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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Antevisão...

BI: Antevisão - Famalicão...

Terceiro Anel #95 - Irracionalidade ou incompetência ou mind games?

El Mítico #122 - Champions League 24/25 - FC Barcelona (primera parte)

Vitoria, com reforço da liderança...


Benfica 5 - 1 Liceo

Depois do 0-0 da Corunha, este jogo também parecia que ia ser uma partida com poucos golos, mas a 2.ª parte acabou por regressar a normalidade...

Vitória...

Benfica 4 - 2 Lusitânia

Não foi o nosso melhor jogo, mas fomos justos vencedores, e o resultado até peca por escasso...

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O Benfica pós-eleições: redesenhar objetivos e estratégias para a Liga dos Campeões


"Para regressar ao topo da Liga dos Campeões, os objetivos e as estratégias do Benfica devem ser redefinidos. As eleições de Outubro, terão de ser um ponto decisivo de viragem. Uma politica de continuidade, seria o triunfo das promessas adiadas sobre uma experiência de quatro anos. Para mudar de rumo, é preferível olhar para quem mais sabe do assunto. E em matéria de Champions, a opinião dos especialistas e os resultados convergem: o comandante dessa Liga é o Real Madrid.
No mesmo sentido, numa entrevista à Marca, a estrela do futebol mundial, Ronaldo Nazário, declarou: "o verdadeiro Bola de Ouro é Florentino Pérez". Pérez contratou Ronaldo em 2002, para reforçar o Real Madrid. dos "Galácticos". Presidente e CEO do Grupo ACS, um dos maiores no competitivo setor de Construção e Engenharia Civil, Pérez compreendeu precocemente que num mundo globalizado, o sucesso desportivo se joga na interseção entre o terreno de jogo, as atividades comerciais dos clubes e os investimentos.
Pérez conduziu o Madrid a uma dupla liderança: desportiva e económica. Das últimas dez edições da Liga dos Campeões, o clube venceu cinco. No Ranking das Receitas Operacionais, superou, em 2023/24, pela primeira vez na história do futebol, a barreira de um bilião de euros. Uma questão central, da qual importa retirar aprendizagens para o futuro do Benfica, é esta: como é que um clube espanhol, pode dominar consistentemente, no plano desportivo e no económico, os seus rivais britânicos, alemães, italianos e franceses, suportados por mercados económicos internos bem superiores ao espanhol? Como pôde ultrapassar a posição europeia relativa, que a sua condição teoricamente lhe atribuía? Pérez (um inovador que foi capaz de arrancar Figo ao FC Barcelona), chegou à Presidência com o Real Madrid quase em insolvência. Mas logo comunicou a sua ambição de transformar o clube no mais rico e mais bem-sucedido do mundo. Rompendo com as políticas dos seus predecessores, orientadas ao mercado doméstico, Pérez surfou a vaga da Globalização, fazendo do Real Madrid uma potência global. Uma equipa global, um reconhecimento de marca mundial e uma maciça e universal plêiade de seguidores. Para alcançar esse perfil, Pérez baseou-se no modelo clássico da NBA, o "Star Power", o poder de arrastamento de jogadores-estrela, aptos para ganhar no terreno de jogo e capazes de potenciar o valor económico da marca Real Madrid. Hoje, o Real Madrid é simultaneamente o dominador da Champions, o primeiro clube bilionário em receitas operacionais, o clube com maior número de seguidores nas redes sociais (411M em junho 2024) e o clube com maior número de visitas à sua Website (9M em média mensal). O Real está sediado em Madrid, mas Pérez expandiu a sua geografia tornando-a absolutamente global.
