Últimas indefectivações

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Fundação...

5G

Fantástico voleibol


"Honra a quem a merece: a nossa equipa de voleibol é extraordinária e revalidou o título nacional com enorme mérito e maior competência. Cilindrou o Sporting nas meias-finais em três jogos e aplicou a mesma receita à Fonte do Bastardo, qual ciclone devastador das pretensões dos açorianos. Na fase decisiva da temporada, seis triunfos em seis jogos, nenhum set perdido na final. Fabuloso!
Desonra a quem se põe a jeito: a postura da Federação de Voleibol foi, nesta final, inqualificável. Não haver taça entregue ao campeão e, ainda mais grave, não haver um único dirigente presente no pináculo das competições nacionais é incompreensível. A explicação dada pela FPV só adensou a ideia de estarmos perante um dos mais lamentáveis episódios recentes no desporto português. O contexto pandémico, ao contrário do manifestado pela federação, não justifica a ausência. Ambas as equipas viajaram, também os árbitros e outros o fizeram, repetindo aquilo que todos os intervenientes na modalidade praticaram ao longo da temporada, expondo-se ao vírus em prol do voleibol. Com esta decisão, os dirigentes federativos não fizeram mais que demonstrar um profundo autismo quanto ao papel que lhes é confiado, um gritante amadorismo e um manifesto desrespeito por quem tanto se dedicou ao longo do ano.
E um aspecto lateral, mas que conviria acautelar: ao comentador das transmissões da RTP Açores (nada a apontar aos jornalistas) só lhe faltaram os pompons para parecer cheerleader afecto ao clube da casa. Não foi desrespeitador para com o Benfica - e era só o que faltava -, mas há limites para o sectarismo. Ainda duvidei se não estaria a ver uma emissão da Fonte do Bastardo TV...

P.S.: Tivemos um penálti a nosso favor no campeonato!!!!!!!"

João Tomaz, in O Benfica

Os 12 da Terceira


"Aquelas 12 pessoas que, no fim de semana passado, vieram in loco a conquista do novo campeonato nacional de voleibol masculino, somos nós Cada um daqueles 12 indivíduos que puderam estar presentes nas bancadas do Pavilhão do Complexo Desportivo Vitorino Nemésio, na Ilha Terceira, representa cada benfiquista que genuinamente vibra e sofre com as vitórias e as não-vitórias do Sport Lisboa e Benfica.
A pandemia transformou tudo, e os adeptos desportivos continuam a não poder apoiar as suas equipas nos pavilhões, nos estádios ou nas pistas da imensa maioria do nosso país. A exceção, para já, é a região autónoma dos Açores, e foi justamente lá, na Praia da Vitória, que aconteceram os segundo e terceiro jogos da principal divisão masculina de voleibol. Benfica e Associação de Jovens da Fonte do Bastardo, actualmente as duas melhores equipas da modalidade, em Portugal, puderam jogar com público.
Na dança dos bilhetes, uma dúzia sobrou para adeptos do SLB, encabeçados pelo presidente da Casa do Benfica da Ilha Terceira, José Duarte Nunes. Perdoem-me os e as restantes 11 Benfiquistas - assim mesmo, com B maiúsculo - por não saber o vosso nome, mas acreditem que todos nós, anónimos adeptos, sentimos e partilhamos a vossa paixão em cada ponto ganho, em cada set conquistado, e no final, na festa possível.
Todos temos saudades de apoiar os nossos atletas e a equipa, qualquer que ela seja, independentemente da modalidade, do género ou da idade. O que aconteceu no sábado e no domingo passados nos Açores foi um elixir em tempo de doença, uma saudade boa de quando o podíamos fazer livremente. Cada um de vocês ali, a puxar, a gritar, a festejar, foi mesmo como se tivesse sido eu. Obrigado por terem lá estado em nosso nome."

