Últimas indefectivações

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Missão Covilhã

"Eis o regresso da Taça da Liga, uma competição que, embora estejamos arredados do título desde 2016, já vencemos sete vezes (em doze edições) e pretendemos ganhar novamente, conforme declarado por Bruno Lage no início da temporada ao anunciar os objectivos para a época.
Uma competição certamente também aproveitada para rodar alguns jogadores do plantel menos utilizados até ao momento.
Para já reina a indefinição no grupo B, do qual o Benfica faz parte. Na primeira ronda registaram-se dois empates, deixando todos os clubes com um ponto cada. Hoje, às 20h15, a nossa equipa jogará na Covilhã e, na terceira e última jornada, deslocar-se-á a Setúbal.
Com, certamente, alguma tristeza sentida pelos muitos milhares de benfiquistas residentes na Beira Baixa, a última ocasião em que a nossa equipa principal jogou na Covilhã foi já há cinco anos, em 2014, e a única desde 1987/88. Em compensação, nessa partida, relativa à Taça de Portugal, vencemos por 2-3, com um hat-trick de Jonas. Ao todo, em 41 jogos, vencemos trinta, empatámos oito e perdemos três.
O Sporting da Covilhã ocupa o quinto posto da classificação da Segunda Liga, o escalão em que está inserido pela 12.ª época consecutiva, e luta pelo regresso ao convívio dos grandes. Mas é natural que o favoritismo recaia na nossa equipa e disso deu conta Bruno Lage: “Temos a ambição e a obrigação de vencer, fazer um bom jogo e marcar golos.”
Este será o 51.º jogo de Bruno Lage à frente da nossa equipa A. Cumprida meia centena de jogos, o nosso treinador ajudou a equipa a vencer em 38 dessas partidas. Comparando com os primeiros cinquenta jogos dos treinadores do Benfica em todas as competições oficiais desde que o Campeonato Nacional começou a ser disputado, só foi superado, em número de triunfos, por Béla Guttmann e Fernando Riera, ambos com apenas mais um que Lage.
Depois da Covilhã, o ritmo de jogos não abrandará, mantendo-se frenético. Até 21 de Dezembro, data em que será disputada a terceira e última jornada da fase de grupos da Taça da Liga, a nossa equipa defrontará Boavista, Zenit, Famalicão, Braga e, finalmente V. Setúbal. Serão muitos e bons jogos para apoiarmos a nossa equipa, a começar já hoje na Covilhã! #PeloBenfica"

A águia voava à chuva...

"Dois anos antes, o Benfica defrontara o Flamengo (o clube que está na moda) no Maracanã e perdera por 0-1. Desta vez foi superior, mas não foi além do empate (1-1), com muitas queixas da arbitragem que anulou um golo a Azevedo e perdoou dois penáltis aos brasileiros. A desforra estava marcada para 7 dias mais tarde

Julho. Era o Rio de Janeiro e chovia. O Benfica iria defrontar o Flamengo, no Maracanã, e os promotores dessa longa viagem da águia ao Brasil, no ano de 1957, estavam preocupados. A chuva poderia tirar público a um encontro vivido com antecipado entusiasmo.
O Flamengo, hoje em dia, está na moda. Por causa de um antijogo treinador do Benfica e de um antigo jogador do Benfica, Jorge Jesus e Gabigol.
Fora uma tarde social, digamos assim. A comitiva portuguesa apresentara cumprimentos ao embaixador de Portugal, António Faria, fora ao Gabinete Português de Leitura fazer uma oferta valiosíssima da obra completa de Gil Vicente, supinamente encadernada. Depois, o treino. A conclusão de que Zezinho e José Águas não iriam poder alinhar.
Não era a primeira vez que Flamengo e Benfica se encontravam, no Rio. Dois anos antes, os encarnados tinham viajado até à Cidade Maravilhosa e tinham perdido com os rubro-negros por 0-1.
Seria diferente, desta vez.