Num contexto em que as receitas de bilheteira (antes da reforma do Bernabéu) estagnavam e as relativas aos direitos televisivos abrandavam o seu crescimento, a captura global de receitas comerciais, tanto por via dos patrocínios, como as de merchandising e licenciamento, foi a rota estratégica trilhada para sustentar a dupla liderança, desportiva e económica. No centro desta estratégia, estiveram os jogadores nucleares do plantel, tanto pelo seu valor desportivo, como pelo seu potencial mediático. Na época em curso, só Mbappé acrescentou 150M de seguidores à massa madridista, além de um previsível record de venda de camisolas, ultrapassando CR7. Em que é que esta narrativa interessa para o futuro do Benfica? Importa, na medida em que certifica que a economia globalizada do século XXI, apresenta oportunidades e desafios novos, que requerem dirigentes experientes na competição empresarial internacional, atualizados e inovadores. Hoje, os jogadores de topo, portadores de um valor de marca (como o prematuramente transacionado João Neves) são personagens incontornáveis. Ninguém melhor que CR7, representou este futebol remodelado. No Real Madrid alcançou 450 golos (1 por jogo), vitórias na Champions e na Liga, "vendeu" 1M de camisolas no seu primeiro ano, gerou dezenas de milhões de euros em vendas de merchandising e direitos de imagem e empurrou o Madrid para todos os pontos do globo, graças à sua massa de seguidores (atualmente cerca de 1 bilião!). Numa etapa avançada da sua carreira, levou o Al-Nassr a ter 55M de seguidores nas suas redes sociais, cerca de cinco vezes mais que o Benfica. O paradoxo do Benfica atual é este: prometer anualmente aspirações europeias e depois vender recorrentemente os seus melhores jogadores. Como se observou acima, são realidades que colidem. Um real desígnio europeu sucumbe ao mercantilismo financeiro (Porquê? Para quê? Para quem?) As receitas operacionais devem assegurar o essencial da sustentabilidade do clube. As receitas extraordinárias deverão ser um complemento, e só terão valor estratégico se não debilitarem o sucesso desportivo corrente e não afetarem o potencial económico futuro. É sim urgente, reformar a estrutura de custos operacionais, para otimizar a Conta de Exploração do clube.
O Benfica tem infraestruturas de topo, estádio e academia, uma história lendária no futebol europeu, uma vasta massa de sócios e adeptos e pode contar com a diáspora portuguesa. Tem uma muito boa base de talento formada no Seixal, sob a direção de treinadores competentes, e tem contado, na primeira equipa, com alguns jogadores de elevado potencial desportivo e económico, que não tem conseguido reter. O círculo vicioso criado é claro: não se retem o talento (alegadamente) por falta de recursos, gerando-se escassez de recursos operacionais por falta de talento. E as épocas sucedem-se, habituando os benfiquistas a considerar uma meia-final da Liga dos Campeões como um fantasma. Mas é um erro. O sucesso na Europa é parte da nossa essência e temos de manter essa ambição viva e credível. Falta-nos alguém como Pérez, um líder de gabarito internacional, experiente e inovador, que transforme o enorme potencial do Benfica, em resultados desportivos e económicos de topo na Europa. As eleições estão próximas e o padrão de excelência da visão e da gestão de Pérez, deveria ser um referencial para as candidaturas."