Ricardo Santos, in O Benfica

5 de Abril de 2021: uma data para a história


"Em 22 de Abril de 1500, uma frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral ancorava perto do Monte Pascoal, descobrindo o Brasil. Às 20h17 do dia 20 de Julho de 1969, Neil Armstrong e Buzz Aldrin registavam o primeiro contacto físico do ser humano com a superfície lunar. Na segunda-feira passada, cerca de 18 minutos depois das 19h00, Rafael Silva foi derrubado dentro da área, e Luís Godinho assinalou o primeiro penálti a favor do Benfica na Liga 20/21. De vez em quando lá se vai fazendo história, mas não é todos os dias que estamos cá para assistir. Três acontecimentos, vantagens diversas.
O esforço da tripulação quem em 1500 arrancou de terras portuguesas até encontrar o Brasil lá do outro lado do mundo permitiu, alguns séculos mais tarde, conhecermos o Mozer, o Isaías, o Luisão e o Jonas.
O homem não pisa a Lua desde 1972, no entanto não poderá esperar muito mais até organizar nova viagem. Se não queremos correr riscos, alguém tem de ir resgatar a bola que o Bryan Ruiz para lá atirou em 2016, não vá ela rebolar até à cabeça de um extraterrestre e dar-lhe ideias de invadir a Terra.
Ao fim de 25 jornadas, o Benfica teve o primeiro penálti a seu favor no campeonato.
Dizem, alguns, tratar-se de um registo normal em função da menor produtividade ofensiva. O Santa Clara que já beneficiou de 7 castigos máximos, tem 28 golos marcados. O Gil Vicente, também com 7, marcou 24. O Benfica apenas teve a primeira grande penalidade ao 43.º golo, porém eu compreendo este medo do desconhecido que sempre existiu. Agora ficámos todos descansados. Houve um penálti para o Benfica, e ninguém viu cair o Carmo, a Trindade nem outra construção qualquer. Um pequeno milagre."

Pedro Soares, in O Benfica

De um lado para o outro


"A nossa brilhante equipa de voleibol arrasou nos playoffs para decisão do título nacional e, com uns claros 3-0, 3-0, 3-0, despachou com eloquência e sem apelo os açorianos da Fonte do Bastardo. Já nas meias-finais, diante do Sporting, após um apertado 3-2 no primeiro jogo, não mais os comandados de Marcel Matz cederam qualquer parcial. Não restaram, pois, quaisquer dúvidas acerca de qual a melhor equipa portuguesa da actualidade. Este foi o sexto título encarnado nos últimos oito possíveis, o que é também definidor da hegemonia que o Benfica tem conseguido materializar no vólei português.
Porém, ao contrário do que seria natural numa final como esta, a taça não foi entregue. Não esteve presente ninguém da Federação, segundo o seu responsável máximo, porque: 'nesta altura, não faria sentido andar com a taça de um lado para o outro'.
Ora, as equipas andaram de um lado para o outro, os árbitros também, e não se percebe qual o drama de fazer deslocar um funcionário com o troféu para a eventualidade de ali haver campeão - o que, aliás depois do resultado do segundo jogo, parecia bastante expectável. De resto, até houve público nas bancadas, e deixo aqui um aplauso especial para a Casa do Benfica da Terceira, que nunca faltou com o apoio à nossa equipa.
A FPV revelou, com este episódio, um tremendo amadorismo, que contrasta com o rigoroso trabalho que jogadores e técnicos hoje executam nas principais equipas. E faltou ao respeito, não só ao Benfica, também à Fonte do Bastardo, ao próprio voleibol, mas sobretudo aos Açores e aos açorianos - tratando-os como portugueses de segunda."

Luís Fialho, in O Benfica

Voleibol de elite?


