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Vermelhão: Final ultrapassada...
1.ª lugar da fase regular garantido!
Tudo para decidir em Gaia...
Juvenis - 11.ª jornada - Fase Final
Lutar pelos três pontos
A ignorância é atrevida…
Amorim: a sorte dá muito trabalho
Terceiro Anel: Diário...
Entrevista Matz & Casas...
Jorge Jesus tinha razão sobre Neymar?

segunda-feira, 31 de março de 2025

9.ª Taça de Portugal

Benfica 2 - 1 Nun'Álvares

Não foi bonito, mas trouxemos mais um troféu para o Museu!
A época não tem sido fácil, com muitas jogadores a lesionarem-se... não tem sido fácil, ter todas as jogadoras em forma, ao mesmo tempo!
Agora, as dificuldades destes dois jogos da Final 4, são um aviso daquilo que será o Play-off...


Derrota...


Sporting 4 - 3 Benfica

Mais uma derrota numa Final com o Sporting, e desta vez, até fomos superiores no jogo jogado, mas voltámos a ser muito perdulários na finalização!
A 1.ª parte foi do Benfica, a 2.ª parte mais dividida...

Mais uma vez, arbitragem decisiva: a não expulsão do Taynan é inexplicável, agride o Lúcio (só isto, valia um Vermelho e depois ainda empurra do André...)! Sendo que o golo do empate, é imediatamente a seguir...
Nota ainda para os constantes mergulhos Lagartos: é um jogo todo a atirarem-se para a piscina! No Futsal as 5 faltas são fundamentais, alteram completamente a forma de jogar das equipas, veja-se hoje quando a Lagartada chegou às 5 faltas na 2.ª parte, mudaram imediatamente a pressão...
Incrível como conseguiram não assinalar uma única falta ofensiva ao Zicky!!!

Golos...


Murches 1 - 9 Benfica

Goleada que só não foi maior, porque falhámos todas as bolas paradas (marcámos uma na 2.ª vaga!).

Jogo marcado, pelo anúncio da Apendicite do Bargalló, que irá assim falhar os próximos jogos! Logo numa altura que a Champion se está a decidir, e também o 1.º lugar na fase regular ficará decidido (estaticamente importante...)!

Juniores - 7.ª jornada - Fase Final


Benfica 6 - 0 Tondela
F. Silva(3), Afonso(2), Duarte


Goleada clara, mesmo com algumas das mais promissoras estrelas no banco!!!
Apesar dos pontos perdidos de forma parva, somos lideres isolados...

Juvenis - 8.ª jornada - Fase Final


Benfica 2 - 0 Guimarães
Anísio, Dilan


Vitória que peca por escassa, em jornada após Seleções, algo que normalmente deixa marcas nas equipas da formação do Benfica!
Mantemos a liderança partilhada com o Sporting, mas temos menos 1 jogo...

Iniciados - 9.ª jornada - Fase Final


Tondela 1 - 3 Benfica
Cassiano, Cordeiro, Gomes


Terminamos a 1.ª volta na liderança isolada, após mais uma vitória quase 'tranquila'!
Vamos começar em Braga a 2.ª metade, excelente oportunidade para 'vingar' a derrota muito injusta no Seixal...

O Benfica Somos Nós - S04E47 - Gil Vicente...

O Cantinho Benfiquista #205 - 1 Down, 8 To Go!

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Tetracampeãs


"A equipa feminina de andebol do Benfica é tetracampeã nacional. E há duas Taças de Portugal para conquistar hoje. Este são os temas em destaque na BNews.

1. Quarto título consecutivo
O Benfica recebeu e venceu, por 27-20, a AA São Pedro do Sul, sendo já matematicamente campeão nacional de andebol no feminino, estando por disputar três jornadas. É o 11.º título nacional benfiquista na vertente feminina da modalidade.
Na mensagem de felicitações, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, refere o "trajeto fantástico na prova, dando seguimento a uma história muito bonita na modalidade."

2. "É um privilégio representar o Benfica"
Numa iniciativa no âmbito de uma campanha da adidas, Florentino, jogador da equipa profissional de futebol do Benfica, visitou um treino da equipa Sub-12 do Clube no Estádio Universitário de Lisboa e, entre conselhos aos mais novos, partilhou o sonho que ainda hoje vive de vestir o Manto Sagrado. Um autêntico regresso às origens que pode ver no BPlay.

3. Duas Taças de Portugal para conquistar
As equipas masculina e feminina de futsal do Benfica têm, hoje em Matosinhos, a oportunidade de conquistar a respetiva Taça de Portugal. Nos homens, o adversário é o Sporting (20h00), enquanto as mulheres, que ontem derrotaram o Futsal Feijó por 4-2, defrontam o Nun'Álvares (17h00).