Benfica: ver o mal sem olhar ao bem


"Todos os dias comemos o que está à frente do prato. Se no final da época houver banquete aparecerão todos para comer

O Atlético Madrid, goleado na Luz por 4-0 em outubro, vai numa série de 14 vitórias seguidas, lidera o campeonato espanhol, já tem 12 pontos na Champions e, no entanto, em Espanha, pelo visto e ouvido, perde-se muito tempo a falar do desastre do Real Madrid com o Barcelona e com o desastre das contas do Barcelona, das trocas e baldrocas nas inscrições de jogadores do Barcelona.
Diego Simeone, treinador do Atlético Madrid, no meio disto tudo, foi questionado sobre se sentia que o trabalho dele estava a ser reconhecido. E respondeu, mais coisa menos coisa, que não vive do elogio nem da crítica negativa, que conhece o valor dele e é feliz simplesmente por ter encontrado jogadores que se entregam a um objetivo comum.
Todos gostam de ser reconhecidos, Simeone também, e vem isto a propósito de lá como cá se ver o mal sem olhar ao bem. Não é exclusivo de Portugal ou Espanha, é próprio da natureza humana, uma doença da qual, provavelmente, todos padecemos, com maior ou menor gravidade.
O Benfica recuperou do erro da continuação de Roger Schmidt com a substituição por Bruno Lage e, não obstante ainda dominar nalguns espíritos, como o meu, a incerteza do que poderá produzir no jogo seguinte, aí está a lutar pelo título de campeão, em condições de continuar na Liga dos Campeões para lá da fase de Liga, qualificado para os quartos de final da Taça de Portugal e já com um troféu, a Taça da Liga.
Neste caminho imperfeito de altos e baixos, alguma coisa boa terá sido feita. Desde logo a construção do plantel. Mesmo deficitário em algumas posições — já escrevi, só para começar, que lhe falta um bom médio à imagem do melhor Matic — tem o melhor plantel em Portugal, com mais e melhores opções.
Dele ainda não foi retirado o melhor proveito e foi o próprio Bruno Lage a reconhecer que a equipa precisa de mais consistência. Manteve Di María mais um ano — só o melhor jogador da equipa, hoje incensado por aqueles que o quiseram destruir a cinzas na época passada. Mantém e talvez vá perder no fim da época o segundo melhor jogador da equipa — Otamendi, também vítima de pelotões de fuzilamento, provavelmente só valorizado depois de sair. Sem querer convencer quem convencido, mesmo com fragilidades, não custará reconhecer que alguma coisa terá sido bem feita.
É sempre mais fácil deitar abaixo que elevar, não será agora que vamos mudar, e duas derrotas seguidas abriram caminho a ataques que deviam envergonhar mais os perpetradores que os alvos. Ninguém está imune a crítica negativa, será sempre bem-vinda quando honesta e, já agora, construtiva, mais difícil (pensando bem, talvez não) é compreender quem, sob o manto da circunstância negativa, não consegue esconder segundas intenções. É só triste.
Todos os dias comemos o que está à frente do prato, esquecemos depressa o que foi o almoço ou jantar há três ou quatro dias, quanto mais há três ou quatro meses. Para o Benfica ter sucesso, Lage precisará, pelo menos e como Simeone, de jogadores que se entreguem com ele a um objetivo comum. Se no final da época houver banquete aparecerão todos para comer."

Pelo fim da Taça da Liga


"A Taça da Liga foi criada em 2007/08, por proposta do Sporting e do Boavista, com o objetivo de aumentar a competitividade entre os clubes e gerar mais receitas. Na época, o Campeonato Nacional tinha 16 equipas, a Liga dos Campeões contava com apenas seis jogos na fase de grupos e a Liga Europa ainda se chamava Taça UEFA, enquanto a Liga Conferência não existia. Neste contexto, a competição fazia sentido.
Desde então, o futebol mudou drasticamente. O Campeonato Nacional passou a ter 18 equipas, aumentando o total de jogos de 30 para 34 por temporada. As competições europeias também se reformularam: a Liga dos Campeões agora exige oito jogos na fase inicial, mais dois no play-off, enquanto a Liga Europa e a Liga Conferência adotaram modelos semelhantes. Além disso, as seleções nacionais têm calendários mais intensos, com mais jogos e competições.
Esta densidade crescente criou desafios sérios. Em Portugal, é comum ver clubes disputarem sete jogos em apenas 21 dias. Este ritmo provoca desgaste físico e mental nos jogadores, resultando em lesões frequentes. A introdução do novo Mundial de Clubes só intensifica este cenário.
Entretanto, a Taça da Liga perdeu relevância. O vencedor recebe um prémio financeiro inferior ao valor recebido por uma vitória na fase de grupos da Liga dos Campeões. Assim, a competição tornou-se redundante num calendário já sobrecarregado, funcionando mais como fonte de financiamento para a Liga do que como benefício real para os clubes. O Benfica, ao conquistar a sua oitava Taça da Liga, expõe o paradoxo da competição: é nos momentos de vitória que devemos refletir sobre a sua pertinência. Assim como o Sporting e o Boavista propuseram a criação da Taça da Liga, o Benfica deveria liderar a proposta para a sua extinção.
A alternativa passa pela reformulação da Supertaça Cândido de Oliveira. Este novo formato incluiria quatro equipas: o campeão da Primeira Liga, o vencedor da Taça de Portugal, o segundo classificado da Primeira Liga e o finalista vencido da Taça. Para aumentar a credibilidade e evitar comparações recorrentes com critérios do campeonato, os jogos seriam arbitrados por árbitros estrangeiros. A Supertaça seria disputada no início da época, num modelo que garantiria um impacto superior ao da Taça da Liga. O exemplo espanhol da Supercopa disputada este fim de semana é elucidativo: ao passar para um formato de Final Four, com jogos realizados fora do país, a competição ganhou uma projeção internacional bastante superior, atraindo novos públicos, patrocinadores de peso e receitas milionárias. Com uma abordagem estratégica, Portugal poderia replicar este sucesso.
Eliminar a Taça da Liga reduziria o calendário em dois jogos para os finalistas, aliviando a carga sobre os atletas e permitindo um maior foco nas competições prioritárias. Chegou a hora de Portugal repensar o seu modelo competitivo. As provas nacionais precisam de evoluir para atender às novas exigências globais do futebol. Se queremos triunfar na Europa e garantir a sustentabilidade dos clubes portugueses, é essencial criar condições para que as nossas equipas prosperem."

