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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Zero: Mercado - William Gomes, Rashford e Marchesín

O Cantinho Benfiquista #195 - We Have Lots to Talk About

Benfica: Regresso a casa com a Taça


"De regresso a casa e com a Taça da Liga. Neste regresso feliz à Luz o Benfica mostrou-se uma equipa segura a defender e contundente a atacar. Permitir poucos remates e ocasiões ao adversário e por outro lado criar situações de remate que resultem em golos. É este equilíbrio e controlo que as equipas procuram garantir.
A equipa foi sólida defensivamente e agressiva na frente, conseguindo desde cedo a vantagem sobre o Famalicão, aspeto importante para a sempre ansiada estabilidade exibicional.
No ataque a figura surpreendente foi Leandro Barreiro, que fez a diferença vindo de trás, em movimentos diagonais sempre tão difíceis de anular por quem defende. O timing do movimento coordena-se com o momento do passe e com a posição da linha defensiva adversária. Claro que o protagonista depende da qualidade de quem faz a assistência, no caso, quer Pavlidis, quer Schjelderup, foram certeiros.
Barreiro consegue, com simplicidade, ser pressionante à frente na saída de bola do adversário, sendo depois mais um recuperador atrás. O seu raio de ação completa-se com a presença que consegue no ataque, com especial relevo nesta última vitória. Os seus três parceiros da frente estiveram também em bom nível, com Schjelderup à cabeça, que encanta e confirma influência. De técnica apurada com a bola e pé direito muito próximos, dificulta o timing de quem procura o corte. Akturkoglu surgiu bem. Figura, que já se percebeu, de forte temperamento, reagiu bem ao banco, como convém, num regresso convicto e participativo em alguns dos melhores lances de ataque do Benfica. Tão bem na direita como agora na esquerda. Com a mesma profundidade, embora mais exterior, acrescentou nesta mudança de lado a qualidade do seu cruzamento. O ângulo de remate é, no entanto, para um destro mais fechado que no flanco oposto.
Sem conhecer pessoalmente Leandro Barreiro, sinto ser alguém que merece a noite única (veremos...) que viveu. A sua simplicidade percebe-se, sendo um bom modelo para muitos. A disponibilidade, humildade e a discrição são caraterísticas raras na egoísta atualidade que vivemos. Barreiro é um bom exemplo.

GRANDE ÁREA
Quanto a Pavlidis, mantém o seu habitual esforço e entrega, cujo contributo assenta na sua capacidade técnica e mobilidade, eventualmente demasiada para um número nove. Talvez deva medir melhor os seus espaços para a pretendida correspondência na finalização. A grande área será sempre a zona preferencial e onde o resultado se faz. É principalmente lá que o atacante tem que prestar serviço.
O equilíbrio entre o apoio lateral que é pedido ao avançado centro deve ser equilibrado com a obrigatória presença na área, ainda mais quando se joga com um único ponta de lança. Respeito muito o esforço de quem tenta e dá o máximo. Uma regra que sempre me guiou enquanto joguei: 'As eventuais críticas que cheguem só podem resultar da falta de pontaria, nunca da menor entrega.' É o caso do jogador internacional grego.

FESTA É FESTA
Lusitano de Évora e Elvas são os mui nobres representantes alentejanos do Campeonato de Portugal na democrática festa da Taça de Portugal desta temporada. Atingir fases tão adiantadas da histórica competição é o sonho de muitos, mas alcançada por quase nenhuns de divisões mais modestas. Nesta edição, o Minho tremeu e bem, ante a capacidade e vontade de quem compete em contextos mais humildes. SC Braga e Vitória SC, vizinhos e rivais entre si, suaram e sofreram, acabando com sortes diferentes.
É um facto que a nossa casa é naturalmente mais confortável porque se conhecem os seus cantos e por isso também mais incómoda para visitas, mesmo quando ilustres.
Assim, o Elvas fez valer o calor da sua planície para heroicamente seguir em frente. Já o Lusitano de Évora, mesmo competindo até ao fim, enfrentava um cenário bem mais adverso. A honra que a equipa deixou em campo foi celebrada mesmo assim pelos muitos adeptos que a acompanharam, vindos de tão longe. Bravo, Alentejo!"

