Últimas indefectivações

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Bons ventos, do lado de lá, da raia...

Elche 1 - 3 Benfica

Será desta vez que o Rodrigo ganha confiança, perde a ansiedade, e volta a demonstrar todo o seu potencial?!!! Não sei, mas hoje esteve inspirado, espero que não tenha sido, só por ter ultrapassado a fronteira... porque quero que em Portugal faça o mesmo!!! O facto de ter jogado toda a 1.ª parte a '9', e não nas costas do Lima (ou do Cardozo) também poderá ter ajudado!!!

Foi um bom jogo, competitivo, com o Campeão da 2.ª Divisão Espanhola, que efectuou algumas contratações para enfrentar a 1.ª Liga... Desta vez, gostei mais da gestão do Jesus, não apresentou uma equipa exclusivamente com segundas opções, misturou titulares, com não titulares, tanto na 1.ª parte, como na 2.ª e assim não tivemos momentos muitos maus, como já aconteceu nesta pré-época... aliás durante a época, o que acontece sempre é a inclusão de alguns jogadores não titulares (por lesão, por castigo, ou por opção técnica...), no meio dos 11 mais utilizados. Por isso é que as avaliações, nestes amigáveis, quando temos 11 jogadores que são efectivamente segundas escolhas, em simultâneo no campo, acaba sempre por ser injustas...

Creio que as experiências acabaram, com o São Paulo e o Nápoles vai jogar a equipa mais forte... agora tudo vai depender das saídas, porque entradas só se o Cardozo for vendido, de resto parece que a loja está fechada. Em relação às saídas: a dúvida está nos Centrais, com o Garay na equipa, abre-se a possibilidade do Luisão sair, caso contrário o Capitão fica, sendo que o Jardel será o carta mais fraca, não acredito num plantel com 6 Centrais!!! No '11' o único lugar susceptível de dúvidas é o do Djuricic, que muito provavelmente vai rodar com o Marko, constantemente...

PS: E mais um troféu muito bonito para o nosso Museu... com um significado Histórico muito interessante!!!

"O Museu é uma obra de todos"

