Últimas indefectivações

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Vitória em Itália...


Trissino 3 - 6 Benfica

Jogo complicado, começou com o adversário a marcar muito cedo, com os Italianos a jogar muito fechadinhos lá atrás... que só quando o Benfica fez o 1-3 já na 2.ª parte, é que se abriu!
E quando tudo parecia controlado, sofremos dois golos nos últimos minutos (3-4), e só nos últimos segundos, com o adversário sem guarda-redes na baliza, é que marcámos os dois últimos golos!

Bayern, Boca Juniors e Auckland...

Dará prestígio, principalmente se o Benfica fizer bons jogos, e se chegar longe, pelo menos aos Oitavos-de-final... E será interessante disputar jogos oficiais, com Clubes históricos de outros continentes...

Mas, a forma como a FIFA 'enfiou' esta competição no calendário é vergonhosa! Podemos ter equipas, literalmente sem férias: terminam a época a 14 de Julho, e começam a próxima época oficial, 2 semanas depois...!!! No caso do Benfica, existe uma possibilidade, relativamente grande, de ter que jogar os Play-off's da Champions League para a próxima época, basta ficar em 2.º lugar do Campeonato! Jogar esta competição, pode hipotecar completamente os objetivos desportivos e financeiros da época seguinte...!!!

E ainda existe a questão dos contratos dos jogadores: por exemplo o Di Maria tem contrato com o Benfica, até 30 de Junho!
Sendo que a FIFA já anunciou que vai permitir aos Clubes inscrever novos jogadores, antes da competição começar, antecipando a abertura da janela de contratações, que normalmente só abre a 1 de Julho!!!

Durante décadas, a FIFA recusou-se a organizar competições de Clubes, a Intercontinental foi organizada pela UEFA e a CONMEBOL, mas quando a FIFA resolveu apostar na Intercontinental, percebeu que podia fazer rios de dinheiro...!!! Estamos a falar da FIFA, que continua a ser uma Associação sem fins lucrativos!!! A mesma FIFA que tem um historial de casos de corrupção e de abusos, com muitos dos seus ex-dirigentes a tornarem-se Bilionários!!! Enquanto a maior parte dos Clubes, que pagam os ordenados aos jogadores, a viverem em bastantes dificuldades!!!

O sorteio tinha muitos condicionalismos, acabámos por ter como sorte a equipa mais fácil do Pote 4, mas vamos jogar com dois históricos: o Bayern será um adversários fortíssimo... o Boca Juniors, está longe de ser uma equipa forte, mas chegará a este Mundial em muito melhor condição do que o Benfica! Aliás todas as equipas Sul-Americanas estarão em vantagem, em relação aos Europeus, com ritmo, e fisicamente muito mais frescas, algo que vai equilibrar os resultados!!!

Vamos cruzar com o Grupo D, onde está o Chelsea, o Flamengo, Leon e Esperance. Os ingleses e os brasileiros são os favoritos, sendo assim até podemos encontrar alguns ex-jogadores!!!

Sorteio do Mundial de Clubes

Melhor jogador...

ℹ️ 𝐑𝐞𝐜𝐨𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐞 𝐛𝐞𝐧𝐬 𝐚𝐥𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫𝐞𝐬.

Então mano? Essa arbitragem?

Masterclass?!

Não marcou penalty... mas esqueceu-se do Amarelo!!!

Estamos à espera do desfile dos indignados nas televisões e jornais!!!

Premier League?!

Uiiiii tão bom ❤️

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Com processos "não há crise", mas com derrotas...

Zero: Tema do Dia - O que se passa com o Mbappé?

