Últimas indefectivações

domingo, 10 de novembro de 2019

Empate...

Penafiel 1 - 1 Benfica B


Com um relvado pesado, foi um jogo com muita luta, mas pouco discernimento... com o Benfica a jogar, como é habitual, com regras 'diferentes': basicamente qualquer tipo de pressão dos nossos jogadores, era imediatamente sancionada com falta...

Luís...!!!


E tudo mudou ao intervalo

"Santa Clara fez por merecer mais mas o futebol não é uma questão de justiça

Pouca verticalidade
1. Importa referir, antes de mais, que foi um jogo muito interessante de seguir, com duas partes distintas por parte do Benfica. No primeiro tempo, apesar de ter mais posse de bola, a equipa de Bruno Lage apresentou muito pouca verticalidade e aproveitamento dos espaços na profundidade. Claro que aqui importa vincar o enorme mérito do Santa Clara, que se fechou muito bem, organizado num bloco médio-baixo e curta distância entre linhas, o que dificultou imenso a tarefa do Benfica na procura de espaços, mas a verdade é que o jogo do Benfica nunca fluiu, foi lento, pouco intenso e com poucas variações de ritmo, facilitando (e de que maneira) o trabalho da equipa açoriana, que quando recuperava a bola aproveitava muito bem os espaços que o Benfica dava nas costas da sua linha defensiva. De tal forma que, ao intervalo, a formação orientada por João Henriques até podia estar a ganhar por mais do que 1-0. Foi sempre muito objectiva e os seus extremos, não só na primeira parte mas enquanto tiveram frescura (sobretudo Carlos Jr. pela esquerda), causaram muitos problemas ao Benfica.

Problema de circulação
2. Para lá dos problemas já referidos no ponto anterior ao nível da verticalidade, intensidade e variações de ritmo, foi gritante, nos primeiros 45 minutos, o número de passes errados por parte das águias. Sobretudo por parte dos médios, com Gabriel a destacar-se claramente neste particular, mas não só. O Benfica perdia a bola com demasiada facilidade, o que era aproveitado pelo Santa Clara para desenhar rapidamente venenosos contra-ataques.

De cara lavada
3. Na segunda parte o Santa Clara manteve-se fiel ao que estava a colocar em prática (e com sucesso), mas a diferença esteve num novo Benfica. Desde logo no plano táctico, com a entrada de Carlos Vinícius para o lado de Seferovic e o recuo de Chiquinho para o meio-campo, o que ofereceu outras opções à equipa na construção, mas também, ou neste caso sobretudo, pela mudança de atitude dos jogadores encarnados. Um Benfica mais objectivo, mais agressivo, mais intenso, mais dinâmico, mais pressionante e com mais ritmo, que acabaria por conseguir a cambalhota no marcador. O Santa Clara, com solidez e compromisso, foi um adversário muito incómodo e que fez por merecer mais, mas o futebol não é uma questão de justiça. Uma nota final para Pizzi, que realmente nos jogos do campeonato português continua a ser decisivo."

João Carlos Pereira, in A Bola

Sobre a sorte e a alegria

"Pensar no jogo que consiste em discutir as regras: ganha quem impuser as suas regras

Jogo e regras
1. Gabriel Garcia Márquez, nascido em Aracataca, 6 de Março de 1927; morreu na Cidade do México, a 17 de Abril de 2014. Foi um escritor, jornalista, editor, activista e político, prémio Nobel, o principal eixo do chamado realismo mágico.
Em Cem anos de solidão fala-se dessa estranheza de estar diante de adversários que concordam com o essencial:
«Em certa ocasião em que o padre Nicanor levou para junto do castanheiro um tabuleiro e uma caixa de pedras para o convidar a jogar às damas, José Arcadio Buendía não aceitou porque, segundo disse, nunca conseguiu compreender o sentido de uma contenda entre dois adversários que estivessem de acordo quando aos princípios. O padre Nicanor, que nunca tinha encarado por esse lado o jogo de damas, não pôde voltar a jogá-lo».
Pensar no jogo que consiste em discutir as regras. Ou seja: ganha quem impuser as suas regras. De certa maneira, a guerra é isso.

Relato
2. O relato da guerra é feito pelos vencedores, ouve-se muitas vezes. E sim, o mesmo com a guerra e com o jogo. O relato é feito pelos vencedores. A melhor história, a única aceitável, a única que os outros estão dispostos a ouvir, é a de quem vence.

O prazer
3. Falemos do jogo puro, amador, não profissional. O lúcido puro não tem «consequências na vida real», com diz Huizinga.
Fazes o que quiseres no jogo e aconteça o que acontecer isso só tem efeitos ali, dentro daquele espaço e tempo específicos. Saímos do campo de jogo e do tempo de jogo e nada mudou. Não somos mais ricos, não produzimos nada.
Mas claro que há a questão: podes magoar-te.
E o cansaço.
Depois do jogo regressas à vida real, porém eventualmente mais cansado. E eventualmente mais alegre.
Uma boa síntese do prazer puro do jogo amador. Mais cansado, mais alegre.

Sorte e azar
4. A sorte pode acertar com grande precisão no preguiçoso. E o azar cair na cabeça do esforçado e trabalhador.
Porém, essa não é a norma geral do acaso. A sorte fareja, à distância, os dorminhocos e os esforçados. E a sorte gosta dos segundos.