4. A um ponto do penta
Ainda com três jornadas por disputar, a equipa feminina de futebol está a um ponto de revalidar o título e conseguir o pentacampeonato. Ontem, na receção ao Racing Power, triunfou por 4-1.
A treinadora do Benfica, Filipa Patão, felicitou a equipa feminina de andebol pelo título e salientou a cada vez mais próxima possibilidade de chegar ao penta no futebol: "Primeiro de tudo, quero dar os parabéns à nossa equipa feminina de andebol, que acaba de se sagrar tetracampeã. Estamos a um ponto, em três jogos, da consagração. Estamos mais próximos, e era isso que nós pretendíamos."

5. Outros resultados
Em voleibol, o Benfica ganhou por 3-1 ao Leixões. Em basquetebol, vitória por 93-59 frente à Ovarense. Em andebol, derrota por 34-30 no reduto do Sporting. No râguebi, desaire na visita ao Belenenses (31-0). A equipa feminina de hóquei em patins ganhou por 1-3 na deslocação ao Turquel. Em polo aquático, tanto a equipa masculina como a feminina venceram, respetivamente, ante o CA Pacense (8-10) e o Cascais WP (6-21).
Esta manhã, no futebol de formação, os Juvenis venceram, por 2-0, frente ao Vitória SC, e os Iniciados triunfaram, por 1-3, na visita ao Tondela.

6. Outros jogos do dia
Os Juniores recebem o Tondela no Benfica Campus (16h00). A equipa feminina de voleibol recebe o FC Porto (18h00) e a de basquetebol tem embate no reduto da Sanjoanense (15h00). A equipa masculina de hóquei em patins visita o Murches (16h00).

7. Bom desempenho
Melanie Santos, triatleta do Benfica, foi 2.ª classificada na Europe Triathlon Cup de Quarteira."

Quando o Ferrari vermelho arranca...

