Últimas indefectivações

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Sabe quem é? A jogar de pulso partido - Jacinto Marques

"Ganhou a Taça Latina e o marcheal Carmona não lhe deu o troféu; O Benfica foi buscá-lo, recusou receber as luvas

1. Foi em Barrocas, a dois passos da Cova da Piedade, que nasceu, por finais de 1921. «Se calhava aparecer em casa com biqueiras de sapotos esfoladas, lá apanhava o meu tabefe, mas nem isso me tirava o prazer de andar pelas ruas sempre a jogar à bola».

2. Antes ainda dos 15 anos, começou a trabalhar numa fábrica de cortiça - e foi jogar para o Liberdade FC da Mutela. Saltou, depois para o Sporting Piedense. Era, então, médio-centro - mas de remate tão forte e certeiro que marcava golos, muito golos. Dirigente do Carcavelinhos desafiou-o para um teste na Tapadinha. Aprovou, para que a transferência se fizesse o Piedense recebeu 300 escudos - e a ele deram-lhe 100 escudos pela assinatura (um par de chuteiras custava 70 escudos).

3. Pouco tempo passou nas reservas do Carcavelinhos - e o que se seguiu foram dois anos a falar-se de si, sem conta, em «exibições extraordinárias».

4. Tinha tio famoso: Silva Marques, que pelo Belenenses ganhara o Campeonato de Portugal por três vezes. Pôs na cabeça levá-lo para lá - e estando a cumprir tropa em Belém, recebeu no Carcavelinhos, carta que lhe aguçou o mistério: convidava-o a visitar a Fábrica Napolitana, assinava-a Guilherme Antunes que nada lhe dizia.

5. Curioso, deslocou-se à fábrica à procura do tal sr. Antunes - que lhe lançou, brusco, a questão: «Queres ir para o Benfica?!» Embatucou, ciciou: «Mas... mas...» Antunes replicou: «Queres ou não quer?» - e ele soltou a insinuar espanto: «Querer, queria...»

6. No dia seguinte, Guilherme Antunes levou-o ao teste no Campo Grande - e, horas depois, emissário do Benfica correu a negociá-lo com o Carcavelinhos. Acertou-se darem-se 10 contos pela sua carta (numa altura em que uma bicicleta das menos caras custava conto e meio) - e espanto foi ouvirem o que dele ouviram: «Eu, de luvas, para mim, não quero nada - só queria esta felicidade de vestir a camisola do Benfica». (A ele pensara-se dar-lhe 5000 escudos - que hoje seriam menos de 3000 euros). Dois anos após, conquistou o seu primeiro título de campeão (foi na época de 1944-1945 - com Janos Biri a utilizá-lo ainda pouco e a médio direito).

7. Não tardou, tornou-se indiscutível na linha média com Moreira e Francisco Ferreira - e em jogo que o Benfica ganhou ao Charlton fez exibição que os ingleses consideraram monstruosa: «Com eles desvairados em busca do golo, saltei com o ponta esquerda, chocámos um no outro. Senti algo a descer-me pelas costas, pus a mão dentro, apanhei coisa dura, quando a bola já fugira de nós, entreguei-lha. Desdentado, disse-me, a sorrir: Thank you, sir! - e tinha sido a dentadura dele que me entrara pela camisola...»

8. Na finalíssima da Taça Latina de 1950 contra o Bordéus (no Jamor) fez meia hora com um pulso partido - recusando-se a sair de campo (mesmo quando a dor o podia vergar mais do que a canseira). Ao minuto 134, Julinho marcou o golo da vitória - e não, não foi ele que recebeu a taça, apesar de capitão de equipa ter sido. A razão, revelou-a Rogério, o Pipi: «Com a invasão e o entusiasmo à solta, ficou tudo louco. Empurrado, fui indo, escadaria acima, entre a multidão em histeria, mas o resto da malta não chegou lá - e quando dei por mim, estava na tribuna diante do Marechal Carmona - e, entre a confusão o PR atirou-me o troféu para as mãos...»

9. Com Ted Smith passara a defesa direito (multiplicando-se-lhe o fulgor). Assim esteve ainda nas conquistas da Taça de Portugal de 1951 e 1952 - e voltando Ribeiro dos Reis a treinador lesão atirou-o para suplente de Artur Santos. Otto Glória chegou - e ouvindo que melhor seria dispensá-lo, recusou: «Quero ver ele em acção». Viu e logo anunciou: «O cara fica. Sei que tem 32 anos, mas vai ser meu defesa direito». (Assim marcou o primeiro golo no Estádio da Luz - não marcou na baliza do FC Porto, marcou-o na sua).