Santa Clara será o que Trump quiser


"Começou uma nova era. Agora vale tudo

Passados 25 anos da entrada no novo século já todos percebemos que os ideais e valores do século XX, fundamentalmente no pós-Guerra, período de maior devastação que o ser humano foi capaz de produzir, estão praticamente relegados para os livros de história por troca de uma ordem para a qual ainda não foi dado qualquer nome – talvez isso venha a ser matéria para a Inteligência Artificial. É legítimo pensar que começou uma nova era com a reeleição de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos da América e percebermos, até os mais ingénuos, que a lei da força veio para ficar. Se não consegues combater os ditadores com o poder da democracia e do humanismo, então torna-te igual a eles.
É uma época que ameaça fundir-se com o surrealismo de há cem anos. Ouvimos ou lemos que a maior potência militar e económica do mundo pode tirar um território europeu (Gronelândia) a um país da União Europeia (Dinamarca) e acreditamos que tal é possível. Porque sim. E colocamo-nos a admitir outras hipóteses, mais ou menos remotas: e porque não os Açores? Afinal é um arquipélago ali a meio caminho no Atlântico e tem a base das Lajes, de importância estratégica em tempos de belicismo que prometem estar de volta.
Em boa verdade é caso para começarmos a pensar que nada está garantido e tudo pode mudar. No desporto também. Não deixa de ser irónico que o próximo Mundial de futebol, em 2026, se realize em três países vizinhos cuja potência maior (Estados Unidos) tem como primeira medida da nova Administração Trump taxar ao máximo os bens que vêm das fronteiras Norte e Sul e até ameaçar com a anexação do Canadá. Porque a partir de agora tudo é possível. Até quem sabe vermos o Santa Clara jogar contra o Inter Miami de Lionel Messi, num dos novos dérbis da conferência Este da Major League Soccer (MLS).
Jorge Jesus expressou novamente o sonho de ser campeão do mundo por uma seleção, admitindo que por razões óbvias (relação emocional e domínio da língua) isso seria possível apenas no Brasil ou em Portugal. Seja pela sua forma muito própria de ser e trabalhar ou porque tenha preferido rumar a latitudes mais exóticas na busca de mais experiência, dinheiro e notoriedade, JJ foi sempre posto à margem da lista de potenciais selecionadores nacionais. Mas talvez esteja na hora de Jesus fazer parte da equação. Pode não ter o perfil do tradicional selecionador (aquele que tenta ser conciliador, polido e um gestor harmonioso de egos) mas o que fez no Flamengo e na segunda passagem pela Arábia Saudita tem contrariado o que muitos pensavam dele: de que não sobreviveria entre estrelas pagas principescamente. Não só sobreviveu como os conquistou. Basta ler e ouvir o que eles dizem.
Há 20 anos que os três grandes não trocavam de técnico ao mesmo tempo (em 2004, todos mudaram, mas no verão) e pela primeira vez em 91 anos fizeram-no no decorrer da temporada. 2024/2025 promete ser a época mais eficaz da máquina de triturar treinadores quando ainda falta realizar uma volta. São seis, para já, os heróis da resistência: João Pereira (Casa Pia), César Peixoto (Moreirense), Ian Cathro (Estoril), Tiago Margarido (Nacional), Cristiano Bacci (Boavista) e Vasco Matos (Santa Clara), este último a grande revelação da temporada e já com vários interessados em tirá-lo de Ponta Delgada. Ficando, nunca se sabe se não mudará de campeonato sem mudar. Tudo depende do que pensam o Pentágono e a Casa Branca."

