Últimas indefectivações

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Total, excerto...

Lixívia (23/24) 8


Tabela Anti-Lixívia
Benfica.........21 (-3) = 24
Sporting......22 (+8) = 14
Braga..........16 (+2) = 14
Corruptos....19 (+11) = 8

Três destaques esta semana:
- No Estoril, usaram lixivia forte, para 'apagar' um penalty descarado sobre o Tengstedt, que é empurrado descaradamente quando tentou cabecear a bola, com um atropelamento em movimento pelas costas...
- No antro da Corrupção, mais um penalty por marcar contra os Corruptos, com mais uma vez, a Realização da SportTV a truncar as repetições, da bofetada do Diogo Costa, na cara do adversário...
- No Alvalixo, choradeira monumental sobre uma expulsão errada do Diomandé: 1.º Amarelo, numa decisão típica, com um cartão para os dois jogadores; 2.º Amarelo, mal mostrado (tal como o 2.º Amarelo ao defesa do Arouca, perto do fim, numa jogada que começou com uma falta óbvia, em zona frontal da área do Sporting, sobre um Arouquense)!!!

Houve outros pormenores, como a impunidade disciplinar dos jogadores do Estoril, quando travaram os contra-ataques do Benfica, principalmente nas faltas sobre o Rafa...
O facto do Almeida no Dragay, com uma decisão do VAR, nos descontos, com um fora-de-jogo que demorou muito tempo a ser decidido, acabou por terminar a partida, antes do tempo de desconto ter terminado (neste golo anulado por 2cm, o Paulo Sérgio protestou o facto da bola aparentemente ter embatido com a camara 'aranha' por cima do relvado, e nada ter sido assinalado, e mais uma vez a SportTV nada mostrou!)... Já para não falar das muitas faltas que ficaram por marcar contra os Corruptos...
O Lagarto Nobre, sofreu muito com a expulsão errada, e tentou compensar o 'erro' durante o resto da partida... então faltas perto da área do Sporting, eram proibitivas!!!
Curioso o facto da Lagartada se ter esquecido que a semana passada, ganhou em Faro, com uma expulsão perdoada ao seu trinco dinamarquês ainda antes do intervalo!!!
Em Braga, nada de especial. O golo anulado ao Rio Ave, foi bem anulado...


Anexos (I):
Benfica
1.ª-Boavista(f), D(3-2), Nobre, (Narciso, A. Campos), Prejudicados, (-3 pontos)
2.ª-Estrela(c), V(2-0), Correia, (Rui Costa, Rui Silva), Nada a assinalar
3.ª-Gil Vicente(f), V(2-3), Pinheiro, (C. Pereira, P. Ribeiro), Prejudicados, (2-4), Sem influência
4.ª-Guimarães(c), V(4-0), Almeida, (Narciso, V. Marques), Nada a assinalar
5.ª-Vizela(f), V(1-2), Godinho, (Rui Costa, Bessa Silva), Prejudicados, (0-2), Sem influência
6.ª-Portimonense(f), V(1-3), Malheiro, (Martins, A. Campos), Prejudicados, (1-4), Sem influência
7.ª-Corruptos(c), V(1-0), Pinheiro, (Soares Dias, P. Soares), Prejudicados, Sem influência
8.ª-Estoril(f), V(0-1), Narciso, (Rui Costa, C. Martins), Prejudicados, (0-2), Sem influência

Sporting
1.ª-Vizela(c), V(3-2), Melo, (Narciso, V. Marques), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
2.ª-Casa Pia(f), V(1-2), Almeida, (Hugo, R. Soares), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
3.ª-Famalicão(c), V(1-0), Narciso, (Nobre, N. Pereira), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
4.ª-Braga(f), E(1-1), Godinho, (Melo, S. Jesus), Nada a assinalar
5.ª-Moreirense(c), V(3-0), M. Oliveira, (Martins, H. Ribeiro), Nada a assinalar
6.ª-Rio Ave(c), V(2-0), C. Pereira, (Almeida, B. Jesus), Nada a assinalar
7.ª-Farense(f), V(2-3), Godinho, (Mota, J. Fernandes), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
8.ª-Arouca(c), V(2-1), Nobre, (Esteves, Felisberto), Prejudicados, Beneficiados), Sem influência