10. Ganhou o Campeonato de 1954-1955 (a Taça também). Ainda foi à selecção que Virgílio lhe fechara anos a fio - e o seu adeus deu-se, enfim, em meados de 1957, com mais um Campeonato (e uma Taça também). Dedicou-se, então, à fábrica de cortiças que abrira com o dinheiro que o Benfica lhe foi pagando - sem deixar de exclamar, comovido, à partida: «Ao sr. Otto eu estou eternamente grato - pois numa altura em que já me tinha condenado, ainda me deu a hipótese de viver tantas mais tardes de glória»."

António Simões, in A Bola

Sem 'espinhas'

"Jogo muito bem preparado por Rui Vitória e interpretado na integra pelos jogadores

A surpresa Seferovic
1. Perante um cenário de grande dificuldade, num contexto quase bélico, tal a fúria do ambiente, Rui Vitória procurou num golpe de asa trazer um dado novo ao jogo com a surpresa Seferovic. A diferença entre o valor das duas equipas ficou por demais patente na Luz, mas o carácter bélico com que os gregos encarariam a partida fazia perceber que os aspectos volitivos teriam grande importância no desenvolvimento de partida.

Árbitro imune
2. Apesar do início pejado de alma protagonizado pelos gregos, percebia-se que, geridas convenientemente as emoções, os jogadores do Benfica tinham condições boas para explanar o seu melhor e fazer mossa no orgulho caseiro. O amarelo madrugador aplicado a Léo Matos fazia sentir que o Benfica tinha árbitro imune ao escaldante ambiente envolvente.

Susto
3. Um golo numa bola parada - jogada muito bem elaborada - assustou os encarnados, mas Jardel e depois Salvio (numa borrada do GR, fruto de má gestão anfitriã do tudo ou nada) repuseram as diferenças no relvado e uma enorme jogada de ataques rápidos dos forasteiros acentuou ainda mais a superioridade do Benfica.

Garrote
4. Se acabava bem a primeira parte, o que dizer da segunda com um golo de penálti perfeitamente evitável? O Benfica controlava completamente o jogo e vincava a sua superior qualidade perante gregos obstinados, mas previsíveis e inconsequentes. A entrada de Alfa Semedo conferia mais músculo à equipa e garrotava as pretensões ofensivas caseiras, estabilizando o jogo encarnado.

Melhor futebol
5. Vitória contundente e sem espinhas do Benfica que mostrou argumentos sólidos e forte robustez mental e psicológica para suportar as adversidades de contexto e fazer valer o seu melhor futebol. Jogo muito bem preparado por Rui Vitória e interpretado na integra pelos jogadores, exímios a aproveitar os grosseiros erros cometidos pelos adversários, quais kamikazes. Missão cumprida e o baú dos milhões escancarado pela arte encarnada."

Daúto Faquirá, in A Bola

Na hora H!

"Surgiu em Salónica o que faltou na Luz... E ainda o dérbi, nalguns comentários.

Futebol também é isto... O Benfica poderia ter decidido o crucial play-off em Lisboa, vencendo por diferença de 3 ou 4, e veio a fazê-lo em Salónica, conseguindo reagir ao tremendo susto no 1.º quarto de hora. A estrelinha grega na Luz virou lusitana num estádio onde, nas pré-eliminatórias, recorde-se aos esquecidos, sucumbiram Basileia e Spartak de Moscovo. Estrelinha surgiu ontem quando a estupenda cabeçada de Jardel foi mesmo na hora H para pregar murro no estômago de PAOK galvanizadíssimo. E, pouco depois, duplo brinde do guarda-redes deu penálti para o 1-2. Magnífica foi a jogada para 1-3: vistoso arranque de Grimaldo e Cervi, cruzamento raso para a entrada de Pizzi, em jeito, colocando a bola pertinho do poste.
Os meus destaques:
- Jardel imperial, no golo e a defender.
- Grimaldo e Cervi, raçudos e hábeis no jeito que mais ao jeito lhes vai: contra-ataque.
- Odysseas agarrando a baliza.
- Importância de Salvio lá estar...
- Seferovic... Pois é! Sempre descri da sua contratação há um ano. Ontem, batendo-se a sério, arrastando defesas - vide golo de Pizzi -, fez o que Vitória lhe pediu. Recordo: também na 2.ª mão em Istambul, noutro apelo a mais físico e mais profundidade, Ferreyra de fora, Castillo titular. Só que lesiona-se aos 20 minutos e ainda não pôde voltar...