Padel: Ruído da atividade desportiva


"O Tribunal da Relação de Lisboa proferiu recentemente um Acórdão onde se discute a violação de direitos de personalidade em virtude da luminosidade e ruído provenientes de campos de padel e dos bares existentes em área residencial, o que afeta os moradores das zonas circundantes.
O Tribunal determinou que embora as medições indicassem que o ruído produzido pelos campos de padel não excedia os limites legais estabelecidos pelo Regulamento Geral do Ruído, o ruído produzido pode efetivamente perturbar o descanso e bem-estar dos residentes nas áreas envolventes àquele espaço desportivo, reconhecendo a existência de um conflito entre o direito ao repouso e sossego dos residentes (chamados direitos de personalidade) e os direitos de propriedade e liberdade de iniciativa privada dos proprietários dos campos de padel e respetivos bares.
Perante isto, o Tribunal da Relação de Lisboa, confirmando a sentença que vinha recorrida, julga que os direitos de personalidade dos moradores devem prevalecer, pelo que determinou que os campos de padel e os bares associados aos mesmos só podem funcionar no período entre as 8h00 e as 21h00 de segunda a sábado e das 8h00 às 13h00 ao domingo — sendo que o horário de funcionamento dos campos e dos bares de apoio era das 8h00 horas às 00h00 horas, sete dias por semana —, visando assim o equilíbrio entre os direitos em conflito, uma vez que permite a continuidade da atividade económica das empresas que exploram os campos e os bares, mas salvaguarda o direito ao repouso e tranquilidade dos residentes nas imediações do local de prática desportiva."

Fever Pitch - Domingo Desportivo - Danny Makkelie, que se passou aqui?

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Que ilações ficam do incrível jogo entre Benfica e Barcelona?

Observador: E o Campeão é... - “O Benfica fez um jogo a lembrar o Braveheart”

Observador: Três Toques - Benfica perdeu-se nas tapas e ficou sem gás?

Zero: Negócio Mistério - S03E18 - Saviola no Benfica

Rabona: Dortmund...

Surreal mesmo!!!


"Nos últimos 5 confrontos do Sport Lisboa e Benfica na Champions League, os jogos dos encarnados foram apitado por 2 árbitros dos Países Baixos.
Ora, os Países Baixos concorrem diretamente com Portugal pelo 6° lugar do ranking da UEFA.
▶️ Não devia a FPF fazer uma exposição para esta situação?
▶️ Os pontos a mais ou a menos do SL Benfica não beneficiam ou prejudicam todos os clubes portugueses?
Já a nossa imprensa desportiva, sempre tão imparcial, coloca hoje estas capas nos escaparates...
Já nem disfarçam!"

Gritante diferença de critérios


"QUANDO A IMPRENSA ESTÁ AO NÍVEL DA ARBITRAGEM...

Um penálti inexistente que derrotou o Sporting foi muito justamente apelidado de "ROUBO". O melhor que arranjaram para o "ROUBO" de ontem foi "BANHADA".
Pior só mesmo os senhores
1. Danny Makkelie (árbitro), que dizem ser muito categorizado, não vimos nada disso
2. Rob Dieperink (VAR), que com tanto monitor e tanta tecnologia ao dispor não conseguiu enxergar e corrigir erros graves do árbitro com influência direta no resultado do jogo.

Nota: este post não tem a pretensão de branquear os nossos erros, que os tivemos, tal como o Barcelona, aliás, os teve na mesma medida. Também por isso o jogo acabou com um resultado próprio de hóquei em patins."

Hino ao futebol. Mas um roubo, roubo descarado do árbitro.


"Benfica 4-5 Barcelona

E não, não é desculpa, se o erro do Trubin relançou momentaneamente a partida, passados 4 minutos tínhamos reposto a vantagem, a partir daí foi o árbitro quem venceu a partida.
Quem marca a queda do Yamal e depois não marca falta sobre Otamendi e Barreiro no lance que decide o encontro é o único responsável pelo desenrolar do marcador, e pelo desfecho do mesmo.
Nada mais há a dizer, bateram-se como gigantes que são de parte a parte, isto é futebol, mas não pode haver uma inclinação tão grande de um relvado como aquela que se assistiu nos momentos chave da partida.
O Benfica lutou pelos seus golos, o Barcelona foi ajudado por uma arbitragem e VAR vergonhosos!
UEFA MÁFIA!
Nem tolero que se diga o que quer que seja dos nossos jogadores, bateram-se contra um campo inclinado!"

