Últimas indefectivações

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Tri-Supertaça !!!

Benfica 3 - 2 Fonte Bastardo
25-21, 21-25, 25-16, 13-25, 15-12

E mais uma Taça para o Museu !!! Como os parciais indicam, não foi nada fácil, acabou por ser um jogo típico de pré-época, com momentos muito bons, seguidos de outros muito maus... ainda falta consistência, só na 'negra' é que houve mais emoção, nos outros set's houve quase sempre vantagens grandes...
É a terceira Supertaça consecutiva, a 4.ª do nosso palmarés.
Mas este jogo também serve de prova, para quem duvidava do maior equilíbrio que vai existir esta época, tanto a Fonte Bastardo, como o Sp. Espinho reforçaram-se muito (até o Guimarães se reforçou bem...), este ano vai ser ainda mais difícil ser Campeão...!!!

Calvário seria não ganhar amanhã

"O jornal A Bola noticiava ontem o calvário de Jesus numa semana horrível. Não concordo com o critério jornalístico, e comigo está a maioria dos benfiquistas. Um calvário foi perder na Madeira e ver o FC Porto ganhar daquela maneira em Setúbal, não foi ganhar em Guimarães e ver o FC Porto deixar pontos no António Coimbra da Mota.
Um calvário foi não ganhar em Alvalade, não foi ganhar ao Anderlecht e em Guimarães. Um calvário para os benfiquistas é perder, não é ganhar. Um calvário seria não ganhar amanhã ao Belenenses.
Jorge Jesus deve sentir-se como nós, e perceber que esta foi uma boa semana porque ganhámos em Guimarães. Fora do campo perdemos sempre os campeonatos, a nossa única hipótese é ganhá-lo dentro do jogo e forma legal.
Não quero com isto dizer, ou fugir à questão, e para que fique claro achava bem dispensável as atitudes do final do jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. Mas isso lamenta qualquer adepto sensato do Benfica.
Como qualquer adepto sensato do FC Porto lamenta as declarações do seu treinador, e como qualquer adepto sensato elogia as do treinador do Sporting, Leonardo Jardim.
Qualquer adepto sensato lamenta os acontecimentos do camarote do Estoril, durante o jogo Estoril-FC Porto. Dir-me-ão que os sensatos estão hoje em minoria no futebol. Talvez, mas a insensatez vende mais que o futebol e a comunicação social precisa de vender.
Ainda deixo duas preocupações: embora mais equilibrado, o Benfica ainda não jogou o que devia em Guimarães. Se o ADN do Benfica é ganhar, o de Jorge Jesus é jogar bem. Vamos conciliar estes objectivos."

Sílvio Cervan, in A Bola

Queda para as homenagens !!!

No dia em que festejam o falso aniversário, nada melhor que vencer à custa de mais uma daquelas Proençadas, mais falsa do que Judas em pessoa... A consistência com que o melhor árbitro do Mundo e arredores, cai nestas 'esparrelas', sempre a favor do mesmo patrão, é digno de mais umas homenagens!!!
A ausência do Proença e dos seus muchachos no neo-Museu Corrupto é uma das grandes injustiças do século!!!

Deveres Benfiquistas !!!

1. A UEFA quer que os adeptos escolham o melhor goleador da Liga dos Campeões (incluindo a TCCE), as opções são poucas: Raúl, Van Nistelrooy, Messi, Shevechenko, Thierry Henry, Cristiano Ronaldo, Inzaghi, Di Stéfano, Del Piero e o nosso King Eusébio.
Recordo que estar nesta lista reduzida é um privilégio, que por exemplo Gerd Muller, Ronaldo, Romário, Hugo Sanchéz, Butragueño, entre tantos outros, não tiveram...
Com a habitual diligência Benfiquista, o Eusébio lidera confortavelmente a votação, mas é obrigatório todos nós, espalharmos a informação, em todas as redes sociais... Votem Eusébio!

2. Hoje, os nossos companheiros do Pulpus Corruptos publicaram uma grande cronologia, que deve ficar no arquivo de todos os Benfiquistas. Visitem o blog, e guardem nos favoritos!!!

