Últimas indefectivações

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Vítor Pereira o 'abate' seguinte

"Novidade e das grandes: os clubes portugueses de futebol profissional decidiram dar o poder na sua Liga a recentíssimo ex-árbitro. Os mais irónicos dirão que assim é superado o eterno, tão arreigado e traumático, problema dos nossos clubes com a arbitragem. Se não se consegue colocar quem queremos como líder do Conselho de Arbitragem - até por irremediável substancial défice de abrangência no conceito de quem queremos...-, escolhe-se o ex-melhor árbitro como presidente da nossa Liga. Pode ser um caminho... Pelo menos, sabe-se que o agora presidente Pedro Proença detesta o presidente Vítor Pereira.
O árbitro Pedro Proença fez estupenda carreira internacional (a melhor de sempre de um português). Muito justificou intensos elogios, os meus inclusive e em momentos de ser mais que duramente criticado. Há um mês, ou pouco mais, a UEFA colocou-o no seu comité de arbitragem (outro intenso aplauso: ali deve estar quem possui firmes experiência e saber na matéria). De repente, ei-lo presidente da lusitana Liga de clubes! E, aqui, assumo a minha desoladora incapacidade: não faço nem leve ideia dos seus súbitos atributos para tal cargo. E campanha eleitoral à pressão, numa semana, sobre tais atributos não esclareceu o comum observador. Desejo que os tenha e muito bons.
Pensar que este categórico triunfo muito se deveu a que a maioria dos clubes não quis repetir afrontamento ao Sporting, reelegendo Luís Duque (há escassas semanas tão elogiado por ter salvo a Liga...), não faz sentido. Porque também face a Proença a falta de consenso na Liga não demorará.
Praticamente ponto assente: acelerada contagem decrescente sobre Vítor Pereira à frente do CA. E esta é a magna questão..."

Santos Neves, in A Bola

«É agora que ele vai explodir!»

"«É este ano que o homem vai explodir!»: assim rezam as crónicas premonitóras e decretam os magos. E acrescentar-se-à: 'aliás, há vários que vão explodir'. 'É o trabalho de muitos anos que, finalmente, está a dar resultados'. Ou seja, explodir.
Entre duas épocas, explodir é a mensagem e a esperança. A sorte e a probabilidade. O preço e a pressa. O retorno e o entorno. Alguns explodem tanto no defeso que esgotam as munições e têm que mudar de ares para tentar explodir com novo oxigénio. Isto acontece sobretudo com os que confundem explosão com estoiro ou rebentamento. Daí a importância do trabalho oportuno dos cartomantes - ora chamados orientadores motivacionais - para gerir, cientificamente, a explosão.
É claro que muitos explodem de tal sorte que desaparecem. E outros, coitados, explodem em jeito de fogo preso. Quero dizer, por causa da compulsiva cláusula de rescisão que os prende entre sucessivas explosões. É, por isso, que não sabem conjugar o verbo explodir, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo.
Volto ao fogo inerente à explosão. É que se esta acontece mesmo, é um ver se te avias com o fogo-de-artifício de quem dela beneficia. Acontece até que, para estas explosões, basta mudar a cor do foguetório e os óculos de quem a ele assiste.
Por exemplo, Maxi Pereira vai explodir agora em tons de azul. Só não se sabe qual vai ser o combustível da explosão (bem caro, por sinal). Para já, explodiu em falta de nível e de educação do modo como (não) de dignou agradecer aos benfiquistas a explosão na Luz. E, ao que leio, há clubes onde ainda não há explosões, mas há foguetório, com estampido."