Destaques do Benfica: Carreras e Pavlidis gloriosos em noite sem glória


"Grandes exibições do lateral espanhol e do avançado grego, acompanhados por Otamendi, Schjelderup, Florentino ou Aursnes

Melhor em campo:
Pavlidis (8) — Noite inesquecível, afinal não é todos os dias que se marcam três golos, muito menos na Liga dos Campeões, mais improvável ainda contra o Barcelona. Abriu as contas aos 2’ respondendo com remate de primeira, antecipando-se a Cubarsí, a cruzamento de Carreras. O segundo golo terá sido dos mais fáceis que marcou — ficou com a bola depois do choque entre Szczesny e Baldé, só teve de caminhar pela passadeira vermelha para escolher como marcaria, rematou na zona de penálti. Marcou o terceiro de penálti, rematando para a direita. E pressionou os centrais do Barça no cruzamento de Schjelderup, que Ronald Araújo desviou para a própria baliza.

Trubin (6) — Com grande defesa, evitou que Gavi, isolado, marcasse. Sofreu dois golos de penálti (atirou-se sempre para o lado direito e Lewandowski atirou para o contrário), pouco mais poderia fazer nos de Eric García e no último de Raphinha. Mas fica ligado a momento de tremendo infelicidade. Na reposição de uma bola chutou contra a cabeça de Raphinha e a bola acabou na baliza. De resto intervenções seguras a remates de Yamal (2’), Koundé (49’) e Pedri (64’).

Tomás Araújo (6) — Extraordinário passe longo a lançar Carreras, que depois assistiu Pavlidis (2’). Dez minutos depois falhou a entrada para fazer um corte sobre Baldé e cometeu penálti. Sentiu-se algum nervosismo até ao final da primeira parte. Mas recuperaria na segunda com alguns cortes e participou no lance perigoso aos 90+1, servindo Amdouni que depois isolou Di María.

António Silva (6) — Se anulou muitos lances do ataque do Barça, bem posicionado e com boa leitura, também cometeu alguns erros, como quando demorou a libertar a bola e originou lance de perigo (45+1’) adversário ou quando, nas suas costas, Eric García cabeceou para o quarto golo.

Otamendi (8) — Foi, uma vez mais, o líder nos maiores momentos de resistência. Somou cortes atrás de cortes, sem cerimónias, sem olhar se à frente estava Lewandowski ou outro qualquer. No relvado ou pelo ar impôs o físico e a lei. É de um passe longo de Otamendi que nasce o choque entre Szczesny e Baldé na origem do segundo golo de Pavlidis.

Carreras (8) — Carregado de confiança e força, conduziu muitos ataques com bola, deixando para trás adversários para criar as melhores oportunidades do Benfica. Quase perfeito na marcação a Yamal, mas cometeu falta sobre o compatriota para penálti. Antes tinha oferecido o golo a Pavlidis (2’) e um recital à Luz.

Akturkoglu (6) — Passou muito tempo a correr para trás, na perseguição a Baldé. Dois lances importantes quando pôde correr para a frente — foi buscar o passe de Otamendi que obrigou ao choque entre Szczesny e Baldé no lance do segundo golo do Benfica e foi derrubado por Szczesny na área para penálti que Pavlidis converteu. Ofensivamente, pouco mais, apenas um centro aos 26’.

Florentino (7) — Foi obrigado a correr muito para cortar linhas de passe e para cortar passes. Jogo muito exigente fisicamente, tanto tentava pressionar Pedri na saída de bola como andava mais atrás a desarmar Gavi. Por vezes pareceu haver mais que um Florentino em campo.

Kokçu (6) — Desgastou-se muito ao lado de Florentino, sem tempo e espaço para pensar ou executar. Falhou alguns passes na saída para o ataque, aos 45+1’ perdeu bola à entrada da área depois de receber de Florentino um passe à queima. Andou mais atrás dos jogadores do Barça que o contrário.

Schjelderup (7) — Aos 7’, depois de receber de Pavlidis, obrigou Szczesny a defender. Aos 33’ arrancou com a bola, passou por Casadó, rematou contra Ronald Araújo e a bola acabou nas mãos de Szczesny, aos 36’ só foi travado em falta por Gavi num contra-ataque, aos 54’ isolou Aursnes com grande passe, aos 66’ voltou a ser derrubado num contra-ataque, agora, por Koundé, que também viou amarelo, aos 68’ cruzou para Ronald Araújo fazer autogolo. Foi sempre uma das poucas soluções para o Benfica sair a jogar para o ataque com qualidade. Saiu, por Di María, aos 71’, esgotado.

