Últimas indefectivações

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Regresso às vitórias...


Oliveirense 1 - 5 Benfica

Depois do surpreendente empate com a Sanjoanense, regresso às Vitórias, na Europa, com a Oliveirense, com mais uma goleada, mantendo a superioridade contra os adversários supostamente mais fortes!
Bom jogo, com o Ordoñez em evidência... numa época, onde até tem estado discreto nos golos!
1.º lugar praticamente garantido...


Terceiro Anel: Bola ao Centro #101 - Rumo aos Play-offs!!!

Kanal - Carrega...

ESPN: Futebol no Mundo #420 - Classificados e possíveis confrontos nos playoffs da Champions

TNT - Champions...

Quezada: Champions...

Zero: Mercado - William Gomes. Allison Santos, Xavi Simons - Bilhetes para Rio Ave - FC Porto

Disco riscado!


"▶️ FC Porto joga hoje a sobrevivência na Liga Europa
▶️ SC Braga joga hoje a sobrevivência na Liga Europa
✅️A CMTV decide continuar a falar da rábula do áudio e do Bruno Lage, mesmo depois do Rui Costa já ter falado do assunto."

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Noite «bipolar» do SL Benfica: da passagem ao Play off à reação de Rui Costa

Observador: E o Campeão é... - "Esta seleção de Andebol faz-nos sonhar"

Observador: Três Toques - Mãos dos Costa não tremem com o uivo do lobo

Zero: Saudade - S03E21 - «Fiquei cinco anos com as marcas dos pitões do Mozer nas costas»

Rabona: The Disaster: the TRUTH about why Spurs are in CRISIS

A tempestade mais do que perfeita


"O andebol português elevou-se uma vez mais bem acima da realidade do país, Benfica e Sporting qualificaram-se na Liga dos Campeões e o dia foi de festa a todos os níveis, a começar n' A BOLA

Que dia! A tempestade perfeita! A BOLA celebrou ontem o 80.º aniversário, a seleção portuguesa de andebol chegou de forma épica, como não poderia deixar de ser, nos últimos segundos do prolongamento, às meias-finais do Campeonato do Mundo, e Benfica e Sporting qualificaram-se para o play-off desta Liga dos Campeões, que se estranha, mas já se entranha, sobretudo pelo suspense criado e por, sem ter deixado favoritos pelo caminho, obrigar a confrontos a eliminar entre gigantes nas próximas semanas.
Num país em que o futebol é o eucalipto-rei no meio de um país em que não há cultura desportiva, em que o desporto escolar é uma fantasia distante, substituída por umas horas ao ar livre ou num pavilhão a correr e a saltar, sem que se consiga tomar verdadeiramente gosto a um desporto, o andebol, tal como o râguebi, a canoagem e o judo, entre outras, tem crescido a um nível que extravasa a realidade do próprio país. Perante uma Alemanha que já leva três títulos mundiais, dois europeus e um olímpico, e ainda foi prata em Paris, os portugueses agigantaram-se e foram à conquista de um belo sonho.
É um resultado tremendo e merece a vénia de todos nós. Não surpreende pelo que esta equipa tem conquistado, pela aposta que tem sido firme de FC Porto e Sporting, sobretudo, em jovens jogadores portugueses e pelo aumento da qualidade dos estrangeiros no campeonato, porém há depois uma alma de grupo que se torna a cola de todas essas boas decisões e que parte do selecionador Paulo Jorge Pereira.
No futebol, Benfica e Sporting cumpriram, embora com diferentes níveis de brilhantismo. Os encarnados exploraram as fragilidades de uma Juventus que, mesmo já apurada, estranhamente não se encontra com Thiago Motta e aproveitaram o contexto. Não estavam obrigados a vencer. Podiam dividir o jogo sem terem de defrontar um bloco mais baixo. Havia problemas do lado contrário, a cabeça de Motta também anda a prémio. A exibição, pese um ou outro susto, foi sólida, bem-conseguida e o resultado merecido. Terá afastado de vez as nuvens negras que pairam sobre a equipa? Talvez ainda não.
O susto foi maior para os leões. O Bolonha marcou, houve a lesão de Debast e Harder lá conseguiu fazer, em esforço, o empate. O conjunto de Alvalade esteve largos minutos fora do lote dos apurados, porém garantiu o mais importante: segurar o play-off, mais uma vez com perspectivas de se apuramento, tal como o rival Benfica. Ufa! Que dia tremendo!"

Esta seleção nacional de andebol levanta até um morto!


"Jogadores e selecionador imensamente talentosos, que dão espetáculo, empolgam e entretêm-nos com o que de mais virtuoso se pode assistir no andebol. Mas a energia, a força, a... vida - e some-se, o companheirismo - desta equipa ainda impressionam mais. Que vida eles têm!

Esta Seleção Nacional de andebol é capaz de ressuscitar um morto. A energia, a força, a... vida desta equipa são tão intensas, que quem a vê jogar vai embalando em vagas de entusiasmo que rebentam em espontânea vontade de vestir a camisola e saltar para dentro do campo, pertencer-lhe. Querer ser mais um jogador, selecionador, outro qualquer, desde que integrante daquele extraordinário grupo.
Não se trata de orgulho nacional ou sentimento patriótico, é tão-só empatia, identificação ou alguma coisa que dispensa sentido e provoca formigueiros na barriga. Para definir a qualidade da equipa de Portugal não sobrariam muitos adjetivos, uma das melhores do Mundo, dispensando que se reflita em ambicionado título. Jogadores e selecionador imensamente talentosos, que dão espetáculo, empolgam e entretêm-nos com o que de mais virtuoso se pode assistir no andebol. Ora, defesas impossíveis, ora golos mágicos. Mas a energia, a força, a... vida - e some-se, o companheirismo - desta equipa ainda impressionam mais. Que vida eles têm!
Mas não há grande equipa e vencedora sem grande líder. Aquele selecionador é líder nato. Na linguagem verbal e corporal, no que se ouve e vê, de fora para dentro do campo - os descontos de tempo são um compêndio nessa matéria. Não lhe faríamos jus se tentássemos explicar.
Por isso, a quem ainda não viu ou percebeu o que é esta seleção, fica o convite. Assista-se. Amanhã, 19h30 em Portugal Continental. Aconteça o que acontecer frente à Dinamarca, os Heróis do Mar estão predestinados à vitória."

Zero: Afunda - So5E35 - Onde vai parar a novela Fox?

Em frente na Champions


"O Benfica ganhou por 0-2 na visita à Juventus e está no play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, sendo cabeça de série no sorteio ao classificar-se no 16.º lugar da fase de liga. Este é o tema em destaque na BNews.

1. União
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, salienta que "a união da equipa em campo é uma prova cabal de que não há atritos" e enaltece o contributo dos Benfiquistas para as vitórias alcançadas: "Antes de mais, agradecer aos adeptos que aqui estiveram presentes, àqueles que acreditaram que passaríamos esta fase da Liga dos Campeões e que conseguiríamos chegar ao play-off, pela importância que tiveram mais uma vez no jogo, e é evidente que este jogo marcava muito daquilo que era um dos objetivos da época, que era passar esta fase da Liga dos Campeões, estar no play-off."

