Últimas indefectivações

quinta-feira, 17 de março de 2011

Único, só o Benfica !!!


Como Benfiquista, não gosto de usar a frase: 'maior clube do mundo'!!! É um defeito meu, concerteza. Não discuto a veracidade da afirmação, mas a humildade que nos levou à vitória, tantas vezes no passado, fica um pouco beliscada, com a repetição da mesma...
Mas hoje em Paris, fizemos algo que nenhum Clube do Mundo consegue fazer. E não estou a falar da passagem à próxima eliminatória. Qual Barcelona, qual Madrid, qual Man United, qual 'qualquer um'!!! Só o Benfica é capaz de jogar em 'casa', a mais de 2000 Km da sua 'casa'!!! O Benfica não é de Lisboa, não é sequer de Portugal, é do Mundo. A nossa universalidade é única. Hoje, o Benfica já tinha vencido antes do jogo começar, mas assim com a alegria da passagem aos Quartos, 'goleámos' no coração de todos os Benfiquistas que tiveram no Parc, e dos outros espalhados pela gigante nação benfiquista...
O meu realçe a este 'pormaior', deve-se essencialmente, à certeza, que a descomunicação social portuguesa, vai tentar diluir no tempo, este feito irrepetível, por quem quer seja...!!!
O jogo podia ter sido mais fácil, voltámos a falhar no momento de 'matar' a eliminatória, principalmente no início da segunda parte. Mas tudo correu bem, e nem o Escocês com ascendência Francesa conseguiu virar a eliminatória...!!! Como já tenho alguma experiência nisto, sei que para muitos expert's o Benfica passou, mas jogou pouco, teve alguma sorte, e teve um adversário fraquinho!!! Este PSG é provavelmente o mais forte, desde da famosa equipa com Weah, Ginola, Valdo, Ricardo Gomes entre outros (por acaso até derrotou os 'invencíveis de Palermo' esta época, mas isso deveu-se ao árbitro, lembram-se?!!!) , aliás esta minha opinião é sustentada pelo excelente campeonato que o PSG está a fazer. E digo mais, o Nené tinha lugar em qualquer equipa portuguesa, e não é o único...




PS1: Finalmente uma vitória com um equipamento alternativo, que eu por acaso até gosto bastante...!!!

PS2: Venham os Holandeses...!!!

"Dar de avanço", parece ser um hábito que está a alastrar...!!!

Benfica 4 - 2 Belenenses

Seguimos em frente na Taça, depois de termos estado a perder por 0-2 !!! Grande 'remontada', e agora venha a Fundação Jorge Antunes, a duas 'mãos'!!!


Sem medo da Europa

"Na jornada europeia do passado dia 10, as equipas portuguesas deram boa conta de si, mostrando que estão à altura das suas responsabilidades. Na Luz, o Benfica voltou a mostrar a sua garra, a sua determinação de vencer e, sobretudo, a capacidade de manter a chama individual e colectiva acesa até aos derradeiros minutos. Só um colectivo com boa saúde física e mental consegue obter resultados tão visíveis e constantes. E, escusado será lembrar, que o Paris Saint Germain não é, pelo seu historial e qualidade, uma equipa qualquer. De resto, mostrou-o bem na Luz. Também Roberto mostrou que é um guarda-redes no qual se pode, e deve, confiar, vencida que está, espero que definitivamente, a fragilidade do início da temporada.
Por seu turno, o que o trabalho do árbitro checo demonstrou não podia ser mais lamentável e irreparável. Ao não assinalar a falta de Makonda sobre Saviola, dentro da área do PSG, privou o Benfica de um penálti a que tinha direito e que poderia ter mudado, de forma ainda mais positiva, o rumo do jogo. Quer isto dizer que o mau uso do apito não é só um problema nacional. E se errar é humano, arbitrar mal nem sempre merece esse qualificativo, como, aliás, dirá, com muito mais veemência, qualquer adeptos encolerizado na bancada do Estádio.
O que é certo é que o Benfica tem equipa e vontade para chegar mais longe nesta competição, sem temer os adversários, sejam eles quais forem. Quem acredita, deve acreditar até ao fim.
Ao ver jogar o Benfica frente ao PSG, não pude evitar esta reflexão. É bom saber que no Futebol, no Atletismo e em mais algumas actividades, desportivas ou não, não precisamos de ir a Berlim pedir a bênção para conseguirmos triunfar.
Quando essa dependência chegar ao mundo do Futebol, muito mal andarão as coisas para a modalidade, para a Europa e para o Mundo. E por este andar, ainda há-de aparecer alguma agência financeira a querer validar os resultados dos jogos na bolsa da especulação sem limites."
José Jorge Letria, in O Benfica