Corruptos
1.ª-Moreirense(f), V(1-2), Malheiro, (Rui Costa, C. Martins), Nada a assinalar
2.ª-Farense(c), V(2-1), C. Pereira, (Martins, A. Campos), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
3.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Veríssimo, (Correia, J. P. Afonso), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
4.ª-Arouca(c), E(1-1), Nogueira, (Rui Oliveira, P. Ribeiro), Beneficiados, (0-2), (+1 ponto)
5.ª-Estrela(f), V(0-1), Pinheiro, (Melo, S. Jesus), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
6.ª-Gil Vicente(c), V(2-1), Nobre, (Narciso, Felisberto), Nada a assinalar
7.ª-Benfica(f), D(1-0), Pinheiro, (Soares Dias, P. Soares), Beneficiados, Sem influência
8.ª-Portimonense(c), V(1-0), Almeida, (C. Pereira, L. Costa), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)

Braga
1.ª-Famalicão(c), D(1-2), Veríssimo, (Rui Costa, T. Costa), Beneficiados, Sem influência
2.ª-Chaves(f), V(2-4), J. Gonçalves, (Esteves, Felisberto), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Moreirense(f), V(2-3), C. Pereira, (Rui Costa, N. Manso), Nada a assinalar
4.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho, (Melo, S. Jesus), Nada a assinalar
5.ª-Farense(f), D(3-1), Nobre, (Malheiro, Felisberto), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(c), V(4-1), Soares Dias, (Godinho, P. Mota), Beneficiados, (3-1), Impossível contabilizar
7.ª-Estrela(f), V(2-4), Almeida, (D. Silva, N. Cunha), Nada a assinalar
8.ª-Rio Ave(c), V(2-1), M. Oliveira, (V. Santos, S. Jesus), Nada a assinalar

Anexos(II)
Penalty's (Favor/Contra):
Benfica
1 / 3

Sporting
2 / 0

Corruptos
2 / 1

Braga
1 / 0

Anexos(III):
Cartões:
A) Expulsões (Favor/Contra)
Minutos (Favor-Contra = Superioridade/Inferioridade):
Benfica
3 / 1
Minutos:
178 (9+85+84) - 57 = 121m (superioridade)

Sporting
3 / 1
Minutos:
104 (9+86+9) - 55 = 49m (superioridade)

Corruptos
0 / 3
Minutos:
0 - 108 (9+84+15) = -108m (inferioridade)

Braga
2 / 0
Minutos:
91 (24+67) - 0 = 91m (superioridade)

B) Amarelos
Contra (depois dos 60m) / Adversários (antes dos 60m)
Benfica
19 (11) / 27 (13)

Sporting
26 (14) / 26 (12)

Corruptos
29 (15) / 31 (8)

Braga
21 (12) / 22 (9)

Anexos (IV):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Nobre - -3
Narciso - -3

Sporting
Narciso - +4
Melo - +2
Almeida - +2
Godinho - +2
Hugo - +2
Nobre - +2
Mota - +2

Corruptos
C. Pereira - +5
Veríssimo - +3
Martins - +3
Correia - +3
Pinheiro - +2
Almeida - +2
Melo - +2
Nogueira - +1
Rui Oliveira - +1

Braga
J. Gonçalves - +2
Esteves - +2

Anexos(V):
Árbitros:
Benfica
Pinheiro - 2
Nobre - 1
Correia - 1
Almeida - 1
Godinho - 1
Malheiro - 1
Narciso - 1

Sporting
Godinho - 2
Melo - 1
Almeida - 1
Narciso - 1
M. Oliveira - 1
C. Pereira - 1
Nobre - 1

Corruptos
Pinheiro - 2
Malheiro - 1
C. Pereira - 1
Veríssimo - 1
Nogueira - 1
Nobre - 1
Almeida - 1

Braga
Veríssimo - 1
J. Gonçalves - 1
Godinho - 1
C. Pereira - 1
Nobre - 1
Soares Dias - 1
Almeida - 1
M. Oliveira -1

Anexos(VI):
VAR's:
Benfica
Rui Costa - 3
Narciso - 2
C. Pereira - 1
Martins - 1
Soares Dias - 1

Sporting
Narciso - 1
Hugo - 1
Nobre - 1
Melo - 1
Martins - 1
Almeida - 1
Mota - 1
Esteves - 1

Corruptos
Rui Costa - 1
Martins - 1
Correia -1
Rui Oliveira -1
Melo - 1
Narciso - 1
Soares Dias - 1
C. Pereira - 1

Braga
Rui Costa - 2
Esteves - 1
Melo -1
Malheiro -1
Godinho - 1
David Silva - 1
V. Santos - 1

Anexos(VII):
AVAR's:
Benfica
A. Campos - 2
Rui Silva - 1
P. Ribeiro - 1
V. Marques - 1
Bessa Silva - 1
P. Soares - 1
C. Martins - 1