Diálogo de surdos
5. Diálogo de surdos: «Debate em que nenhuma das partes escuta ou pondera os argumentos ou razões do outro».
Não há audição, só há visão. Dos argumentos e das frases do outro, eu só vejo os gestos, aquilo que acompanha as palavras. É como de um prato cheio de comida só ver o prato.
Quando duas pessoas se juntam não podem ser sujeitos emissores ao mesmo tempo. O diálogo é um jogo em que tua atenção vai da tua boca para o teu ouvido. Uma vez emites, outra vez recebes. O básico, excelência.

Psicopatologia
6. Transformar tudo em números é uma das psicopatologias do século XXI. A linguagem da informática aí está a querer mostrar que o vasto e variado universo afinal é simples e monótono, ou seja: nada entusiasmante.
Mas, de facto, quem tirando os profissionais da especialidade algébrica, e quem joga na bolsa, se entusiasma com números?
Ou se assume o jogo como um espectáculo, aquilo que faz com que a intensidade cardíaca e dos olhos mude a cada momento, ou então se assuma a coisa como um armazém que, em vez de guardar produtos de alimentação ou objectos, aloja tempo de posse de bola, passes certos e errados, e etc.
Foi isto que disse Jonatham, um amigo.

Ser feliz não basta
7. Sobre o mundo e o humano em geral. Jules Renard, um cínico dos bons, dizia: «Ser feliz não basta; é preciso que os outros sejam infelizes»."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

Atletas transgéneros (II)

"Em artigo anterior, tivemos oportunidade de analisar a questão da participação de atletas transgénero em provas reservadas a atletas do seu (novo) sexo.
Desde o Encontro de Estocolmo sobre Mudança de Sexo no Desporto, em 2003, os atletas transgénero (tanto na mudança de homem para mulher como de mulher para homem) podem competir nos Jogos Olímpicos tendo de cumprir determinados requisitos como estar a fazer terapia hormonal há pelo menos dois anos, ter feito a cirurgia de mudança de sexo e ter alterado legalmente o nome e o género.
Em Novembro de 2015 o Comité Olímpico Internacional emitiu guidelines com novas orientações para alteração destas regras. A mais relevante é a abolição da obrigatoriedade da cirurgia de mudança de sexo. Entende o COI que exigir a cirurgia não é relevante para assegurar uma competição justa e pode ser incompatível com outra legislação e os direitos humanos. Entende ainda o COI que quem transita de mulher para homem pode competir na categoria masculina sem restrições mas os atletas que transitem de homem para mulher devem respeitar limites máximos dos níveis de testosterona nos 12 meses que antecedem a competição.
Preparamo-nos, agora, apra novas regras. As federações internacionais devem decidir quais os limites máximos permitidos de testosterona, sendo que algumas federações estão a ponderar a hipótese de reduzir tais níveis para metade. Se uma Federação decidir usar testosterona sérica para distinguir atletas masculinos e femininos, deve adoptar um limite máximo de 5nmol/L para elegibilidade para a categoria feminina.
O objectivo será sempre o de equilibrar a competição e permitir a participação de todos e todas."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Rúben Dias é a mais que óbvia escolha para organizar o baby shower do segundo filho de Bruno Lage

"Vlachodimos
Seguro, competente e fundamental em alguns momentos. Os rumores da contratação de um novo guarda-redes em Janeiro fizeram-lhe bem. O tal Perin que continue calmamente a fazer trabalho de ginásio. Antes isso do que ser suplente de Vlachodimos.

André Almeida
A desatenção no lance do golo do Santa Clara fez-nos sentir falta do Tomás Tavares, algo que parecia impossível. Fora isso, foi menos importante ofensivamente, isto se considerarmos que a fasquia da época passada o situava como um dos reis das assistências. Mantém o estatuto de realeza, mas não se pode dizer que tenha feito muito para tornar o nosso jogo menos hediondo.

Rúben Dias
Uma pessoa sabe que Rúben Dias é líder porque quando olha para ele não encontra um pingo de suor que pareça ceder à adversidade. Rúben tem todo o ar de ser aquele tipo irritante que puxa pelos colegas ao ponto de estes o insultarem e questionarem os seus métodos, pelo menos até descobrirem que isso faz deles melhores futebolistas e seres humanos. É um bully que quer o melhor para ele e para nós. É por isso a mais que óbvia escolha para organizar o baby shower do segundo filho de Bruno Lage. Espera-se uma tarde bem passada com amigos e familiares juntos numa acção lúdica proporcionada pelos formadores do curso de Comandos.

Jardel
De acordo com algumas entidades, a terceira idade começa aos 65 anos, mas, na verdade, ninguém sabe precisar o momento em que essa fase da vida se inicia. Pode ser aos 65, mas também pode acontecer aos 33 anos a meio de uma partida de futebol em Ponta Delgada, quando de repente tropeçamos em nós mesmos e quase oferecemos um golo a um adversário claramente inferior a nós, mas mais novo. A boa notícia é que vai pagar muito menos na Carris e na CP.

Grimaldo
Não é um jogo com Grimaldo em campo se não houver aquele adversário esquecido nas costas que quase provoca um ataque cardíaco aos adeptos e ao pobre infeliz que tiver de lhe fazer a dobra. Por outro lado, foi laborioso a moer os açorianos.

Florentino
Hoje voltámos a ter mais Florentino Luís (a versão nervoso e algo imatura do nosso centrocampista favorito) e menos Tino (a versão que vamos vender por 100 milhões). Bruno Lage fez o que lhe competia e deixou Florentino Luís no banco.

Gabriel
Excepcionalmente, acho que devemos evitar piadas de mau gosto sobre a exibição do Gabriel esta tarde. Vamos esperar pelos resultados dos exames neurológicos e depois falamos sobre o que se passou.