"Em 27 de Março, após derrotar por 3-0 a poderosa equipa da Fonte do Bastardo, Marcel Matz deixara o aviso - 'Vamos aos Açores tentar vencer pelo menos um jogo e tentar trazer a decisão para um quarto desafio. Vai ser muito complicado, mas vamos com a vitória em mente'. Muitos pensaram que se tratou de um mind game, mas não foi. Marcel Matz sabia que os açorianos tinham sido mais fortes da II fase, vencendo os dois jogos frente ao SL Benfica, quer em casa, quer na Luz. E com vitórias por 3-1. Quando muitos prognosticavam que a nossa equipa estava velha, esgotada e cansada, eis que o genial técnico brasileiro conseguiu tirar o melhor dos 14 notáveis jogadores do plantel. A dupla jornada, na Praia da Vitória, afigurava-se como uma missão impossível. Mas Rapha, Bernardo Silva, André Lopes, Peter Wohlfahrstatter, Ivo Casas, Hugo Gaspar, Marc Honoré, Afonso Guerreiro, Theo Lopes, Miguel Sinfrónio, Zelão, Tiago Violas, Japa e Nuno Pinheirom puxaram dos galões, realizando duas exibições 'à Benfica'. Apoiados pelos sócios incansáveis na nossa Casa na Ilha Terceira, os dois recitais confirmaram a política desportiva certa. A conquista do 9.º campeonato ficou marcada por um dos mais graves e lamentáveis episódios no desporto nacional. A Federação Portuguesa de Voleibol não compareceu naquele que seria o último jogo da III fase da divisão de elite, que apurava o campeão. Invocando a pandemia de covid-19, a Federação e os seus dirigentes revelaram uma tremenda incompetência e falta de sensibilidade. O seu presidente pode indicar as razões que quiser. Nada apagará este momento vergonhoso de uma federação financeira pelo Estado. A falta de respeito pelos dois melhores clubes de actualidade devia levar à demissão de toda a direcção."

Pedro Guerra, in O Benfica

Desconfinar


"Esperámos por isto, porque precisamos disto como de pão para a boca! Mas teremos ainda de saber manter o sangue-frio, cultivar o distanciamento social e manter a máscara e o álcool sempre à mão. Não será difícil, seja porque o preço a pagar foi, é, e será muito alto se facilitamos agora novamente.
Tirando isso, é voltar à escola, sentar na esplanada, praticar desporto, retomar um bocadinho da vida que tomávamos por garantida há apenas dois anos e que agora teima em escapar-nos como uma miragem no horizonte.
Mais cedo do que tarde, virão as consequências sociais desta terrível pandemia do século. Nessa altura, como sempre, estaremos cá todos para as enfrentar e vencer em comunidade. Para isso teremos de combater, colectiva e individualmente, o individualismo e o isolamento que se possa ter instalado na nossa sociedade. Numa palavra: teremos de reinventar a proximidade social para combater as chagas do distanciamento social de má memória. E nessa altura, há um lema e uma mística benfiquista que, como sempre, falarão alto em todos nós para consertar os males do mundo!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"1
Afinal é possível! Ao fim de 25 jornadas, apesar das várias oportunidades perdidas, desde o início da prova, de que os árbitros dispuseram para tomar decisões justas, lá tivemos um penálti assinalado a nosso favor;

6
São já os jogos consecutivos da nossa equipa de futebol sem qualquer golo sofrido na Liga NOS, um registo que só por 8 vezes foi superado no historial benfiquista na competição. A última destas séries ocorreu em 2014/15. Olhando ao cronómetro, são 635 minutos sem golos sofridos, ainda longe dos 847 de há 6 anos (incluindo tempos adicionais);

9
Somos campeões nacionais de voleibol pela 9.ª vez, a 6.ª nas últimas 8 temporadas (concluídas). Tem sido notável o percurso benfiquista recente nesta modalidade. Finalmente chegámos ao pódio dos campeões nacionais. Com a conquista de Campeonato e Supertaça nesta época, passámos a ser o clube com mais troféus ao mais alto nível no voleibol em Portugal (ressalvando, claro, que há troféus mais importantes que outros);

10
Com o golo apontado ao Marítimo, Waldschmidt atingiu a melhor marca pessoal de golos numa temporada em competições oficiais ao serviço de clubes;

100
Emílio Andrade Júnior, sócio n.º 1 do Sport Lisboa e Benfica, completou 100 anos de vida no passado 2 de Abril. Muitos parabéns!

