Últimas indefectivações

sábado, 1 de maio de 2021

Grandes benfiquistas


"No intervalo do Benfica - Santa Clara, fiquei destroçado - recebi a informação de que o Príncipe falecera. Pelo que a 2.ª parte do jogo foi um misto de angústia e de enorme saudade. Torci ainda mais pela vitória, porque sabia que o meu amigo Príncipe merecia um triunfo neste dia fatídico. Ele, que era um benfiquista de todas as horas, o maior benfiquista de Cabo Verde, torcia pelo Glorioso como poucos. Apesar de ser muito exigente com o clube do seu coração, o António Macedo fazia tudo pelo SL Benfica. Consegui concretizar um dos seus maiores sonhos quando, em Setembro de 2019, Luís Filipe Vieira, de quem era particular amigo, visitou oficialmente Cabo Verde e inaugurou a Casa do Benfica na Cidade da Praia. Outro dos seus sonhos era ver o Benfica campeão europeu. Um objectivo muito difícil de alcançar nos dias que correm, mas não impossível. E era essa uma das facetas que mais apreciava nele. Nunca deixou de acreditar nos seus sonhos. Esta foi uma semana terrível, pois no passado fim de semana, enquanto eu vibrava com a conquista do bicampeonato de pólo aquático feminino e com os feitos dos nossos canoístas, na Taça de Velocidade, partiu Valdemar Antunes, outro grande benfiquista, pai de Sónia Antunes, dedicada e competente jornalista do Sport Lisboa e Benfica. Valdemar era também um homem com H grande, um trabalhador incansável, um pai exemplar e um marido esmerado. Era dos adeptos mais exigentes que conheci. Para ele, uma vitória tinha de ser sempre acompanhada de uma boa exibição. Aos familiares e amigos do Príncipe e do Valdemar, apresento as minhas sentidas condolências."

Pedro Guerra, in O Benfica

O País de Abril


"Por alguma razão rasgamos sorrisos quando ouvimos pronunciar estas 5 letras primaveris. E não é por choverem 'águas mil', como dita a sabedoria popular, nem por nenhuma outra razão que a todos nos toque. É, sim, porque associamos para sempre à primavera a nossa liberdade, mas também porque alguém tomou nas mãos uma flor primaveril e a enfiou sem pejo dentro de um cano de aço frio, transformando, num ápice, uma G3 de instrumento de morte e repressão num símbolo de Liberdade, Paz e Fraternidade. Valores caros ao Benfica, vectores da nobreza que nos une, que tomamos já, quase, por adquiridos e que para as novas gerações passaram dos palcos da vida para os compêndios da nossa História colectiva.
Mas não é ainda assim por esse mundo fora, onde o que para nós é tão límpido como o ar, para tantos milhões é apenas uma miragem ou um conto de fadas impossível de realizar junto de si e dos seus. Metralhadoras caladas com flores, ditaduras derrotadas sem sangue, democracias nascentes e direitos humanos. Tudo isso encanta e deslumbra aqueles que, vindos das geografias da violência e da morte, se refugiam na acolhedora Europa e no país de sonho que é Portugal. Bem-vindos: sejam bem-vindos ao País de Abril!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"2
Bicampeões nacionais de pólo aquático feminino. A nossa equipa promete dominar a modalidade nos próximos anos;

7
Kika Nazareth, aos 18 anos apenas, vai confirmando o enorme potencial que muitos lhe auguram. Conquistou a titularidade em Março e soma 7 golos em somente 9 jogos disputados (7 como titular) na fase de apuramento de campeão, 3 dos quais nos últimos 2 jogos, frente a SC Braga e Famalicão, dois dos candidatos ao título. Aos golos marcados acrescenta inúmeras jogadas de fino recorte técnico e classe invulgar;

35
Grimaldo, com 2 assistências para golo na partida com o Portimonense, elevou para 37 a contagem pessoal, pelo Benfica em jogos oficiais, neste item estatístico. Desde 2013/14, inclusive, é o 4.º com mais assistências.