Bruno Lage já veste o fato de campeão


"Benfica está forte, confiante, alegre. Como o de 2018/2019. De Tomás Araújo a Ferro, de Arthur Cabral a Taarabt, De Di María a Jonas ou de Akturkoglu a Rafa…

Menos de um mês volvido e muito mudou no campeonato. A 10 de novembro, o Sporting vence sensacionalmente em Braga (4-2), depois de estar a perder 0-2 ao intervalo. Ruben Amorim faz o último jogo pelos leões e deixa-os nos píncaros, depois de cinco dias antes vencer ainda mais sensacionalmente o Manchester City (4-1), depois de também ter começado a perder.
O Sporting entra numa nova era. João Pereira é a escolha de Frederico Varandas, que, antecipando a promessa há muito feita, promove o treinador da equipa B. Apesar do casamento anunciado do diretor desportivo, Hugo Viana, com o Man. City e do doloroso adeus de Amorim, são transmitidos indicadores que a estrutura leonina se mantém sólida e preparada. Afinal, foi só a antecipação de um desfecho já por todos esperado, embora por ninguém do universo sportinguista desejado.
Primeiro jogo e goleada. 6-0 ao Amarante, para a Taça de Portugal. Tudo natural. Segundo jogo e goleada, em casa, com o Arsenal: 1-5. Começam os primeiros sinais de apreensão. Terceiro jogo e mais uma derrota, novamente em Alvalade, com o Santa Clara: 0-1. Adeus percurso 100 por cento vitorioso na Liga, adeus recorde de melhor arranque de sempre.
Não digo que tenham soado os primeiros alarmes, porque julgo que tudo tenha ficado em suspenso para esta quinta-feira. O mesmo será dizer que muito do futuro próximo do Sporting está dependente do resultado em Moreira de Cónegos. É esperar mais umas horas…
Os sportinguistas perderam o sorriso e, simultaneamente, os rivais rasgam-no. Especialmente os benfiquistas – os portistas ainda não sararam as feridas (e tão cedo não acreditam que o façam) da mudança de liderança e paradigma, pelo que preferem, ao contrário do que assistimos durante décadas, correr por fora. É assim o futebol: tudo muda num ápice. E a gestão das expectativas é um fenómeno delicado.
Certo é que no reino da águia as vitórias sucedem-se, as exibições já empolgam e Bruno Lage já fez esquecer Roger Schmidt. O Benfica é outro. Forte, confiante, alegre. Como o primeiro Benfica de Bruno Lage. O tal de 2018/2019, que começou com Rui Vitória e que acabou com o atual treinador como campeão, depois de recuperar sete pontos para o líder, o FC Porto.
Olho para Tomás Araújo e recordo-me de Ferro, vejo entrar o que acho que já se pode considerar ex-patinho feio Arthur Cabral e lembro-me do na altura proscrito Taarabt. Delicio-me com a qualidade extra de Di María como ficava encantado com a classe de Jonas. A capacidade de desequilibrar e marcar de Akturkoglu só me traz à cabeça… Rafa. Só falta mesmo a Bruno Lage descobrir um novo João Félix!
Bem sei que a procissão ainda vai no adro e que é ainda prematuro traçar cenários, pelo menos até ao próximo dia 29. Aí, o dérbi, em Alvalade, talvez possa dar uma ajuda. Mas até lá diria que esta época tem muitas semelhanças com a primeira de Lage, que bem sabe o que é vestir o fato de… campeão."

Bruno Lage descobriu a 'pólvora' e João Pereira deu um 'murro na mesa'


"Não, Di María não está acabado, frisa Bruno Lage; Não, eu não sou Amorim, grita João Pereira.