192
Número de jogos, incluindo particulares, de Rafa e Cervi de águia ao peito, o que lhes permite figurar no top 100 deste ranking (98.º). Igualaram o registo de Miguel e Fejsa. No actual plantel, Pizzi é o que tem a posição mais alta, a 33.ª, com 347 partidas. Nené lidera com 802."

João Tomaz, in O Benfica

Bronze de Bragança!!!


Mais uma medalha importante na carreira do Rui Bragança, desta vez o Bronze no Europeu de Taekwondo, categoria de -58Kg.
Um dos atletas com potencial para conquistar uma medalha em Tóquio neste Verão...

Olheiro BnR | Tomás Araújo, o agente CIA (Central Inteligente e Astuto)


"Apesar da má fama e do parco proveito no que respeita ao lançamento de jovens jogadores da formação, consta que Jorge Jesus tem apreciado o talento e o trabalho de Tomás Araújo. As participações do central de 18 anos nos treinos do plantel principal têm-se tornado mais frequentes, apesar de ser altamente improvável que o jovem famalicense se estreie na equipa A na corrente época. 
Com Otamendi e Lucas Veríssimo como os centrais pela direita que JJ tem à sua disposição, será quase impossível que o técnico português se enamore o suficiente pelo “72” do SL Benfica B para apostar verdadeiramente nele. Araújo – um dos muitos da formação do Seixal – tem, no entanto e por certo, um futuro demasiado promissor para ser travado pela ausência de aposta nos jovens encarnados.
O defesa de 1,87m prima pela técnica acima da média para a posição, não estando, todavia, despojado dos fundamentos mais básicos que devem assistir qualquer central, mostrando-se competente no um para um defensivo, no jogo aéreo – sobretudo quando consegue antecipar-se e evitar a disputa mano a mano pelo ar – e na conquista da bola pelo uso do corpo, ainda que, pelos seus 81Kg, utilize mais a sua inteligência posicional do que o físico.
É precisamente a inteligência que mais valoriza Tomás Araújo. Apesar da tenra idade, parece conhecer o jogo como se de um jogador experiente se tratasse, errando pouco e, geralmente, sem gravidade. Defensivamente, a ausência de erros graves deve-se muito à sua postura exemplar, profissional e madura em campo, sendo um central que prefere não arriscar.
Araújo controla muito bem o espaço nas suas costas e usa a sua leitura de jogo para fazer as necessárias compensações e dobras, estando a sua parceria com Morato cada vez mais aprimorada também graças a isso. De resto, os centrais português e brasileiro, que têm sido aposta sólida de Nélson Veríssimo, complementam-se bem e não entram em choque, apesar de serem ambos líderes dentro de campo. 
Tomás, contudo, apresenta uma liderança menos vocal, preferindo liderar pelo exemplo e pela manutenção de uma tranquilidade anormal para um jovem que defronta, jornada após jornada, adversários com literalmente o dobro da sua idade.
Na saída de bola, não tem medo de arriscar, fazendo usufruto da sua muita qualidade de passe, possibilitando à equipa saltar linhas ou cruzar setores com apenas um toque na bola. Nas subidas à área adversária, ajuda a criar perigo nos lances aéreos, mas mostra-se pouco prolífico, tendo apenas um tento apontado na corrente época.
Se o seu ritmo de crescimento se mantiver, o Sport Lisboa e Benfica terá em Tomás Araújo uma opção central bastante válida, dentro de um par de anos."

Agente Macron


"Para o jogo de Sábado do Benfica na Mata Real contra o Paços de Ferreira, foi nomeado o árbitro Hugo Miguel, ou para os amigos, o agente Macron.
Curiosamente e coincidentemente, o Benfica não ganhou nenhum jogo esta época com o Agente Macron a apitar. O primeiro foi no Bessa contra o Boavista, num arraial de porrada permitido durante todo o jogo aos jogadores do Boavista (um total de 31 faltas!!!!). O segundo em Faro contra o Farense, num jogo onde deixou por marcar dois penaltis, um sobre Rafa, outro sobre Taarabt. Coisa pouca, portanto.

