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domingo, 21 de dezembro de 2025

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Onde é que Pedro Proença vê união? “Não existe”

Na televisão há pelo menos quatro penáltis por cada canto ou livre


"O VAR existe para o bem, mas o abuso da tecnologia tem contra-indicações. Sobretudo quando se escalpeliza um lance durante minutos injustificáveis e ainda por cima se decide mal

A decisão sobre o penálti que ressuscitou o Sporting nos oitavos de final da Taça, na quinta-feira, é polémica quanto baste. A opinião generalizada dos especialistas não anda longe da de quase toda a gente e aponta no sentido de um claro exagero.
Não é a primeira vez que sucede — e provavelmente não será a última — o VAR encontrar motivo para grande penalidade num dos múltiplos lances que ocorrem dentro da área na marcação de um canto ou um livre. Já lá vamos.
O que parece realmente grave e a carecer de explicação é a demora nesta decisão. O protocolo diz que o VAR deve alertar o árbitro para um erro quando ele é claro e evidente, na sua perspetiva. Ora, um erro claro e evidente não demora 12 minutos a ser escalpelizado. Quando muito passamos para o terreno da dúvida, e aí manda o bom senso que se respeite a decisão do árbitro em campo.
Foram 12 minutos que prejudicaram o produto-futebol, levando à sobreposição de um jogo da Taça sobre outro e à dispersão dos consumidores. Ainda por cima o resultado final foi a típica cena em que a montanha pariu um rato: ao que parece, depois de vistas e revistas as imagens, desculpem os verdadeiros técnicos da coisa, é que não há qualquer penálti. Ou seja, além dos prejuízos já citados, há um prejuízo claro do Santa Clara, que podia estar nos quartos de final da Taça e não está.
Erros sempre houve e haverá, estamos fartinhos de escrever isto por aqui. Na maior parte das vezes beneficiam os grandes, pelo que também resulta uma vez mais irónico que o Benfica, já apurado, tenha vindo logo falar sobre o tema e o FC Porto, apurado mais tarde, idem. Este tipo de situações há de bater mais vezes às portas deles que às do Santa Clara, por exemplo, mas adiante.
Resulta daqui uma boa lição: a ânsia de usar a tecnologia levou-nos a achar que os problemas humanos se resolveriam através dela. Esquecemo-nos de que por cima de uma máquina (ainda) há seres humanos, que por definição são falíveis.
O VAR trouxe e traz um alargado conjunto de boas decisões que fazem do futebol um jogo mais justo. Mas nunca irá acabar com o erro. E se calhar era hora de perder a ânsia pela tecnologia e usá-la como quem rói uma unha até ao sabugo. Se houvesse dois VAR por equipa para cada canto ou livre, encontrariam quatro penáltis e quatro faltas ofensivas, contas por baixo, a cada lance destes. Se calhar está na hora de apelar àquela famosa 18.ª lei do jogo, a do bom senso."

Quando o melhor árbitro é condicionado assim...