Pizzi
Podemos ser o novo Bate Borisov do futebol europeu, mas este Pizzi das competições nacionais ninguém nos tira. Sabe quase sempre como acalmar os ânimos dos benfiquistas e devolver-lhes o sono bem merecido. Duas pinceladas bastaram para decidir o jogo, mas fez muito mais do que isso, lutando ao longo de toda a segunda parte para que muitos adeptos não saíssem de Ponta Delgada com um ananás a saber a melão.

Cervi
A melhor prova de que soube ser uma ameaça para a defesa do Santa Clara foi um lance para penálti em que acabou desarmado por Artur Soares Dias. O VAR tinha ido à casa de banho.

Chiquinho
Um caso evidente de alguém que se está a esforçar demasiado. Lembro-me bem do Chiquinho da época passada, todo gingão a liderar a construção do Moreirense, sempre de cabeça levantada e sempre aparentando ter mais tempo do que o comum mortal para tomar a melhor decisão. Tudo mérito daqueles pézinhos. O Chiquinho do Benfica parece querer ser Rafa, João Félix e Pizzi tudo ao mesmo tempo. Tem que respirar fundo e aceitar-se tal como é: Chiquinho, novo estagiário para a posição de ídolo. Isto vai, miúdo.

Seferovic
Agora que é apontado como futuro reforço da Roma, importa utilizar este espaço para destacar as muitas acções positivas de Seferovic ao longo do jogo. Trata-se de um avançado expedito e perseverante que não vira a cara aos desafios, nem mesmo quando precisa que a bola lhe chegue em condições e tudo o que vê é meia dúzia de colegas que parecem ter bebido algum licor marado ao almoço. Merece muito o salto para outro patamar do futebol internacional.

Carlos Vinícius
Nunca um jogador de braços cruzados deu tantas alegrias aos adeptos. É curioso. Acho que nunca ouvi a voz do Vinicius. Só consigo identificá-lo pela cara de bebé no corpo de um adulto e pelo sentido de oportunidade com que, jogo a jogo, vá deixando que os pés falem por ele. É tão discreto que tive de ir ver se está no Instagram. 11 posts publicados no Instagram desde 20 de Julho, dia em que foi anunciado como jogador do Benfica. Dá uma média de 1 post a cada 10 dias, por oposição aos 73 minutos de que necessita para marcar um golo. É manter estes números e guardar as instastories para a festa do Marquês.

Taarabt
À atenção da estrutura: aquela garrafa de "chá Gorreana" que o Taarabt está a beber é whisky. Cuidado com isso.

Gedson
Esteve melhor do que em Lyon, pelo menos enquanto se manteve no banco de suplentes."

Cadomblé do Vata

"1. Não há outra forma de começar isto: aquela primeira parte não tem desculpa... até porque andamos há tanto tempo a jogar num relvado merdoso, que a adaptação ao dos Açores devia ter sido automática.
2. Gabriel fez a sua pior exibição ao serviço do Benfica... jogou tão mal que ao intervalo eu fiquei à espera que entrasse o Vinicius para o lugar do Uribe.
3. Pizzi despertou na segunda parte e resolveu o jogo... digamos que esteve com um olho na assistência e outro no golo.
4. João Henriques diz qie perdeu por causa do árbitro... pelos vistos o treinador do Santa Clara tem a certeza que o seu guarda redes ia defender o penalty não assinalado sobre o Cervi e num rápido contra ataque os açorianos faziam o 2-0.
5. Chegamos ao fim de um ciclo puxado de 7 jogos em menos de um mês com 6 vitórias e 1 derrota e liderança isolada no campeonato... ou como diz a imprensa "o Benfica está em crise"."

Benfica, até quando você vai levando porrada, porrada?

"O Benfica, em mais um jogo, foi incapaz de criar o que fosse em ataque organizado e com calma, contra um Santa Clara que lhe deu a iniciativa com bola e criou tantas, ou mais, oportunidades para marcar. A equipa de Bruno Lage ganhou (1-2), vai com 30 pontos em 33 possíveis no campeonato e os problemas continuam a não ser resolvidos, apenas disfarçados