Dérbi. Porque logo à 3.ª jornada, provocou críticas de que o sorteio deveria ser trabalhado, amaciando adversários para os clubes com competições europeias. Discordo. Rio Ave e SC Braga não tiveram duro calendário e, num ápice, adeus Liga Europa - chocantemente batidos por equipas de terceira categoria. E não foi por beneficiar de desgaste portista que o V. Guimarães venceu no Dragão! Pensem, muito a sério, é nos motivos de o nosso futebol de clubes ir descendo no ranking - confrangedores/sucessivos fracassos de quase todos -, ao ponto de o vice-campeão já estar sujeito a 2 eliminatórias para entrar na Champions.
Quanto ao dérbi, alguns comentários:
1 - Empate com sabor sportinguista a triunfo teve forte base na lucidez estratégia de José Peseiro. Desde logo: apostando em mudar Acuña do seu habitual flanco para médio central ao lado de Battaglia, ali ergueu duríssima muralha argentina. Eles foram fulcro do êxito defensivo - forte bloco imediatamente à frente de eficaz dupla Coates - André Pinto, este aproveitando muito quente oportunidade -, a par de Salin, o tal, não contratado agora, que estaria farto de ficar na sombra do incontestável Rui Patrício e até ia ser dispensado... Também muito bem Nani (um senhor, tacticamente) e... Montero - inteligente e ágil na busca de espaços, com bom controlo de bola, bem acima do que Bas Dost, creio, poderia fazer neste Sporting com escassa capacidade de contra-ataque, até porque Bruno Fernandes, quiça demasiado à frente para tentar travar início de construção benfiquista, não foi o habitual maestro de ligação entre médios e avançados.
2 -Benfica atacou imenso (Odysseas quase espectador). Só que, ora por ineficácia, ora pelas defesas de Salin, esteve a pouquíssimos minutos de ser derrotado! Muito interessante pormaior num duelo de méritos. O do Benfica: nos últimos jogos, vinha diminuindo sistemáticos cruzamentos por alto para a grande-área (rebuçados aos defesas, pois, com excepção de Jardel e Rúben, quando lá vão nos cantos ou em faltas próximo da grande-área - às vezes, também de Salvio, ausente no dérbi -, nenhum benfiquista ganha uma bola em cabeçada!); o Benfica passara a preferir cruzamentos rasteiros e para trás, visando entrada dos médios. Mérito do Sporting: Peseiro decerto detectou isso e a tal muralha argentina, Battaglia-Acuña, esteve muitíssimo atenta, antecipando-se nos espaços para Pizzi e Gedson rematarem.
João Félix, 18 aninhos, talento às carradas. Quanto a mim, colocá-lo a ponta de lança, em vez de Ferreyra - como li e ouvi - seria queimá-lo. É 2.º ponta de lança, ou, como jogava nos juniores e nos B, partindo da esquerda para surgir na grande-área. Lembro: para o seu golaço de cabeça, entrou nas costas de Seferovic, estando os defesas centrais absolutamente concentrados no suíço... Sem presença de puro ponta de lança, muito dificilmente haveria aquele golaço. Dito isto, passo a frisar: nem Cervi, nem Rafa, nem Zivkovic marcariam como João Félix marcou; nenhum deles possui o poder de impulsão e a técnica de cabeceamento que o menino exibiu. E isso, limitando capacidade aérea, e atlética, na grande área a um Ferreyra ainda tão frouxo, tem sido problemão benfiquista..."

Santos Neves, in A Bola

A vitória de Rui Vitória

"A distância entre o sucesso e o insucesso mede-se muitas vezes pela sorte e pelo mérito. Na última jornada da Liga 2017/2018 o Sporting tinha tudo na mão para segurar o segundo lugar e a consequente participação em duas pré-eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, mas a derrota na Madeira frente ao Marítimo (1-2) e o triunfo encarnado em casa frente ao Moreirense (1-0, golo de Jonas) alterou a ordem das coisas. Tivessem as águias terminado em terceiro e provavelmente não teriam passado por um verão tão calmo, pois à imagem de insucesso ficou colada a Rui Vitória - perda do penta e pior participação de sempre na Liga dos Campeões. A sorte teve aqui um papel relevante.
Mas a tranquilidade e o tempo que os encarnados tiveram para preparar a nova época não foram sinónimo de uma equipa em alta no final de Agosto, a nível de soluções para cada posição. Basta analisar o onze que começou o encontro decisivo de ontem em Salónica: só um dos nove reforços foi titular (o guarda-redes, Vlachodimos); o meio-campo teve um jovem da formação (Gedson) e no ataque esteve a quarta opção para o lugar de ponta de lança (Seferovic), após a permanência de Jonas e as aquisições de Castillo e Facundo Ferreyra.
O mérito da passagem à fase de grupos da Champions e a consequente entrada de €43 milhões nos cofres da Luz é, pois, de Rui Vitória: numa equipa na qual os pontas de lança não estão a fazer praticamente a diferença, seja por ausência (Jonas e Castillo, lesionados) ou por inacção (Ferreyra), o técnico encontrou soluções alternativas. Como diz o povo: caçou com gato.
Surgirá agora oportunidade para o Benfica se redimir da mancha que foi a Champions de 2017/2018. A boa notícia é esta: só pode ser melhor. Porque pior é impossível."

