Últimas indefectivações

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A vida e obra do senhor Ângelo


"No dia da Morte, glorifique-se a Vida. Ângelo Martins, o senhor Ângelo, bicampeão europeu pelo Benfica, foi um grande jogador. Mas foi também ele quem deu corpo a um fantástico projecto de formação na Luz, onde desenvolveu jogadores de enorme dimensão e profissionais de grande gabarito. Se o Benfica de hoje, que tanto tem flutuado entre a quimera do Seixal e o pragmatismo do mercado, quiser encontrar um padrão, que ponha os olhos no tempo de Duarte Borges Coutinho, que soube apostar na formação e na aquisição externa de forma inteligente, equilibrada e com resultados extraordinários. A prospeção trabalhava de forma ímpar, estivesse Nené no Ferroviário da Beira, Shéu no Beira e Benfica ou Jordão no Sporting de Benguela, e todos eles aterraram em Lisboa para serem burilados no oficina do mestre Ângelo, de onde saíram inúmeros jogadores de gabarito Mundial. Os tempos eram outros, com abordagens menos pedagógicas e mais severas, e ao contrário do que é desenvolvido por várias teses que acabaram por vingar, cada jogo era para ganhar. O Benfica de 1974/1975, ano da chegada de Fernando Chalana, foi campeão nacional de juniores só com vitórias e essa era a cultura que os mais velhos procuravam incluir nos mais novos: ganhar ou ganhar.
Com o senhor Ângelo desaparece um pedaço da história do futebol português. Fica a memória. E o agradecimento pelo legado...

PS - 51 meses depois da gloriosa jornada do Stade de France, o campeão da Europa empatou em casa do campeão do Mundo. Portugal, entretanto vencedor da Liga das Nações, é uma estrela de primeira grandeza."

José Manuel Delgado, in A Bola

SL Benfica | Os 5 melhores mercados neste século


"Depois de uma revolução na abordagem ao mercado de transferências, o SL Benfica volta à aposta na qualidade diferenciada fora de portas, relegando a produtividade do Seixal para a simples exportação, depois de anos de aposta séria nos craques que a cada ano se destacam nos escalões mais jovens.
A chegada de Jorge Jesus foi a decisão final nesse sentido, conhecendo-se de antemão a aversão do técnico à qualidade local e a preferência pelo mercado externo como base de reforço da equipa. Foi, nestes pressupostos, o mercado mais mediático da última década na Luz, com a entrada de vários titulares nas cinco principais ligas europeias, especial incidência na Premier League – os membros da mais provável dupla titular no eixo da defesa eram, até à última época, titulares importantes em equipas de ataque ao título em Inglaterra.
Verthongen e Otamendi são os rostos mais vincados desse volte-face benfiquista na construção de plantéis, tendência que se iniciou na contratação de Julian Weigl em Janeiro último e que marca um regresso da aposta encarnada em grandes nomes – tal e qual há 12 anos, quando a chegada de Pablo Aimar e José António Reyes fizeram explodir os cabeçalhos da imprensa portuguesa e internacional. Nesse sentido, relembramos os melhores mercados deste século, os mais mediáticos e os que proporcionaram melhores resultados desportivos, a curto e longo prazo.

1. 2014-15 Houve Samaris, Jonas, Júlio César, Talisca e Eliseu: cinco titulares no fabuloso título de 2015. Os três primeiros assinaram em cima do fecho, depois de exigências de Jorge Jesus quanto à qualidade de um plantel que tinha sido esquartejado depois de todos os sucessos do ano anterior. 
Faltava banco à equipa, as restantes contratações foram cartas fora do baralho (Benito, César, Bebé, Derley, Djavan, Mukhtar, Jonathan Rodríguez, Candeias e Cristante, apesar da qualidade demonstrada anos depois em Itália), mas apenas é passível de crítica a demora no reforço cirúrgico do plantel, já que a qualidade evidenciada pelas chegadas tardias demonstraram competência na identificação das deficiências.