2. Sintonia determinante entre equipa e adeptos
O treinador do Benfica, Bruno Lage, afirma que "a vitória é dedicada aos adeptos". "Entendemos a paixão dos adeptos, e disse aos jogadores, quando terminámos: 'Isto é o Benfica.' Quando vencemos, eles estão cá presentes, e, quando não conseguimos vencer, eles também estão presentes", realça. Sobre o jogo, considera "um resultado justo". "Seguimos em frente na prova, que era um dos grandes objetivos, com a equipa, uma vez mais, a mostrar personalidade e espírito de união", salienta.

3. Juntos
Autor do golo inaugural da partida, Pavlidis refere: "O mais importante é que continuamos na Liga dos Campeões. Os adeptos apoiam-nos em todos os sítios, eles estão em todo o lado, em todos os jogos e nós sentimos isso. São muito importantes para nós, são as pessoas mais importantes do Clube."
Kökcü, autor do segundo golo encarnado, realça: "Tínhamos de dar uma resposta. Estivemos bem e, para nós, é importante avançar para a próxima fase da Liga dos Campeões."
Di María lembra: "Temos muitos objetivos importantes pela frente. Precisávamos de ganhar, mostrar outra vez a cara que já mostrámos, e fizemos um grande jogo. Há 15 dias ganhámos a primeira taça, e queremos continuar a atingir objetivos. Estamos todos juntos, hoje voltámos a demonstrá-lo e temos de continuar assim."
Tomás Araújo vinca: "Os adeptos são o 12.º jogador dentro de campo. Agora é jogo a jogo. É seguir em frente e tentar chegar o mais longe possível."
Schjelderup afirma: "Fizemos um grande jogo, podíamos ter marcado mais golos. Os adeptos deram-nos muita energia, ouvi-os durante todo o jogo e foi incrível ver a forma como nos apoiaram."

4. Grande jornada de apoio
Os Benfiquistas nas bancadas foram imprescindíveis para o triunfo alcançado em Turim.

5. Sorteio da Liga dos Campeões
O Benfica, 16.º classificado da fase de liga da Liga dos Campeões, é cabeça de série no sorteio e pode jogar no play-off de acesso aos oitavos de final frente a Mónaco ou Brest, respetivamente 17.º e 18.º classificados. O sorteio é amanhã às 11h00 (hora de Portugal Continental) em Nyon, Suíça. Em caso de passagem, o adversário nos oitavos de final é o Liverpool ou o Barcelona.

6. Homenagem
Representado pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Pereira da Costa, pelos vice-presidentes da Direção, Domingos Almeida Lima e Rui Passo, e o membro do Conselho Fiscal, João Paço, o Sport Lisboa e Benfica prestou homenagem à equipa do Torino que no dia 4 de maio de 1949 foi vítima de um acidente aéreo.

7. Jogo do dia
O Benfica visita a Oliveirense (21h00) em mais uma jornada da fase de grupos da WSE Champions League de hóquei em patins.

8. Outros resultados
Os Sub-23 empataram sem golos com o Estrela da Amadora. A equipa feminina de voleibol perdeu por 3-1 com o Clube K e foi eliminada da Taça de Portugal.

9. Reforço
O internacional sueco Felix Terins reforça a equipa de basquetebol do Benfica.

10. Sorteio – Taça da Liga de futsal
O Benfica defronta o Torreense nos quartos de final da Taça da Liga de futsal.

11. Ação de solidariedade
Os Sub-14 de futebol do Benfica visitaram a Casa de Acolhimento para Crianças Refugiadas."

Apurados Contra a Pior Juventus Dos Últimos 30 Anos!!!


"Juventus 0 - 2 Benfica

Chegamos a Turim após duas derrotas - uma com o Barcelona, muito injusta, e outra com o Casa Pia, penalizante.
A vontade de pegar em tudo leva a que até os grupos formados no relvado do Juventus Stadium sirvam de motivo de crítica. Como se não houvesse em todos os balneários afinidades culturais, afinidades de língua, sei lá o quê mais. Quando os argentinos, por exemplo, fazem churrascos e postam fotografias nas redes sociais, toda a gente acha muito bem. Estarem descontraidamente juntos num relvado é razão de balneário dividido em grupos.
O empate basta, mas jogar para o empate, já se sabe, é fatal como o destino, é meio caminho para a derrota.

VAMOS LÁ AO JOGO!
(em direto, a sofrer no sofá, em Portugal)
00 Carreras, o nosso jogador em melhor forma, ausência de peso. Com Beste no banco, será Bah a jogar à esquerda e Tomás à direita. No resto, escolhas sem surpresas de Bruno Lage.
00 Belo apoio dos Benfiquistas em Turim. Não se vão calar de certeza - é sempre assim.
02 Caramba, já podíamos ter marcado por duas vezes. E agora, enorme defesa do Trubin. Que começo louco!
06 Fdx, Schjelderup, esta - que "assistência" do Pavlidis! - era para faturar, sozinho em frente ao Perin.
13 O PSG marca em Stuttgart - isto é bom, têm os dois 10 pontos como nós, o empate não nos interessa nada, ficariam os dois com 11. A vitória de um deles é praticamente a garantia do nosso apuramento, qualquer que seja o resultado de Turim.
16 Gooooooooooolo! PA-VLI-DIS!!! Mas o trabalho é todo - surpreendam-se! - do Bah, com excelente antecipação e depois assistência para o Pavlidis mandar com acerto para a baliza do Perin.
17 2-0 para o PSG!!! 20 Muito bem no jogo o Benfica, a pressionar bem a saída de bola deles, a provocar-lhes os erros, a conseguir recuperações em zonas altas.
21 O Bolonha a marcar em Alvalade - o Sporting tem também 10 pontos, está na luta pelo apuramento connosco.
30 O manhoso do 10 da Juventus a ficar no chão a ver se o VAR aplica algum castigo ao Florentino. Bola dividida, sem qualquer falta, sem qualquer razão para a fita.
35 Notas especiais para o Florentino-ladrão-de-bolas-Luís, importantíssimo em jogos deste nível, não vale a pena contestarem-no, e para o jogo aéreo defensivo, lá nas alturas, do capitão Otamendi. E o PSG a fazer 3-0 na Alemanha!
40 Não sei se sou só eu, mas estou a gostar mais do Bah à esquerda do que à direita. Tem estado impecável para além da importantíssima assistência no golo.
45+2 Mais uma recuperação alta, desta vez do Aursnes, e o Pavlidis, bem posicionado, a perdoar em frente ao Perin. É mesmo assim: final da primeira parte com resultado curto para o Benfica. Mas mais uma boa notícia: o City, que recebe o Brugge, e ganhando faz 11 pontos, está a perder. Mas o Dínamos Zagreb está com 11 com a vitória sobre o Milan.
46 No arranque da segunda parte estamos em 17º.
50 Primeira jogada de perigo na segunda-parte é nossa - remate falhado do Kokcu, de fora da área, depois de assistência açucarada do Di María, que tem aparecido pouco no jogo.
60 Estamos a recuar linhas, eles estão a criar perigo, o Otamendi vai colecionando cortes oportuníssimos e o Trubin obrigado a maior atividade. Entretanto, o City já ganha.
65 Enfim uma boa jogada, uma boa combinação ofensiva, com remate do Kokcu... para fora!
70 Vêm aí Aktur e Barreiro. Gostei muito da primeira parte, nesta não estamos tão fortes na pressão alta e por isso estamos mais recuados. Di María ovacionado ao abandonar o campo.
75 Bolas na nossa área... porra de sofrimento, mesmo quando não são muito perigosas! A ver se o Leandro ajuda a recuperar a pressão mais alta. Trubin obrigado agora a mais uma defesa apertada.
76 O Leandro Barreiro gastou os golos todos contra o Famalicão? Que passe para o Perin...
80 E agora sim, o Kokcu, à terceira, mete-a lá dentro. Mais uma grande jogada ofensiva e desta vez a conclusão é certeiríssima. Golo!
82 Estamos outra vez por cima do jogo. Bendito golo. E o Akturkoglu ia marcando outro com bomba fora da área a rasar o poste. Ouvem-se os adeptos: tudo a saltar, tudo a saltar, SLB, SLB!
90 O Benfica a fechar muito bem em frente à área, sem os deixar criar oportunidades.
90+3 Já está. Estamos lá, excelente exibição, excelente resultado, parabéns a todos, muito importante depois dos últimos acontecimentos.
Encontramo-nos domingo na Amadora!
Benfiiiicaaaaaaa!!!"