Confesso: até à chegada de Bruno Lage ao Benfica estava já a começar irritado com muito do que se ia comentando de Di Maria. Que já tinha 36 anos, que já não defende, que deixa a equipa mais exposta, que não deveria ter renovado até pelo salário que recebe, blá, blá, blá… Para mim era o equivalente a criticar-se Van Gogh por não ter andado a pintar prédios, passadeiras no asfalto e carregar com baldes de 50 litros de tinta… Os artistas são artistas. Ponto final.
Eu sei que o futebol mudou muito, que se tornou mais intenso, mais veloz e mais físico… E isso dá-me calafrios, porque – deve ser dos 54 anos já feitos – eu cresci a idolatrar os artistas, com Diego Armando Maradona à cabeça e Ronaldinho Gaúcho muito perto. Era só o que faltava querer que eles defendessem… Se eu já vivo desconsolado com o facto dos números 10 terem entrado em vias de extinção, se passamos a exigir aos artistas que sejam também máquinas, estamos a roubar-lhes a magia. Ou melhor, a roubar-nos a magia de quem gosta de ver um jogador pegar nos tubos, nos pneus, montar a bicicleta, fazer um cabrito e marcar um grande golo, como Di Maria fez ao Estrela da Amadora, na Taça.
Afinal, Bruno Lage vem provar que é possível preservar o artista em fato de gala sem o obrigar a usar fato-macaco… É só saber guardar as costas de Di Maria, pedir um pouco mais a Aursnes na cobertura para que, entre a magia de um e o esforço suplementar do outro, o saldo se traduza em grandes momentos de futebol.
Faço aqui um parêntesis para um pedido de desculpas a Aurnes… Nunca entendi bem terem-no posto num patamar tão elevado. Bom jogador? Sim, claro, mas o segundo melhor de todo o campeonato 2022/23? Sempre achei os elogios manifestamente exagerados. Mas com o tempo, e olhando cada vez mais para Aursnes, percebi que é mesmo um campeão. Terceira época no Benfica, terceira mudança no xadrez, sempre a sacrificar-se pela equipa e com uma disponibilidade daqui até… Oslo e voltar. Mas como não é o artista, daqui a uns anos será muito mais lembrado por todos os companheiros de armas que beneficiaram da sua disponibilidade do que pelos adeptos. Mas sempre foi assim, as cigarras, ao contrário da moral da fábula, sempre tiveram mais reconhecimento do que as formigas.
Di Maria parece rejuvenescido. É um artística notável. Nem sei se os próprios adeptos do Benfica, em especial os que chegaram a alinhar no discurso do é ‘bom, mas…’ têm a verdadeira noção do que significa Di María enquanto ícone do futebol mundial. Sejamos de que clube formos, só temos de lhe estar gratos. A ele a Bruno Lage por ter provado que sim, é possível uma estrela ser arte em estado puro quando todos trabalham como equipa para o mesmo.

O 'murro na mesa' de João Pereira
Não estava à espera, confesso, do tom da conferência de imprensa de imprensa de João Pereira, ontem, na antevisão ao jogo com o Moreirense. De longe, a melhor conferência do treinador leonino, a mais assertiva, a que, no fundo, se impunha. «Ruben Amorim já não volta, eu é que sou o treinador e confio no meu trabalho», atirou. Ao dizer o que, formalmente, é uma verdade de La Palisse, usou-a como chicote psicológico, como grito do Ipiranga e uma espécie de acordar de um clube, a começar pelos adeptos – também os jogadores? – em plena ressaca emocional provocada pela saída de Ruben Amorim.
João Pereira foi também contundente a traçar fronteiras, agastado com as comparações com Ruben Amorim. Recusa ser cópia, sabendo que a cópia é sempre pior do que original, e não abdica das suas convicções. Quanto mais depressa ele se demarcar de Ruben Amorim, mais tem a ganhar. Não depende só dele, até porque são inevitáveis as comparações, mas ele pode cortar muitos males pela raiz. Caso contrário, se correr bem é porque Amorim deixou a papinha pronta, se correr mal é porque conseguiu estragar o trabalho de Amorim.
Se não se livrar desta lógica, fica sem nada para ganhar e com tudo para perder. Se até ontem, João Pereira parecia encolhido, desconfortável, quase que a pedir desculpas, passe o exagero, por estar ali, ontem, pela primeira vez, pelo discurso e tom de voz, deu um pulo enorme em termos de comunicação. Quer ser julgado por aquilo que for capaz de mostrar, ou não, nunca pelas comparações, injustas, com Amorim. E mesmo em todos os assuntos, explicou melhor, foi mais natural.
É caso para dizer: bem vindo, João Pereira."