"O Benfica derrotou o Gil Vicente no jogo em atraso da jornada 24. A oito jornadas do fim está empatado em pontos com o campeão Sporting. Estamos a entrar na reta final de um campeonato disputadíssimo entre os dois rivais de Lisboa, com FC Porto e SC Braga mais atrás. Serão oito jornadas de emoções, expectativas e nervos.
O Sporting procura um bicampeonato que não consegue desde os «Cinco Violinos», nos anos 50, e o Benfica quer recuperar a hegemonia que teve por altura do Tetra e o seu campeonato n.º 39, cada vez mais próximo das quatro dezenas. E quem sabe, até, repetir o Triplete de 2014, dado que após a conquista da Taça da Liga, ainda pode fazer a dobradinha.
Alex Ferguson chamava a estes jogos finais de campeonatos altamente disputados como o «Squeaky Bum Time». Uma analogia quando estamos nervosos e mexemo-nos na cadeira, nos encolhemos e comprimimos, nos momentos de maior tensão.
E dizia o treinador escocês que é preciso uma grande força mental para aguentar essa pressão e só os mais fortes nesse período saem vitoriosos. Daí ele forçar tanto os mind games (tal como Mourinho depois também fazia) e na sua la
rga hegemonia ter visto Newcastle ou Arsenal cederem nessas jornadas finais, em detrimento de um Man Utd que - na altura - era um clube altamente experienciado nesse mar turbulento das jornadas finais que decidem um campeonato.
Nas últimas décadas, o benfiquista bem se tem habituado a esse «squeaky bum time», pois ganhar campeonatos com muitos pontos de avanço é coisa que já há décadas não se vê para os lados da Luz. Talvez o único mais tranquilo tenha sido 2013/14, que foi conquistado na antepenúltima jornada com sete pontos de avanço para o Sporting. Mas até esse foi nervoso (o Benfica chegou a estar cinco pontos atrás do FC Porto).
Será um exercício curioso tentar recordar as retas finais mais intensas em que o Ferrari Vermelho arrancou e nunca mais ninguém o parou. Colocarei por ordem decrescente os que, na minha opinião, foram os mais emocionantes, memoráveis e incríveis.
2016/17: O ano do tetra. Em que o Benfica disputou o título taco a taco com um FC Porto treinado por Nuno Espírito Santo: os seis pontos de diferença no final não refletem essa luta. Basta pensar que na 28.ª jornada os dois clubes encontraram-se na Luz apenas separados por um ponto. Se o FC Porto tem feito o que infelizmente muito tem feito, isto é, vencer na Luz, tinha passado para primeiro. O jogo acabou empatado. Como empatado tinha o Benfica na jornada anterior na deslocação a Paços de Ferreira. Por sorte, o FC Porto também empatou no dia seguinte.
Depois houve vitórias sofridas na Luz por 1-0 ao Moreirense, 2-1 ao Estoril e uma deslocação a Alvalade que, em caso de derrota, voltaria a colocar o FC Porto na liderança. E até mal começou, com Ederson a fazer um grande penalidade e o Benfica a perder logo aos dois minutos. Na segunda parte, Lindelöf empatou num golaço de livre e o Glorioso sobreviveu.
Na antepenúltima jornada venceu no campo do Rio Ave com um golo «orgástico» de Raúl Jiménez e o jogo da consagração foi na jornada seguinte, com a receção ao Vitória SC. E aí foi só festa, nada de nervos. Uma 'manita' histórica de 5-0 a selar a conquista do primeiro tetracampeonato da história do Benfica. E com Jonas lesionado em vários momentos da temporada!
2009/10: Após a conquista do 31.º campeonato em 2005, o Benfica tinha estado quatro épocas a ver o FC Porto a ser campeão. E a mal conseguir dar luta, pois nesses quatro anos até foi sempre o Sporting a terminar no segundo lugar. Contudo, em 2009 chegou Jorge Jesus e foi um furacão que se instalou na Luz. Foi a época do famoso rolo compressor em que o Benfica goleava e esmagava muitos dos que lhe apareciam pela frente.
Uma das melhores equipas do Benfica dos tempos modernos com David Luiz, Di Maria, Ramires, Aimar, Cardozo ou Saviola a espalharem chocolate semana após semana. Mas claro que à Benfica, é sempre a sofrer! E nessa época sofreu com um surpreendente SC Braga treinado por Domingos Paciência.
Nas jornadas finais, por exemplo, Benfica e Braga encontraram-se na Luz separados por três pontos. Venceu o Benfica com um golo importantíssimo de Luisão ainda na primeira parte, mas na jornada seguinte o Benfica chegou a estar a perder por 0-2 com a Naval aos 14 minutos! Depois deu a volta e venceu por 4-2.
Tivemos uma vitória fulcral sobre o Sporting por 2-0 na Luz e outra emocionante sobre a Académica (treinada por um jovem André Villas Boas) por 3-2. O Benfica até chegou ao Dragão na penúltima jornada a poder ser campeão no campo do velho rival. Infelizmente não conseguiu, perdeu 1-3 e o título só foi celebrado na última jornada com uma vitória sobre o Rio Ave. Sofrida, claro, por 2-1, que no Benfica é sempre assim...
2018/19: Quando Rui Vitória foi despedido à 15.ª jornada, após uma derrota em Portimão, o Benfica estava a sete pontos do FC Porto. Depois entrou Lage e o Benfica fez uma das melhores segundas voltas da sua história. Foram meses incríveis com vitórias em Alvalade e no Dragão, assim como goleadas (10-0 ao Nacional). O que não invalida que não tenha havido sofrimento, claro!
O Benfica chegou a empatar 2-2 na Luz com o Belenenses, já a caminho da versão B SAD, e a deixar o FC Porto ficar com os mesmos pontos. Depois o clube do norte empatou um jogo e o Benfica andou até ao fim com dois pontos de avanço. Teve uma vitória sobre o CD Tondela na Luz, em que o golo surgiu só aos 83 minutos. Deu 4-1 ao Feirense, mas ainda esteve a perder. Deu 4-1 ao SC Braga, mas ainda esteve a perder. Deu 5-1 ao Portimonense, mas ainda esteve a perder. Isto tudo nas jornadas finais!
Numa fase posterior, foi vencer por 3-2 ao campo do Rio Ave (na penúltima jornada) e a festa do título fez-se na Luz com um 4-1 ao Santa Clara. Dos campeonatos mais emocionantes de sempre, sem dúvida, dado que naquela noite em Portimão em que Rui Vitória foi despedido, poucos diriam que a época acabaria em festa.
2004/05: Há longos 11 anos que o Benfica não era campeão. Já longe ia a memória de 1993/94 e o épico 6-3 ao Sporting, com o hat-trick do João Pinto. O Benfica, treinado por Trapattoni, vivia do talento de Simão Sabrosa e pouco mais. É aliás, ainda hoje, o campeão com menos pontos de sempre. As jornadas finais foram de um sofrimento e nervos atrozes, com o país em suspenso por saber se o Benfica, o maior clube português, ia voltar a ser campeão.
Houve um 4-3 ao Marítimo na Luz com um golo de Mantorras nos minutos finais, mas logo na jornada seguinte, o Benfica foi perder a Vila do Conde com o Rio Ave, também com um golo nos minutos finais. Empatou a seguir com o Leiria na Luz, com outro golo de Mantorras nos minutos finais. E o que aconteceu naquele muito falado jogo com o Estoril no Algarve? Vitória por 1-2...com golo de Mantorras nos minutos finais.
Depois o Benfica venceu o Belenenses na Luz por 1-0, perdeu com o FC Penafiel fora por 0-1 e recebeu o Sporting na penúltima jornada. Basicamente, quem vencesse era campeão. Venceu o Benfica com aquele golo de Luisão aos 83 minutos, com Ricardo a reclamar com o árbitro que tinha sido com a mão. Na última jornada, mais sofrimento, com um empate 1-1 no Bessa com o Boavista. Valeu que o FC Porto também empatou em casa com a Académica e os benfiquistas puderam fazer a festa onze anos depois.
2015/16: Não estarei a mentir se disser que para muitos benfiquistas (eu incluído) este é o campeonato mais saboroso dos últimos tempos. Jorge Jesus tinha ido treinar o Sporting e passou o ano a provocar-nos. O seu Sporting venceu-nos para a Supertaça, venceu-nos para a Taça de Portugal, chegou a ir dar chapa três na Luz para o campeonato. Bruno de Carvalho gozava-nos diariamente e chegou a dizer que era importante os adversários começarem a dar mais luta. Era a bazófia total do outro lado da segunda circular.
Contudo, o Benfica acertou num meio-campo com Fejsa e Renato Sanches. Gaitán, Jonas, Mitroglou e Pizzi começaram a fazer magia lá na frente. O que não invalida, claro, que... não tenha havido sofrimento. Quem ainda hoje não se recorda daquele golo do Mitroglou em Alvalade? Ou do falhanço do Bryan Ruiz? Foram jornadas inacreditáveis.
O golo do Jonas nos últimos minutos no Bessa! O golo de Raúl Jiménez nos últimos minutos em Coimbra! Levar um golo do V. Setúbal na Luz logo no primeiro minuto e acabar a vencer a tremer, por 2-1. Ficar reduzido a dez contra o Marítimo ainda na primeira parte na Madeira, mas mesmo assim ir vencer por 0-2 na segunda parte. A última jornada já foi de uma festa gigantesca com o 4-1 ao Nacional. Benfica era tricampeão. Jorge Jesus e Bruno de Carvalho arrependiam-se de tudo o que tinham dito do Benfica, daquela equipa e de Rui Vitória durante o ano.
Em sentido inverso, claro... 2012/13. O ano em que o «Squeaky Bum Time» saiu ao contrário, com aquele horrível golo do Kelvin no Dragão. Mas benfiquista que é benfiquista, não gosta de se recordar disso e esperemos que este ano não aconteça nenhuma tragédia grega. Nestas oito jornadas finais, o Benfica ainda tem de ir ao Dragão, a Guimarães, a Braga e recebe o Sporting na penúltima jornada, portanto, emoção não vai faltar.
Esperemos que esta equipa se inspire em arrancadas passadas e já se sabe, quando o Ferrari Vermelho arranca..."