Aursnes (7) — Ajudou Pavlidis na primeira linha de pressão, sobretudo sobre Cubarsí. Falhou finalização (6’) depois de cruzamento perfeito de Carreras, tocou para Akturkoglu no lance do penálti e deu-se aos companheiros para o Benfica esticar o jogo. Aos 54’ isolado por Schjelderup rematou sem força, Cubarsí cortou. Saiu muito desgastado aos 61’ por Leandro Barreiro.

Leandro Barreiro (5) — Foi desempenhar as funções de Aursnes, numa altura em que a equipa estava mais recuada e não tinha o ponto de referência de pressão. Não estava muito longe quando Eric García cabeceou para o quarto. E foi o protagonista do lance polémico mesmo no final, queixando-se de penálti.

Bah (4) — Entrou aos 71’ para o lugar de Akturkoglu, mas foi mais lateral-direito quando o Benfica passou a jogar com três centrais. Com pouca influência positiva no ataque, tentou defender-se… a defender.

Di María (4) — Teve nos pés o 5-4. Aos 90+1’, isolado por Amdouni, rematou para a defesa de Szczesny. Foi jogar na esquerda e teve mais um lance significativo — cruzamento para a área do Barça aos 90+6’ que acabou no golo da vitória dos catalães.

Rollheiser (5) — Substituiu Kokçu aos 80’ e foi médio-interior esquerdo. Andou a defender, mas teve a capacidade ainda de lançar Tomás Araújo para o lance que acabaria com Di María na cara de Szczesny.

Amdouni (6) — Dez minutos em campo, no lugar de Pavlidis, com muito esforço defensivo. Isolou Di María aos 90+1’ e ainda cortou um remate de Yamal na área aos 89’."

Benfica-Barcelona, 4-5 Noite que poderia ter sido épica virou pesadelo no último instante


"É histórico marcar quatro golos a um campeão da Europa, mas igualmente histórico é sofrer cinco golos em casa