Sporting
V. Marques - 1
Rui Soares - 1
N. Pereira - 1
S. Jesus - 1
H. Ribeiro - 1
B. Jesus - 1
J. Fernandes - 1
Felisberto - 1

Corruptos
C. Martins - 1
A. Campos - 1
J. P. Afonso -1
P. Ribeiro - 1
S. Jesus - 1
Felisberto - 1
P. Soares - 1
L. Costa - 1

Braga
Felisberto - 2
S. Jesus - 2
T. Costa - 1
N. Manso - 1
P. Mota -1
N. Cunha - 1

Anexos(VIII):
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Narciso - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 2 + 0 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1

Corruptos
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Braga
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
David Silva - 0 + 1 = 1

Anexos(IX):
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Narciso - 1 + 2 = 3
Rui Costa - 0 + 3 = 3
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 2 + 0 = 2
Melo - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 1 = 2
Nobre - 1 + 1 = 2
Narciso - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Corruptos
Pinheiro - 2 + 0 = 2
C. Pereira - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Nogueira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Braga
Godinho - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
David Silva - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1

Anexos(X):
Jornadas anteriores:

Anexos(XI):
Épocas anteriores:

Mais um troféu no Museu Benfica – Cosme Damião


"O Benfica já venceu 12 troféus em 2023/24, todos os disputados a nível nacional. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Sucesso sobre patins
A equipa feminina de hóquei em patins, decacampeã nacional e que na semana passada ganhou a prova regional Taça Professor João Campelo, continua na senda dos triunfos. Ontem conquistou a Elite Cup, ao bater, na final, o Turquel por 5-2.
Paulo Almeida caracteriza o grupo de trabalho que tem à sua disposição: "Esta equipa não se cansa de ganhar, tem fome de ganhar."

2. Início proveitoso e motivador
É extraordinário! São 9 Supertaças e outros 3 troféus em 2023/24! Na vertente masculina, o Benfica acrescentou ao seu vasto palmarés as Supertaças de futebol, basquetebol, futsal, voleibol e hóquei em patins e ainda a Elite Cup nesta última.
Na vertente feminina, ganhou as Supertaças de futebol, andebol, futsal e polo aquático, além da Taça Vítor Hugo de basquetebol e da Elite Cup de hóquei em patins.
Os Benfiquistas têm, nestas vitórias, motivo de satisfação, orgulho e de nova visita ao Museu Benfica – Cosme Damião, que ainda em agosto passado estabeleceu o recorde de visitantes num mês desde que foi inaugurado em 2013.
E os atletas do Benfica têm renovada responsabilidade de muitas mais conquistas na presente temporada, sabendo-se que os objetivos principais ainda estão por disputar.

3. Mapa das convocatórias
São 11 os elementos do plantel da equipa A do Benfica convocados por seleções (mais 2 chamados que não podem dar o seu contributo devido a lesão).
Ao nível da formação, registam-se as seguintes convocatórias das seleções portuguesas: 2 para os Sub-20, 4 para os Sub-19 e 9 para os Sub-18. No estágio dos Sub-15 realizado neste fim de semana, participaram 7 atletas do Benfica.

4. Resultados
O Benfica recebeu e venceu o Valongo, por 7-3, em hóquei em patins. No voleibol no feminino, arranque vitorioso no Campeonato, na Luz, com o Leixões (3-0). A equipa feminina de basquetebol foi derrotada, por 71-76, pelo Quinta dos Lombos. A equipa B de futebol perdeu, por 2-3, com o Feirense. E os Sub-17 ganharam, por 1-3, na deslocação à Académica.

5. 20 anos do Estádio da Luz
João Costal, sócio e Benfiquista fervoroso, dá o seu testemunho sobre a nova Luz no Chão Sagrado: memórias da Nova Luz (3).

6. Notável
Vasco Vilaça ganhou a Taça do Mundo de Roma 2023 em triatlo."

Fever Pitch - Domingo Desportivo - Mais Pontos do que Futebol

No Princípio Era a Bola #11 - A origem das vitórias magricelas dos grandes e o efeito Moreno em Chaves