Juventus-Benfica, 0-2 Os destaques do Benfica: Um, dois, três... tantos Florentinos


"Médio foi gigante. Mas Trubin, António Silva, Otamendi, Aursnes, Kokçu e Schjelderup não ficaram atrás

Melhor em campo:
Florentino (8)
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito e nove... intervenções importantes a recuperar a bola ou cortar passes. A determinada altura até poderia parecer que seriam nove Florentinos, o médio esteve em todo o lado, no centro do meio-campo a controlar Yildiz ou Douglas Luiz, na área quando o Benfica foi empurrado, até a dobrar Tomás Araújo, mas ainda no meio-campo da Juventus a pressionar em zonas altas. Fresquinho, com confiança e a saber pressionar no sítio e momentos certos, foi gigante em Turim. Apenas um mau passe aos 40’ que so tornou humana a exibição.

Trubin (8) — Gélido, imperturbável e impenetrável a emoções fez exibição imaculada, que abriu logo com uma defesa difícil com a mão esquerda a cabeceamento de Mbangula (2’). Tem mais dez intervenções, impecável a agarrar cruzamentos ou a socar o perigo para longe, impecável quando teve de atirar-se para a relva a travar remates.

Tomás Araújo (7) — Susto logo aos 2’ com cabeceamento de Mbangula nas costas. Um minutos depois voltou a tremer num duelo com o belga. Não tremeu mais. Aos 11’ já estava na linha de fundo a cruzar para Pavlidis. Sempre que pôde integrou-se no ataque, como aos 46’ quando fez um tunel a Mbangula para lançar um contra-ataque. Controlou defensivamente e até ao fim só teve mais um calafrio, quando deixou escapar Nico González.

António Silva (8) — Entre os 10 cortes, pelo ar ou pelo relvado, alguns de elevada dificuldade, sobre Vlahovic, alguns celebrados como golos. Também ouviu das boas de Otamendi (75’) numa má abordagem a um cruzamento. Grande abertura, num passe longo, aos 41’, para Bah.

Otamendi (8) — Pelos 75', com a equipa a perder-se, agitou António Silva e Aurnsnes, despertou toda a gente para o perigo, foi o líder que a equipa precisou, desde o início, mas sobretudo na maior pressão da Juve. Fortíssimo na marcação a Vlahovic. Grande passe aos 51’ para Di María e que acabou num remate perigoso de Kokçu.

Bah (7) — Com Francisco Conceição pela frente, ganhou mais duelos que perdeu, sentiu-se bem com os movimentos para dentro do jovem português, cortando caminhos para a baliza e alguns remates. Aos 17’ recebeu a bola de Bah e entregou-a a Pavlidis, que abriu o marcador. Importante referência nas bolas paradas ofensivas.

Aursnes (8) — Longo e preciso passe para Bah, no lance do golo, no qual mostrou inteligência para decidir rápido e boa execução. Essas foram as características da exibição. Está também na construção do segundo golo. Decidiu sempre bem. Importantíssimo na primeira linha de pressão. Aos 45+3’ recuperou um passe de Gatti para Locatelli e Pavlidis falhou na cara de Perin.

Kokçu (8) — Carimbou a vitória com um remate forte de pé direito depois de entrar na área aos 80’. Já tinha ameaça aos 51’ com um remate cruzado a levar a bola a passar perto do poste esquerdo. Aos 29’ meteu a bola na cabeça de Pavlidis com um toque subtil e com classe, mas o grego não aproveitou a oportunidade. Entregou-se a defender, ajudando sobretudo Florentino, e teve forças para levar a equipa ao ataque. Aos 87’ outro grande passe vertical a servir a velocidade de Amdouni.

Di María (7) — Não esteve muito em jogo, preocupou-se muito em defender, aos 67’ até estava na área quase como central. E quando teve a bola nos pés houve sempre alguém que parava a respiração. Trivela aos 32 segundos para Pavlidis, que por pouco não chegou à bola. Aos 23’ grande passe, de uma linha lateral a outra, para Bah prosseguir o ataque. Aos 51’ serviu Kokçu de bandeja, remate saiu ao lado. Saiu esgotado aos 72’ por Akturkoglu.

Pavlidis (7) — Marcou o primeiro golo, finalizando na cara de Perin, depois de passe de Bah. Aos 32 segundos chegou atrasado por muito pouco a centro de Di María, aos 29’ cabeceou em dificuldade mas com perigo, aos 45+3’ desperdiçou, após oferta de Aursnes, a melhor oportunidade na frente de Perin, que fez grande defesa. Desgastou-se na pressão ao adversário, mas ainda teve força para assistir Kokçu marcar o segundo.

Schjelderup (8) — Perdeu no um para um contra Perin aos 2’ e 6’, mas foi sempre uma solução ofensiva — soube quando arrancar, conservar a bola à espera de companheiros para combinar ou passar nos momentos certos. Foi sempre uma solução para a saída de bola para o ataque. E ajudou (de que maneira!) Bah a defender.