A superioridade encarnada
O Benfica acabara de perder a final da Taça da Latina, em Chamartín, face ao Real Madrid.
Perdera, igualmente, em Lisboa, um particular frente ao Vasco da Gama.
Estaria preparado para enfrentar o Maracanã e a grande equipa do Flamengo? A resposta era: estava!
E, não foi apenas a crença, a vontade posta em campo. Não se tratou de uma disputa entre os artistas brasileiros, ufanos das suas qualidades técnicas, virtuosos como poucos na hora de dominar a bola, e portuguesinhos esforçados, humildes e trabalhadores. O Benfica equilibrou o jogo em todos os capítulos. E foi mesmo superior em termos tácticos e de funcionamento do conjunto.
Estiveram mais de 60000 pessoas no Estádio Mário Filho, o Maracanã.
Tal como sucedera na visita anterior, o Benfica sofreu um golo logo no início da contenda. Logos aos 45 segundos.
Para surpresa geral, Águas estava em campo. Mas adoentado, engripado. Sacrificou-se. Não aguentou. Teve de sair. Só que, antes do intervalo, num golpe de cabeça ao seu estilo, bateu o guarda-redes Fernando e fez o golo do empate.
Ficaria o resultado até final.
Há que dizer que o Flamengo foi mais acutilante nesse período inicial do jogo. O golo deu asas aos seus avançados, Costa Pereira foi obrigado a defesas complicadas. Mas o edifício encarnado não abanou e nunca esteve em risco de ruir. Coluna e Cavém foram enormes.
Do outro lado, Zagalo e Duca tiveram remates impressionantes. Cada um teve direito a ver pontapés seus serem repelidos pelos postes.
A frieza dos portugueses, a maneira como começaram a trocar a bola em triangulações sempre em movimento, subindo pelo meio-terreno brasileiro, entusiasmaram os muitos compatriotas que se espalhavam pelas bancadas do maior estádio do mundo. Pavão, Epson e Dequinha não estiveram pelos ajustes e começaram a distribuir patadas como se caçassem ratazanas. Preocupado com a forma como Coluna estava disposto a responder na mesma moeda, Otto Glória adiantou-se para avançado-centro. Azevedo passou a jogar no meio.
À medida que o encontro se encaminhava para o fim, o Benfica era dono e senhor dos acontecimentos. Faltam poucos minutos. Azevedo recebe uma bola à entrada da área e faz o 1-2. O árbitro fica na dúvida, mas anula o lance por fora-de-jogo. Os encarnados estão atónitos. Como??? Azevedo estava em posição perfeitamente legal, reclamam. Debalde. O golo não vale. A vitória não será obtida. É preciso conter a fúria. Dois movimentos no segundo tempo mereceram protestos veementes, dois penáltis sonegados aos lisboetas. Já se sabe que estes jogos são assim. E as arbitragens sempre caseiras.

Há uma desforra marcada para o dia 13
A imprensa do Rio rejubila. Entretanto, o jogo de dia 11, em São Paulo, frente ao Palmeiras, é anulado por haver um Brasil-Argentina no dia 10. Os dirigentes encarnados ficam com comichões no sangue.
A águia ficará a pairar no Rio uma semana sem nada para fazer.
Esperando apenas... Esperando novamente pelo Flamengo e por nova oportunidade de vencer no Maracanã... Ninguém quererá perder esses momento!"

Afonso de Melo, in O Benfica

Estádio novo, betão velho

"Em 2003, o Benfica terminou a construção do novo Estádio da Luz e da 'velha Catedral' restou... o cimento!

Na viragem para o século XXI, ter um recinto desportivo que cumprisse todas as condições exigidas pela UEFA e pela FIFA tornou-se uma prioridade para o Benfica. Remodelar o Estádio da Luz, inaugurado a 1 de Dezembro de 1954, foi a primeira opção considerada, mas, em Maio de 2001, 'depois de muitos estudos feitos (...), a Direcção decidiu-se pela construção de um novo'.
Foram muitas as vozes que se ergueram, uns contra, outros a favor. A ideia de perder o estádio que tanto tinham ambicionado, e que foi construído com o apoio e mobilização de todos os benfiquistas, mexeu emocionalmente com a massa associativa.
O consenso chegou na  Assembleia Geral de 28 de Setembro de 2001: o novo Estádio da Luz ia avançar! O início dos trabalhos dar-se-ia a 1 de Outubro, sob o olhar atento de inúmeros benfiquistas que, visivelmente emocionados, não quiseram deixar de marcar presença naquele que seria o último dia do Estádio tal como o haviam conhecido durante décadas.
A pouco e pouco o antigo estádio foi dando lugar ao novo. E, em pouco mais de dois anos de empreitada, no dia 25 de Outubro de 2003, o Clube inaugurou a sua nova casa. O Estádio da Luz estava agora apto a receber qualquer competição nacional ou internacional. Da 'velha Catedral' restava... o cimento!
Durante a demolição do antigo estádio, a maioria do betão extraído foi reciclado in situ, por britagem, para que pudesse ser reintegrado na construção do novo complexo desportivo. A iniciativa, para além de amiga do ambiente, foi uma consolação para muitos benfiquistas. Saber que o betão proveniente dos donativos da Campanha do Cimento - uma campanha criada em Fevereiro de 1954 para angariação da matéria-prima para a construção do Estádio da Luz - seria reutilizado minorava um pouco a dor de ver desaparecer o símbolo 'de um sonho de muitos anos', que só foi possível concretizar 'após inúmeras iniciativas e actividades que movimentaram o País e as colónias portuguesas, num esforço gigantesco'.
Para além do betão, outros materiais provenientes de demolição do antigo estádio, como plásticos, madeiras e ferro, foram reciclados e alguns reutilizados no novo edifício. O ferro, por exemplo, foi convertido, na Siderurgia Nacional, em novos lingotes.
No Museu Benfica - Cosme Damião, a inauguração do novo Estádio do Sport Lisboa e Benfica é assinalada na área 15 - No Caminho do Tempo."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

Chama Imensa... Marinho, Diogo, Bernardo & Rola

Benfica FM #91 - Leipzig e Marítimo...

Cadomblé do Vata (Autocarros, Bolas...!!!)

