. Nem quero imaginar quando os resultados do Futebol não forem aqueles com que sonha...

3. Vem aí o Mundial e, a propósito, acho perfeitamente descabido o equipamento alternativo, sem qualquer das cores nacionais. Para quando uma regulamentação oficial dos equipamentos das selecções de todas as modalidades? E, a propósito: porquê o equipamento alternativo (bem bonito mas sem as cores do clube) na vitoriosa final da Taça de Hóquei?"

Arons de Carvalho, in O Benfica

Benfica palavra mágica

"Todos os dias, alguns jornais vendem grande parte do plantel do Benfica, ao mesmo tempo que colocam no Clube Campeão paletes de supostos reforços. Isto é assim todos os anos e as alegadas notícias não conseguem esconder uma realidade: para vender papel de jornal há uma palavra mágica e essa palavra é Benfica.
Há de tudo em tais textos publicados: jornais a quererem vender papel; empresários a quererem valorizar a mercadoria; jogadores e clubes a quererem dar nas vistas; intriguistas a quererem arranjar matéria-prima para especulações. Até há notícias verdadeiras, embora o saldo seja o descrédito da credibilidade dos jornais.
Devo dizer porém, que este ano, pela minha parte, encaro com serenidade a vaga de supostas vendas e alegadas compras. Porque sabendo que é inevitável que saiam jogadores do valioso plantel do Benfica, alguns dos quais será doloroso ver partir, sei também que o Benfica tem uma direcção e um treinador que têm dado mostras de grande competência em valorizar os atletas que crescem no Clube, que cá ficam ou que chegam.
E assim vai acontecer este ano, digo eu, com a esperança que esta seja já uma época a caminho do tal Benfica made in Benfica.

Observação: o presidente do Sporting, aproveitando um estádio e um jogo da Selecção Portuguesa, achou por bem envenenar a união que deve reinar entre os atletas representantes do País inventando uma aliança entre Benfica e FCP para bipolarizar o futebol em Portugal. Depois de ter pretendido sanear da Bandeira Nacional a cor do sangue dos heróis da Pátria, o fala-barato não podia ter dado maior prova de falta de senso. O presidente do Sporting cada vez se parece mais com uma figura criada por Raul Solnado e que se caracteriza apenas por ter a mania de dizer coisas."

João Paulo Guerra, in O Benfica

Os nomes do sucesso

"Mesmo com um Mundial à porta, não há benfiquista que não guarde o doce sabor de uma temporada histórica, coroada com a conquista de três troféus, e abrilhantada pela presença numa final europeia.
Se no calor da euforia nem sempre é possível avaliar com precisão todos os aspectos que pesaram em tão triunfante caminhada, agora, a frio, com algum distanciamento a ajudar, torna-se mais fácil identificar as razões, os momentos, e, também, os heróis, de uma saga inesquecível.
É preciso dizer que estamos perante, não uma, mas duas temporadas absolutamente excepcionais da nossa equipa de futebol. Terminaram de forma distinta, é certo, mas se a sorte ou o azar podem ditar o destino final de qualquer jogo (com um penálti falhado, um remate fortuito, ou um golo nos descontos), só a competência e o trabalho rigoroso permitem manter, durante meses, um elevado nível competitivo - capaz de pôr os adeptos a sonhar com este mundo e com o outro.
Foi essa ideia que levou o Presidente Luís Filipe Vieira – de forma tão lúcida quanto corajosa - a decidir manter uma equipa técnica sob contestação, e foi aí que a história do sucesso começou a ser escrita.
Houve, porém, um segundo momento, a partir do qual a equipa se uniu, e acreditou que tudo lhe era possível. Inspirada por Eusébio, a vitória sobre o FC Porto, no final da primeira volta, virou os pratos da balança definitivamente a nosso favor. Se a manutenção de Jesus criou condições objectivas para vencer, aquela semana de Janeiro deu a união e a crença que sempre acompanham os campeões.
Luís Filipe Vieira, num primeiro plano de análise, e Jorge Jesus, logo atrás, foram pois os obreiros deste sucesso. Mas há que distinguir também aqueles que, em campo, interpretaram tão bem a mística benfiquista, e concretizaram em títulos os anseios de milhões de portugueses. Enzo Perez e Gaitán foram, no meu ponto de vista, os jogadores que mais brilharam durante estes meses. Um a equilibrar, outro a desequilibrar, foram eles as estrelas do Benfica 2013-14."