"(...)
- Desde muito cedo que o ouvi considerar que montar um grande Museu do Benfica era, para si, uma verdadeira obrigação. Mas, afinal, não foi uma obra tão simples nem tão rápida de realizar...
- Não era uma obrigação, era um dever. Para quem tem o património histórico que o Benfica tem, é evidente que um Museu moderno, inovador e dinâmico era uma necessidade. Não por uma questão de 'fechar' a história entre quatro paredes, mas, sim, para que essa história inspire o nosso futuro. A história é o chão onde se encontram as nossas raízes, foram elas que nos deram vida. Se não cuidarmos desse chão, o nosso futuro estará comprometido. É por isso que este Museu representa tanto para todos nós. Também devo dizer que o Museu Cosme Damião é uma obra de todos os benfiquistas, e aqui há uma palavra que quero deixar a todos quantos me acompanharam desde que entrei no Benfica, desde o meu presidente Manuel Vilarinho até ao mais anónimo dos trabalhadores que nos últimos três anos estiveram envolvidos nesta obra fantástica. Desde o Alcino António até toda a equipa liderada de forma incansável pelo António Ferreira, a todos devemos o que a partir de hoje vamos poder ver...
- Não foi uma obra fácil...
- É verdade que não foi uma obra fácil, porque, na verdade, o estado em que o Benfica se encontrava quando assumimos a Direcção do Clube era assustador, e as prioridades dos primeiros anos não passavam, evidentemente, pelo Museu. A verdade é que, à medida que íamos conseguindo reerguer o Benfica, ficava claro que o Museu era uma obra tão estruturante como qualquer uma das outras que já conseguimos pôr de pé. O nosso ADN está aqui, os nossos alicerces estão aqui! Gostaria muito que o meu pai estivesse aqui para testemunhar este momento, ficaria feliz pelo obra, e eu ficaria feliz por tê-lo ao pé de mim.
- Criar de raiz este impressionante Museu Benfica Cosme Damião obrigou, então, a montante, a todo esse conjunto de ajustamentos estruturais e operações prévias que não estavam 'no programa'...
- A partir do momento em que tivemos condições de começar a pensar e a estruturar a ideia do Museu, houve todo um trabalho invisível de recuperação física de todo o nosso património documental, histórico, dos troféus que estiveram abandonados durante anos e que se encontravam em muito mau estado. Foi assim que nasceu o Centro de Documentação e o Departamento de Reserva, Conservação e Restauro. As bases do Museu Cosme Damião estão aqui, com a colaboração de jovens estudantes universitários de todo o Mundo que encontraram no Benfica um projecto completamente novo e suficientemente desafiador para os cativar. Foram eles que recuperaram de forma exemplar documentos fundadores, taças históricas, enfim, um património que estava fisicamente comprometido.
- Foi um trabalho de paciência
- Foi um trabalho paciente, pensado, minucioso. Houve também pessoas da nossa estrutura profissional a visitar alguns dos museus que eram, até aqui, considerados museus de referência a nível de clubes. Portanto, houve um grande planeamento em tudo o que foi feito, e tenho a certeza de que, a partir de hoje, o Museu Cosme Damião vai ser um dos melhores museus de clube de todo o mundo, e isso é algo que nos deve deixar orgulhosos.
- Nos domínios desportivos, a relação do Benfica com as universidades e centros do conhecimento já era uma constante praticamente ao longo da sua gestão. Para a estruturação do Museu, os nossos interlocutores e os departamentos científicos são agora outros...
- Era uma necessidade. No estado em que se encontravam alguns documentos da nossa fundação, troféus que estavam abandonados e que precisavam de ser recuperados, isso não se faz apenas com vontade, faz-se, como diz, com conhecimento, e foi precisamente às universidades especializadas e que se mostraram disponíveis a trabalhar connosco que fomos buscar esse conhecimento. Houve a participação de profissionais habilitados e de estudantes universitários, com programas de estágios nacionais e internacionais, numa estratégia que inclui a parceria com muitas empresas e protocolos com várias universidades.
- E também parceiros da sociedade civil, claro!
- Também não deixa de ser verdade que procurámos, e conseguimos, envolver muitos parceiros da sociedade civil cujo contributo serviu para melhorar a oferta cultural e histórica do Museu. Nesta colaboração mais alargada que permitiu hoje poder abrir um Museu que será um referência nacional e internacional.
- Julgo que foi um escritor inglês da primeira metade do século passado que disse que 'Quem controla o passado dirige o futuro. Da mesma forma que quem dirige o futuro conquista muito mais do que o passado.' Na sua opinião, o Museu Cosme Damião será, nesse caso, muito mais do que uma mera fonte de receitas...
- A ideia do nome do próprio Museu - Cosme Damião - remete precisamente para a necessidade de cuidar do legado dos nossos fundadores, não como arquivo morto, mas, como já disse atrás, como património inspirador que oriente e balize a acção do todos nós no presente e no futuro. Os que vieram atrás de nós merecem isso, e os que virão a seguir também. Fazer da história apenas um capítulo morto é um desperdício e um perigo. Portanto, o Museu Cosme Damião nunca foi pensado como um 'fonte de receitas«, mas, sim, como mais um projecto estruturante do Benfica do século XXI.
- Não pensaram apenas na história do Clube?
- A história do Benfica, apesar de haver pessoas que ainda não o entenderam, cruza-se com a história de Lisboa e de Portugal. Aliás este Museu faz essa articulação na perfeição. A nossa história atravessou a ditadura de Salazar, o fado da Amália, a Revolução dos Cravos, enfim, são 108 anos de história, e tudo isso está reflectido no trabalho que foi produzido. É precisamente esse património e esse legado que queremos mostrar, porque ele representa a nossa identidade, os nossos valores, a universalidade do Clube. A visão daqueles que na Farmácia Franco iniciaram a nossa história está bem reflectida no Museu.
- Não é estranho que nem o Primeiro-Ministro nem o Presidente da República estejam presentes naquela que é a inauguração de um espaço cultural - mais do que desportivo - para o País?