André Villas-Boas: cai a máscara?


"O presidente do FC Porto mostra a fraqueza de quem verga às mais pérfidas forças de bloqueio nos clubes grandes, as da arruaça e da violência, hordas mentecaptas André Villas-Boas, num discurso palavroso e rebuscado de pároco na Gala Dragões de Ouro e em louvas desbragadas a Pinto de Costa, que o despreza sem pejo, tentou evangelizar os adeptos contestatários do desempenho atual da equipa de futebol, que são, na esmagadora maioria, os saudosistas do antecessor, e por este, revanchistas. Erro crasso.
Esses não se deixarão levar em falinhas mansas, de apelo ao sentimento de uma glória desportiva em tempos não distantes, cujos apodrecidos alicerces o próprio classificou de ruinosos e a urgir substituição por novos, e de que fez lema de campanha eleitoral; ou com ataques de chacota ao Benfica, no melhor seguidismo do discurso de guerrilha pintista.
Com isto, André Villas-Boas mostra a fraqueza de quem cede ao terrorismo. De quem verga às mais pérfidas forças de bloqueio nos clubes grandes, as da arruaça e da violência, hordas mentecaptas. Que desilusão para os que, esmagadoramente, depositaram, em urna, total confiança nele e no seu plano de salvação do clube. Os que querem cortar com os males do passado, sem cortar com a glória desportiva. Esses, deveria saber AVB, serão tolerantes, não precisam de falinhas e de farpas aos adversários-rivais, porque são inteligentes.
Mais personalidade mostrou o seu contestado treinador no discurso após o jogo com o Casa Pia. «Goste-se ou não, são as nossas [minhas] ideias e convicções, e estas só estão a julgamento pelo presidente do clube», disse Vítor Bruno. Quis o técnico já desacreditado nas hostes dos Super Dragões, que não serão estes e quejandos que irão vergá-lo pelo barulho e pressão, e muito menos crê que o possam fazer cair. Bom, pelas atitudes mais recentes da máxima figura na hierarquia do clube, se calhar é melhor não ter tanta certeza."

3x4x3


Segunda Bola...

Potes!

Aí está o jornal oficioso do Sporting a tropeçar nos próprios pés

Jarras e Jarrinhas!!!

Não houve indignação?!

Não o deixem entrar nas Adegas!

Mistério?!

Guerra!

Manter o tacho!!!

Observador: Três Toques... - Como esteve Ruben Amorim no primeiro clássico?

Zero: Saudade - S03E13 - «Estive 15 dias a observar a Costa do Marfim do Eriksson sem eles saberem, tipo espião»