50
Golos de Seferovic no campeonato, é o 30.º mais goleador do Benfica na prova. Em competições oficiais leva 65 e é o 35.º no ranking (com os mesmo de Vítor Baptista, mas em mais 11 partidas). Frente ao Portimonense, bisou pela 7.ª vez na presente temporada, superando os 6 bis conseguidos em 2018/19. Curiosamente, ambos os golos aos algarvios foram concretizados com o pé direito, com o qual assinou apenas 20% (13) dos 65 golos (pé esquerdo - 44; Cabeça - 8);

90
Pizzi regressou aos golos em Portimão e chegou aos 90 pelo Benfica em competições oficiais. Igualou o registo de João Pinto, precisando de mais 22 jogos. Ocupa a 24.ª posição na lista dos melhores marcadores benfiquistas. No campeonato nacional é o 23.º melhor de sempre, com 61 tentos, os mesmos que o 22.º Joaquim Teixeira;

324
Na 7.ª temporada de águia ao peito, Pizzi já é o 22.º com mais jogos em competições oficiais pelo Clube. Chegou aos 324 ante o Santa Clara, tantos quanto Carlos Manuel (9 épocas) e Chalana (12)."

João Tomaz, in O Benfica

BTV: Rescaldo...

Agenda...

O Bandarra do Seixal


"Andava eu às voltas com uma magra meia dúzia de ideias que, de tão magras e anémicas, mais pareciam fugidios assomos de coisa nenhuma, quando Jesus, não o de Nazareth, mas o da Aroeira/Seixal acorreu em meu auxílio: pregando do alto do seu púlpito e instalado na certeza da sua admirável infalibilidade, me oferecia, no pós-jogo com o Santa Clara, um gordo motivo para uma magra mas séria reflexão.
Sabemos das incidências desse jogo em pleno estádio da Luz: o Benfica beneficiou de um auto-golo de um jogador da equipa adversária e foi, já quando o tempo útil se esfumava, que o Chiquinho ( Chico, não - coisa engraçada essa a dos diminutivos no mundo do futebol: será um ínvio resquício da sua matriz lúdica?) marca o golo de mais uma vitória tangencial.
Mas o povo pode estar tranquilo - porque, afinal, tudo aquilo estava programado, mais, estava já concretizado na luzidia cabeça do treinador, bem adornada de cabelo e tiques. Se não, vejam:
“Jogo complicado, mas que correu como tínhamos previsto, encontrámos as dificuldades que sabíamos que íamos encontrar “. E, com tão sonora e contundente sentença, eis como se decreta a esotérica ciência de um treinador perspicaz e competente. 
Mas há mais: no dia em que dedilho estas letras, o Benfica vai jogar a Tondela - e eu já sei o que vai acontecer: vai ser muito difícil.
Não me peçam que acerte no resultado do jogo - que não sou adivinho nem arúspice (não vou extrair as entranhas da Águia para ler o futuro, nem vou consultar a Pitonisa de Delfos), mas há uma coisa que tenho por certa: o Benfica vai passar por apuros, mesmo que acabe por ganhar. Até pode sair das terras do Dão com o saco cheio, mas será sempre com muito suor e, quem sabe, algumas lágrimas.
Donde esta minha certeza? Do auto-decreto proclamado, com pompa e circunstância, pelo experiente treinador do clube da Luz: “vamos ter muitas dificuldades neste jogo, porque o Tondela está a fazer um campeonato muito melhor que em anos anteriores “, ou seja, em vez de centrar a positividade da sua crença nas reais capacidades da sua equipa, dedica o melhor de seu tempo, num exercício de verbalização antecipatória, a alimentar e a robustecer, vejam o paradoxo, precisamente as possibilidades de êxito da equipa adversária.
A este tiro no pé, tão arraigado na mente magnânima dos treinadores dão os psicólogos o nome de “profecia auto-realizável”. Porquê?
Qualquer afirmação, suportada pelo acelerador da verbalização, põe em marcha uma intencionalidade operante, demiúrgica, que cria literalmente a realidade verbalizada: a nossa vida é uma auto-narração que incessantemente executamos através de nossos pensamentos expressos.
A palavra não é um mero “flatus vocis = sopro da voz), a palavra, digamo-lo assim, não se esgota numa fonética meramente nominativa, mas, insondavelmente mais que isso, ela constitui uma ponderosa unidade energética, portadora de uma capacidade denotativa, o que quer dizer que dá significado e vida àquele sopro que, assim, supera, até à vertigem, a sua dimensão fonética e protocolar.
Sejamos claros: cada um de nós cria, com seu pensamento verbalizado, a sua própria experiência. Mas há mais: beneficiando do seu poder posicional no interior do sociodrama, que é a equipa/grupo, as declarações do chefe hierárquico (hieros +arche: poder sagrado, que vem de Deus) produzem inevitavelmente um eco em todos os subordinados, afectando e condicionando a postura mental de todo o grupo.
E já se sabe que se colhe aquilo que se semeia."