- Não sei se é estranho, só posso dizer que o lamento, porque acho que a inauguração deste equipamento cultural (e não desportivo) merecia a presença dos dois representantes do Estado português. Como lamento, igualmente, que o Benfica tenha ido a uma Final europeia no passado mês de Maio e nem Primeiro-Ministro, nem Presidente tenham estado presentes. Deve ter sido a primeira vez na história em Portugal que tal sucedeu, mas não me cabe a mim fazer juízos de valor, mas é evidente que o lamento. Recebemos sempre bem quem nos visita e apenas podemos estranhar estas ausências em dois momentos tão significativos da vida do maior Clube português.
- Tratando-se de um desígnio seu, e de um 'modelo estratégico' para o 'edifício estrutural' do Clube e do seu grupo empresarial, foi acompanhando pessoalmente e sempre de perto os trabalhos da equipa de especialistas internos e externos, nacionais e estrangeiros, que reuniu para o projecto. Houve muitas decisões difíceis de tomar porque representavam despesas incomportáveis, ou porque tinham alcance para além da própria 'ideia' circunscrita ao Museu?
- Em primeiro lugar, quero fazer uma correcção. O Museu nunca foi um 'desígnio meu', mas, sim, do Benfica e dos benfiquistas, e a obra que está aqui deve-se a todo o trabalho desenvolvido durante os últimos 13 anos pelas Direcções que presidi, mas também pela Direcção presidida pelo presidente Manuel Vilarinho. Já tive oportunidade de dizer atrás que, quando alguém entra no hospital quase a morrer, a nossa prioridade é salvar-lhe a vida, e só depois temos condições de trabalhar no sentido de evitar que aquela situação venha a repetir-se no futuro. Foi exactamente isso que aconteceu no Benfica: primeiro foi necessário 'salvar' o Benfica, e só depois dar-lhe ferramentas que evitem que mais alguma vez possamos chegar àquela situação. Creio que o Museu vai servir como garantia e salvaguarda do Clube. Muito do investimento que foi feito foi associado a permutas e, portanto, desse ponto de vista, temos um investimento que foi controlado do lado dos custos. A maior dificuldade foi mesmo o trabalho que foi necessário fazer para salvar uma grande parte do nosso património histórico.
- Com a vastidão do nosso espólio de troféus e peças de toda a natureza, certamente que muitos e muitos outros ícones não tomaram lugar nesta formidável colecção de abertura. E, mesmo assim, julgo que para já é impossível ver tudo o que está exposto nos quase 4000m2 do Museu numa única visita. Como é que os Sócios e Adeptos podem vir a conhecer tudo quanto ainda lá não pode estar agora? Com exposições temporárias?
- Há um parte do Museu que está precisamente preparada para exposições temporárias. Aliás, a ideia desse projecto é que ele seja um espaço aberto, dinâmico, que responda às expectativas de quem nos visita, que em algumas partes, mas não no seu bloco principal, possa mudar, que seja um espaço aberto à cultura onde se possam integrar também exposições que podem não ter que ver com o Benfica, mas que vão encontrar no nosso Museu em espaço de afirmação. É assim que penso no Museu Cosme Damião, e acho que ele - Cosme Damião - gostaria que assim fosse.
- Na sua opinião, e de acordo com o conhecimento que tem da colecção exposta e do sentimento dos nosso adeptos, quais acha que virão a ser as salas, os ícones, ou os momentos mais celebrados pelos visitantes?
- Sinceramente, é difícil de dizer. De cada vez que lá entro, não consigo evitar emocionar-me. Tenho a certeza de que os nossos adeptos, mas também os portugueses que não sejam benfiquistas e todos os turistas estrangeiros que nos vão visitar, vão ficar impressionados com o que vão ver, com a dinâmica que o Museu transmite. Creio que seria injusto da minha parte, no dia em que abre o Museu, destacar um local em particular.
- A nove meses da final da Champions League, no Estádio da Luz, este mês de Julho de 2013 vai ficar marcado para sempre como um dos períodos mais impressivos da história do Glorioso e, até, da linha do tempo do Desporto em Portugal. Mesmo quem sabe?, na Europa e no Mundo. Aos mesmo tempo, por sua iniciativa e em menos de 30 dias, avançou com duas medidas verdadeiramente espectaculares e de indesmentível impacto histórico, que transcendem o universo benfiquista: primeiro, foi o lançamento da 'segunda vida' da Benfica TV; e hoje, a inauguração desta casa da memória. Impressionado com esta sua capacidade de inovação e de realização, o que é que se segue, agora, no seu espírito, como próximos desígnios do Benfica?
- O Benfica é um projecto que nunca se completa, e desse ponto de vista tenho a certeza de que daqui a 20 anos ainda estaremos a lançar novos projectos e a abraçar novos desafios, mas há um alerta que eu quero fazer a todos os benfiquistas: todos estes projectos dependem fundamentalmente de uma coisa - do envolvimento dos Sócios e dos adeptos. A Benfica TV, por exemplo, é um projecto único a nível mundial, e os números que temos do nosso primeiro mês, como diz, da sua segunda vida confirmam e ratificam a decisão tomada, mas temos de ter consciência de que temos de continuar a crescer. O Museu Cosme Damião também só faz sentido se for para ser vivido pelos benfiquistas, se for um local a ser visitado. O Museu tem de passar a ser um templo para todos os benfiquistas. É isso que eu peço, o envolvimento de todos nestes projectos. Só assim é que faz sentido.
- Mas estes não são os dois únicos projectos que o estimulam de momento?
- Não escondo que, num curto espaço de tempo, gostaria de ver concretizados dois outros projectos: um Centro de Apoio às velhas glórias do Benfica que por circunstâncias da vida precisem desse apoio. A vida muitas vezes prega-nos partidas inesperadas e todos aqueles que escreveram a história deste Clube merecem ser apoiados quando essa necessidade surgir. Quero poder implementar este equipamento no Seixal, bem como gostaria de ver na cidade de Lisboa em espaço dedicado à figura de Eusébio. É evidente que ele é um referência do Benfica, mas é um referência de Portugal e da cidade que o adoptou, portanto espero que ainda em vida Eusébio da Silva Ferreira possa inaugurar um espaço permanente na cidade de Lisboa que evoque o seu exemplo e o seu talento."