O exemplo


"Como um miúdo como João Neves pode fazer tão bem ao futebol

Não vemos um treino do jovem João Neves nem como ele, habitualmente, é no dia a dia. Mas não é difícil imaginar o quadro descrito pelo treinador que o lançou no Benfica. Na verdade, por mais ferozes que sejam os ataques ao futebol com o dinheiro da Arábia Saudita, por mais surpreendentes, e ridículas, que sejam as decisões da FIFA de nem querer saber dos jogadores na hora de entregar, dentro de sete anos, um Campeonato do Mundo a países de três continentes, ainda há razões para acreditarmos que o futebol vai a tempo de sobreviver pelo amor de alguns jogadores e pela paixão de muitos adeptos.
«Ele [João Neves] está sempre feliz, mesmo quando não é chamado», disse, sorrindo, Roger Schmidt, a propósito da convocação do jovem do Benfica para a Seleção Nacional. «Quando calça as chuteiras e toca na bola num relvado, está sempre feliz, ama muito o futebol», completou o treinador alemão, responsável, na realidade, pela ascensão de João Neves à equipa principal do Benfica, à Liga dos Campeões e, portanto, ao topo do futebol.
Para Schmidt, João Neves (tal como António Silva) é um exemplo. Creio que vale a pena determo-nos nas palavras de Schmidt sobre os dois: «Estão a jogar bem, têm boa atitude, a mentalidade certa, sempre focados na equipa, assumem muita responsabilidade, trabalham muito. E ainda assim, humildes, não pensam que são os melhores.»
Depois de quase ter julgado que era uma piada, tive, entretanto, tempo de digerir a inacreditável decisão da FIFA de tornar o Campeonato do Mundo de 2030 uma exploração financeira de países de três continentes, levando jogos para palcos tão distantes como os da América do Sul (Uruguai, Argentina e Paraguai) e Europa/África (Portugal, Espanha e Marrocos), esticando a competição por quase dois meses sem a mínima preocupação de cuidar dos interesses (e da opinião) dos artistas que fazem o espetáculo, continuando a alimentar, assim, a ideia de que a poderosa indústria explora até ao tutano os atletas porque os compra por bom dinheiro.
Julgava eu que tinha sido suficientemente revelador e inadequado o sonho de Michel Platini (assumido há uma década enquanto presidente da UEFA) de fazer com que a edição de 2020 (que a pandemia levou para 2021) do Campeonato da Europa acabasse por ser jogada, como foi, sublinho, em 11 cidades de 11 países.
Salva-nos a inocência e a pureza de jogadores como João Neves, um fenómeno a vários níveis e um exemplo de paixão autêntica que parece ter pelo clube que defende, mas sobretudo pelo jogo, que olha para o futebol sem a maldade ou a manha dos rufias e maus rapazes, por saber que não precisa disso para competir ou tentar ganhar. Por mais dinheiro que lhe injetem, na hora do jogo o futebol não é mais do que a comunhão de ideais, entre equipas, jogadores e adeptos, ou de cada um com as respetivas paixões e emoções. Se o forem destruindo a favor da exploração, do dinheiro e do poder, talvez dentro de algumas décadas choremos de desilusão.
Exemplos como o de João Neves (o miúdo, ele não me levará a mal a linguagem, tem mesmo ar de ser realmente especial…) fazem-nos, porém, acreditar que nada está, afinal, irremediavelmente perdido. Falo de João Neves por ser a mais jovem pérola a deixar a ostra, mas também pela lição de integridade que já nos deixa. No nosso contexto, posso, felizmente, falar de outros exemplos que já chegaram também ao topo como António Silva, Gonçalo Inácio, Diogo Dalot, Vitinha, Rafael Leão... que se foram juntando a nomes como os de Bernardo Silva, Rúben Neves, João Palhinha, João Félix, Gonçalo Guedes, entre outros, todos ainda jovens jogadores e boas referências do jogo, que se divertem sem se imporem pela falta de respeito ao adversário ou ao público ou pela ideia de que para se ganhar é preciso desafiar a integridade e a ética da competição.
Os fins não justificam todos os meios. São, pois, jogadores como João Neves que fazem verdadeiramente bem ao futebol, e é neles que devemos pôr os olhos se queremos, também, fazer a nossa parte."

5 minutos: Diário...

O “miúdo” salvou a águia! | GD Estoril Praia 0-1 SL Benfica


"António Silva foi o herói da vitória do SL Benfica no terreno do GD Estoril Praia, salvando ainda a sua equipa no último minuto, com um corte em cima da linha final!