Esta crónica, caro leitor, devia ter o dobro do tamanho e não estes míseros 3 891 carateres. Tanta emoção, tanta reviravolta, tanto golo estranho, tanto erro e tão pouco espaço para o descrever. De ponta a ponta de jogo o coração de benfiquistas e barcelonistas andou nos limites: pum-pum-pum-pum. Espécie de arritmia que, no fim, beneficiou os catalães. Acabou por ser um hino ao futebol, daquelas noites europeias por que os fãs de futebol, sejam de que clube forem, tanto anseiam.
Comecemos pelo essencial. Aquilo que poderia ter sido uma noite histórica para o Benfica, com fantásticos três golos marcados até à meia-hora, transformou-se em verdadeiro pesadelo, sofrendo os encarnados o quinto golo aos 90+6, instantes depois de ter estado pertinho de fazer o 5-4 e terminar com as dúvidas no resultado.
Houve erros para quase todos os gostos: pisão de Tomás Araújo em Baldé origina o 1-1 de Lewandowski de penálti; choque de Szczesny e Baldé na base do 2-1 de Pavlidis; autogolo de Ronald Araújo para o 4-2; Di María a falhar, isolado, o 5-4; buracão no meio-campo/defesa do Benfica no 4-5 final de Raphinha. E também múltiplos azares: pontapé de Trubin que embate, com estrondo, na cabeça de Raphinha e origina o 3-2; toque de Carreras no ombro de Yamal interpretado pelo árbitro como motivo para o penálti do 4-3; queda de Barreiro na área espanhola vista pelo juiz como isenta de falta e, na sequência, zás, 5-4 de Raphinha. Por fim, meia dúzia de grandes exibições: Pavlidis, Carreras e Otamendi; Pedri, Raphinha e Lewandowski. Hino ao futebol que foi cruel para os encarnados.
Esta crónica bem poderia ter começado, porém, por uma simples pergunta de complicada resposta: quantas vezes o Barcelona sofreu três golos, antes da meia hora, nos últimos mil jogos? Duas. Na final da Champions 2019/2020, na Luz, frente ao Bayern, quando os alemães venciam por três, golos de Muller (4’), Perisic (22) e Gnabry (27). E ontem. Ontem, meus caros. Ontem. Em Portugal, em Lisboa, na Luz. Mas ganhou, meus caros, ganhou. E, sejamos justos, acabou por merecer.
O Barça já não tem Kocsis, Kubala e Czibor (anos 60), já não tem Cruyff, Rexach e Neeskens (anos 70), já não tem Maradona, Simonsen e Schuster (anos 80), já não tem Romário, Stoitchkov e Figo (anos 90) e já não tem Ronaldinho, Iniesta, Xavi, Deco, e, acima de todos e de todas as décadas, Lionel Andrés Messi Cuccittini (Século XXI), mas, meus caros, quando pega na bola e a começa a rodar, como aconteceu na maioria do tempo de jogo, os adversários não têm alternativa a não ser recuar e proteger a sua baliza.
Talvez o Benfica tenha recuado demasiado quando Bruno Lage, por volta dos 70’, optou por passar a jogar com três centrais (Tomás Araújo, António Silva e Otamendi), dois alas (Bah e Carreras), três médios (Rollheiser, Florentino e Barreiro) e dois na frente (Di María e Amdouni), quando ganhava por 4-2. Talvez. E esta é mesmo a melhor palavra para comentar a opção do treinador: talvez.
A verdade é que o Benfica recuou, sim, mas até poderia ter vencido após tanto ter recuado. Mas Di María, o genial argentino, o esquerdino dos grandes jogos, dos grandes momentos e dos grandes golos, falhou o 5-4, pertinho do fim, frente a Szczesny. E 4-4 que poderia ter sido 5-4 virou 4-5.
É histórico para o Benfica marcar quatro golos a um campeão da Europa (já o fez a Real Madrid, FC Porto e Feyenoord), mas torna-se igualmente histórico sofrer quatro ou mais em sua casa (Belenenses, Santos, Man. United, FC Porto e agora Barcelona). Repete-se: podia ter sido épico e acabou por ser tremendo soco na cara.
O Benfica cai para o 18.º lugar com 10 pontos, continua em posição de, pelo menos, ter acesso ao play-off de acesso aos oitavos de final e não é líquido que não possa ser apurado diretamente. Para que esta última hipótese tenha algumas pernas para andar torna-se imprescindível ganhar em Turim, casa da Juventus, a 29 de janeiro."

Vangelis e Carreras começaram por dar música ao Barcelona, mas neste jogo aconteceu de tudo. Até a derrota do Benfica


"Jogo de loucos na Luz, que o Benfica, inexplicavelmente, perdeu. Os encarnados estiveram duas vezes com vantagem de dois golos frente ao Barcelona e acabaram por cair com um golo nos descontos de Raphinha (5-4). Houve de quase tudo neste encontro de Champions: golos bizarros, abordagens desvairadas, auto-golos, penáltis, voltas e reviravoltas. E uma derrota complicada de digirir para a equipa de Bruno Lage