Desafio superado


"A nossa equipa voltou ontem a rubricar uma boa exibição em mais uma difícil deslocação a contar para a Liga NOS. Tratou-se da quinta vitória consecutiva fora de portas, com 17 golos marcados e apenas um sofrido no conjunto destes cinco jogos.
O triunfo obtido em Tondela, por 0-2, pecou por escasso, face ao avolumar de oportunidades de golo criadas. A entrada de rompante na partida, com bom aproveitamento das situações construídas pelo coletivo, facilitou uma tarefa que se adivinhava complicada tendo em conta o percurso da equipa tondelense nas últimas seis jornadas, em que ganhara três vezes e empatara duas.
Os golos foram marcados por Pizzi e Everton, os quais haviam também feito o gosto ao pé em Portimão, há duas jornadas. As assistências para golo foram igualmente da autoria de ambos, o que é demonstrativo da inspiração deste duo no jogo realizado ontem. Assinale-se, relativamente a Pizzi, o facto de ter passado a ser o 23.º mais goleador do Benfica em competições oficiais, com 91 golos, e de ter chegado aos 62 de águia ao peito no Campeonato Nacional, igualando a marca do 21.º melhor de sempre pelo Benfica, Rui Jordão.
Jorge Jesus, no rescaldo do jogo, começou por frisar que, "mais uma vez, cumprimos o que era mais importante, o nosso objetivo, que era somar três pontos", acrescentando que "fizemos por isso".
A chave do triunfo esteve, de acordo com o nosso treinador, na "muita intensidade em relação à velocidade da bola e desmarcação" e na entrada "muito forte". Jorge Jesus destacou ainda o centésimo golo marcado na corrente época, o que "é prova da qualidade ofensiva desta equipa", e o registo defensivo incólume, que "também era importante".
Faltam agora quatro jornadas e a final da Taça de Portugal para terminar a temporada. Jorge Jesus foi perentório quanto à ambição da equipa, embalada pelas dez vitórias conseguidas nos últimos onze jogos: "Queremos vencer os cinco."
Na próxima ronda, o adversário será o FC Porto, atual segundo classificado, na Luz. Conforme constatado pelo nosso treinador, o clássico "pode determinar a nossa esperança de conquistarmos a segunda posição", acrescentando que "estamos preparados para isso" e que acredita que será "um grande jogo".
Também a nação benfiquista deve estar convicta de que a nossa equipa, tendo em conta a qualidade que inegavelmente tem e o percurso feito desde o início de março, pode vencer qualquer adversário. É com esse único objetivo em mente que a preparação para o jogo com o FC Porto será feita.
De Todos Um, o Benfica!"

Cadomblé do Vata


"1. Belíssimos 30 minutos iniciais, com intensidade, velocidade, entendimento e golos... tive até de confirmar que não estava a ver um jogo de 2014 na RTP Memória.
2. Honestamente, já tinha saudades de ver o SLB controlar tão bem um jogo como naquela meia hora inicial... foi tão positivo que até o J. Marques postou no Twitter "a madrassa da Sporttv não para (sic) e um simples jogo do Tondela serve para fazer propaganda ao benfiquistão".
3. Apesar do resultado final, ainda tenho medo de perder o jogo... este Everton foi inscrito antes de 01 de Fevereiro de 2021?
4. Pelo segundo jogo consecutivo, Seferovic desperdiçou de forma escandalosa uma soberana oportunidade de golo... cruzamento, bola chega-lhe redondinha a 2 metros da baliza 3 só com o guarda redes na frente, remata para o haris (badum tss).
5. É desconcertante a facilidade com que o SL Benfica se desenvencilha nos jogos fora, em contraponto com a agonia das partidas na Catedral... nunca como agora, o termo "Inferno da Luz" fez tanto sentido."