Se cada derrota, cada passe falhado que gerou um contra-ataque, cada tentativa de construir da área, de forma apoiada, que emperrou e deu a bola aos outros tão perto da baliza, fossem um gatilho nervoso para, urgentemente, alterar a forma como faz as coisas em campo, uma equipa iria ser mais esquizofrénica e perdida na própria polaridade do que Mystique.
Caso não saibam, é uma fictícia personagem da saga X-Men, capaz de imitar a aparência de quem quiser, puxada para este analogia porque, razão lhe seja dada, Bruno Lage foi factual ao dizer que não há estratégia, rumo e algo preparado que resista se o termómetro usado for o de cada “desaire” que apareça.
Mas, nesta distopia do Benfica, a quem a vida europeia não está a dar bonanças, o problema está nas 27 vitórias em 29 jogos do campeonato com Lage, porque a falta de desaires é, talvez, a melhor desculpa para fugir com o rabo à seringa de um problema exposto, que nem um cataclismo, contra o Santa Clara - a paupérrima capacidade de fabricar coisas em organização ofensiva.
Com mais tempo na bola, maior espaço para ter quatro ou cinco jogadores nos primeiros 50 metros, de frente para a baliza, a construir as posses à entrada do campo adversário, o Benfica emperrou perante um Santa Clara compacto, a defender com bloco baixo, 11 tipos confortáveis atrás da linha da bola, a fechar qualquer toca ao centro.
Perante um adversário que, surpresa para ninguém, insistiu em dar a iniciativa territorial ao Benfica, a equipa banalizou-se. Florentino não se posicionou para receber as costas de alguém, os extremos parecia ter um solene juramento para não se descolarem da linha, Seferovic só tinha diagonais de dentro para fora.
Tudo era desgarrado, a acontecer por iniciativa própria, sem jogadas ou posicionamentos conjuntos, de um jogador a puxar marcação, vagar espaço e outro aparecer. Nada. Apenas Gabriel se desviava para a relva que Grimaldo costuma pisar -subindo o lateral para deixar o médio num sítio sem potencial para ameaçar quem fosse -, quando não estava a insistir, teimosamente, nos passes aéreos para variar o alvo da pressão do Santa Clara, sem que o Benfica, sequer, a atraísse para uma zona específica.
Em 12 bolas destas, acertou uma, entre outros passes rasteiros mal feitos. A casmurrice de Gabriel em insistir no tipo de passe que não lhe saía era o exemplo mais flagrante no Benfica incapaz de, colectivamente, criar oportunidades de golo a atacar com tempo e calma.
Só no início da segunda parte, na ressaca de um canto, rematou uma bola para o guarda-redes Marco defender, já Carlos Júnior marcara (17’) no fim de uma saída vertical e de poucos passes do Santa Clara, em que Rashid contornou um Jardel de olhos fixados na bola (para receber à sua frente e tocar para a ala) e inventou o simples desequilíbrio que desmontou uma equipa desnorteada.
Em dois contra-ataques rápidos com tração à esquerda, até o sprinter Zaidu ter espaço para cruzar, o Santa Clara quase marcou, cruel no momento sem bola em que o Benfica, por tradição com Bruno Lage, pior é a reagir. Mas, numa bola que perderam mal a recuperaram, os açorianos viram o lateral esquerdo cair no engodo de Pizzi, o português a cruzar rasteiro e Carlos Vinícius empatar (54’).
Um homem, uma simulação, uma finta, um passe tenso e alguém a desviar o mais fácil. O Benfica, numa jogada: invenção vinda de uma cabeça só após uma pressão imediata à perda de bola. 
Chiquinho já jogava onde jogaria, depois, Taarabt, ao lado de um Gabriel que deixou de teimar nas bolas longas, mas continuou a falhar passes quase por ansiedade de errar. O Benfica avançou a pressão, apertou os adversários mais à frente no campo, intensificou aquilo em que mais confia e daí quis forçar as recompensas que a criação com tempo, com bola e com calma, em mais um jogo, nunca lhe deram.
O Santa Clara resistia à pressão com bola na relva, confiava nos pés de Rashid e Francisco Ramos para atraírem jogadores até alguém, de frente, tentar ligar um passe a Lincoln ou Ukra e saltar sobre o assalto roubador do Benfica. Mas, numa dessas tentativas, o central César foi impaciente, bateu um passe contra as costas de um colega que pareceu um chutão, Seferovic soltou logo Pizzi e o 1-2 sobreviveria aos 12 minutos restantes.
Na última jogada, Rashid resgatou a energia que lhe sobrava, cortou uma beckhamificada bola longa para as costas de Grimaldo, onde Urka a rematou de primeira, a rasar o poste esquerdo da baliza do Benfica que, aliviado, ganhou mais um jogo em que incapaz foi, à equipa grande, de desmontar a organização do adversário através de jogadas organizadas com bola.
O problema não é de agora, a resolução que pede também continua a não ser, porque é disfarçada (como era, e muito, por um rapazote que hoje mora em Madrid) nas invenções individuais dos melhores jogadores que tem e pela pressão forte que apanha na curva a maioria das equipas que defronta em Portugal.
Na Europa, ou contra o FC Porto, o Sporting e até o Vitória e o Braga, a equipa de Bruno Lage sofrerá mais do que sofreu com o Santa Clara, contra quem ter um Pizzi inspirado (13 golos e seis assistências esta época), um Rafa endiabrado quando voltar de lesão ou um Gabriel não em dia em que nada lhe corre bem é, muitas vezes, suficiente para se impor no campo.
Mas, citando outro Gabriel, o Pensador sem bola, até quando vai o Benfica continuar a levar porradas evitáveis pelos jogadores e potencial que tem?"


PS: Bem, dar como exemplo das potenciais dificuldades que o Benfica terá contra adversários difíceis, o Sporting e o Braga, depois deste Benfica, ter uma acumulado nos dois confrontos directos com estas duas equipas de 10-0, é um bocadinho amenésico!!!

