Últimas indefectivações

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Muito bom ou excelente?

"Hoje, em Coimbra, fica definido se a época do Benfica foi muito boa ou excelente. Uma boa prova europeia e o principal título da época garantem a satisfação dos adeptos, mas o terceiro ano consecutivo com mais do que uma conquista por época seria fantástico. A Taça da Liga foi, e é, um objectivo para vencer. Tenho pena de não termos conseguido estar no Jamor, e ao contrário de outros para quem o Jamor é o Estádio de Oeiras e o troféu uma fruteira, para mim também seria importante.
O Sporting fez um bom campeonato, com 86 pontos e só foi vencido por um excepcional Benfica com um recorde de 88 pontos. Jorge Jesus foi um bom treinador no Benfica e continua a sê-lo no Sporting. Esse facto, só aumenta os méritos de Rui Vitória e do Benfica, na conquista desta Liga.
Todos os títulos são bons e este tem a sua história, mas não nego que estar a oito pontos da liderança, e vencer, seja uma delícia. Os últimos dois terços da prova quase imaculados, onde mesmo na derrota frente ao FC Porto houve manifesta infelicidade, deram inteira justiça aos de Rui Vitória na conquista do 35°. 
Quando vi os adeptos de Alvalade a festejar o segundo lugar com os seus atletas achei bonito e achei normal. O Benfica ficou 35 vezes em primeiro mas o Sporting ainda só ficou 21 vezes em segundo. Quando leio os escritos de Eduardo Barroso, por quem tenho estima, vejo a alma de um grande sportinguista (dos maiores e mais autênticos) e não percebo a irritação de tantos benfiquistas. Uns festejam o primeiro lugar, outros o segundo, devíamos estar satisfeitos por isso, tudo no seu lugar natural.
Uma palavra para o enorme Petit que salvou o Tondela mostrando que não há limites para acreditar. Por fim um sublinhado enorme para o hóquei do Benfica, campeão nacional no sábado e campeão europeu no domingo. Feito histórico da maior potência portuguesa da modalidade. Brilhante!"

Sílvio Cervan, in A Bola

Glorioso SLB

"Que dia extraordinário! 15 de Maio de 2016 ficará gravado nas páginas de ouro da imensa e gloriosa história do Sport Lisboa e Benfica. O tão ambicionado tricampeonato foi alcançado. Foi assim que nasci, tricampeão em 1977, ainda sem estar consciente desse feito. É também com este estatuto que vivo, hoje, um dos melhores períodos do inigualável percurso do nosso futebol desde que, em Belém, há 112 anos, um grupo de homens - e rapazes se uniram em torno de um ideal comum, o da prática de um desporto que chegara há poucos anos a Portugal.
Este título é particularmente significativo por dar corpo à ideia de que o Benfica voltou a ser dominante no panorama futebolístico nacional. O sexto tri, em época de novo treinador e redefinição estratégica com a aposta consistente em jogadores da formação, é reflexo, sobretudo, da estabilidade conseguida na última década. Só com esta foi possível implementar as medidas que nos permitiram atingir o patamar de excelência em que nos encontramos. O caminho do tetra já começou a ser trilhado. Que venha mais uma Taça da Liga hoje! Ademais, horas antes da vitória ante o Nacional, conquistámos a Liga Europeia de hóquei em patins. Que dia, caros benfiquistas! Que felicidade imensa, que orgulho, que Benfica! Sem menosprezar o facto de nos termos sagrado bicampeões nacionais da modalidade no sábado. Bem podem os outros vociferar que são a maior potência desportiva nacional que só demonstram, com isso, que o delírio está ao alcance de qualquer um.
Uma nota final: Desde que Bruno de Carvalho foi eleito presidente do Anti-Benfica, somos tricampeões nacionais de futebol. O homem, podemos afirmar, é um autêntico talismã."