O boneco do ventríloquo

"A excelência do ventriloquismo é uma arte ao alcance de poucos. Há que ser um bom ventríloquo, encontrar o tom certo, as palavras adequadas e o boneco apropriado. Depois, treinar, praticar com o boneco, fazê-lo abrir e fechar a boca ao ritmo da vontade do dono; pô-lo a mexer os bracinhos, atribuir-lhe expressões faciais, pô-lo a fingir-se aborrecido, indignado, feliz ou satisfeito, consoante a ocasião e a determinação do dono.
O momento supremo desta arte ocorre quando se consegue colocar a audiência a comentar as palavras do boneco como se ele as tivesse efectivamente dito sem ter uma mão pelos entrefolhos a controlar-lhe os movimentos. No futebol português temos, há umas três décadas, um excelente ventríloquo bonecreiro que consegue, repetidamente, colocar, à vez, um qualquer boneco de ocasião a debitar banalidades em tom de 'fina ironia'.
Aquilo está tão bem feito que chega mesmo a parecer que o boneco tem ideias, voz e vontade própria. Mas, caramba, depois de tantos bonecos e de tanta repetição de discurso, já é tempo da audiência (feita de jornalistas, opinadores e espécimes afins) perceber que comentar as palavras do boneco é contribuir para a mentira encenada. O boneco, esse, vive na esperança de que não será, a curto prazo, apenas mais um dos bonecos condenado a ser atirado para o canto de uma arrecadação esconsa, onde já moram tantos outros bonecos que vivem na ilusão de que ainda têm voz própria, sem se terem apercebido de que esta ficou agarrada às mãos que os manipularam durante a efemeridade do espectáculo.
No passado fim-de-semana, pudemos assistir à estreia de um novo boneco, num velho, aborrecido e previsível espectáculo de ventriloquismo."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Porcarias

"1. A notícia mais curiosa da semana foi, para mim, a da iniciativa de um dos candidatos à presidência da câmara do Porto: sob o lema «Para cada bairro um porco», parece que os senhor resolveu distribuir porcos assados no espeto aos seus virtuais eleitores. Imaginativo desde os tempos em que transformava as suas viagens de deputados em viagens para a Disneylândia com toda a família, ei-lo agora perante uma eleição inevitável. O Madaleno ficará feliz. Eu deixo aqui um conselho, se me é permitido: atenção à triquiro-se! Não convém comer porco mal passado.
2. Por via daquilo a que o meu advogado chama o «Bullying Judicial» conheço mais tribunais do que a maioria do português comum. Ossos do ofício, convenço-me. Mas há sempre coisas que me surpreendem. Ao entrar no edifício do tribunal atrás do Madaleno que para eles me teima em arrastar, entrego o meu Bilhete de Identidade ao zeloso funcionário que regista os visitantes. Vejo-o escrever em letra bem desenhada o meu nome, o número do meu BI e o juízo para qual fui chamado. Na linha anterior à dos meus dados, nada disso parece ser necessário: limitou-se a escrever, orgulhoso - Sr. Presidente. Há lugares do Mundo onde até os trintanários fazem questão de ser lambe-botas.
3. Mas há algo com que já não me surpreendo, e isso é a reacção em matilha da corte do Madaleno a qualquer minúscula contrariedade que pareça pôr em causa o seu poder putrefacto. Como impulsionados por uma mola, saltam todos ao mesmo tempo sobre os infelizes que ousem não fazer vénias. Técnicos, responsáveis, me´dicos, directores disto e daquilo, meros mangas de alpaca. A um gesto do dono, arreganham os dentes, ladram e mordem.
Tanta submissão a um homem tão medíocre é digna de dó."

Afonso de Melo, in O Benfica

Descaramento

"Paulo Fonseca não era o treinador do Paços de Ferreira na pretérita temporada? No último e decisivo jogo da Liga como foi que o FC Porto bateu a sua antiga equipa? Através de um penálti, punindo uma falta cometida fora da área, com a consequente expulsão do jogador pacense que interveio no lance. Paulo Fonseca exibiu indignação? Nada disso,optou por silenciar a benesse aos portistas.
Este último domingo, o actual técnico do FC Porto responsabilizou Jorge Jesus pelo empate no Estoril. Quanto descaramento! Se o técnico do Benfica tivesse poder para condicionar as arbitragens, qual seria a história do Futebol português nas derradeiras quatro épocas? E, por acaso, Paulo Fonseca não viu que Otamendi, logo no início do embate, teria que ser expulso, tal como Mangala, numa fase ulterior, justificou o duplo amarelo? Outro descaramento!
O FC Porto lidera o Campeonato, até abriu com um triunfo extramuros a participação na Champions. O problema, reforçado com a perda de dois pontos no Estoril, é que a turma azul e branca ainda não foi intérprete de uma só exibição categórica, para já não falar da generosidade das equipas de arbitragem nos jogos em que interveio. Por paradoxal que pareça, até o fantasma do proscrito Vítor Pereira parece avassalar o Dragão.
O discurso de Paulo Fonseca exibe os tiques de quem inquinou a verdade desportiva durante anos. Se é treinador para um clube da dimensão do FCP está por provar, provado está que é um aluno tão desvelado quanto frivolamente submisso."