"1. A vida é mesmo irónica: no dia em que o autocarro da equipa de ciclismo do FC Porto foi arrestado, Zé Luís marca um golo de bicicleta... agora é esperar pelo resultado do controlo anti doping, porque como Raúl Alcorcon mostrou, com ciclistas do FCP... nunca fiando...
2. Portugal sagrou-se Campeão Mundial de Futebol de Praia pela 3ª vez... são 3 valentes chapadas de luva branca nas tiazorras que fazem cara de enconadas de cada vez que uma bola vai cair na toalha delas.
3. Hoje é dia de Taça da Liga e o Benfica vai à Covilhã... para um benfiquista albicastrense como eu, uma vitória Gloriosa sabe a jackpot... e uma derrota encarnada é azia de 2 meses.
4. Zivkovic foi finalmente convocado para um jogo do SL Benfica... resta saber se o pai o deixa ir para Serra com a equipa.
5. Continuam a saltar que nem pipocas, as teorias pró e contra a OPA do Benfica ao Benfica, para o Benfica ficar com mais percentagem do Benfica e assim devolver o Benfica que já é do Benfica, ao Benfica que já é accionista maioritário do Benfica... eu como não percebo nada desse tema vou aguardando para escolher a minha teoria preferida, que no fundo vai ser a que cheirar melhor, ou neste caso específico, a que cheirar menos mal."

Desequilíbrios!!!!

"Não enveredem pelo erro de qualificar os actos de Fábio Verdíssimo perante o Benfica de perseguição. Não é. Infelizmente, é bem mais grave que isso. Estamos a falar de um doente mental pelo Sporting Clube de Portugal e que tudo faz para beneficiar o seu clube. A única diferença para com Bruno de Carvalho é que Fábio Verdíssimo anda com um apito na boca a arbitrar jogos da 1ª Liga.
Depois da Meia-final da Taça da Liga do ano passado entre Benfica e Calor da Noite em que roubou na função de VAR de todas as formas possíveis e imaginárias o Benfica, Fábio Verdíssimo apareceu ainda mais descontrolado e desequilibrado emocionalmente e os jogos que se seguiram foram o descalabro que a imagem abaixo comprova.
O facto de ter decidido tirar um golo a Vinicius pelo facto da bola ter batido num defesa é apenas e só mais um dos desequilíbrios mentais de Verdíssimo justificados pelo seu ódio eterno ao Benfica.
A nossa pergunta mantém-se: como é possível este doente mental ser Árbitro da 1ª Liga e, ainda mais escandaloso, ser Árbitro Internacional? É a falência total da Arbitragem de Fontelas Gomes!"

Podres, Arrestos e Canelas !!!

Pior do que um Euro entre Glasgow e Baku só um Mundial no Qatar

"De Baku a Glasgow são cinco mil quilómetros de distância.
As 10 horas de avião, ou 60 de carro, são mais do dobro do que as que separam, por exemplo, São Petersburgo de Sochi – as cidades-sede mais distantes do Mundial 2018 acolhido pela imensa Rússia.
Ainda assim, a distância está longe de ser o maior desafio para uma fase final de um Campeonato da Europa que se estende das praias do Mar Cáspio às margens do Rio Clyde.
Com 12 cidades distribuídas por 11 países, com dez línguas oficiais e sete moedas diferentes, além de índices de desenvolvimento muito distintos, o Euro 2020 ameaça ser, desde logo, um pesadelo logístico.
Os indícios acabaram por confirmar o que no papel já parecia complicado, no passado sábado, naquele que foi provavelmente o sorteio mais confuso de sempre de uma grande competição de futebol.
Os inúmeros condicionamentos deixaram grupos quase fechados ainda antes das bolas saírem dos respectivos potes. Mesmo depois, ficaram pontas soltas – lugares vagos e sedes por decidir – para resolver lá para Março, quando as últimas quatro selecções decidirem o apuramento através de play-off.
O sistema deste primeiro Europeu com 24 equipas é de tal forma inusitado que, após o sorteio ter ditado que no seu grupo Portugal enfrentaria pesos-pesados como França e Alemanha, além de uma selecção surpresa, Fernando Santos confessou-se sobretudo aliviado de não ver os jogos da selecção nacional desterrados para a capital do Azerbaijão – que, diga-se, não se qualificou para o torneio. 
Este é, portanto, o primeiro Euro itinerante. Uma experiência saída da cabeça do ex-presidente da UEFA, Michel Platini, que tinha em campo uma criatividade bem mais profícua do que nos gabinetes.
No fundo, é um périplo pela Europa, sem o envolvimento umbilical de uma nação anfitriã. Hoje em Bucareste, amanhã em Dublin, depois em Bilbau ou em Copenhaga.
Ainda assim, este experimentalismo da UEFA, que poderá até a resultar em alguns aspectos, jamais ultrapassará o da FIFA com o Mundial que se irá jogar dentro três anos no inverno do Qatar.
Bem mais absurdo que em espalhar 24 selecções por toda a Europa, será confinar 32 num país do tamanho de Trás-os-Montes, com a população da Área Metropolitana de Lisboa e cuja para tradição futebolística está espelhada no facto de nunca se ter qualificado nas 21 edições anteriores de um Campeonato do Mundo.
Pior: a escolha obscura pelo Qatar validou um tipo de exploração laboral difícil de crer nos dias de hoje. Em pleno século XXI, o futebol compactua com uma espécie de escravatura dos tempos modernos.
Como noticiava o Guardian em Outubro, centenas de trabalhadores morrem a cada ano no Qatar, sobretudo nas obras como a construção dos novos estádios, sem que, na esmagadora maioria dos casos, haja qualquer investigação por parte das autoridades daquele país.
Segundo o Observatório dos Direitos Humanos, antes de ser dado o pontapé de saída para o Mundial do Qatar, o número estimado de mortes de trabalhadores chegará a quatro mil – cerca de cem vezes mais do que a soma de vítimas laborais nos últimos dois Mundiais, na Rússia e no Brasil.
Mais do que as suspeitas de corrupção ou do que o absoluto desrespeito pelos adeptos, esse é o mais sórdido legado que Joseph Blatter e Michel Platini deixam no futebol."