Bagão Félix, in A Bola

A política e o peso do futebol

"As eleições para a Liga levaram PSD e CDS a atrasar por um dia a apresentação do programa eleitoral com que se propõem a ganhar as eleições de 4 de Outubro.
Se fossem necessárias provas da força que o futebol tem na sociedade portuguesa, aqui estaria um belo exemplo. Aliás, se há coisa que os políticos em Portugal sabem é isto mesmo, o que ajuda a explicar em parte algumas promiscuidades financeiras indesejáveis com clubes, mas também alguma impunidade sobre o que estes vão fazendo e permitindo que se faça.
Estava bom de ver que perante uma eleição na Liga, com Luís Duque e Pedro Proença a disputarem o lugar - uma espécie de Benfica vs. Sporting + FC Porto - muitos mudariam de canal ao primeiro vislumbre de política.
Ora, se há coisa em que os políticos são bons é em fazer política - já governar consegue por vezes ser mais complicado - e sendo bons em fazer política, jamais algum correria o risco de deixar as suas ideias eleitorais caírem em saco roto. Se o que têm para dizer deve ser ouvido, discutido e assimilado, é natural que esperem por ocasião sem ruído.
Aplaudo. De pé. Sem ironias. Claro que para ser honesto não posso deixar de constatar, no entanto, que esta decisão foi tomada pelos mesmos homens que em Setembro de 2012 aproveitaram a boleia de um jogo da Selecção frente ao Luxemburgo para anunciarem impopulares medidas de austeridade.
Poderia, se fosse ingénuo, acreditar que a classe política está a melhorar e a corrigir erros passados, mas se fosse pessimista poderia subir o tom da minha preocupação: então os políticos agora assumem que os portugueses já querem saber mais de um Benfica vs. Sporting + FC Porto que da governação do País? Então e se hoje o Sporting contratar Cristiano Ronaldo?"

Nuno Perestrelo, in A Bola

Os miúdos da Luz

"Já dá para medir a temperatura dos três grandes. O FC Porto está a construir uma grande equipa a partir da defesa. Dois excelentes guarda-redes, laterais de qualidade mundial, boa matéria-prima para construir a dupla de centrais. No centro do terreno tem excesso de opções de qualidade. Nas alas, Varela ameaça uma grande época, veloz, colectivo, objectivo. Falta um bom avançado para concorrer com Aboubakar, pois Bueno não mostra dimensão para esse desafio.
No Sporting, a equipa aparece já muito arrumada no terreno. A estabilidade no plantel permite que Jesus vá mexendo sempre com o barco equilibrado. O centro da defesa parece por agora o calcanhar de Aquiles dos leões. No centro, obviamente que William Carvalho fará muita falta, quando os jogos forem a doer.
E certo que os três plantéis ainda sofrerão grandes alterações até final do mês de Agosto. Mas, para já, o Benfica é a maior incógnita.
Vieira terá sido forçado a desinvestir no plantel e essa circunstância levou o líder a apontar o rumo da conciliação entre as vitórias prementes e a rentabilização da formação.
Não será tarefa impossível, se a Rui Vitória forem dadas condições para montar uma equipa ganhadora. Os miúdos da formação só deverão ser lançados num ambiente positivo. O pouco que se vê até agora, no futebol de testes deste Benfica, é uma incipiente movimentação, com momentos de alguma anarquia. A digressão pelas Américas está a consumir tempo precioso que deveria ser gasto no laboratório do Seixal.
PS. - A máxima de Lineker sobre a selecção da Alemanha pode ser aplicada às eleições da Liga. Os candidatos avançam, os clubes votam - os da 1.ª Liga têm direito a dois votos, os da 2.ª só um -, procede-se à contagem dos votos. E, no final, ganha o Joaquim Oliveira."


PS: Esta crónica tem alguma coisa de trágico/cómica!!! Primeiro consegue antever a 'grande equipa a partir da defesa' do FC Corruptos. Aparentemente o jornalista não tem visto os jogos de pré-época...!!!
Mas depois no PS, acaba por se redimir, com algum humor!!! Aliás a única razão para esta crónica, estar neste blog, é mesmo a constatação da máxima do Lineker!!!