João Tomaz, in O Benfica

Agradecimentos

"Ao presidente do Sporting, e a toda a comunicação social que o tolerou, promoveu, e cuja estratégia de ódio, guerrilha e conflito permanente branqueou - como, de resto, no passado, havia feito com outro protagonista.
Aos seus mais fiéis acólitos que, na cegueira anti-benfiquista, apoiaram e interpretaram essa estratégia. Ao milionário treinador do Sporting, e a toda a sua pesporrência, ingratidão, e mau perder, que ora nos dá pena, ora nos faz rir. Aos inácios televisivos, e às repetidas mentiras, insinuações e provocações - desde uma campanha sórdida e racista visando Renato Sanches, a aspectos risíveis como a calendarização dos jogos - com que tentaram sistematicamente desestabilizar e descredibilizar o Benfica.
A Norton de Matos, Nelo Vingada e Sérgio Conceição, pelo modo singular como abordaram algumas partidas do campeonato, abrindo uma perturbadora caixa de pandora, de efeitos imprevisíveis para a verdade do futebol português. Aos conselhos de justiça e de disciplina da FPF, pela impunidade, patetice e esperteza saloia com que lidaram com as agressões de Slimani.
A todos eles os meus agradecimentos. Aos jogadores, técnicos, dirigentes e restante estrutura profissional do SL Benfica, agradeço vivamente a conquista de mais um campeonato, o 35.º da nossa história. Mas aos anteriormente mencionados tenho de agradecer por terem transformado essa conquista na maior alegria desportiva da minha vida.

PS: Por motivos pessoais, o dia da 1.ª Liga Europeia de Hóquei, em 2013, havia sido amargo para mim. Desta vez, a alegria foi a dobrar. Parabéns à melhor equipa do mundo da actualidade."

Luís Fialho, in O Benfica

Eu avisei

"Em Agosto de 2015 fiz alguns "amigos" na blogosfera Benfiquista por ter ousado escrever neste espaço nobre do nosso Clube a frase "dizem-se Benfiquistas, mas são-no pouco". Referia-me, na altura, a quem só sabia criticar sentado em frente à televisão ou debruçado sobre o computador. Chamei-lhes "os mesmos de sempre". aqueles que exigiram a cabeça de Rui Vitória, que desdenharam das novas contratações e ousei mesmo compará-los a um uruguaio de baixa qualidade humana que está cada vez mais esquecido num clube terciário.
Fui insultado por isso, ainda tentei dialogar, mas depressa percebi que não valia a pena perder tempo. Acabei essa crónica de início de Agosto a avisar que esses profetas estavam enganados e que teriam que meter a viola no saco. É com muito prazer que vejo que estava certo. É com ainda maior prazer que vejo os críticos a sair para as ruas a festejar. O título é de todos. O SL Benfica é Tricampeão. Não foi fácil esta vitória, foi épica. Teve contornos de filme de Hollywood, com vários vilões a atacar de todas as formas - e sem nível - e um anti-herói a saber unir os seus homens para dar o troco no tempo e no local certo. Durou até ao fim a luta, mas assim ainda sabe melhor. Foi preciso acreditar sempre e espero que a lição desta época sirva para as seguintes. Vamos todos de férias, mais do que merecidas, e vamos regressar com os nossos objectivos bem definidos: entrar para ganhar. Em todas as competições, em todas as modalidades, qualquer que seja o adversário. O SL Benfica é isto!"