CD Santa Clara 1–2 SL Benfica: Exibição ≠ Resultado

"As portas do estádio de S. Miguel abriram-se para a 11ª jornada da I Liga. Num jogo de lotação esgotada, ambas as equipas, embora com objectivos distintos, procuram conquistar os três pontos daí apostarem nos seus melhores jogadores para este duelo.
O início do jogo ficaria marcado pelo primeiro momento de perigo, aos três minutos, na sequência de marcação de um livre directo marcado por Osama Rashid, mas Odysseas voou e afastou a bola para fora das quatro linhas. Apesar deste primeiro momento de tensão na baliza do SL Benfica, o jogo manteve-se concentrado a meio campo não havendo muitas ocasiões de golo.
Aos 17 minutos, o estádio de S. Miguel estremeceu, com o primeiro golo da partida ficando, este, a cargo de Carlos Jr., que através de um passe de César e de uma assistência de Rafael Ramos, inaugura o marcador ficando, assim em vantagem a equipa da casa. Com a superioridade no marcador, o CD Santa Clara acrescia o seu à vontade no jogo acabando por o deixar mais dividido o que não permitia ao Benfica construir jogo.
Uma nova oportunidade de golo apareceria aos 39 minutos, através dum passe de Zaidu que coloca a bola em linha para Zé Manuel mas este acabaria por chutar ao lado da baliza do Benfica.
O apito de início da segunda parte trazia uma nova oportunidade para a equipa da casa numa combinação entre Santana e Zé Manuel, mas a bola acabaria por sair ao lado da baliza.
O Benfica acabou por entrar melhor nesta segunda parte, com uma primeira tentativa de golo aos 52 minutos através de Rúben Dias ao qual Marco, guarda redes da equipa açoriana, respondeu com uma grande defesa. A Segunda tentativa, viria aos 54 minutos com o recém entrado, Vinícius, que colocou a redondinha no fundo das redes do Santa Clara.
Aos 77 minutos o Benfica chegava à superioridade numérica no marcador por intermédio de Pizzi, premiando, assim, a subida de rendimento do Benfica nesta 2ª parte.
O Santa Cara não conseguiu reagir até ao final da partida levando o Benfica mais três pontos na bagagem num jogo difícil e bem disputado.

Onzes Iniciais e Substituições:
CD Santa Clara: Marco Pereira, Zaidu, João Afonso, César Martins, Rafael Ramos, Carlos Jr. (Ukra 72’) , Osama Rashid, Francisco Ramos (Guilherme Schettine 79’), Néné, Thiago Santana, Zé Manuel (Lincoln 62’).
SL Benfica: Odysseas, André Almeida, Rúben, Jardel, Grimaldo, Pizzi, Florentino (Carlos Vinícius 45’), Gabriel, Cervi (Taarabt 67’), Chiquinho, Seferovic’.

A Figura
Carlos Vinícius - O avançado entrou e marcou na baliza do Santa Clara fazendo a diferença na partida.

O Fora de Jogo
Franco Cervi O extremo argentino esteve pouco interventivo, não conseguindo corresponder.

BnR na Conferência de Imprensa
CD Santa Clara
BnR: Como interpreta a exibição do Santa Clara?
João Henriques: Houve muito mérito do Santa Clara, tivemos boa exibição tanto individual como de equipa. Fica um grande amargo de boca, por tudo aquilo que fizemos. Mostrámos hoje que existe competitividade entre as “equipas mais pequenas”, mas, depois, acontecem situações que não podemos controlar. Apesar de alguns erros, ficamos felizes com a nossa exibição daí ver este resultado como injusto.

SL Benfica
BnR: Qual a análise que faz desta partida?
Bruno Lage: Vitória justa, num jogo que teve duas partes distintas. Sabíamos que o Santa Clara era uma equipa forte e que íamos ter um jogo difícil. Na segunda parte, tivemos mais atitude. Procuramos explora mais as costas, e se não fosse possível, controlar a posse."

CD Santa Clara - SL Benfica

"Jogo pouco conseguido. Tivemos o regresso de André Almeida, Jardel, Pizzi e Seferovic para os lugares Tomás Tavares, Jardel, Gedson e Vinícius. Entrámos mal, sem penetrar no bloco do Santa Clara, a falhar muitos passes e acabámos por sofrer um golo em contra-ataque. Na segunda parte estivemos ligeiramente melhor. Chegámos ao golo do empate num grande momento de Pizzi que assiste Vinícius e passamos para a frente numa recuperação de bola seguida de contra-ataque. Resultado final: 1-2. Umas notas sobre o jogo.
1. Pizzi. Jogador que faz a diferença. Talvez o único que temos neste momento no 11 a par com Rúben Dias. Tem um bom drible seguido de um cruzamento que dá o 1-[1] e depois finaliza o contra-ataque que Seferovic lança, fechando o marcador em 1-2.
2. Gabriel. Talvez o pior jogo de Gabriel com a camisola do Benfica. Normalmente temos problemas no último terço. Desta vez tivemos problemas na primeira fase de construção. Tanto Gabriel como Florentino fartaram-se de falhar passes e a bola simplesmente não entrava no último terço. Dias maus acontecem a todos.
3. Bruno Lage. Vlachodimos fez umas defesas, mas não há mais ninguém para dizer bem. Todos os outros ou não apareceram no jogo, ou jogaram mal. Bem sei que as opções para Bruno Lage são limitadas. Mas não são assim tão limitadas. Temos Samaris, Jota e Zivkovic que são jogadores que são claras mais valias e que não as vemos jogar. Podiam pelo menos entrar na rotação. Dois deles têm lugar no 11 do Benfica a partir do momento em que o Rafa está lesionado. É difícil compreender o que se está a passar.
Tivemos a um remate um pouco mais bem colocado do Ukra de empatar este jogo. Foi tudo péssimo. Vem aí a pausa para as seleções. É mais uma oportunidade para rever o que se passa com o nosso ataque posicional."

Mais um roubo...



"É muito fácil prejudicar o SL Benfica.
Vindo do que vem, não surpreende.
Mais um serviço da confeitaria do amigo do Dragão.
E onde estava o VAR?
Todas as semanas as mesmas perguntas e os protagonistas de sempre.
Até quando?"