Luís Fialho, in O Benfica

O que os faz correr

"Sabemo-lo, porque ninguém se preocupou em escondê-lo, que a Liga de Clubes foi esvaziada de poderes. Tudo, a seu tempo e de forma obscenamente às claras, foi passado para o feudo da Federação Portuguesa de Futebol. Mesmo em termos disciplinares, a Liga ficou com uma pífia Comissão de Instruções e Inquéritos assente numa alínea a) que lhe garante o poder de “instaurar processos disciplinares ou de inquérito, por iniciativa própria ou na sequência de participação”. Uma alínea que serve apenas para que a FPF dela escarneça, fazendo publicamente tábua-rasa dos inquéritos dela emanados. Ou seja, a Liga foi esvaziada, mas não ficou vazia.
Nas últimas semanas foi ver como muitos (tantos e tão fracos) se juntaram, separaram, conluiaram, traíram, conspiraram e envergonharam o futebol numa ânsia de cadeiras e microfones (como diria o poeta Jorge de Sena). Afinal, parece que naquele osso bem rapado da Liga sobra ainda um belo naco de carne que vale tanto como todo o resto de carne que a FPF já de lá comeu. Os chacais prepararam-se para filar o naco que respeita aos direitos televisivos do futebol português. E foi em torno destes direitos que tantos jogaram xadrez, escolhendo equipas para jogar num tabuleiro há muito dominado pela oligarquia que atirou o futebol português para isto, esta coisa em forma de interesses privados que se aproveita da coisa pública. A luta em torno dos direitos televisivos é a luta em torno do dinheiro e do poder. Manter os direitos televisivos como um feudo privado dos mesmos que durante anos influenciaram campeonatos, escolheram presidentes da Federação e selecionadores é ajudar a perpetuar um poder bafiento e ultrapassado.
Garantir que os direitos televisivos ficam fora da alçada desta gente é a única esperança de que o futebol português possa voltar a ser algo de digno."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Invasões bárbaras

"Vem aí o inferno. Não são os jogos do Mundial, de que gosto. E talvez até venha a gostar mais este ano. Estou optimista. A equipa portuguesa pode não ser jovem, mas é uma equipa. Com atletas habituados a jogar entre si. O inferno também não é a barrigada de jogos. Essa agradeço. O inferno são muitos dos nossos queridos concidadãos que, sentados em frente ao televisor, fazem uma pausa nas suas vidas e descobrem que existe futebol.
De que lado é a nossa baliza? Por que é que não foi golo? O que é isso do fora-de-jogo? Não gostam de futebol. O que gostam mesmo é da nossa Selecção. Os Mundiais e os Europeus estão para quem gosta de futebol como o fim de semana está para o automobilista experiente, com a estrada cheia de gente a fazer asneiras a 40 Km/hora. É uma espécie de Dias da Música, do CCB. De repente a arte abre-se, generosa, à ignorância. Não estou a dizer que é mau. É excelente. Mas ouvir Schubert acompanhado pelo choro insistente de uma criança pode tornar-se desagradável.
É o que acontece por estes dias, quando a minha mãe, tentando concentrar-se em movimentos de várias pessoas num relvado, para ela absolutamente indecifráveis, me pergunta pela terceira vez: os nossos estão de encarnado, não é?
É durante os Mundiais e os Europeus que descobrimos que, ao contrário do que pensamos no resto do ano, há uma metade do país que não liga peva a futebol. De repente, eles saem todos da toca. Espantados, percebemos que, quando vimos um dérbi e sofremos, eles estavam a fazer outra coisa qualquer. Talvez a pôr fotos do Cristiano Ronaldo no Facebook. São estas pessoas que eu quando digo que a minha selecção é o Sporting me fazem em esgar semelhante ao de Cavaco antes de desfalecer. Não percebem por que sofro. Este é o mês em que o Sporting não joga.
Não me tomem por fanático. Sou solidário com todos os benfiquistas e portistas que vivem no mesmo sentimento de orfandade. As suas selecções estão paradas. Espalhadas por várias equipas nacionais. Para entreter estes bárbaros que não percebem que a unidade natural do futebol é o clube. É neles, com jogos semanais durante um ano inteiro, que um conjunto de jogadores se transforma numa equipa e produz equações perfeitas. As selecções são uma espécie de salada de frutas. Pode ser agradável, mas os sabores perdem-se."

