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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

5 minutos: Diário...

Águia: Lage...

Bruno Lage...

Terceiro Anel: Diário...

Vencemos a tempestade!


Famalicão 1 - 3 Benfica


Relvado e condições atmosféricas complicadas, alguma rotação já a pensar no jogo da próxima semana com o Sporting, acabou por transformar esta partida, num jogo complicado... o golo da tranquilidade só apareceu ao minuto 90'!!!

PS: Derrota surpresa na Final da Taça Federação (Hugo dos Santos) no basquetebol feminino. Sem a Rapha e a Sydnei lesionados, e com a Quevedo que se lesionou a meio do jogo, ficámos bastante diminuídos...

Juvenis - 1.ª jornada - Fase Final

Benfica 3 - 0 Leixões


Estreia vitoriosa, mas não foi fácil... depois do 1-0, o Leixões criou bastante perigo, tivemos alguma sorte, e só com o 2-0, ficámos tranquilos!

Atypical: Get Back to Hooping FASTER: Recovery Secrets from a 6 Year Professional Basketball Player

O que está em jogo até final da época?


"Esta tem sido uma época atípica. Não me lembro de outra temporada em que as equipas que costumam lutar pelos quatro primeiros lugares da tabela classificativa tenham trocado de treinador na primeira metade da época. O mais incrível é que fora do relvado todos têm cometido erros que têm influência dentro das quatro linhas. Olhando para a frente, arrisco-me a dizer que o vencedor da Liga deste ano será o menos mau e não o melhor!

Quem equilibrou o campeonato?
A saída de Ruben Amorim expôs as fragilidades de uma estrutura que estava dependente do seu treinador. Acredito que se Ruben Amorim tivesse ficado, ao dia de hoje, o Sporting já estaria com uma vantagem pontual muito confortável para revalidar o título.
Baseio esta opinião em factos. O Sporting jogava um futebol atrativo, aglutinador e intenso. Não dava hipóteses aos adversários. A pressão sobre os rivais era enorme, porque estes percebiam que tinham poucas hipóteses de contrariar a onda verde que estava instalada.
Com a saída do jovem técnico para Inglaterra o campeonato ficou mais equilibrado. Ao apostar em João Pereira sem uma lógica ou racional aparentes, Frederico Varandas deu oxigénio aos rivais e reabriu a luta pelo título. Percebendo o seu erro, o presidente leonino deu um passo atrás e trocou de treinador.
Com Rui Borges já vemos os jogadores mais perto do seu valor. Ainda não é uma equipa equilibrada, sobretudo nas transições defensivas. Rui Borges teve o mérito de recuperar os jogadores animicamente e de voltar a fazer acreditar a nação sportinguista. Os reforços Morita, Bragança e Pote serão um trunfo importante para o treinador leonino.

Erro de comunicação
André Villas-Boas assumiu a presidência do FC Porto em maio. Quarenta anos depois o clube trocou de presidente.
Uma transição destas é sempre complicada, sobretudo no contexto em que Pinto da Costa e seus pares deixaram o clube. As dívidas e os compromissos financeiros são enormes, sendo que muitas das receitas já estavam antecipadas.
A nova administração, nestes primeiros meses, tinha uma tarefa muito complicada. A primeira missão foi a de recuperar a credibilidade no mercado e mostrar que a atual gestão nada tem a ver com o passado. A transparência e profissionalismo são as palavras que melhor definem a nova administração, em contraponto com a opacidade e conflitos de interesse que existiam anteriormente.
A segunda missão era fazer com que todos os associados percebessem que têm o mesmo valor e que são necessários. Para isso, cortaram-se regalias e poder que um restrito número de adeptos tinha dentro do clube, nomeadamente a claque. A terceira missão, e talvez a mais difícil, foi a de criar um plantel em tempo recorde e com tantas limitações financeiras. O caminho escolhido foi o possível tendo em conta as circunstâncias. Optou-se por um plantel jovem, com jogadores que têm potencial desportivo e financeiro.
Em minha opinião o grande erro estratégico de André Villas-Boas foi o de anunciar que criou um plantel para ser campeão. Analisando os plantéis dos três grandes, percebemos claramente que as soluções e qualidade de Benfica e Sporting são superiores. No caso do Porto não só tem menos qualidade como menos experiência. Ao referir publicamente que o Porto criou um plantel para vencer o campeonato e a Liga Europa, o que o presidente do Porto fez foi aumentar a pressão em jogadores pouco experientes e gerar uma expetativa pouco racional nos adeptos. Esta expetativa torna-se ainda mais difícil de concretizar porque o Porto joga de três em três dias, ficando ainda mais exposto a ausência de alternativas que façam com que o nível exibicional se mantenha e permita lutar por todos os títulos de uma forma real. Este erro comunicacional reduziu a margem de erro de Vítor Bruno e aumentou a pressão sobre o seu trabalho.
A consequência deste erro resultou na troca de treinador. Anselmi é o homem que se segue. André Villas-Boas aposta as suas fichas neste jovem treinador, pagando inclusivamente uma transferência para o poder contratar. A missão do treinador argentino é muito complicada. Tem de recuperar jogadores, reforçar a hierarquia do treinador no balneário, adaptar-se ao futebol português, trabalhar os mecanismos que pretende implementar e em simultâneo vencer.
Já todos percebemos que o discurso para fora continuará a ser o mesmo: o Porto vai lutar para vencer o título. Tendo em conta o contexto atual do Porto e as suas dificuldades financeiras, parece-me que o que é mesmo fundamental é que o clube azul e branco consiga chegar à Liga dos Campeões na próxima época.