Akturkoglu (7) — Importante a ajudar a defender e na saída para o ataque. Grande lance, aos 76’, na criação de uma oportunidade de golo, centrando para Leandro Barreiro. Também está no lance do segundo golo, deixando passar a bola de Pavlidis para a autoestrada de Kokçu para a glória.

Leandro Barreiro (7) — Deu nova energia à equipa. Não só contribuiu para a equipa ter força para voltar a pressionar mais à frente, como se deu ao jogo para receber a bola e encaminhá-la para o ataque. Perto do golo aos 76’ quando desviou (sem força) um passe de Aktrukoglu.

Amdouni (5) — Ainda ganhou uma bola, sobre Weah, na saída para o ataque da Juve, mas o perigo foi anulado pelo árbitro, que assinalou falta. Aos 87’, entre dois centrais, não deu seguimento a passe de Kokçu. E também andou perto da área a defender.

João Rego (-) — Um remate contra um adversário, na área da Juve, uma recuperação de bola, perto da linha lateral. Foi médio-direito.

Rollheiser (-) — Entrou cheio de força para os último minutos. Foi médio-interior direito."

Juventus-Benfica, 0-2 A crónica do Juventus-Benfica: 'Mamma mia!' Houve ópera em Turim!


"TURIM — Com um central a lateral-direito e um lateral-direito a lateral-esquerdo, o que havia para correr mal na visita do Benfica a Turim?
O jogo não tinha, todavia, 30 segundos e já os encarnados poderiam estar a ganhar, mas a trivela de Di María não conduziu a bola até Pavlidis, mesmo que o grego se esticasse todo em frente à baliza. E com minuto e meio foi a vez de Schjelderup ser cerimonioso em casa da Juventus, demorando tanto a visar a baliza, em plena área, que acabou por encontrar pernas em vez de golo.
Bah, do lado esquerdo, estava na maior, mas Tomás Araújo apanhava o primeiro susto 20 segundos depois da ocasião do norueguês, quando Mbangula, nas suas costas, atirou de cabeça e convidou Trubin a brilhar. Seria a única verdadeira ocasião da Juventus em toda a primeira parte. Ao minuto 2 (!)
Se dúvidas houvesse, confirmava-se que não havia qualquer coisa combinada em relação a um empate estratégico, o Benfica não parava e ao minuto 6 ameaçava uma vez mais, com Schjelderup a aparecer diante de Périn e a perder o duelo. O guarda-redes que não assinou pelo Benfica porque chumbou nos testes médicos parece estar impecável.
O Benfica pressionava bem, a Juventus não conseguia sair da sua fase de construção, os erros sucediam-se e o jogo prometia golo. Ao minuto 11, Pavlidis errou o desvio, não acertando na bola, mas a superioridade era tal que o 1-0 chegou mesmo ao minuto 16. Kokçu resolveu muito bem aquilo que poderia ser um lance de contra-ataque dos italianos, serviu Aursnes, este procurou as costas da defesa italiana, onde surgiu Bah, com o pé esquerdo, a dominar e depois, sem ponta de egoísmo e com o esclarecimento de um 10, a oferecer a Pavlidis, que escolheu o lado e bateu Perín. Era merecido, mas, estranhamente, saberia a pouco ao intervalo.
Porque os erros da equipa da casa acentuavam-se e o Benfica poderia ter marcado várias vezes, duas delas por Pavlidis, a mais flagrante imediatamente antes do descanso, quando atirou na direção de Perín. A Juventus tinha razões para celebrar, a derrota pela margem mínima era bem melhor do que ser goleada em casa.
Adivinhava-se, pois, uma Juventus diferente na segunda parte. Capaz de pressionar e sair de forma airosa da primeira fase de construção. Não. Foi de Kokçu, com disparo ao lado, a primeira ocasião e repetia-se o que acontecera nos 45 minutos iniciais: tantas facilidades que às vezes os jogadores do Benfica até estranhavam.
Talvez por isso, os jogadores do Benfica começaram a ficar moles e desconcentrados, a atacar menos e pior a defender mais e pior. Thuram e Yildriz, perto do quarto de hora da segunda parte, ameaçaram o empate. O Benfica precisava nitidamente de intervalo... depois do intervalo.
Bruno Lage decidia finalmente mexer. Ao minuto 71, tirava Di María, já com alguns minutos de atraso, e Schjelderup e dava palco a Akturkoglu e Leandro Barreiro. E, desta vez, as substituições tornavam mesmo a equipa melhor, mais fresca e ofensiva. Douglas Luiz ainda fez uma última ameaça, mas ao minuto 80 já era o Benfica quem dominava, quem controlava, quem geria perante um adversário que nem sequer pressionava.
A finalizar, pois, um lance longo e bonito, um regalo para os olhos, Kokçu atirou para o 2-0. Akturkoglu deixou passar a bola e enganou toda a gente. Depois, ele próprio esteve perto do golo. O resto é história. O Benfica avança para o play-off, com brilho. E Bruno Lage atira toda a pressão para o lado de Thiago Motta."

Turim ainda é território encarnado


"Perante a falta de ideias e desespero do adversário, o Benfica nem precisou de ser brilhante para seguir em frente na Champions: bastou ser o adulto na sala. Equilibrado a controlar o jogo sem bola e competente com ela, os encarnados voltaram a ser felizes no estádio da Juventus e venceram por 2-0