Critérios Verdes !!!

A tropa do Benfica


"As três imagens de Bruno Lage que fazem todo o sentido

O Benfica venceu com competência e naturalidade o Gil Vicente, em Barcelos, e deixou em campo a ideia de que os jogadores estão em sintonia com a ideia que o treinador deles, Bruno Lage, tem repetido nas últimas jornadas - que será preciso juntar doses generosas de sacrifício e superação à qualidade que existe.
O Benfica colou-se ao Sporting na liderança do campeonato, depende apenas dele para ser campeão, mas os desafios da reta final são difíceis; implicam deslocações a Porto, Guimarães e Braga, além das incertezas de um dérbi na Luz precisamente com o Sporting e armadilhas a que será preciso estar atento, como as que podem colocar Arouca e Aves SAD, adversários complicados.
Numa fase da época em que os minutos pesam ainda mais nas pernas, em que existem problemas de ordem física, é fundamental ter pelo menos a cabeça no lugar e o coração a puxar pelas forças.
Testemunhos no relvado como os do insuperável capitão Nico Otamendi, do fragilizado Tomás Araújo, que recusa render-se, de Kokçu, há muito a pensar na equipa e não apenas nele, o passo em frente de habituais suplentes como Amdouni, ou a mais-valia que têm sido as contratações de inverno Bruma, Dahl e Bellotti, vão convencendo os benfiquistas de que realmente têm uma equipa, uma família, uma tropa preparada para a luta.
Não é por acaso que o líder tem insistido nestas três imagens e é seguramente nelas que se encontrará o próximo campeão nacional. Há imponderáveis, sortes e azares, mas definitivamente deixou de haver tempo para tiros nos pés e nos joelhos."

João Neves no Real Madrid...