Ricardo Santos, in O Benfica

A união, o título e o presidente

"O lirismo ainda consegue ser uma característica que, nos dias que correm, consegue mover o mundo. O lirismo, acaba por ser definido como um estilo elevado e apaixonado, um sentimentalismo exacerbado, um entusiasmo, ou uma exaltação de espírito, isto pelo lado positivo. Por outro lado e pelo lado negativo, é caracterizado como falta de pragmatismo ou espírito prático.
Nos dias que correm, nada já é como dantes. A vida hoje em dia é fria, madastra, calculista e jogadora. Somos todos movimentados pelos alicerces do interesse e do dinheiro, da maldade e da vingança! É uma realidade que não conseguiremos nunca sair! Sem descurar a realidade das coisas, o que movimentou o mundo e o tornou numa enorme mole humana vestida de vermelho, foi exactamente o lirismo! Ironia das ironias, o convencimento atrapalhou os arautos da presunção e trucidou aqueles que querendo tudo dizer, nada de jeito disseram.
Não vale tudo, não senhor! Mas vale o ficar sossegado sem responder a invectivas ocas, porque pensámos apenas num sentido, no da nossa própria existência interior! Por outras palavras, foi apenas o focar-se em dentro, que permitiu conhecer-nos, unirmo-nos e podermos caminhar juntos até ao Marquês de Pombal.
O que se notou, é que o balneário, qualquer que ele seja, de que modalidade for, é constituído por atletas de qualidade e adeptos do Benfica. É este também um dos grandes segredos! Mas há muitos mais segredos. 
Desde logo a competência, dedicação, vontade, honestidade e seriedade, transversal a todos os sectores do Benfica, a todas as pessoas.
É muito difícil estar a enumerar tudo e todos, porque ir-me-ia esquecer de muita gente, não por não terem sido importantes, mas porque é humanamente impossível lembrar-me de todas.
Mas a máquina do Benfica, que foi criada ao longo destes anos, construída do nada, da desgraça e do pecado original do pauperismo total, é simplesmente algo de mágico!
O Benfica não tem um departamento comunicacional sustentado apenas numa pessoa, muito menos o presidente, que tem muita coisa que resolver e que pensar. No entanto, outros escolheram essa via. Errado! 
Foram duas grandes decisões, tomadas pelo presidente do Benfica, além obviamente de muitas mais, mas estas duas foram de certeza das mais difíceis de tomar.
Quando o Benfica perdeu tudo, o presidente segurou o treinador, quando tudo caía sobre ele e o resultado foi conquistar tudo!
Quando o presidente, decidiu que era tempo de apostar na Formação, o treinador ganhador saiu, todos consideraram que seria uma época de transição, o presidente disse desde a primeira hora que era rumo ao 35, quase todos não acreditaram e eis que, o Benfica conseguiu ser Campeão. Afinal era verdade o que o presidente dizia!
Olhemos para dentro e num assomo de humildade, pensemos em conjunto - quantos acreditavam que seria possível chegar aqui? Por isso é que me dói, quando o presidente entra no relvado antes de se receber a Taça e só um assobio que seja, só um, é imerecido! Basta um, para me deixar mal disposto. Não é justo, é imerecido, é descabido, é mesmo redutor de algo, que não sei qualificar! Um só que seja naquele momento, é tremendamente injusto!
Não devemos confundir união e colaboração com o que pensamos ou sentimos nos círculos mais restritos, ou com as nossas frustrações, descarregando nos outros! Cá fora, temos de ser todos unidos, sem excepção, repito, sem excepção.
A união, não implica não saber discutir opiniões, muito pelo contrário, só se é unido quando se consegue discutir opiniões. Mas, acima de tudo é preciso ter respeito, muito respeito por quem o merece. E o presidente do Benfica merece-o mais que todos! Mas estes todos também merecem ser respeitados, reconhecidos e a verdade é que só com os meios que o Benfica hoje dispõe, se pode ambicionar respeitar tudo e todos.
Quem imaginaria em 2000, o Benfica de hoje? Quem? Ninguém, a não ser quem teve a coragem de tomar conta do Clube.
Por tudo isto e porque vocês sabem do que eu falo, ver hoje, no dia a seguir ao título, um adepto aqui, outro acolá, uma criança mais ali, uma pessoa idosa, todos vestidos com a camisola do Benfica, é algo que ultrapassa qualquer capacidade humana, que está para além da compreensão, que perdurará na felicidade desse dia que é eternizado de todas as formas.
Vou repetir as frases que escrevi no meu último artigo antes de saber que conseguiríamos ser novamente Campeões.
"Comprometa-se com as suas metas e encare os obstáculos como etapas para atingir o objectivo final."
"A calúnia é pior do que as armas de guerra; estas ferem de perto; aquela, de muito longe."
E dizia Martin Luther King - "A inteligência e o carácter são os objectivos da verdadeira educação."
E de burros e mal-educados está o mundo cheio!
Agora vislumbrem a excelente organização que é colocada em tudo o que o Benfica faz, a capacidade de todos os funcionários do Benfica de meter uma máquina enorme em pé, em menos de uma penada. São centenas e centenas de pessoas, que todos os dias trabalham nesta grande empresa que é o Benfica. Um dia, contem todos os atletas funcionários, dirigentes, pessoas que trabalham nesta grande multinacional! Uma multinacional de orgulho, união e amizade, critica quando o tem de ser, mas ligada por um sentimento universal a todos - O nosso Benfiquismo!
Por isso dou os meus Parabéns a todos, tiro-vos o chapéu e peço em nome da justiça e da seriedade que me deixem personificar isto tudo com um agradecimento muito pessoal ao Sr. Luis Filipe Vieira, que tenho a honra de conhecer pessoalmente.
O meu Pai e a minha mãe tinham um enorme orgulho em saberem que eu me dava bem com o Sr. Luís Filipe Vieira. Isso bastava-lhes enquanto foram vivos!
A partir de agora, a vida não pára e já muita coisa aconteceu desde Domingo.
Viva o Benfica."