Entrevista a Luís Filipe Vieira, por José Nuno Martins, in O Benfica 

O barato sai caro

"Os adeptos do Benfica vão começar a época muito pouco confiantes. Vêem entrar dezenas de jogadores, ainda não sabem quem vai sair, as dúvidas são imensas, Jorge Jesus é contestado.
Nesta última crónica antes de férias vou contar um episódio que talvez anime os benfiquistas.
Na época 2006/07 Jesus começava a treinar o Belenenses, que no ano anterior quase descera de divisão. ?Este ano é que vamos descer mesmo...?, disse eu aos meus amigos, desanimado com a trajectória que o clube vinha a seguir.
Mas o campeonato começou, o Belenenses ganhou aqui, empatou acolá ? e, no fim, conseguia um surpreendente 5.º lugar, com acesso à Taça UEFA, onde apanharia o poderoso Bayern Munique, perante o qual se bateria muito bem, sendo eliminado à tangente.
Este brilharete fez com que muitos jogadores de Belém fossem cobiçados e saíssem do clube. Assim, na época seguinte a equipa começou praticamente do zero. Aí eu disse: ?Não descemos no ano passado, mas vamos descer de certeza neste!?. Jesus mandou vir então um contentor do Brasil cheio de jogadores que ninguém conhecia, a equipa começou a fazer uns resultados jeitosos ? e no final, contas feitas, alcançava um brilhante 5.º lugar, que só perderia por ter sido penalizado com a subtracção de 6 pontos por causa do famigerado ?caso Meyong?. Aí, eu disse: ?O treinador é mesmo bom! Agora não o mandem embora?. Mas ele infelizmente saiu. ?Era muito caro?, foi a explicação que me deram.
Sucede que na época seguinte o Belenenses caiu a pique ? e pouco tempo depois descia à 2.ª Divisão. Também hoje alguns sócios do Benfica dizem que Jesus é caro de mais. Será. Mas como aquela história mostra, às vezes ?o barato sai caro?"

A culpa é mesmo do(s) governo(s)

"Não são muitos os países que se dão ao luxo de deixar extinguir-se a equipa que conquista a única medalha nuns Jogos Olímpicos.
Portugal, claro (porque será que isto não me surpreende?), consegue fazê-lo e fá-lo com a mestria de um ignorante, aplaudindo mesmo a decisão porque um dos atletas que conseguiu a medalha tem, afinal, grita-se em coro, todo o direito de competir sozinho se bem lhe apetecer.
Falo, já deu para perceber, de canoagem. E da recusa de Fernando Pimenta em participar nos Mundiais que se disputam este mês, por não querer fazer equipa em K2 (aquela em que ganhou a tal medalha de prata olímpica) com Emanuel Silva.
Sim, estou contra a decisão de acabar-se com a equipa de sucesso dos Jogos Olímpicos, sobretudo porque a mesma é unilateral e, pior que isso, tomada a um mês dos campeonatos do Mundo. Mal comparado, aplaudir a decisão de Fernando Pimenta é como aplaudir Ricardo Carvalho quando, zangado com Paulo Bento, pegou nas malas e se foi embora do estágio da selecção de futebol. Ou era como admitir que fosse Cristiano Ronaldo a escolher os companheiros que jogam.
Também sou contra a insensibilidade de quem não percebeu há mais de um ano o risco de fractura porque um dos atletas que integra a equipa quer deixá-la - ainda por cima, a solo Pimenta tem conquistado medalhas; de facto, merece a oportunidade - e, sobretudo, incomoda-me que todos juntos não tenham encontrado uma óbvia solução de compromisso: Pimenta fazia agora os mundiais em K2 e seguia a carreira a solo, cheia de sucessos, logo depois.
O mal, no entanto, não está só nas gentes do desporto, mas também nos sucessivos governos que não mudam uma lei que, de tão antiga, estipula os prémios para atletas medalhados ainda em escudos. Se os prémios de K2, tal como os de K1, não fossem a dividir, aposto que não haveria metade dos problemas."

Nuno Perestrelo, in A Bola

PS: Recordo que além do Fernando Pimenta, a nossa Teresa Portela está numa situação idêntica. Os dois melhores canoístas portugueses da actualidade, estão de relações cortadas com a Selecção...!!!
Curiosamente, no Triatlo, está-se a passar algo parecido, mas na minha opinião ainda mais grave. Se na Canoagem existem de facto equipas, e é preciso alguém decidir quais as combinações, que potencialmente podem trazer para Portugal melhores resultados, no caso do Triatlo estamos a falar de uma modalidade individual... o facto dos dois melhores triatletas masculinos da actualidade, estarem em conflito com o DTN devia preocupar a Federação, mas aparentemente é mais importante as guerrinhas e os tachos, do que os resultados dos atletas...
Nas modalidades ditas amadoras - nos desportos individuais - os subsídios deviam ser entregues directamente aos atletas, assim aparecem sempre os intermediários 'bem intencionados'...!!!

