O INDEFECTÍVEL
Pelo Benfica! Sempre!
Últimas indefectivações
terça-feira, 19 de março de 2024
Amanhã?!
"Já faltou mais tempo. Tenho a certeza que vou voltar ao Benfica. É um objetivo de carreira e de vida."
— O Fura-Redes (@OFuraRedes) March 17, 2024
Bernardo Silva pic.twitter.com/oOy0EX5sjb
100
"Roger Schmidt completou 100 jogos pelo Benfica e alcançou o segundo melhor registo de sempre de um treinador na história do clube. O primeiro lugar pertence a Jimmy Hagan.
▫️ 72 vitórias, 17 empates, 11 derrotas
▫️ 224 golos marcados e 83 sofridos
▫️ 1 Campeonato e 1 Supertaça"
O banho turco que foi um duche escocês
"Kokçu colocou em causa a hierarquia e a disciplina do grupo, e deve ser punido. Mas tem razão na maior parte do que disse...
Confesso que concordo com a maior parte dos argumentos expostos por Orkun Kokçu na entrevista ao De Telegraaf. De facto, não faz sentido que um clube, a pedido do treinador, embarque no maior investimento da sua história, e depois coloque aquele que foi pago como jogador-referência do projeto de Roger Schmidt, como tapa-buracos, uma vez aqui, outra vez ali. E que não lhe seja dada continuidade onde, realmente, rende mais. E que se lhe retire a confiança, substituindo-o com frequência, ou deixando-o no banco. Roger Schmidt pediu Kokçu, campeão e melhor jogador da Liga dos Países Baixos na última época, a Rui Costa, dando como garantia a profundidade com que conhecia o jogador e a forma como iria encaixá-lo na equipa; e, afinal de contas, a colocação, o rendimento, e o resultado do investimento encarnado tem andado a milhas daquilo que seria expectável. Dito isto...
Não sei quantas conversas terá havido entre Schmidt e Kokçu, antes do internacional turco ter dado o grito do Ipiranga na entrevista ao De Telegraaf. Presumo que o treinador alemão não seria alheio ao mal-estar do seu jogador pelo facto de estar a ser utilizado fora da posição onde pode fazer, realmente, a diferença. Mas, nestas coisas, manda quem pode e obedece quem deve, com mais ou menos Kompensans no percurso. É da vida, só podem entrar em campo onze jogadores, e há cinco substituições que podem ser feitas, e quem tem a última palavra, quer na escolha dos titulares, quer na sua colocação no terreno, quer nas trocas ao longo da partida, é o treinador. Nunca hei de esquecer uma frase que ouvi a Johann Cruyff, no dia da apresentação de Luís Figo em Barcelona, num contexto em que o técnico neerlandês andava de candeias às avessas com o presidente blaugrana, Josep Lluís Núñez: «Neste clube, em relação à equipa principal de futebol, o presidente só tem um poder: despedir-me. O resto é tudo comigo.»
Resumindo, por mais razões que lhe assistam (e, como já disse, simpatizo com a maior parte delas...), Kokçu errou quando levou para a praça pública coisas que devem ser resolvidas entre as quatro paredes do balneário. E colocou em causa a hierarquia. Sem ela, instala-se a indisciplina e a anarquia, e o naufrágio é certo. Por tudo isto, deve ser punido, na medida certa. Vendo a floresta, e não a árvore."
Roger Schmidt não tinha outra opção
"Kokçu foi apenas egoísta ou considera que há um bem maior que deve ser protegido?
Obviamente, Roger Schmidt não podia ter Orkun Kokçu na equipa. A entrevista do turco foi, acima de tudo, uma desautorização da liderança do treinador.
Os desportistas sabem e respeitam as regras de balneário – mais até do que regulamentos internos – e aquilo que o ex-jogador do Feyenoord fez foi muito mais contra as primeiras do que uma quebra dos segundos.
Ou seja, de uma vez só, Kokçu colocou Roger Schmidt em causa e não se importou, sequer, com as repercussões que as declarações que proferiu poderiam ter no seio do grupo e em todo o universo encarnado: ainda que aqui e ali desgostosos com o futebol praticado, os adeptos continuam a querer vencer e sabem que a equipa está em posição disso.
Voltando a Kokçu, no mínimo, o camisola 10 deixou suspeitas no ar de que algo vai mal dentro de portas. O que nos leva a pensar: foi Kokçu simplesmente egoísta ou considera que há um bem maior e se chegou a um estado de coisas que já não se suporta? Essa, por exemplo, é uma pergunta que falta na entrevista do ex-Feyenoord.
No discurso do internacional turco há, porém, algo do qual discordo. Parece-me claro que o Benfica lhe deu devida importância, ao contrário do que Kokçu refere. O próprio montante da transferência explica como o clube olha para o jogador. O número que usa na camisola também, já agora.
Ainda assim, parece-me claro que é de estatutos que Kokçu fala em determinadas partes. Quando frisa a quantidade de vezes que foi substituído, quando pede protagonismo em campo. E isso aponta à gestão do treinador que, perante tais frases, não teve outra opção que não afastar o jogador do encontro com o Casa Pia e até quando não se sabe.
Nesse aspeto, a semana de seleções calha bem ao grupo de trabalho. Ganha-se tempo para se poder gerir, sabendo disto. O Benfica, e o seu talentoso plantel, está completamente metido na luta pelo título, pela Taça de Portugal e na Liga Europa. Isto, apesar de alguns erros de casting, de más decisões a vários níveis, apesar dos efeitos que esta entrevista pode causar internamente.
Há um velho chavão no desporto que se usa em tempos desafiantes e de crítica. Di María usou-o já esta época quando numa rede social escreveu «sempre contra todos».
O Benfica está em condições de competir por tudo e até ganhar títulos, «contra todos» e apesar de si próprio, acrescentaria.
