Últimas indefectivações

terça-feira, 9 de novembro de 2021

A roçar a perfeição


"Na antecâmara de duas partidas que assumem importância redobrada na atividade desportiva do Clube (amanhã, 4.ª feira, decide-se o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões de voleibol e, no Benfica Campus, disputa-se mais uma jornada, no futebol feminino, do grupo E, também, na Liga dos Campeões), importa fazer um balanço do fim de semana.
Começando pelo futebol, a noite de inspiradíssima exibição frente a um forte adversário, o SC Braga, resultou numa goleada expressiva, por 6-1. Continuamos na busca do regresso à condição de líder.
A equipa B, por seu turno, saiu derrotada, em casa, do confronto com o Mafra, um percalço num excelente percurso que permite, apesar do desaire, manter a liderança da II Liga à 11.ª jornada. Nos restantes escalões “principais” da formação que entraram em campo só conhecemos o sabor da vitória: Marítimo-Benfica, 0-2 (Sub-23); Benfica-U. Leiria, 4-1 (Sub-19); Sacavenense-Benfica, 1-3 (Sub-15).
Houve ainda um saboroso e arrancado a ferros triunfo no futebol feminino ante o Torreense. Kika Nazareth, nos minutos adicionais, foi a autora do golo da vitória através da conversão de um livro direto superiormente executado. O 2-1 final permitiu manter a liderança na zona sul do Campeonato Nacional.
Nas modalidades de pavilhão, assinale-se a jornada plenamente vitoriosa.
No andebol, a equipa feminina defrontou um dos adversários na luta pelo título, o Alavarium, com robusto triunfo, por 40-27, apesar da desvantagem de um golo verificada ao intervalo.
No basquetebol, a nossa equipa masculina, que na 5.ª feira tem a dificílima deslocação à Rússia para enfrentar o Parma Parimatch na FIBA Europe Cup, venceu a Académica por 110-63, enquanto, nas mulheres, batemos, em Aveiro, o Clube dos Galitos, por 41-67.
No futsal obtivemos um triunfo, por 5-1, ante o FC Azeméis, o 4.º classificado. A equipa feminina foi até Porto Salvo e venceu o Leões por 0-8, com 5 golos de Sara Ferreira.
No hóquei só a equipa feminina entrou em ação, tendo pela frente o CACO, que recentemente disputara e perdera, por 3-1, a Supertaça com o Benfica. Ganhámos por 7-2. Na próxima jornada há um Sporting-Benfica.
Por fim, no voleibol, entre as mãos da derradeira eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, triunfo fácil ante o Castêlo da Maia, por 3-0. Nas mulheres fomos ao pavilhão do CD Aves vencer por 0-3.
Além dos já referidos jogos de futebol feminino e voleibol masculino, amanhã há ainda os de futsal masculino (Torrense–Benfica) e hóquei feminino (Benfica–Tojal, Pavilhão Fidelidade, 21h30).
Terminamos com um apelo aos Benfiquistas para que, amanhã, se desloquem em grande número ao Seixal para apoiar a nossa equipa feminina de futebol no embate com o BK Häcken, da Suécia, referente à 3.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. O jogo tem início marcado para as 20h00. As Inspiradoras merecem todo o nosso apoio em mais uma etapa desafiante.
Vamos, Benfica!"

Finalmente há Everton


"Que Everton foi este? Com participação decisiva em 5 dos 6 golos do Benfica sobre o Braga, este Everton e o outro (que jogava no Brasil) foi tema de análise no Futebol Total do Canal 11, pelo Pedro Bouças."

11 de ex-formados em destaque fora da Luz | SL Benfica


"Um 11 de ex-formados que deixa qualquer um com água na boca

Possuindo um centro de formação de excelência, o Sport Lisboa e Benfica já formou uma série de jogadores que estão a dar cartas no futebol mundial.
No entanto, existem também outros jogadores formados no Seixal que, sem terem tido grande visibilidade de águia ao peito, também estão a dar um bom rumo às suas carreiras, em diferentes países e em diversos escalões.
Como tal, irei aqui fazer um onze de jogadores formados no SL Benfica, já sem contrato com os encarnados, mas que se têm destacado nos respetivos clubes.