Jogadores Internacionais uma mais valia na NBA

"Nos primeiros anos da National Basketball Association (NBA), a entrada de jogadores não nascidos nos Estados Unidos não era entendida como uma mais valia para a organização (NBA), atendendo que a prioridade passava pela conquista progressiva do mercado interno, com a prata da casa, tendo como principal preocupação assegurar a sustentabilidade da liga profissional de basquetebol. Entretanto, após a segunda guerra mundial e a evidente influência dos militares norte americanos na divulgação da modalidade nos países onde estavam estacionados, o basquetebol começou a ganhar raízes. Nas décadas seguintes, com o progressivo ingresso de jogadores (made in USA) nos clubes europeus e sul americanos e a oportuna reorganização das competições nacionais e internacionais, foi possível constatar que iam surgindo, aqui e ali, alguns talentos aos quais se poderia dar a oportunidade de prestarem provas na liga profissional norte americana.
Assim, nos primeiros anos da década de oitenta, essas oportunidades foram surgindo e, a partir daí, até aos nossos dias, diversos jogadores de várias nacionalidades foram mostrando as suas potencialidades e atestando a sua influência nos clubes por onde passaram. Entre todos os jogadores internacionais que actuaram na NBA, escolhemos aqueles que maior prestígio alcançaram junto dos adeptos do basquetebol e comunicação social especializada:
1 – Hakeem Olajuwon (Nigéria) Equipas: Houston Rockets (1984-2001), Toronto Raptors (2001-02). (2 vezes campeão NBA) (2 vezes MVP finais) (NBA MVP) (12 vezes All Star);
2 – Detlef Schrempf (Alemanha) Equipas: Dallas Mavericks (1986-89), Indiana Pacers (1989-93), Seattle Supersonics (1993-99). (3 vezes All Star NBA) (2 vezes Melhor sexto jogador NBA);
3 – Vlade Divac (Sérvia) Los Angeles Lakers (1989-96/2004-05), Charlotte Hornets (1996-98), Sacramento Kings (1998-2004). (1 vez All Star NBA) (Naismith Hall of Fame);
4 – Dragen Petrovic (Croácia) Equipas: Portland Trail Blazers (1989-91), New Jersey Nets (1991-93). (1 vez All-NBA) (Naismith Hall of Fame);
5 – Dikembe Mutombo (R.D.Congo) Equipas: Denver Nuggets (1991-96), Atlanta Hawks (1996-2001), Philadelphia 76ers (2001-02), New Jersey (2002-03), NY Knicks (2003-04), Houston Rockets (2004-09). (8 vezes All Star) (4 vezes Defensive Player Year) (Naismith Hall of Fame);
6 – Tony Kukoc (Croácia) Equipas: Chicago Bulls (1993-2000), Philadelphia 76ers (2000-01), Atlanta Hawks (2001-02), Milwakee Bucks (2002-06). (2 vezes campeão NBA);
7 – Arvidas Sabonys (Lituânia) Equipa: Portland Trail Blazers (1995-2003). (Naismith Hall of Fame);
8 – Steve Nash (Canadá) Equipas: Phoenix Suns (1996-98) (2004-12), Dallas Mavericks (1998-2004), Los Angeles Lakers (2012-14). (2 vezes NBA MVP) (8 vezes All Star NBA) (Naismith Hall of Fame);
9 – Peja Stojakovic (Croácia) Equipas: Sacramento Kings (1998-2006), Indiana Pacers (2006), New Orleans (2006-10), Toronto Raptors (2010-11) e Dallas Mavericks (2011). (1 vez campeão NBA) (3 vezes All Star NBA);
10 – Dirk Nowitzki (Alemanha) Equipa: Dallas Mavericks (1999-2019) (1 vez campeão NBA), (14 vezez All Star NBA), (1 vez NBA MVP), (1 vez MVP Finais);
11 – Tony Parker (França) Equipas: San Antonio Spurs (2001-18), Charlotte Hornetes) (2018-19). (4 vezes campeão NBA) (1 vez MVP Finais) (6 vezes All Star NBA);
12 – Andrei Kirilenko (Rússia) Equipas: Utah Jazz (2001-11), Minnesota (2012-13), Brooklin (2013-15). (1 vez All Star NBA);
13 – Manu Ginobili (Argentina) Equipa: San Antonio Spurs (2002-2018). (4 vezes campeão NBA) (2 vezes All Star NBA);
14 – Yao Ming (China) Equipa: Houston Rockets (2002-11). (8 vezes All Star NBA) (Naismith Hall of Fame).
A NBA, cuja época desportiva teve agora o seu início, tem inscritos nas equipas que a constituem, 108 jogadores internacionais oriundos de 38 países e territórios autónomos. Trata-se da sexta época consecutiva em que o número de atletas profissionais de basquetebol, não nascidos nos Estados Unidos, ultrapassa a centena. Atendendo a que há 25 anos atrás, mais propriamente na época desportiva de 1994/95, o número de jogadores estrangeiros não ultrapassava os vinte e cinco, verificamos que nestes últimos seis anos o contingente se manteve, o que é uma demonstração real da evolução que a modalidade alcançou no contexto internacional.
