Últimas indefectivações

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Força Benfica

"Faltam poucas horas para o início do embate com o Belenenses, SAD, relativo à 19.ª jornada da Liga NOS. O pontapé de saída está agendado para as 19 horas, no Estádio da Luz.
Bruno Lage já deu a receita para somar mais três pontos esta noite: foco total, tremenda motivação, entrada forte, à semelhança das últimas partidas frente a Sporting e Paços de Ferreira, jogar bem e ganhar.
A nossa equipa tem feito um percurso impressionante no Campeonato, é líder com 51 pontos, mais sete que o segundo classificado, resultantes de 17 vitórias nas 18 jornadas disputadas. Neste momento encontra-se numa série de 15 triunfos consecutivos na principal prova nacional, o que perfaz o segundo melhor registo de sempre na história do Benfica nesta competição.
No entanto, quando ambas as equipas entrarem em campo, o resultado estará 0-0 e o percurso recente não terá qualquer relevância na partida. Independentemente dos resultados anteriores, dos adversários ou do local, a nossa equipa prepara-se e actua sempre com o intuito de ganhar.
Esta é, necessariamente, a mentalidade bem arreigada, desde sempre, em quem representa o nosso Benfica.
E serão muitos mais os nossos atletas que, este fim de semana, terão a honra e a responsabilidade de defender as nossas cores e o nosso emblema.
Hoje, às 16h00, a nossa equipa Sub-23 entrará em campo no Benfica Campus para defrontar o Portimonense.
Amanhã, sábado, destacamos o jogo dos juniores, às 15h00, frente ao Alverca no Seixal. E, à mesma hora, mediremos forças com o Belenenses em andebol, na Luz. Uma hora mais tarde começará o dérbi no basquetebol, no pavilhão João Rocha, em que procuraremos manter a liderança do Campeonato. Às 17h00, os nossos hoquistas terão pela frente, na Luz, o AE Física. Às 17h30 será a vez da nossa equipa feminina de futebol, em Braga, a contar para a segunda jornada da Taça da Liga. E o dia terminará com o jogo das nossas andebolistas, às 20h00 na Luz, com o ASS Assomada.
No domingo, o destaque recai no desafio da Equipa B frente ao Vilafranquense, no Seixal, às 15h00. Na Luz, as nossas equipas femininas de hóquei em patins e futsal jogarão com CR Antes (15h00) e Sporting (18h00), respetivamente.
Ao longo do fim de semana, serão muitas e boas as oportunidades para apoiarmos o nosso Benfica. 
#PeloBenfica"

Antevisão SL Benfica x Belenenses SAD: Vencer é a palavra de ordem

"Encarnados vão tentar manter a distância pontual que têm em relação ao FC Porto
Em vésperas de uma difícil jornada contra o FC Porto no Dragão, o Sport Lisboa e Benfica recebe o Belenenses SAD em jogo a contar para a 19.ª jornada da Primeira Liga.
Os azuis chegam à Luz na 15.ª posição do campeonato – com apenas quatro pontos acima da “linha de água” -, sendo que o astual corpo técnico, liderado por Petit, assumiu o comando da equipa há duas jornadas. Nos dois jogos que realizou, Petit somou uma derrota e uma vitória – (0-1) contra o Vitória FC e (2-1) frente ao Portimonense SC, respetivamente. De lembrar que a última vitória fora de portas do Belenenses aconteceu em dezembro, na qual derrotaram o CD Tondela por uma bola a zero, em partida a contar para a 12.ª jornada da Primeira Liga.
Com a segunda pior defesa do campeonato pela frente – as redes da baliza do Belenenses já abanaram por 32 vezes esta época, menos duas vezes do que as redes do CD Aves. O jogo, que terá lugar às 19 horas de sexta feira, poderá resultar num festival de golos já que os encarnados são, de forma destacada, o melhor ataque da Primeira Liga com 41 golos marcados.

Como Jogará o SL Benfica?
Numa altura em que não pode haver facilitismos por parte das “águias”, tudo indica que Bruno Lage deverá manter o onze base frente ao Belenenses SAD. As únicas alterações em vista serão, porventura, a inclusão de Tomás Tavares no onze por André Almeida – que poderá falhar a deslocação ao Dragão caso veja o quinto cartão amarelo -, e a possível entrada de Adel Taarabt para o lugar de Gabriel, que tem estado sujeito a um enorme desgaste nas últimas partidas.
No que ao último terço encarnado diz respeito, tudo indica que a dupla atacante deverá ser a mesma que, na última jornada, em Paços de Ferreira, destruiu por completo o dique dos castores. Rafa e Vinícius complementam-se um ao outro dentro do terreno de jogo, sendo que são uma ameaça constante às redes adversárias.

Jogador a Ter em Conta
Rafa Silva Com a perspectiva de um Belenenses a apresentar-se com um bloco defensivo médio-baixo, o poder de explosão de Rafa e a capacidade que este tem para jogar em espaço curto podem ajudar a furar a muralha azul montada por Petit.

XI Provável
4-4-2: Odysseas; Tomás Tavares, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Pizzi, Weigl, Taarabt e Cervi; Rafa e Vinícius.

Como Jogará o Belenenses SAD?
Analisando toda a temporada, os azuis têm alinhado em 4-3-3. No entanto, desde que chegou ao clube, Petit montou a equipa em 3-4-3, com os veteranos Licá e Varela a ganharem protagonismo.
Os dois atacantes valem seis golos na presente edição da Primeira Liga – Licá com quatro tentos e Varela com dois. De lembrar que o Belenenses é o quinto pior ataque da prova, com 14 golos em 18 jornadas -, protagonizando, assim, a maior ameaça à baliza defendida por Vlachodimos.
Os comandados de Petit deverão apresentar-se num bloco médio-baixo e a jogar no erro dos encarnados, fazendo da busca pela profundidade a sua principal arma. Numa tentativa para tentar anular o jogo interior da equipa de Bruno Lage, os azuis deverão organizar-se mais num 5-4-1 ao invés do 3-4-3 que têm apresentado nas últimas duas partidas, mantendo as linhas juntas e compactas, de modo a anular quaisquer tentativas de jogo entre linhas por parte das “águias”.

Jogador a Ter em Conta
LicáMelhor marcador dos azuis, Licá tem estado a um grande nível na presente temporada. Apesar da idade, demonstra uma grande frescura física, assim como uma grande capacidade de trabalho em prol da equipa. Além disso, a sua versatilidade na frente do ataque faz com que seja um quebra-cabeças para os defensores adversários, visto que tanto pode oferecer um apoio frontal para fazer combinações como também é capaz de oferecer profundidade através de desmarcações entre os laterais e centrais adversários.

XI Provável
5-4-1: Moreira; Tiago Esgaio, Gonçalo Silva, Nuno Coelho, Nilton Lopez e Chima Akas; Marco Matias, André Santos, Show e Silvestre Varela; Licá."

Semanada...