Nasceu do sangue a correr na Luz a primeira vitória de Fernando Martins

"Ganhou a presidência a Queimado graças, sobretudo, à carga policial que incendicou o parlamento - Quis Pedroto, ficou com Eriksson, eternizou-se

A morte levou-o ontem. Fernando Martins tinha 96 anos. A presidência do Benfica chegou-lhe como um destino fintado. A AD ganhara as eleições e Sá Carneiro fora buscar o presidente da FPF para seu Ministro dos Assuntos Sociais: Morais Leitão. Não chegou a estar sequer seis meses no cargo, vinha da fundação do CDS com Freitas do Amaral, Amaro da Costa, Martins Canaverde, Lucas Pires, que haveria de subir a Ministro da Cultura, era, por essa altura, candidato a presidente da Assembleia Geral do Benfica, na lista de Ferreira Queimado. A RTP passara a emitir a cores, 59.000$00 custaram os primeiros aparelhos de 51 centímetros - e neles se pôde ver já, vermelha de sangue, a festa do Benfica campeão de 1980/81.
Na última jornada, na Luz, estava a ganhar 5-1 ao V. Setúbal - e ao cair do pano adeptos em euforia derrubaram o gradeamento e puseram-se em frenesim junto às linhas. Irrompeu a polícia de choque. As escaramuças subira do relvado às bancadas, afunilaram-se para fora do estádio. No ar, cassetetes e bastões, gritos e insultos. E em rodopio cães e granadas de gás lacrimogéneo. Houve 100 feridos - e suspeitando que poderia ter começado ali a perder as eleições, Queimado, responsabilizou a polícia pelos «excessos» - mas o comandante da força deu-lhe réplica:
- Limitámo-nos a cumprir um pedido do Sr. Gaspar Ramos para limpar o campo...
Seguiu a agitação para a Assembleia da República, César de Oliveira, deputado do PS, disparou:
- O desejo de bater e aleijar por parte do Corpo de Intervenção igualou ou excedeu as mais violentas repressões policiais de Salazar e Caetano. A barbaridade não poupou vendedores ambulantes, crianças, grávidas...
Lucas Pires tentou, em São Bento, desligar a acção policial do governo, mas em vão. Fernando Martins, o candidato da oposição, aproveitou-se, com astúcia, do descontentamento - e assim ganhou as eleições.
Tomou posse a 29 de Maio de 1981 e no primeiro discurso lamentou que Queimado, no último acto de gestão, tivesse renovado com Baroti. Ficou com ele atravessado na garganta - e como o húngaro perdeu o campeonato de 1981/82 para o Sporting e foi eliminado da Taça pelo SC Braga - despachou-o pelo buraco do ponto. Escolheu Sven-Goran Eriksson para o lugar, mas a sua primeira ideia fora Pedroto, que deixando o FC Porto em rota de colisão com Américo de Sá, acabara por se comprometer com o V. Guimarães.

ERIKSSON A UM TERÇO DE PEDROTO
Eriksson jogara no Torsby, na II divisão da Suécia, na adolescência ia de férias para Inglaterra para assistir aos treinos do Liverpool ou do Aston Vila - e aos 28 anos terminou o mestrado em Educação Física com tese sobre o 4x4x2. O juri deu-lhe nota máxima, mas o único convite que lhe surgiu foi do Dogerfors da... III Divisão. Pô-lo na II - e saltou para o IFK Goteborg - e, aos 32 anos, ganhou a Taça UEFA.
Apesar disso, dessa vitória europeia que saiu de uma caixinha de surpresas, houve quem achasse que era jogar na roleta russa ir buscá-lo - e, depois, numa Assembleia Geral tumultuosa, cansado de insinuações e remoques, demitiu-se. Esteve à beira de um colapso cardíaco, foi assistido por um médico de emergência, lá mesmo no pavilhão. Oito dias se passaram - e acabou por retirar o  pedido de renúncia. Eriksson chegou a troco de 360 contos de salário mensal, Pedroto, regressando ao FC Porto passara a receber o triplo - e Juca ganhava quase o dobro no Sp. Braga. Ganhou fama por causa do chapéu da Macieira - que lhe ofereceu 1000 contos pela publicidade - e logo marcou o seu estilo:
- O golo é o que mais interessa no futebol, por isso ninguém verá o Benfica a jogar para não marcar golos, jogue onde jogar, contra quem jogar.
Ganhou o campeonato e a Taça ao FC Porto, a Taça que o Benfica esteve para boicotar por ter sido marcada para o campo do outro finalista - mas Martins não deixou. Convenceu toda a gente a ir lá jogar - e deu no que deu. Nessa altura, já era o que nunca deixaria de ser: amigo de Pinto da Costa. Que pelo tempo fora, o considerou o «melhor presidente da história do Benfica».