Os países mais representados neste elenco de 108 jogadores internacionais são o Canadá (16), Austrália (10), França (8), Croácia (7), Sérvia (6), Espanha (5), Alemanha (5), Turquia (4), Brasil (4), Itália (3), Letónia (3), Eslovénia (3), Bahamas (2), Bosnia Herzegovina (2), Camarões (2), R. D. Congo (2), Grécia (2), Lituânia (2), Sudão Sul (2), Suiça (2), Ucrânia (2) e com 1 jogador os restantes a seguir indicados: Angola, Rep. Checa, Rep. Dominicana, Egipto, Finlândia, Geórgia, Haiti, Japão, Mali, Montenegro, Nova Zelândia, Nigéria, Porto Rico, Rep. Congo, Senegal e Reino Unido. Neste conjunto de jogadores internacionais temos 5 atletas que pertencem à Comunidade Lusófona, Bruno Fernando (Atlanta Hawks) o primeiro angolano nestas andanças e os brasileiros Bruno Caboclo (Memphis Grizzlies), Cristiano Felício (Chicago Bulls), Raúl Neto (Philadelphia 76ers) e Nené Hilário (Houston Rockets).
No que diz respeito às equipas que mais apostaram nos atletas internacionais temos à cabeça os Dallas Mavericks com 7, seguidos pelos Phoenix Suns (6), Philadelphia 76ers (6), Memphis Grizzlies (5), San Antonio Spurs (5), Oklahoma City Thunder (5), Sacramento Kings (5), Toronto Raptors (5), Utah Jazz (5), Washington Wizards (5), Portland Trail Blazers (4), Cleveland Cavaliers (4), Denver Nuggetes (4), Milwaukee Bucks (4), Orlando Magic (3), Chicago Bulls (3), Brooklin Nets (3), Houston Rockets (3), New York Knicks (3), Minnesota Timberwolves (3), Charlotte Hornets (3), Detroit Pistons (3), Boston Celtics (3), Atlanta Hawks (2), LA Clippers (2), New Orleans Pelicans (2), Miami Heat (2), Indiana Pacers (2) e Golden St. Warriors (1).
Do actual contingente de jogadores internacionais que actuam na NBA há uns tantos que merecem uma referência especial na medida que atingiram uma posição de excelência não só na liga profissional norte americana, mas também no contexto internacional ao serviço das selecções nacionais dos seus países de origem:
- Pau Gasol (Espanha) – NBA Rookie of the year (2001), 6 vezes All Star NBA (2006-2009-2010-2011-2015-2016), 2 vezes Campeão da NBA pelos Los Angeles Lakers (2008-09) (2009-10). Selecção de Espanha - Jogos Olímpicos: Medalha de prata (2008) (2012), Medalha de bronze (2016); Mundial FIBA: Medalha de ouro (2006); Eurobasket: Medalha de bronze (2001), Medalha de prata (2003) (2007), Medalha de ouro (2009) (2011) (2015).
- Marc Gasol (Espanha)- NBA Defensive player of the year (2012-13), All Star NBA (2012-2015-2017). Selecção de Espanha – Mundial FIBA: Medalha de ouro (2006) (2019); Eurobasket: Medalha de prata (2007), Medalha de ouro (2009) (2011), Medalha de bronze (2013) (2017).
- Marc Gasol (Espanha), Serge Ibaka (Rep. Congo) e Pascal Siakam (Camarões) Campeões da NBA com os Toronto Raptors na época passada;
- Ricky Rubio, Marc Gasol, Willy e Juancho Hernangomez Campeões do Mundo com a selecção de Espanha no Mundial China 2019;
Por outro lado, verificamos que os vencedores dos 5 principais prémios individuais que distinguem os atletas da NBA, na época passada (2018/19), nas diversas facetas inerentes ao próprio jogo, 4 são estrangeiros:
- Giannis Antetokounmpo (Grécia) MVP (Jogador mais valioso);
- Luka Doncic (Eslovénia) Rookie of the year (Novato do ano);
- Pascal Siakam (Camarões) Most improved player (Atleta com maior evolução);
- Rudy Gobert (França) Best defensive player (Melhor defensor).
Para além disso, ainda temos uma situação que nunca tinha acontecido na NBA, que é o facto de haver três duplas de irmãos como jogadores profissionais e todos eles internacionais:
- Pau e Marc Gasol (Espanha);
- Giannis e Thanasis Antetokounmpo (Grécia);
- Willy e Juancho Hernangomez (Espanha).
Neste momento a Europa é o continente que melhores resultados tem apresentado no Basquetebol a nível Internacional."