Os mesmos vícios de sempre
O FC Porto é um grande exemplo para o Benfica. Anos e anos de vícios que permitiram que quem gerisse o clube fizesse o que bem queria e como pretendia. O resultado são milhões de euros de recursos que desapareceram e que beneficiaram um conjunto restrito de pessoas no universo azul e branco.
A falta de transparência que se vive dentro do Benfica não augura nada de positivo. A forma como se evita dar passos rumo à transparência não é um bom sinal. Adicionalmente a estrutura de custos dos encarnados sobe ano após ano. Se é verdade que o Benfica é o clube que mais fatura, como se justifica o facto de ter constantemente resultados negativos?
A trajetória que o Benfica tem vindo a seguir fora do relvado é claramente negativa. Para reforçar esta opinião, basta verificar que os custos aumentam de uma forma injustificada e analisar a tendência crescente ou galopante da dívida líquida nos últimos 5 anos. Tudo isto acaba por se resolver com a venda de jogadores. Tenho referido que já não basta vender um, já são precisas pelo menos duas grandes vendas para que o Benfica tenha resultados positivos e consiga manter algum equilíbrio.
Se fora do relvado as coisas não estão no caminho certo, dentro do relvado o histórico não tem sido melhor. Grandes investimentos sem retorno desportivo. Olhando para esta temporada, o Benfica tem tudo a ganhar. Depois da teimosia de manter Roger Schmidt, a chegada de Lage melhorou a equipa. Se o primeiro impacto foi positivo, é fundamental que a evolução da equipa tenha continuidade.
Num ano de eleições percebe-se que muita coisa está em jogo no universo encarnado. Se o título é fundamental para quem se quer perpetuar no poder, a presença na Liga dos Campeões é determinante para que o clube consiga continuar a respirar. Se falhar a Liga dos Campeões, o clube encarnado poderá ter de vender mais de dois jogadores para se equilibrar e ter liquidez para pagar os seus compromissos.
Os resultados desportivos positivos ajudam no curto prazo e camuflam muita coisa, mas em caso negativo também podem potenciar a insatisfação. Acho que ninguém tem dúvidas que o Benfica precisa de mudar de trajetória, tornar-se mais transparente e reduzir gorduras que consomem muitos recursos do clube. Uma auditoria forense séria e real seria uma grande ajuda para fazer um diagnóstico de irregularidades e procedimentos errados que possam existir, fazendo com que pudessem ser criados mecanismos e medidas de combate a más práticas, reforçando a fiscalização e controlo interno. A valorizar: Paulo Pereira Humildade, consciência, responsabilidade, muita qualidade e evolução. O andebol português vai fazendo história. Paulo Pereira é o rosto de um esforço que deve ser partilhado por muitos."