"Uma análise semanal sobre pequenos pontos relacionados com o Benfica que me fui lembrando durante a semana.
1. Dyego Sousa. No último dia do mercado, o Benfica fecha a última contratação. Dyego Sousa foi apontado ao Benfica no último verão. Acabou por rumar à China. Alegadamente agora com o vírus que assola a China, quis mudar de país durante uns tempos e chega ao Benfica por empréstimo até ao final da época. É um jogador razoável, que - imagino eu - vem para ficar com os minutos de um terceiro ponta de lança. Ou seja, não acredito que voltemos a jogar com dois pontas de lança. O melhor Benfica surgiu a jogar com apenas um. E como tal, o Dyego Sousa jogará apenas caso aconteça alguma coisa a Seferovic ou Vinícius. Na minha opinião, o Benfica tem uma equipa B fantástica, que se farta de produzir muitos jogadores talentosos e tem um treinador extraordinário. O Benfica deve usar essa ferramenta de maneira a que o quarto central da equipa principal, o terceiro guarda-redes e o terceiro ponta de lança - posições que são precisas por precaução, mas não têm muitos minutos - sejam jogadores titulares na equipa B. Talvez tenhamos tentado arranjar um jovem para equipa B para fazer de terceiro avançado, não conseguimos achar ninguém e por isso acabámos com Dyego Sousa porque estava disponível. Se for um empréstimo até ao final da época, é melhor do que nada. Mas não é com este tipo de contratações que vamos deixar de ser uma chacota na Europa. 
2. Yony Gonzalez integrado. Ao que tudo indica, Yony Gonzalez já se treina com a equipa principal e se não arranjar nenhum clube até ao final do dia de hoje pode mesmo ficar lá. A contratação de Yony nunca fez sentido. É um jogador sem grande talento, já com 25 anos, e como tal a perspectiva de valorização não parece ser muito grande. Passámos o verão e o mês de Janeiro todo a dizer que o objectivo é diminuir o tamanho do plantel e aparentemente agora trouxemos um jogador ainda mais banal do que o Caio Lucas. Como adepto do Benfica, esta é das coisas que menos consigo aceitar. O Benfica diz uma coisa, faz outra. Sempre assim.
3. Nuno Santos emprestado. O melhor jogador da equipa B actualmente - o que é diferente de ser o jogador com maior potencial - vai ter oportunidade de jogar na Primeira Liga. É um bom empréstimo. O Nuno Santos tem muito talento. Infelizmente joga numa posição onde estamos sobrelotados. Mas vamos ver como lhe corre o empréstimo e se no próximo verão não terá a hipótese de ser chamado para a pré-época. Pessoalmente acho que teria mostrado mais do que David Tavares se tivesse tido os minutos que David teve na equipa principal. E arrisco dizer que se não o aproveitarmos, num par de anos está no Braga ou no Guimarães e é um dos melhores do plantel - como acontece com os irmãos Horta, Pêpê, Fábio Cardoso e o outro Nuno Santos.
4. Resumo do Mercado de Inverno. As saídas foram mais ou menos o que se esperava. Saiu RDT para o Espanyol por 20M e houve ainda os empréstimos de Gedson ao Tottenham, Caio ao Sharjah, Conti ao Atlas e Fejsa ao Alavés. São cinco saídas de jogadores que não eram titulares, nem tinham assim tantos minutos na rotação. Houve duas entradas. Julian Weigl e aparentemente o Dyego Sousa. O alemão tem sido titular desde que chegou. Dyego ainda vamos ter que esperar para perceber qual é exactamente o plano. O plantel tem neste momento 25 elementos a contar com Yony e Svilar. Ficou a faltar resolver o caso de Zivkovic, aparentemente de Yony e contratar um segundo avançado que era algo que estávamos em falta no verão e aparentemente vamos continuar. Creio que estas reticências todas do clube para contratar um segundo avançado se podem estar a prender devido a Gonçalo Ramos, que é um dos jogadores com um potencial tremendo que temos na equipa B. Em falta, na minha opinião, ficou a gestão dos jovens que estão emprestados. Willock, Zé Gomes e Alex Pinto não têm jogado nas respectivas equipas. Ebuehi e Daniel dos Anjos já não estão a fazer nada na equipa B. Todos estes jogadores deveriam ter sido emprestados a novos clubes.
5. Carlos Resende de partida no final da época. A bomba explodiu. Carlos Resende vai deixar o Benfica no próximo verão, o que não choca. Resende foi um falhanço total como treinador do Benfica. Primeiro insistiu imenso em jogadores portugueses, negligenciando a contratação de estrangeiros. Depois não conseguiu atrair quase nenhum jovem português talentoso. Acabaram todos - tirando o Cavalcanti que já estava no Benfica - ou no Sporting (Frade, G. Vieira) ou no Porto (A. Gomes, Branquino). O senhor que se segue é o antigo campeão mundial de Andebol Chema Rodriguez que tem sido treinador-jogador numa equipa da 2º Divisão de França e foi treinador adjunto do Hungria no último Europeu. Chema como treinador tem percurso muito pouco significativo, mas é um homem dos meandros do Andebol europeu, que jogou nas melhores equipas, disputou as melhores provas e poderá conseguir atrair alguns jogadores interessantes só pelo seu nome. Na minha opinião, o Andebol é uma das modalidades onde um bom departamento de scouting faz milagres. Há jovens muito talentosos no Egipto, Cuba, Chile, Tunisia, Irão, Letónia, Croácia que certamente gostariam de vir jogar para Portugal. Acho que é mais por aí que devíamos pensar e não tanto andar a contratar jogadores à procura do último contrato da carreira.
6. Jacaré reforça equipa de futsal. Chegou ao Benfica em 2017. A partir deste mês já conta como formado localmente e como tal é mais uma alternativa para Joel Rocha. A primeira época no Futsal Azeméis foi boa. Fez 12 golos em 25 jogos. Esta segunda não estava a ser tão boa. Estou curioso para ver se temos nele um pivot para o futuro, ou se num espaço de 6-18 meses estará de saída. Independentemente da evolução do Jacaré, espero que o Benfica assegure a contratação do Ludgero, pivot do Quinta dos Lombos, que já tem 19 golos esta época e que tem sido uma das sensações da temporada. Com Ludgero, Fernandinho e Fits ou Jacaré, teríamos um trio pivots muito interessante. 
7. Manchester United S23 fará estágio no Benfica Futebol Campus. Tem sido falada a hipótese do Benfica construir um Hotel no Seixal. Eu não estou muito convencido com a ideia. Mas se tal viesse a acontecer, seria por casos como este que aparentemente vai surgir em breve. A equipa S23 do Man United vai fazer um estágio no Benfica Futebol Campus. Deve haver um mercado para estágios e esse mercado deve procurar climas quentes e espaços com certas condições para a prática de futebol. Se valer o dinheiro, porque não? È arrojado. Vamos ver o que acontece com esta equipa do Man United."

Os 5 melhores momentos de Kobe Bryant

"Kobe Bean Bryant foi, talvez, dos jogadores mais carismáticos e talentosos que a NBA já viu. Kobe não era apenas um jogador, era uma figura, um exemplo a seguir e também um pai de família, bastante devoto demonstrando sempre todo o apoio e carinho às suas filhas (em especial a Gianna, que também foi vítima do mesmo acidente mortal que o pai, cuja a equipa era treinada por Kobe).
De game-winners no último segundo, “afundanços” por cima das estrelas da equipa adversária a recordes que dificilmente serão quebrados ou até o seu modo de encarar os desafios e de persistência qualquer que fosse o obstáculo a superar, Kobe deixou uma forte marca em todos os amantes do basquetebol à volta do mundo. Fosse porque estivesse praticamente a ensinar os bases da nossa equipa preferida a atirar ao cesto, ou pela sua incrível confiança em si próprio continuando a atirar depois de 10 e 12 lançamentos falhados, muitas foram as lições que este nos passou ao longo da sua carreira, e vida, que, infelizmente, têm um fim amargo e prematuro.
Assim, muitos são os momentos que nos fazem relembrar a lenda com um carinho especial e um sorriso na cara! Desde momentos de jogo que para sempre nos parecerão mágicos, ou outros grandes feitos fora das quatro linhas, fiquem com os melhores momentos (ou os mais sensacionais) a relembrar.