Treinar

"No mundo fascinante do futebol, poucas profissões se revelam tão interessantes, mas também tão inseguras e tão variáveis nas avaliações que sobre ela se fazem a cada momento, como a de treinador.
Se os grandes jogadores fazem o espectáculo, criam os lances geniais, concebem as jogadas que perduram na memória e por isso ficam para a lenda do futebol, também é verdade que sem o trabalho dos treinadores tal não seria possível, porque sendo o futebol um desporto colectivo (com espaço para as grandes individualizações, é claro), são os homens que comandam a “máquina” que tornam possível o maior espectáculo desportivo à face da Terra.
É uma profissão fascinante, sem sombra de dúvida, mas também a profissão ligada ao futebol em que se passa mais depressa de bestial a besta - quantas vezes nos escassos (para esse efeito) noventa minutos que dura um jogo -, porque o treinador é sempre o bode expiatório mais à mão para justificar resultados em que vastas vezes é o menos responsável.
Nos mais de cem anos de competição que o futebol já leva, é fácil recordarmos os nomes de tantos e tantos jogadores que ficam para a lenda, desde os de categoria mundial cuja valia ultrapassa a fronteira de clubes e países, até àqueles que se destacaram no clube de cada um de nós e que ficam na nossa memória clubística, mas já não é tão fácil recordarmos os nomes de treinadores em igual quantidade, porque pese embora a sua importância decisiva no jogo não ficam tão ligados ao imediatismo do grande golo, da grande defesa, do grande drible ou da grande jogada como os executantes propriamente ditos.
Aliás, estando a História do futebol pejada de grandes treinadores, desde pelo menos os anos 30 do século passado, são poucos aqueles que deixaram uma marca mais decisiva no futebol que as grandes vitórias obtidas em clubes e selecções. E esses são os que para lá de ganharem troféus e títulos conseguirem criar sistemas de jogo que perduraram para lá do tempo em que foram criados e constituíram factores de inovação do próprio futebol.
Foram os casos de Herbert Chapman, com o revolucionário “WM”, de Helénio Herrera, que aperfeiçoou até ao limite da eficácia o “catenaccio” de Nereo Rocco, de Rinus Michels, que criou o conceito de “futebol total” e foi escolhido pela FIFA como melhor treinador de sempre fruto desse extraordinário modelo de jogo, e da dupla Cruyff/Guardiola, que inventou o “tiki taka” que permitiu extraordinárias vitórias ao Barcelona e é o último (até à data) grande e revolucionário modelo de jogo.
Terá havido mais um ou outro, mas são realmente muito poucos os treinadores que além de ganharem os tais troféus e títulos também mereceram a “imortalidade” futebolística pela sua criatividade em termos de conceitos de jogo.
César Luis Menotti, Arrigo Sachi, Fabio Capello, Alex Ferguson, Stefan Kovacs, José Mourinho, Bob Paisley, Jürgen Klopp, Arsène Wenger, Bill Shankly, entre muitos outros que poderia citar, foram e são treinadores de enorme sucesso pelo que fizeram em clubes e selecções, mas aos quais ninguém associa a criação de um dos tais modelos de jogo que perdura para a História do futebol.
E por isso quando se fala dos grandes jogadores que integraram grandes equipas, das grandes equipas que conquistaram troféus e títulos, dos troféus e títulos que deram glória e palmarés a clubes e países, é bom que fique sempre a justa recordação de que nada disso seria possível sem os tais homens que exercem a tal profissão tão fascinante quanto instável que é a profissão de treinador.
É oportuno recordar isto nestes tempos em que cada vez mais o treinador é o elo mais fraco, em que cada vez mais frequentemente é o bode expiatório dos erros dos presidentes e conselhos de administração das SAD, em que ano após ano as “chicotadas psicológicas” parecem ser a única solução para o mau planeamento das épocas ou até para a má sorte própria do jogo propriamente dito.
Sem invalidar, como é óbvio, que, sendo humano, o treinador também falha, também erra, também faz más leituras do jogo, também toma opções erradas no decurso do mesmo. Quem viu, a título de exemplo , os recentes jogos do “meu” Vitória com Standard de Liége e Vitória FC ou o Leipzig-Benfica terá identificado, sem qualquer dificuldade, um conjunto de decisões erradas de Ivo Vieira e Bruno Lage que estiveram na origem de as suas equipas não terem ganho jogos que estavam perfeitamente ao seu alcance. Que foram das leituras erradas dos jogos aos enormes erros nas substituições que fizeram e nas que não fizeram.
Também por isso a profissão de treinador é tão fascinante (e tão instável), por permitir que, sem jogar, o treinador tenha tanta importância nas vitórias, empates e derrotas como os jogadores. E às vezes mais."