Fernando Urbano, in A Bola

O belo esplendor da inteligência

"Tão incontestável, que se torna difícil explicar o jogo da Luz. Não adianta o regresso à parte. Importa o todo e, aí, o Benfica foi implacável no mérito de conseguir superar a dupla barreira que o separava não apenas dos milhões, que certamente muito jeito farão às finanças benfiquistas, mas no prestígio internacional que a História do clube contempla e exige.
Nem tudo é mau no futebol português, FC Porto e Benfica na fase de grupos da Champions iluminaram o momento presente dos clubes nacionais. Veremos o que o futuro reserva, mas, para já, é justo que se enalteça o esforço, a competência, a qualidade, o esforço do futebol do Benfica.
Haverá, eventualmente, uma factura a pagar no futuro, mas é admissível. Neste caso concreto, o objectivo imediato colocava-se como uma prioridade e foi amplamente conseguido. Portanto, este é tempo de elogio e não de inquietação pela dúvida. A vitória do Benfica, em Salónica, talvez com a sorte que não teve na Luz, talvez com a experiência internacional que o seu adversário não tem, talvez com a subtileza de uma inovação e de uma aposta técnica que Rui Vitória, por vezes, não arrisca, teve tanto de esplendorosa como de inteligente.
A análise fria ao jogo pode levar-nos a razões objectivas, como a dos erros mais ou menos clamorosos de um adversário que se matou com o seu próprio veneno. Porém, numa realidade competitiva em que o que está em causa é a qualificação essencial, o resultado gordo surgirá, sempre, como um factor de complemento. A verdade é que, indiscutivelmente, o Benfica foi melhor e provou merecer estar entre os melhores. Assim continue."

Vítor Serpa, in A Bola

Alvorada... do Guerra

Benfica: maior foco, milhões em caixa e alguns sinais para a maratona

"Encarnados qualificaram-se com mérito para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

Primeiro objectivo cumprido.
O Benfica chega à Liga dos Campeões por uma estrada com nível de dificuldade respeitável, tendo em conta historicamente a exigência que é jogar na Turquia e na Grécia.
Chega à prova milionária com a consciência de que foi superior a Fenerbahçe e PAOK – já o era em teoria –, e de forma mais evidente nos últimos dois jogos, olhando para a qualidade do jogo jogado e porque houve parte do plano com os turcos e gregos – no primeiro caso em termos exibicionais, no segundo no resultado – que não foi cumprido na Luz.
A equipa de Rui Vitória fez por qualificar-se e qualificou-se.
Era o mínimo exigido para o arranque da época, a primeira final que teria de ser ganha. Com isso, recebe o valor comparável ao de uma excelente venda no mercado de transferências, cerca de 43 milhões, e tem a perspectiva de continuar a acumular. Para que o encher dos cofres seja uma realidade já não bastará ser competente, necessitará também de alguma felicidade num sorteio que poderá ser madrasto.
A qualificação é o resultado de um maior foco no início de temporada, algo que não se verificou na anterior. Maior foco não só em campo, mas também fora dele, com a composição de um plantel bem mais equilibrado e com bem mais soluções, sem aparentes precipitações de fim de mercado.
É verdade que o ataque parece muito condicionado com a lesão de Jonas (somada à de Castillo) e o pouco ainda mostrado por Ferreyra – que não é um problema apenas individual, envolvendo também o colectivo e a filosofia de jogo da equipa –, mas apenas a estrutura encarnada terá todos os argumentos para saber se um sector ainda fragilizado ou perto de se recompor.
Rui Vitória, ao contrário de anos anteriores, também parece ter estabilizado no 4x3x3 e um onze-base. Vlachodimos tem dado garantias na baliza e poderá ainda crescer mais, em presença e influência. A defesa mantém-se da época passada, tem mais soluções no meio e poderá ter também dentro de semanas do lado direito, com a recuperação do lesionado Corchia. Gedson é, neste momento, o elemento mais fiável no meio-campo, juntando-se à amplitude defensiva de Fejsa e à criatividade de Pizzi, e há Zivkovic, Krovinovic e Gabriel à espreita. A dupla Grimaldo-Cervi promete dinâmica reincidente – tendo tido o seu maior expoente precisamente em Salónica naquele terceiro golo. Salvio continua a ter números que o tornam diferente dos demais.
O ataque, voltando atrás, será a única ponta solta, se Jonas não voltar a ser Jonas tão cedo, ou Ferreyra não o fizer esquecer.
Não há dúvida de que o foco colocou os encarnados num bom patamar no início da época, embora tenha devido a si próprio aqui e ali um ou outro resultado ou exibição. É um bom sinal no início da... maratona."