"Poderá estar para breve! Não é por ser algarvio, tal como João Neves, mas olho para ele e vejo um jogador talhado para o topo. A sua história, marcada por sacrifícios, valores sólidos e uma dedicação inquestionável ao jogo, encaixa perfeitamente num clube como o Real Madrid. O emblema merengue sempre procurou jogadores que combinam talento e mentalidade vencedora, e o jovem médio encaixa nesse perfil como uma luva

Nasceu em Tavira há 20 anos e começou a jogar na Casa do Benfica de Tavira. Com oito anos mudou-se para o Centro de Formação e Treinos do Benfica no Algarve, onde conheceu Gonçalo Ramos e onde foi orientado por Manuel Ramos, antigo avançado do Salgueiros e pai do agora avançado do PSG. O Centro de Formação e Treinos do Benfica funcionou em Paderne, primeiro, e em Ferreiras, mais tarde, pelo que todas as semanas, quatro vezes por semana, João Neves tinha de fazer 120 quilómetros para ir treinar e jogar.
Tinha 12 anos quando apoiado pelo pai e pela mãe, deixou o Algarve e mudou-se para o Seixal, para o Centro de Estágio do Benfica, onde fez amizades. Nomes como António Silva, Hugo Félix ou Gonçalo Ramos tornaram-se quase irmãos, com quem passava horas e horas de conversa e brincadeiras. Desde que chegou ao Seixal, demonstrou ser um talento especial. O seu percurso é um testemunho de resiliência e trabalho. Aos 18 anos, já impressionava na equipa principal, exibindo uma maturidade invulgar para a idade. A camisola por dentro dos calções é um símbolo do respeito pelos valores que o pai lhe incutiu, mas também um reflexo da seriedade e do compromisso que leva para dentro de campo. Um jogador assim não se esconde, assume responsabilidades e nunca vira a cara à luta. No futebol moderno, há jogadores que brilham pelos golos, outros pelas assistências, e depois há aqueles que influenciam o jogo de uma forma tão subtil quanto determinante. Vitinha pertence a esta última 'categoria'. O médio português não precisa de estatísticas vistosas para provar a sua importância. Basta vê-lo em campo para perceber que a sua influência vai muito além dos números
E se há clube onde essas características são essenciais, esse clube é o Real Madrid. Os adeptos Blancos não exigem apenas qualidade técnica; pedem coragem, personalidade e fome de vencer. João Neves tem tudo isso e muito mais. A sua capacidade de recuperação de bola, a visão de jogo e a segurança no passe fazem dele um jogador versátil, pronto para se adaptar a qualquer contexto tático.
Xavi Hernández disse uma vez: Para que um artista brilhe, precisa de trabalhadores ao seu lado. No contexto de um clube como o Real Madrid, onde o talento ofensivo transborda com nomes como Kylian Mbappé, Vinícius Júnior e Jude Bellingham, é essencial ter jogadores como João Neves – um pêndulo da equipa, um facilitador, aquele que assegura o equilíbrio e a fluidez entre os setores. João Neves, com a sua visão e inteligência tática, desempenha um papel crucial, permitindo que as estrelas brilhem, ao mesmo tempo que garante a coesão e o funcionamento de toda a equipa.
No Real Madrid, um clube habituado à vitória, o equilíbrio é fundamental. E João Neves é um jogador de equilíbrios, que transforma boas equipas em equipas campeãs. Não se destaca nas redes sociais nem protagoniza capas de jornais com declarações ousadas. O seu brilho está dentro de campo, nas recuperações decisivas, no seu dinamismo, na capacidade de pressionar alto, na forma como equilibra a equipa em transições defensivas, nos passes certeiros e no entendimento tático elevado.
A sua inteligência em campo não se resume à capacidade de desarme ou à precisão dos passes, mas está também na leitura do jogo, na ocupação dos espaços e na tomada de decisão sob pressão. João Neves não sabe jogar mal mas, sabe quando acelerar o jogo e quando temporizar, quando cobrir um colega mais adiantado e quando se projetar para oferecer uma opção de passe. Esta capacidade de interpretar o jogo é, sem dúvida, muito valorizada por Carlo Ancelotti, o treinador do Real Madrid. A simplicidade de Neves é a sua assinatura. Joga simples, mas eficaz. Simplicidade no futebol não significa falta de talento; é inteligência. Muitas vezes, o erro está em confundir o simples com o banal, como se jogar de forma clara e objetiva fosse sinónimo de falta de criatividade. Mas a realidade é exatamente o contrário. O jogador inteligente não se perde em floreados desnecessários; ele compreende o jogo, lê o espaço, antecipa jogadas e executa com precisão. Quando Jürgen Klopp anunciou que deixaria o comando do Liverpool no final da temporada 2023-24, o universo dos Reds foi sacudido por uma onda de incerteza e desconfiança. O alemão, que transformou o clube e o conduziu a títulos memoráveis, era mais do que um treinador: era o rosto de uma revolução, o arquiteto de um estilo de jogo eletrizante e vencedor. Quem poderia assumir essa herança sem que a equipa sofresse um retrocesso? O escolhido foi Arne Slot.
Outra questão a ter em conta, prende-se com o fato do meio-campo do Real Madrid estar a passar por uma fase de renovação. Toni Kroos pendurou as botas no final da época passada. Luka Modrić está na reta final da sua carreira e, apesar da presença de talentos como Tchouaméni, Camavinga, Bellingham e Federico Valverde, João Neves poderia acrescentar algo de único.
Outro fator a considerar é a tradição de jogadores portugueses no Real Madrid. Desde Figo a Cristiano Ronaldo, passando por Pepe e Coentrão, muitos lusos deixaram a sua marca no Bernabéu. João Neves tem todas as condições para seguir esse caminho e inscrever o seu nome na história do clube.
O jovem médio, atualmente no PSG, foi classificado como o maior criador de oportunidades das cinco principais ligas europeias pelo CIES Football Observatory Weekly Post, superando nomes consagrados como Lionel Messi (Inter Miami) e Cole Palmer (Chelsea), com um impressionante índice de 99,4. Desde a sua chegada ao Paris Saint-Germain, o jovem médio tem sido uma peça-chave na equipa de Luis Enrique, destacando-se ao tornar-se o único jogador na história da Ligue 1 a registar quatro assistências nos dois primeiros jogos da competição nas últimas 20 temporadas. A partir daí, consolidou-se como uma presença indispensável no onze titular do treinador espanhol.
Com a sua equipa a caminho de vencer tranquilamente o campeonato Francês e ainda na luta pela Liga dos Campeões, será difícil para os merengues convencerem os Les Parisiens a abrir mão de um dos seus jogadores fundamentais. No entanto, João Neves no Real Madrid pode muito bem ser uma realidade brevemente, especialmente se o interesse dos blancos se concretizar e o clube fechar a contratação por uma verba que será sempre superior a 100 milhões de euros. Se o Real Madrid decidir apostar em João Neves, estará a garantir não apenas um talento de elite, mas também um jogador que representa valores como dedicação, trabalho árduo e respeito pela camisola. Marcará certamente uma era no Real Madrid."

