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domingo, 19 de dezembro de 2021

Vitória em Sintra... para a Taça...

Nafarros 1 - 10 Benfica

Qualificação para os 16 avos de final da Taça de Portugal, num dos recintos históricos do Hóquei...

O que passou-se? #3 - O Berlusconi do Benfica

Vitória na negra...

Sp. Espinho 2 - 3 Benfica
22-25, 25-19, 14-25, 25-23, 9-15

Um ponto perdido em Espinho, numa altura da época, onde a equipa parece algo desgastada, e os jogos de 3-0 estão difíceis!

Em frente...

Avanca 24 - 31 Benfica
(10-16)

Regresso após o surto de Covid, ainda sem o Petar... numa vitória para a Taça de Portugal...

Gilberto | Um patinho feio que virou cisne no SL Benfica?


"Será Gilberto um jogador com nível de SL Benfica?

Gilberto Júnior chegou ao SL Benfica em agosto de 2020, tendo custado aos cofres da Luz três milhões de euros. O lateral direito foi uma das contratações da mítica época em que mais se investiu na equipa, mas o seu rendimento em 2020/21 ficou aquém do esperado.
É certo que nessa temporada todos desiludiram, de certo modo. Jorge Jesus tinha colocado as expectativas em alta e a verdade é que o SL Benfica não conquistou nada. No entanto, há quem defenda que, na temporada transata, Gilberto complicou mais do que ajudou, apesar de ter estado presente num total de 36 jogos e de ter feito três assistências.
Contudo, esta temporada parece trazer um panorama diferente para o lateral de 28 anos. Em 17 jogos realizados até ao momento, marcou três golos e um deles foi mesmo decisivo. Aos 88 minutos do jogo frente ao CD Tondela, quando muitos adeptos começavam a acreditar que o resultado ia terminar com um empate a uma bola, Gilberto decide alterar o rumo do jogo.
O brasileiro entrou na segunda parte e foi fundamental, uma vez que, a dois minutos do final do tempo regulamentar marcou o golo que garantiu os três pontos para as águias. A boa exibição de Gilberto fez com que o treinador Jorge Jesus o elogiasse no final do encontro. “Gilberto é um patinho feio para os adeptos, mas com bola tem bom critério”. E a verdade é que a evolução do lateral direito é notória.
O brasileiro, que também já tinha feito o gosto ao pé frente ao FK Spartak Moscovo na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, decidiu voltar a deixar a sua marca pessoal na última jornada da fase de grupos da competição.
E que bela maneira de marcar um golo. Depois de aproveitar uma bola perdida na grande área do FK Dínamo Kiev, rematou de forma fulgurante para o canto superior da baliza defendida por Bushchan.
A excelente prestação de Gilberto nesse jogo, que permitiu ao SL Benfica passar à próxima fase da competição, foi premiada da melhor maneira. Gilberto, a par de Vlachodimos, esteve presente na equipa da semana da sexta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
O espírito que o jogador tem deixado em campo não passa despercebido aos adeptos benfiquistas, sendo que, para muitos, o patinho feio já virou cisne. O lateral confessou que, quando veste a camisola do SL Benfica, entra em campo para dar tudo e isso tem sido notável.
Para além do apoio que tem dado ao ataque dos encarnados, da velocidade, do bom drible e dos bons cruzamentos que tem feito, a garra que deixa dentro das quatro linhas, como por exemplo, no jogo frente ao FC Bayern de Munique, tem conquistado cada vez mais aqueles que não gostavam do jogador.
Convém frisar que concorrência de qualidade não lhe falta. Sim, a lateral direita das águias tem inúmeras opções, como Diogo Gonçalves, André Almeida, Lázaro e até mesmo Radonjic.
No entanto, a sorte também parece estar do lado de Gilberto. André Almeida esteve lesionado durante muito tempo e agora que regressou tem ocupado o lugar do lesionado Lucas Veríssimo.
Diogo Gonçalves e Lázaro também têm tido uma época azarada, no que diz respeito a lesões e Radonjic, para além das lesões musculares de que tem sido vítima, também não é uma aposta segura do treinador, tendo jogado, até ao momento, apenas 277 minutos.
A conjugação de todos estes fatores tem permitido que Gilberto mostre o melhor de si. Para muitos pode ser apenas sorte, para outros, o jogador conseguiu adaptar-se às ideias do treinador e ao estilo de jogo da equipa e está finalmente a provar o seu valor.
Resta agora saber se esta garra e qualidade demonstradas nos últimos jogos vão continuar ou se esta é apenas uma fase de sorte para Gilberto. Terá o patinho feio virado um autêntico cisne?"