Pragal Colaço, in O Benfica

O campeonato, o Benfica, Jesus e Vitória

"O campeonato foi disputado como não me lembro. Sei que houve. Mas não lembro de outro assim: disputado até à última jornada, incerto até à última metade do último jogo. Isso é bom. Faz o futebol mais interessante. E mais vibrante. Foi bom para o Benfica; e foi bom para o Sporting. Foi bom para a Liga. Foi vitaminas.
No domingo, o que se decidia era isto: o tricampeão ia ser o Benfica? Ou seria Jorge Jesus? O simples enunciado da dúvida escancara o carácter demencial de alguns debates para esquecer que se travaram ao longo da época. Tivesse o Sporting ganho e alguém apareceria a dizer que Jesus era tricampeão. Talvez ele mesmo o dissesse. Essa é provavelmente uma das razões por que o não foi: ocupou-se mais de si e do Benfica do que apenas do Sporting.
Às vezes, deu ideia de, para si, ser mais importante o Benfica não triunfar do que o Sporting vencer. Esse antagonismo tão marcado contra o clube que serviu durante seis anos, onde teve sucessos e que o projectou, diz muito de uma personalidade - e não é bonito. O seu insucesso fez justiça.
O Sporting fez, é certo, um belo campeonato. Jesus melhorou-o muito, olhando à época anterior. Mas o Benfica foi melhor. Por isso, campeão. Jesus focou exclusivamente o Sporting no campeonato - e acabou não ganhando nada. Isso jamais seria possível na cultura do Benfica. O Benfica entra sempre para ganhar tudo, ainda que possa vir a nada ganhar - a última vez que aconteceu foi aquela frustração de 2012/13, com Jorge Jesus. Agora, Rui Vitória foi campeão, pode vencer a Taça da Liga e só caiu nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, frente ao poderoso Bayern.
Jorge Jesus é indiscutivelmente bom treinador. Cresceu no Benfica e pode continuar a consolidar-se e afirmar-se. Mas Rui Vitória mostrou ser melhor. Não é só ter sido campeão. É ter valorizado recursos mais verdes e mais limitados, é ter sabido puxar por gente nova, é ter conseguido suprir saídas relevantes e lesões em momentos críticos da temporada, é ter aguentado a exigência de várias competições - e, ainda assim, ter sido campeão logo no primeiro ano a este nível e no Benfica. Falta a Jorge Jesus um atributo para ser muito bom: não pensar com azedume. E falar menos. Pela boca morre o peixe - e outros também."

Disparatada 'overdose' de finais

"Às vezes (demasiadas vezes...) Portugal é um país que não se entende. Bem diziam os romanos, há mais de dois milénios, que os Lusitanos eram um povo curioso, que não se governava nem se deixava governar. Assim continuamos...
Vem este desencantado introito a propósito da overdose de finais de provas de âmbito nacional, marcadas para hoje, a da Taça da Liga, em Coimbra e no domingo, a da Taça de Portugal, no Estádio Nacional, no vale do Jamor. Não faz sentido, não faz bem ao futebol e não prestigia os clubes que duas decisões se atropelem no interesse da opinião pública e publicada.
Sabendo-se que a final da Taça de Portugal sempre encerrou a época, quem está mal - e a prejudicar a visibilidade neste caso do FC Porto-SC Braga, como há um ano prejudicou o Sporting-SC Braga - é a Taça da Liga, uma competição que tem já um espaço próprio mas que continua a ser maltratada e desconsiderada por quem a fez nascer e dela pode fruir proventos interessantes.
Este ano o mal está feito, é irreparável e não haverá mais nada a fazer do que apontar o contrassenso. Mas, na próxima temporada, tratem de calendarizar a final da Taça da Liga para o sábado de Páscoa, data que já se mostrou, noutras ocasiões, apropriada; e tratem de encontrar datas alternativas, que contemplem eventos sem data marcada como o nevoeiro na Choupana ou o vento acima dos 40 km/h no aeroporto da Madeira, susceptíveis de atrasar jogos.
Para já, faço votos de uma grande final hoje em Coimbra e de uma festa da Taça de arromba, depois de amanhã, no Jamor. Que role a bola..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Mais do que um treinador