O futebol como tubo de escape


"A população portuguesa já se começa a habituar à existência de buscas em grandes instituições. Esta semana os premiados foram a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e Federação Portuguesa de Judo (FPJ). Esta constante atividade gera desconfiança, descrença e insatisfação numa população cujo salário médio está cada vez mais na cauda da Europa.
Felizmente, ainda existem áreas onde os interesses, as cunhas, os esquemas não conseguem entrar: dentro dos relvados, das quadras ou das pistas só tem sucesso quem tem qualidade, competências e quem trabalha no limite. O problema é que do lado de fora não sucede o mesmo…

A mensagem de Mourinho
Ainda que muitos não gostem, os maiores embaixadores de Portugal no mundo são aqueles que se destacam, em diferentes áreas, e não os políticos que estão sedeados nos diferentes países. Pela dimensão social do desporto é natural que quem se destaca nesta área tenha ainda mais reconhecimento do que noutras. Dentro deste enquadramento e aproveitando a entrevista que o jornal A BOLA fez a Marco Silva, a propósito do jogo 500 da sua carreira, destaco a mensagem que José Mourinho enviou ao Marco: «Parabéns Marco pela carreira bonita, alicerçada em talento, trabalho, seriedade e discrição. Subiste pelas escadas, onde muitos tiveram o elevador à disposição. Parabéns por uma carreira feita de resultados e não de perceções. Admiro e aplaudo.» Nesta mensagem destaco dois pontos que me parecem importantes.
O primeiro é que, apesar do mundo de futebol ser marcado por uma enorme competitividade e concorrência, que pode potenciar invejas, egos e outros sentimentos negativos, a realidade é que os bons, os que têm mérito, os que alcançaram o sucesso, sabem reconhecer isso nos outros. Dentro do relvado competem, podem até ser agressivos, mas fora do relvado dão as mãos e reconhecem o valor dos seus colegas. O segundo ponto é uma constatação real.
Aquilo que o Marco tem conseguido é fruto da sua dedicação, do seu esforço, da sua capacidade e qualidade, da sua perspicácia e da sua evolução. De uma forma direta e frontal Mourinho disse isso mesmo. Muitos tentam ir por atalhos e têm oportunidades por outros motivos que não a qualidade do seu trabalho. O que acaba por acontecer é que esse tipo de oportunidades não se materializa em resultados. Ao contrário de muitas outras áreas, no futebol jogado ninguém tem sucesso, ou permanece no topo, se não tiver as competências necessárias para lá estar.