1. A última dança – A 13 de Abril de 2016, naquele que viria a ser o seu último jogo profissional, Kobe Bryant conseguiu surpreender-nos uma vez mais. Kobe brindou-nos com uma performance memorável e nostálgica, marcando 60 pontos no seu último jogo! Numa época em que Kobe esteve mais em “cruise control” com um plantel cujo objectivo era desenvolver e aprender e não propriamente lutar pelo titulo, Kobe vinha com média de cerca de 17 pontos por jogo. Mas no último jogo, depois de uma carreira inteira a ser criticado por não passar a bola aos seus colegas de equipa, todos queriam era que este atirasse ao cesto. Assim, viria a culminar numa perfomance de 60 pontos que também incluiu o cesto da vitória, deixando todos com um sentimento nostálgico e de saudade de bons momentos vividos outrora.
No entanto, a última estatística anotada por Kobe num jogo de basquetebol viria a ser uma assistência, para Jordan Clarkson, jovem base na altura. Este foi quase como o momento do “passar da tocha” à geração seguinte.
2. Os 81 pontos – Na época 2005/2006, aquela que viria a ser a mais forte estatisticamente de Kobe Bryant, a 22 de Janeiro de 2006 marcou 81 pontos numa vitória sobre os Toronto Raptors.
Contra uma equipa que não era forte candidata ao titulo, mas os Lakers de Kobe também se encontravam a meio dos oito candidatos a playoff da conferência Oeste, Kobe Bryant deixou o mundo do basquetebol estupefacto. Kobe Bryant viria a marcar 26 pontos apenas na primeira parte e, não estando satisfeito, marcou mais 55 pontos na segunda parte. Uma segunda parte que viu múltiplos defesas diferentes em Kobe, bem como alguns 2 para 1 e até 3 para 1 na defesa. Mas nada viria a parar o tiro certeiro de Kobe que, da linha de lance livre, viria a marcar o 81.º ponto, tornando-se assim na segunda melhor marca da história da NBA (atrás dos 100 pontos de Wilt Chamberlain) e a melhor da era moderna do Basquetebol.
3. O mítico “jogo sete” – Em 2010, Kobe já era uma Lenda e a Super-Estrela da NBA, com quatro campeonatos ganhos, que incluíam um MVP das finais, um MVP da temporada regular, dois “scoring titles”, uma medalha olimpica e ainda três MVP’s do “All-Star Game”. No entanto, apesar de tudo, Kobe queria mais, Kobe sempre quis mais. Estando empatado em termos de campeonatos ganhos com o seu ex-colega de equipa Shaquelle O’Neal, Kobe estava determinado a ganhar mais um. Vindo de um campeonato ganho em 2009 contra os Magic de Dwight Howard, Kobe tinha algo a provar: que conseguia bater a super equipa de Boston que em 2008 tinha ganho o campeonato, com final contra os Lakers.
Uma série muito disputada, com Kobe a carregar o poder ofensivo do lado da equipa da cidade dos anjos, chegou ao “jogo sete”. Jogo este que viria a ser disputado em Los Angeles. Boston tinham uma táctica defensiva muito forte, desenhada para retirar os pontos fortes do ataque de Kobe e o obrigar a não ter a bola nas mãos nem a poder criar muito a partir do drible. Este foi o jogo que o próprio disse que não saberia como ganhar até o estar a jogar.
Ficará para sempre com um carinho especial pois não só foi o ultimo anel de Kobe, mas também pois foi um típico jogo de Kobe Bryant. Kobe fez seis em 24 lançamentos de campo, terminando com 23 pontos num jogo que ficou 83-79 a favor dos Lakers (demonstrando a forte defesa da época). Apesar de ofensivamente não ter sido nem de perto nem de longe dos melhores de Kobe, este conseguiu agarrar 15 ressaltos. 15 ressaltos contra uma equipa que contava com Kevin Garnett, Rasheed Wallace e Tony Allen.
Kobe mostrou-nos que nem sempre fazer tudo para a equipa ganhar passa por marcar pontos e, por vezes, é preciso parar e redirecionar o foco para se contribuir da maneira mais eficaz possível.
4. Fundação da Mamba Academy – Uma academia que já estava em funcionamento desde 2016 teve a atenção de Kobe em 2018, ano em que este se tornou co-fundador do espaço. Kobe viria assim a abrir o centro de desporto, juntamente com alguns dos melhores nomes na indústria, que viria a albergar cinco campos de basquetebol, cinco campos de voleibol, dois campos de voleibol de praia, um sintético de futebol, entre outras instalações. Esta viria também a tornar-se na nova “casa” para a equipa de basquetebol da sua filha Gianna, equipa que Kobe era também treinador.
No verão, esta academia organizava vários “campus” de basquetebol para os jogadores poderem desenvolver as suas habilidades técnicas, bem como aprender mais acerca do jogo. A Academia viria também a ser visitada por algumas estrelas da NBA, como Paul George.
5. O óscar depois da carreira – A 30 de Novembro de 2015, Kobe vinha a anunciar ao mundo, através de uma carta escrita ao “Players Tribune” intitulada de “Dear Basketball”, em como essa seria a sua última temporada e que o momento da reforma chegara. Kobe escreve a cara ao jogo do basquetebol, a explicar como sempre se manteve fiel ao jogo, sem fazer batota e que, apesar do seu amor continuar forte como se ainda fosse o jovem de cinco anos que pegou na bola pela primeira vez, o seu corpo já não aguentava mais.
Assim, usando esta carta, Kobe, juntamente com Glen Keane, transformou a sua carta numa curta metragem que viria ser lançada a 23 de abril de 2017. Esta curta metragem ficou nomeada para um Óscar da academia, Óscar esse que Kobe viria mesmo a ganhar, tornando-se no primeiro ex-jogador de basquetebol a alcançar tal feito.
Este era um típico momento “Mamba-mentality” de Kobe, a mostrar-nos de que com dedicação tudo era possível.

Assim relembramos, com saudade, Kobe Bean Bryant, a nossa estrela que partiu demasiado cedo. No entanto, e para citar textos que têm circulado nas redes sociais, se temos saudades de Kobe basta olhar à nossa volta pois este continua presente. Kobe é o jogo de poste de Devin Booker, Kobe é o trabalho de pés que DeMar Derozan tem, Kobe é a mentalidade de jogar 1×1 que Kyrie Irving carrega, é a mentalidade de liderança de LeBron James, é a confiança de Luka Doncíc, entre tantos outros. Kobe, sem dúvida que deixou a sua marca no jogo e na vida que viveu. Poucas são as pessoas que carregam um propósito maior do que a vida em si, mas Kobe era uma delas. Obrigado pela inspiração, motivação e memórias. Para sempre, descansa em paz, Kobe Bean Bryant."

Benfiquismo (MCDXXVIII)

Até debaixo de água...!!!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Antevisão...

Todos à Luz

"É já amanhã, sexta-feira, às 19h00, que receberemos o Belenenses SAD em mais uma partida a contar para a Liga NOS. O objetivo, comum a qualquer jogo que o Benfica dispute na competição, é somar mais três pontos e, no mínimo, manter a distância pontual para o segundo classificado.
O nosso adversário ocupa a 15.ª posição, em igualdade pontual com o Moreirense, mas já se sabe que não há jogos fáceis, à partida, no Campeonato. Basta relembrar que a vitória na Luz mais complicada na presente temporada deu-se ante o último classificado, o Aves.
Será, portanto, fundamental que a nossa equipa apresente os seus habituais níveis de concentração, empenho e competência para levar de vencida mais um adversário. O percurso quase incólume nas 18 jornadas realizadas, em que a nossa equipa alcançou 17 triunfos, foi possível porque, além da qualidade individual e colectiva apresentadas, cada jogo foi encarado como se tratasse de uma final. Mais do que olharmos para a classificação, devemos estar conscientes de que ainda nos faltam 14 vitórias para o tão ambicionado 38.
Essencial será igualmente o Estádio cheio e vibrante no apoio aos nossos jogadores, aliás, como é costume. Sabemos que o dia e o horário do jogo poderão não ser os mais convidativos, mas já é sobejamente conhecido o papel inalienável dos benfiquistas enquanto 12.º jogadores. Um por todos, todos #PeloBenfica!

Compete-nos ainda deixar uma palavra a Fejsa, um grande campeão e figura de proa no sucesso recente do Clube, cujo empréstimo ao Alavés, até final da temporada, foi anunciado ontem.
Fez 169 jogos em competições oficiais pelo Benfica desde que chegou ao nosso país, contratado ao Olimpiacos. O seu contributo inexcedível para tantos títulos conquistados pelo Clube ao longo do período em que nos representou merece todo o nosso apreço e admiração.
Nas seis temporadas e meia de águia ao peito, foi campeão nacional cinco vezes (só 41 jogadores o foram pelo Benfica pelo menos cinco vezes e é um dos únicos cinco futebolistas, em toda a história do Clube, que se sagraram Tetracampeões – André Almeida, Fejsa, Jardel, Luisão e Salvio), além de ter contribuído para a conquista de duas Taças de Portugal, três Taças da Liga e duas Supertaças. Naturalmente que fará também parte dos títulos que venhamos a conquistar esta temporada.
A Fejsa devemos respeito, agradecimento e reconhecimento, desejamos muita sorte e dizemos até já. O Benfica será sempre a sua casa!"

Cadomblé do Vata (apitos)

"Tendo a perfeita consciência de que o que aqui escrevo é lido com particular atenção por todas as altas instâncias do pontapé no couro nacional, sinto-me na obrigação de dar o meu contributo para a melhoria da indústria. Como tal, compilei uma longa série de 5 medidas a adoptar, com o intuito de melhorar o trabalho dos árbitros e diminuir sobremaneira a contestação aos mesmos, no campo, nas bancadas e nos estúdios de canais televisivos.
1. Até ao início da temporada 20/21, todos os estádios da 1ª Liga têm que ter condições para a utilização de VAR sem condicionantes na colocação de câmaras. Não podemos ter uma tecnologia inovadora e milionária, a funcionar a 30% em alguns estádios. É como limitar o raio de acção de um árbitro míope ao círculo central.
2. Os espectadores no estádio têm que saber o que se passa quando um lance está a ser analisado. Se não há ecrã gigante para passar informação, deve ser o speaker de serviço a trabalhar sob supervisão do 4º árbitro. O homem do microfone não pode estar lá só para anunciar com pompa e entusiasmo o 11 inicial do visitado e com notável enfado o do visitante.
3. Em análises a possíveis foras de jogo que redundem em diferenças entre linhas de 10 ou menos centímetros, tem de prevalecer o julgamento do árbitro auxiliar. 5 centímetros para defender a margem de erro do software de linhas e 2,5 centímetros para defender a margem de erro da colocação das linhas e 2,5 centímetros para defender o adepto que de outra forma fica sem alvo para atingir com insultos.
4. É ridículo que a FPF tenha uma canal de televisão onde não há um programa sobre arbitragem (pelo menos que eu tenha visto). FPF, APAF, canal televisivo detentor dos direitos de transmissão da Liga e um canal de transmissão em sinal aberto têm que gizar uma parceria para transmissão de um programa semanal sobre arbitragem, onde não se vão discutir erros, mas explicar regras, protocolos e mostrar "bloopers" de juízes caso seja transmitido depois do horário nobre.
5. Sabem aquela reunião que a APAF promove com os 18 plantéis na pré época para explicar regras e dissipar dúvidas? Era uma por mês se faz favor para discutir os jogos desse período. A comunidade arbitral não pode ter medo de admitir os erros, os atletas precisam entender porque nem sempre têm razão nos protestos e 17 treinadores gostavam de saber porque o Sérgio Conceição nunca é suspenso quando é expulso.