Bem, afinal o que é que se passou aqui? A que espécie de freak show assistimos nós na Luz? Foi futebol? Certamente, por vezes. Foi um espetáculo de improviso? Também. Foi circo? Pareceu aqui e ali, perdoem-nos os profissionais da área. Foi uma montanha-russa? Sim. Foi um evento bíblico, com direito a dilúvio, trovões e relâmpagos? É possível que o Novo Testamento tenha um espacinho para esta noite.
Posto isto, vamos a factos contáveis: o Benfica perdeu com o Barcelona por 5-4 e o jogo foi tão louco quanto o resultado possa suscitar. A derrota tem consequências pragmáticas: com 10 pontos, é possível que os encarnados entrem pressionados na última jornada desta fase de grupos da Champions.
E depois há as consequências mais difíceis de prever ainda a quente. Como se recupera de uma possível noite histórica, que se tornou num pesadelo? Como se ultrapassa estar por duas vezes a ganhar por dois golos ao Barcelona, o gigante Barcelona, e acabar a perder? Talvez não haja nada para refletir. Não há muitas noites assim, caóticas, cataclísmicas, em que acontece tudo e mais um par de botas num campo de futebol. Não verão muitos jogos assim, caros leitores. Na vossa vida. Assumo aqui esta afirmação esticada.
Porque, ora bem, o que é que não se passou na Luz se calhar é uma pergunta mais fácil de responder. Sobre o que se passou há muito para discorrer, como num filme burlesco. Um hat-trick de Pavlidis ainda na 1.ª parte, para começar, um avançado que há seis jogos não marcava um golo e que de repente entra na história do Benfica como apenas o 9.º jogador a marcar três golos num só jogo pelos encarnados na Liga dos Campeões. Golos caricatos, um para cada lado, porque o caos também sabe ser democrático. O primeiro para o Benfica, na 1.ª parte, quando Szczesny errou nos cálculos mais do que um aluno com 20% num teste de matemática e ainda pontapeou o colega Baldé - como assim, Szczesny? - deixando via livre para Pavlidis fazer o que era então o segundo do Benfica e seu segundo da conta pessoal.
Na 2.ª parte, Trubin quis juntar-se ao espectáculo circense de fazer rir quem, na verdade, pagou bilhete para ver um jogo de futebol taticamente rico (eheh) e fez uma reposição de bola diretamente para a cabeça de Raphinha, com tanta força que o brasileiro talvez tenha visto estrelas antes de perceber que a bola estava a ir direitinha para a baliza. Se fosse de propósito, talvez não tivesse dado certo. Como diria certo filósofo do mundo futebolístico, pimbolim é matraquilho.
Com este golo de Raphinha, o jogo colocava-se num aberto 3-2. O Benfica trazia um impressionante 3-1 do intervalo, graças a erros alheios, inteligência na hora de cheirar as falhas das linhas bem altas do adversário e a golos marcados nas alturas certas - ambos quando o Barça ameaçava o domínio intergalático do jogo. Colocando-se a apenas um golo de distância da equipa portuguesa, que até então tinha, com muito sucesso, diga-se, fechado os caminhos para a sua baliza, contendo as constantes tentativas de entrada dos catalães pelo corredor central, era de esperar mais revolução blaugrana, mas este jogo não estava para escrever direito por linhas tortas: era mesmo por linhas ziguezagueantes, daquelas que às tantas até passam por cima umas das outras e se tornam um novelo.
Posto isto, Ronald Araujo resolveu juntar-se à bizarria da partida, marcando um auto-golo tonto, que colocou novamente o Benfica com dois golos de vantagem. Estávamos no minuto 68, os céus de Lisboa estavam mais claros do que numa manhã de verão, elétricos como o jogo, assustadores. Aos 78’, o árbitro, talvez encadeado por um desses histriónicos clarões, cheios de main character energy, viu um penálti comezinho na área sobre Lamine Yamal, o melhor jogador do mundo mas que até então havia sido apenas um adereço nas mãos de outro dos atores principais do jogo: Álvaro Carreras. Ele, com sobrenome de cantor lírico, e Vangelis, homónimo de compositor helénico, deram toda a música que puderam ao Barcelona na 1.ª parte e talvez por isso tenham sido os mais injustiçados pelos acontecimentos do final do jogo.
Aos 86’, Eric García fez o 4-4, de cabeça após canto curto. O Benfica podia ter ido novamente para a frente três minutos depois. Di María, entrado a meio de uma cena de loucos, cheirando oportunidades entre o jogo que já não estava partido, estava aos pedaços, viu-se isolado, mas desta vez Szczesny acertou onde devia - na bola, diga-se. O desespero tomou conta dos encarnados: como era possível não ganhar este jogo? E deixou de haver cabeça, discernimento para perceber o quão perigosa estava a situação. Foi com meia equipa do Benfica na área do Barcelona a pedir penálti em mais um lance de ai-jesus, no meio da ausência de organização, de lembrança que, sim, continua um jogo de futebol a decorrer, que Raphinha se viu sozinho entre o dilúvio, uma imagem de filme, e fez o 5-4, já para lá dos descontos.
Este Benfica - Barcelona entrará na mitologia oral dos encarnados como uma das noites mais bizarras da sua história europeia. Falar-se-á entre gerações de benfiquistas, highlights no YouTube serão consumidos quando se quiser confirmar que, sim, sim, aconteceu daquela maneira estranha. Para quem não tinha o coração virado para nenhum dos lados, foi um espectáculo bem divertido de assistir. Para quem se riu muito no início e levou com a tarte na cara no final nem tanto. O futebol, de facto, às vezes gosta de nos lembrar que nos controla a nós muito mais do que nós o controlamos a ele."