SPORTING ESMAGADOR
O rival maior não desiste e mesmo com a perspetiva de ter ainda um jogo em atraso, o Sporting não tira o pé do acelerador.O leão tem sido esmagador e em casa tem vitórias em todos os jogos de Liga. Ir a Alvalade hoje em dia é o maior problema que uma equipa portuguesa pode ter.
O Sporting ainda não ganhou - e pode não ganhar - qualquer título, mas já conquistou as emoções e as memórias futuras dos seus adeptos."
Tempo de reflexões
"Tempo de paragem para as seleções, tempo de breves reflexões sobre a realidade benfiquista, dizendo umas coisas prementes, deixando outras para o balanço de final da época.
Escrevo num momento de felicidade pelo apuramento para os Quartos de final da Liga Europa, ou seja, até estou muito bem disposto com esta façanha. Mas a boa disposição não me tolda a preocupação que decorre de uma época com altos e baixos e com umas Contas que merecem urgente reflexão, em que o apuramento para a Champions se torna vital para o projeto de Rui Costa.
Um passivo a subir, custos a crescer acima do razoável, as explicações são secundárias nestas circunstâncias. Interessa alguma coisa conhecer as razões, senão para dissecar quais os remédios necessários, quando parece inequívoco que substituímos uma estrutura profissional na área de gestão por outra que, se o é, aparenta deixar muito a desejar?
Não podemos ter medo das palavras: estamos com um enorme problema a curto prazo, demasiado dependentes de uma receita futura, decorrente do apuramento para o pote dourado da Champions. Pusemo-nos a jeito, não temos do que nos queixar. O Benfica é um fantástico Fórmula 1 que, como ressalta à evidência, requere pilotos experimentados e de provas dadas…
Só que tudo isto fundamentalmente depende dos resultados desportivos do futebol. Um futebol que tem algo de aleatório, mas muito de planeamento estratégico e qualidade de liderança apoiada num staff de gabarito. As colheitas estão sempre dependentes do plantar, também das vicissitudes do tempo, mas resultam sempre muito do saber e conhecimento da matéria. Se em tudo na vida assim é, no futebol porque não o seria?
Estamos atualmente em 2º lugar, com uma vantagem confortável para o 3º lugar, temos uma possibilidade real de conquistarmos o título, assim os ventos corram de feição e façamos pela vida, como ir ganhar a Alvalade, sem desperdiçar outros pontos de forma inglória. A Taça da Liga foi exemplo do que nunca deveria ter sucedido (convencimento de ganhar antes de jogar), a Supertaça é nossa, a Taça de Portugal não é miríade e o Marselha, sem ser fácil, está ao nosso alcance.
Ou seja, deveria prevalecer uma estabilidade emocional e remarem todos para o mesmo lado, sem amuos que apenas nos prejudicam e servem agendas escondidas. No entanto, aqui e ali saltam à evidência uns arrufos de primas-donas entre o plantel que apenas instabilizam e demonstram debilidades de carácter. Compete a Rui Costa dar uns murros na mesa, explicar aos "mais sensíveis" que estes comportamentos irrefletidos apenas servem os interesses dos empresários que buscam comissões de transações, mas que só serão possíveis se os jogadores tiverem atitudes, no campo e fora dele, consentâneas com o nível de profissionalismo associado aos valores remuneratórios auferidos.
Nesta altura, seria difícil não falar um pouco de Schmidt que entendo merecer uma palavra de confiança – sim, não me enganei. Um alemão que cai num país estranhamente apaixonado pelo futebol, em que o criticar vai muito além do ser construtivo, quantas vezes com o único objetivo de denegrir. Foi brilhante grande parte do ano passado e fomos campeões. Este ano, com um plantel que globalmente está longe do valor propalado, com carências qualitativas nalgumas posições que janeiro não corrigiu e que se "metem pelos olhos dentro", mesmo assim estamos onde estamos.
Todos os benfiquistas que o criticam (e são muitos) acham que não é difícil fazer melhor com o atual plantel que clamam ser capaz de produzir outra qualidade de jogo, sem falar nos comentadores, uns quantos de forma livre e objetiva, mas outros, certamente, ou por agenda ou por despeito. Seja como for, sobre as críticas dos benfiquistas, choca-me a forma acintosa de umas quantas, porque criticar "de cátedra" e sem qualquer responsabilidade é um jogo fácil e com sucesso garantido, ou por ser chamariz na imprensa ou nas redes sociais. Estas críticas, sendo perfeitamente dispensáveis, têm nefastas consequências, como já se viu no Estádio, criando instabilidade e enervando a equipa, quantas vezes já "sob brasas", a precisar de apoio e a ouvir vaias ao treinador.
Reconheço que há críticas e críticas e todas as que reputo de construtivas serão sempre oportunas e legítimas, além de úteis e fundamentais. Vamos ser francos, também eu me revejo, por vezes, em algumas dessas críticas, desgostoso com algumas exibições, com a falta de intensidade competitiva ou com a escassez de remates, mas como já fui treinador (andebol – 10 anos), penso 2 vezes, reconheço que sou indulgente e darei sempre um desconto. Ninguém acerta sempre e Schmidt também errou, algumas ou várias vezes. Ele também o sabe e reconhecerá, quiçá algum atraso, notando-se que começa a mudar o que entende premente para melhorar o coletivo.
Que Diabo, por que razão, nós (benfiquistas), não damos uma folguinha e manifestamos uns laivos de confiança, "remando todos para o mesmo lado", até porque a época vai adiantada, a instabilidade nada ajuda e qualquer mudança tem o suicídio garantido? Há que pensar duas vezes, ter sangue-frio, sobretudo quando o que está em causa, por razões financeiras (e também económicas), é o apuramento para a Champions…"
Triunfo merecido
"Os destaques nesta edição da BNews são a vitória, por 0-1, na visita ao Casa Pia e o apuramento histórico da equipa feminina de andebol na competição europeia.