Nota: não vejo benefício na presença dos árbitros nas conferências de imprensa. Para manter o inalienável direito à liberdade de imprensa, os juízes seriam expostos a perguntas à procura de polémica, das quais não se livrariam com rotundos “não respondo” porque nas salas de imprensa não encontrariam a reverência de que os treinadores gozam e os jogadores adorariam ter, caso os clubes lhes permitissem falar em tais espaços."

Tinder

"1. «365 dias, 356 perturbações». A notícia refere-se ao metro de Lisboa em 2019, mas podia ser sobre o Sporting.
2. Bruno Fernandes: parece que é desta. A família real britânica perdeu um príncipe, a Premier League ganhou um rei. Despeço-me com uma vénia.
3. Rudy Pevenage, antigo corredor e antigo director desportivo no ciclismo: «Vencer uma competição sem recorrer ao doping era muito difícil». Então qual a diferença para as dias de hoje?
4. O Tinder, famosa aplicação amorosa, criou um botão de pânico para quando os encontros correm mal. Chegou o momento de o Sporting carregar, não está a correr nada bem com Varandas.
5. João Félix, para já, está mais próximo de ser o novo Renato Sanches do que o novo Ronaldo. Oxalá seja só uma fase e 2020 ainda seja um Félix Ano Novo.
6. Culpar a falta de união no FC Porto é uma originalidade no habitual mau perder de Sérgio Conceição, mas é um facto que algo vai mal no reino no dragão quando a figura mais intocável do clube parece ser Fernando Madureira.
7. As duas notícias mais insólitas que li nos últimos tempos: «Praia da Califórnia invadida por peixes-pénis»; «Bruno de Carvalho oferece-se para liderar SAD do Sporting e trabalhar com Varandas».
8. Acho patético que o juiz que pediu escusa seja obrigado a julgar o caso dos emails, mas pergunto: um fervoroso portista ou fervoroso sportinguista daria mais garantias de imparcialidade?
9. Neste momento é quase tão difícil tirar pontos ao Benfica como interditar o Estádio da Luz. passe o exagero.
10. Michel Platini está de volta ao futebol para ser conselheiro do presidente da FIFPro. Nada contra. É um daqueles casos em que pode jogar Monopoly desde que não fique como banqueiro.
11. O Man. United contratou um jornalista para ajudar a melhorar a imagem de Ed Woodward. Temo que para Varandas nem uma redacção inteira chegasse.
12. A vida lembrou-nos mais uma vez, com frieza, que até os imortais morrem. E às vezes cedo. RIP Kobe Bryant."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

O Brinco do Baptista #27 - Não é normal

Modalidades, ponto de situação...

Benfiquismo (MCDXXVII)

No bom caminho...

Jota 2024



Finalmente! Renovação de Jota, até 2024...
Agora, o Jota na minha opinião, neste momento devia ser emprestado...! Não duvido do talento nem do potencial, mas precisa de ganhar mais clarividência e algum músculo...

Vitória em Braga,,,

ABC 15 - 26 Benfica
(8-12)

Vitória clara, no regresso das competições internas... garantindo a qualificação para os Oitavos-de-final da Taça de Portugal.

Inacreditável...

Benfica 77 - 91 Medi Bayreuth
23-20, 27-14, 9-27, 18-30

Não se pode estar a ganhar por 16 ao intervalo, e perder por 14... Ainda por cima, quando na Alemanha, aconteceu praticamente a mesma coisa!!! A ausência do Betinho não é desculpa!
Com este resultado estamos fora da corrida...

Derrota em Varsóvia...

Verva Varsóvia 3 - 0 Benfica
25-21, 25-13, 25-22


O efeito surpresa 'passou', os nossos adversários já não pensam que são favas contadas, e isso torna estes jogos mais complicados...  Mesmo assim, hoje, tivemos uma boa vantagem no 1.º Set que não conseguimos manter... e no 3.º Set discutimos até ao fim...
Temos mais dois jogos, para fazer mais uma surpresa, mas não será fácil...

A primeira do andebol e a taça do inv(f)erno

"Aguardem-se, com natural expectativa, os próximos capítulos desta ópera bufa, com ou sem macacadas

1. De vez em quando, é justo e oportuno começar estas linhas por um desporto colectivo que não seja o hegemónico futebol. Desta vez, faço-o em relação ao andebol e ao hóquei em patins. No primeiro caso, por razões internacionais; no segundo, em função de expectativas nacionais.
A nível da selecção nacional de andebol, alcançámos a melhor classificação num Europeu, o sexto lugar. Bem se pode dizer que até poderíamos ter ido mais longe, mas o feito é assinalável e evidencia que Portugal já não pertence aos coitadinhos mundiais deste desporto. Vencemos a consagrada França, batemos a reputada Suécia no seu reduto, quase chegámos às meias-finais e fomos derrotados apenas nos momentos finais com a campeoníssima Alemanha para a atribuição do 5.º e 6.º lugares. Bom será que a próxima etapa de afirmação - a qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio - seja ultrapassada com êxito.
Já quanto ao hóquei, em que detemos o título de campeões mundiais, o que aqui gostaria de sublinhar é a vibrante competitividade do nosso campeonato nacional, certamente superior à que se passa em Espanha. Cinco equipas lutam taco a taco pelo título nacional: os habituais Benfica e Porto, o Sporting que, em boa hora, voltou à modalidade, a sempre candidata Oliveirense e, este ano, o Òquei de Barcelos que reaparece em força depois de um período em que foi uma das equipas dominadoras. Acresce que também já não é tão expeciomal como era antes a perda de pontos destas equipas contra outras consideradas menos fortes.
Estas modalidades têm em comum uma característica que me intriga. Refiro-me à elevada dose de subjectividade e discricionariedade referente à marcação de faltas e expulsões temporárias, que, alguma vezes, condicionam, senão mesmo determinam o resultado dos jogos. Imaginemos o que seria se, no futebol, houvesse também este arbítrio polémico entre ser falta e não ser falta. Se já agora e mesmo com VAR é o que vemos, calculo o que seria, por exemplo, andebolizando o desporto-rei...

2. Na 13.ª edição da Taça da Liga acoplada a vários nomes de patrocínio e outros de desvalorização por quem não a ganha, o FC Porto consegue chegar à sua quarta final e perde pela quarta vez. Em todas elas (contra Benfica, SC Braga duas vezes e Sporting) teve apenas um golo marcado. Bem sei que, segundo a cartilha oficial, esta taça continua a ser desinteressante, creio que até vencerem a primeira, o que está a ser bem difícil.
O SC Braga mereceu a conquista do troféu, agora apelidado algo exageradamente de campeão do Inverno. Nas meias-finais dominou completamente o Sporting, onde foi visível a diferença de plantéis, isto apesar de os leões estarem à frente dos bracarenses no campeonato nacional (por enquanto). A final teve uma excelente primeira parte e, havendo um vencedor antes dos penátis, foi justa a conquista pelos arsenalistas. Notáveis resultados depois da entrada do treinador Rúben Amorim. Mais um jovem que dá mostras da sua serenidade e lucidez antes, durante e depois dos jogos, não subindo os decibéis, não reclamando por tudo e por nada, sabendo analisar com justeza os encontros realizados e as equipas adversárias, e percebendo o carácter efémero dos resultados em futebol.
Aliás, registe-se a curiosidade, para além das 7 taças do Benfica, só mesmo Rúben Amorim ter conquistado outras 7 (5 no SLB e 1 no SC Braga, como jogador e, agora, a 7.ª já como técnico).
Numa semana desastrosa, o FC Porto experimentou quase literalmente o que significa ver Braga por um canudo. Duas vezes derrotado em 8 dias, veio dar razão ao significado daquela velha expressão popular, qual seja a de «não alcançar o que se deseja, querer algo e não o conseguir, ver frustradas as expectativas, ficar logrado». Se, como disse atrás, o SC Braga é o campeão do Inverno, o Porto foi o vice-campeão do Inferno.
As declarações de Sérgio Conceição foram de natural tristeza, de inconformada frustração e de corajosa denúncia do que o atormenta no plano interno do seu clube. Previsíveis, a partir do momento em que a compulsiva e incondicional rodinha (não dentada)  de jogadores, técnicos, médico, director e não sei se de apanha-bolas, não teve lugar na má relva do belo estádio da cidade de Braga. As poucas, mas significativas palavras do treinador portista, substituíram a rodinha portuguesa pela rodinha brasileira, que é uma peça pirotécnica de formato redondo, que gira quando se acende o rastilho. Aguardam-se, com natural expectativa, os próximos capítulos desta ópera bufa, com ou sem macacadas.