Cebolinha e uma tira de apenas 20 minutos


"Em Tondela, o Benfica entrou bem, marcou dois golos nos primeiros 20 minutos e depois, melhor ou pior, foi gerindo o encontro que antecede a receção ao FC Porto da próxima quinta-feira. Uma assistência e um golo (fantástico) de Everton arrumaram cedo a questão

Olho para a imagem da banda desenhada brasileira e para o jogador que esta época chegou ao Benfica vindo do Grémio e não posso deixar de sentir a chegar um daqueles sorrisos trocistas que aparecem exclusivamente ao canto da boca quando, na nossa cabeça, uma peça inesperada encaixa em outra mais inesperada ainda.
São parecidos, de facto, não sei se é de Everton, o rapaz de carne e osso, ser também baixinho, na verdade acho que é mais o cabelo, Everton tem mais do que aqueles cinco finos fios de cabelo no topo da cabeça do boneco tornado personagem por Maurício de Sousa, mas eles no futebolista eles também andam ali algures no ar, com uma derivação de poupa para a direita.
Uma direita bem metida, em arco, com uma derivação flutuante para o canto esquerdo da baliza de Trigueira foi também o que colocou Everton, Cebolinha de sua alcunha, no centro da vitória do Benfica em Tondela, 2-0 com dois golos nos primeiros 20 minutos, um da autoria do brasileiro, outro com assistência vinda do seu pé, num jogo que os encarnados quiseram fechar cedo para cedo se começarem a preocupar com outro jogo, o de quinta-feira, frente ao FC Porto.
A entrada foi forte, mais dos 10 minutos para a frente do que para trás, porque no arranque o Tondela ainda tentou pressionar o Benfica e impedir saídas limpas para o ataque dos encarnados. Mas mal Jorge Jesus exigiu velocidade, as oportunidades apareceram. Primeiro aos 9’, com Seferovic a falhar na área uma bola que lhe foi oferecida por Grimaldo depois de um bom trabalho de Waldschmidt pela esquerda.
Aos 12’, de novo pela esquerda, Everton arrancou, foi à linha e cruzou para a área. A bola passou por Grimaldo e Seferovic antes de encontrar Pizzi ao segundo poste, que com um remate cruzado bateu Trigueira pela primeira vez.
Os minutos que se seguiram foram de recriação encarnada, com vários momentos coletivos de qualidade e a certeza que o Benfica ia à procura de mais. Everton esteve perto aos 15’, após uma boa jogada de entendimento, e conseguiria aos 19’, na sequência de um lance rápido da equipa de Jorge Jesus. Seferovic lançou Pizzi ainda antes do meio campo, Pizzi encontrou Everton e o brasileiro sócia de personagem de tirinhas, que hoje andou tão danado para arranjar problemas ao Tondela como Cebolinha a Mónica, fletiu ligeiramente e marcou um bonito golo.
A partir dos 20 minutos a banda desenhada acabou, metaforicamente, claro, porque o jogo ainda teve muitas páginas, mas para o Benfica acabou ali o esforço. Muito provavelmente com a cabeça já em quinta-feira, os encarnados procuraram controlar com bola, com ritmo q.b., o que poderia ter sido um problema caso Mário Gonzalez estivesse em dia sim.
O avançado do Tondela foi o protagonista do único lance de perigo da equipa da casa na 1.ª parte, aos 22’, e na 2.ª parte acabou por não acompanhar com eficácia a subida de rendimento da sua equipa, nomeadamente de Salvador Agra. Com pelo menos três lances em que surgiu na cara de Helton Leite, o espanhol perdeu sempre o duelo com o guarda-redes brasileiro, muito atento e decisivo para manter a tranquilidade da sua equipa, que de tempos a tempos na 2.ª parte pareceu demasiado adormecida para quem queria segurar um resultado.
Mas segurou, com menor ou maior imposição, e a falta de eficácia do Tondela até deu para Jorge Jesus fazer estrear o jovem central Morato, num jogo em que não pode contar com Otamendi e voltou a apostar numa linha de quatro defesas."