1. Ciclo exigente fechado com três pontos
Roger Schmidt valoriza a vitória obtida no epílogo de uma sequência de jogos exigentes num curto espaço de tempo: "Foi uma caminhada longa nas últimas semanas, com muitos jogos consecutivos. Jogar um jogo muito duro e importante em Glasgow, na quinta-feira à noite, e, depois, jogar contra o Casa Pia, no domingo à noite, é um desafio de futebol, mas também mental."
E acrescenta: "O que os jogadores fizeram, o futebol, a mentalidade, a união e a qualidade foram de topo, por isso tenho muito respeito pelo que os jogadores fizeram."
2. Saber esperar
João Mário opina: "Fomos a equipa que procurou sempre mais vencer este jogo. Foi um jogo de paciência e conseguimos o golo. A segunda parte foi toda nossa, era uma questão de tempo até ao nosso golo."
3. Homem do Jogo
Arthur Cabral, autor do golo que deu a vitória ao Benfica, foi considerado o Homem do Jogo.
4. Apuramento histórico
O Benfica está nas meias-finais da EHF European Cup Women de andebol, após vencer, na Turquia, o Armada Praxis Yalikavaspor por 23-30.
João Alexandre Florêncio realça a grande exibição e deixa um apelo aos Benfiquistas: "Foi incrível, fizemos o melhor jogo da época. Estamos na meia-final. Espero que os nossos sócios encham o pavilhão. As jogadoras são umas vencedoras, são umas guerreiras, e jogam à Benfica."
5. Todos à Luz
É já amanhã que o Benfica defronta o Lyon, no Estádio da Luz (20h00), em jogo da 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol no feminino.
Francisca Nazareth revela ambição e lança um repto aos adeptos: "Já fizemos história. Com este símbolo ao peito, queremos sempre mais, obviamente. Não queremos ficar por aqui. Apelo aos Benfiquistas e aos amantes de futebol que vejam o jogo, porque vai ser um dia histórico para o Benfica e para o futebol feminino em Portugal e no mundo. É nestes palcos que queremos jogar."
6. Outros resultados
Em hóquei em patins, o Benfica apurou-se para a final four da Taça de Portugal ao vencer o Candelária por 1-7. Na final da Taça de Portugal de basquetebol, jogo decidido nos últimos segundos, com a balança a pender para o FC Porto (78-81). A equipa feminina de basquetebol ganhou, por 75-65, ao Ferragudo, e fechou a fase regular na 2.ª posição, após uma recuperação impressionante na classificação. A equipa feminina de hóquei em patins ganhou, por 1-3, na deslocação a Gulpilhares. A equipa feminina de voleibol perdeu, por 3-1, no reduto do PV Colégio Efanor. Os Iniciados empataram a um golo na deslocação a Braga e mantêm-se na liderança da fase de apuramento do campeão ao fim de sete jornadas.
7. Jogo do dia
O Benfica recebe o Torreense em futsal, na Luz, às 20h00.
8. Casa Benfica Charneca de Caparica
Conheça esta embaixada do benfiquismo através da BTV."
Claro...
Chorem mais, dragartos. Lá foi a cartilha toda sobre o Aursnes cometer penálti pela pia abaixo. pic.twitter.com/Ab8VSqLRke
— Polvo das Antas - Em Defesa do SL Benfica (@moluscodasantas) March 18, 2024
A arte de Arthur Cabral resgata o Benfica do problema chamado Casa Pia
"Num encontro muito difícil para as águias, um golo do brasileiro aos 75' deu o triunfo (1-0) aos campeões nacionais. Com Kökçü, na sequência da polémica entrevista, de fora da convocatória, a equipa de Schmidt realizou uma exibição algo apática, mas um excelente lance de Cabral quebrou a resistência dos gansos
A vida benfiquista de Arthur Cabral é uma montanha-russa. Reforço milionário contratado para substituir Gonçalo Ramos, foi imediatamente aposta a titular mas, entre a falta de golos e dúvidas sobre o seu estado físico, foi, inicialmente, mais motivo de piadas do que ameaça para as defesas rivais.
Em dezembro, depois do empate contra o Farense, um gesto obsceno dirigido a um adepto marcou essa entrada em falso na Luz, mas a montanha-russa elevou-o para, dias depois, ser o herói de Salzburgo.
Pois bem, depois do calcanhar na Áustria, Schmidt relegou-o para o banco em Braga. Eis a montanha-russa, manifesta novamente entre janeiro e fevereiro: marcou em quatro jogos seguidos e, depois, esteve cinco partidas seguidas de fora do onze inicial.
Regressou aos titulares na receção ao Rangers, mas contra o Estoril foi suplente e, em Glasgow, nem saiu do banco. Do melhor momento em Portugal passou, subitamente, para opção secundária, parecendo atrás de Marcos Leonardo e Tengstedt, além do recurso ao ataque móvel.
Assim, na parte baixa da montanha-russa, entrou Cabral em Rio Maior. E, numa partida tensa e fechada, daquelas em que se perdem pontos que custam campeonatos, o brasileiro saiu do banco para se voltar a colocar no topo. Aos 74', pegou na bola para evidenciar tudo o que vinha faltando aos campeões nacionais: convicção para avançar, técnica para fintar, poder de fogo para rematar, capacidade de finalização para decidir. 1-0 e mais um problema superado, mais um ponto alto que se segue a um ponto baixo que sucedera um momento alto na vida montanhosa de Arthur Cabral no Benfica.
A antevisão da partida foi escrita em neerlandês, língua da polémica entrevista de Kökçü. Schmidt disse que ainda não a lera, mas, depois de o fazer, não terá gostado do conteúdo. O turco foi excluído da convocatória.