Benfiquismo (MCCCXLIX)

Troca!!!

Vermelhão: liderança confirmada...

Santa Clara 1 - 2 Benfica


Jogo muito parecido, com a partida em Moreira de Cónegos, apitada pelo mesmo ladrão! Reviravolta, desta vez a cerca de 15 minutos do final... em vez do golo nos descontos! Mesmo assim, não nos livrámos de mais 90 minutos de tensão cardíaca!!!
Primeira parte muito má, muitos passes falhados (acima da média... muito acima...), e como consequência praticamente não criámos desequilíbrios ofensivos, facilitando a tarefa do adversário, que defendia com muita agressividade, e saía em grande velocidade para o contra-ataque... Mesmo com bastante posse de bola, jogámos pouco!!! Mesmo assim o golo do Santa Clara, 'nasce' da bola ao poste do Seferovic (não estava fora-de-jogo...)!
No 2.º tempo melhorámos, com o Chiquinho mais atrás, ganhámos alguma criatividade, principalmente nos arranques com bola controlada do Chiquinho, que é dos poucos que tem capacidade de partir para o 'drible' para cima do adversário... E com o Vinícius, obrigámos o Santa Clara a recuar as linhas! É verdade que no início da 2.ª parte, as duas primeiras oportunidades foram dos Açorianos, mas em puro contra-ataque, foi notório imediatamente, que o Santa Clara a ganhar (1-0), ia recuar...
E com a equipa mais 'subida', duas recuperações altas, uma do Chiquinho (quem faz falta é o jogador do Santa Clara, que depois quando perde posição, simula uma agressão...), outro num erro do defesa da casa, demos a volta ao resultado, com justiça, mas longe de deslumbrar...
Ironicamente, e apesar das insuficiências claras, o Benfica deve este momento a liderança na Liga, à nossa organização colectiva, principalmente defensiva! Ainda hoje, ficou demonstrado que em muitos duelos defensivos, os nossos jogadores têm dificuldades 'atléticas' em acompanhar os adversários!!! Se o Benfica tem sofrido poucos golos no Tugão, é porque colectivamente temos estado relativamente bem... o próprio Ody não tem sido massacrado, hoje acabou por fazer duas boas defesas, uma num livre (manhoso) e outra numa escorregadela do Jardel...
Ofensivamente, aquilo que nos tem faltado são os rasgos individuais... o único jogador do plantel que tem capacidade de pegar na bola, e ultrapassar os defesas que lhe aparecerem pela frente, numa forma consistente, é o Rafa (e mesmo o Rafa, tem 'problemas' quando os defesas lhe 'encostam' o cabedal!)... Se o Tugão, tem muitas 'debilidades', onde os treinadores se 'excedem' é nos esquemas defensivos, somos de facto especialistas em 'autocarros', e para desmontar estes obstáculos, o jogo posicional ofensivo não é suficiente, temos que ter individualidades que fazem a diferença, que num momento para outro, conseguem desmontar o 'muro'... Sendo que no caso do Benfica, ainda temos o 'muro' dos apitadeitos para deitar 'abaixo', como hoje ficou bem visível em vários momentos, sendo o penalty não assinalado sobre o Cervi o ponto alto da roubalheira!!!
O Pizzi foi o MVP, com justiça, uma assistência e um golo... e mesmo na 1.ª parte, foi o que mais remou contra a maré... Os minutos 'poupados' na Europa, deram-lhe mais frescura para hoje!!!
Como já afirmei o Ody fez duas boas defesas, mas no golo do Santa Clara, tinha que ter saído a soco, aquela bola é do guarda-redes: o cruzamento foi tirado junto à linha lateral, o jogador que cruzou 'denunciou' o que ia fazer, a bola não 'saiu' alta, o jogador cabeceou já dentro da pequena área! O Ody tem melhorado nas saídas fora da área, mas ainda tem muito que melhorar nestas situações...
O Almeida voltou a provar que não está bem fisicamente... Bom jogo do Rúben, o Jardel sem um avançado 'fixo' para marcar, teve dificuldades... O Grimaldo a querer fazer 'demasiado' e depois esquece-se daquilo que é a sua função: aquela última bola nunca poderia passar!!!
A gestão do Gabriel nesta série de jogos, não foi a melhor. O Taarabt passou de titular indiscutível, e quase sempre um dos melhores em campo, para não utilizado! O Gabriel corre muito, na próxima sequência de jogos, tem que ser usado de forma mais inteligente... O Tino, foi substituído ao intervalo, num jogo onde quase tudo lhe saiu mal...
O Cervi sofreu o penalty que provavelmente daria o empate, mas também não foi das melhores prestações...
O Chiquinho, no meio de 4 ou 5 adversários, que batem em tudo o que mexe, tem muitas dificuldades... quando recuou, melhorou bastante. O Seferovic, foi com o Pizzi o melhor na 1.ª parte: desmarcou-se quase sempre bem, mas depois a bola não lhe chegava junto da área...
Boa entrada do Vinícius, com o golo, mas também ganhando alguns duelos físicos com os defesas...
Inacreditáveis nomeações dos apitadeiros, tanto o árbitro, como VAR!!! Ladrões assumidos...
O penalty sobre o Cervi é o lance mais óbvio, mas não foi o único...
A tolerância disciplinar com os jogadores do Santa Clara foi constante, o melhor exemplo, foi o corte com a Mão do Mamadu, que não levou Amarelo!!! Vi pelo menos duas 'tesouradas' sobre os nossos jogadores, algo que hoje em dia, a este nível é raríssimo, parecia que tínhamos voltando aos anos 90 com o André e companhia!!!
O anti-jogo começou cedo, tudo fez, para o jogar ter o máximo de paragens... a forma como supostamente 'recorria' ao VAR, quando nada o obrigava a fazer só para 'queimar' tempo, a forma como foi dialogar com o guarda-redes do Santa Clara, para não perder mais tempo, perdendo assim, ainda mais tempo, foi demasiado descarada!!! Um Ladrão, que deve ter ficado com azia...!!!
Quem também ficou com azia foi o Lagarto do João Henriques... vai mas é para o caralho!!!
O mais importante no Campeonato, são os três pontos, e o Benfica tem os conseguido, a jogar mais ou menos, ou a jogar mal... Nas vésperas de mais um 'intervalo longo' na Liga, a vitória hoje era fundamental, a nomeação da puta da confeiteira, é a prova disso mesmo! Vamos para 'descanso' na liderança, amanhã saberemos por quantos pontos!
Não acredito que nos próximos tempos, vamos ter uma melhoria significativa nos níveis exibicionais, agora só quando o Rafa regressar, ou quando se formos ao Mercado (duvido... a não ser um jogador do Fama!!!). Com os jogos da Champions pelo meio, no próximo ciclo, vamos ao Bessa e recebemos o Famalicão, não será um 'momento' mais decisivo, mas chegar a Janeiro com uma vantagem, nem que seja pequena, será muito bom... porque aí sim, teremos jogos decisivos! Em poucas jornadas, vamos jogar com os Guimarães, os Lagartos, os Corruptos e o Braga, praticamente tudo de seguida... e será nesta sequência, que muito se vai decidir, será importantíssimo chegar no topo da forma... de preferência já com o Rafa!!!
Até lá, os três pontos são o mais importante...