"O problema não se resume a 14 minutos

11 de março de 2025: Bournemouth-Wolverhampton), jogo da quinta eliminatória da Taça de Inglaterra. Kerkez faz o 2-0 para a equipa da casa, mas o árbitro é chamado pelo VAR para analisar uma possível mão na bola. Dá-se um problema técnico e a decisão demora uns impensáveis oito minutos. Um recorde em Inglaterra, algo inconcebível na pátria do futebol, ultrapassando os já ultrajantes 5,37 minutos do West Ham-Aston Villa em abril de 2024, para a Premier League. Durante o processo o árbitro comunicou aos treinadores o que se passava. Entre os adeptos cantava-se «Isto Não é Futebol» ou «Isto é embaraçoso». O vernáculo fica de fora do texto.
Foi unânime: comentadores, adeptos, público em geral consideraram uma «vergonha» o que se passou em campo. Enquanto se esperava por uma decisão, treinadores e jogadores das duas equipas foram informados de que tinha havido um problema com o fora de jogo automático que acabara de ser implementado, o qual, ironicamente, aceleraria em 30 segundos a análise do VAR. Mas nenhuma explicação, oficial ou oficiosa, colheu. O erro estava feito, o futebol de uma certa forma tinha perdido.
Pois bem, eis que Portugal decide rebentar com a escala. Para quase o dobro. Mas levando o episódio para o domínio do absurdo. 14 minutos para reverter uma decisão é obra e vai ficar como um dos momentos mais patéticos da temporada 2025/26 em Portugal, com a agravante de o quase quarto de hora ter servido para… tomar uma decisão errada. Surreal.
Nada há que possa mitigar as perdas dos açorianos, mas este é o caso em que se impunha uma comunicação assertiva, imediata, reativa. E com um certo grau de prevenção ou pedagogia.
Não chegava passar-se a mensagem de que o VAR e o AVAR do jogo (Rui Silva e Tiago Leandro, respetivamente) pediram dispensa, seria necessário explicar o que se passou, que dúvidas foram suscitadas e os motivos que levaram à decisão final. E ainda bem que Luciano Gonçalves e Duarte Gomes aproveitaram o habitual espaço no Canal 11. É, no mínimo, uma evolução.
Mas infelizmente não chega. Porque quando o melhor árbitro português (João Pinheiro) se deixa levar por uma má interpretação do videoárbitro (que só pode chamar o juiz em caso de erro claro e óbvio, é preciso recordar) então é razão para pensar que há um nivelamento por baixo de uma classe que é decisiva para a credibilidade deste desporto."

Brasil já tem 'fair play' financeiro


"O fair play financeiro no futebol brasileiro nasceu, de parto demorado e nem sempre tranquilo, neste mês. «Ganhámos uma política de controle que poderá equilibrar o ambiente competitivo e dar oportunidade para os clubes corrigirem rumos», festejou Marcelo Teixeira, presidente do Santos a A BOLA. «Contribuirá para uma competição mais forte e para uma experiência melhor para o adepto», completa Alessandro Barcellos, presidente do Internacional. Para Cristiano Dresch, do secundário Cuiabá, «é um item de sobrevivência porque a Série B se tornou uma bolha financeira, com clubes falidos e salários atrasados. Na A, evita que os grandes continuem a burlar os menores».
Segundo a CBF, a versão brasileira será baseada em quatro pilares: controle de dívidas, equilíbrio operacional, controle de custos com plantel e capacidade de endividamento no curto prazo, conforme o modelo da UEFA, mas com adaptações locais: para atrair capital estrangeiro, não restringe a injeção de recursos por acionistas.
«Terá padrões de disciplina, transparência e responsabilidade que nós, no Juventude, adotamos há anos», regista Fábio Pizzamiglio, presidente do clube.
Noutro ponto do regulamento, a CBF proíbe que uma mesma pessoa, grupo ou acionista tenha influência sobre duas instituições de divisões próximas.
O custo dos plantéis deve ser inferior ou igual a 70% da soma de receitas, transferências e investimentos e o endividamento de curto prazo igual ou inferior a 45% das receitas.
Para os clubes da Série A, o défice máximo é do equivalente a 4,3 milhões de euros ou 2,5% das receitas. Para os da B, 1,5 milhões ou 2,5% das receitas — estão fora da conta os gastos com formação, futebol feminino, infraestrutura, projetos sociais e desportos olímpicos.
Para Cristiano Caús, advogado de direito desportivo da CCLA Advogados, o tema exige cautela: «O fair play não pode ignorar o estágio de maturidade económica dos clubes, exigir ajustes rígidos e imediatos pode acelerar processos de insolvência». A vigência plena será, por isso, em 2028.
«Finalmente, burlas e fraudes não serão mais toleradas, se os organismos reguladores forem independentes, livres de tráfico de influência, teremos numa década uma revolução na gestão dos clubes», defende Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.
«Houve nos últimos anos no Brasil inflação nos salários e custos de transferência, além de investimento no profissionalismo, isto é, infraestrutura, formação e equipas multidisciplinares», lembra Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios.
Em resumo, para Moises Assayag, sócio da Channel Associados, a iniciativa chega em ótima hora: «Até porque, ao incorporar modelos da Premier League e La Liga, nasce moderna.»"

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