O Benfica entrou em campo quase irreconhecível, com muitas alterações no seu onze inicial, umas por necessidade, outras por opção do técnico alemão, Roger Schmidt. Sem Di Maria e Bah, Kokcu também ficou de fora da partida à última hora, deixando um espaço por preencher no meio-campo encarnado, para onde entraram João Mário, Chiquinho e Florentino.
O jogo começou num ritmo moderado, com alguma intensidade parte a parte, ou não tivessem estas duas equipas uma qualidade acima da média e um futebol elegante e ofensivo. Mas hoje, nem sempre foi assim, nem sempre vimos essa tal elegância, sendo que a falta de inspiração foi maior para os encarnados, que não tinham ideias, não tinham aquela alta rotação a que nos têm habituado.
No entanto, a equipa encarnada explorou por diversas vezes as costas da linha defensiva dos “canarinhos”, isolando Tengstedt na cara de Marcelo Carne em algumas ocasiões. O avançado norueguês, que foi aposta no onze encarnado em detrimento quer de Musa, quer de Arthur Cabral, falhou imensas vezes o alvo, em lances onde podia ter feito bem melhor, e que impediram o Benfica de se colocar na liderança do marcador cedo na partida.
Mas a equipa da “linha” entrou sem medos, corajosa, tecnicamente muito evoluída, jovem, capaz de se bater com qualquer adversário olhos nos olhos, os comandados de Vasco Seabra, deixaram hoje em campo um autêntico discurso de afirmação para aquilo que podemos esperar deste Estoril Praia.
Com uma linha de três centrais, completada por dois falsos laterais, extremos de raiz, mas que têm dado bem conta do recado, segue-se uma linha de dois médios jovens, mas com tanta classe nas suas botas. Estes médios permitem depois que a equipa de desdobre ainda mais no terreno ao compasso de espera da batuta do maestro Guitane, que conduz este orquestra sem medo até à “caixa forte” do seu opositor.
Mas voltando ao jogo, a primeira teve algumas oportunidades, sim, servindo de antecâmara para o segundo tempo, que começou praticamente com uma bola ao ferro da baliza do ucraniano Trubin, ainda antes do Benfica beneficiar de um pontapé da marca de penálti, no entanto, invalidado pelo árbitro da partida.
O Benfica podia e devia ter resolvido a partida, em lances sucessivos de ataque, que levaram algum perigo para a baliza do Estoril. Porém, estes lances não tiveram nenhuma eficácia, e ainda para mais, contrastando com a apatia de Roger Schmidt em mexer na equipa, quando se notava um claro desgaste, quer físico, quer emocional.
O jogo acabou por se resolver ao minuto 94, quando António Silva cabeceou para o fundo das redes de Marcelo Carne, imediatamente antes de cortar uma bola com selo de golo na sua baliza, no último lance deste jogo.
As conclusões que podemos tirar é que, em primeiro lugar, o Estoril ganhou uma equipa com espírito vencedor, solidária, compacta, letal no seu futebol apoiado, e que promete fazer estragos nesta Primeira Liga.
Em segundo lugar, e do lado encarnado, destaco que as alterações na espinha dorsal da equipa, nem sempre são fáceis de gerir, apesar de não existir nenhum jogador insubstituível, existem jogadores difíceis de substituir. Por isso a missão encarnada acabou por ter sucesso nesta deslocação à Amoreira, mas não foi uma exibição bonita entre a opinião da crítica e dos adeptos, no entanto, os três pontos seguem para o Estádio da Luz!"

Rei Gil !!!

Bofetadas!


"O lance da bofetada do Diogo Costa e consequente penálti por assinalar, que obteve praticamente unanimidade quanto à infração, nem para análise do 'Tribunal O Jogo' foi. Assim é melhor. Já não escondem que estão ao serviço do FC Porto e ninguém fica com dúvidas."

Visão - S05E08 - Toni, o Herói das Babes

Terceiro Anel: Diário...

Golaço #161 - L'étrange saison de Braga, les convocations de Neto et João Neves et le rôle de Baro

Falsos Lentos - S04E05 - Batáguas pedincha vestuário

A Verdade do Tadeia #2024/46 - À rasquinha também vale

O Futebol é Momento - S02E10 - Quando parece “só” boa ideia

ESPN: Futebol no Mundo #275

Segundo Poste...

Coração, estratégia, erros e PlayStation!


"Depois de um empate frente ao Everton em 2019, Jürgen Klopp, treinador do Liverpool, referiu o seguinte na conferência de imprensa: “Há muitas razões para que isto esteja a acontecer ao Liverpool. Não temos experiência na luta pelo título. Não é um jogo de PlayStation, no qual pões um avançado e o jogo muda. Não é assim. Às vezes precisas de colocar um avançado a mais, outras vezes não. Precisas é de fazer as coisas corretamente, no momento certo”.