"A ampliação do contrato e Jorge Jesus com o Sporting por mais uma temporada estava muito longe de constituir uma urgência. A ligação era válida até 2018 e o treinador não tinha, como continua a não ter, cláusula de rescisão no seu vínculo com os leões. Como explicar, então, a extensão do contrato? Primeira razão: a notícia tem o efeito de atenuar a desilusão em que todos os sportinguistas estão mergulhados desde domingo. Com a renovação de Jesus vira-se uma página e renasce a esperança. A verdade, no entanto, é que não pode ser este o único pressuposto a estar na base da decisão.
No final da sua primeira época na Luz, em 2010, Jorge Jesus protagonizou um processo em tudo semelhante a este. O FC Porto aproximou-se então do técnico, como agora, e a renovação acabou por acontecer, também como agora. A única diferença é que, em 2010, Jesus tinha acabado de ganhar o campeonato e agora acaba de perdê-lo. Ou seja, será preciso esperarmos mais algum tempo para que se perceba, realmente, o que mudou e até onde se estende o novo quadro de competências de JJ. Há algumas semanas que se vinha falando do desagrado do técnico pela forma como o Sporting se movimentou esta temporada no mercado de transferências e também como trabalhou a sua comunicação. Ninguém ficará muito surpreendido, pois, se for Jesus a escolher - ou ajudar a escolher - os próximos responsáveis pelas respectivas áreas.
A continuidade de jogadores nucleares foi outra das condições impostas. João Mário ou Slimani só podem sair, assim, pelo valor da cláusula. Conclusão: se o treinador - Jesus irá escolher o próximo director desportivo e o próximo director de comunicação - para além de 'definir' quem pode e não pode ser vendido -, então JJ será daqui em diante muito mais do que um treinador."

Breves

"1. Sem surpresa e com mérito - eis como pode ser qualificado o título de tricampeão conquistado pelo Benfica. Ainda por cima em ano de mudança de técnico e de ascensão à formação principal de jovens de indiscutido valor, da formação. Com os correspondentes reflexos desportivos. E financeiros também. Depois de André Gomes, João Cancelo e Bernardo Silva, Renato Sanches não é só mais um. Mas é o primeiro do ano. Que mais se pode dizer? Parabéns.
2. São já conhecidos os 23 nomes da equipa nacional que vai disputar o Europeu. A partir da convocatória final já não são os preferidos por Fernando Santos mas os eleitos de todos os adeptos. Aliás, desta feita, nem sequer houve grandes polémicas relativamente aos escolhidos. Pessoalmente, creio que, tudo visto, face ao histórico dos encontros disputados na era do presente seleccionador, não há propriamente, surpresas. Nem grandes nem pequenas. E entre os preteridos só um surpreende: Bernardo Silva. Espero que tenha sido mesmo apenas por motivos decorrentes da sua condição física. Quanto aos demais ainda se podem exarar algumas reflexões. Assim: para a baliza, o bracarense Marafona merecia ter tido a oportunidade de ser testado a sério; lastimo que André André e André Silva não tenham cabido na lista. Além de Iuri Medeiros - um verdadeiro craque, cujo talento brutal o Sporting tem desperdiçado.
3. Há coisa de um ano escrevi aqui sobre um determinado estreante da Fórmula 1, chamado Max Verstappen, então com apenas 17 anos (e portanto sem carta de condução). Pois bem, no domingo, com a sua primeira vitória, iniciou-se, estou certo disso, toda uma nova era no reino da velocidade."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

A personagem

"Toda a desesperança
aqui escrevi que a viciação de resultados é o pior dos flagelos, muito além do doping ou da própria corrupção tradicional. Ao menos nos casos anteriores existe um desejo de ganhar - com batota, à margem da lei, desrespeitando os adversários e a verdade, mas um desejo de ganhar. Com a viciação de resultados, nem isso. Tudo é demasiado triste. E eu tento pôr-me no lugar de um jogador de 30 anos, ou de 25, ou de 20, e imagino o vazio que haveria em dispor-me a vender um jogo a troco de uns cobres para que um monte de mafiosos pudesse enriquecer à custa disso. Que buraco não teria de haver dentro de mim - que desesperança... Não esperam nada de si próprios, já, esses futebolistas. Já não são futebolistas sequer: são traficantes de influências cuja ferramenta é um talento em que um dia acreditaram, deixaram de acreditar e agora usam apenas para chutar em rosca, como palhaços de um circo deprimente e desesperado. Ora aí está uma grande personagem de ficção: um jogador de segunda liga, que um dia esteve na formação de um grande e agora anda de clube em clube, a soldo de agentes repugnantes, vendendo-se por uns cobres. Alguém que o use: já não resta em mim melancolia suficiente para escrever sobre tal lástima.

FICO, MAS ATENÇÃO
Fui só eu a ouvir isto?
Sempre acreditei na permanência de Jesus em Alvalade, mas também não passei a acreditar mais nela esta semana. "É com esta gente que terei de caminhar", disse ele. Tanta semiótica nisto. Aconselho Bruno de Carvalho a mudar a comunicação e a pegar numa soma igual à da Doyen para segurar Slimani."

Benfiquismo (CIX)

Vamos acabar a época em beleza.

O ano passado foi assim, em Coimbra!!!

Profeta na festa...

Zero tituli !!!