A terceira vez, na história da I Liga, que o Casa Pia recebeu o Benfica foi disputada no terceiro palco diferente. Em 1938/39, na primeira presença dos gansos na principal divisão, o duelo deu-se no Restelo; muitas décadas depois, em 2022/23, o embate foi em Leiria; agora, e enquanto o clube continua nómada face à demora das obras do estádio de Pina Manique, o jogo foi em Rio Maior.
Alheio a este andar com a casa às costas, o Casa Pia entrou apostado em incomodar os campeões nacionais. Gonçalo Santos abraçou os três centrais que marcaram a era Filipe Martins e, com solidez defensiva e capacidade para progredir de forma apoiada, os gansos criaram duas oportunidades nos primeiros 15’. No entanto, nem Larrazabal, após bom contra-ataque, nem Felippe Cardoso, na sequência de cruzamento de Lelo, tiveram a melhor pontaria.
O melhor lance do Benfica no primeiro tempo deu-se aos 20’, quando Di María serviu Marcos Leonardo, que viu Ricardo Batista defender o seu remate. O brasileiro pareceu sempre incómodo e desconfortável no desafio, desparecido no jogo e distante da baliza. Foi substituído, aos 59’, após tocar apenas 11 vezes na bola, o valor mais baixo entre todos os futebolistas que atuaram na hora inicial da partida.
Perante a ausência de lances claros de perigo das águias, era o Casa Pia quem aproveitava para ameaçar. Pablo Roberto, um brasileiro com elasticidade na condução de bola e criatividade nas botas, arranjou espaço para rematar aos 38’, mas Trubin defendeu a bomba.
Perto do intervalo, António Silva cabeceou para defesa de Batista, mas a imagem dos visitantes foi, em boa parte da contenda, pobre, escassa em ideias e deficitária em energia, deixando passar os minutos, permitindo que as coisas entrassem num panorama mais do agrado do Casa Pia. Perante esta letargia, as águias agarraram-se à sua dupla letal: no recomeço, Di María serviu a corrida de Rafa e, subitamente, um cenário tantas vezes repetido deu-se em Rio Maior. Rafa a correr com espaço, remate… ao lado. Desta feita, o supersónico desperdiçou.
Schmidt lançou, aos 59', Arthur e Neres, dando a dupla brasileira outra continuidade ofensiva ao Benfica. Aos 74', o ex-Shakhtar tocou em João Mário, que abriu para Cabral. O atacante empreendeu uma fuga para a vitória, expressa num tiro em arco de pé esquerdo que quebrou a resistência do Casa Pia, dono da casa emprestada de Rio Maior, o estádio que menos golos viu nesta edição da I Liga (20).
Logo a seguir ao 1-0, Batista evitou o ampliar da vantagem por parte de Arthur Cabral. O Casa Pia, que durante a primeira parte fora capaz de criar perigo, não mais incomodou verdadeiramente Trubin. O momento do Benfica não está para exibições de gala nem triunfos folgados, pelo que o surgimento de heróis que se cheguem à frente é fundamental. Arthur Cabral foi ao topo da sua montanha-russa encarnada para salvar as águias em Rio Maior."
Segunda parte, Arthur Cabral e 3 pontos para os adeptos
"Casa Pia 0 - 1 Benfica
Antes do Jogo
> O Casa Pia não está com a corda na garganta. Saiu de saco cheio de Alvalade - já agora, que nos dêem baldas daquelas também - mas depois disso já foi ganhar por dois a Guimarães. Proibido facilitar!
> Vou visitar pela primeira vez o Estádio Municipal de Rio Maior, talvez o único onde se joga a primeira liga onde nunca estive. Para lembrar que dali o Sporting regressou com 2 pontos a mais devido a um golo de Paulinho em claro fora de jogo validado em tempo recorde pelo VAR Hugo "Macron" Miguel.
Durante o Jogo
> Bem, neste estádio, moderno, inaugurado em 2003, mal se vê a área de cá, quanto mais a de lá.
> Tiago Gouveia marcou e assistiu contra o Estoril. Não merecia voltar à equipa hoje? Porquê o João Mário?
> Entramos a trabalhar para a estatística da posse de bola e a primeira grande oportunidade é deles. E o Di María vai estando no chão vezes demais.
> E vai a segunda oportunidade perdida por eles.
> Estamos a tomar conta do jogo, mas é tudo pelo meio, sempre pelo meio. Precisamos dar largura ao jogo.
> Primeira parte fraca, sem pressão, sem os fazer passar por grandes calafrios. Estar lá o Gonçalo Ramos, o Arthur ou Marcos é igual: a bola não chega lá em condições.
> Entrámos melhor na segunda parte.
> Ó Rafa, crl, rematavas antes. Que perdida!
> Di María a aparecer no jogo, mais bola na área deles.
> Agora foi o António com perdida incrível.
> De apoio não se podem queixar: maré vermelha com apoio constante à equipa. BEN-FI-CA.
> Estamos a encostá-los lá atrás. Neres a agitar o jogo. Mas porque não chutam mais?
> Arthur Cabral, que grande jogada, que grande golo! Entrou com tudo. É isso!!!
> Marcámos e baixámos a intensidade. Mas um golo de vantagem não dá para descansar.
> E O BENFICA GANHOUUUUU."
segunda-feira, 18 de março de 2024
Vermelhão: 3 pontos...