CD Tondela 0-2 SL Benfica: “Pré-Clássico” vitorioso ao ritmo de Everton


"A Crónica: Primeira Parte De Bom Nível Bastou
O fim de tarde frio e ventoso no Estádio João Cardoso não impediu o SL Benfica de levar de vencida o CD Tondela, num jogo que teve duas partes distintas. Com Everton em grande, sobretudo nos primeiros minutos, os comandados de Jorge Jesus foram “perdendo gás” com o passar do tempo, mas cumpriram com o exigido: a vitória.
Como seria de esperar, o Benfica começou a querer mandar o jogo e impor o seu “rendilhado” para chegar à área adversário. Do lado do Tondela, imperava um bloco baixo, mas sempre pronto a lançar os rápidos extremos, Rafael Barbosa e Salvador Agra.
Ainda antes de batermos o minuto dez, Seferovic desperdiçou uma oportunidade clamorosa de golo. Todavia, no ataque seguinte, interveio uma voz de comando para mostrar como se faz. O capitão Pizzi, depois de uma boa incursão de Everton pela esquerda, apareceu ao segundo poste para finalizar com classe, adiantando o Benfica no marcador.
Os “encarnados” continuaram a sufocar os beirões, criando oportunidade atrás de oportunidade. Aos 19 minutos, um nome começou a ganhar forma como destaque do jogo: Everton. Depois de assistir, o extremo brasileiro marcou um golo de grande categoria, colocando a bola fora do alcance de Trigueira. Será que “Show Cebolinha” chegou finalmente à Primeira Liga Portuguesa?
Até ao intervalo, o denominador comum manteve-se o mesmo: uma bela exibição das “Águias”. Os homens do Tondela foram tentando explorar o contra-ataque, sobretudo através de Rafael Barbosa, mas nunca incomodaram verdadeiramente o setor recuado adversário.
A segunda parte trouxe Mario González com vontade de ser figura de destaque, mas para azar do avançado espanhol, Helton Leite decidiu roubar-lhe o protagonismo. Duas defesas de alto nível mantiveram o Benfica com a dupla vantagem com que saiu para o intervalo, depois de uma entrada em falso na etapa complementar.
O Benfica melhorou o nível exibicional (ainda que sem nunca alcançar o apresentado na primeira parte), mas só aos 78 minutos os “encarnados” voltaram a dispor de uma boa oportunidade. Todavia, o remate de Pizzi passou ligeiramente acima da barra e não fez jus à bela jogada construída por Chiquinho, pela direita.
Até final, Cervi teve um cara-a-cara com Trigueira, mas foi o guardião dos tondelenses quem levou a melhor. O Benfica venceu em Tondela com base numa primeira parte inspirada e, assim, mantém-se nas lutas do cimo da tabela.

A Figura
Everton Um golo e uma assistência coroaram a bela exibição do extremo em Tondela. Muito mais interventivo na primeira parte do que na segunda (como, de resto, a equipa do Benfica), mostrou-se pela primeira vez a alto nível desde que chegou a Portugal.

O Fora de Jogo
Mario González O goleador do Tondela dispôs de várias boas chances para finalizar com sucesso, mas nunca o conseguiu. Ora por mérito de Helton Leite, ora por demérito do espanhol, o certo é que não foi capaz de cumprir com a sua maior obrigação: marcar golos.

Análise Tática – CD Tondela
Pako Ayestarán apostou no 4-3-3 habitual, alterando apenas um dos extremos em relação à equipa-tipo dos tondelenses: Murillo, por lesão, deu lugar a Salvador Agra, que havia perdido o estatuto de titular há algumas jornadas, para Rafael Barbosa. Destaque ainda para o muito espaço concedido entre a linha média e a linha mais recuada, sobretudo na primeira parte, o que permitiu ao Benfica jogar com maior à vontade perto da área de Trigueira.