Telma Monteiro e Célio Dias gravemente prejudicados

"O Sport Lisboa e Benfica vem por este meio esclarecer por que motivos os atletas Telma Monteiro e Célio Dias não competirão no Grand Prix de Budapeste, que tem lugar nos dias 21 e 22 de Junho, prova de apuramento olímpico para os Jogos Rio de Janeiro 2016.
A judoca, Telma Monteiro, contactou esta semana o director técnico, Rui Vieira, a perguntar pelo plano de voo desta deslocação, não obtendo esclarecimento sobre o mesmo visto que este "não estava na federação". Mais nenhuma informação foi dada.
Apenas na quinta-feira, dia 12 de Junho, Rui Vieira informou os treinadores dos atletas do Sport Lisboa e Benfica que estes não iriam competir em Budapeste porque a inscrição não fora aceite. Quando questionado quanto aos motivos, o dirigente apenas respondeu que não é "responsável pelos serviços administrativos e vão ser apuradas responsabilidades".
Algo que parece tão simples e com uma abordagem "descomprometida" por parte da Federação Portuguesa de Judo implicará a alteração de um rigoroso plano competitivo dos atletas; terá de ser escolhida outra prova para competir pelo apuramento para os próximos Jogos Olímpicos e, no mesmo sentido, alterar a data prevista para um estágio no Japão tendo em vista a preparação para o Campeonato do Mundo que se realiza no final de Agosto, com os respectivos custos extra da nova prova - que poderá ser o Grand Prix da Mongólia ou o Grand Slam de Moscovo - bem acima do orçamento para o Grand Prix de Budapeste. 
Na verdade, diga-se objectivamente: a inscrição de aletas com o currículo e o estatuto de elite de Telma Monteiro e Célio Dias, entre outros, foi feita fora do prazo.
O Sport Lisboa e Benfica manifesta total apoio aos seus judocas pelo prejuízo que estes sentem perante uma situação inédita na modalidade. Tudo porque os serviços administrativos da FP Judo demonstram total falta de capacidade para assumir processos burocráticos que, com este tipo de falhas, podem influenciar negativamente a carreira de atletas de elite que representam Portugal ao mais alto nível.
O facto de poder o apuramento olímpico ser garantido noutra competição não invalida o acto irresponsável da federação, organismo que, em primeira instância, devia ter como prioridade dar todas as condições para que a participação dos atletas estivesse garantida, segundo o calendário de competições previsto.
Em correspondência burocrática trocada com os atletas, o director técnico admite que "Por falha administrativa interna (envio fora do prazo limite das inscrições), a Federação Internacional de Judo não aceitou a inscrição da nossa comitiva no Grand Prix de Budapeste. Obviamente que o planeamento já acordado vai ser prejudicado. Qualquer das formas devemos tentar encontrar a melhor solução para este constrangimento..."
Além de evidentes deficiências de organização numa modalidade que tem trazido ao País prestígio e notoriedade internacional pelo empenho e dedicação de atletas e técnicos, torna-se essencial referir que o facto de Telma Monteiro e Célio Dias não cumprirem o plano de competições atempadamente traçado e aceite prejudicará as suas ambições no ranking mundial, uma vez que muito provavelmente os seus adversários ganharão vantagem em Budapeste. E com melhores posições no ranking terão estes, na mesma medida, mais facilidade em sorteios futuros.
No fundo, é toda uma época que pode ficar em causa. E porquê? Porque um organismo de "Utilidade Pública" não consegue garantir serviços mínimos no apoio administrativo a atletas com o desempenho desportivo de Telma Monteiro, quatro vezes campeã da Europa e três vezes vice-campeã do Mundo, e Célio Dias, uma das grandes promessas do Judo português com legítimas ambições de atingir as medalhas no Rio-2016."