Luís Filipe Vieira, e o rumo do Benfica


"Luís Filipe Vieira não é um dos três melhores Presidentes de toda a história do Benfica, apenas, por ter reerguido o Benfica da completa ruína e decadência, em que estava em 2003, dando-lhe a supremacia financeira e desportiva. Para além de ter sido o principal responsável pela construção do Estádio (pois sem a sua relação com a Somague e com as instituições bancárias, teria sido impossível concretizar a construção e financiá-la numa situação de total falência do Benfica), Seixal Campus, Museu (quando L.F.Vieira chegou, as taças, as peças e os documentos que testemunhavam a história do Benfica estavam amontoadas em caixotes, ao completo abandono), ter iniciado o futebol feminino, ter conseguido o primeiro ‘tetra’, ter tido 14 anos consecutivos de lucro, ter profissionalizado todos os departamentos, etc.). Mas também, e sobretudo, por ter definido o Rumo para o Futuro do Benfica. Luís Filipe Vieira conseguiu dar ao Benfica o sentido de orgulho e glória que vinha de Cosme Damião e de outros grandes Presidentes.
Luís Filipe Vieira conseguiu dar ao Benfica o sentido de orgulho e glória independentemente de o objectivo do Benfica ser «o clube mais rico do mundo», e de ser todos os anos candidato a «ganhar a 'Champions'». Esse rumo estratégico, esse nicho de competição mundial no seio da indústria do Futebol que Luís Filipe Vieira definiu, é que permite hoje, e no futuro, a sustentabilidade económica e desportiva do Benfica.
Luís Filipe Vieira definiu como Objetivo Estratégico para a sustentabilidade e competitividade do Benfica «ser um dos melhores clubes do mundo a Formar jogadores de futebol profissional de alto nível». Formar jogadores de todo o mundo (e não só portugueses), para terem capacidade de jogar nas melhores Ligas. O resultado está à vista:
O último estudo do ‘Observatório Mundial de Futebol’ publicado em 30out2024 comprova-o (passo a citar): "O Benfica é o líder mundial na Formação de jogadores de alto nível. Em 2024, 94 jogadores formados pelo Benfica jogam em equipas seniores masculinas em 49 Ligas no Mundo” (CIES).
A ingratidão, a traição, e oportunismo são dos piores defeitos do ser-humano. Este continuado ataque a Luís Filipe Vieira, as calunias que muito sócios lhe fazem, é um crime ignóbil contra o Benfica. E no Benfica, ainda é pior. Porque a alma e o lema que nos une a todos no Benfica é E PLURIBUS UNUM.
Luís Filipe Vieira merece um pedido de desculpas público, e uma reabilitação da sua honra, por parte da Direção do Benfica."

Sofrimento e igualdade


"Foi sofrido, mas não havia volta, o desfecho tinha de ser este! Portugal está no Europeu feminino, que no próximo ano de 2025 irá disputar-se na Suíça. Será o terceiro consecutivo para a nossa Seleção. É fundamental ganhar essa rotina de também no feminino marcarmos presença nas grandes competições internacionais, que elevam o nome do nosso País nesta modalidade. Estão todas de parabéns!
Isto numa semana em que muito se falou de futebol feminino. Mas fora das quatro linhas. No âmbito da discussão e aprovação do Orçamento de Estado para 2025, o Bloco de Esquerda apresentou proposta que deu que falar: remunerações idênticas para homens e mulheres nas seleções nacionais. «É intolerável que para fazer exatamente o mesmo, para representar o mesmo País, no mesmo desporto, na mesma competição, os homens sejam muito melhor remunerados do que as mulheres», disse Joana Mortágua. E eu concordo.
Esse terá de ser, no futuro, o caminho. Mas sou realista. Recorde-se que em Portugal é estimado que os homens, em média, recebam remunerações 17% acima das que auferem as mulheres, segundo dados conhecidos em 2022. E os salários dos futebolistas que representam a Seleção Nacional masculina estão a um nível a que muito dificilmente alguma vez as jogadoras da Seleção feminina atingirão. Mesmo que por cá fosse aplicada a regra que já se aplicou em outras latitudes, como no País de Gales, Dinamarca ou Austrália, onde os homens aceitaram receber menos (alguns casos 25% menos) que recebiam permitindo a equivalência com as mulheres sempre que representam as suas seleções.
Outras mentalidades, outras realidades e outras prioridades. Por cá muito ainda temos de lutar, até por outros objetivos mais tangíveis. Como a autonomia, a profissionalização dos clubes e da Liga de futebol feminino, por forma a que deixe de viver na sombra das receitas do masculino.
«(…) Esse crescimento do futebol feminino e modelo organizativo tem de estar na discussão nos anos vindouros. As senhoras/meninas assim o exigem e cabe a nós dirigentes definir quando isso irá acontecer», disse Pedro Proença há dias. E eu concordo!
Quando isso acontecer, talvez deixemos de sofrer tanto como sofremos em jogos como os dois últimos contra a Chéquia, seleção muito inferior à nossa, e possamos ambicionar outros patamares nas grandes competições internacionais. Porque acredito que, um dia, a nossa Seleção ganhará uma grande competição, assim como iremos celebrar a conquista de uma Bola de Ouro."