Três pontos muito importantes, para quem acredita no título máximo, ou para quem acredita que só estamos a lutar pelo 2.º lugar! Voltámos a jogar abaixo do nosso potencial, mas terminámos hoje uma sequência de 2 meses (mais ou menos) de dois jogos por semana, a jogar praticamente todas as Quintas-feiras e Domingo; foram 13 jogos (e só não foi 'pior' porque perdemos na meia-final da Taça da Liga...) consecutivos, com pouca rotação na maior parte dos jogos, com muitos nervos, com todos a perceberem que podíamos jogar melhor, a começar pelos jogadores e o próprio treinador... Teria sido diferente, se a equipa estivesse numa onda 'positiva', com a equipa a puxar pelos adeptos, o que teria dado à equipa técnica, uma margem maior para fazer a rotação, mas com esta onda 'negativa', dentro e fora do relvado, esta sequência tem sido penosa... mas após o jogo de Guimarães, jogado em condições especiais - impróprias para 'consumo'!!! -, temos vencido os jogos do Tugão, excepto o jogo do Dragay! E se após a polémica do Kokçu, querem encontrar um balneário dividido, conspirando à calada contra o treinador, a forma sofrida como temos vencido muitos jogos, muitas vezes na reta final das partidas, prova que os jogadores não 'desistiram', e que independentemente das 'opiniões' pessoais, até agora, todos estão a puxar para o mesmo lado dentro do balneário!
Primeira parte fraca, com a equipa muito previsível, lenta, e a afunilar o jogo, e como o João Mário afirmou no final: a tentar entrar com a bola dentro da baliza! Voltámos a facilitar, na transição defensiva, após um Canto a nosso favor, que deu a melhor oportunidade ao Casa Pia... e na sequência deste lance, a equipa perdeu confiança e deu confiança ao adversário, sendo que perdemos o domínio do jogo momentaneamente...! Perto do fim da 1.ª parte, após uma escorregadela do Nico, voltámos a permitir um contra-ataque perigoso! Dito isto, dominámos territorialmente a maior parte do jogo, e apesar dos poucos remates perigosos, acabámos por criar alguns desequilíbrios, mas decidimos sempre mal perto da área adversária...
No 2.º tempo, a atitude mudou. Pressionamos muito melhor, abafando o Casa Pia, que praticamente nunca conseguiu sair da toca. Tirando uma sequência de 3 Cantos 'contra', a jogo foi jogado somente no lado 'certo' do campo! Com as substituições, melhorámos. Com o Neres em campo, ficámos com dois flancos, em vez de só 'um'!!! E até o João Mário, a partir do momento que foi para o 'meio', para o lugar do Tino, melhorou... e acabou por ser importante na jogada do golo.
Vitória justíssima, que pecou por escassa... Jogadores cansados a decidir mal, nos momentos decisivos, contra um 'autocarro', que após a mudança de treinador, tem conquistado muitos pontos!
Grande jogo do Toni, mais um, merecia o golo... Tino dominador, mas com o Amarelo ficou condicionado e foi bem substituído! Cabral decisivo, com um excelente golo... mas se hoje os 'fãs' do Arthur estão de peito feito, eu recordo que até agora os Pontas-de-lança do Benfica esta época, sempre que saltam do banco, jogam 'bem'!!! Musa, Leonardo, até o Tengstedt, sempre que entram jogam bem... quando são titulares, jogam 'pior'!!! Admito, que o Cabral, entre todos, tem sido aquele que melhores números, como titular, mas...
As más arbitragens irritam-me, mas os Benfiquistas que depois de um jogo destes, acham que o árbitro esteve bem, deviam ser 'expulsos'!!! O facto do Casa Pia ter chegado ao fim do jogo sem um único Amarelo, devia dar irradiação... A quantidade de faltas não assinaladas, ao Benfica, sempre que alguém tentava fazer uma combinação entre-linhas, com entradas por trás...
E já agora o golo mal anulado: sim mal anulado, porque o Neves 'recebe' a bola do guarda-redes adversário. O Baptista não fez uma 'defesa', após o remate falhado do Nico; o Baptista disputou a bola com o Toni, dominou mal a bola, e esta sobrou para o Neves... Os do 'costume' vão afirmar que o guarda-redes do Casa Pia fez uma defesa incompleta, mas isso é treta!!!
Já agora, 'obrigado' pelo Amarelo mal mostrado ao Toni, assim vai 'limpar' com o Chaves!!!
📣🦅 #SejaOndeFor#CPACSLB pic.twitter.com/iQppfJdKGc
— SL Benfica (@SLBenfica) March 18, 2024
Descanso para os nãos internacionais. Vamos esperar que ninguém venha lesionado. E esperar que a sequência desgastante de Abril, não seja fatal!!! Importante resolver a questão Kokçu: um jogador insatisfeito é mais normal do que parece, agora a forma como a entrevista foi dada, parece-me claramente uma questão de mau aconselhamento... neste caso, por parte do seu representante, o seu pai!!! Hoje, sem esta polémica, o Kokçu deveria ser sido titular... e com a sequência de jogos que se avizinham, todos são necessários...
Estamos nas meias-finais...
Yalikavaspor 23 - 30 Benfica
11-12
Qualificação histórica, para as Meias-finais de uma competição europeia, com uma vitória clara, com uma boa 2.ª parte!
Agora, vamos defrontar uma equipa Eslovaca, numa eliminatória teoricamente de 50/50, onde temos que eliminar as brancas, que esta equipa normalmente tem durante os jogos!
Iniciados - 7.ª jornada - Fase Final
Braga 1 - 1 Benfica
Nunes
Primeiros pontos perdidos, numa jornada onde até 'ganhámos' pontos aos potenciais principais concorrentes ao título!
Jogo após paragem para as Seleções, e talvez por isso, muitos jogadores ausentes, principalmente na defesa e no meio-campo! Temos opções válidas, mas não é a mesma coisa!
Vitória no Pico!
Qualificados para a Final Four da Taça de Portugal, com uma vitória fácil, no Pico!
Taça perdida...
Benfica 78 - 81 Corruptos
11-27, 25-22, 25-13, 17-19
Troféu perdido, com um 1.º período miserável, onde ainda conseguimos recuperar e 'colar' no marcador, mas na recta final, voltámos a não conseguir decidir bem!