Por outro lado, todos os jogos apitados pelo Agente Macron de Calor da Noite e Cashball...ambos ganharam todos! Que coincidência, caraças!
Entretanto, perante estes dados factuais, o Benfica continua calado, sem reagir proactivamente e sem denunciar estas coincidências.
Enfim..."

Encomenda!


"Paços de Ferreira-Benfica
Árbitro: Hugo Miguel
No último jogo que apitou do Sport Lisboa e Benfica ficaram por marcar 2 penáltis, um sobre Rafa e outro sobre Taarabt.
A juntar ao seu rico histórico de prejuízo em relação ao SL Benfica, era uma das escolhas óbvias do CA.
É preciso travar!"

Benfica Podcast #403 - Easter Monday, PK miracle

“Aimar tem razão…”


"…falamos muito sobre a falta de criatividade dos jogadores de hoje, mas falamos muito pouco acerca das razões que levam a esse fenómeno que cada vez mais empobrece o futebol. 
El Mago está certo e tem toda a razão. Algo que nem sempre acontece com o ser humano comum, mas que em Aimar faz todo o sentido dada a sua inteligência, personalidade e coerência.
Como podemos esperar criatividade se, desde tenra idade e cada vez mais, os jovens atletas são confrontados com automatismos tácticos na sua formação de base? E, quando não é na formação de base, deparam-se com isso na sua formação complementar? Ou, em última instância e quando têm a sorte de passar ao lado das castrações tácticas na Formação, chegam aos Seniores e são incompreendidos?
O mais curioso é que a culpa é nossa, da maioria dos agentes do Futebol. Porque a maioria ainda está imensamente mais preocupada com os resultados em si do que com o caminho (processo) que os podem levar aos mesmos. Porque a maioria ainda acredita que um possível título nos sub-9 ou sub-11 possa vir a ser uma rampa directa para a Liga dos Campeões. Porque a maioria ainda não percebeu como lidar com a criatividade de um jovem jogador dentro da sua ideia e do seu modelo de jogo.
Além disso, a maioria ainda não percebeu que o erro faz parte do processo evolutivo e que sem erros não existe evolução. A maioria ainda não compreendeu que, o miúdo que aos 10 anos consegue ter sucesso 5 vezes em 10 tentativas, deve ser encorajado a melhorar, pois com o trabalho certo esse mesmo miúdo chegará aos Seniores com uma taxa de sucesso no 1x1 muito superior.
A culpa é da maioria que ainda renega o que não compreende. Muitos treinadores ainda não perceberam que, muitas vezes, um jovem atleta vê coisas que nós não vemos e executa consoante essa visão. A culpa é da maioria que ainda inveja o que não compreende. Muitos Encarregados de Educação preferem anotar as perdas de bola do que exaltar os lances de magia que ajudaram a desbloquear o jogo. A culpa é da maioria que ainda não percebeu que o intuito da Formação é ensinar, dar bases e formar os jovens atletas, de modo a que os mesmos possam chegar aos Seniores nas melhores condições possíveis. A culpa é da maioria que ainda opta por ficar com jovens jogadores no plantel porque são menos dispendiosos e ajudam a “fazer número” para os treinos.
Por isso é que Aimar tem razão. E não só tem razão como explica o que faz e faz o que explica nos seus treinos, com os jovens argentinos que lhes chegam às mãos. Basta pesquisar as entrevistas dadas pelo antigo maestro argentino para se perceber que assim o é.
El Mago é coerente e a coerência é outra coisa que ainda falta ao Futebol. Muitos partilharam a entrevista de Aimar, mas quantos faze, de facto, treinos que não são automatizados e robotizados? Quantos resistem às pressões externas, de Directores, Investidores, Encarregados de Educação, dos resultados menos bem conseguidos?
Falamos muito sobre a falta de criatividade no futebol, no quão previsível e organizado o mesmo se está a tornar, no quão difícil está a ser encontrar espaços e caminhos para o golo. Falamos muito, mas fazemos pouco.
Essa é que a verdade. E assim continuará a ser, a menos que alguém dê o primeiro passo e se imponha perante aquilo que está à vista de todos, mas que muito poucos ousam assumir: temos e somos uma cultura resultadista e imediatista e valorizamos muito mais o produto final do que o processo que nos leva ao mesmo. Entre ganhar de qualquer maneira (mesmo que seja sem saber ler nem escrever) ou ganhar porque se fez o que se trabalha e perder porque não se fez o que se trabalha (a linearidade desta afirmação é discutível, mas uma equipa que saiba o porquê de ganhar e perder para lá do chavão “porque marcámos mais um golo ou porque sofremos mais um golo” é uma equipa bem orientada) existe uma diferença tão grande e abismal como as Fossas Marianas.
Aimar tem razão…e tão bom seria se assim não fosse…"