Tribunal arrasa hipocrisia de Sérgio Conceição de alto a baixo


"Foi preciso um tribunal dizer e fazer aquilo que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol não teve coragem de proferir ao longo de todos estes anos.
Pedro Marchão Marques, juiz desembargador do TCAS, não teve dúvidas em afirmar que Sérgio Conceição se encontra constantemente a provocar e a pressionar a arbitragem «visando os árbitros intervenientes, as decisões do Conselho de Arbitragem» e que, «dentro da liberdade de expressão, a linguagem utilizada sistematicamente pelo treinador do FC Porto não é, de todo, «permitida no mundo do futebol; ao invés, violam o bom nome e a reputação dos visados — árbitros e Presidente do Conselho de Arbitragem — quer perante a comunidade desportiva, quer perante toda a demais comunidade que ouviu e/ou leu as expressões proferidas, tentando ainda fazer uma pressão inadmissível sobre a arbitragem e seus agentes».
O tribunal, sem qualquer pudor, é peremptório em afirmar que as declarações de Sérgio Conceição colocam em crise toda a arbitragem portuguesa: «Com efeito, a denominada ‘linguagem desportiva’ não permite que se profiram insultos e se façam difamações dirigidas aos árbitros e muito menos a quem os nomeia. Mal seria que as expressões utilizadas pelos arguidos se enquadrassem numa crítica meramente opinativa no seio do fervor desportivo, dado que não se limitam a enunciar factos objetivos ou a exprimir opiniões acerca da sua qualificação à luz das regras do jogo; pelo contrário, são de molde, a colocar em crise, quer objetiva, quer subjetivamente, a arbitragem em Portugal, a honra e reputação dos árbitros em questão e, em particular, a do Presidente do Conselho de Arbitragem, configurando insultos, injúrias e difamações em relação aos visados, que extravasam o direito de liberdade de expressão».
Ou seja, ao contrário do manto protetor que, sistematicamente, o Conselho de Disciplina coloca sobre o treinador do FC Porto, com perdões constantes e multas ridículas, o tribunal é claro ao evidenciar que as sucessivas verborreias de Sérgio Conceição extravasam, em muito, a liberdade de expressão, entrando na imutabilidade do campo dos insultos, mentiras e pressões aos árbitros que arbitram os jogos do FC Porto.
Mas o tribunal vai ainda mais longe, ao pronunciar que tais pressões constituem uma ameaça à integridade física dos árbitros devido ao discurso agressivo e de ódio reiterado e recorrente do treinador, sempre que os árbitros não beneficiam o seu FC Porto.
Entende o tribunal que «contrariando a ideia que parece perpassar na alegação do Requerente de que na linguagem do futebol — e, portanto, dos seus principais agentes desportivos — existe uma margem de tolerância acrescida, estando legitimada a utilização de expressões que noutros contextos sociais não seriam tolerados, a relação entre essa atuação e o fenómeno da violência no desporto; fenómeno que urge combater. O sancionamento dos comportamentos injuriosos, difamatórios ou grosseiros mostra-se necessário para a prevenção da violência no desporto — prevenção geral —, já que tais imputações potenciam comportamentos violentos, pondo em causa a ética desportiva que é o bem protegido pelo ordenamento jurídico», junta o tribunal à decisão final.
Resta-nos questionar, perante tal asserção de um juiz e depois do comunicado do Sport Lisboa e Benfica sobre a dualidade de critérios que paira no Conselho de Disciplina, o que raio anda o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol a fazer. Considerando tais factos e evidências de dualidade de decisões e de um manto protetor que tende a beneficiar o FC Porto, é ou não é necessária uma limpeza neste quadro da Federação? É o próprio tribunal que o afirma, não somos nós. O Sport Lisboa e Benfica limitou-se a pedir o óbvio, que é a dissolução de um bando de energúmenos que mais não fazem senão proteger os seus próprios interesses e os interesses daqueles que os lá colocaram.
Veremos se existe coragem suficiente para se desempoar o Conselho de Disciplina, ou se iremos assistir à continuidade de um silêncio e conivência ensurdecedores por parte da Federação."