Lesões, as piores inimigas do atleta (2.ª parte)


"«É um erro comum confundir o desejar com o querer… O desejo mede os obstáculos… A vontade vence-os!...» Alexandre Herculano.
Fatores psicológicos associados à prevenção e recuperação de lesões desportivas. Avaliação do impacto emocional do atleta lesionado.
São vários os motivos que nos levam a considerar as lesões como acontecimentos negativos da vida dos praticantes. Em primeiro lugar a produção de dor e a interrupção da atividade desportiva e competitiva, com todas as consequências que daí podem advir: perda do lugar na equipa, prémios pecuniários, perda do estado de forma desportiva, etc.
Das várias ciências que justificadamente se dedicam a este fenómeno, a Psicologia do Desporto assume um significado especial, pois tem-se notado que variáveis psicológicas como a motivação, o stress, a autoconfiança, a persistência e o estado de ânimo poderão influenciar, aumentando ou diminuindo a possibilidade dos desportistas se lesionarem e nestes casos, contribuindo positiva ou negativamente, para os processos de recuperação de lesões e prevenção de futuras recaídas.
As lesões, como todos sabemos, assumem uma importância fundamental no rendimento desportivo. A longevidade e o sucesso da prática desportiva poderão estar na capacidade do atleta resistir às lesões e na possibilidade de uma boa recuperação, quando tal acontecer. De facto, uma lesão pode provocar na pessoa lesionada um estado traumático de consequências psicológicas e físicas de uma enorme imprevisibilidade.
No âmbito da prevenção e recuperação de lesões uma das questões que imediatamente se deve colocar a quem tem a responsabilidade de recuperar a pessoa lesionada, consiste na avaliação das reações comportamentais do atleta, dado que o possível abandono da prática desportiva pode conduzir a uma perda de identidade, medo e ansiedade associados à preocupação da capacidade de recuperar totalmente, gerando como consequência falta de confiança, podendo evidenciar para os atletas decréscimos significativos de rendimento.
São referidas algumas técnicas e estratégias de intervenção, tais como:
— A relação a ser mantida com o atleta deverá ser baseada na seriedade e no otimismo;
— A metodologia de treino a efetuar deve ser do conhecimento do atleta lesionado;
— O uso de competências psicológicas como a visualização mental e o treino de relaxamento deverá ser convenientemente programado;
— O atleta lesionado deverá estar preparado para ultrapassar quaisquer fatores imprevisíveis no decorrer da recuperação;
— Deve ser tido em conta uma dinâmica de apoio e ajuda emocional constante por parte das pessoas que partilham mais diretamente a vida do atleta.
Anotamos alguns aspetos fundamentais a ter em atenção para uma recuperação com sucesso:
— Formular objetivos diários para a recuperação, bem como objetivos a curto e médio prazo e utilizar algumas das técnicas já referidas; enfatizar os aspetos positivos da recuperação; descrever ao atleta a lesão, expressando sempre as imagens positivas da recuperação; estar em alerta em relação ao discurso interno, evitando aspetos negativos ao nível do pensamento, dada a intranquilidade que pode despertar; ser encorajador perante os desafios, estabelecendo rankings comportamentais ajustados á evolução da recuperação;
— Tentar recolher o maior número de informação possível acerca da lesão, da evolução da recuperação, incorporando estas temáticas na metodologia de treino.