Pinto da Costa lá ganhou

"Desde que Paulo Fonseca lhe deu a Supertaça, em Agosto de 2013, Pinto da Costa não mais tinha conseguido vencer. Estava até a habituar-se a perder. Foram dois campeonatos, duas Taças de Portugal e duas Taças da Liga perdidas, mais as Supertaças a que o FC Porto não conseguiu sequer aceder. Na semana passada, Pinto da Costa tirou férias e deixou a defesa do sorteio dos árbitros entregue ao Sporting, o seu novo aliado de ocasião. E somou mais uma derrota, num terreno que antes dominava amplamente, perante a satisfação da Federação, de Fernando Gomes, e do Benfica, de Luís Filipe Vieira. Ontem, o presidente do FC Porto virou a mesa e, finalmente, alcançou uma vitória, com a eleição de Pedro Proença para a presidência da Liga Portugal. Apesar do regozijo do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, em ver Luís Duque derrotado, esta vitória é muito menos dele do que de Pinto da Costa. Perante a nova ordem legislativa por que o desporto profissional se rege - e cujo alcance tem escapado a muita gente, incluindo o líder sportinguista -, o presidente quis alcançar mais longe. O seu objectivo último é voltar a exercer influência na arbitragem e, à sua maneira, retirou-se da batalha do sorteio, porque a sabia perdida, de tanta ilegalidade que a proposta continha. Onde agora quer chegar é ao topo da pirâmide, e para o atingir tem de derrubar Fernando Gomes, antes um delfim no FC Porto, agora um inimigo figadal.
O que Pedro Proença há de conseguir na liderança da Liga pouco lhe interessa, porque, à partida, o sucesso está garantido. Apoiado na influência do empresário Joaquim Oliveira, o ex-árbitro não fará má figura e as suas boas ideias só não frutificarão devido a algum fenómeno de desconhecida incompetência. Jovem, bem relacionado, de discurso cuidado, Pedro Proença é o adversário ideal para em futuras eleições da FPF poder desalojar Fernando Gomes da presidência. Nesse caso cairia Vítor Pereira e todo o edifício da arbitragem. Isso levará o seu tempo, mas Pinto da Costa mostrou agora que tem paciência para esperar. Depois de tantas vitórias, não foram dois anos a perder que o fizeram desanimar. A partir de ontem, Pedro Proença é o meio para atingir Fernando Gomes."

Nulo... mas desta vez, com vitória!!!

América 0 (3) - (4) 0 Benfica


Desta vez o sono ganhou, mas hoje de manhã a Box voltou atrás!!!
Além do problema da altitude na Cidade do México, é bom recordar que este foi o 3.º jogo em 5 dias (Sexta. Domingo, Terça), com várias viagens pelo meio, e com temperaturas elevadas. Portanto nunca esperei um jogo de alta rotação, bem pelo contrário...

A 1.ª parte foi interessante, a primeira oportunidade foi do América, mas depois só deu Benfica, não criámos tantas oportunidades como no jogo com o Red Bull, mas tivemos o domínio da partida... apesar do ritmo baixo. Com o Carcela a destacar-se. No 2.º tempo, as alterações, e o cansaço, acabaram por tornar o jogo ainda mais lento... Após a expulsão do jogador Mexicano, não tivemos força, nem 'jogadores' na frente, para aproveitar a vantagem!!!