João Malheiro, in O Benfica

Eleições

"1. As eleições autárquicas aí estão. Em Lisboa, os dois principais candidatos são benfiquistas, um deles pouco interveniente, o outro muito 'visível' mas bem pouco útil. Um já mostrou que não está na Câmara para fazer 'fretes' ao Clube, o outro também não é pessoa para o fazer. Louvável em ambos os casos.
Já no Porto as coisas são diferentes. os três principais candidatos, ou são adeptos do FC Porto, ou já o serviram de forma mais ou menos interessada. Um deles é membro do Conselho Superior do clube.
Outro é um dos seus mais acérrimos defensores em debates de colunas de jornais. O terceiro é protagonista de um dos maiores escândalos autárquicos de que há memória em Portugal: a oferta ao clube de um centro de treinos na cidade que dirige (Gaia). É mesmo um dos principais exemplos que o Diário de Notícias publicou na sua investigação da semana passada. A autarquia gastou 16 milhões de euros no centro de treino que serve unicamente o clube e recebe de renda 500 euros mensais, como se fosse um simples andar. Ou seja, titula o jornal, o 'FC Porto levaria 2666 anos para pagar o centro do Olival', um complexo desportivo com mais de 80 mil metros quadrados. Pelo meio, há ainda uma Fundação PortoGaia, detida maioritariamente (51%) pelo clube, e há relatórios bem negativos da Inspecção-Geral de Finanças. Curiosamente, o presidente de Gaia que deu tudo isto ao FC Porto não descansou enquanto não se tornou candidato do seu partido à autarquia do Porto, pensando certamente contar com a simpatia dos adeptos do clube na votação. Adeptos que, apesar dos apelos de Pinto da Costa, estão longe, pelos vistos, de ser decisivos, já que Rui Rio, apesar da sua louvável independência face ao clube e da animosidade do seu presidente, ganhou as sucessivas e autárquicas a que concorreu.
2. Que jornada tão estranha. O FC Porto foi (finalmente!) prejudicado por uma arbitragem. O Sporting, que muito se queixa mas vinha sendo ajudado, foi prejudicado por uma Xistrada, Só o Benfica 'soma e segue'. Desta vez foram dois foras-de-jogo inexistentes que deixavam os nossos avançados isolados e uma grande penalidade indiscutível, que não foi marcada. Felizmente, não fizeram falta. Mas o triunfo (sem contestação) poderia ter sido mais descansado..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Gente feliz

"Certa vez, assistindo a um jogo do Benfica no anterior Estádio da Luz, presenciei o esforço abnegado de Diamantino Miranda para impedir que a bola saísse pela linha lateral e assim proporcionasse um lançamento favorável ao adversário. O empenho de Diamantino mereceu de um espectador um comentário, partilhado orgulhosamente com os vizinhos de bancada: «Este é mesmo do Benfica».
Talvez tenha levado tempo a assumir esta realidade: os jogadores de Futebol, como de outras modalidades, são profissionais, vinculados a um clube por contrato. Mas alguns são também adeptos. Com a camisola do contratante, a todos é exigido que deem o seu melhor e se esforcem para chegar mais alto, mais longe e mais depressa à vitória. E é como profissionais - que o são -, que os atletas devem ser vistos pelos adeptos: profissionais briosos, pois o brio é uma exigência e uma entrega do foro profissional. No entanto, acima do brio situa-se o amor à camisola.
Vem isto a propósito da entrevista de Eduardo António 'Toto' Salvio ao seu próprio site: uma conversa na intimidade consigo próprio. Passo a citar: «Desde o primeiro dia que cheguei ao Benfica que fui muito feliz (...) No Benfica vivi coisas que não vi noutras equipas. Sinto muito carinho pelo clube, tenho um amor especial para com os adeptos e para com os adeptos e para a camisola». Fim de citação. Isto situa-se na plataforma acima à do brio profissional. É um caso de amor: 'Toto' Salvio não é simplesmente 'do Benfica'; é também Benfiquista. Isto não quer dizer que um dia as curvas do mercado não levem o jogador para outras paragens e emblemas. Quer apenas dizer que quando os jogadores se sentiram felizes por honrarem com o seu suor a camisola do Benfica, os Benfiquistas se sentirão também felizes com eles."

João Paulo Guerra, in O Benfica