11 Inicial e Pontuações
Pedro Trigueira (5)
Bebeto (5)
Yohan Tavares (5)
Ricardo Alves (5)
Filipe Ferreira (5)
Jaume Grau (6)
João Pedro (6)
Roberto Olabe (5)
Salvador Agra (6)
Rafael Barbosa (6)
Mario González (5)
Subs Utilizados
Telmo Arcanjo (5)
Enzo Martínez (5)
Tomislav Strkalj (5)

Analise Tática – SL Benfica
Jorge Jesus voltou a apostar no 4-4-2, face à ausência de Otamendi e à impossibilidade de formar o habitual trio de centrais. Everton assumiu-se desde cedo como a grande figura da tarde/noite em Tondela, ao passo que Rafa e Waldschmidt estiveram algo desaparecidos. Mais atrás, mérito para a boa partida de Gabriel, que teve oportunidade dada a ausência de Weigl e marcou mais pontos na luta pela titularidade.

11 Inicial e Pontuações
Helton Leite (7)
Gilberto (6)
Lucas Veríssimo (5)
Jan Vertonghen (6)
Alex Grimaldo (6)
Gabriel (6)
Pizzi (6)
Everton (7)
Rafa Silva (5)
Luca Waldschmidt (5)
Haris Seferovic (5)
Subs Utilizados
Chiquinho (6)
Pedrinho (6)
Franco Cervi (5)
Diogo Gonçalves (5)
Morato (-)

BnR na Conferência de Imprensa
CD Tondela
BnR: O que falou com os jogadores ao intervalo que motivou a boa entrada da equipa na segunda parte?
Pako Ayestarán: É difícil falar durante o jogo, mas tentei dizer ao Ricardo Alves o que pretendia. A nossa linha média e a linha recuada estavam muito distantes, por isso ao intervalo tentámos corrigir alguns posicionamentos. Os nossos homens de trás estavam apenas a controlar o Seferovic, o que deixou muito espaço para outros homens do Benfica.
SL Benfica
BnR: Vimos o Gabriel a juntar-se, por vezes, aos dois centrais, no momento da saída a jogar. Foi uma tentativa de fazer com que a equipa estivesse mais confortável na saída, uma vez que tem jogado recentemente com três centrais?
Jorge Jesus: A pergunta é interessante, mas sempre fizemos isso. Seja qual for o sistema, normalmente fazemos isso: uma saída a três. São rotinas que os jogadores têm normalmente, treinam para isso, mas o Gabriel fez isso mais vezes na primeira parte. Na segunda saímos mais vezes com dois jogadores."

Foi (um pouco) à Benfica


"Tondela viu o regresso do Benfica inteligente, controlador e ao mesmo tempo capaz de acelerar no momento oportuno. Com Gabriel entre centrais a arriscar menos a perda da posse – Terminou a primeira parte com apenas sete passes errados em quarenta e nove – e com Lucas e Vertonghen a determinarem ritmo do ataque posicional, os encarnados baixaram Rafa e Pizzi como interiores na saída, e o primeiro foi por diversas vezes solicitado nas costas da linha média adversária para daí iniciar momento de acelerar o jogo.
No corredor esquerdo um confiante Grimaldo contou com Everton a definir os lances com qualidade – Saiu para o drible somente com a certeza de ter sucesso, recebeu sempre para ligar o jogo de forma mais ofensiva, e pelo meio assistiu e somou um golo ao seu nível – e foi precisamente pelas incursões pela meia esquerda que o Benfica somou consecutivas aproximações ao golo. Na meia direita Rafa foi desaproveitando no último passe o que tantas vezes o próprio criou pela forma como rodopiou entre linhas e saiu em progressão, e Gilberto foi naturalmente inexistente.
Mas não apenas de Ataque Organizado viveu o Benfica. Pressionante e capaz de voltar a ganhar bolas no primeiro terço adversário – a posição confortável do Tondela permitiu à equipa da casa uma abordagem ofensiva que possibilitou recuperações altas ao Benfica – vários foram os lances em contra ataque que trouxeram aproximação e finalização à baliza de Trigueira.
Uma primeira parte competente sem bola e com bola, numa exibição convincente como poucas outras ao longo da temporada, o segundo período ficou marcado por constantes sobressaltos sobre a baliza de Helton Leite – Mario González voltou a provar ser um dos homens da Liga e foi uma tormenta para o último reduto encarnado. Ainda assim, a vitória não esteve colocada em causa – E as entradas de Chiquinho e Pedrinho trouxeram de novo um Benfica criativo e inteligente no jogo ofensivo.