3. No campeonato nacional, mais um obstáculo ultrapassado pelo Benfica, vencendo categoricamente em Paços de Ferreira. Prossegue a senda vitoriosa em jogos fora de casa, alcançando a notável marca de 18 vitórias consecutivas (já acima de um campeonato completo). Nesta temporada, em 18 encontros, o Benfica venceu 17 e apenas sofreu 6 golos, ou seja um golo por cada 3 jogos.
O Benfica jogou com a maturidade que vem revelando e ganhou com a naturalidade da supremacia incontestada. A equipa respira confiança, agora que tem praticamente todos os jogadores disponíveis. Só para citar alguns atletas, Weig entrou na equipa com a suavidade de quem parece estar há mais tempo cá, com a disciplina táctica, o rigor de passe e o sentido colectivo característicos dos bons jogadores alemães. Rafa voltou como se não tivesse saído da equipa, com velocidade e classe e, definitivamente, ultrapassando a sua anterior menor capacidade de finalização. Vinícius continua como seu jogo vertical, letal e fisicamente poderoso. Cervi é um mouro de trabalho num vaivém constante entre a frente e a retaguarda.
Continua a saga milimétrica da verificação dos foras-de-jogo. Míseros 4 centímetros, num campo com mais de 10500 centímetros de comprimento. Pretensamente com a precisão de simultaneidade entre o milésimo de segundo em que a bola sai do jogador assistente e a colocação da linha imaginária na posição do jogador que a vai receber. DIsseram-nos que, desta vez, os 4 centímetros de invasão da linha deveram-se à omopiata de Vinícius. Qualquer dia, e num jogo bem teso, vai haver um offside de 1 centímetro por causa do falo de um jogador. Que se cuide Vinícius. Já faltou mais para se chegar a esse ridículo!...

4. Há mentiras que, de tão repetidas, quase se transformam em verdades absolutas. No futebol isso acontece, quando sistematicamente, são veiculadas por opinadores de clubes adversários. Um exemplo, ainda que agora, menos invocados: Rúben Dias, de quem muitos despeitados falam de um modo de jogador muito duro e com muitas faltas. Vejamos, porém, o que nos dizem as estatísticas dos 17 jogos (todos, portanto) em que o defesa-central benfiquista actuou na primeira volta do campeonato: a) faltas cometidas - 9 (uma média de 0,53 faltas por jogo!); b) jogos em que não fez qualquer falta - 10 (ou seja, em 59% dos jogos com folha limpa!).
Estes números são tão meridianos, que falam por si. Rúben Dias está um senhor jogador. Forte, personalizado, líder, tecnicamente seguro, posicionalmente rigoroso, bom jogo aéreo e com um jogo vertical inteligente e oportuno e oportuno (vide o passe para o golo de Rafa no passado domingo). E, com o tempo e a evolução que tem feito sustentadamente, soube moderar o ímpeto dos primeiros tempos e é hoje um atleta cuja agressividade não se confunde com violência ou tendência prevaricadora. Os dados desta época assim o provam à saciedade.

Contraluz
- Aniversários: Amanhã A Bola faz 3/4 de um século. Há 75 anos nascia um jornal que me tem feito companhia desde os meus tempos de escola primária. Boa coincidência é a da minha neta Joana, uma benfiquista de todos os costados fazer no mesmo dia 17 anos. A ela darei amanhã um beijinho de um avô sempre ao seu lado, e à A Bola, na pessoa do seu Director Vítor Serpa, endereço os parabéns de um leitor fidelíssimo e grato.
- Humor: Há dias, nas agora frequentes trocas de piadas entre amigos de todas as cores clubistas, recebi uma que achei de um humor fino e suave. Dizia: Última hora: Bruno Fernandes no Sporting. Reencaminhei-a para um dos meus irmãos, que é Félix como eu, e João de nome próprio, também benfiquista e que vive na cidade do Porto. De imediato, respondeu-me: Última hora: João Félix no Porto. Confesso que me assustei mais com esta brincadeira do que com aquela do Sporting...
- Tristeza: A morte chegou breve ao grande basquetebolista americano Kobe Bryant. Com 41 anos, desaparece um dos mais talentosos ícones da NBA. Com ele morreu também uma das suas quatro filhas. Quis o destino que horas antes, tenha homenageado nas redes sociais LeBron James, que acabara de se tornar o terceiro maior pontuador de todos os tempos da liga americana de basquete, assim ultrapassando o malogrado amigo. O mundo do desporto perdeu uma das suas grandes referências."

Bagão Félix, in A Bola

Até canelas...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Pés de barro...!!!