Guarda-Redes
André Ferreira (FC Paços de Ferreira) – Este guarda-redes chegou ao SL Benfica em 2013, tendo sido campeão nacional de juvenis em 12/13 e vice-campeão europeu de juniores na época seguinte.
Foi titular da equipa B em 16/17, sendo nessa época um dos melhores guarda-redes da Segunda Liga. Seria então emprestado ao Leixões SC e ao CD Aves, desvinculando-se dos encarnados em 2019.
Jogaria nas últimas duas temporadas no CD Santa Clara, onde nunca saiu da sombra de Marco Pereira. Nesta temporada rumou à Capital do Móvel, onde tem aproveitado a lesão de Jordi para mostrar as suas qualidades.

Defesa-Direito
Diogo Calila (B-SAD) – Este lateral-direito fez o seu percurso formativo no SL Benfica, tendo-se desvinculado dos encarnados em 2017 na transição para o futebol sénior.
Depois de um ano na equipa B do Paços de Ferreira, o lateral-direito viria a rumar à B-SAD, onde começaria na equipa de sub-23, mas estrear-se-ia na equipa principal ainda na primeira época.
Realizou 23 jogos pela equipa principal na época passada e nesta época já contabiliza seis jogos.

Defesa-Central
Alexandre Peneta (FC Famalicão) – O central de 20 anos foi capitão em todos os escalões de formação até aos juniores, tendo sido campeão nacional de iniciados em 15/16 e de juvenis em 17/18.
Rumou ao FC Famalicão na temporada passada e depois de ter brilhado na Liga Revelação, tem sido aposta regular na equipa principal nesta temporada, tendo dois golos marcados em 11 jogos e tendo inclusive já realizado alguns jogos como capitão.

Defesa-Central
João Nunes (Academia Puskas) – João Nunes fez todo o seu percurso formativo no SL Benfica, tendo sido capitão da equipa que chegou à final da Youth League em 13/14.
Seria também capitão da equipa B, onde, depois de duas temporadas, se desvinculou dos encarnados para prosseguir a sua carreira no estrangeiro. Depois de passagens pela Grécia e pela Hungria, o central de 25 anos rumou à Hungria para representar a Academia Puskas, onde tem sido titular.

Defesa-Esquerdo
Ricardo Mangas (Bordeaux) – Este lateral-esquerdo desvinculou-se do SL Benfica em 2017, tendo assinado pelo CD Aves.
Depois de um ano empestado ao SC Mirandela, Ricardo Mangas seria o capitão da equipa que conquistou a primeira edição da Liga Revelação, sendo na época seguinte promovido à equipa principal pela mão de Nuno Manta Santos.
Em 2020 rumaria ao Boavista FC, onde jogou com regularidade, dando o salto este ano para a Liga francesa, onde tem sido opção regular para Vladimir Petkovic.

Médio-Centro
Diogo Mendes (CS Marítimo) – Este jogador nascido em 1998 jogou 12 anos no SL Benfica, tendo sido vice-campeão nacional de juniores em 16/17.
Depois de alguns anos na equipa B, Diogo Mendes desvinculou-se dos encanados no último verão, dando o salto para o clube insular.
Apesar do clube madeirense estar em zona de despromoção, o médio algarvio tem sido dos jogadores mais regulares da equipa orientada por Julio Velázquez, tendo já onze jogos disputados.

Médio-Centro
Gonçalo Rodrigues (Rio Ave FC) – Este jogador foi em tempos uma figura de relevo na formação do SL Benfica e nas seleções jovens. No entanto, duas lesões graves consecutivas vieram a estagnar a sua evolução.
Depois de se ter desvinculado dos encarnados em 2019, o médio rumou a Famalicão onde mostrou boas indicações, mas acabaria por encontrar a sua casa em Vila do Conde, permanecendo no clube após a descida à Segunda Liga, e onde tem sido uma das pedras basilares da equipa orientada por Luís Freire.

Médio-Centro
Bruno Lourenço (Estoril Praia SAD) – O médio saiu do SL Benfica em 2017 para o CD Aves, tendo sido campeão de sub-23 e dado o salto para a equipa principal em 19/20.
Após a despromoção do clube avense, Bruno daria um passo atrás na carreira para rumar ao muito interessante projeto do Estoril Praia SAD, sendo uma peça importante na equipa orientada por Bruno Pinheiro, levando cinco golos em 41 jogos pelos canarinhos.

Médio-Ofensivo
Zidane Banjaqui (Casa Pia AC) – Tal como Ricardo Mangas e Bruno Lourenço, Zidane rumaria ao CD Aves em 2017, sendo emprestado, campeão da equipa de sub-23 e lançado por Nuno Manta Santos na equipa principal em 17/18.
Depois da descida de divisão, Zidane teria uma curta passagem pela B-SAD, tendo em janeiro rumado ao Casa Pia, onde tem sido um jogador influente na equipa orientada por Filipe Martins.