Governo apoia o golfe e os supermorcões agradecem

"A semana foi de luta nas ruas e o Governo respondeu com a medida social de grande alcance: a redução do IVA para o golfe! A malta toda que anda a recibo green agradece, atenta, veneranda e obrigada.
Atenção que não é brincadeira. De acordo com o Jornal Económico, o Orçamento Geral do Estado contemplará os praticantes da modalidade com a redução de impostos 23% para 6% no aluguer de greens e na compra de todo o material desportivo próprio da popular modalidade. Bolas, por exemplo.
Trata-se, sem dúvida de uma grande notícia, para os supermorcões.
Estão a ver qual é o clube do regime?
HOJE é dia de Liga Europa para o Benfica, o FC Porto e o Sporting de Braga. O sucesso na eliminatória corrente não é, à partida, missão impossível para nenhum dos emblemas portuguesas. E se tudo continuar a correr bem a todos abre-se a perspectiva de encontros entre emblemas compatriotas numa fase mais adiantada da competição.
Seria interessante de ver. E não pela questão primária de vermos árbitros estrangeiros a apitar jogos entre equipas portuguesas. Lá como cá, também há Bussacas e afins.
Seria mais pela questão de vermos se em jogos organizados pela UEFA e sob alçada disciplinar de estrangeiros, haveria nos campos portugueses alguns valentes que se atravessem a bombardear os relvados com objectos comprados com o IVA a 6%.
Certamente que não. Uma coisa é saber-se que em jogos organizados pela liga nacional jamais os hooligans serão identificados, tratados e punidos como hooligans. Outra coisa é saber-se que, sob a alçada da UEFA, aquele permanente e adorado estatuto de impunidade que por cá vinga, arrisca-se a não vingar por lá.
No fundo, é sempre a questão da impunidade.
O candidato Bruno Carvalho tem uma grande vantagem em relação à concorrência. É que ninguém o conhece de lado nenhum. Melhor dizendo, ninguém o conhecia de lado nenhum e, por isso mesmo, é inimputável no que respeita a todas as acusações que emergem quando a velha guarda desfia o rosário de penas dos últimos longos anos em Alvalade.
Nos últimos 30 anos, o Sporting apenas venceu por duas vezes o campeonato - em 1999/2000 e 2001/2002 - e é, sem dúvida, muito tempo de míngua a dividir por muitas responsabilidades sem míngua de espécie alguma. Compreende-se assim a vantagem que o candidato Bruno Carvalho leva sobre os demais. Há 30 anos, tinha apenas 9 anos de idade e não foi tido nem achado neste percurso infeliz do seu clube.
Apresenta-se agora como candidato a presidente e apresenta também a seu lado capitalistas russos que fazem estremecer de preocupação a Banca nacional e os capitalistas das famílias tradicionais afectas ao Sporting.
Ao contrário do seu vice-presidente indigitado, Augusto Inácio, nesta luta eleitoral, Carvalho tem-se mantido equidistante em relação ao Benfica e ao FC Porto. Aparentemente trata os dois adversários por igual, não prefere nenhum. Parece ter outro tipo de preocupações.
Já Augusto Inácio, apesar de pertencer à candidatura dos jovens turcos, apresenta-se com discurso e efabulações retóricas de menor densidade intelectual e empresarial. Diz o ex-treinador que, com ele no Sporting, «nenhum jogador usará botas vermelhas e, se possível, usarão todos botas verdes».
Se não for possível, pronto, usarão botas azuis. E logo poderemos apostar se são esses, de botas azuis, os jogadores do Sporting que, à semelhança de Quaresma, Varela e Moutinho, prosseguirão uma carreira mais auspiciosa no FC Porto. Enquanto isso, à cantora Rita Redshoes, que é da casa, Augusto Inácio irá conceder um prazo de 24 horas para mudar o nome artístico para Rita Greenshoes. Se não for possível, muda para Blueshoes, que já é possível.
Bruno Carvalho não tem alinhado neste dilates. Tem sido bastante modesto sobre a sua qualidade mais apetecível para certos sectores sportinguistas e que poderia ser agitado como a bandeira eleitoral de grande e promissor impacto: é que, tal como Pinto da Costa, Bruno Carvalho vai chegar ao futebol vindo directamente do hóquei em patins. E com um estatuto uns degraus acima.
Se o presidente do FC Porto era apenas um modesto seccionista da modalidade antes de ser eleito, Bruno Carvalho não é nem mais nem menos do que o actual vice-presidente da secção de hóquei em patins do Sporting. E, ao que se sabe, nunca se terá preocupado grande coisa com a cor das rodinhas.
A campanha eleitoral no Sporting está boa. E sendo tantos os candidatos é difícil que não ocorram alguns lapsos de linguagem que podem, ou não, penalizar os seus autores nas urnas no dia 26 de Março. Também é verdade que esse lapsos têm interpretações diferentes e até opostas em função da sensibilidade de quem os interpreta.
Por exemplo, quando o candidato Abrantes Mendes disse que «o Sporting é um clube de totós» poderá ter ferido gravemente o orgulho dos seus consócios e correligionários, mas no campo dos seus adversários a mesma frase não provocou mais do que um encolher de ombros e um «olha, fugiu-lhe a boca para a verdade».
Outro exemplo, quando o candidato Pedro Baltazar disse que tinha «muito orgulho naqueles que continuam a ser benfiquistas» poderá ter hipotecado definitivamente as suas hipóteses de vir a ser eleito presidente do Sporting, mas no Estádio da Luz apenas provocou um constatar sereno dos danos que o Benfica provoca em subconscientes alheios.
UM vice-presidente do Benfica foi fisicamente molestado à saída de um restaurante no Porto e o presidente do FC Porto não demorou nada a falar sobre os «palhaços que simulam agressões». É verdade, sim, que já não há tenda de circo que albergue o incontável número de palhaços que, nas últimas décadas, se queixaram do mesmo. É uma lista deveras impressionante. E se os agressores ficaram impunes é porque as agressões nunca aconteceram, não é? É este o Regime.
O presidente da Câmara Municipal de Paredes assistiu à cena e veio dizer que não se admira que «os políticos de Lisboa se recusam a avançar para a regionalização» porque têm medo que «o país fique entregue a gente desta».
Mas como o presidente da Câmara de Paredes é do Benfica as suas palavras são as de um palhaço que simula assistir a simulações de agressões a palhaços. è assim que o regime analisa a situação.
O episódio com Rui Gomes da Silva não podia ficar assim. E agora, em resposta, temos palhaços que ligam para a Associação de Futebol do Porto e para o Paços de Ferreira - que é o próximo adversário do Benfica na Liga portuguesa - a ameaçar com bombas as referidas instituições.
Estes são palhaços de cariz diferente. Mas não deixam de ser palhaços. E lá que simulam, simulam... mas muito mal."