"A temática de que Rui Pinto “não pode ser hacker, tem de ser whistleblower” desmistificada de uma vez por todas.
O advento do facto noticioso “Luanda Leaks” é, essencialmente, a “fuga para Vigo” desta década.
O seu fim essencial é atenuar especialmente a responsabilidade penal de Rui Pinto, como permite o artigo 72.º do Código Penal, fazendo coincidir uma eventual condenação com o tempo que já cumpriu e ainda vai cumprir de prisão preventiva. Num espaço prisional de eleição. Daí, sermos embrulhados, diariamente, com os “motivos honrosos” da sua conduta, com o seu quixotesco modo de vida, com a sua coragem em combater os grandes interesses financeiros.
E para que tal suceda, não há memória - na democracia portuguesa - de uma tão grande tentativa de condicionamento do funcionamento livre, imparcial e equidistante da justiça, como aquilo que se tem visto na fase preliminar do julgamento de Rui Pinto e Aníbal Pinto.
Ambos são acusados por tentativa de extorsão (exigir dinheiro para não revelarem informações obtidas ilicitamente); Rui Pinto foi ainda acusado por mais de 90 crimes relacionados com o acesso indevido, não autorizado, a contas de correio electrónico e, em alguns casos, a sistemas informáticos de organizações como a Procuradoria Geral da República, escritórios de advogados conceituados, fundos de investimento e clubes de futebol.
Qual o seu verdadeiro propósito? Isso cabe ao Tribunal apurar após um julgamento leal…
Mas, gostaríamos de relembrar que ambos os “Pintos” têm um historial noticioso nestas matérias, as de acesso indevido a documentos e obtenção de lucro com isso.
Rui Pinto acedeu ilegalmente ao sistema informático de um banco nas ilhas Caymann e subtraiu cerca de 263.000 euros. À data, em 2013, devolveu parte do dinheiro como forma de se eximir de mais severa condenação. Foi assistido por Aníbal Pinto.
Mais tarde, em Março de 2016, foi noticiado pelo jornal electrónico "A Marca" que estes dois protagonistas, actuando em conjunto, contactavam clubes de futebol para exigirem pagamentos como forma de não divulgarem a informação obtida ilicitamente nos seus servidores. Quem não consentia, via a sua informação divulgada na plataforma football leaks.
Ou seja, se os pagamentos não fossem feitos, documentos relevantes como contratos de jogadores ou treinadores, com valores imensos, eram expostos na dita plataforma informativa.
Este é um modo de actuação similar aquele que despoletou a investigação, detenção e prisão preventiva de Rui Pinto e que teve como principais alvos o Sporting e a Doyen.
E é, precisamente, o que sucedeu ao Benfica nos termos que adiante descreveremos.
Por agora voltemos à relação de Rui Pinto com a justiça que sempre foi desrespeitosa até à sua detenção.
Em 14 de Setembro de 2018 foi noticiado, pelo Observador, que a página de Facebook da football leaks tinha inserido o seguinte comentário: “PJ à minha procura?, catch me if you can”.
A tranquilidade de Rui Pinto tinha sido interrompida por uma fuga de informação (“karma”) publicada numa revista do Grupo Cofina, a Sábado, que em 13 de Setembro de 2018 revelava a identidade do, até então, desconhecido “hacker” dos emails do Benfica.
E logo aí se percebeu que existia um especial interesse, envolvimento, diria até cobertura, do “Expresso” e da “SIC”, relativamente à personagem de Rui Pinto. Escusado será dizer que vinham sendo estes meios os principais difusores, entre os media institucionais, de conteúdos electrónicos que haviam sido subtraídos ao Benfica. Estes e o Porto Canal, noutro segmento, vinham preenchendo conteúdos informativos com a publicitação de correspondência electrónica dos servidores do Benfica.
Pois é, convém não esquecer que o Benfica não é parte neste processo, mas foi ao Benfica que um “hacker” roubou a correspondência electrónica de 10 anos, esse mesmo material chegou ao gabinete de comunicação do Porto e, simultaneamente, foi criado um blogue de “gestão partilhada”, o famoso “mercado de Benfica”, que esteve activo até à detenção de Rui Pinto e à identificação de uns rapazes do “brunismo”.
E o que foi o dito blogue para a imprensa nacional? Uma espécie de Lusa sectorial, a cada dia 18, pelas 18 horas, com o despejo de informações do Benfica mas sem relevância desportiva, o que terá amargurado todos aqueles que viam neste escrutínio a hipótese de lavagem do “apito dourado”. Não conseguiram! Não se apaga a imagem de um clube corrupto confesso, ainda por cima censurado e condenado – pela ERC e Tribunal da Comarca do Porto - pela existência de várias manipulações e truncagem de emails do Benfica.
E qual a fonte de tudo isto? Pois é: cremos que sabemos mas não podemos dizer.
No último trimestre de 2018, em sentido convergente avançava a investigação dos processos movidos pela Doyen e Sporting e pelo Benfica e que têm na base os mesmos métodos, os mesmos objectivos – extorquir dinheiro, chantagear os lesados com a ameaça de publicitação daquilo que, por natureza, deve ser reservado.
É também por esta altura que se começa a construir a versão do “exílio na Hungria”, para fugir da prisão da PJ e da ira dos benfiquistas! Sim, esses, os tais que a partir de muita divulgação de informação manipulada e descontextualizada eram monitorizados, controlados, julgados. Eram mesmo esses que tinham o poder de fazer mal a Rui Pinto.
E é então que aparece o seu pai – uma espécie de seguro de vida para o inquérito – que teve o discernimento de colocar o telemóvel no micro-ondas, para evitar a localização celular, mas não lhe ocorreu que viajar a partir do Porto para Budapeste com um bilhete comprado nesse lugar e, digamos, um tanto invulgar.
E depois de identificado e localizado o “hacker” começa Ana Gomes, qual tufão, a soprar umas tempestades de areia para cima da opinião pública portuguesa. A partir de onde? Do “deserto” da SIC.
O que é certo é que Rui Pinto sempre se subtraiu à detecção das suas actividades ilícitas e resistiu à constituição como arguido e evitou, ao máximo, a comparência perante as autoridades. Fez tudo o que pôde até à detenção em Budapeste, em 17 de Janeiro de 2019.
E mesmo após a detenção alegou risco de vida para tentar evitar a extradição e ficar impune perante os crimes que vinha cometendo.
Antecipadamente, já estava patrocinado por advogados especialistas na temática do confronto entre a liberdade de informação, neste caso bem travestida, e a protecção da reserva das comunicações. Têm o itinerário montado até ao recurso final para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, com ligações à imprensa estrangeira e às administrações tributárias francesa e espanhola. Um deles, o advogado português, tem defendido Ana Gomes das generalizações moralistas, que só se contêm na cortina de ferro.
E é neste palco mediático-judiciário, de acesso exclusivo, que actua Rui Pinto.
No tempo que antecedeu a sua detenção houve oportunidade para aceder a sistemas informáticos do DCIAP, da PLMJ, sociedade de advogados que apoiava o Benfica, ao Tribunal Central de Instrução Criminal.
O que motivou isto? Tentar obter dados para sustentar uma “subtese”: O Benfica controla o funcionamento da Justiça. E ele, o rei das toupeiras, é a grande vítima!
Ou seja, perante a incompreensão das sucessivas decisões que determinaram condenações do Porto pelos atos ilícitos praticados com a correspondência roubada ao Benfica, Rui Pinto passa a monitorizar investigações que decorrem no DCIAP, em Lisboa, à procura de algo que lhe permita afirmar internacionalmente que está a ser perseguido pela Justiça portuguesa, “a mando” do Benfica. 
Mas a tentativa de descredibilizar a Justiça que o pode condenar é interceptada por outros factos.
Não são as autoridades portuguesas as únicas a encontrarem motivos para investigarem Rui Pinto. O jornal O Público noticiou em 12 de Abril de 2019 que as autoridades russas pediam a colaboração de Portugal com o objectivo de poderem actuar contra ilícitos praticados por si, presume-se, contra pessoas ou empresas daquele País.
E por aqui talvez se perceba o motivo da residência de Rui Pinto na Hungria. Estava mais perto, por exemplo, do Cazaquistão, mais facilmente se podia mascarar de “Artem Lobuzov” e pedir uma doação de 1.000.000 euros à Doyen.
Um elemento une as vítimas de Rui Pinto: dinheiro.
Assim, aparece Cristiano Ronaldo, jogador internacional português, a quem foram subtraídos documentos tornados públicos sobre a alegada violação de Kathryn Mayorga, segundo notícia o Correio da Manhã, em Julho de 2019.
E também o Mirror noticiou em 9 de Fevereiro de 2017 que a mesma taxa de 1.000.000 aplicada à Doyen tinha sido liquidada a Beckam por um tal “John” que o seu advogado francês, William Bourdon, confirmou ser Rui Pinto, em Janeiro de 2019.
Recentemente, sabemos que o grupo empresarial de Isabel dos Santos também terá atraído a atenção de Rui Pinto ou “John”. Muito provavelmente, o Grupo Espírito Santo e o mega processo que se seguiu ao seu desmembramento também estarão na sua carteira.
E outros se seguirão, ou seguiram como grupos financeiros turcos, russos e cazaques, como se Rui Pinto estivesse destinado a mapear fluxos financeiros, ou informações capazes de os fazerem funcionar em modo de pagamento. Em seu benefício, claro.
É no meio deste turbilhão que começa a aparecer, convenientemente, a imposição moral de tornar Rui Pinto um denunciante oficial. Não pode ser hacker, tem de ser whistleblower!
Como se a extorsão na forma tentada e seis crimes de acesso ilegítimo, cada um punível com pena de prisão até 5 anos, sendo que dois destes praticados contra a Procuradoria Geral da República e uma sociedade de Advogados, não fossem susceptíveis de causar alarme social.
É que Rui Pinto pode ser tudo menos uma pessoa desinteressada. A notícia da colaboração de Rui Pinto com autoridades fiscais de França e Espanha para aumentarem a tributação, mais uma vez, de jogadores ligados a Jorge Mendes não teve seguimento em Portugal.
Segundo o Jornal Expresso, numa das edições de Abril de 2019, a Autoridade Tributária teria proposto uma colaboração a Rui Pinto para investigar operações societárias de Jorge Mendes em off shores. Mas a proposta não foi aceite. Seriam precisas garantias de imunidade, como as que Ana Gomes pretende que sejam concedidas desde já a Rui Pinto.
Ora, chegamos à palavra chave… Imunidade.
É o que a “escola” tem para oferecer a quem a frequenta.
E é esse historial de impunidade que dá alento a esta campanha de pretensa investigação jornalística internacional que estará a ser orquestrada a partir de material roubado por Rui Pinto e, selectivamente, entregue ao Expresso para ser divulgada no dia seguinte à decisão da sua pronúncia pelos referidos crimes.
Como se Portugal não fosse capaz, ou não tivesse a obrigação de investigar e levar a julgamento todos e cada um dos criminosos que vão aparecendo. Como se estivesse dependente de Rui Pinto para exercer a acção penal!!!
O que se passou a discutir, desde então, é a licitude das provas, a parcialidade da justiça, o enquadramento legal do whistleblower. Mas o impacto das actividades que estão subjacentes à acusação de Rui Pinto, criminalidade informática sofisticada, transnacional, intrusão no funcionamento de organizações, chantagem para obtenção de vantagens económicas, tudo isso passou a ser secundário! O que interessa é ter a conduta aberta para despejar uma torrente de ideias abjectas, qual esgoto que verte para a praia!
Portugal pode ser muita coisa, mas não tem de se tornar num País de néscios, cobardes e corruptos, à mercê de campanhas informativas emanadas de Paris ou da agenda mediática teleguiada por grupos de comunicação.
Sabem o que aconteceria se fosse alterada a legislação dos denunciantes, como pretende Ana Gomes e o grupo de “cartilheiros” que se faz ouvir por estes dias?
Rui Pinto seria ilibado neste e noutros processos porque teria a seu favor “a lei penal mais favorável”.
Acordem!!!"