2. 2011-12 Chegou Axel Witsel para corrigir desequilíbrios evidenciados a meio-campo na Liga dos Campeões do ano anterior, onde Javi e Aimar mendigaram auxílio contra miolos mais recheados e mais físicos.
Só o golo de Lacazette nos minutos finais da última jornada da fase de grupos, no confronto do Lyon frente ao Hapoel, salvou aos encarnados um lugar na Liga Europa, mas o aviso estava dado: o 4-4-2 dos primeiros tempos de Jesus em contexto europeu era insuficiente e o Benfica acertou em cheio na contratação de Axel Witsel ao Standard Liége, por soma a rondar os oito milhões de euros. Com ele ao lado do trinco espanhol e a apoiar o playmaker argentino, o Benfica cumpriu como suposto na prova milionária – três vitórias e três empates na fase de grupos e caminhada até aos quartos-de-final, onde seria eliminado pelo futuro campeão europeu Chelsea.
Outras movimentações acertadas foram o recrutamento de Nolito (FC Barcelona B), Bruno César (Corinthians), Artur Moraes (SC Braga), Matic (Chelsea, negócio de David Luiz), Ezequiel Garay (Real Madrid CF), Enzo Peréz (Estudiantes La Plata), Melgarejo (Independiente do Paraguai), André Almeida (Belenenses) ou Emerson (Lille), ainda que o brasileiro tenha suscitado dúvidas ao longo da temporada acerca da sua competência enquanto lateral-esquerdo: a sua melhor exibição foi como… central, no jogo em Stanford Bridge frente ao Chelsea FC, onde jogou lado-a-lado com Javi García – as melhores soluções quando uma onda de lesões e castigos inundou o eixo da defesa.

3. 2007-08 O quarto lugar no final desse campeonato não revela a competência benfiquista nesse mercado, que atribulado foi devido à venda da estrela da companhia, Simão, e a incerteza quanto ao futuro do treinador, Fernando Santos, que acabaria por sair ao fim de uma jornada. A maioria das apostas desse Verão de 2007 foram essenciais nos anos seguintes, com muita qualidade recrutada na América do Sul – base dos campeões de 2010.
Óscar Cardozo (Newell’s Old Boys), Dí Maria (Racing), Maxi Pereira (Defensor), Fábio Coentrão (Rio Ave FC) e Cebola Rodríguez (empréstimo do PSG) revelaram-se apostas acertadas a curto e longo prazo, dependendo dos casos; Hans Jorg Butt (vindo do Bayer Leverkusen, com quem marcou presença na final da Liga dos Campeões de 2002), incompreensivelmente, nunca conseguiu agarrar a titularidade e sai no Verão seguinte para o… Bayern de Munique, para voltar à final da principal prova de clubes dois anos depois, sob o comando de Louis Van Gaal; Freddy Adu chegou como a coqueluche do futebol americano e mundia,l mas perdeu-se nas exigências competitivas do futebol europeu; Edcarlos, Sepsi, Andrés Diaz, Marc Zoro, Halliche, Stretenovic e Luís Filipe não apagam o que de bom se fez.

4. 2004-05 Relega 2008-09 para fora da lista por uma única aquisição, importantíssima no contexto daquela temporada: Nuno Assis foi uma das mais importantes contratações benfiquistas da era recente, pela importância na manobra de uma equipa orfã dum organizador na primeira metade da temporada em que se terminou a espera de 11 longos anos.
Trapattoni desesperava por um complemento a Simão no último terço e o ‘10’ do Vitória SC veio suprimir várias deficiências daquela equipa que até aí confiava no verdinho Manuel Fernandes para assegurar toda a construção do futebol ofensivo encarnado. Com a entrada do organizador português, a equipa equilibrou-se, o treinador italiano encontrou o seu onze base e só assim se sobreviveu a uma segunda volta muito difícil, sendo alcançado o ressurgimento do orgulho encarnado.
Os outros reforços dessa temporada? Amoreirinha, Yannick Quesnel, Karadas, Everson, Paulo Almeida, Carlitos, André Luís, Delibasic… Manuel dos Santos e Quim, os únicos que se revelaram boas apostas neste leque de contratações falhadas.