Hoje, até equilibrámos na tabela, mas acabámos por 'perder' na estatística dos lance livres, com o Makram a falhar em demasia!
O Ivan faz muita falta nestes jogos...
Foco nos três pontos
"A BNews de hoje é dedicada a vários temas da atualidade benfiquista, com destaque para a partida, às 18h00 em Rio Maior, frente ao Casa Pia.
1. Somar mais uma vitória
Roger Schmidt garante que o grupo de trabalho está empenhado em vencer: "O nosso objetivo é focarmo-nos mais uma vez no jogo com o Casa Pia, para conseguirmos os três pontos. Quando há tantos jogos, é sempre um desafio estar pronto para os jogos outra vez, mas claro que temos uma grande motivação no Campeonato. Queremos mostrar a nossa ambição na Liga Portuguesa."
2. Convocatórias
3. Adversário europeu
Conheça mais em detalhe o Marselha, o oponente do Benfica nos quartos de final da Liga Europa.
4. Todos à Luz
O embate histórico com o Lyon, referente à 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol no feminino, é já na 3.ª feira, dia 19, às 20h00. O apoio dos Benfiquistas é essencial para que as Inspiradoras continuem a fazer história.
5. Final para ganhar
O Benfica disputa hoje, às 17h00, a final da Taça de Portugal de basquetebol. O adversário é o FC Porto. Nas meias-finais, os encarnados bateram o Póvoa por 103-86.
6. Outros resultados
A equipa B do Benfica venceu, por 0-1, na deslocação ao Penafiel. A equipa feminina de hóquei em patins segue para as meias-finais da Taça de Portugal após ganhar na visita ao recinto da Vila Boa do Bispo. Já com o primeiro lugar assegurado na 2.ª fase do Campeonato de voleibol (e vantagem casa nos play-offs), o Benfica foi derrotado na deslocação ao Sporting. Nesta manhã, os Iniciados tiveram jogo em Braga e empataram 1-1.
7. Agenda do dia
Há ainda outros jogos agendados para hoje além do desafio com o Casa Pia e a final da Taça de Portugal de basquetebol. Às 14h00, a equipa feminina de andebol discute, na Turquia, a passagem às meias-finais da EHF European Cup Women. Às 15h00, a equipa feminina de basquetebol recebe, na Luz, o Ferragudo. Às 16h00, a equipa feminina de voleibol desloca-se ao reduto do PV Colégio Efanor. Às 19h00 (18h00 locais), o Benfica visita o Candelária em hóquei em patins. A equipa feminina atua em Gulpilhares às 18h30.
8. Protagonista
O voleibolista Lucas França é o protagonista da semana. Uma entrevista para ver, na íntegra, na BTV ou ler no jornal O Benfica.
9. Participe
Está aberta a votação para os Galardões Cosme Damião.
10. Benfica Campus, uma referência
O Benfica Campus recebeu uma delegação de cerca de 40 pessoas, composta por responsáveis técnicos da Federação Francesa de Futebol e por diretores técnicos das academias dos principais clubes franceses.
11. Em destaque
Alguns dos conteúdos em destaque, nesta semana, nas várias plataformas de comunicação do Sport Lisboa e Benfica."
Dois olhares
"Otamendi, Aursnes e um calendário apertado; JJ e o... tamanhinho; o caminho de Jota Silva
1
Cada cabeça, sua sentença. Na semana em que Otamendi abriu a porta à participação nos Jogos Olímpicos (26/7 a 11/8), ciente de que provavelmente também fará parte das escolhas da Argentina para a Copa América (20/6 a 14/7), Aursnes renunciou à seleção da Noruega com o argumento de que pretende ter «mais tempo e liberdade para priorizar outras coisas na vida além do futebol».
Confrontados com um calendário quase sem datas livres, preenchido por compromissos de clubes (novo formato da Champions com 36 equipas e do Mundial de clubes com 32, a partir da próxima época) e seleções (Mundial-2026 terá 48), os dois jogadores do Benfica reagem de formas opostas. Ambas as posições são respeitáveis e defensáveis.
Aos 41 anos, Pepe dá cartas no FC Porto e volta a figurar nos eleitos da Seleção na antecâmara do Europeu. Ronaldo, outro a caminho da ternura dos 40, continua igualmente 100 por cento disponível para a equipa das quinas e mantém-se no Al Nassr tão hipnotizado pelo golo como no início do século quando impressionou Boloni de leão ao peito. Os dois internacionais portugueses perceberão melhor Otamendi, mas De Bruyne, por exemplo, identificar-se-á mais com Aursnes, conforme se percebeu pela reação à paragem forçada de cinco meses por lesão no decorrer desta temporada do Manchester City (27 partidas de ausência): «Por um lado, até gostei. Estou há dez anos a jogar praticamente sem parar. Trabalhei duro para recuperar, mas soube bem ter tempo para a família e os amigos.»
Mais jogos, jogos mais longos (minutos de compensação cresceram), alimentam o desgaste dos jogadores e o risco de lesões — apesar da evolução da medicina desportiva —, a qualidade do futebol terá tendência a diminuir, o desinteresse do público a aumentar. «Há regras para o número máximo de horas por dia que um condutor pode estar ao volante de um camião, mas não há limite anual de jogos para um futebolista», eis frase de há uns anos de um responsável médico da FIFA que me ficou na memória e que talvez interesse a Otamendi e Aursnes.
Um relatório de 2023 da FIFPro apresentava dados curiosos para reflexão — Bellingham (Real Madrid) tinha mais 30 por cento de minutos jogados aos 20 anos do que Rooney com a mesma idade, enquanto Mbappé, em comparação com Henry, ambos aos 24 anos, estivera em ação 26.952’, 48 por cento mais do que o compatriota. Não é por acaso que as constantes lesões de Pedri (Barcelona), 21 anos, e Arda Guler (Real Madrid), 19 anos, justificam discussão em Espanha sobre os perigos do lançamento precoce de jovens com tanta carga competitiva.
