Últimas indefectivações

sábado, 9 de outubro de 2021

Eleições...

Seremos campeões!


"Saí do estádio frustrado com o resultado, mas convicto de que, a manter-se o nível exibicional patenteado ante o Portimonense, só por mero acaso voltaremos a perder pontos no campeonato. O difícil será jogar sempre assim.
Enquanto lamentava o desaire e contava as oportunidades de golo perdidas, dei por mim a discordar, por antecipação, das esperadas alusões ao mérito do Portimonense.
Recuemos umas semanas até Eindhoven e lembremo-nos de como o Benfica, reduzido a dez, tapou os caminhos da baliza exemplarmente, sem recurso ao anti-jogo ou a faltas recorrentes. O Portimonense não é o Benfica, mas só por paternalismo, que recuso, se pode atribuir mérito aos algarvios face ao que se passou em campo.
Paulo Sérgio foi digno ao reconhecer que não se conquistam pontos sem sorte no Estádio da Luz, implicitamente assumindo que o triunfo da sua equipa se deveu também ao acaso, o que é raro e deve ser enaltecido. Não se pode, porém, escamotear o anti-jogo praticado pelos algarvios, além de que só por infelicidade e desinspiração próprias o Benfica não goleou, o que significa que, sim, o Portimonense defendeu bem em alguns momentos, e houve defesas milagrosas do guarda-redes e defensores, mas outros houve em que só a inépcia em frente à baliza inviabilizou uma goleada benfiquista.
O desfecho do jogo resumiu-se à ineficácia do Benfica. Tivéssemos nós chegado à vantagem, e não mais os jogadores do Portimonense atrasariam reposições de bola ou se prostrariam no relvado acometidos por supostas lesões que de graves tiveram somente a irredutível complacência de Fábio Veríssimo, um árbitro inútil e manifestamente desajeitado para dirigir um jogo. Continue assim a nossa equipa, e não duvido de que seremos campeões."

João Tomaz, in O Benfica

Barcelona?! Não estou a ver quem é


"Era o que faltava ver um dos maiores clubes do mundo sair da Luz com três golos sem resposta, do outro lado estar o Barcelona, e não me manifestar. Pode parecer absurdo, mas nunca poderia dizer que fiquei surpreendido com o resultado se o meu joker (pontos valem a dobrar) no desafio de prognósticos da UEFA foi precisamente o Benfica 3 - 0 Barcelona. Sim, acertei em cheio no resultado! Estava superconfiante, mas uma coisa é certa: se o desfecho fosse ao contrário, obviamente ficaria calado que nem um rato.
O Benfica fez aquilo de que eu estou sempre à espera quando vejo uma camisola vermelha com o lema E Pluribus Unum ao peito: uma exibição de gala, a condizer com o dresscode. Ao que parece, porém, este Barcelona já não é o que era. Não está o Messi, tem demasiados jovens (La Masia será um menu de piza?) e provavelmente teria dificuldades para lutar pela manutenção em Portugal. Depay é um avançado acabado que apenas fez 22 golos e 12 assistências em França na época passada. Piqué não tem mais do que 4 Liga dos Campeões, 8 ligas espanholas, 1 Campeonato da Europa, 1 Campeonato do Mundo e 1 Shakira no palmarés; Busquets, pouco menos; Frenkie de Jong custou modestos 75 milhões de euros, e Pedri, com sorte, talvez tenha potencial para ultrapassar o sucesso de Rochemback na Catalunha. Ter Stegen, como sabemos, vai apenas na oitava temporada como titular indiscutível da baliza blaugrana, e Sergi Roberto é um jogador assim-assim, que por acaso ficou na história com o golo aos 95 min que deu o 6-1 frente ao PSG. Uma equipa com pouquíssima experiência, portanto! O presidente, Joan Laporta, é que tinha razão: mais valia o Barcelona ter ido para a Superliga Europeia."

Pedro Soares, in O Benfica