Últimas indefectivações

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Exigência... a nós e aos outros

"Já o escrevi várias vezes: O Benfica tem sido severamente prejudicado pelas arbitragens, contrastando com os frequentes benefícios concedidos a Sporting e FC Porto. Constatar esta evidência não desculpabiliza o nosso percurso aquém das expectativas, embora saibamos que as dinâmicas de vitória, tão relevantes para as equipas quanto os aspectos técnicos e tácticos, obtêm-se, com vitórias. Com arbitragens normais, isto é, em que houvesse boas e más decisões equitativas quanto aos clubes afectados, a classificação seria mais favorável aos nossos interesses, mesmo que os problemas sentidos pela nossa equipa subsistissem.
Neste contexto, o Benfica não só terá que ser superior aos seus adversários, como necessita de um esforço adicional para ultrapassar as dificuldades criadas por quem tem o dever de imparcialidade mas não o tem demonstrado.
O Benfica é Bicampeão Nacional, tem que ser exigente consigo próprio e com os outros. Deverá identificar as suas lacunas e colmatá-las. Terá que perceber os seus erros e não repeti-los. E não poderá permitir que sejam os árbitros a acentuar as suas fases menos boas e a disfarçar idênticos constrangimentos dos nossos adversários.
A fruta, o café com leite e as viagens apresentaram bons resultados no passado. A constante auto-vitimização e atordoadas em todas as direcções estão a produzir efeitos no presente. Contudo, nunca serão esses os caminhos trilhados pelo Benfica. Preferimos trabalhar e preparar o futuro, sem desvios motivados pelas circunstâncias e imunes à tentação de utilização de estratégias que só uma comunicação social subserviente ou demissionária das suas funções não desmascara.
Denunciemos então!"

João Tomaz, in O Benfica

Miopia

"Perguntava há poucos dias o presidente do SL Benfica onde anda a Liga da Verdade, depois de mais um ataque súbito de miopia por parte de uma equipa de arbitragem na Catedral. Nenhum dos elementos que devem zelar pela verdade desportiva em campo conseguiu assinalar uma grande penalidade no jogo com o Rio Ave. E tiveram três lances para o fazer. Não é caso estranho esta época.
Em Arouca (2.ª jornada), no Dragão (5.ª), com o Sporting (8.ª) e nos últimos cinco jogos para o Campeonato, houve outras miopias do género contra o Bicampeão; já o FC Porto, olhando para os casos nos 14 jogos já disputados para a Liga, tem mais sete pontos do que deveria (dois pontos a mais com o Glorioso, mais dois com o Paços de Ferreira e mais três no nevoeiro da Madeira com o Nacional); e quanto ao Sporting, são pelo menos mais oito - dois pontos a mais na Luz, três pontos em Arouca, dois na Madeira com o Marítimo e mais dois em Alvalade com o Moreirense.
Se a tal Liga da Verdade existisse, onde andariam agora os críticos de Rui Vitória? Provavelmente a festejar a chegada do SL Benfica ao Natal no primeiro lugar. E entusiasmados com a ideia cada vez mais palpável da conquista do Tricampeonato. Mas não, andam a suspirar por Mourinho em vez de acreditar no ribatejano que ainda vai calar muita gente. Até maio, muitas vão ser as falhas: de árbitros, de dirigentes, de jogadores, de comentadores, de jornalistas. Muitos pontos vão ser perdidos com falhanços à boca da baliza, com foras-de-jogo mal assinalados e com tácticas que não resultam em determinado dia. Faz parte desta modalidade de paixões e milhões. Mas aquilo que não pode acontecer é baixar os braços e aceitar com resignação o favorecimento dos rivais directos.
Estamos na luta! Dá-me o 35."

Ricardo Santos, in O Benfica

Gigantes!

"Nem um empatezinho para amostra! 33 jogos, 33 vitórias! 22 jornadas de 2014/15, e mais 11 (o pleno) de 2015/16. É este o inacreditável pecúlio da equipa de Hóquei em Patins no Campeonato Nacional da 1.ª divisão, desde o já distante dia 25 de Outubro de 2014. 7-0 fora e 9-0 em casa com o Sporting, 10-0 ao Valongo, 7-3 no Dragão e 5-1 ao FC Porto na Luz, eram alguns dos resultados averbados neste percurso. Faltava uma vitória sofrida, com contornos de filme de suspense, e sabor a mel, para compor o quadro. Ela aconteceu no último sábado, após um espectáculo inolvidável.
Aquele último minuto vai ficar marcado na história do Hóquei português, e na memória de todos os que enchiam o Pavilhão da Luz. Virar um resultado de 3-4 para 6-4 em apenas 68 segundos, frente a um, também ele, candidato a todos os títulos nacionais e internacionais, não é proeza que possa passar em claro. E apenas está ao alcance daquela que é hoje, sem dúvida, uma das melhores equipas do mundo, e, porventura, a melhor de sempre do Hóquei "encarnado".
Não será preciso lembrar que, apesar destas exuberantes manifestações de qualidade, ainda nada está ganho esta época. Tenho a certeza que os festejos estão bem guardados lá mais para o fim. Mas, a manter-se o espírito, todas as ambições são legítimas.
Enquanto Benfiquista, e apaixonado do Hóquei em Patins, tenho um sonho: ver o capitão Valter Neves erguer mais um troféu de Campeão Europeu, desta vez na nossa casa, perante uma multidão idêntica à de sábado passado. Até o adversário poderia ser o mesmo. Fica já reservada uma das doze passas da passagem do ano."

Luís Fialho, in O Benfica