Médio-Ofensivo
Diogo Pinto (Estrela da Amadora) – Este médio ofensivo foi campeão nacional de juniores em 17/18, tendo brilhado na época seguinte na Liga Revelação e dado o salto para a equipa B.
Em janeiro de 2020 rumaria a Itália, onde não teria muitas oportunidades, regressando a Portugal um ano depois. Depois do empréstimo ao UD Vilafranquense, Diogo Pinto tem brilhado ao serviço do renovado Estrela da Amadora, levando já oito golos marcados em 15 jogos, tendo num dos jogos feito um hattrick em 12 minutos.

Ponta-de-lança
Ricardo Matos (SC Olhanense) – Avançado que faria toda a formação no SL Benfica, Ricardo Matos rumaria aos italianos do Ascoli em 2019, na sua transição ao futebol sénior.
Depois de dois anos em terras transalpinas, o avançado regressaria a Portugal para ingressar no SC Olhanense no Campeonato de Portugal, onde se tem destacado com cinco golos em oito jogos."

Um festival de beneficência para Tamanqueiro


"O regresso do onze olímpico de Amesterdão para honrar a memória de Raul de Figueiredo

Quando o infortúnio bateu silenciosamente à porta de Raul Soares de Figueiredo, no início do mês de Dezembro de 1941, havia muito que o portentoso jogador já não alinhava pelo Benfica. Não tinha ainda 40 anos e deixava desemparados mulher e filhos menores.
A vida de futebolista iniciou-a no Vitória Futebol Clube, em Setúbal, onde vivia com a família. Foi aí que recebeu a alcunha que o iria eternizar, graças à profissão exercida pelo pai, que fazia tamancas, um tipo de calçado. Ainda jovem ingressou em diversos clubes de Setúbal e da capital, até ir representar, entre 1922/23 e 1925/26, o SC Olhanense.
Não havia dúvida de que possuía qualidades de grande futebolista: além de ter um remate poderoso, era forte nos driblings e cabeceamentos. Em 1923/24 venceu  Campeonato de Portugal e, na sua última época no Olhanense, capitaneou a equipa que venceu o Campeonato Regional do Algarve.
Em 1926/27, ingressou no Benfica e envergou a camisola encarnada por duas temporadas. Foi nesse período que a sua carreira chegou ao auge, após a participação nos três desafios dos Jogos Olímpicos de Amesterdão em 1928, nos quais fez parte da 'linha média da equipa que ficou para a historia por ser uma das mais perfeitas do futebol português', com Augusto Silva e César Matos.
No primeiro jogo, a 'equipa nacional, a perder por 0-2, encontrou força de ânimo para vencer os chilenos por 4-2 - graças, à espantosa coragem de Tamanqueiro'. A imprensa foi unânime quanto à linha de médios portugueses: 'Os médios cumpriram, tendo-se distinguido Figueiredo pela sua forma especial de trabalhar a bola'. O sonho luso foi, no entanto, de curta duração, pois Portugal perderia com o Egipto nos quartos de final.
Treze anos volvidos, o onze olímpico de Amesterdão voltaria a juntar-se num jogo em honra do saudoso Tamanqueiro, um espectáculo desportivo de raro valor que 'deu lugar a tamanha manifestação de solidariedade que nos fez crer (...) que são duradoiras e fecundas as amizades que a prática do desporto faz contrair!'. Foi uma jornada digna, em que a equipa Onze Olímpico, mais eficiente e superior, venceu por 5-1 a Velha Guarda, capitaneada por outra glória do Benfica, Vítor Gonçalves. Ambas as equipas proporcionaram 'uma excelente tarde recordações - e um auxílio precioso para a viúva e filhos do grande jogador que foi Tamanqueiro'.
'De águia ao peito', Raul de Figueiredo realizou 52 jogos, marcou 9 golos e foi 9 vezes internacional. Saiba mais sobre este jogador e a equipa olímpica de Amesterdão na exposição temporária online Atingir o Olimpo - Participação dos Atletas do Benfica nos Jogos Olímpicos no site do Museu Benfica - Cosme Damião."