Domingos Piedade...

Benfiquismo (MCCCLXXI)

Desfile...

Lixívia 12


Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 33 (0) = 33
Corruptos. 31 (+6) = 25
Sporting.. 20 (+4) = 16

Regresso da Liga, com as habituais vergonhosas nomeações! A notícia, que só a TVI publicou, do processo contra o Fontelas, pelos 'cozinhados' nas classificações dos árbitros, em nada mudou a postura do Conselho de Arbitragem!

Mesmo assim, não tivemos Casos, com influência nos resultados! Mas as 'posturas' foram evidentes, principalmente do VAR:
- contabilize-se o tempo que levou para validar o 1.º golo do Benfica; contabilize-se o tempo que levou para confirmar o 1.º golo do Gil em Barcelos, contra os Lagartos....!!!
- e depois contabilize-se o tempo que levou para validar o golo dos Lagartos em Barcelos!!!
O 'medo' de cometer um erro a favor do Benfica, ou um erro contra os Lagartos (ou os Corruptos), parece que tem consequências nos 'relógios'! Expande o 'tempo'!!!
Andam sempre à procura de um 'pintelho' para justificar os adversários do Benfica, ou ajudar os Dragartos!!!

Na Luz, apesar de tudo, a palhaçada 'maior' foi mesmo a não atribuição de um dos golos ao Vinícius!!! No outro golo anulado ao Vinícius, a linha virtual 'deu' 25cm em fora-de-jogo... Aceito, apesar de defender que a margem de erro da tecnologia utilizada, deveria ser 'contabilizada', no Tugão e em todos as outras competições...
Na expulsão do Gabriel, o meu 'problema' são as comparações! O Gabriel fez duas faltas, não violentas e foi expulso... Por exemplo, a falta do Edgar Costa, sobre o Gabriel, minutos antes do 2.º Amarelo (que até levou o Veríssimo a dar o Amarelo...), é perigossísima... e faltas iguais repetem-se, dezenas de vezes por jogo, e raramente 'sai' o Amarelo... Temos jogadores Dragartos com entradas de pitons, e nunca são castigados... Aos nossos jogadores, basta um sopro...!!!

Em Barcelos, aquilo que me saltou mais à vista, foram as 'desculpas' que o Macron fartou-se de dar aos Lagartos, para assinalar as faltas, que de facto existiram, e para lhes mostrar os Cartões que eles mereciam...
No lance do Doumbia, todos os expert's, mesmo os mais fanáticos Dragartos, confirmaram o erro: quando uma jogada é anulada pelo VAR, a acção disciplinar só é 'retirada', se a acção disciplinar é consequência directa do 'erro'! O Doumbia merecia um Vermelho directo, agrediu à cotovelada um adversário, o facto de ter existido um fora-de-jogo milimétrico no início da jogada, é irrelevante, o Vermelho (ou Amarelo neste caso, é indiferente), tinha que ser mantido...
O mais curioso, é que aparentemente quem 'confundiu' o Macron, foi o 'desdentado' do MVP vitalício!!! Nós já sabíamos que o rapaz tem permissão, para dar ordens dentro do campo aos colegas; que tem permissão para 'descascar' nos companheiros no final dos jogos, quando as coisas correm mal, em público; também sabemos que é completamente inimputável disciplinarmente...; agora também ficámos a saber que os árbitros, têm que ouvir atentamente os 'conselhos' do capitão dos Lagartos, pois ele lá saberá as Leis!!!!

Não vi o jogo dos Corruptos, mas aparentemente nada de grave se terá passado, a não ser as habituais faltas e faltinhas, à procura dos Livres do agrado do Telles... Amanhã se aparecer algum lance, que me 'passou' ao lado, farei uma adenda...