No correspondente à Avaliação do impacto emocional do atleta lesionado, podemos referir como diagnóstico causal, desde os fatores precedentes à lesão como a aproximação de competições de maior significado, distúrbios alimentares, mudanças significativas na vida pessoal, até aos fenómenos da somatização muitas vezes caraterizados por uma longa história de dor e variadas queixas somáticas, pelo frequente uso de medicamentos e propensão para múltiplas consultas médicas, tendo como origem fenómenos vagamente definidos.
Ainda a considerar, entre outras, o estado psicológico do jogador marginalizado, porque geralmente têm tendência a ocultarem lesões, com receio de perderem a oportunidade de serem convocados; a sobrecarga de treino que se manifesta por um aumento desregulado da fadiga que acusa uma evidente instabilidade emocional no aumento e a suscetibilidade a doenças infeciosas, perturbação do sono, etc. ; os fatores psicológicos associados à lesão e a carga emocional correspondente durante a reabilitação, em que a sensação da dor, o local onde ocorreu a lesão, a perceção de culpabilidade, etc., podem estar ligados ao potencial sucesso e insucesso da reabilitação da mesma.
Ainda a referir, os momentos da ocorrência das lesões em que no caso de ocorrerem no ponto fulcral da carreira de um atleta, ou até em final de época, condicionando o regresso em forma na época seguinte, poderão ter consequências tremendas; o apoio social e emocional de pessoas significativas e importantes na vida dos atletas lesionados merece um significativo e importante interesse, pois ajuda a transmitir confiança, a enfrentar os problemas e dificuldades com mais empenhamento, gerando um aumento de perceção de eficácia e autoconfiança na reabitação com êxito; a anotar ainda as reações dos adeptos e da comunicação social que podem trazer um efeito relevante, mas que tanto pode ser positivo ou negativo, dependendo da formulação de expectativas e sua conversão nas respostas.
Para terminar esta segunda parte gostaria de referir algumas das questões mais pertinentes a fazer no processo de avaliação da lesão ou pós-lesão, valendo-me da opinião cientificamente comprovada por autores consagrados, por exemplo, Heil (1993), Buceta (1996), Williams & Roepke (1993), Sooligard (2010) e Tessitore (2008):
1 -Identificação: Em que consiste exatamente a lesão? A lesão produz muita ou pouca dor?
2 - Dor: Qual a zona do corpo que está lesionada? Está a ser administrado algum medicamento?
3 - Atividade: A lesão interfere com a atividade normal do desportista? Ou terá de interromper a atividade? Por quanto tempo? Tem limitações da prática desportiva? Quais?
4 - Hospitalização: A lesão obriga a hospitalização? Por quanto tempo? Vai ser submetido a intervenção cirúrgica? Qual? Vai aplicar-se algum tratamento imediato? Qual?
5 - Ajudas: Qual o impacto para o atleta lesionado, das medidas adotadas? Qual o tipo de ajudas?
6 - Recuperação: Qual o prognóstico da lesão? Quanto tempo para o seu reaparecimento? Poderá voltar a render como antes? Deverá restringir a atividade futura? Será provável uma diminuição das capacidades ou possibilidades de rendimento? Quando se espera que comece a recuperar? Em que consiste o trabalho de recuperação? É possível a implementação de algumas estratégias capazes de otimizar o trabalho de recuperação? E que forma é ocupado o tempo que está a recuperar?"