5. 2001-02 Numa equipa que ficou conhecida à época como a ‘Dream Team’, foi o primeiro plantel construído sob a supervisão de Luís Filipe Vieira – como director desportivo – e revelou-se, na maioria das apostas, como um excelente mercado de transferências nos efeitos a longo prazo, com a entrada de varíadissimos jogadores que assentaram arraiais na Luz e constituíram a espinha dorsal do rejuvenescimento encarnado na Primeira Liga, com o título de 2004-05, além da Taça de Portugal do ano anterior.
Simão Sabrosa (FC Barcelona), Mantorras (FC Alverca), Tiago (em janeiro, SC Braga), Sokota (GNK Dinamo Zagreb), Zahovic (Valencia CF), Andersson (Aalborg), Caneira (Reggina) e Jankauskas (Real Sociedad) foram nomes que se evidenciaram com a águia ao peito, com a maioria a subsistir várias temporadas na equipa principal."

Ângelo...

Eterna glória


"Faleceu Ângelo, um dos maiores vultos da gloriosa história do Sport Lisboa e Benfica, um dos que melhor personificaram a mística benfiquista, enormemente respeitado e admirado por colegas, adversários e adeptos. Tinha 90 anos.
Bicampeão europeu titular em ambas as finais, campeão nacional sete vezes, vencedor de cinco Taças de Portugal e de uma Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa, Ângelo, ao longo de 13 temporadas, representou o Clube em 385 partidas, das quais 290 em competições oficiais, marcando quatro golos.
Portuense de raiz, benfiquista de berço, chegou ao Clube em 1952. Começou como médio, mas seria na defesa, principalmente à esquerda, mas também à direita, que se eternizaria no restrito patamar reservado aos melhores de sempre de águia ao peito.
Disse, num encontro de benfiquistas realizado em 28 de fevereiro último, dia de aniversário do Clube, que "a coisa mais bela que pode existir no desporto é ser do Benfica". E Ângelo não só foi do Benfica como foi dos que mais contribuíram para a causa benfiquista.
O seu percurso no futebol é sobejamente conhecido e justamente enaltecido. Após a brilhante carreira de futebolista, Ângelo passou a "Míster Ângelo", desempenhando um papel igualmente fundamental para o sucesso do Clube, nomeadamente nas décadas de 70 e 80. Por ele passaram gerações de aspirantes a futebolistas, cujas ambições de representar o Glorioso beneficiaram do privilégio de receber ensinamentos sobre futebol e sobre a responsabilidade de carregar ao peito o símbolo do maior e mais amado clube português, dando largas ao potencial de cada um deles e ajudando-os a materializar o seu sonho, para benefício dos próprios e do Benfica.
Foi, possivelmente, o treinador mais vezes campeão nas camadas jovens do futebol português, e pelas suas mãos passaram Artur Correia, Chalana, Humberto Coelho, João Alves, Jordão, Nené, Shéu ou Vítor Martins, entre tantas então futuras glórias do Benfica.
Conhecida a triste notícia, o Sport Lisboa e Benfica decretou três dias de luto em sua homenagem e o Presidente Luís Filipe Vieira declarou que "é com profundo pesar que toda a Família Benfiquista vive este momento de dor, luto e de eterna saudade perante a partida de Ângelo Martins", e confessou a profunda admiração, qualificando-o como "um dos obreiros da imagem e mística de jogar à Benfica". 
Hoje realiza-se o velório a partir das 17 horas, na Igreja São João de Brito, em Alvalade, Lisboa. O funeral está agendado para amanhã, dia 13, no crematório do cemitério dos Olivais, em Lisboa. 
Descansa em paz, campeão. Obrigado!

P.S.: Parabéns aos nossos triatletas que contribuíram para que o Benfica se tenha sagrado vice-campeão europeu de estafetas mistas de triatlo. Foi a quarta vez que o Benfica atingiu o pódio, tendo sido campeão europeu em 2017. Nota ainda para Vasco Vilaça e Melanie Santos, que conquistaram o primeiro lugar do pódio no Campeonato do Mediterrâneo de triatlo."