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Desde 2008/09 que Jorge Jesus ganha troféus em todos os clubes que orientou — SC Braga, Benfica, Sporting, Al Hilal (primeira passagem pelo clube), Flamengo e Fenerbahçe. Agora, com vitória sobre o Al Ittihad, guiou o Al Hilal a recorde do Guinness com 28 triunfos seguidos. Goste-se mais ou menos de JJ, era preciso ser «deste tamanhinho» — expressão do próprio quando quis desvalorizar Rui Vitória... — para não dar valor ao feito.
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Sousense, P. Ferreira, Sp. Espinho, Leixões, Casa Pia e V. Guimarães, assim é o trajeto de Jota Silva, convocado para a Seleção — quem disse que não se pode chegar ao destino sonhado por estradas de terra batida e alcatrão esburacado?"
Na festa sem convite
"A pergunta não deve ser como é que só temos uma equipa na Europa mas sim como é que ainda conseguimos
Manchester City, Arsenal, Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Dortmund, Bayern Munique e PSG. Atalanta, Roma, Leverkusen, Milan, Marselha, Liverpool, West Ham e Benfica. Os encarnados de Lisboa são a única equipa ainda em competição na Liga dos Campeões ou na Liga Europa que não pertence a nenhum dos cinco principais campeonatos europeus: Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França.
O FC Porto merecia ter eliminado os ingleses do Arsenal e o Sporting também jogou o suficiente para afastar os italianos da Atalanta, mas a verdade é que os dois ficaram pelo caminho e as derrotas morais não contam rigorosamente para nada, talvez só para apontar o caminho, sublinhar a capacidade das equipas nacionais.
Mesmo não tendo realizado uma exibição de encher o olho contra uma equipa que lhe é bastante inferior — o Rangers —, o Benfica foi à Escócia vencer por 1-0, com um golo de Rafa, na quinta-feira passada. Passou a ser a única equipa portuguesa em prova na Europa e a única, então, de fora das big five, o que quase configura uma espécie de presença sem convite numa festa organizada e frequentada quase exclusivamente pela nata da sociedade do futebol, não fosse também a história e estatuto que o Benfica tem na Europa.
O fosso é cada vez maior entre os clubes maiores e os clubes mais pequenos, disso ninguém terá dúvidas, mas é igualmente verdade que Portugal, neste desporto, continua a conseguir fazer diferente.
O Benfica também gastou muito dinheiro no seu plantel para esta temporada e é um luxo lá ter dois campeões do mundo e outros que chegaram à Luz por muitos milhões de euros, mas os muitos são poucos milhões quando comparados com o que gastam os outros.
Olhando para o nível de investimento dos clubes da alta roda do futebol, talvez não nos devamos perguntar como é que nesta jornada foi possível Portugal ter ficado apenas com uma equipa em prova nas competições europeias, mas sim como é que Portugal ainda consegue manter-se e atingir, e com regularidade admirável, fases tão adiantadas.
O Benfica, por exemplo, campeão nacional, esteve nos quartos de final da Champions do ano passado e vai agora defrontar os franceses do Marselha nos quartos de final da Liga Europa desta época. Fugiu ao confronto nesta fase da competição com outras equipas mais poderosas, o que aumenta as hipóteses de chegar às meias-finais e depois tudo se torna mais possível para as águias numa festa cada vez mais exclusiva."
Futebol com todos: frango, cerveja e pipocas
"Grandes jogos nos quartos de final da Champions e da Liga Europa
Dei por mim sentado no metro, de costas para a marcha da carruagem, com as duas mãos pousadas em concha sobre o cabo de um guarda-chuva a segurar um jornal de papel dobrado em quatro. Este quadro, adicionado ao esbranquiçado da barba, fez de mim um anacronismo naquele meio da tarde, entre pessoas a olhar ou a teclar ecrãs de telemóvel.
Vinha, todavia, a pensar nos sorteios dos quartos de final da Champions e da Liga Europa, algo a que só tinha tido acesso por via dos mesmos telemóveis que há pouco parecia criticar mas também fazem parte da minha vida.
Fiquei deslumbrado com os jogos que há para seguir. Tenho saudades do espírito da Taça dos Campeões, da Taça das Taças e da Taça UEFA. Em dias de futebol na TV gosto de comer frango de churrasco e beber cerveja. As atuais Liga dos Campeões e Liga Europa remetem mais para o tempo das pipocas no cinema, mas a verdade é que chegando a esta fase das provas vale a pena encomendar o frango e abrir umas minis. Aposta para a final da Champions: City-Barcelona.
De chorar por mais
No jogo com o Benfica, o Rangers preparou refeições especiais para adeptos muçulmanos que cumprem o Ramadão. Tão fácil.
No ponto
Na Austrália, um futebolista pediu o namorado em casamento em pleno relvado. Sinais de esperança num Mundo que anda (muito) temível.
Insosso
Pedro Gonçalves merecia ir à Seleção e estar no decisivo final de época do Sporting.
Incomestível
Namorada de Namaso vítima de racismo por adeptos do próprio clube. Sinais de desesperança..."
Kokçu: nem sempre uma corda esticada tem de partir-se
"Kokçu, veja-se só, ousou falar quando quis e não quando o patrão mandou. Fez bem?
Aqui d’El Rei! Um jogador de futebol decidiu falar livremente, sem passar cavaco ao patrão. Estamos em 2024 e este cenário parece impensável, exceção feita a astros que pairam acima de qualquer clube e podem literalmente fazer o que querem.
Hoje, Orkun Kokçu, médio turco de 23 anos do Benfica, poderia, em certa medida, ser comparado a Marc Bosman, o jogador belga que em 1990 revolucionou a indústria porque — imagine-se — quis fazer valer os seus direitos enquanto trabalhador. Quis e conseguiu, como sabemos, abrindo uma nova era no futebol mundial.