Um bisonte chamado Babe e a sua incontrolável atração feminina


"Babe Ruth foi uma daquelas paixões da América embora muito longe de ser um exemplo a seguir

Tratar um homem com mais ou menos o tamanho e a envergadura de um pequeno bisonte por Babe tem a sua graça. Francamente não gosto muito de basebol e percebo népias do assunto, mas não sou capaz de fugir aos grandes nomes, homens para lá da sua humanidade. Se quiser escrever sobre basebol escrevo sobre Joe DiMaggio e Babe Ruth. Ambos entraram no mundo da música por portas diferentes. Paul Simon cantava em Mrs. Robinson:
«Where have you gone, Joe DiMaggio?
Our nation turns its lonely eyes to you
Woo, woo, woo».
Já George Herman, também conhecido por Il Banbino ou por Sultan of Swat teve direito a dar o nome a uma banda inglesa dos anos 70, os Babe Ruth, que começaram por se chamar Shackloclk. Se me perguntarem qual deles foi o melhor, responderia que basebol à parte, Joltin’ Joe (o Joe Saltitante) foi o maior porque conseguiu ser uma das grandes paixões de Marilyn Monroe, o que do ponto de vista masculino é capaz de incomodar um engatatão do calibre de J.F. Kennedy, o rei do priapismo, que fazia de Clinton e da sua Mónica meninos de coro. Ou seja, em termos de amores dá um certo avanço ao Babe que nasceu muitos anos antes dele – 1914 para 1895. Giuseppe Paolo DiMaggio Jr. (the Yankee Clipper) era produto de uma família de emigrantes italianos; Geore Herman Ruth Jr. descendia de alemães que fugiram para os Estados Unidos. Se vos faz sentido acrescento que o primeiro era um ‘pitcher’ e o segundo era um ‘center field’. E a partir daqui peço mil perdões mas, sinceramente, desembrulhem-se.
Quando me dá para escrever sobre grandes personagens da história do desporto, isto é, todas as semanas, tenho tendência para procurar os momentos das suas mortes. Às vezes são grandes vivos mas fracos mortos. Babe Ruth não recusava o seu copinho de ‘bourbon’ (Joe era era um piancho de espaventar ornitorrincos) e foi avisado desde cedo pelos médicos para ter juízo. Nunca teve. Honra lhe seja feita, e ponto final. Quando um sujeito só encontra consolo no fim de uma garrafa há que ir ter com ele ao fundo da garrafa. Ou mandá-lo às malvas, cada um escolha de que lado quer ficar. A partir do final da II Grande Guerra, George percebeu que estava praticamente cego do olho esquerdo e mal conseguia engolir um copo de água, logo ele que não era propriamente um apreciador desse líquido inodoro, incolor e insípido. Diagnosticaram-lhe um nasopharyngeal carcinoma, ou seja, por palavras mais lhanas, um cancro na laringe e nas fossas nasais. Nada de muito simpático, convenhamos, logo para um tipo que irradiava simpatia. Se a nação virava os seus olhos solitários para Joe DiMaggio, também não deixou de se debruçar sobre o sofrimento de Babe Ruth. Era o que faltava! Depois de vários estudos científicos, os esculápios decidiram que o bicho que corroía Herman por dentro tinha sido alimentado por um abuso excessivo de tabaco. Isto num tempo em que nos Estados Unidos tinham pelas estradas todas cartazes com atores de Hollywood a celebrarem o benefício do consumo de Lucky Strikes. Babe, que pelo caminho perdeu 36 quilos, deixando de ser um bisonte para se parecer mais com um vitelo, nasceu rodeado de mortes: o n.º 16 de Emory Street, no bairro de Pigtown, em Baltimore, morada do seu avô materno, Pius Schamberger, foi palco de um nunca mais de crianças mortas, digno do Kindertotenlieder de Gustav Mahler. Dos sete filhos de Herman Sr. e da sua mulher Katherine sobreviveram à infância George e a sua irmã mais nova Mamie. Tornou-se um tipo agradável para o povo, sobretudo porque o seu jogo bruto valia vitórias às suas equipas, sobretudo os Boston Red Sox e os New Yor Yankees, mas nunca falava sobre o passado, provavelmente por jamais ter engolido a estranha decisão de os pais o enfiarem num orfanato a partir dos sete anos. A frase que repetia mais vezes tornou-se o seu lema: «It’s hard to beat a person who never gives up!». Ficou rico, chegou a ganhar mais de 52 mil dólares por ano (em 1922!), ia abusando de whisky e atravessava-se no caminho de todas as mulheres, somava ‘home-runs’ até ao exagero, enchia estádios mas, depois da reforma, não arranjou quem lhe arranjasse o lugar de treinador com que tanto sonhou. Já escalavrado de forma definitiva pelo cancro, não deixava de ter amantes. Era um vício. Não foi por acaso que um dia respondeu assim ao seu patrão nos Yankees: «Prometo ir com calma com a bebida e ir para a cama mais cedo, mas nem por ti, nem por 50 mil dólares ou por 250 mil dólares largarei as mulheres. É demasiado divertido»."