DESPEDIR QUEM NÃO DIZIA EUSÉBIO...
Em 1983, FM arrasou Jorge de Brito - e quando Eriksson se foi embora jogou outra cartada notável: Tomislav Ivic. Fugaz foi a passagem pela Luz, partiu porque Martins se recusou a pagar-lhe em... dólares. E nessa época de 1984/85 em que se deu mais uma novidade histórica: negociou pela primeira vez publicidade nas camisolas, através de contrato com a Shell - o treinador foi Pal Csernai. Bruto e duro, estranho e egocêntrico, não tratava Eusébio que FM pusera treinador de guarda-redes, por Eusébio, tratava-o por... Iosef! E um dia, o King não aguentou mais - e atirou alto e bom som para Pal ouvir: «Este gajo, vejam bem... Até na Tailândia sabem o meu nome, ele continua Iosef para aqui, Iosef para ali»...
Csernai perdeu o título para o FC Porto, mas a Taça não. A Taça ganhou-a aos portistas. Aliás, parece que não foi ele que a ganhou já que, no final, Bento revelou:
- Não foi Csernai quem fez a equipa e quem deu a táctica. Carlos Manuel e Pietra é que lhe abriram os olhos...
E, para não perder o balneário, Martins mandou-o embora. Foi, pode dizer-se, o seu único falhanço na escolha de um treinador...

Com os 232 mil contos de Chalana o terceiro anel...
Não quis dar 350 contos à sua estrela, voltou atrás, deu-lje 1000 e assim fez o negócio da década
Em Março de 1984, na Taça dos Campeões, noite negra para o Benfica - e para Bento que do Liverpool de Rush & C.ª sofreu quatro golos, revelando:
- No primeiro golo fui encadeado pelos holofotes. Depois, desabou tudo ali, a cabeça ficou quente de mais, acabei por sofrer um dos maiores frangos da minha vida, com a bola a passar-me, estupidamente, por baixo das pernas, é a vida...
Apesar da eliminação, Fernando Martins apresentou contas em AG e houv espanto: o futebol gerou um luro de 106 mil contos, nunca nenhum presidente atingira número assim.
Com o segundo título de campeão no bolso, Eriksson disse adeus ao Benfica, seduzido pela Roma - e Chalana também partiu. Antes do Euro, acertou com Valentim Loureiro transferência para o Boavista - por não lhe querer pagar 350 euros por mês. Mas, percebendo a tempo que poderia cometer erro histórico, o presidente deu-lhe, subtil como era sempre que tratava de negócios, a volta - e pagando em dobro o sinal que o jogador já recebera, subiu-lhe o salário para 1000 contos.
Nessa altura, Martins lembrou-se de uma outra inovação: colocou no novo contrato uma cláusula de rescisão de 24 mil contos. Mas, notando que o Bordéus enlouquecera por Chalana, só acertou a transferência quando os franceses lhe acenaram com 232 mil contos, oferecendo ainda ao extremo-gazua que fora campeão distrital de corta-mato de iniciados pela CUF e talvez tenha sido o melhor jogador do Euro 1984 apesar de Platini - 100 mil contos de luvas e 5000 de ordenado mensal.
Esses 232 mil contos foram sobretudo para fechar o Terceiro Anel. E na noite de inauguração, em Setembro de 1985, Martins não calou euforia:
- É talvez a maior obra feita em Portugal depois da construção da ponte 25 de Abril. O Benfica fica assim com o maior estádio da Europa.
Nesse ano, ninguém ousou defrontá-lo nas urnas - e não imaginara que pudesse ser o seu último mandato na presidência. Mas foi...