Há palcos que apelam à transcendência. E para o Benfica europeu, esse estádio é a casa da Juventus. Em 2014, o empate sem golos em Turim permitiu uma épica qualificação para a final da Liga Europa. Há dois anos e meio, na fase de grupos da Champions, João Mário e David Neres deram a volta a um jogo em que o Benfica perdia desde os primeiros minutos, numa exibição brilhante. E esta quarta-feira, nova vitória, uma vitória adulta e controlada, abriu as portas do playoff à equipa de Bruno Lage, que afasta assim, por momentos, a crise.
Se em 2022 o Benfica vivia o auge do futebol de Roger Schmidt, o triunfo por 2-0 desta noite conta-se com outras linhas, não menos admiráveis. Frente a uma Juventus descaracterizada, o Benfica assumiu a superioridade mental desde muito cedo. Marcou ainda dentro dos primeiros minutos de jogo, sabendo aproveitar a seu favor o início frenético, para na 2.ª parte controlar sem bola, perante a falta de ideias generalizada do adversário, matando já nos últimos 10 minutos, com a Juventus já desesperada e demasiado engalanada para a frente. Sem show ou festa, com imenso pragmatismo. Há muitas maneiras de Turim continuar a ser território encarnado.
A calma terá sido, portanto, decisiva. Nos primeiros minutos, a bola rondou as duas balizas mortinha por entrar, numa última jornada de fase de liga de Champions em que muito ainda se decidia. Pavlidis e Schjelderup estiveram perto de marcar para o Benfica, do outro lado foi McKennie a permitir boa defesa a Trubin. O jogo vivia com as pulsações aceleradas, impossíveis de manter.
Foi já num momento de tranquilidade, com o Benfica, bem, a sobreviver aos ataques italianos, que Kalulu saiu por lesão e Thiago Motta lançou Locatelli para o eixo da defesa. Com a Juventus ainda a ajustar, o Benfica sentiu a oportunidade. Uma abertura admirável de Aursnes encontrou Bah nas costas de Gatti e o dinamarquês teve a fineza e a sobriedade de entregar para a entrada de Pavlidis, que só teve de encostar naquela enorme clareira deixada pela Juventus.
O jogo tornou-se logo então numa corrida desesperada da Juventus. Uma corrida quase sempre desengonçada, privada de ideias. Os constantes cruzamentos de Francisco Conceição foram apenas um sintoma, a quase ausência de Yildiz outra. O Benfica controlava ao longe, um espectador privilegiado de uma equipa em dissolução. Um gigante feito gatinho. Nas transições, o Benfica ia assustando: Pavlidis antes do intervalo, quase marcava, valeu a coragem de Perin.
A presença da Juventus com bola tornou-se ainda mais visível na 2.ª parte, mas não menos estéril. Florentino, numa extraordinária exibição, patrulhava todas as abertas para a baliza do Benfica. Um remate de Yildiz à malha lateral aos 58’ será a única oportunidade digna desse conceito, enquanto Lage, no banco, ia preparando uma estocada final que já se previa. Barreiro entrou para a vez de um cansado Schjelderup e Aktürkoğlu foi lançado para o lugar de Di María. Aos 76’, surgiu o primeiro aviso: o turco cruzou na esquerda e Barreiro, médio feito homem de área, falhou por pouco o remate. E aos 81’, uma admirável jogada coletiva do Benfica destruiu o que restava da pouca fortaleza mental dos italianos, sempre uma equipa temerosa ao longo do jogo, brindada por assobios vindos da bancada.
Tudo começou num calcanhar de Aursnes para Barreiro, que deu para Pavlidis. Kerem, voltando aos seus tempos de mágico, simulou o passe, deixando a bola seguir para Kökçü, que com um remate rasteiro à entrada da área fez o 2-0. Um justo final para uma equipa que se manteve sempre equilibrada e soube farejar as inúmeras lacunas da Juventus neste jogo, a milhas da equipa nervosa e atrapalhada, sem ligação ou aura ou capacidade de reação, e que perdeu bem frente ao Casa Pia.
O Benfica está, assim, comodamente nos playoffs e passando em 16.º será até cabeça de série no sorteio da próxima sexta-feira. Ante a crise, os encarnados foram os adultos na sala, ajudados por uma Juventus ainda mais nervosa e receosa, que acabou novamente derrotada em sua casa por um velho carrasco."

O Cantinho Benfiquista #197 - Defeat, Chaos & a Playoff

Vinte e Um - Como eu vi - Juventus...

Terceiro Anel: Juventus...

Visão: Juventus...

BI: Juventus...

Terceiro Anel: Live - Juventus...

5 minutos: Juventus...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Vermelhão: Turim é vermelho!!!

Juventus 0 - 2 Benfica


A época da montanha-russa continua, e desta vez, com mais um grande jogo, com mais uma grande vitória, num Estádio, que nos tem dado grandes alegrias nos últimos anos (exceto a Final com o Sevilha!). Parece-me claro que o Lage, nestes jogos onde jogamos com o bloco mais baixo, cujo o adversário tem a iniciativa de jogo, tem preparado as partidas muito bem... e mesmo sem jogadores muito rápidos na frente, temos conseguido fazer transições rápidas apoiadas, com sucesso! E se com o Barça nos roubaram a vitória, hoje não demos hipóteses, com o resultado a pecar por escasso!

Principalmente no 1.º tempo, devíamos ter marcado mais golos, o 0-1 ao intervalo era escasso, e ainda temi que nos fosse fazer falta!

A grande incógnita, no pré-jogo, era perceber como o Carreras ia ser substituído. Acabou por ser o Bah a jogar adaptado, e até esteve bem... com ajuda do Andreas. Acabou por falhar uma antecipação, que o resto da equipa retificou... e obrigou o Cãoceição a fazer os cruzamentos mais expectáveis (com este tipo de adversários, deve-se mitigar os perigos...!) E ainda teve tempo de fazer a assistência para o 1.º golo!

A titularidade do Di Maria, não me agradou... mas como o jogo decorreu, acabou por ser importante ter o Akturkoglu fresco na última meia hora! Aliás, as substituições, hoje, foram perfeitas!

Mas o MVP foi claramente o Tino (apesar do golo e assistência do Pavlidis)! Recuperou quase tudo, jogando limpo, praticamente sem faltas, compensando nas faixas... esteve em todo o lado! Grandíssimo jogo! Nota de destaque também para o Trubin, que sem fazer defesas impossíveis, acabou por estar muito seguro, transmitindo tranquilidade...

Agora, Mónaco (outra vez), ou Brest. O mais importante para mim, é adiar o jogo com o Santa Clara, poderá ser fatal jogar em São Miguel a meio duma eliminatória da Champions, para as nossas aspirações na Liga e na Champions!!! Pessoalmente, preferia o Brest, não gostaria de voltar a defrontar o Mónaco... ganhámos o confronto direto, mas foi um daqueles jogos, onde a nossa eficácia foi grande! Em caso de vitória nesta eliminatória, em Março teremos confronto com o Barcelona ou o Liverpool!!! E apesar do desejo de vingança com os Catalães, preferia o Liverpool...!!!!


Mas, isso será determinado na Sexta, no sorteio, o mais importante agora é recuperar para Domingo vencer na Amadora. E como foi visível em Rio Maior as boas exibições Europeias, não valem pontos no Campeonato!!! È preciso recuperar fisicamente, preparar mentalmente os jogadores, e encontrar a forma mais eficaz de ultrapassar o 'Muro' adversário. A goleada na Taça, não serve para nada...


Uma nota final sobre a polémica da semana: Inacreditável como temos supostos Benfiquistas, mais interessados nas próximas eleições, do que nas vitórias do Benfica. As exibições e resultados podiam ser melhores, mas o Benfica já venceu a Taça da Liga, e mantém-se nas outras competições...
Se querem criticar a Direção, critiquem a forma passiva como o Benfica continua a permitir à CMTV acesso ao Estádio da Luz... Critiquem a forma passiva como preparámos as eleições na FPF e na Liga! Agora, tentar despedir o treinador semana após semana, e atacar os jogadores sempre que o resultado não agrada, é uma canalhice, para quem se diz Benfiquista!


Novo empate...


Benfica 0 - 0 Estrela


Continuamos sem vencer, em mais um jogo onde fomos superiores, mas não conseguimos marcar...