Schjelderup, o deus Loki


"Norueguês tem sido a auréola boreal nos céus dos palcos dos jogos do Benfica… Se agarrar o lugar, chega a junho como o sol da meia noite.

Ninguém me tira da cabeça que há em Schjelderup uma reincarnação de Loki, deus da mitologia nórdica. É o deus da trapaça, da travessura e do fogo. Está também ligado à magia e pode assumir a forma que quiser. É verdade que não é o deus mais simpático, tem uma relação complicada com outros deuses, nem sempre é o mais fiável. Mas nem o deus Thor, figura central da mitologia nórdica, dispensou as suas artes de ludibriar o inimigo, pedindo-lhe ajuda na hora de recuperar o martelo Mjolnir.
Schjelderup é, de facto, um trapaceiro… Faz travessuras em campo. Esguio, habilidoso, desequilibrador. Vai fazendo alguns truques de magia, e pode de facto assumir várias formas, de extremo a segundo avançado, pisando os terrenos que lhe dão mais jeito, a cada momento, para consumar as suas travessuras.
Gosto de escrever com música de fundo. Para este texto escolhi o belíssimo tema Northern Lights, do brilhante compositor e pianista Ola Gjeilo, nascido na noruega em 1978. Um tema já interpretado pelos melhores grupos corais do Mundo. Nothern Lights, as famosas auréolas boreais que Schjelderup tem trazido para Portugal e que até fevereiro estão a pintar de magia os céus da noruega com a máxima intensidade dos últimos 11 anos.
Se continuar assim, talvez Schelderup chegue ao final de junho no esplendor do sol da meia noite. Talvez suba ao Ronvikjellet para apreciar a paisagem sobre a região de Bodo, de onde é natural, sentindo que a sua hora no Benfica chegou para ficar. E visite o belíssimo museu da aviação, percebendo que também ele levantou voo. Ou entre na Stormen’s, considerada em 2016 como uma das 10 livrarias mais bonitas do mundo, para depositar as páginas que ele próprio quer escrever nas águias. Já eu não me importava de o acompanhar nos tradicionais gelados de chocolate e champanhe. Bodo é uma pequena cidade que, de facto, vale e pena, onde modernidade, cultura e natureza casam no exemplo de turismo sustentável.
Schjelderup está a assumir-se como o primeiro reforço de inverno do Benfica. Em Faro, voltou a ser decisivo ao marcar o golo que abriu caminho à reviravolta das águias, na Taça de Portugal. Terceiro jogo consecutivo a titular, dois golos decisivos – em Faro e com o Sporting na final da Taça da Liga – e até motivo de críticas a Bruno Lage, por parte de adeptos e analistas, por o ter retirado de campo cedo com o SC Braga, na Taça da Liga (63’), e ainda mais cedo no jogo com o Sporting (intervalo). A explicação de gestão física num jogador que pouco tem jogado fez tanto sentido quanto obrigar-se Elon Musk a poupar no uso de automóvel por questões de gestão orçamental…
Schjelderup está a assumir-se um exemplo, mais raro, nas escolhas por norma mais conservadores de Bruno Lage. Ganhou uma dor de cabeça por ter de escolher entre o norueguês e Aktutkoglu? Abençoada dor de cabeça. E outras que poderiam ser criadas, com Rollheiser a reclamar também ele minutos, no meio campo, a última interessante ideia de Roger Schmidt antes da lesão do argentino e da saída do alemão.
Certo é que, aos 20 anos, ninguém me tira da cabeça que há em Schjelderup uma reincarnação de Loki, deus da mitologia nórdica. É o deu da trapaça, da travessura e do fogo. Está também ligado à magia e pode assumir a forma que quiser."

Haverá um «momento certo» para Rollheiser e Prestianni?