Milhões e o futuro

"O Benfica conquistou o acesso à Liga dos Campeões com uma vitória tão justa quanto inequívoca em Salónica. Encaixados os 43 milhões e garantida a presença na prova desportiva mais importante da Europa, o clube da Luz pode respirar de alívio pois conseguiu um dos objectivos da época. É um facto estruturante para o emblema em termos financeiros mas também desportivos, pois não só a pressão sobre Rui Vitória diminui substancialmente, como o plantel está hoje mais descansado e feliz por ter chegado ali.
Deixada para trás das costas esta aventura europeia, que chegou a assustar, mais por incompetência em Lisboa do que por real perigo causado pelo PAOK, o Benfica tem de concentrar-se no mercado até ao final do dia de amanhã. Depois na liga nacional, onde tem o plantel mais rico e para a qual Luís Filipe Vieira aponta todas as baterias, garantidos que estão estes 43 milhões de euros.
Ferreyra é hoje um jogador colocado em causa pelos adeptos do Benfica e, pelos vistos, também pelo treinador. Forte investimento em salários e prémios de assinatura, esperava-se mais do goleador argentino. É cedo, demasiado cedo, para lhe traçar o destino. Veja-se o recuperado Seferovic. O futebol são momentos. E Ferreyra tem ainda muito tempo para ter o seu. A época é longa."

Vitória para Vitória

"O pilar de todos os objectivos da época no Benfica está construído. A entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões é estruturante. O custo com massa salarial fica quase coberto com a verba obtida no jogo de ontem. A vitória foi categórica. O Benfica acertou na baliza e assim a equipa mais poderosa esmagou a mais fraca. Percebe-se a reacção de Rui Vitória no pós-jogo, pela imensa pressão a que estava sujeito. Uns ficam eufóricos quando ultrapassam as fasquias de pressão com bons resultados, outros preferem ajustar contas com o passado e mandar recados para o futuro. Rui Vitória optou pelo ajuste de contas. Adeptos e comentadores talvez preferissem um discurso mais distendido. Mas o treinador do Benfica tem um grupo de jogadores ambiciosos para gerir e está a dois dias do fecho do mercado. Para jogadores e dirigentes do Benfica, nesta conjuntura, o discurso agressivo de Rui Vitória foi certeiramente eficaz.
O outro representante de Portugal na corrida aos milhões da UEFA está a passar uma fase atípica. Os jogadores verificaram que nesta segunda época Sérgio Conceição já não é rei e senhor das decisões técnicas? Facto é que a equipa está mais fraca enquanto equipa. Os movimentos de pressão não estão uniformes. O meio-campo suspira por um prumo como Danilo. Brahimi continua com momentos de génio, mas está a entrar numa zona de conforto pessoal que o leva a defender ainda pior. Se os craques perdem o respeito ao técnico, no cumprimento das missões de sacrifício, as vitórias fogem com enorme facilidade.
Ainda no plano dos líderes técnicos, falemos de José Mourinho: um dos maiores treinadores de sempre está a deixar a sua estrela empalidecer num dos maiores clubes do Mundo. O Manchester United deixou-se adormecer nas épocas finais do longo reinado de Alex Ferguson. Nem Mourinho está a conseguir devolver a eficácia ao clube, nem a agremiação está a contribuir para a boa imagem do técnico. Se não houver uma rápida inversão da tendência, Mourinho vai sair com mais uns milhões na conta bancária, mas com sérios danos no prestígio. E recordar vitórias passadas não é a melhor maneira de lidar com um problema presente.
Arrepiante o áudio de um indivíduo da lista de Varandas, que estava apontado a um relevante cargo na estrutura do Sporting. Pessoas que falam e pensam assim podem chegar a dirigentes de instituições com a grandeza do Sporting? Interroguei-me. Mas logo recordei um vice-presidente recente, Pereira Cristóvão, para estabelecer que o pesadelo não começou com Bruno de Carvalho. E, pelo exemplo junto, pode não acabar a 8 de Setembro."