Tóquio #8: Luciana Diniz

Muito mais do que desporto: quando o mundo pára para ver o maior evento multidesportivo


"De quatro em quatro anos, ou de dois em dois se consideramos os Jogos Olímpicos de Inverno, o Mundo para pelo prazer de acompanhar o maior evento multidesportivo: os Jogos Olímpicos. Bom… talvez o Mundo não pare, mas há certamente um número considerável de pessoas que, durante 16 dias, muda a sua vida para acompanhar as competições dos atletas do seu país ou de outros heróis do desporto. Todos queremos que os nossos favoritos se superem e, se possível, conquistem a tão desejada Medalha Olímpica!
Sabemos que uma performance de alto nível é o resultado de anos de preparação e do contributo de vários profissionais das diversas áreas das ciências do desporto. Mas não é para o campo de jogo que eu quero focar a atenção!
Nos Jogos Olímpicos combina-se o desporto com a educação e cultura e, para cada edição, é criado um imaginário que transforma a cidade-sede num novo lugar envolto numa espécie de magia. Este imaginário vai sendo construído ainda antes dos Jogos começarem. Nos meses que antecedem a Cerimónia de Abertura, o Comité Organizador divulga alguns elementos dos Jogos e o simbolismo dos mesmos: a marca, o lema, as medalhas, as mascotes, a Tocha Olímpica… Para além destes elementos, é acesa a Chama Olímpica em Olímpica, dando início ao Percurso da Tocha Olímpica que anuncia o evento, e é lançado o apelo à Trégua Olímpica através de uma resolução da Organização das Nações Unidas.
Durante o período dos Jogos, a cidade-sede enche-se de novas cores. Para além do colorido dos equipamentos das Missões de cada um dos países, os espaços desportivos, os transportes, a Aldeia Olímpica, os locais e monumentos mais emblemáticos da cidade são decorados para criar o aspeto visual e promover o lema escolhido pelo Comité Organizador para aquela edição dos Jogos.
A Cerimónia de Abertura é talvez o momento em que melhor se percecionam as ligações à educação e cultura. Neste espetáculo são combinados os vários elementos protocolares com um programa artístico que é um convite para descobrir a história e a cultura do país anfitrião, através da representação, música, dança, entre outros.
A primeira mascote oficial foi o cãozinho Waldi, nos Jogos de Munique 1972. Desde então, estas personagens que representam animais, figuras humanas ou outras criaturas estão presentes em todas as edições e interagem com atletas, público ou qualquer outra pessoa contribuindo para o ambiente festivo dos Jogos e para a promoção da mensagem destacada nessa edição.
Para que esta festa do desporto se possa realizar são importantes os contributos de milhares de pessoas com inúmeras funções. Gosto particularmente de referir os voluntários. Vêm de todos os pontos do planeta e, durante dos Jogos, estão em todos os lugares. São de tal forma importantes para o sucesso dos Jogos que existe um segmento da Cerimónia de Encerramento dedicado a reconhecer e agradecer o seu contributo.
O final dos jogos é assinalado pela extinção da Chama Olímpica na Cerimónia de Encerramento, mas a visão do Movimento Olímpico de construir um mundo melhor e mais pacífico através do desporto nunca se extingue e é reforçada a cada nova edição dos Jogos Olímpicos."

Fever Pitch - João & David... Inglaterra!