Benfica: O que correu mal?
O contexto da Liga dos Campeões é completamente diferente da realidade das competições internas. Para se ter sucesso nesta competição é fundamental ter um coletivo forte, compacto, que perceba o que tem de fazer em cada momento de jogo e que faça sobressair as individualidades. Desta forma, é preponderante ter uma equipa bem mecanizada e com rotinas bem definidas.
Por outras palavras, os jogadores devem conseguir jogar de olhos fechados, o que significa que sabem e percebem os movimentos de cada um deles, que têm sempre duas ou três linhas de passe disponíveis, que se entreajudam, que sabem os momentos de pressionar e que o fazem de uma forma organizada. Ora, no jogo em Milão, Roger Schmidt apostou numa abordagem completamente diferente da que tem utilizado e trabalhado. Apresentou um ataque móvel, sem que este estivesse devidamente trabalhado ou rotinado. As iniciativas ofensivas do Benfica ficaram sempre dependentes da imaginação dos jogadores e não da mecanização coletiva. Tudo isto foi ainda mais visível no comportamento dos jogadores que têm uma enorme qualidade técnica e que não costumam falhar passes (por exemplo Kokçu).
De uma forma simples, quando os jogadores não jogam de olhos fechados, têm de receber a bola e procurar os seus colegas, porque nunca sabem onde estes se encontram. Essa pequena fração de segundo é o suficiente para terem um adversário em cima, que os impede de executar. Foi isto que aconteceu no jogo da última terça-feira. Na primeira parte, ficaram bem visíveis duas questões: A dependência da criatividade de Neres, Rafa e Di María e sempre que a equipa perdia a bola, estes três jogadores não reagiam e ficavam de fora do processo defensivo (agudizando ainda mais o problema que, há muito, está identificado na equipa encarnada: a facilidade com que os adversários conseguem sair da primeira zona de pressão encarnada).
Na segunda parte, com a quebra física dos três criativos e com um posicionamento coletivo mais agressivo por parte do Inter, o Benfica não existiu. Sem ter capacidade para ligar o jogo, o futebol direto era a solução. Como a equipa não tinha um avançado fixo, essa opção acabou por fazer com que o Inter recuperasse a bola de uma forma muito rápida e simples. Outro fator determinante foi a falta de perceção de Roger Schmidt sobre o que se estava a passar no relvado. Como consequência, mexeu muito tarde na equipa e deixou que alguns jogadores se estivessem a arrastar em campo (por exemplo Di María), com prejuízo para uma reação que poderia e deveria ter acontecido. De uma forma simples, Roger Schmidt apostou numa dinâmica que não estava trabalhada, frente a um adversário que se sente muito confortável com e sem bola, que é muito compacto, que tem jogadores com muita qualidade individual e que simplificam muito o jogo (como por exemplo Çalhanoglu). Como referiu Kloop em 2019, o futebol não é PlayStation…

Porto: errar fez a diferença
O Porto tinha pela frente um Barcelona que atravessa uma das melhores fases da era Xavi. Já a equipa azul e branca vinha de um conjunto de exibições pouco conseguidas. Apesar disto, quem conhece o F.C. Porto sabe que na Europa tudo muda. Este é o contexto em que os dragões se transformam. Mais uma vez não desiludiram. Estrategicamente, o jogo foi bem preparado por Sérgio Conceição. Romário Baró voltou a ser titular e tinha como missão, não só auxiliar João Mário nas tarefas defensivas, assim como fechar por dentro e pausar o jogo quando era necessário. Como o futebol não é matemática, foi precisamente de um passe falhado por Baró que o Porto sofreu o golo que ditou a derrota.
A lição é que na Liga dos Campeões não se pode falhar. Será muito injusto responsabilizar Baró pela derrota. Aliás, muito outros falharam, sobretudo na finalização. Por incrível que pareça, este é um dos pontos positivos do jogo e que poderiam ter levado Sérgio Conceição a repetir a frase proferida no final do clássico: “Ganhámos muito mais do que perdemos”. Frente a um poderoso Barcelona o Porto ganhou muito mais do que perdeu: David Carmo começa a solidificar a sua posição, João Mário fez um grande jogo, Wendell fez, talvez, a melhor exibição desde que está no Porto, Alan Varela está a crescer e complementar-se muito bem com Eustáquio, Pêpe executou a sua missão na perfeição, falhando apenas na finalização e Taremi, a espaços, demonstrou a sua importância e qualidade.
Apesar da derrota, os jogadores saem mais confiantes e consistentes deste jogo. O próximo passo será o de fazer com que a equipa, nos jogos contra adversários de menor dimensão, tenha a capacidade de os controlar e criar situações de perigo através de um futebol envolvente. No fundo, ligar os resultados a exibições mais convincentes.