Futebol como deve ser

"Não há melhor lugar para assistir a um jogo de futebol do que o Allianz Arena. Uma nave espacial acabada de pousar à saída da Autobahn A9, a norte de Munique.
Este ano a Bundesliga voltou de férias com o actual campeão Bayern a receber o ex-campeão Hoffenheim e houve emoção e incerteza até ao fim, lá como cá, até deu para discutir o VAR, 4 golos, e os adeptos voltaram para casa satisfeitos.
Num país onde a selecção nacional mobiliza mais os fãs do que qualquer clube, esta temporada, na ressaca da saída precoce da Alemanha do Mundial na Rússia, a fome de bola acompanhada a bratwurst e regada a cerveja é ainda maior.
Venham daí os estádios lotados da Bundesliga!
Desde a "lição de Sérgio Conceição" com o fabuloso hat-trick a Oliver Kahn no Euro 2000, o futebol alemão deu uma reviravolta impressionante, com academias em todo o lado demonstrando ao resto do mundo como se forma em qualidade e quantidade.
Pode não ter o dinheiro da Premier League ou dos dois grandes da Espanha, mas a Bundesliga representa uma máquina mais enxuta e transparente, sustentável e autónoma, bem ciente das suas consideráveis forças e da congénita fragilidade de estar sediada num país pouco "sexy" com uma língua "de guerra" que mais afugenta do que atrai o ouvido posto no relato.
Este mês, em Frankfurt, foi realizada uma reunião de cúpula envolvendo todos os grandes stakeholders do futebol alemão. Não foi um encontro discreto, bem pleno contrário. ostensivamente o futebol alemão quis passar uma mensagem também para fora do seu próprio país. A reunião era para debater o desastre do Campeonato do Mundo, mas também para reflectir sobre a realpolitik da actual configuração da Europa do futebol.
Os clubes ingleses foram buscar scouts à Alemanha e, finalmente, começam a gastar dinheiro com sabedoria depois de anos de desperdício, enquanto que o Real Madrid, o Barcelona e o Atlético, permanecem no topo da cadeia alimentar das competições europeias. A Série A, que estava já claramente atrás da Bundesliga, teve o seu golpe de asa com a contratação de Cristiano Ronaldo pela Juventus, e a fabuloso Napoli da temporada passada avivou velhas paixões e fez com que muitos voltassem a acompanhar o Calcio com renovado interesse. Em França não bastava ao Paris Saint-Germain atrair estrelas como Neymar e Cavani, e agora até é treinado pelo alemão bem amado: Thomas Tuchel.
De facto, só o Bayern tem feito figura, consistentemente, nas competições europeias. Mas quando foi o seu último titulo europeu? Mas, claro está, o Bayern é um caso à parte, absolutamente atípico da restante Bundesliga. Eles podem dar-se ao luxo de gastar sempre mais do que seus rivais domésticos, e isso quando não se aproveitam como habitualmente da formação e recrutamento destes. O último caso: Leon Goretzka do Schalke 04.
Que o Bayern ganhou o Meisterschale nas últimas seis temporadas toda a gente sabe. Tornou-se fácil criticar a liga alemã nessa base. Não importa que o padrão competitivo permaneça mais elevado do que o de qualquer outra liga Europeia com uma imensa incerteza no resultado proveniente do grande equilíbrio entre as equipas. E depois temos as histórias dos inúmeros dérbis regionais e clássicos históricos em torno dos vários clubes. Mas podemos aceitar que a Bundesliga está implorar por um novo campeão. Pode bem ser esta temporada.
Acredito que este ano as diferenças sejam mais reduzidas e existe uma real possibilidade do Dortmund, Schalke, Leverkusen ou Leipzig acabarem o liga no lugar cimeiro. Talvez seja necessário que todos contribuam para que tal seja possível, e talvez este ano os restantes clubes da Bundesliga não partam para a competição com o já habitual handicap de 6 pontos relativo aos 2 jogos que vão disputar com o super campeão de Munique.
O Bayern, em vez de limpar balneário de algumas das suas "Divas", e aproveitar para refrescar esta geração, está em grande parte atado a um plantel multi-titulado cada vez mais difícil de motivar. O "tigre" Arturo Vidal partiu para o Barcelona enquanto que os trintões Robbery e Arjen Robben assinaram renovações de contrato. Robert Lewandowski, que queria uma mudança em Abril, agora sente-se de novo amado €€€ e a hipótese de sair parece menos "Real".
Pessoalmente concordo com as apostas que o Bayer Leverkusen fez, adquirindo o entusiasmante Paulinho e o ex-Frankfurt Lukas Hradecky para a baliza. Este inicia a época lesionado, mas talvez seja ainda melhor do que Bernd Leno (Arsenal). E ainda há os jovens há vários anos no plantel "a apurar", como: Leon Bailey; Julian Brandt; ou o brilhante Kai Havertz. Não me surpreenderá se a equipa de Heiko Herrlich terminar a época em 2º lugar a pisar os calcanhares ao Bayern.
O Borussia Dortmund precisava de uma mudança radical e esta chegou: um novo treinador, o inovador Lucien Favre. Também são boas notícias o retorno ao clube de Matthias Sammer como consultor externo, e uma série de novas contratações: Abdou Diallo, Axel Witsel, Thomas Delaney e Marius Wolf (todos com muita qualidade). O internacional norte-americano Christian Pulisic continua a ser um dos talentos mais atraentes do futebol europeu e Marwin Hitz pode muito bem superar o colega Roman Burki na baliza.
O Schalke terminou acima de seus rivais do Ruhr na última temporada e estão a jogar um futebol seguro e eficaz. O seu treinador Domenico Tedesco, jovem e anteriormente pouco conhecido, mereceu todos os aplausos, mostrando uma compreensão dos seus jogadores que escapou aos seus antecessores. Tendo arrecadado 45 milhões de euros do PSG com a transferência de Thilo Kehrer, o Schalke tentou melhorar o equilíbrio do plantel. Omar Mascarell, anteriormente em Frankfurt, emprestado pelo Real Madrid, pode bem ser a peça-chave do esquema montado pelo director desportivo, Christian Heidel.
O Leipzig, começou a ganhar em Dortmund mas saiu goleado. Mesmo assim é um projecto inegavelmente fascinante para quem acompanha a liga de fora. Ralf Rangnick, o homem no coração do conceito desportivo no clube, preenche o lugar de treinador enquanto aguardam a chegada de Julian Nagelsmann, do Hoffenheim, uma vez que o contrato deste só acaba no próximo verão. Este sentido de provisoriedade, um calendário interno com um início difícil, e as exigências da qualificação da Liga Europa, não auguram nada de bom para o clube da Red Bull, mas caso passem este cabo das tormentas... cuidado com eles!
Há desafios para todos os gostos.
Sinceramente não sei o que a Bundesliga necessita fazer para ser percepcionada de forma ainda mais atraente, mas de uma coisa tenho a certeza, como experiência de estádio, semana após semana, e por todo o país, é a liga mais fantástica da Europa. E digo-o eu por experiência própria.
Nunca será uma liga com os 10 jogos da jornada em 10 horários diferentes como acontece no futebol espanhol, de onde se sai de estádios à meia noite de Domingo... Tão pouco farão jogos nos EUA ou em qualquer outro lugar que não na Alemanha.
Da mesma forma que, por enquanto, não haverá um fim para a "regra 50 + 1" que impede as aquisições dos clubes por xeques ou oligarcas ricos que julgam que a glória se compra com ou punhado de notas. Jamais seria possível na Alemanha um histórico como o Belenenses jogar noutro estádio que não o seu, e muito menos num estádio com a simbologia do Estádio Nacional.
"Futebol como deve ser" este é o slogan internacional da Bundesliga. Tudo é cíclico e previsível menos os resultados.
Se os clubes conseguirem manter um pensamento colectivo como tem aconteceu até aqui, como aconteceu há quase 20 anos, o futuro do futebol alemão pode voltar a brilhar, mantendo-se organicamente... alemão!"