Leonor Pinhão, in A Bola

Sinais de fogo

"Com o campeonato entregue, já antes de Jorge Jesus ter demonstrado que quando fala em “poupanças” quer dizer “forretice”, tantas foram as alterações que o Benfica apresentou no domingo, com a Taça da Liga à espera de uma final de festa, com a Taça de Portugal em banho-maria, à espera do segundo embate entre os “grandes” e também do reencontro de Académica e Vitória de Guimarães, com a Liga Europa a arriscar-se – oxalá! – a contar com três clubes portugueses entre os oito sobreviventes, o universo futebolístico lusitano tinha de arranjar motivos de distração. Escolheu os piores.
Primeiro: a agressão a Rui Gomes da Silva, vice-presidente do Benfica e comentador televisivo. Dizer que foi cobarde é classificar por baixo; dizer que representa aquilo que de pior pode presenciar-se, no futebol como na vida, não vale como espelho da indignação que todos os homens de bem deveriam sentir perante um facto desta natureza, perante o cercear das liberdades de opinião e de expressão. Infelizmente, não é inédita. Presumivelmente, não será a última enquanto as massas de Benfica e FC Porto forem alimentadas pelo ódio e pela negação de convivência pacífica. O visado olhou a questão de forma correta e pedagógica, evitando confundir o sucedido com um clube, uma massa associativa, uma cidade ou uma região. Boas reações tiveram os técnicos benfiquista e portista, cada um ao seu estilo. Lamentável foi a atitude de Pinto da Costa, outra vez enlevado pelo seu próprio discurso. Ora o eterno presidente do FC Porto sabe que, faltando pouco tempo para as deslocações da equipa à Luz, as suas palavras (“simular”, “palhaço”, “vencê-los”) são pura dinamite. Por essas e outras é que às vezes fica a dúvida se ele não será um apóstolo da política da “terra queimada” e do “quanto pior, melhor”. Para já não falar das carências que, no seu caso, são realmente crónicas: a falta de cavalheirismo, de dignidade e de elegância. Espero sinceramente que a indiferença civilizada das claques e adeptos benfiquistas sejam a tónica nos próximos encontros entre os clubes – em Pinto da Costa, a única bofetada que vale a pena é a de “luva branca”. Ou seja, a que não se mistura com violência e velhacaria.
No Sporting, a quimera do ouro parece nortear as eleições: ganhará o mais rico, triunfará aquele que fizer mais promessas de injeção de capital? Faltam programas e ideias, sobram nomes e extravasam insultos. Dir-me-ão que, passadas as eleições, tudo se esquece. Não acredito que a calúnia ou o ataque vão desaguar tão facilmente na falta de memória. Relembro Churchill, que explicou à sua bancada parlamentar: “Do lado de lá [trabalhistas], temos adversários. Os inimigos, esses sentam-se ao nosso lado.”"