Benfica: Além do início


"A equipa do Benfica tem sido por vezes penalizada por inícios hesitantes, que condicionaram alguns dos seus jogos. Ultimamente tal ideia tem sido revertida com uma abordagem mais enérgica no início das partidas. O Benfica começou bem e a marcar, nos seus dois últimos confrontos, em tudo diferentes, sendo as competições e os adversários incomparáveis. De comum só mesmo o resultado final adverso.
Com o Barça, o resultado desiludiu, mas não beliscou o orgulho da equipa, mesmo num claro desperdício pontual. Frente ao Casa Pia, o Benfica deu mostras de reação positiva, mas um par de erros precipitou o empate e com ele destapou as mazelas físicas e emotivas que o desaire europeu deixou.
Ante um Casa Pia personalizado, o Benfica foi incapaz de responder às falhas cometidas. Quem diria que um começo de jogo forte e inspirado, que levou a um golo madrugador, ainda daria em depressão.

Abrir a porta
Ninguém ignora a delicadeza do momento, muito menos quem conhece bem a realidade como Lage.
Abrir a porta ao momento ou fechar a cortina e assobiar como se nada fosse?
Pasmo a arrogância com que se julga, na maioria dos casos com pouco conhecimento e vivência prática nula.
Sabemos que na atualidade comentadora o lado negativo das questões é sempre mais produtivo. Mas valorizar alguns desabafos num momento de alta tensão ou esmiuçar a maneira como foram ditos, em que o nervosismo é evidente, é justo?
Voltando ao tema do momento, será assim tão descabido o responsável criticar comportamentos táticos dos próprios jogadores, quando isso é mais que evidente num espetáculo público e tão popular? Será mais aceitável no final dos jogos os jogadores irem bater palmas aos insultos de que são invariavelmente alvo quando perdem, só porque sim? Porque não alargar o sentimento crítico do treinador ao público que não conhece a parte de dentro do fenómeno?
O treinador tem a responsabilidade (grande) de globalmente preparar a equipa, escolher os jogadores e substitui-los, quando acha por bem. Aquilo que Lage fez, expõe, mas humaniza a figura do treinador e a sua responsabilidade específica. O sucesso é a cara de quem faz golo. Já a derrota tem obrigatoriamente a cara do mister. Lage promoveu espontaneamente ou não, mais ou menos refletido, o encontro com um grupo de adeptos que de alguma maneira representavam o universo de quem acompanha o Benfica. A verdade é que o universo alargado recebeu a mensagem. Os jogadores é que jogam e como tal também devem ser responsabilizados como o seu líder o é, continuamente.

Público e privado
Outro exemplo complicado do dia a dia de um treinador prende-se com as substituições. Também aqui o assunto se divide entre o público e o privado. Este é mais um tema interessante e bem complexo da gestão do treinador na competição e na sua relação com os jogadores.
A prová-lo, a quantidade de episódios que este fenómeno provoca e a sua diversidade, que dão origem a diferentes situações, algumas delas difíceis de gerir pelo líder.
Poucos são os temas sobre os quais tenho escrito que não me trazem memórias que vivi ou que recordo ver outros viverem, que agora partilho com quem se interessa pelo futebol no seu todo.
Substituições públicas: Recuando algum tempo (...), lembro o meu colega e eterno amigo António Pacheco, ainda no tempo das duas únicas substituições. Embora ótimo jogador, o António era dos mais frequentemente sacrificados. Reguila como ninguém, dizia em voz alta para os treinadores ouvirem, que no banco só havia a placa com o número dele, o oito. «Sou sempre eu! Não há mais placas?» Dá para perceber, como o caso do Pacheco, que ser o escolhido em dez, afeta o orgulho de qualquer craque, ainda mais quando aos olhos do público.
Substituições privadas: algo bem diferente é ser substituído durante o intervalo. Avisar o jogador que vai sair nunca é um momento simpático. Não incluindo a mesma exposição pública, também cria por vezes um ambiente que não se quer no balneário, quando ainda há uma parte por jogar. Nada que não se resolva, mas são frequentes as indisposições e revolta dos escolhidos para sair. Faz parte."

Benfica, Sporting e A BOLA: hoje é dia de fazer contas à vida


"A BOLA faz anos, mas o mundo pula e avança. Sporting joga hoje por mais uns milhões, no Benfica a questão está longe de resumir-se ao dinheiro que venha ou não a entrar

Hoje fazemos contas a 80 anos de vida. A mais de 18.500 edições, a caminho das desejadas 19 mil, à herança que os fundadores nos deixaram, ao legado que enormes jornalistas nos obrigam a honrar, in memoriam alguns, outros felizmente ainda entre nós, para nos escrutinarem e nunca nos deixarem trair a matriz essencial de A BOLA: liberdade, responsabilidade, compromisso com o leitor, compromisso com o Desporto e busca pela verdade possível. Sabendo, todos nós, que a verdade é um conceito relativo. Quem não perceber isto percebe muito pouco de pouca coisa, sobretudo no Mundo em que vivemos hoje.
A BOLA celebra os 80 anos sem tempo para grandes fuzuês (foi de propósito o uso de um termo do Português do Brasil), porque temos a urgência do amanhã no jornal de papel, como desde 1945, e temos a urgência do agora, no século 21, com o jornal online, a TV e as redes sociais.
Nesta urgência inscrevem-se outras contas: as dos clubes portugueses na Liga dos Campeões. É já esta noite que Sporting e Benfica saberão se são capazes de garantir mais um milhão de euros por acederem ao play-off e aspirarem, por consequência, a mais 11 milhões pela presença nos oitavos de final.
Ambos tiveram as chaves do apuramento precoce nas mãos e ambos o deixaram fugir, por uma razão ou outra. Mas estão na luta e nem sequer precisam de milagres — apenas de saberem ser iguais a si próprios e honrar histórias ainda mais antigas que a dos 80 anos de A BOLA (embora elas corram juntas).
O Sporting vem em crescendo nacional, depois de enorme turbulência. Caiu também na Champions e colocou-se à mercê da última jornada. Recebe o Bolonha e mal será que não consiga o objetivo mínimo de conquistar um ponto. Mesmo que não o alcance, fica dentro das expectativas dos adeptos, que se centram no bicampeonato. Talvez fique aquém das da direção, porque contas são contas e será menos dinheiro a entrar nos cofres.
O Benfica joga um pouco mais em Turim. Joga o futuro imediato de um treinador que se atravessou perante adeptos especiais (o Benfica não tem claques, recorde-se) de forma pouco elegante. Expôs o balneário e a direção, além de se ter exposto a si próprio. Fez depois questão de dizer que toda a entourage ouviu a conversa com os adeptos. Rui Costa prometeu falar depois do jogo com a Juventus. Será sempre mais fácil, dê por onde der. Vamos ver é das contas...."