Diferenças de cima

"Para agradar aos clubes mais poderosos e das ligas mais ricas, a UEFA introduziu alterações ao modelo de distribuição de prémios na Liga dos Campeões, acrescentando um bónus com base nos resultados de cada um na última década. Tendo em conta que as quatro principais ligas – Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália – garantem sempre quatro equipas via campeonato na fase de grupos, percebe-se logo que os maiores beneficiados são aqueles que menos precisam.
Mas as consequências têm efeitos ainda maiores em campeonatos de segunda linha, como é o português. Graças ao tal ranking de 10 anos, o FC Porto já garantiu um extra superior a 44 milhões de euros, o Benfica tem hoje a possibilidade de somar quase 43 milhões. Estas verbas representam mais de um terço dos gastos de dragões e águias com o futebol profissional numa época normal. Com essa receita extraordinária, os crónicos primeiros do futebol português terão oportunidade de se distanciar ainda mais dos restantes clubes nacionais. Com consequências dramáticas para uma competição já se si desequilibradíssima.
Depois, torna-se um ciclo. Nos próximos quatro/cinco anos, Portugal dificilmente poderá pensar que voltará a ter três equipas na fase de grupos na Liga dos Campeões. O que quer dizer que o campeão (e talvez o segundo classificado) terá sempre uma vantagem grande sobre os restantes clubes, tendo mais fácil a tarefa de volta a ser campeão. É a lógica do capitalismo: dinheiro concentra dinheiro. E, a este nível, o futebol é um grande negócio."

Lanças... rescaldo

Benfiquismo (CMXXXV)

E na bruma...

Cadomblé do Vata

"1. Benfica mantém o registo extremamente feliz no estádio do PAOK somando por vitorias os 3 jogos ali disputados... Toumba em grego quer dizer Alvalade.
2. Jardel foi à Grécia reescrever a História da Antiguidade... toda a gente convencida que o Colosso de Rodes tinha caído e afinal está em Portugal e joga futebol.
3. O PAOK pode-se queixar de descriminação da parte de Félix Brych... na final da Liga Europa permitiu que os sevilhanos sovassem jogadores do Glorioso na área e hoje em 2 faltas marcou 2 penaltys.
4. Seferovic terá ganho hoje o lugar a Ferreyra... ou como se diz em futebolês "volta rápido Jonas".
5. Hoje fiquei com a certeza de que o treinador romeno dos gregos lê esta página... viu aqui tantos comentários a dizer que o SLB só joga com pontapé para a frente, que não preparou a equipa dele para a jogada do 1-3."

Vermelhão: Estamos lá...

PAOK 1 - 4 Benfica


O primeiro grande objectivo da época foi conquistado, esta noite, por números esclarecedores: vamos à Champions!