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Paços de Ferreira(c), V(5-0), M. Oliveira (L. Ferreira), Prejudicados, (6-0), Sem influência
2.ª-B SAD(f), V(0-2), Veríssimo (Xistra), Prejudicados, (0-4), Sem influência
3.ª-Corruptos(c), D(0-2), Sousa (Almeida), Prejudicados, Impossível contabilizar
4.ª-Braga(f), V(0-4), Almeida (Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (1-4), Sem influência
5.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Pinheiro (L. Ferreira), Nada a assinalar
6.ª-Moreirense(f), V(1-2), Soares Dias (Mota), Nada a assinalar
7.ª-Setúbal(c), V(1-0), Martins (Esteves), (2-0), Prejudicados, Sem influência
8.ª-Tondela(f), V(0-1), Hugo (Nobre), Nada a assinalar
9.ª-Portimonense(c), V(4-0), Mota (V. Ferreira), Nada a assinalar
10ª-Rio Ave(c), V(2-0), Xistra (Esteves), Prejudicados, Sem influência
11.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Soares Dias (R. Oliveira), Prejudicados, (1-3), Sem influência
12.ª-Marítimo(c), V(4-0), Veríssimo (L. Ferreira), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Marítimo(f), E(1-1), Martins (Hugo), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
2.ª-Braga(c), V(2-1), Godinho (Nobre), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Portimonense(f), V(1-3), Xistra (V. Santos), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
4.ª-Rio Ave(c), D(2-3), Pinheiro (Narciso), Beneficiados, Prejudicados, (3-5), Sem influência
5.ª-Boavista(f), E(1-1), Sousa (V. Ferreira), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
6.ª-Famalicão(c), D(1-2), Hugo (Nobre), Nada assinalar
7.ª-Aves(f), V(0-1), Xistra (Nobre), Nada a assinalar
8.ª-Guimarães(c), V(3-1), Soares Dias (Narciso), Nada a assinalar
9.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-2), Rui Costa (Xistra), Beneficiados, Impossível contabilizar
10.ª-Tondela(f), D(1-0), Veríssimo (Mota), Nada a assinalar
11.ª-Belenenses(c), V(2-0), M. Oliveira (L. Ferreira), Nada a assinalar
12.ª-Gil Vicente(f), D(3-1), Hugo (Esteves), Beneficiados, Sem influência

Corruptos
1.ª-Gil Vicente(f), D(2-1), Almeida (Xistra), Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(4-0), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
3.ª-Benfica(f), V(0-2), Sousa (Almeida), Beneficiados, Impossível contabilizar
4.ª-Guimarães(c), V(3-0), Xistra (Nobre), Beneficiados, Prejudicados, (4-2), Impossível contabilizar
5.ª-Portimonense(f), V(2-3), Rui Costa (V. Santos), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
6.ª-Santa Clara(c), V(2-0), Godinho (Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
7.ª-Rio Ave(f), V(0-1), Almeida (Sousa), Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Famalicão(c), V(3-0), Veríssimo (L. Ferreira), Nada a assinalar
9.ª-Marítimo(f), E(1-1), Sousa (Almeida), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
10.ª-Aves(c), V(1-0), Malheiro (Rui Costa), Nada a assinalar
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Almeida (V. Santos), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
12.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Martins (Nobre), Nada a assinalar

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
Soares Dias - 2
Veríssimo - 2
M. Oliveira - 1
Sousa - 1
Almeida - 1
Pinheiro - 1
Martins - 1
Hugo - 1
Mota - 1
Xistra - 1

Sporting
Xistra - 2
Hugo - 2
Martins - 1
Godinho - 1
Pinheiro - 1
Sousa - 1
Hugo - 2
Soares Dias - 1
Rui Costa - 1
Veríssimo - 1
M. Oliveira -1

Corruptos
Almeida - 3
Sousa - 2
Mota - 1
Xistra - 1
Rui Costa - 1
Godinho - 1
Verissimo - 1
Malheiro - 1
Martins - 1

VAR's:
Benfica
L. Ferreira - 3
Esteves - 2
Rui Costa - 1
Xistra - 1
Almeida - 1
Mota - 1
Nobre - 1
V. Ferreira - 1
R. Oliveira - 1

Sporting
Nobre - 3
Narciso - 2
Hugo - 1
V. Santos - 1
V. Ferreira - 1
Xistra - 1
Mota - 1
L. Ferreira - 1
Esteves - 1

Corruptos
V. Santos - 3
Almeida - 2
Nobre - 2
Xistra - 1
V. Santos - 1
Rui Oliveira - 1
Sousa - 1
L. Ferreira - 1
Rui Costa - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Soares Dias - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Miguel - 1 + 0 = 1
Xistra - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1

Sporting
Xistra - 2 + 1 = 3
Hugo - 1 + 1 = 2
Sousa - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 3 + 2 = 5
Sousa - 2 + 1 = 3
V. Santos - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Xistra - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
L. Ferreira - 0 + 3 = 3
Soares Dias - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Almeida - 1 + 1 = 2
Mota - 1 + 1 = 2
Xistra - 1 + 1 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Sousa - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Hugo - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1

Sporting
Xistra - 2 + 1 = 3
Hugo - 2 + 1 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Narciso - 0 + 2 = 2
Martins - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Sousa - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 3 + 2 = 5
Sousa - 2 + 1 = 3
V. Santos - 0 + 3 = 3
Xistra - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 1 + 1 = 2
Nobre - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1

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2018-2019

Cadomblé do Vata (resultadismos e memórias selectivas!!!)