Os nossos embaixadores
Num país onde todos os dias surgem casos que colocam em causa as pessoas que ocupam cargos de destaque, o futebol é o tubo de escape de muitos portugueses que se querem distrair desta triste realidade. Neste campo é sempre importante realçar alguns nomes que fazem com que muitos jovens sintam que é possível atingir o topo pelo mérito. Mostram também que os sonhos são alcançáveis, independentemente do estatuto social. Não querendo ser injusto, vou destacar três nomes que marcaram e continuarão a marcar a sociedade e o futebol.
O primeiro é Eusébio. Numa época completamente diferente dos dias de hoje, num pequeno país e num mundo antes da era global, Eusébio, pelas suas qualidades, conseguiu atingir patamares incríveis. Pelas suas exibições, pelos seus golos e pelos seus raides desbravou caminho, saltou fronteiras e atingiu um reconhecimento universal. Tornou-se numa bandeira de Portugal no mundo. Tivemos de esperar algumas décadas para termos novamente alguém que voltou a marcar uma era e que abriu portas a muitos outros.
Há sem dúvida alguma um pré e um pós Mourinho no futebol português e no futebol mundial. O seu surgimento marcou uma era. Quando apareceu tinha competências e uma perspicácia que poucos tinham. Treinava de uma forma diferente, analisava os adversários meticulosamente e comunicava como nunca antes visto. Num mundo em evolução, Mourinho destacou-se por perceber a importância da comunicação interna e externa. Alcançou o sucesso de uma forma instantânea por onde passava. Abriu caminho e as portas do mundo para os treinadores portugueses. Criou uma escola que foi seguida e que muitos tentaram copiar. Alcançou títulos e destaque como poucos. Apesar de neste momento estar a treinar num campeonato periférico, continua a ser reconhecido e admirado em todo o mundo.
Para último, deixei aquele que é hoje a grande referência de Portugal no mundo: Cristiano Ronaldo. O seu trajeto é incrível. Conseguiu estar no topo durante 20 anos. Mentalmente tem uma capacidade extraordinária. Desportivamente irá ser sempre ser reconhecido como um dos melhores de sempre nesta modalidade que tanto gostamos. A sua qualidade, a sua consistência, a sua preponderância, a sua personalidade e os seus recordes deixaram a sua marca. Fora dos relvados percebeu como poucos o impacto que podia ter. Soube fazer crescer e soube alimentar a sua marca. Hoje encontra-se no restrito conjunto de personalidades que são reconhecidas em todo o mundo.

A valorizar: Marco Silva
A derrota de ontem não retira os méritos que conseguiu em 13 anos de carreira, oito dos quais em Inglaterra, onde tem 283 dos 500 jogos como treinador. Se é verdade que não está a treinar um clube de dimensão excecional, também é verdade que o seu trabalho é muito reconhecido e apreciado em Inglaterra. Nos últimos anos alcançou a estabilidade que lhe faltava no projeto do Fulham.
Conforme referiu na entrevista concedida a A BOLA, transformou o Fulham num clube diferente, estável, com uma proposta de jogo atrativa, que valoriza ativos, que voltou a aproximar-se dos adeptos e que deixou de ter a alcunha de ioiô (porque subia e descia logo a seguir). Tem sido fiel a si mesmo. Seguiu os seus sonhos. Nas decisões que tomou ao longo da carreira colocou a dimensão desportiva à frente da vertente financeira, conseguindo, neste momento, ter um equilíbrio entre estas duas realidades. O seu trajeto já começa a justificar um clube de outra dimensão, que lute por títulos de uma forma direta."

Sporting ou Benfica? É uma Liga que terá de ser conquistada


"Rivais mostram-se sólidos o suficiente para apagar a eventual mancha de um campeonato ganho pelo 'menos mau', embora apresentem dinâmicas bem diferentes na atualidade