Acreditemos


"Escrevi há oito dias: “Agora que tudo parece bem e que nem Di María nem Aursnes parecem insubstituíveis, é bom lembrar que a euforia é tão traiçoeiramente efémera como a descrença…” e, gracejando com as quatro vitórias em nove dias, alertei para não se ir do “…nove ao noventa” pois o difícil mês de janeiro ainda não tinha terminado. Oito dias depois, cá estamos no “nove,” depois de duas derrotas que podiam e deviam ter sido vitórias, uma delas épica, e por culpa própria pois “aconteceram demasiado erros, não fomos competentes, há coisas que têm de mudar” e, com o Casa Pia, sobretudo e sublinho, “não fomos a equipa que quer ganhar o campeonato”. Assim mesmo, à boleia de Bruno Lage e de Otamendi, que hoje ajudam a escrever este artigo, o diagnóstico do que se passou no jogo de sábado, e depois de mais de hora e meia de vontade, intensidade e talento na Europa em que o holandês do costume envergonhou o futebol como de costume. Mas, agora que treinador e capitão fizeram o diagnóstico, era bom que apresentassem a terapêutica e ajudassem a escrever o próximo artigo, corrigindo os erros e mostrando que querem mesmo ganhar o campeonato e antes que seja tarde.…É bom saber que equipa técnica e plantel percebem o que não está bem, mas muito mais importante é que o corrijam e já depois de amanhã num jogo muito difícil e numa competição em que o Benfica tem ultrapassado esta fase que, também ela, já devia estar garantida. Acreditemos.

PS - Este artigo recorreu apenas a palavras que foram ditas publicamente e não a outras que apareceram no espaço público e que resultam da prática de um crime."

As sobrancelhas do Lage


"O pobre Lage achou por bem esclarecer um conjunto de adeptos, depois de o Benfica levar três do Casa Pia. Lage foi temerário? Temerário não é o termo. Lage foi néscio. Foi para além do razoável no papel de treinador-adepto que decidiu para si. E depois sentaram o pobre diabo na liça, diante da imprensa.

Como inaugurar uma coluna que se propõe carregar, sem dó, nem piedade, contra a aparelhagem dessa deformidade, dessa imensidão, desse incontestável “futebol moderno”? Assim, simples: basta esquecer o futebol por instantes e esperar que a modernidade se manifeste. E eis que, em todo seu grosseiro esplendor, ela se encarrega de nos fornecer material de primeira categoria.
Chega assim ao meu cuidado, e em primeira instância, o “Áudio do Lage” - como se tornou conhecido o fenómeno. Enviou-me um amigo e depois outro: em ambos a mesma simplicidade de meios, o mesmo absentismo comunicativo; nem um adjectivo, nem um “francamente” que fosse. Apenas aquele singelo e vil quadradinho com a inscrição “Áudio de Bruno Lage após o jogo com várias críticas ! 👀 #benfica #slb #slbenfica.”
E o problema é este, caro leitor. Todos se insurgem contra o pobre Lage. Todos se levantam a favor do pobre Lage. Mas ninguém pronuncia uma sílaba que seja a favor da mais elementar decência; a favor daquela, em tempos, consensual norma de convivência que nos diz que, em princípio, talvez não seja o mais correto gravar uma conversa sem autorização dos participantes. Em podendo, é evitar; alguém sábio diria.
Está visto que não é assim. A norma social parece ser um vestígio de Conímbriga, com direito a seu próprio “Centro de Interpretação”; ou então sou eu a alucinar. É que nem o próprio Lage, debaixo daquelas sobrancelhas de Philip Pirrip, na lamentável conferência de imprensa de que foi protagonista (já lá vamos), se mostrou capaz de enxergar: “Foi uma conversa que eu pensava privada, veio a público e, estamos aqui hoje para esclarecer tudo sobre essa conversa”, disse. E pronto, siga, venha a próxima, está a andar, tudo normalíssimo.
Voltemos atrás. O pobre Lage achou por bem esclarecer um conjunto de adeptos, depois de o Benfica levar três (3!) do Casa Pia. Lage foi temerário? Temerário não é o termo. Lage foi néscio. Foi para além do razoável no papel de treinador-adepto que decidiu para si? “Para além do razoável” não é a expressão. Lage ousou Andrómeda. Mas nem a mais napoleónica nabice, nada justifica que se considere normal gravar conversas. E mandá-las para a vasta, mundialíssima rede onde todos parasitamos.
E depois sentaram o pobre diabo na liça, diante da imprensa. Era só baba e sobrancelhas. Escreveram-lhe a rábula e lá ficaram os três a assistir ao suicídio. Iago, Lady Macbeth e Ricardo III, na primeira fila, expressão grave e senatorial; enquanto o pobre-diabo esgravatava pelos seus dois tostões de dignidade. Discurso ensaiado e sobrancelhas a arder, o pobre Lage dizia coisas como “Alinhado com estas três pessoas que estão aqui à minha frente.” Vinte minutos da mais exemplar vergonha alheia de que sou capaz de recordar. Piores mesmo que aquela segunda parte em Rio Maior. Por mais que nos quisesse convencer fosse do que fosse, aquelas sobrancelhas de revolução industrial, de órfão inglês à procura de uma concha, aquelas sobrancelhas diziam tudo.
Confesso: preferia ter começado isto de outra maneira. Exaltando o futebol que ainda é possível encontrar em “futebol moderno”, por exemplo. Mas as fintas do progresso são de um desembaraço só. Ficamos tão à toa que nem as vemos passar."

Dizem que somos loucos da cabeça


""Dizem que somos loucos da cabeça”, e se calhar somos mesmo, já que “loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual”. O episódio de Bruno Lage no último sábado à saída do Estádio Municipal de Rio Maior é um sósia do da saída de Roger Schmidt do Estádio dos Arcos na época passada, com o pormaior de Lage ser Benfiquista, o que o fez dirigir-se aos adeptos sem insultos e de boa fé. Mas pior que uma série fraca, o Benfica atual é uma novela previsível que os fãs sustentam para que surjam novas temporadas. Algumas personagens mudam, mas o enredo repete-se. Os realizadores obstinam em não alterar o argumento e no fim a história é sempre a mesma.
A direção do Sport Lisboa e Benfica comete os mesmos erros de mercado, repete as falhas de planeamento do plantel, o presidente torna a abandonar a bancada antes do final dum jogo e volta a afastar-se do treinador e dos adeptos num momento em que devia vir a público dar a cara e comunicar com os mesmos. Tudo isto se repete, tudo isto é expectável, tudo isto ajuda ao afastamento dum ideal que hoje não passa de uma miragem. O clube encontra-se dividido e cada vez mais o está. Não falo da divisão de opiniões, dos diferentes pontos de vista sobre a direção, os candidatos, se o Kökçü deve jogar mais atrás ou mais à frente ou se o treinador faz as substituições bem ou mal e no momento certo. A matriz plural do clube é histórica, inequívoca, desejável e até fundamental na honra ao nosso legado.
No entanto, vêm surgindo ao poucos 2 lados gradualmente mais díspares e distantes. Dum lado temos o clube, do outro a sua massa associativa e adepta. Ambos são teimosos. O clube teima em não aprender com os erros do passado. Os adeptos insistem em encher estádios e pavilhões no apoio às suas equipas. O clube teima em aburguesar-se. Os adeptos manifestam a sua origem popular. O clube teima em afastar-nos. Nós insistimos em aproximarmo-nos. Desta luta o Benfica não sai a ganhar, mas também não sai derrotado, porque os sócios não deixam o Benfica cair. Permanecemos então num eterno empate até que algo mude, a luta acabe, e possamos lutar juntos do mesmo lado.
Até que isso aconteça, o que podem esperar dos adeptos e que certamente não vai mudar é o apoio ao Sport Lisboa e Benfica sempre pelo Sport Lisboa e Benfica, nem sempre apoio a uma decisão dum dirigente, nem sempre apoio a uma atitude dum atleta, mas sempre no apoio à instituição que nos une a todos, embora alguns não o queiram ou não façam por isso. Continuaremos aqui, porque amamos o Benfica, com certeza."