"O advento do resultadismo deu-se na segunda metade da primeira época Vitoriana na Luz. Depois de um início de temporada catastrófico em que já ninguém podia ver Rui Vitória nem pintado do bronze da estátua do Eusébio, o SL Benfica desatou a distribuir goleadas como quem distribuía almofadinhas "pró cú" e nougats nos estádios do antigamente. Como o pessoal não estava disponível para admitir que se calhar podia haver muito Benfica no pós Super Jota, escudamos-nos no "resultadismo" para justificar dois campeonatos de enfiada à frente do agora D. Sebastião de Vera Cruz.
Com o falecimento do Benfica Vitoriano na primeira noite futebolística de 2019, pensou-se que o "resultadismo" tinha apanhado o avião para o, à data, altamente importante, mas agora por artes mágicas totalmente esquecido, campeonato da Arábia Saudita. Sob a batuta de Bruno Lage, o Glorioso embarcou numa série infindável de grandes resultados, a enfardar sovas de 10, 6 e 5 como se de um Tarzan Taborda se tratasse, limpamos o catarro das gargantas de tanto golo gritar e quando demos por nós, as rotundas de Portugal estavam entupidas de maduros e crianças a destilar álcool por todos os poros das camisolas rubras que envergavam.
Obviamente que nisto do Benfiquismo, a felicidade não pode durar muito tempo. Damos ali duas semanas de descanso à mente e depois arrancamos novamente para uma depressão qualquer, talvez por acreditarmos que a raiva e o desânimo é que mantém o clube atento e focado. Vai daí e em menos de 2 meses de competição, fomos ao hospital psiquiátrico buscar o Sr. Resultadismo. Chanfrado como dantes, mas amado como sempre, foi atiçado ao treinador campeão nacional como se do José Mota se tratasse, porque no SL Benfica somos todos muito exigentes.
Ora bem amigos, o que de momento estamos a atacar são 11 vitórias em 12 jogos. Parecido só na primeira época do Eriksson, em que o único jogo não vencido foi um empate. 98% do que atiram ovos ao treinador do Benfica nunca tinham visto 11 vitórias nos primeiros 12 jogos da época, mas que se foda, somos exigentes, porra!! Nestes 12 jogos sofremos 4 golos. Repito, 4 golos. Nem vou ver quando foi a última vez que tal registo aconteceu, mas na temporada do Eriksson íamos com 5, portanto está à vista que caminhamos em terrenos habituais para os exigentes. Fazendo uma resenha do total de jogos Lageanos de campeonato, temos 29 vitórias, 1 empate e 1 derrota em 31 jogos. Extrapolando isto num só campeonato, são 88 pontos, que é como quem diz, segundo melhor registo de pontos a seguir ao recorde de 86 em 34 jornadas do Sporting de JJ. Em 31 jogos marcaram-se 101 golos. Média de 3,25 por jogo. Rai'sparta o resultadista.
No fundo, estamos a ver história passar-nos em frente aos olhos, mas como somos todos uns "exigentões" apontamos o dedo e criticamos. "Ahh mas no tempo do Rogério Pipi e do Eusébio e do Chalana e do Jamir...", sim, todo o percurso nacional de 2019, até hoje é digno desses todos. "Ahh mas em Maio é que se fazem as contas", sim e elas foram feitas com o 37º e na liderança para o 38º. "Ahh mas o campeonato é fraco", sim desde 1934/35 que é, daí a expressão "uma goleada à antiga". "Ahh mas na Liga dos Campeões", sim queremos passar da fase de grupos, com a mesma exigência que o Vitória de Setúbal quer passar da fase de grupos da Taça da Liga. "Ahh mas...", sim, gravem é todos resumos de 2019 que daqui a 30 anos vamos querer mostrá-los aos filhos e netos."

Cadomblé do Vata (Verdíssimos!!!)

"As leis do futebol estão em constante mutação e alteram mais vezes num ano, do que o nome do treinador do Marítimo. Posto isto, é possível que haja alguma base legal para o terceiro golo do Benfica não ter sido atribuído ao Carlos Vinicius, aparecendo no relatório do árbitro como auto golo de Grolli. Até à hora em que escrevo isto, ninguém encontrou justificação para tal decisão do Fábio Veríssimo, mas com base no anteriormente exposto e no meu total desconhecimento das regras básicas da modalidade, admito que ela exista.
Dada a celeuma que a inusitada atribuição da autoria do golo originou, seria de vital importância a LPFP ou a APAF virem a terreiro explicar os critérios que presidiram o julgamento do juiz pertencente à associação de futebol que deu à Luz Olegário Benquerença. Temo é que caso os critérios sejam tornados públicos, se prepare um verdadeiro terramoto na tabela dos Melhores Marcadores, cujas ondas sísmicas podem até afectar a centena de golos de Cristiano Ronaldo, caso faça jurisprudência internacional. Até porque os Deuses da Bola não dormem em serviço e pouco tardará até que aconteça em Terras Lusitanas, novo lance a despertar a memória do relatório do sr. Fábio."

Do PSV a Barcelos, o retrato dos leões

"O leonino choque com a realidade; a geração de Vítor Oliveira, precocemente afastada, que devia estar no activo; e o golo do Flamengo...