"Bruno Lage tem de alargar o círculo de confiança a outros bons jogadores do plantel, que podem vir a ser importantes para a equipa numa época tão desgastante como a atual

«Tenho de perceber os motivos de falarem muito do Rollheiser», atirou Bruno Lage, em tom de desafio, quase insinuação disfarçada pela aparente boa disposição, na conferência de Imprensa após a final da Taça da Liga.
A indireta não saiu na direção de nenhum jornalista de A BOLA, mas há várias razões para todos nós, de todos os órgãos, falarmos do argentino. Se Lage não concorda, então provavelmente não estaremos a olhar para os mesmos jogos.
Falemos, então, de Benjamín Rollheiser. Primeiro, porque é bom jogador. Porque foi a primeira aposta do técnico para o apoio a Di María, depois da adaptação feita por Schmidt do extremo ao duplo-pivot – um pouco ao jeito de Enzo Pérez por Jorge Jesus –, e perdeu-se aos 56 minutos do segundo encontro, em Belgrado, face à disponibilidade entretanto recuperada por Aursnes. Em terceiro, porque o contexto é de quebra física no norueguês, desgastado pela missão de sacrifício que é pressionar metade da largura do campo, do centro para a direita e vice-versa, fazendo de si próprio e ainda de Di María – e de irregularidade em Kokçu, que se mostra algo unidimensional: superlativo no momento do passe, deficitário nos posicionamentos e no foco sem a bola nos pés. Por fim, com a equipa tão frágil no ataque posicional, deixo a questão: não faria sentido ter em campo a capacidade para resistir à pressão, passar e levar de Rollheiser?
Terá o sul-americano piorado o seu caso ao ficar ligado ao golo do Aves SAD na luta desigual com Devenish, porém isso não chega para explicar a birra ou posição de força de Lage, ao ponto de estar a empurrar um jogador que lhe pode ainda ser muito útil para a porta de saída. Não estará a ser inimigo de si próprio?
Quem fala de Rollheiser pode ainda lembrar Prestianni, que durante as primeiras semanas da temporada mostrou uma irreverência que será certamente necessária ao Benfica durante o que falta da época. O ex-Vélez foi um investimento importante, apontando-se-lhe um grande futuro, e tem de ser encarado de forma diferente dos demais. Nesta altura, o técnico está obrigado a perceber que só os terá a top se lhes for mostrando que não desistiu deles.
É verdade que Schjelderup foi passo importante (no «momento certo», defende o técnico), sobretudo para quem costuma ser tão fiel aos seus, porém Lage vai ter de alargar o círculo de confiança ou faltar-lhe-ão soluções quando os do costume se esgotarem. E vão esgotar-se."

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - O que se vê num Porto tão transparente?

Observador: Três Toques - O que comprará Ronaldo a seguir? A Torre de Belém?

Terceiro Anel: Farense...

Vinte e Um - Como eu vi - Farense...

E a CMVM?!

E assim se ficou a saber que a "fruta" está cara...

O Ministério Público não tem nada a dizer sobre isto?

Incompetência?! Não acredito...

Portanto:

Onde está o MP?!

No futebol português, que intolerância!


"O futebol português está à imagem da sociedade deste país: altamente suscetível, intolerante e com opinião e decisões baseadas em critérios casuísticos e liminares

As gentes e os agentes do futebol português são reflexos da sociedade deste país: altamente suscetíveis, intolerantes e com opinião e decisões baseadas em critérios casuísticos e liminares.
As lideranças nos clubes – de presidentes a treinadores - estão sob fortíssimo escrutínio, sob mira de contestação e em causa à primeira série de maus resultados. É um estado transversal, não se resume à massa adepta (não a maioria) permanentemente irada contra presidente, treinador e jogadores.
Começa no primeiro, o presidente, exposto a intensa pressão do exterior (e amiúde do interior) do clube, que, muitas vezes, por fragilidade e inoperância, decide pelo mais fácil, a dispensa do técnico, que neste estado de permanente instabilidade não tem condições para exprimir competências.
Treinadores que trabalham sob pressão inaceitável de adeptos e dirigentes, forças de bloqueio que não ponderam nas críticas a limitação dos plantéis, em qualidade, nalguns casos sem responsabilidade direta do treinador em funções, herdada de antecessores; noutros casos, condicionados por lesões (em número e/ou de jogadores fundamentais); ou tão-só pela competitividade: porque as outras equipas também jogam e não se pode ganhar sempre.
O Benfica trocou de treinador à 4.ª jornada, quando essa decisão deveria ter acontecido no final da última temporada, implicando uma escolha apressada (não se entenda errada), o que desde logo retirou ao sucessor a base de trabalho.
No FC Porto, o estreante treinador vê-se na pele de bode expiatório de guerra contra a cúpula dirigente, onde o novo presidente é acossado por grupos de adeptos(?) saudosistas do antigo.
No Sporting, apanhado na contingência da saída abrupta de treinador quase perfeito e de escolha falhada do substituto, o presidente não demorou a cair do pedestal e decidir por quebrar a corrente pelo elo fraco.
Mas não é um problema (só) do futebol, insista-se, é da sociedade em geral."