Levou o Benfica ao papa depois dum ataque bárbaro
Martins recolocou o clube a lutar por um título europeu mas para isso teve de fugir ao inferno...
Foi com Fernando Martins que, depois dos seus fantásticos anos 60, o Benfica voltou ao fulgor da sua histórica - com nova final europeia. Na Taça UEFA de 1983.
Nos quartos-de-final, o Benfica eliminou a Roma - e antes do jogo, o presidente conseguiu que João Paulo II, o papa que fora guarda-redes, recebesse a comitiva no Vaticano. Humberto Coelho, o capitão, oferece-lhe uma bola autografada - e Martins uma águia em prata. O Benfica venceu por 2-1, com dois golos de Filipovic - e Martins soltou a promessa: «eliminá-los vale 500 contos a cada um». Cumpriu.
Nas meias, a Universitatea de Craiova. Na Luz, empate a zero. Mas não a esperança perdida. Houve de novo empate, a um golo - e o Benfica passou. E, de repente, foi como se tivesse caído no inferno, o inferno que Bento contou:
- Quando íamos a entrar no balneário, sentimos um estrondo incrível. Um paralelepípedo estilhaçou a porta de vidro e caiu ao meu lado. Sentimos todos a vida em perigo.
O Benfica foi ao hotel lanchar - e, de súbito, encheu-se a praça de gente a ulular. Chalana nem teve tempo de acabar de comer a sandes. Um polícia grito que fossem todos imediatamente para o autocarro, outros de kalashnikov em punho abriram corredor de fuga. O autocarro arrancou, uma pedra estilhaçou-lhe o pára-brisas, Júlio Borges teve de receber tratamento médico, ferido na face por um pedaço de vidro. Ao longe, ouviram-se tiros.
Na primeira mão da final, em Bruxelas, o Anderlecht venceu por 1-0 e Fernando Martins, que nesse ano movimentara cerca de 500 mil contos com o futebol, queixou-se do árbitro:
- Para além de nos anular esquisitamente um golo, esteve sempre a prejudicar-nos.
Quinze dias depois, perdeu-se o sonho no empate a um. Que Benfica era esse? O Benfica de Bento, Pietra, Humberto, Bastos Lopes, Veloso, Alves, Shéu, Filipovic, Carlos Manuel, Stromberg, Chalana, Diamantino, Nené. Só de bilheteira, arrecadaram-se 78 mil contos, as despesas de organização andaram pelos 16 mil. O policiamento envolveu 700 agentes - e custou 3000 contos. (A EPUL tinha à venda um T2 em Telheiras por 2960 contos, que era pechincha dizia-se na publicidade. O bilhete mais barato para a Luz era de 1000 escudos, o mais caro de 3500. Uma bicicleta banal custava 6500 escudos - e a RTP deu 10 mil contos ao Benfica pela transmissão do jogo...)
Fernando Martins prometera prémio de 1500 contos a cada benfiquista pela vitória na final da Taça UEFA. Não ganharam - mas o presidente pagou-lhe na mesma. (Sim, essa era a política dele como líder do clube: pagar pouco de ordenados, pagar muito de prémios. Uma política que lhe deu sem dúvida um toque de visionário. E que resultava, quase perfeita...)

Como João Santos o pôs numa mágoa que nunca mais escondeu
Em 1987 e 1989 tentou por duas vezes regressar à presidência, os benfiquistas não lha deram mais
Para o lugar do irascível Pal Csernai, Fernando Martins optou pelo regresso de John Mortimore. Perdeu o título de 1985-86 para o FC Porto - e a consolação voltou a ser a Taça, ganha ao Belenense. Na época seguinte, torvos foram os primeiros ventos: a Supertaça que Futre ganhou quase sozinho para o FC Porto com 4-2 na Luz e os 7-1 do Sporting em Alvalade. Não se conformaram sócios e adeptos que rasgaram cartões, cachecóis, bandeiras e soltaram a indignação sobre o pobre do treinador inglês. «Ainda hei de ver gente que humilhou Mortimore considerá-lo bestial» - apontou FM. E não se enganou. Puxou o orçamento do futebol para 300 mil contos - e acabou campeão. Por entre champanhe a jorrar na cabina. Rui Águas e Carlos Manuel jogaram forte ironia:
- A gente não tem a melhor equipa, a gente não tem o melhor plantel, a gente não tem o melhor treinador, mas é a gente que ganha o campeonato - e muito bem feito, e é muito bem feito!
Aliás, não foi o campeonato apenas, foi a Taça também: 2-1 ao Sporting. E com dobradinha no ano em que o FC Porto venceu a Taça dos Campeões com Artur Jorge, Mortimore partiu, levado por transe magoado:
- Não trabalho num clube onde há pessoas que não querem trabalhar comigo.
Referia-se, claro, à mudança na presidência. Para o lugar de Martins, fora João Santos. Nunca o escondeu, foi a derrota que mais lhe doeu:
- Os sócios não reconheceram tudo o que fiz pelo Benfica...
Toni conseguiu o milagre do regresso à final da Taça dos Campeões, foi campeão em 1988/89 - e nas eleições pela última vez. E João Santos deu-lhe 8-2 - mas não conseguiu, nem assim, roubar-lhe a eternidade...

Derrota com Salazar a fingir...
A primeira vez que Fernando Martins se candidatou a presidência do Benfica foi em 1969. Quatro anos antes ocupara funções de suplente no Conselho Fiscal e em 1967 deram-lhe a presidência da Comissão de Obras do Novo Parque de Jogos. Cumpriu a missão com tal zelo, que grupo de sócios o quis lançar à presidência. Nessa época, o Benfica ganhou mais um campeonato e mais uma Taça - a Taça foi aquela contra a Académica que transformou o Jamor no maior comício contra a política colonial que o salazarismo viveu. Artur Jorge não pôde jogar - deixaram-no retido no quartel, em Mafra. Eusébio desempatou aos 109 minutos - e anos depois diria que foi o golo mais triste da sua vida, exactamente pelo que estava em causa. Nessa altura já tinham morrido mais de 5000 soldados em Angola, na Guiné, em Moçambique. Salazar já não governava, mas achava que sim - e para manter a ilusão, de vez em vez até lhe apareciam ministros em São Bento disfarçando que estavam a despacho. (No Verão de 68 cadeira de lona cedera, bateu com a cabeça no chão, traumatismo craniano acabou reduzindo-o, pouco a pouco, a quase vegetal.) Mulheres mais modernas começavam a tomar a pílula, as outras continuavam a ir à missa de véu e meias de vidro mas para abrirem conta bancária ou para tirarem passaporte todas eram obrigadas a pedir autorização aos maridos - e só podiam votar se tivessem curso médio ou superior. As eleições continuavam a ser fraude pegada - e para mostrar a diferença em relação ao país, o Benfica anunciou, então, eleições «livres» e com vários candidatos. Eram três e entre eles havia um aristocrata com brasão - e em homem do povo que fizera riqueza graças ao seu génio para o negócio, mas alguns continuavam a tratar por... Pedreiro. Ganhou o aristocrata, das urnas saiu: Borges Coutinho: 58,4%; Fernando Martins: 24,9%; Romão Martins: 16,6%.