Modalidades: fim-de-semana!

Vasily Kulkov, o homem das noitadas europeias


"Como é que um jogador que não era um daqueles génios óbvios, um ídolo instantâneo do Terceiro Anel, um matador prolífico, um “10” com a elegância e o perfume de Rui Costa ou mesmo um corajoso bombardeiro como Isaías, alcançou um tal consenso entre os adeptos é um mistério

Pavel Ivanovitch Chichikov, Aleksei Fiódorovitch Karamázov, Rodion Romanovitch Raskolnikov, Vasily Sergeievitch Kulkov: não há como os russos para nos darem grandes personagens. Bem, Vasily Kulkov não era uma personagem de ficção, não era um produto da imaginação de um Dostoievski ou de um Gógol, mas basta ler algumas das suas entrevistas para constatar a sua enigmática nonchalance eslava e imaginá-lo a percorrer as páginas de uma comédia gogoliana, meio peixe fora de água, meio demiurgo de um sarcasmo sonolento a distribuir jogo com os seus olhos de ressaca.
A lenda das aventuras noturnas da troika russa do Benfica ficou tão célebre como as melhores jogadas de Kulkov, Iuran e Mostovoi, mas não as apagou por completo. A que alturas não teria subido um jogador como Kulkov se tivesse sido mais profissional, perguntam-se alguns adeptos ao recordar o brilho intermitente do médio russo? Só que esses jogadores imaculados de um profissionalismo inatacável, de uma abnegação a toda a prova, não entram no coração dos adeptos. Merecem o respeito e a consideração de um bancário que em trinta anos de carreira nunca chegou atrasado ao serviço, de uma administrativa de um centro de saúde que nunca pôs um dia de baixa.
O que me surpreendeu na hora da morte de Kulkov – e que, bem vistas as coisas, não é assim tão surpreendente – foram as múltiplas reações emotivas dos benfiquistas, como se um em cada dois adeptos tivesse dentro de si um obituário pronto a escrever feito das mesmas memórias inapagáveis, um facto que honra a qualidade futebolística do jogador visto tratar-se de alguém que não parecia ter feito mais de dez abdominais na vida e que, ainda por cima, trocou o Benfica pelo Porto.
Era como se cada benfiquista, sobretudo aqueles que cresceram a ver as equipas na transição da década de 80 para a de 90, julgasse que a admiração por Kulkov era um segredo intransmissível, uma mania fruto da sua maneira peculiar de ver futebol, para descobrir agora que essa admiração era afinal uma paixão assolapada quase universal. Como é que um jogador que não era um daqueles génios óbvios, um ídolo instantâneo do Terceiro Anel, um matador prolífico, um “10” com a elegância e o perfume de Rui Costa ou mesmo um corajoso bombardeiro como Isaías, alcançou um tal consenso entre os adeptos é um mistério.
A morte não explica tudo, mas a morte precoce, num momento em que as memórias dos adeptos estão naquele ponto ótimo para a mitificação – nem tão vagas que já não produzam emoção, nem tão vivas que não possam ser trabalhadas e aperfeiçoadas pela nostalgia – explica alguma coisa. A esta distância, a memória já apagou as exibições medíocres, a inconsistência, os passes falhados, e guarda apenas dois ou três momentos refulgentes e os contornos fantasmagóricos de uma inteligência superior, mais pressentida do que recordada ao pormenor.
Essa é uma das chaves do fascínio de Kulkov: fisicamente não era elegante, mas o seu futebol era de uma rara elegância. Ele podia não ser um grande amigo da sobriedade fora de campo, mas em campo o seu futebol era mais do que sóbrio, era clarividente. E estas qualidades manifestavam-se de uma forma discreta, quase invisíveis a olho nu. Daí que na cabeça devota do adepto só eles estivesse a ver o que Kulkov fazia. Cada um sentia o privilégio de ser a única testemunha de um milagre, o interlocutor exclusivo daquela forma de inteligência. Vasily Kulkov tinha um futebol tão inteligente e tão subtil que, como um bom orador, enfeitiçava a plateia e fazia com que cada um dos membros do público se sentisse tão discretamente inteligente como ele.
Mas, para ficar no coração dos adeptos, até uma inteligência discreta precisa daqueles momentos de brilhantismo inequívoco, as moedas universais que são para a comunhão dos apaixonados de futebol o que o pão e o vinho são para a eucaristia. E essas moedas universais foram, no caso de Kulkov, os dois melhores jogos europeus do Benfica na década de 90: a vitória em Londres, em Highbury Park, contra o Arsenal, e o empate a quatro em Leverkusen. Arrisco dizer que, sem esses jogos, Kulkov seria apenas mais um nome no registo notarial do Benfica ao qual se acrescentaria o burocrático “ao serviço dos encarnados, conquistou um campeonato e uma Taça de Portugal.” Nada que chegasse para ser lembrado com o fervor visto nos últimos dias.
Vejam: não foi preciso conquistar um título europeu, nem sequer chegar a uma final. Bastou-lhe fazer parte de uma equipa que jogava na Europa com ambição e ter brilhado nos dois jogos que moldaram o benfiquismo dos jovens adeptos da altura. Ao contrário do que se costuma pensar, os adeptos não são ingratos e não têm memória curta. No entanto, a escolha dos seus eleitos é caprichosa, a entrada no panteão não obedece a critérios matemáticos ou contabilísticos. Muitos jogadores que passaram pelo Benfica conquistaram mais títulos e honrarias do que Kulkov, mas ele foi único a marcar naqueles dois jogos: haverá poucas imagens mais belas para um benfiquista do que a celebração de Kulkov após o primeiro golo em Leverkusen (e o treinador Toni a falar sozinho nas imediações do banco). Eu, que gozei com o amadorismo da comunicação do Benfica ao juntar aos títulos de Jorge Jesus a presença nas finais da Liga Europa, sou o primeiro a reconhecer que Vasily Kulkov fica na história do clube, não pelos títulos que conquistou, mas pelo que fez naquelas duas noites. Não duas noites quaisquer, duas noitadas europeias que, por não caberem nas vitrinas ao lado de outros troféus, ficarão para sempre guardadas no museu imponderável que é a memória dos adeptos.