Longos dias têm dez anos


"A quantas portas irá bater Villas-Boas, a pedir contas, na sequência da auditoria forense? Villas-Boas e não só, porque estamos perante casos de polícia…

Uma vez tornada pública a auditoria forense realizada à gestão do FC Porto nos últimos dez anos, a pergunta que vale muitos milhões só pode ser uma: e agora?
Por exemplo, como pode o FC Porto ser ressarcido pelos danos sofridos?
Ou, até que ponto o capítulo seguinte desta história sórdida poderá levar a responsabilizações individuais?
E, já agora, haverá contas que devem ser prestadas por quem foi auditando estas mesmas manigâncias ao longo dos anos e lhes deu «visto bueno»?
E qual o papel do Conselho Fiscal da SAD, no meio disto tudo?
Estamos, tudo indica, perante um casos de polícia, que lesaram os dragões por ação e por omissão: por ação pelos atos praticados; por omissão pela impossibilidade de investir o dinheiro, digamos de forma, suave e diplomática, desbaratados.
Com tantos rabos de palha, percebe-se com cristalina clareza a natureza do desespero perante a possibilidade de haver mudança de turno na gestão do clube. Os números apresentados, e as conclusões que deles se tiram, explicam o clima de intimidação preparado para a AG de novembro de 2023 e abrem-nos a porta para a compreensão cabal – algo que venho a tentar explicar de há vários meses a esta parte – dos ataque a André Villas-Boas, através de resultados menos conseguidos da equipa de futebol, e o massacre a que Vítor Bruno tem vindo a ser sujeito.
Na vã tentativa de impedirem que a caixa de Pandora fosse aberta, aqueles a quem a nova ordem vigente no Dragão a partir de abril do ano passado (a derrota nas urnas, onde obtiveram vinte por cento dos votos, deveria, em condições normais, abrir um estado de graça a Villas-Boas) mais mexeu com os bolsos, não se furtaram a esforços para minar através, de uma política de terra queimada, que recebeu uma amplificação mediática nada proporcional com as escassas dezenas de agitadores, que a cada desaire se faziam ouvir.
Com a publicação e publicitação desta auditoria forense, os sócios do FC Porto, que foram intuindo, ao longo dos anos, que algo estava podre no reino azul-e-branco, ficaram com a certeza de que a intuição que os fez votar massivamente na mudança estava certa.
Mas há que ter a consciência de que, na matéria da responsabilização, a procissão ainda está a sair do adro, e as cenas dos próximos capítulos não deixarão de associar nomes aos atos, o que poderá levar esta situação para outro patamar.
Sem querer ser precipitado, nem tomar a nuvem por Juno, ao ler a posição oficial da atual SAD do FC Porto - «Compromisso da atual Administração e Equipa de gestão em adotar as medidas necessárias para minimizar ou mitigar os impactos negativos, procurar o ressarcimento sempre que tal for possível, e prosseguir a colaboração com a justiça nos processos em curso» - é legítimo concluir que a Operação Pretoriano deixará, em breve, de ser a única diligência da Justiça no universo (passado) do FC Porto."