Braga: Qualidade e coração
O Braga está longe de ser uma equipa perfeita. Defensivamente ainda se expõe muito, como são exemplos os dois golos sofridos na Alemanha. Mas há algo que começa a ganhar, e que é o carimbo das grandes equipas: tem jogadores inconformados, que não se atemorizam e que respiram futebol. A reação frente ao Union Berlin foi fantástica, tendo em conta todo o contexto de jogo e a ausência de experiência do clube nesta competição. Se defensivamente ainda tem muito a melhorar, ofensivamente é uma equipa que dá gosto ver jogar. Com movimentos bem definidos, com jogadores que acrescentam características diferentes a uma dinâmica ofensiva bem trabalhada.
Por fim, este Braga demonstra algo que é a marca dos vencedores: tem um coração e uma vontade de vencer enorme. Não é fácil acreditar no processo ou no caminho a seguir quando as coisas não estão a correr bem. Muito mérito para Artur Jorge pelo trajeto, qualidade e crença que passa aos seus jogadores.

Sporting: Péssima abordagem inicial
A primeira parte do Sporting não existiu. Ruben Amorim (RA) analisou a Atalanta e percebeu que se trata de uma equipa muito física com uma forma de jogar peculiar. Faz marcação homem a homem o campo inteiro e tira partido disso. Está mentalmente preparada para a intensidade de jogar desta forma, com os seus jogadores confortáveis com estas circunstâncias. RA sabia perfeitamente disto e decidiu abordar o jogo pelo lado físico. Assim, colocou Paulinho, Gyokeres e Pote na frente de ataque. Na defesa, resguardou coates que tinha apresentado limitações físicas.
Nos primeiros 45 minutos o Sporting não se adaptou à forma de jogar da Atalanta. Tentando corrigir o erro inicial, RA fez entrar Edwards e Catamo. Qual o objetivo? Deixar a atalanta desconfortável atrás, através de jogadores fortes no um contra um, que os colocasse em sentido. Esta solução assim como o ingresso de Coates, trouxeram um Sporting diferente que dividiu o jogo, que podia ter chegado ao empate e que obrigou Gasperini a reajustar a sua equipa de forma a poder voltar a controlar o jogo. Em suma, nas competições europeias não se pode facilitar ou errar. A má abordagem de Ruben Amorim ao jogo fez com que o Sporting averbasse a primeira derrota da época. Muitas vezes, os intervenientes e adeptos têm de descer à terra para perceber que, no futebol, existem momentos bons e outros menos bons. Esta derrota chega numa fase que em nada prejudica os objetivos da equipa verde e branca. Resta saber se irá ter repercussão na confiança dos jogadores, algo que vamos analisar no jogo de hoje frente ao Arouca.

A valorizar: Bruma
Em doze jogos tem seis golos e duas assistências. Aos 28 anos começa, finalmente, a demonstrar a regularidade que lhe tem faltado. A exibição, frente ao Union Berlin, coroada com um golo fenomenal, colocou-o a lutar pelo título de jogador da semana. Se estivesse num clube de outra dimensão, possivelmente, estaria entre os escolhidos de Roberto Martínez.

A desvalorizar: FPF
Fernando Gomes, presidente da FPF Depois de Fernando Santos, soubemos, esta semana, que Ilídio Vale foi condenado ao pagamento dos impostos devidos, por ter criado uma empresa para receber aquelas que deveriam ter sido as suas remunerações como funcionário da FPF. Já não sendo um caso único, as questões que coloco são: quem recomendou esta forma de remuneração? Será que há mais funcionários na mesma situação? Da mesma forma que os nossos responsáveis políticos gostam de elogiar e homenagear os sucessos desportivos da FPF, não deveriam ser exigentes e questionar estas situações cinzentas?"

Aquecimento...


Lanças...


‘Solo le pido a Díos que Bochini juegue para siempre…’