Carina Santos, in O Benfica

O Benfica tira-me anos de vida



""The natural state of the football fan is bitter disappointment, no matter what's the score".
Disse Nick Hornby no seu maravilhoso livro "Fever Pitch" (na minha opinião a Bíblia incontornável de qualquer doente da bola. Quem não leu, tem que ler!) que o típico adepto vive num estado de constante desapontamento, independentemente dos resultados da sua equipa. Que aqui e ali vive momentos de euforia (o dele foi o golo do Michael Thomas no último minuto do último jogo do campeonato que deu ao Arsenal o título de 1989 - que o clube e ele perseguiam há 19 anos), mas que se for preciso na semana seguinte já estava novamente aborrecido com a equipa, com os dirigentes e com os jogadores.
É uma visão pessimista, mas realista. O fanático nunca está contente. E vive sempre numa camada de nervosismo. Adora ir à bola, vai para as roulotes todo contente para rir e beber copos, mas assim que começa a bola pensa "pronto, começou o sofrimento". Conta Ricardo Araújo Pereira que na primeira vez que foi à Luz olhou para o seu tio que suava rios e fumava incessantemente e pensou "É isto que quero para a minha vida".
O fanático está sempre frustado. Quer sempre mais, acha sempre que as coisas podiam estar melhor. Até acha que se fosse ele o Presidente, seria melhor que o Presidente. Se fosse ele o treinador, seria melhor que o treinador. Se a idade, o talento e o físico permitissem ser jogador, até seria melhor que os seus jogadores. E marcaria o golo e correria em direção à bancada a beijar o emblema de forma apaixonada e o 3º Anel ia-me amar e cantar o meu nome e...bom, já divago.
Vem isto a propósito das emoções que os Benfiquistas viveram nos últimos tempos. E principalmente da depressão que se apoderou do clube no último mês. A sério, que entidade esquisita és tu, Benfica! Pareces uma adolescente com as hormonas aos saltos, pá! Ganhas 3-0 ao Barcelona e cais num buraco? És esmagado pelo Bayern e 3 dias depois és tu que esmagas o Braga? Ganhas ao Vizela quando tudo parece perdido e empatas com o Estoril quando tudo parece vencido. Que fazes ao nosso pobre coração? O Glorioso é uma montanha russa de emoções constantes e assim sendo é normal que os adeptos gritem. E sofram. E resmunguem. E amem. E queiram. E não queiram. E voltem a querer os seus. E ao final do dia já não saibam bem o que dizer.
E repare-se: Há sinais preocupantes? Há. O Benfica jogou muito pouco futebol nos últimos jogos, revela uma dificuldade tremenda de jogar contra blocos baixos, tem sofrido vários golos pelo ar, foi duplamente esmagado pelo Bayern, perdeu a liderança e tem em risco o apuramento para a final four da Taça da Liga.
Mas há sinais de confiança? Há. O Benfica venceu 9 dos seus 11 jogos para o campeonato, eliminou Spartak e PSV para chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões, venceu de forma maravilhosa o Barcelona por 3-0 e pode vencer as duas taças nacionais (algo que um dos seus rivais já não pode dizer). Aqui e ali tem momentos de grande futebol e tem claramente um plantel com imensos valores de qualidade.
É mesmo difícil achar um meio termo com o Benfica. E assim seguiremos até à prova dos nove: foi campeão? Sim ou não? Porque é aí que chega o meio termo. O termo total. Separam-se as águas, as duas facções encontram-se e os fanáticos chegam à conclusão: a época só é boa quando o Benfica é campeão. E aqui não é a emoção a falar, é a racionalidade: caros Rui Costa, Jorge Jesus e jogadores, desta vez não há desculpas. Temos que ser campeões. Pelo clube que somos, pelo treinador que temos, pelos jogadores que possuímos, pelos adeptos que vos apoiam, pelo investimento que fizemos. 
Mas e se não acontecer? Então lá terão nas bancadas e nos sofás adeptos irritados, tristes, aborrecidos, nervosos, a achar que faziam tudo melhor. E se acontecer? Teremos uma noite de euforia, bêbedos de alegria pelo Marquês e pelas ruas do país e do mundo. E depois na semana seguinte lá estaremos nas bancadas e nos sofás irritados, tristes, aborrecidos, nervosos, a achar que faríamos tudo melhor.
É a sina de ser adepto de futebol. Não será por acaso que os Italianos têm a mesma palavra para descrever os doentes de uma febre tão horrível como o tifo e para os doentes da bola: eis os tifosi."

Benfica FM #176 - Bayern, Braga...

O Cantinho Benfiquista #71 - Same Situation, Different Feeling

Benfica After 90 - Braga...

Visão Vermelho S03E10 - Bayern, Braga...