"O Muro"


""Nesta história, um Rei decide expulsar do seu Reino todos aqueles que são diferentes dele e construir um muro para os manter afastados. No entanto, este Rei rapidamente se apercebe de que, sem pessoas com diferentes talentos e conhecimentos, o seu Reino não poderá continuar a prosperar. Este livro, com texto e ilustrações simples e simbólicos, está repleto de significado e mensagens positivas sobre o valor da diversidade, aceitação das diferenças e integração."
Sempre gostei de livros infantis — ou de ilustração — porque são simples, diretos e até uma criança percebe a mensagem principal. Mais do que isso, são pedagógicos e acredito sinceramente que nos preparam para um mundo melhor. Contudo, aceito que, por vezes, sejam demasiado moralistas. E o excesso de moral tende a tornar-se um problema.
Um dos desafios com a crise de iliteracia atual é que há demasiada gente a confundir moral com mural e acabam a falar do que não sabem ou, pior, a tomar decisões contraproducentes. Por exemplo, não serve de nada fingir que se destrói o muro se a seguir passamos os dias a colocar arame farpado nas nossas relações.
Ao seguir prateleiras abaixo pela minha biblioteca, cruzo-me com o livro “Domingo Vamos À Luz”. Em 2010, os Letria, pai e filho, escreveram e ilustraram um livro singular sobre a importância de ir ao estádio em família. É uma história de pessoas, de amor e de futebol. Simples, como tudo deveria ser. Este é um dos meus livros de ilustração preferidos porque sempre acreditei que o Benfica não se faz de ódio, mas antes de amor. E esta é a lição a tirar para os tempos que se aproximam.
Este ano de 2025 tem de ser um ano de viragem. Vamos ter novos Estatutos do clube e isso representa uma vitória única dos sócios. De todos. E, alguns meses depois, vamos ter umas eleições fundamentais para o nosso futuro. Não é preciso ser vidente ou recorrer à IA para saber o que se aproxima, basta observar o passado e ter memória. Nos próximos tempos, vamos assistir a ataques pessoais, críticas violentas, acusações infundadas. Vai valer quase tudo para conseguir o objetivo. Resta saber se falamos de objetivos individuais e com agenda ou coletivos e destinados a um bem maior.
Isto é um apelo sincero para fazermos o Benfica em que acreditamos, aliás, para sermos o Benfica de 1904. Por isso, relembro que todas as candidaturas são válidas e necessárias, se vierem por bem e quiserem cortar com o passado — 11 razões ou penas de galinha não incluídas. Isto significa que temos a obrigação de ouvir-nos antes de julgarmos, de falarmos antes de discutirmos, de criar pontes antes de destruirmos amizades. A história — ou o Pimenta Machado — mostra-nos que o que hoje é verdade, amanhã é mentira, e não vale a pena gastar energia a atacar quem está do mesmo lado da barricada. Acreditem que vamos precisar de todas as munições para o último nível deste jogo.
Em jeito de último suspiro: este ano vai ser longo e só se levarmos a sério a expressão “De Muitos, Um” é que o futuro do Sport Lisboa e Benfica pode ser melhor e, sobretudo, será verdadeiramente nosso."

Desânimo


"Eusébio da Silva Ferreira e Miklos Féher: 2 nomes marcantes por motivos opostos no Benfica. Um fez parte da glória do bicampeonato europeu, outro jogou em pleno Vietname. Um fez da sua vida o Benfica, outro perdeu a vida aquando no Benfica. Um nasceu a 25 de janeiro, outro faleceu a 25 de janeiro.
Um dia de emoções agridoces para a nação benfiquista e que tinha todo o tempo e espaço para homenagens a 2 jogadores vincados na História do Sport Lisboa e Benfica. Este ano, tínhamos a oportunidade de homenagear os 2 contra o Casa Pia com uma vitória ou, no mínimo, uma cerimónia para relembrar as memórias dos 2.
Tal não aconteceu.
Uma equipa desmoralizada, depois do jogo contra o Barcelona, afunda-se ainda mais após mais uma derrota. Os adeptos, frustrados e descontentes, elevam os protestos. A Direção, de novo, abandona o navio e não aparece quando é preciso. O treinador, em frente aos adeptos, a pedir apoio para resolver "esta merda". Todos nós pensávamos que a história desse dia ficava por aí.
Tal não aconteceu.
Um áudio de Bruno Lage vem à tona, onde ele põe o dedo em todas as feridas e em todos os problemas presentes dentro do Benfica.
"Finalmente, alguém lá dentro revolta-se contra quem está lá em cima", pensei eu.
Tal não aconteceu.
No dia a seguir, de manhã, Carlos Nicolia põe um desabafo num story do Instagram a falar das lutas internas, corrupção e alianças obscuras dentro do Benfica. Se haviam suspeitas destas coisas por parte dos adeptos, um atleta com o repertório do Carlos Nicolia declarar tais coisas é a confirmação disso. No mesmo dia, às 17:30, Bruno Lage aparece a falar para a imprensa a esclarecer o conteúdo do áudio, onde ele tenta desculpar-se do que disse.
Pequeno detalhe: Rui Costa, Lourenço Coelho e Rui Pedro Brás estavam na 1ª fila da plateia a ver este triste espetáculo.
Este fim de semana, pela primeira vez desde que me lembro, senti desânimo pelo Benfica.
Nunca pensei dizer isto.
Um clube que me chamou à atenção pela cor das camisolas, que me enfeitiçou com as suas vitórias, que me cativou com as pessoas que conheci por causa dele e que me apaixonou com a sua História jaz moribundo perante os meus olhos.
Pior: Benfiquistas de barba rija e que sabem a mística do clube há muito mais tempo que eu estão a padecer do mesmo desânimo.
Isto, sim, aconteceu. E nunca perdoarei quem me fez sentir assim pelo "Incomparável" Sport Lisboa e Benfica.
Mas há uma coisa que ainda me deixa com esperança: Está nas mãos de todos nós terminar de vez com este capítulo na nossa História.
Viva o Sport Lisboa e Benfica."