Abramovich, o judeu israelita, lituano e português


"É muito discreto. Não dá entrevistas. Não posa para a fotografia. Raramente exprime emoções. Os seus filhos são cidadãos lituanos, da União Europeia. Este é um direito de Abramovich, um judeu lituano, português e israelita antes de ser russo.
A história da família de Abramovich é uma história de pogroms. Assassinados na Polónia e sequestrados na Lituânia, em pleno século XX, para morrerem na Sibéria (onde jaz o corpo do avô, Nachman Leibovich), antes haviam sido discriminados em Minsk, Poznan e Hamburgo, e antes na Península Ibérica e noutros lugares, tal como há dois milénios em Judá.
As sucessivas ordens de marcha para os países vizinhos, quando estes aceitavam receber os judeus, bem como as relações comerciais e os casamentos entre judeus de origens diferentes, impuseram o constante cruzamento de famílias judias da Ibéria e da Europa Central e de Leste.
O Jerusalém Post chamou-lhe o "megafilantropo" e "um defensor ardente e de longa data da cultura judaica em todo o mundo". Roman Abramovich foi reconhecido pelo Fórum para a Cultura e Religião Judaica devido à sua contribuição de mais de 500 milhões de dólares para causas judaicas na Rússia, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Lituânia, Israel, Portugal e outros lugares nos últimos 20 anos.
No mundo judaico, um dos grandes beneficiários da sua generosidade tem sido, desde há muito, o movimento internacional Chabad, com sede em Nova Iorque, que tutela 4500 rabinos espalhados por todo o mundo. A Chabad deu os primeiros passos na Polónia, em Poznan, na rua Portugalis, e foi oficialmente fundada por Schneur Zalmane, descendente do rabino Baruch Portugali, também de origem nacional.
O seu nome civil é conhecido, mas o hebraico talvez não. Nachman ben Aharon. O nome faz lembrar o grande sábio sefardita, do século XIII, Nachmanides, aliás, Moisés ben Nachman. Abramovich é membro benemérito de organizações judaicas portuguesas várias como a Chabad Portugal (que possui, hoje, em Cascais, o maior Chabad Center da Europa) e a B’nai B’rith International Portugal, juntamente com outras famílias filantropistas originárias dos Estados Unidos, da Rússia, da China e de Israel.
A par de donativos de milhões de dólares para a Agência Judaica de Israel e para comunidades judaicas de todos os continentes, Abramovich envolve-se em acções simbólicas como a plantação de uma floresta com cerca de 25.000 árvores em memória dos judeus da Lituânia que morreram no Holocausto e a reabilitação do cemitério da antiga comunidade judaica portuguesa de Altona, hoje um bairro da cidade de Hamburgo.
Depois de décadas a ajudar o povo de Israel e o Estado de Israel, em 2018 ele obteve a nacionalidade israelita. No Ocidente noticiou-se que o fez para continuar a entrar em Londres sem visto. Durante três anos, ele não apareceu na cidade. Quando o fez, em 2021, para visitar a família, foi noticiado que "virou" israelita para entrar no Reino Unido.
O meu pai, o rabino de Lisboa durante cinquenta anos, sempre me ensinou que, em épocas e contextos diferentes, o judeu não é relacionado com bons sentimentos e pureza de intenções, mas sim com dinheiro, negócios e comportamentos manhosos. A carta que um cidadão polaco, parente de Abramovich, escreveu em 1940 à comunidade judaica do Porto, então maioritariamente polaca, implorando que informasse a família que havia chegado em segurança a Londres, levou-me a concluir que, sim, ele havia fugido dos nazistas, mas dificilmente estava livre de outro tipo de antisemitismo baseado nos mesmos mitos e insultos.
Descrito durante anos, no Ocidente, como um bilionário russo amante dos luxos, a partir do momento em que Abramovich se tornou cidadão de Israel e lançou a campanha "Diga não ao antissemitismo!", a sua condição de judeu passou a estar em foco, bem como os estereótipos que sempre perseguiram o judeu rico.
De acordo com o último relatório da Liga Anti-Difamação, em junho do corrente, ele é o alvo n.º 1 do antissemitismo online no mundo do futebol. Espraiam-se na rede infinitos conteúdos tais como "Roman Abramovich é judeu, pare de apoiar o Chelsea" e "Os judeus realmente governam o mundo. Fiquei surpreso ao saber que Roman Abramovich é um".
O Chelsea trabalha com personalidades e autoridades em todo o mundo para ajudar a combater o antissemitismo e o ódio em geral. Como parte deste esforço, os jogadores, os dirigentes e os fãs reúnem-se frequentemente com sobreviventes do Holocausto, numa campanha que envolve parceiros como o Congresso Judaico Mundial, a B’nai B’rith International, a Fundação Educacional do Holocausto e a Conferência dos Presidentes das Organizações Judaicas Americanas.
Apesar de, por todo o mundo, financiar projectos como aquele que, em Israel, reúne anualmente 1000 crianças judias e árabes por meio do futebol, para quebrar barreiras entre jovens de culturas diferentes, Roman Abramovich sabe com certeza que muitos nunca lhe atribuirão intenções positivas ou sentimentos puros. A História dos judeus o comprova."