O mister 'acertou' na conferência de imprensa de antevisão do jogo, quando falou da eficácia! O futebol é um jogo simples, que às vezes parece complicado, mas no fundo baseia-se num momento: o golo!!! Hoje criámos menos oportunidades do que no jogo da 1.ª mão, menos do que no dérbi do último sábado, mas marcámos 4 golos...!!!
A noite até começou mal: amarelo ao Almeida no primeiro minuto, grande oportunidade para o PAOK logo a seguir, e logo depois um golo sofrido!!! E a equipa parecia estar mesmo a acusar o ambiente... Por volta dos 15 minutos, finalmente começamos a 'pensar' no nosso jogo... e pouco depois dois golos de rajada... e muito sinceramente, quando o Salvio marcou o penálty, que deu o 2.º golo, a eliminatória ficou decidida...
Nós, adeptos pessimistas, só quando entrou o 4.º golo ficámos 'descansados', mas o jogo ficou decidido com o 2-1...!!!
O meu medo no final do jogo da Luz era o desgaste físico, futebolisticamente tínhamos claramente qualidade para vencer em Salonica, e o jogo desta noite provou a minha razão... No 7.º jogo consecutivo, com pouca rotação, a equipa demonstrou estar muito bem preparada... O staff e os jogadores merecem ser elogiados, pela forma 'disponível' como se apresentaram esta noite...
A 'surpresa' da noite, foi a titularidade do Seferovic, que para mim não foi nenhuma surpresa. Aqui, no blog, defendi isso mesmo no final do Benfica-Sporting! Foi engraçado ouvir os jornaleiros aziados criticando a exibição do Seferovic esta noite, dizendo que não acrescentou nada à equipa...!!! Em praticamente todos os canais...!!! Não fez golos, é verdade... mas desgastou, ganhou bolas divididas, arrastou os defesas... e demonstrou uma enorme atitude... Não é fácil, não ser opção, e manter a motivação e a disponibilidade para contribuir para a equipa, o Seferovic conseguiu fazer isso nesta pré-época...
O regresso do Salvio, e mesmo sem fazer nada de especial, demonstrou que fez muita falta nos últimos dois jogos!!! Mais uma excelente exibição do Odysseas que em vários momentos, não permitiu ao PAOK ganhar esperança...!!!

Momento da noite: o 3.º golo, grande jogada, Grimaldo e Cervi a combinarem para Pizzi finalizar...
Não sei se foi de propósito, ou aconteceu sem querer, mas na parte final do jogo, o Fejsa jogou vários minutos quase como 3.º central, protegendo as costas do Grimaldo...!!! Também nos últimos minutos, o Jardel lesionou-se, ficou no chão, e depois lá se levantou cocheando! Espero que não seja nada de especial...
Admito, quando soube da nomeação do cabrão do Btich (sim, eu sei que não se escreve assim...), fiquei preocupado! Quando mostrou o Amarelo ao Almeida, ainda fiquei mais... Mas afinal o gajo até sabe aquilo que é um penálty!!! Só tenho pena que em Turim, se tenha esquecido das regras...!!!
Agora, vamos ao Sorteio... O meu único pedido, é 'escapar' ao Liverpool que está no Pote 3. O resto venha o diabo e escolha... Estou seguro que os resultados da última época, não se vão repetir... Estamos a jogar melhor e temos melhor plantel... Estou mais preocupado, com o 'encaixe' do calendário, principalmente com os jogos fora da Champions e as respectivas viagens...
Mas é preciso não esquecer, que no Domingo temos um jogo difícil na Choupana. O Nacional é claramente uma equipa cínica de contra-ataque: deu trabalho ao Braga em Braga; deu-se mal em casa quando teve que assumir o jogo contra o Moreirense; e em Setúbal, em puro contra-ataque deu-se muito bem...
É normal que os jogadores do Benfica, após a vitória de hoje, sintam alguma descompressão... mas com o cansaço acumulado do 8.º jogo em 4 semanas, com mais uma viagem de avião para Lisboa amanha, e outra para o Funchal no sábado...  a descompressão é perigosa. Os jogadores têm que se focar na importância do jogo da Choupana... depois teremos 2 semanas para recuperar forças e se tudo correr bem, recuperar alguns dos lesionados...

Antes da Choupana, o janela de transferências vai fechar! Finalmente... Vamos esperar por algumas surpresas positivas... e nenhuma negativa!
PS: Uma última nota para o pós-jogo. Como é habitual, o PAOK depois do 4-1 é uma equipa da 3.ª Divisão Europeia... a desvalorização de todos os adversários que o Benfica tem a 'sorte' de vencer é já um clássico em Portugal!!!
É óbvio que o Benfica tem melhor plantel, mas o PAOK é uma equipa bem treinada, por um treinador competente (apesar de me parecer arrogante...), mas no futebol nem sempre os melhores ganham, e depois de todos os golos falhados na 1.ª mão, e da vaca monumental do PAOK ao marcou golo na Luz, praticamente no único remate que acertou na baliza, a eliminatória ficou aberta...
Portanto, o resultado e a exibição, nestas circunstâncias, com muita pressão devido a vários factores, foi muito saborosa... e sim, não foi nada fácil...