Ps: escrever uma crónica sobre Kulkov sem usar a palavra “vodka” também é um feito."

Ângelo Martins

3 dias de luto


"O Sport Lisboa e Benfica decreta três dias de luto em memória e homenagem ao bicampeão europeu Ângelo Martins. O antigo futebolista, um dos rostos da Mística e da História do Clube, faleceu neste domingo. A Família Benfiquista está de luto!

Ângelo Martins vestiu e honrou o Manto Sagrado ao longo de 13 épocas (1952/53 a 1964/65), alinhando em 385 jogos e marcando 4 golos. Conquistou duas Taças dos Clubes Campeões Europeus, 7 Campeonatos Nacionais, 5 Taças de Portugal e uma Taça de Honra de Lisboa.
Persistente e intrépido, honrava o lema "Antes quebrar do que torcer". Sempre um dos nossos!"

Homenagem e eterna saudade


"Em nome do Sport Lisboa e Benfica, e em meu nome pessoal, quero apresentar as mais sentidas condolências à família e amigos de Ângelo Martins, um dos nossos eternos bicampeões europeus e um dos símbolos que ficará para sempre na história do nosso Clube.
Ângelo Martins, jogador de raça e um dos obreiros da imagem e mística de "jogar à Benfica", onde, entre 1952 e 1965, venceu duas Taças de Campeões, sete Campeonatos Nacionais e cinco Taças de Portugal, pertenceu àquela geração de ouro e gloriosa, marcante nas nossas memórias.
É com profundo pesar que toda a Família Benfiquista vive este momento de dor, luto e de eterna saudade perante a partida de Ângelo Martins. Credor da nossa mais justa homenagem, que descanse em paz!"