O outro abriu ao estrangeiro
Na segunda tentativa de ataque de Fernando Martins à presidência do Benfica, a sua segunda derrota. Foi em Maio 1977 - e Ferreira Queimado bateu-o por pouco: 52,4% contra 47,6%. Sim, foi nesse mandato - em que Martins nunca deixou de se mostrar oposição, mas «oposição com seriedade» que se fez aprovar a autorização de utilização de jogadores estrangeiros no SLB, numa assembleia presidida por Adriano Afonso, que durou mais de oito horas, começou com 1468 sócios e acabou com 534, dos quais 472 disseram sim...

(...)"

António Simões, in A Bola


El amistoso acaba en pesadilla

"La afición céltica denuncia agresiones y amenazas de la hinchada lusa
La afición del Celta desplazada a Oporto todavía estaba despertando ayer de la «pesadilla» en la que, aseguran, se convirtió el partido del domingo en O Dragão. En un compromiso para el que el celtismo se había movilizado de una forma sorprendente en pretemporada, y ante un equipo que algunos consideran «hermano», se encontraron con una actitud hostil por parte de la hinchada rival que les hizo «pasar mucho miedo». Para algunos, la cosa fue más allá, llegando a sufrir violencia física y verbal, así como robos.
Varios miembros de la Peña Dani Abalo fueron agredidos a la salida del estadio. «Por la mañana ya nos recibieron con escupitajos, pero en ese momento -les retuvieron una hora dentro del estadio tras la conclusión- ya íbamos confiados. Notamos que nos perseguían, apuramos y nos arrinconaron. Empezaron a patadas y puñetazos», relata David Abalo, que iba con cuatro amigos. Les robaron camisetas y bufandas. «Escapamos como pudimos. Fue un buen susto», describe. Dos necesitaron asistencia médica.
Las bufandas y camisetas que a unos les sustrajeron, otros se las quitaron antes. «Hubo quien compró ropa para pasar desapercibido. La tensión vivida no era normal. Quién más y quién menos estaba muy asustado», explica David Penela, que abandonó O Dragão en el minuto 80 «para evitar males mayores».
«Te mataban con la mirada»
Tampoco Marta Saiz esperó al final. «No disfrutamos del partido, ya era lo de menos. Queríamos salir de allí cuanto antes», dice sobre la que considera «la peor experiencia» de su vida en un campo de fútbol. Los problemas habían empezado ya al mediodía. «Los reventas nos amenazaron y no nos dejaban acceder a las taquillas», recuerda. Luego se refugiaron en un centro comercial. «Te mataban con la mirada. Nos sentíamos vigilados y vimos gente con labios rotos. Fue horroroso», lamenta.
Algunos autobuses célticos fueron escoltados a su llegada tras los incidentes previos. «Se perdió el sentido del amistoso. No nos podíamos imaginar que fuera a pasar algo así», dice Víctor, de Carcamáns. Para Berto Carballo, de Preferencia, lo ocurrido «empañó por completo un partido que era para disfrutar».
Otro de los afectados fue la Peña Lío en Río, que así lo confirmaba ayer, pero prefería no hacer declaraciones. Según otras fuentes, este colectivo también sufrió agresiones y el robo de un teléfono móvil. 
Dentro del estadio, los insultos fueron una constante. Lamentan también que no se respetara el minuto de silencio en memoria de las víctimas del accidente de tren de Santiago. «Fue todo una salvajada. Había gente con guantes de boxeo. Una batalla campal», dice Amador, de la Peña Jorge Otero. Él iba con sus hijos: «Si estoy solo y tengo que chupar dos bofetadas me preocupa menos, pero con los niños...», subraya. «Fue peor que un derbi en Coruña».
Todos apuntan en que la organización del Oporto, que les dispersó por el estadio tras ofrecer menos espacio del prometido, no contribuyó a mejorar las cosas. Coinciden, también, en que nunca volverán a O Dragão."