O Sporting chocou ontem, de frente, com a realidade, depois de três dias de doce e ledo engano, na sequência do triunfo, e da boa exibição, frente ao PSV. Barcelona, e as três bicadas do galo, serviram para colocar em perspectiva a época dos leões, que deverá estar baptizada para o objectivo do terceiro lugar e ainda para alguns fogachos que irão servir de tira-gosto aos adeptos. Mas, na verdade, por mais que Silas invente e Bruno Fernandes tire coelhos da cartola, há deficiências estruturais no plantel dos leões que os impede de lutar por algo mais. E atrever-me-ei, até, a dizer, que se retirarmos da equação o capitão dos leões, de facto um jogador de extraordinário gabarito, o plantel do SC Braga, por ser mais profundo e coerente, dá melhores garantias que o de Alvalade. Mas o Sporting terá sempre a seu favor o facto de ser um dos maiores clubes do mundo, e isso, no fim do dia, faz toda a diferença, assim haja paciência para compreender que os malfeitores do período conturbado, que culminou em Alcochete não se dissipam de um dia para o outro. Sejamos claros em relação a uma coisa: o Sporting terá sempre solução, por tão grande que é. Só que essa solução demorará muito mais tempo a aparecer, ou se são houver estabilidade, ou se quiserem associar o cumprimento dos mandatos aos resultados desportivos do futebol profissional, perversão que já fez cair Dias da Cunha, Bettencourt e Godinho Lopes.

Em Vítor Oliveira, 66 anos, que este ano já derrotou, em Barcelos, FC Porto e Sporting, saúdo todos os treinadores portugueses da mesma geração, precocemente afastados, em nome de uma modernidade muitas vezes de pechisbeque, dos lugares que deviam ocupar, por razão de competência, com ganhos para o nosso futebol.

No Euro-2000, a belissima equipa de Humberto Coelho fez história ao virar um resultado de 0-2, frente à Inglaterra, para 3-2, e um dos golos, marcados por João Vieira Pinto, foi conseguido depois de termos encadeado 28 passes. Notável! Ontem, em São Paulo, na Arena do Palmeiras, principal rival da época, o Flamengo de Jorge Jesus, já campeão, entrou em jogo de forma exuberante. Aos quatro minutos marcou um golo, pelo uruguaio De Arrascaeta, na sequência de uma posse de bola de 110 segundos, que teve 32 toques na bola, até esta entrar nas redes do goleiro Jailson. Estratosférico!

Ás
José Mourinho
Depois de três vitórias em três jogos, já é possível dizer que o Tottenham de José Mourinh é a última Coca-Cola do deserto? Não, o special one ainda tem muito trabalho pela frente, especialmente no departamento da defesa. Mas a verdade é que há, nos Spurs, um antes e um depois do técnico de Setúbal. E Old Trafford é já a seguir.

Duque
Sporting
Os leões vão ter de pagar três milhões de euros ao treinador Mihajlovic, num processo em que ninguém ficou bem no filme: nem Bruno de Carvalho que o contratou já no lavar dos cestos; nem Sousa Cintra, que o despediu sem fundamentações; nem Frederico Varandas que geriu o dossier com sobranceria. Tanto dinheiro...

Duque
Maurizio Sarri
Não é só em Portugal que há equipas que jogam muito menos que a qualidade dos seus jogadores justificaria. Arsenal, Barcelona, Atlético de Madrid e Bayern são outros exemplos dessa desconformidade, mas a Juventus consegue batê-los a todos. É penosa a forma como a equipa de Cristiano Ronaldo se exibe, coisa mesmo feia!

A lição que Lage nunca mais deve esquecer...
«Os treinadores mais experientes têm aprendizagens ao longo das competições; eu, a cada jogo, estou a aprender...»
Bruno Lage, treinador do Benfica
O Benfica não devia ter abordado a Liga dos Campeões como se da Taça da Liga se tratasse, e essa deficiente avaliação custou caro. Leipzig só confirmou que o Benfica tinha mais para dar do que aquilo que deu à Champions. Adiante. Que do processo de aprendizagem de Bruno Lage passe a constar este postulado: «Os campeonatos de hoje não se ganham com as equipas de amanhã».

A visão romântica dos franceses...
O sorteio da fase final do Euro-2020 não foi nada meigo e colocou no mesmo grupo o campeão do Mundo de 2014, o campeão da Europa de 2016 e o campeão do Mundo de 2018. O 'L'Équipe', de forma sarcástica, apelidou este ajuntamento de favoritos de «Grupo do Amor». Que será eterno, enquanto durar...

Tricampeões do Mundo
Comandado pelo carismático e extrovertido Mário Narciso, antigo médio do V. Setúbal (120 jogos na 1.ª Divisão e 11 golos pelos sadinos), que fez parte da equipa técnica de Carlos Garcia, em 1988/1989, no Sporting de Espinho, que tinha Luís Campos como preparador físico, Portugal sagrou-se, no Paraguai (um dos dois países da América do Sul que não é banhado pelo mar, o outro é a Bolívia), campeão do mundo de futebol de praia, pela terceira vez, ao derrotar a Itália, na final. Mais uma conquista para a FPF, de parabéns os magníficos jogadores, com o melhor do mundo, Jordan Santos, do SC Braga, à cabeça, e... viva Portugal!"

José Manuel Delgado, in A Bola