O VAR e o confessionário

"É sempre de louvar quando um árbitro (ou videoárbitro, no caso) dá a cara pelo seu próprio erro. Mas não deixa de ficar a questão: porque é que às vezes as explicações chegam, e noutros casos prevalece o silêncio?
Era mais ou menos evidente que a introdução do VAR na Liga Portuguesa ia trazer consigo uma série de polémicas - talvez fosse inevitável. Num país/meio às vezes demasiado sedento em encontrar problemas onde eles nem sempre existem, uma novidade tão significativa dificilmente sobreviveria a uma boa especulação.
Tenho para mim que o sistema foi amplamente positivo: evitou erros importantes, talvez tenha mascarado aqui e ali alguma limitação de um árbitro ou outro, mas, acima de tudo, minimizou a margem de erro. Margem de erro, que, num desporto de altíssima competição, e com as limitações humanas de um árbitro, é e será sempre compreensível. Eu próprio fui árbitro vários anos de outra modalidade (natação, já agora), e compreendo as dificuldades da missão.
No entanto, era também expectável que o VAR trouxesse consigo a ideia de que, a partir de agora, era tudo infalível. Não é, e isso é compreensível, porque o erro humano faz parte da natureza das coisas (é cliché, mas não deixa de ser uma verdade incontestável). Não condeno nem ataco isso. O que me parece incompreensível é a diferente reacção ao erro, quando ele acontece. Porque pode criar um sentimento de perplexidade - explica-se a uns, pede-se desculpa a outros, e ignora-se outros tantos? Passo a explicar.
Este fim-de-semana, no jogo entre Famalicão e Santa Clara, existe um erro objectivo: o único golo da equipa dos Açores surge de penalty, num lance em que existe fora-de-jogo. O videoárbitro Cláudio Pereira assumiu o erro: reconheceu que, na análise do lance, confundiu os jogadores. É evidente que não é bom, mas acho positivo o próprio “chegar-se à frente” e dar a cara pela situação.
Mas a partir daí, é inevitável perguntar: mas qual é o princípio? Quando é que um árbitro deve vir falar sobre um erro? Pensa-se caso a caso e logo se vê? Decide-se consoante os clubes envolvidos ou o ruído que fizerem? É o próprio árbitro que decide individualmente? Existiram seguramente outros casos igualmente complexos, e nem sempre foi possível ouvir uma explicação tão franca como a de Cláudio Pereira. Chegou até a ser partilhado publicamente o registo áudio da comunicação entre um árbitro principal e o videoárbitro, algo que, se a memória não me falha, nunca mais voltou a acontecer. Porquê?
Por uma questão de coerência, acho que devia existir uma linha mais definida. E também porque esta postura quase casuística levará certamente os clubes a encetar um discurso na linha de “então ao clube X explicaram e esclareceram, e nós ficamos agora sem saber também o que se passou no nosso caso?”. Repito, parece-me totalmente positivo que este tipo de explicação chegue ao público. Mas não consigo compreender o critério: às vezes sim, às vezes não.
Seria muito interessante, até do ponto de vista de uma maior compreensão, que as comunicações entre árbitro e videoárbitro fossem sempre ouvidas - quanto mais não seja pelos telespectadores, mais tarde. Mas atenção, eu próprio reconheço que isto é uma ideia quase utópica. Lá está, pela necessidade de uma boa especulação… Infelizmente. Mas concordem comigo: seria fantástico, não seria?

PS - compreender o erro é importante, mas não significa que se possa aceitar tudo. Recordo que, há cerca de dois anos, um jogador bastante experiente de um clube da Primeira Liga desabafou comigo: «às vezes é muito frustrante, porque se eu falhar um golo sou criticado pelos adeptos e pela imprensa e tenho que aguentar, e os árbitros queixam-se imediatamente de qualquer crítica, não sabem lidar e não sabem assumir.» Ou seja, é importante compreender o erro, mas também é necessário reconhecer que o erro - ainda que admissível - é sempre um ponto negativo que não deve ser ignorado sem qualquer tipo de consequência."

Cadomblé do Vata (Fejsa)

"O meu puto mais novo está a 2 meses de fazer 2 anos, mas tem energia suficiente para meter a trabalhar o motor de um dos tanques que o avô dele conduziu em Santa Margarida. A fim de evitar grande parte dos desastres passíveis de acontecer apenas com a sua presença, em casa temos o cuidado de lhe limitar o raio de acção à sala, permitindo-lhe a entrada noutras divisões apenas acompanhado pelo encarregado de educação ou outro maior de idade. Claro que como qualquer criança espectacular e irrequieta, partilha com a água a capacidade inata de descobrir todas as frestas existentes a caminho de outro sítio qualquer, sendo a da porta da cozinha a sua favorita. Logo que vê luz do outro lado do vão, dá corda às pequenas sapatilhas e a toda a brida deita mão à vassoura, não com o intuito de cuidar do piso, mas para varrer tudo o que estiver à vista no balcão. Quando estou de humor mais cinzentão, limito-me a agarrar no objecto de limpeza, proferindo com voz solene um severo “deixa a vassoura Afonso”. Em dias de alegria e boa disposição, pego na vara vermelha e e em tom doce peço encarecidamente “Filhão, larga o Fejsa”.
Bem sei que todas as brincadeiras têm um dia o seu fim. A canalha cresce, cansa-se dos pais e deixam de ver piada a 90% da nossa interacção com eles. Esta contudo, sempre pensei que pudesse fazer parte da nossa relação pai/filho até à sua ida para um Regimento de Cavalaria qualquer, porque mesmo daqui a 10 ou 11 anos, “Fejsa” ainda seria aquele sérvio de 41 ou 42 anos, com mais medalhas no peito do que um General soviético, que de 5 nas costas continuava a ser a Vassourinha do meio campo Encarnado. O destino assim não quis e quando o meu herdeiro caçula estiver a atravessar a adolescência, o nome do balcânico apenas será um daqueles Fantásticos que lhe alimenta a Paixão Gloriosa, porque o pai dele fez questão de incluir a História do Sport Lisboa e Benfica como disciplina de estudo intensivo, no seu percurso de formação académica e pessoal.
A verdade é que o rumor já marcava a actualidade encarnada e branca, mas como qualquer adepto que olha para o fenómeno do Benfiquismo com uma enorme dose de romantismo cego, não estava preparado para a confirmação. Aquele que nos últimos anos foi o minucioso porteiro do nosso último reduto vai-nos deixar, partindo rumo ao País Basco e a uma realidade desportiva, que apesar da idade, um atleta da sua estirpe competitiva não merecia. A frase “Ljubomir Fejsa pegou nas suas 11 medalhas de campeão e foi directo à luta pela permanência na La Liga” pode parecer desoladora para quem se habituou a vê-lo operar impecáveis serviços de higienização defensiva na relva da Luz, mas deixa de parte a maior provação que o futuro a curto prazo do balcânico lhe reserva: vai partilhar objectivos colectivos com Roberto Jiménez. Muita paciência e sorte é o que lhe desejo. Isso ou que se lesione rapidamente e regresse à Luz para recuperar com uma 12ª medalha de campeão a cobrir-lhe o coração."

Cadomblé do Vata (bitaites...)

"1. Frederico Varandas prometeu vender Bruno Fernandes por 70 milhões mas acabou por aceitar uma proposta de 55 milhões mais objectivos... os Sportinguistas estão tão resignados com o clube que nem reclamaram, apenas ficaram felizes por verem um deles escapar daquele inferno.
2. Poucas horas depois de se saber que o ainda capitão lagarto estava a caminho do Man. United, a casa do director executivo dos Red Devils foi atacado com tochas por adeptos... ainda dizem que os ingleses não sabem ser hospitaleiros.
3. À passagem da 18ª jornada o FCP tem 6 penaltys a favor contra 4 do SLB; 1 expulsão de um jogador seu sem ser a pedido (Telles aos 95 min. em Portimão) contra 2 do Benfica; 3 expulsões de jogadores adversários contra 2 do Glorioso (contando Rochinha aos 96 minutos em Guimarães)... este Benfiquistão parece-se cada vez mais com a República Popular do Choro.
4. Segundo a imprensa dita especializada, Ljubomir Fejsa está a caminho do Alavés... 36 anos após o último título conquistado pelo Athletic Bilbao, o País Basco vai voltar a ter um Campeão de Espanha.
5. Yoni já se treina no Seixal... e agora vai discutir o lugar de extremo suplente com o Yota."

Sinais de descrença

"O FC Porto voltou aos triunfos, mas ainda não foi ontem que afastou as nuvens carregadas que chegaram ao Dragão vindas de Braga. Apesar de ter terminado com uma vitória justa, a exibição da equipa azul e branca esteve muito longe de ser entusiasmante para os adeptos que foram ao estádio. É um facto que o jogo se disputou a uma terça-feira, a más horas e com mau tempo, mas a presença de menos de 20 mil pessoas nas bancadas é um sinal de descrença que não pode ser subestimado. Aliás, mesmo levando em conta que ainda não houve clássicos em casa do FC Porto, é um dado muito relevante que os dragões estejam, nesta altura, com uma média de espectadores por jogo que é 20 por cento inferior à registada em toda a época passada.
Depois do que sucedeu após a final da Allianz Cup, nunca seria um jogo em casa com o Gil Vicente a desfazer as dúvidas que foram levantadas por Sérgio Conceição. Para o FC Porto, só há uma saída para este momento: vencer o clássico diante do Benfica de daqui a duas jornadas e, com isso, voltar a acreditar que o título é possível. Mas, até lá, será preciso jogar em Setúbal frente a um adversário que tem mostrado evidentes melhorias nas últimas jornadas. E, desconfio, será preciso jogar bem melhor do que ontem para vencer."

Kobe, ainda bem que te admirei a tempo

"Kobe Bryant tinha abraçado a nova fase da vida como se se tratasse de mais uma temporada na NBA e, como em todas as suas épocas, dele só esperávamos o melhor. Connosco fica o legado e a certeza de que o Black Mamba vai continuar a inspirar gerações.