Destaque:
Everton: Praticamente tudo o que fez, fez bem. Pensou, executou, ligou o jogo no corredor esquerdo, e definiu com qualidade no último terço. “Apanhou” em Tondela Grimaldo como o maior assistente da Liga – 8 passes para golo."

Rescaldo...

Golaço...

«Eu não acredito em bruxas, mas....»


"Diogo Queirós, jogador formado no FC Porto - clube onde passou 7 dos seus últimos 8 anos - foi hoje a campo em detrimento de Patrick, titular habitual do Famalicão. Como consequência, cometeu um penálti escandaloso e concedeu um golo ao seu clube de formação. Recordamos que, então na primeira volta, Vaná, outro jogador cedido pelo FC Porto, havia feito penálti à sua casa-mãe.
Não colocamos em causa a idoneidade de Ivo Vieira, até porque foi o próprio que lançou a descoberto a suspeita sobre a atitude dos jogadores do Estoril Praia aquando do EstorilGate. Contudo, no que diz respeito ao comportamento de determinados jogadores, já dizia o velho ditado «Eu não acredito em bruxas, mas....»."

Finalmente, Lagartos ajuizados ... ou será só temporariamente, porque estão em 1.º lugar?!!!


"Finalmente as pessoas estão a perder o medo à máfia que subsiste no futebol português há 40 anos e começam a expor as verdades sobre o FC Porto e os seus velhos métodos, sem medo de represálias. 
Parabéns a este comentador por dizer o que todos sabem mas têm receio de dizer.

Nota: Já se sabe o que, na realidade, Pedro Pinho mandou irem buscar ao seu carro, nas costas da GNR, antes de ser identificado, ou vamos todos continuar a brincar ao faz de conta?"

Uma Semana do Melhor...

Quinta da Bola...

Vermelhão: Resolver rapidamente!

Tondela 0 - 2 Benfica


Entrada muito boa, com o jogo decidido nos primeiros 30 minutos... a partir daí, começamos a gerir a vantagem, que até podia ter corrido mal, pois permitimos algumas oportunidades ao adversário! Mas o Helton esteve bem... e na melhor oportunidade do Tondela, a bola foi ao lado, numa jogada que começou com um fora-de-jogo não assinalado e que assim anularia o putativo golo!!! Mas se o Tondela tem reduzido, a 'gestão' não teria sido tão 'fácil!!!

Várias novidades na equipa, algumas anunciadas, outras nem por isso. O regresso dos 2 Centrais, compreendo já que a 'necessidade' dos 3 Centrais, deve-se muito às actuais 'limitações' do Otamendi: o argentino continua muito bom nos desarmes e na marcação, mas quando a bola é colocada no espaço, nota-se claramente falta de 'pique'... e isso, na minha opinião, obriga o Benfica a jogar com os 3 Centrais! Sem o Otamendi, com dois Centrais mais rápidos, a linha de '4' encaixa melhor no estilo de jogo do Benfica!

Mas a grande surpresa foi a titularidade do Gilberto: se o treinador acha que o Gilberto está mais rotinado numa defesa de 4, melhor nas rotinas de 'ajuda' aos Centrais, compreendo a opção... Agora se a opção, foi a pensar no jogo da próxima jornada com os Corruptos, discordo... Acabou por correr bem, mas preparar um jogo, a pensar no outro, costuma dar mau resultado!!!
Ainda por cima numa partida, onde já tínhamos 3 ausências forçadas...

Destaco os golos, os dois bonitos, com a equipa a demonstrar facilidade no contra-ataque, algo que esta época tem faltado...

Com a derrota do Braga, temos 8 pontos de vantagem, e assim a 4 jornadas do fim, garantimos praticamente o 3.º lugar (esta coisa do play-off da Champions é muito ingrato... e provavelmente ainda irá 'complicar' mais o mercado de Agosto)! Agora, o 2.º lugar está ao nosso alcance: em caso de vitória na Quinta, ficamos a um ponto dos Corruptos, e acredito que eles não vão ganhar os últimos 3 jogos, até porque na última jornada vão defrontar a equipa do Petit, que normalmente não 'perdoa' aos Corruptos!!!