Um dos problemas nos jogos anteriores, foi a falta de pressão, sobre o portador da bola, algumas vezes em zonas perigosas. No Azteca notou-se melhorias neste aspecto, houve claramente palestra sobre este pormenor, mas quando o ritmo baixou, voltámos a dar demasiado espaço... Mas creio que no momento da entrada do Samaris e do Cristante, foi evidente as intenções do treinador, em fazer subir a linha de meio-campo... agora temos que fazer isso, durante mais tempo.
Agora as linhas defensivas, já estão lá... mas é preciso manter as dinâmicas dos anos anteriores, com pressão sobre a bola, e com os extremos, a compensarem no meio, a basculação dos médios centros...
Ofensivamente, continuamos a colocar pouca 'gente' em zona de concretização. Muito se tem falado dos esquemas usados, parece-me claro que o posicionamento continua a ser o 442, mas como em vez do Lima, temos tido Talisca, Djuricic, Taraarabt (e hoje a espaços, o Nico), a dinâmica é outra... E em vez, de um jogador com movimentações de ponta-de-lança, que 'ataca' a área, criando linhas de ruptura, atraindo os centrais, temos tido jogadores com características de '10', que recuam demasiado, deixando o Jonas (ou Jonathan) muito isolados... Este aspecto voltou a ser evidente, esta madrugada...
Com pouco jogadores nos últimos 15 metros, também não gostei de ver uma aparente anarquia ofensiva, não pode ser somente a inspiração momentânea de cada jogador a decidir, temos que ter movimentações programadas...

Nas últimas épocas, nas partidas mais difíceis pedimos várias vezes ao treinador anterior, para alterar o esquema, optando por esta alternativa (menos um avançado: mais um jogador no meio-campo), mas isso nunca aconteceu...!!! Agora, espero que esta 'experiência' seja exclusivamente a preparação para o jogo com Sporting!!! Porque na 1.ª jornada da Liga, contra o Estoril na Luz, temos que jogar com dois jogadores, com rotinas de ponta-de-lança...
Sendo que o próprio Jonas, perde 'qualidade', jogando sozinho na frente... Por isso é obrigatório, ir ao mercado, procurar um avançado de área, com qualidade suficiente para entrar de caras na equipa...
(Um aparte: parece que o Judas também está a preparar a sua equipa, exclusivamente, para o jogo da Supertaça, usando o esquema, que mais dificuldades criou ao 442 do Benfica)!!!
Individualmente, destaco a entrada segura do Nuno Santos, só lhe faltou alguma confiança para tentar o 1x1, mas esteve muito bem no passe... Voltou a ser evidente os problemas nas Laterais: falta profundidade ofensiva ao Eliseu e no André Almeida, e parece que estes são os 'titulares' para o Vitória. O Marçal no 2.º tempo, deu mais profundidade, mas abriu vários buracos na defesa... O Talisca finalmente jogou na sua posição, atrás do Jonas, muito bem no passe, várias mudanças de flanco com sucesso, mas depois não conseguiu dar o apoio necessário ao Jonas na zona de finalização...

Finalmente tivemos um adversário expulso... justamente!!! Não sei se o problemas é do vermelho, mas os nossos adversários gostam de 'marrar' no Benfica!!! Este até foi o jogo mais 'soft' desta pré-época, mas mesmo assim... Acho que nunca assisti a um jogo, onde se tivesse jogado tantas vezes com a Mão na bola, acredito os FC Corruptos, têm aqui no América,  vários jogadores interessantes para contratar!!!

Um dos problemas de alguns Benfiquistas com o Lima, foram alguns penalty's importantes desperdiçados... se calhar, esses mesmo adeptos ainda vão desejar que fosse o Lima a marcar as futuras penalidades!!! Neste momento o Pizzi parece-me o jogador mais fiável nesta situação. O penalty falhado pelo Jonas, foi muito mal marcado...!!!

PS: Nos primeiros 3 jogos, foram muitas as referências às 3 'derrotas' do Benfica na comunicação social. A SIC por exemplo, repetiu a 'notícia' milhares de vezes. Hoje estava curioso, para perceber qual seria o 'título' na SIC. No Jornal da Tarde, na peça de abertura, a postura foi imediatamente clara: "Benfica finalmente vence, mas nos penalty's"!!! O curioso, é que no jogo da Fiorentina, na mesma peça de abertura, não houve nenhuma referência ao facto da 'derrota' do Benfica, ter acontecido 'somente' nos penalty's... Nada que não estejamos habituados...