"Roberto Bochini foi tão grande que até Diego Maradona o tratava por Maestro…

Ninguém imagina a história de Buenos Aires sem tango nem a história do Independiente sem Ricardo Enrique Bochini. Foram dezanove anos consecutivos e nunca Ricardo vestiu outra camisola.
«Solo le pido a Dios
Que el dolor no me sea indiferente
Que la reseca muerte no me encuentre
Vacía y sola sin haber hecho lo suficiente», cantava León Gieco.
«Sólo le pido a Dios
Que Bochini juegue para siempre
Siempre para Independiente
Para toda la alegría de la gente», cantavam os hinchas do Independiente. No Campeonato do Mundo de 1986, no México, aquele em que Maradona resolveu defrontar Deus e ganhou, Bochini entrou a seis minutos do fim da meia-final frente à Bélgica. E então Diego disse-lhe: «Pase, Maestro, lo estábamos esperando…». E ele, modesto, sem querer reconhecer o gesto magnífico de Maradona: «Disse-me algo ao ouvido, mas não sei ao certo o quê… Não me lembro. Não teve importância…». Ricardo era assim. Erguia-se sobre os companheiros como um Ícaro de asas de cera mas nunca teve o desplante de querer tapar o sol.
Há tanta música em Buenos Aires. No futebol também. Avellaneda, cidade do Independiente, não é bem Buenos Aires, mas fica lá tão perto. Buenos Aires é uma boa cidade para se morrer, como escreveu Piazzola e cantou Amelita Baltar com a sua voz lavada a whisky:
«Morire en Buenos Aires
Sera de madrugada
Guardare, mansamente, las cosas de vivir
Mi pequeña poesia de adioses y de balas
Mi tabaco, mi tango, mi puñado de splin».
No dia 5 de maio de 1991, num jogo sem importância nenhuma contra os Estudiantes de La Plata, Bochini foi caçado a patadas com a ferocidade com que se persegue uma ratazana. Um mamífero de raça indefinida chamado Pablo Erbín enfiou-lhe os pitons da bota no calcanhar direito e destroçou-lhe os ligamentos. Nunca mais Roberto voltaria a jogar. A turba ululava numa espécie de mistura entre raiva e desespero: «Bo-chi-ni! Bo-chi-ni! Bo-chi-ni!».
Fora do campo, Bocha, com também lhe chamavam, foi sempre um indivíduo misterioso. Nunca se soube nada sobre a sua vida privada. Não gostava de dar entrevistas. Não emitia opiniões. Ninguém sabia se gostava do Papa, se era contra a morte assistida ou a favor da interrupção voluntária da gravidez, ou se, nem que por instantes, ficou encantado por Evita, a rainha dos descamisados. Constava-se que, nos finais dos anos 60, uma vedeta dos musicais, mulher fatalíssima, lhe matara todos os sonhos. A relação romântica que exibia em frente de toda a gente era com a bola. Em 1976, durante uns meses, surpreendeu toda a Argentina abandonando o futebol. Refugiou-se em Zarate, a terra onde nasceu, e fechou-se em casa da família. Ou melhor: fechou-se sobre si mesmo.
De um dia para o outro voltou sem explicações, tal como tinha partido. «No pasó nada. Estaba mal anímicamente, y físicamente muy agotado», foi a sua frase mais drástica. Inventaram que tinha um cancro, que estava acabado de vez, que não voltaria s ser Bochini. Mas o povo estava com ele. Levou-o aos ombros até ao lugar que lhe pertencia, líder da equipa que contra o poder de Córdoba, uma das cidades que veio a receber o_Mundial de 1978, queria fazer do seu clube, o Talleres, campeão nacional. O jogo decisivo foi terrível, digno de uma cena de ciúme entre Otelo e Desdémona. Na segunda mão, em Córdoba, o Independiente precisava de ultrapassar o empate de 1-1 em Avellaneda mas o arbitro, Barreiro, fez tudo o que pôde para que o Talleres ganhasse, até mesmo validar um golo escandalosamente marcado com a mão pelo avançado Bocanelli. O capitão do Independiente, Rubén Galván, deu-lhe uma peitada macha: «Tengo dos hijos y esto me da vergüenza. Écheme!». Barreiro fez-lhe a vontade à conta de um cartão vermelho. Bochini fervia de injustiça. Pastoriza, o treinador, chamou-o e colocou-lhe a mão no ombro: «Tranquilo, Bocha, tranquilo…». Vida difícil. 2-1 para o Talleres e mais dois jogadores do Independiente expulsos. 11 contra 8.
«Ladrones, ladrones
Así salen campeones», gritava-se do lado dos vermelhos. Aí Bochini resolveu valer por todos. Aos 84 minutos, a passe de Daniel Bertoni chutou com tanta violência que a bola bateu na barra, rechaçou no solo e voltou a subir desta vez para acertar nas redes superiores da baliza adversária. «Fue el gol que más grité en toda mi vida!», desabafou no fim. Uma loucura invadiu a zona das bancadas onde se amontoavam os adeptos do Independiente:
«Eh, chupe, chupe, chupe
No deje de chupar
El Bocha es lo más grande
del fútbol nacional!».
Podia não ser um tango, mas também não deixava de ser um grito de liberdade."