Mais uma cruz no calendário, menos um jogo que se está obrigado a ganhar. Gil Vicente, 14.º, e Estrela da Amadora, 16.º, estão longe de possuir argumentos semelhantes aos dois maiores candidatos ao título e ainda de parecerem encorpados o suficiente para impedir que estes conquistem todos os pontos em discussão se focados q.b., porém no seu estádio o risco seria sempre maior. Só que o Benfica que se viu em Barcelos (embora seja preciso relativizar precisamente perante o que se disse antes) foi talvez o mais competente da era Lage, enquanto o Sporting que se apresentou na Reboleira se mostre avesso a consentir mais dissabores no pós-João Pereira, ainda mais com tantos tiros nos próprios pés dados pelos tricolores.
Dizer que as águias foram competentes é, sobretudo, reconhecer crescimento na capacidade de a equipa controlar os encontros com bola e até de se colocar bem a atacar para defender rápido e bem, e de alinhar defensivamente pronta a atacar com contundência. Estrategicamente ainda, as peças do seu xadrez parecem mais fluidas nos movimentos do ataque posicional.
Ainda que o apagão de Schjelderup das opções não seja de todo compreensível, num momento em que parecia preparar-se para assumir papel preponderante na equipa, e a primeira fase de construção esteja longe de deixar tranquilos quem quer que seja - algo não exposto pelos gilistas -, é um conjunto encarnado confiante e finalmente a acreditar no processo o que se vê em campo. Mérito de Bruno Lage, que também parece ter dado outro tom à comunicação, o que ajuda.
Também Sporting aparenta solidez, assente na organização sem bola, e, embora com pouca profundidade deixada à sua frente, no inimigo público número 1 de todos os defesas da Liga. Viktor Gyokeres continua insaciável e isso é garantia de um leão com impacto no último terço. Curiosamente, tanto encarnados como verdes e brancos ganharam pela mesma diferença: 0-3.
Será sempre bom para uma Liga que já ameaçou vir a ser ganha pelo menos mau acesa discussão até ao fim. Benfica e Sporting, por tudo o que já passaram esta época e pela retoma que alcançaram, têm tudo para tirar essa mancha de fragilidade do campeonato.
O calendário não tem o mesmo peso para os dois e aí o Benfica conta com mais montanhas para escalar, mas ambos terão já certamente chegado à mesma conclusão: esta Liga tem de ser conquistada."

Acredito em Jesus


"O senhor que se segue no Brasil poderá ser... Jorge Jesus. Imaginar um técnico português à frente da 'canarinha' era ficção científica quando Marinho Peres soltava um «fala aí, garoto»...

Raphinha viu o feitiço virar-se contra o feiticeiro e provocou-me aquele sentimento desnecessário de vergonha alheia. «Porrada neles! Sem dúvida! Porrada neles! No campo e fora do campo se tiver que ser!», assim respondeu o craque do Barcelona depois de ter sido questionado por Romário sobre se «daria porrada no maior rival», em entrevista à Romário TV, nos dias que antecederam a catástrofe do Brasil na Argentina.
O jogador em melhor forma da seleção brasileira — a realizar temporada de sonho nos blaugrana (27 golos e 20 assistências em 42 partidas!), conforme o Benfica sentiu na pele recentemente em três duelos da Liga dos Campeões (5G e 1A) — julgou ser boa ideia provocar a Argentina antes de uma partida em Buenos Aires no mítico Monumental a rebentar pelas costuras. À míngua de bom senso, o esquerdino juntou considerável falta de inteligência emocional e encheu de motivação o depósito dos argentinos. Em campo, a garganta de Raphinha perdeu para os pés dos campeões do Mundo e vencedores das duas últimas Copas Américas, tal como Leandro Paredes avivou a Rodrygo durante o massacre que terminou com lisonjeira, apesar dos pesares, goleada de 1-4 sofrida pelos forasteiros.
E agora, Brasil? Quando Portugal não era cliente de Campeonatos do Mundo, aquele bálsamo de verão de quatro em quatro anos, a canarinha era o meu plano B, sobretudo no traumático Espanha-1982, antes de Diego Armando Maradona se intrometer nas minhas preferências no México-1986 e Itália-1990. Nos Estados Unidos-1994, após o afastamento de D10S devido a doping, e França-1998 lá estava eu a torcer pelos comandados de Carlos Alberto Parreira e Mário Zagallo, respetivamente. A partir de 2002, então sim, com a equipa das quinas sempre presente na competição, dediquei-me apenas ao plano A.
A pergunta umas linhas atrás era, no entanto, e agora, Brasil? Não me lembro dos pentacampeões mundiais contarem com uma seleção tão fraca como a atual, embora arrisque afirmar que o contexto transforma estes futebolistas em piores do que são na verdade — basta comparar o Raphinha do Barça com o desta seleção que teve três treinadores, Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior, despedido na sexta-feira, em menos de dois anos. O senhor que se segue poderá ser... Jorge Jesus.
Imaginar um técnico português à frente do Brasil era ficção científica quando, por exemplo, o saudoso Marinho Peres — aqui lhe faço a devida vénia porque era um homem bom — liderava o Belenenses e sempre que nos via após os treinos, ciente de que queríamos conversar com ele, soltava um inesquecível «fala aí, garoto».
Acredito em Jesus, já em milagres... Mas que desafio será para JJ, aos 70 anos, assumir pela primeira vez uma seleção — e que seleção! — num país no qual elevou o Flamengo para outros patamares em tão pouco tempo. Logo aqui estão dois pontos a favor dessa possível escolha da Confederação Brasileira de Futebol: o conhecimento do país e a capacidade para rapidamente pôr a máquina a funcionar. A língua também não é problema e quanto a capacidade de liderança nem há dúvidas — Neymar, sobretudo ele, que tome bem nota disto."