Muito haveria por dizer sobre o atrevimento de Kokçu ao dar uma entrevista ao jornal neerlandês De Telegraaf sem autorização do Benfica. Sobre o atrevimento e sobre o estado atual das coisas, no qual assalariados aceitam silêncios inconstitucionais a troco de salários principescos. Ou sobre o facto de na maior parte dos casos os assalariados não receberem salários principescos mas estarem sujeitos às mesmas regras, porque se os grandes clubes as têm os menos grandes entendem que também devem ter. Do ponto de vista jurídico é discutível, do ponto de vista da indústria do futebol ainda mais, mas é o que temos e é com isso que teremos de continuar a viver: silêncios impostos pelos patrões e os futebolistas a falarem apenas quando os deixam ou quando os obrigam. Com a cartilha decorada, se possível.
Orkun Kokçu desfez este paradigma. Importa agora perceber, antes de mais, se esta foi uma medida inteligente da sua parte.
Provavelmente não. Colocar em causa as opções do treinador numa altura altamente sensível da época é, no mínimo, uma prova de egoísmo perante a equipa, tendo em conta que os objetivos são coletivos.
Kokçu arrisca, diz o senso comum, pelo menos dois cenários: deixar de ser opção para Roger Schmidt e/ou pagar uma multa que há de estar prevista no regulamento interno do Benfica.
A multa, por mais que o seu valor constituísse para o comum mortal a independência financeira para o resto da vida, pouco beliscará o turco (sim, ele pertence ao grupo dos principescamente pagos).
Já quanto às opções de Schmidt, poderá ser caso para preocupá-lo, mesmo que jogando poucas vezes na posição 10 que diz ser a dele. A verdade é que tem sido opção.
Por outro lado, se Kokçu tem sido opção é porque faz falta a Schmidt, daí a reação cautelosa do treinador quando, depois de um treino em que esteve com o jogador, disse em conferência de imprensa que ainda não tinha falado com ele sobre o tema. Todos acreditámos, claro.
Por último, mas não menos importante, o Benfica: Kokçu é o jogador mais caro da história do clube, e um investimento de 25 milhões não pode ficar enrolado por causa de uma entrevista. Nem sempre uma corda esticada tem de partir-se. O mais provável é que o caso se fique por uma multa (real ou apenas comunicada) e cada um continue a sua vida. A 10 ou onde o treinador quiser."
Por aqui, Galenos há muitos
"Não há muita diferença de qualidade entre as seleções brasileira e portuguesa. Hoje. Porque, a prazo, a aritmética voltará a impor-se
O Brasil tem a segunda seleção mais valiosa do Mundo, atrás da Inglaterra, e Portugal, a quarta, depois daquelas duas e da França mas à frente da Espanha, dos Países Baixos, da campeã do mundo Argentina, da Alemanha, da Itália e de mais duas centenas delas. Segundo o Transfermarkt, site familiarizado com o assunto, os jogadores canarinhos valem 1,07 mil milhões de euros e a equipa das quinas 939,30 milhões.
Provavelmente nunca na história das duas seleções – à exceção de 1966 e arredores, quando o Portugal de Eusébio e outros astros bateu o Brasil de Pelé e companhia por 3-1 e chegou ao fim em terceiro lugar do Mundial inglês – o equilíbrio entre os sul-americanos e os ibéricos esteve tão próximo em valor de mercado mas, como por essa altura ninguém na redação do Transfermarkt era ainda nascido, não dá para comparar.
Entretanto, esse equilíbrio, fruto de um futebol português que anda a fazer, com certeza, muita coisa bem feita nas seleções, nos clubes, na formação de jogadores e de treinadores, e de um futebol brasileiro que insiste em não tratar as suas já diagnosticadíssimas mazelas, não deve durar.
Não se trata de futurologia ou do tradicional pessimismo fadista lusitano mas de matemática, aritmética, lógica – a longo prazo não se sustenta que um país de 10 milhões de habitantes, mesmo apaixonado por futebol, consiga competir com um país de 213 milhões de habitantes, talvez ainda mais apaixonado por futebol.
A elite do futebol brasileiro, aqueles 25 ou 30 que valem os tais 1,07 mil milhões de euros, podem estar, circunstancialmente, atrás dos 25 ou 30 jogadores dos The Three Lions e apenas ligeiramente à frente dos Les Bleus ou da malta das Quinas, mas se o recorte for mais abrangente os canarinhos já dominariam.
Dito por outras palavras, se somarmos o valor dos 100, dos 200, dos 300 melhores de cada país, já só dá Brasil, com talento aos pontapés até em timecos espalhados pelos obsoletos estaduais.
Dito por outras ainda, a qualidade no Brasil, seleção onde, em 2002, coabitaram Rivaldo, Ronaldo Fenómeno, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, ou, em 2006, os dois Ronaldos e Kaká mais Robinho e Adriano, só para dar exemplos de linhas atacantes recentes, pode estar em crise; a quantidade jamais.
Em conclusão: se Galeno, ouvindo o coração, optou mesmo pelo Brasil, fez bem porque o coração é sempre bom conselheiro; mas se ouvisse a cabeça, que também não é má conselheira de todo, talvez optasse por Portugal. Porque Galenos, aqui no Brasil, há e haverá muitos."
Neurónios?!
🚨 Este membro dos Super Dragões já veio explicar o roubo das duas tarjas do museu do FC Porto:
— MasterPT (@MasteringPT) March 17, 2024
✅ Enviados de Lisboa;
✅ Sócios de merda;
✅ Betinhos da Foz;
E finaliza com uma ameaça direta a Villas-Boas:
✅ Água do Douro muito fria, escura e funda.
pic.twitter.com/YyKMKtn8Wr
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