Morrer Assim, Na Praia, Custa Muito! ASSIM, PKP!!!


"Benfica 4 - 5 Barcelona

Regresso da Champions e logo ao mais ⁰alto nível. Preferia que não viesse o Barcelona das goleadas ao Real Madrid e Bayern e, ao contrário, recebessemos o que perde em casa com o Las Palmas ou o Alavés. Também depende de nós, da forma como os estudámos e da forma como encontrarmos antídotos para os travar. Carrega, BENFICA!!!
VAMOS AO JOGO
(em direto da bancada da Catedral)
00 Aursnes no lugar de Barreiro e o resto igual a sábado. E com uma arma secreta no banco: Di María! 00 LA-LA-LA-LA-LA- EU-AMO-O-BENFICA. Casa cheiíssima! Ambiente ao rubro.
02 PA-VLI-DIIIIIIIIS!!! Mas que abertura do Tomás, que centro do Carreras, que conclusão do PA-VLI-DIIIIIIIIS!!!
06 E o que perdeu agora o Aursnes... crl, era já o segundo! 11 Penálti? Parece que sim. Voltamos à estaca zero: 1-1. É continuar a dar-lhes.
15 A forma como estes sacanas trocam a bola e pressionam... isto vai ser foda. E como se espalham no relvado, como ocupam os espaços.
20 Trubin, grande mancha, perigo já foi.
22 PA-VLI-DIIIIIIIS!!! Toma lá o golo mais fácil da tua vida e agradece aos guarda-redes deles que saiu feito doido e deixou a baliza escancarada.
26 O Carreras que pare de se exibir desta maneira que há muitos tubarões a ver o jogo!
28 Penálti!!! Não há Di María, quem marca? PA-VLI-DIIIIIIIIS.
35 Vamos Schjelderup, essas arrancadas estão a dar cabo deles. Quando rebentares entra outro.
45+1 Épá, não arrisquem tanto nas saídas de bola que me dão cabo do coração!
45+4 Por mim acabava já. Era de valor, não?
53 Aursnes a perdoar outra vez... Estamos a explorar bem as costas da defesa deles.
57 Trovões e relâmpagos. Que os Deuses estejam connosco! 60 Ui, que correu a nossa pequena área!
64 Estamos a ficar muito encostados lá trás.
64 Fodasss, Trubin, vais retribuir a oferta deles?
67 PA-VLI-DIIIIIIIIS!!! Não? AUTOGOLO? Tudo bem: 4-2! Vamoooooos!
78 Outro penálti??? Daqui não tenho ideia. O polaco não falha...
80 Di María, aparece!!!
86 Empatados outra vez. Isto é como morrer na praia.
89 Não se pode falhar um golo destes Di María, muito menos tu, ó craque.
90+4 Morrer na praia, assim, custa muito. Não sei o que dizer mais. PkP!"

VARcelona!

Resumo:

Merecido!

Quadro de Honra!

Cavalitas!

Além do mergulho... no início da jogada, falta óbvia sobre o Nico!

Já agora, para quem não viu o contacto no penalty do Benfica...

No outro lado da fronteira...

Descubra as diferenças!

Todos...

Mafia...

Bola de Ouro

MVP

Vinte e Um - Como eu vi - Barcelona...

Bello: Barcelona (jogo completo)

ESPN: Benfica - Barcelona...

Daizer: Barcelona...

Esteves: Barcelona...

Terceiro Anel: Barcelona...

Belcher: Barcelona...

Visão: Barcelona...

Observador: A força da técnica e a técnica da força - Champions. "Jogo de arte, mas também de erros"

A Verdade do Tadeia - Flash - Benfica...

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