Quando um ídolo parte, vemo-nos inesperadamente frente a frente com a nossa própria mortalidade. Elevamos pessoas, na sua essência iguais a qualquer outra, a um patamar sobre-humano, e nunca esperamos delas demonstrações de vulnerabilidade como os comuns dos mortais. Por outras palavras, achamos que os nossos ídolos estão livres de algo inevitável como a morte — ou, pelo menos, de uma morte precoce.
Por este motivo, a morte de Kobe Bryant continua a ser um acontecimento que parece desfasado da realidade, mesmo três dias depois. Um dos melhores jogadores de basquetebol de todos os tempos, alguém que dentro do campo era capaz de feitos e acrobacias ao alcance de poucos, com uma capacidade de superação e força psicológica inigualável, Kobe era para centenas de milhões de fãs a referência transcendente e intocável pelo infortúnio.
Passei os primeiros anos da adolescência a sentir-me incomodado com os feitos de Kobe. Nascido no fim dos anos 90, entrei no novo século a ver vezes sem conta uma cópia do filme Space Jam (1996, Joe Pytka), gravado em VHS. Uma “lavagem cerebral” tal que precisei de comprar outra cassete e que me deixou convencido de duas coisas: não havia modalidade mais extraordinária do que o basquetebol e Michael Jordan (MJ) era rei e senhor do desporto da bola laranja. Crenças que, até à data, se mantêm inalteradas.
Como tal, à medida que cresci e comecei a dedicar mais tempo à NBA, não olhei muito agradado para um basquetebolista que era comparado a MJ. Torci contra Kobe no primeiro jogo que os meus pais me deixaram ver em directo em dias de aulas, o Jogo 7 das Finais de 2010, em que os seus Los Angeles Lakers defrontaram os Boston Celtics. O Black Mamba acabou por vencer o jogo e conquistar o segundo anel consecutivo, quinto e último da carreira.
Aos poucos fui percebendo que o desprazer provocado por Kobe se devia à sua verdadeira grandeza. Não passava de um miúdo de 13 anos a sentir que alguém tentava roubar o lugar do meu ídolo. Ganhei maturidade e pude aproveitar realmente Kobe Bryant. Com muita pena minha, durante pouco tempo.
Em 2013, Bryant rompeu o tendão de Aquiles no antepenúltimo jogo da fase regular, numa altura em que os Lakers lutavam por um lugar nos playoffs. Aos 34 anos, o corpo traiu uma primeira vez Kobe, que não recolheu aos balneários sem antes mostrar mais uma prova do seu carácter: levantou-se, caminhou sozinho até à linha de lance livre e converteu as duas tentativas – já sem a estrela em campo, os Lakers viriam a ganhar o jogo por 2.
A Mamba Mentality, essa mentalidade que ao longo dos anos mostrou ser tão grandiosa como até algo doentia, permitiu que Kobe recuperasse, mas as temporadas seguintes continuaram a não ser meigas, com lesão atrás de lesão. A idade tinha apanhado Kobe e o próprio jogador percebeu isso. Um mês depois do começo da época 2015-16, Kobe publicou uma declaração de amor ao basquetebol, em que anunciava o fim da carreira no final da época. Já um fã convertido de Kobe, soltei uma lágrima com o poema. O texto viria a servir de base para uma curta-metragem de animação que permitiu a Kobe Bryant ser a primeira pessoa a juntar um Óscar aos troféus de MVP da NBA e MVP das Finais da NBA.
Antes de sair de cena, Kobe Bryant ainda conseguiu dar ao mundo do basquetebol uma última demonstração da sua grandeza. No último jogo da carreira, aos 37 anos, Kobe tomou conta da partida como se estivesse de novo no auge das suas capacidades: com o olhar assassino tão característico ao longo da carreira, jogou como se ainda tivesse alguma coisa a provar ao mundo, depois de 20 anos de carreira, como se fosse o primeiro jogo de um jovem que entrou na NBA vindo directamente do ensino secundário. Marcou 60 pontos – o máximo para alguém com 37 anos – e venceu o jogo sozinho, como havia feito tantas vezes ao longo de duas décadas.
Se a minha paixão pelo basquetebol se deve ao seu mentor, o meu carinho pelo desporto deve-se, em grande parte, a Kobe Bryant. Foi o mais próximo a que pude assistir do meu ídolo, sempre mostrou a mesma força de vontade, a mesma audácia, um querer que é possível encontrar em apenas uma mão cheia de atletas.
Kobe inspirou uma geração inteira de jogadores que agora dominam a liga, mas a sua Mamba Mentality vai muito além do basquetebol. A carreira e os feitos de Kobe Bryant serviram para mostrar a todos os seus seguidores que nada é impossível, desde que trabalhassem sempre mais do que todos os outros.
Já penduradas as sapatilhas, Kobe fez questão de continuar a partilhar toda a sabedoria, um propósito que encontrou na recta final da carreira. Durante as pausas da NBA, passou a trabalhar sempre com os jovens jogadores que o procuraram. Pelo meio, ainda conseguiu ganhar o tal Óscar. Fundou a Mamba Sports Academy para poder ajudar uma nova geração a perceber como chegar ao topo das suas capacidades. A morte de Gianna “Mambacita” Bryant, a filha que parecia destinada a continuar o enorme legado do pai, agrava ainda mais a tragédia.
Kobe Bryant tinha abraçado a nova fase da vida como se se tratasse de mais uma temporada na NBA e, como em todas as suas épocas, dele só esperávamos o melhor. Connosco fica o legado e a certeza de que o Black Mamba vai continuar a inspirar gerações.
“Heroes come and go, but legends are forever.”
Obrigado, Kobe."

Dear, Kobe

"Querido Kobe,
Antes de saber o que era um turnover, eu já gostava de ti. Aquele jogador que usava a camisola 24 nas cores amarela e roxa conquistou uma menina que ainda não sabia o que era a NBA. Foste o Michael Jordan da minha geração, e inspiraste milhões de crianças a pegar na bola laranja ou numa bola de papel e tentar ser como tu eras.
Antes de saber o que era um fade, eu já gostava muito de ti, mas nunca apoiei a tua equipa. Parece uma contradição, gostar tanto de ti e não te apoiar quando subias ao teu palco. Ainda por cima escolhi um rival de divisão, os Golden State Warriors, que estavam a começar a encantar o mundo com uma nova forma de jogar. Sei que não ficaste chateado, porque não podemos ser todos do mesmo e era mais uma contra ti.
Nunca tive grande jeito no desporto e só os meus heróis me conseguiam fazer levantar e tentar ser melhor. A tua lesão no calcanhar deixou-te nas cordas, mas mesmo assim conseguiste voltar à luta, e eu achava que depois disso ias ser eterno, porque só os grandes conseguem passar os obstáculos como tu o fizeste. Se deu certo, porque não tentar?
Levo um pouco da tua mentalidade para tudo o que faço. Por vezes fica complicado continuar a batalhar para algo que está a correr mal, mas é preciso contar “3, 2, 1…” e esperar que um buzzer beater nos dê novamente a esperança de vencer o encontro da vida como fizeste tantas vezes. Até ao último segundo.
Deixaste-nos, e contigo foi um dos meus maiores sonhos: poder entrevistar-te e dizer o quanto me deste sem saber que tinhas dado. Sinceramente, ainda não consegui chegar à conclusão de que tenho de falar de ti como passado, como alguém que partiu. Sempre me disseram que as lendas, como tu, nunca morrem. Com a tua influência, eu sei que todos os jogos vamos sentir a tua presença.
A mentalidade do LeBron James, a forma de lançar do Devin Booker e muitos outros atletas vão continuar a fazer nos lembrar de Mamba, e todos eles vão continuar um legado eterno no basquetebol. Só alguém como tu podia deixar um legado tão bonito e uma saudade deste tamanho em tantas pessoas, nem deves ter noção do número.
Eu não acompanhei toda a tua carreira, não soube o que eras com a camisola oito. No entanto, a minha idade não me deixa ficar para trás na conversa sobre a admiração que tenho por ti, porque tu foste o culpado de ficar amante deste jogo, de saber as regras e ficar madrugadas sem dormir para tormento da manhã seguinte.
Aquele jogo com os Jazz vai ficar eternamente na minha memória, aquilo eras tu, aquilo era o senhor que me faz acreditar nos meus sonhos. 20 anos depois do teu draft, acho que toda a gente parou, e deixaram de existir equipas. No dia do teu desaparecimento, as rivalidades voltaram a ser postas de lado e só interessava homenagear um dos melhores de sempre.
Acho que esta carta já está a ficar longa, mas nunca conseguia dizer em tão poucas linhas o quão boa foi a tua influência. Erros todos cometemos, e até nos teus baixos conseguiste manter os teus princípios. Continua a brilhar desse lado, e espero que nunca sejas esquecido. Da minha parte podes estar descansado.
Da tua eterna fã,"