Auditoria forense no FC Porto: o regabofe


"3,6 milhões de euros em despesas de representação dos administradores em dez anos

O FC Porto concluiu enfim o projeto da auditoria forense às contas da SAD, prometida por André Villas-Boas, e A BOLA teve acesso às principais conclusões. E é uma leitura esclarecedora, que permite perceber o estado a que o FC Porto chegou (ou a que a maior parte das empresas chegarão se tiverem alguém a liderá-las durante 42 anos sem controlo, ou com órgãos de supervisão que apenas o são no nome) no reinado de Pinto da Costa.
A auditoria, que incidiu em dez épocas desportivas (2014/2015 a 2023/2024), olhou para três áreas consideradas críticas pelo FC Porto — bilhética, transferências de jogadores e despesas de representação — e em todas elas há matéria para fazer corar qualquer administrador que tenha passado pela SAD nesse período, sobretudo quando ao mesmo tempo o clube foi sancionado pela UEFA por violações das regras do fair-play financeiro.
Nas transferências de jogadores não há grandes surpresas: «47% de comissões em excesso, contratando 155,8M€ face a um máximo de 105,9M€ caso fossem respeitados os limites FIFA e/ou os standards de mercado», escreve a Deloitte, responsável pela auditoria. Teoricamente, fácil de resolver... até ao dia em que for preciso que um agente adiante dinheiro à SAD. Veremos se o novo FC Porto consegue evitá-lo.
Na questão da bilhética, a auditoria concluiu ter havido «irregularidades relativas aos processos de venda de bilhetes à Associação dos Super Dragões e às Casas FC Porto, resultando numa perda total estimada de 5,1M€» nas últimas cinco épocas analisadas — ou seja, 1 milhão por temporada de descontos indevidos, viagens de férias para os Super Dragões, ou bilhetes vendidos que nunca foram pagos.
Mas o verdadeiro regabofe, para mim, está nas despesas de representação. Entre 2014/15 e 2023/24, «os Administradores usufruíram de 3,6M€ em Despesas de Representação (...) que não são elegíveis em consonância com o regulamento interno», ainda que houvesse um plafond definido pela Comissão de Vencimentos, para «despesas de âmbito profissional ao serviço do Futebol Clube do Porto». Alguns exemplos: uso simultâneo de vários veículos por administradores, que eram cedidos a familiares; 700 mil euros de «refeições profissionais sem justificação objetiva»; ou 70 mil euros «gastos em joalharias e relojoarias», tão essenciais para a atividade da SAD...
Não surpreende que as contas do FC Porto tenham chegado ao ponto onde chegaram..."

Rabona: Kvara...

Esteves: Taça da Liga...

BenfiquistadeGaia: Taça da Liga...

Família Young sem direito a celebração


"Presumo que CR7 ainda tenha sonhos: fazer parte do Team Portugal 026 e acrescentar o que ainda falta a todos nós e ao super Atleta. O que falta a este homem?
. a Vitória num Campeonato do Mundo;
. a hipótese vaga, mas possível ,de defrontar Cristianinho
Lembrei-me disto ao saber que um recorde de 154 anos esteve quase a ser batido. Por teimosia, ou maldade, não foi. A competição, a vetusta Taça de Inglaterra, colocou frente a frente o modesto Peterborough e o Everton, de Liverpool.
O sonho dos «Turbinas», da League One - são 19ºs na tabela -, terminou aos 98 minutos com o segundo golo que liquidou a eliminatória. Mas é logo a seguir que surge um outro sonho, o de Ashley Young, de39 anos.
O seu filho Tyler, de 18, era suplente da equipa nortenha. Os dois entrariam para a História da Competição. O que só não aconteceu por decisão do manager do modesto Peterborough. Vamos aos factos.
O jovem Young tem sido muito pouco utilizado. A eliminatória estava decidida e Tyler estava no banco, uma raridade para o jovem. Criou-se a ideia de que a única razão seria defrontar o seu «velhote».
A polémica chegou ao presidente do clube, Darragh MacAnthony, que anunciou em comunicado que «não era um jogo a brincar, ou uma festa». Mas não estava tudo decidido!? Era mesmo necessária a postura do manager Darren Ferguson? Todo o mundo do futebol brit tem uma opinião.
A Oitava entra no conflito e estaria a favor da entrada do Jovem Young mas, como no Cinema, the plot thickens!
Sabem quem é Darren Ferguson? Questões de consciência ou nepotismo? Tudo se torna mais fácil de entender, como diriam os The Gift, se revelar que se trata de um filho de Sir Alex Ferguson, o tal que chegou a ser campeão em 1992/1993, titular em alguns jogos devido a lesão de Bryan Robson.
Acabou a carreira no modesto, mas popular, Wrexham. E assim não aconteceu (ainda) uma versão futebolística de Father and Son, de Cat Stevens."