Ketchup com tampa no Benfica


"O primeiro sinal de que poderia correr mal com o Casa Pia

Em nome da necessidade de gerir o plantel e a condição física dos jogadores, Bruno Lage terá sempre argumentos que não temos, mas só é possível comentar o que está à vista e custa-me perceber que a melhor forma de capitalizar o momento de um jogador que marcou três golos ao Barcelona seja sentá-lo no banco no jogo seguinte.
Pavlidis a suplente na derrota de ontem do Benfica com o Casa Pia foi, talvez, o primeiro sinal de que as coisas poderiam correr mal. Teve qualquer coisa de anticlímax, a fazer descer os adeptos à terra quando o que eles querem é andar nas nuvens.
Naturalmente que um 1-3 com o Casa Pia não se explica por aqui, até porque não há muito tempo o ponta de lança grego marcava poucos golos, e um plantel como o do Benfica deve ter (e tem) mais soluções. Mas logo agora que o ketchup parecia soltar-se, como, aliás, frisou o treinador, meter-lhe a tampa parece fazer pouco sentido.
Na mesma lógica, começar com Schjelderup no banco também teve algo de travão à alegria que o jovem extremo norueguês colocou nos últimos cinco jogos da equipa.
Olhando para as escolhas do onze e posicionamento de Di María, mais ao centro e menos na ala, o que pareceu foi que Bruno Lage tinha um plano e que pensou em demasia no adversário, perdendo com isso o que de bom e simples conseguira na grande reação às duas derrotas seguidas com SC Braga e Sporting.
A segunda parte do jogo com o Casa Pia pareceu as primeiras partes de outros jogos. E ninguém esperava isso depois da grande exibição frente ao Barcelona."

Vamos continuar a dizer mal do campeonato português?


"Na viragem do campeonato, está tudo em aberto. Já houve equipas a tocar o céu e outras à beira do inferno, mas a luta continua. A sério que a nossa Liga não é competitiva?

Há — havia? — uma Liga pré-saída de Amorim e uma Liga pós-saída de Amorim. Depois de o antigo treinador do Sporting rumar ao Manchester United os leões foram quase ao fundo e esbanjaram uma liderança confortável no campeonato, que segundo muitos entendidos estava entregue.
O Sporting desatou a perder pontos e os adversários foram ganhando, uns mais outros menos. Num deles, o FC Porto, houve mesmo lugar (como já tinha havido no Benfica) à chamada chicotada psicológica. Ainda que a equipa se mantivesse na corrida ao título.
Depois de João Pereira, os adeptos do Sporting estavam capazes de dar a época por perdida. Depois de Vítor Bruno, os portistas quase pareciam abdicar do campeonato. Com Bruno Lage, hoje, tudo soa a desilusão para os benfiquistas.
Quer isto dizer que na Liga portuguesa tudo pode mudar em duas ou três jornadas. E o que quer isso dizer sobre uma competição? Convenhamos: no mínimo é competitiva, o que vai no sentido contrário do que os maus fígados portugueses gostam de destilar ano após ano, autodenegrindo a imagem do campeonato.
E que dizer da luta pelos lugares europeus, a esta altura? Os minhotos do costume têm companhia inesperada — Casa Pia, Santa Clara, porque não Rio Ave ou Moreirense?
Esta Liga péssima e pouco competitiva, parafraseando os maus fígados, pode ver alteradas as posições relativas semana atrás de semana.
O Casa Pia, o Santa Clara e o Rio Ave até podem ter de lutar para não descer. Mas neste momento estão noutro patamar, e merecem gozá-lo.
Sporting, Benfica e FC Porto estão perfeitamente dentro da corrida ao título, por mais momentos maus que tenham atravessado, atravessem ou venham a atravessar.
É muito cedo para fazer contas e nada é definitivo até o ser. La Palisse não diria melhor, eu sei. Mas às vezes La Palisse tem razão, e isso é algo que já deveríamos ter aprendido.
O Sporting vai na frente, é campeão e é favorito. O Benfica não acabou por ter perdido diante do Casa Pia. O FC Porto tem, hoje, uma oportunidade de não perder o comboio da frente e aconchegar-se no segundo lugar.
Chegue-se à frente o primeiro a arriscar quem vai ser o campeão, juntando argumentos sólidos. Exato: raramente há argumentos sólidos quando se joga futebol e a bola é tão redonda..."

BI: Manu...

Casa Pia-Benfica, 3-1 Pouco Di María, pouco Akturkoglu, muito pouco equipa - Os destaques do Benfica


"Exibição cinzenta em ideias de todos. Otamendi tentou ser farol, mas águias perderam na 19.ª ronda da Liga

A FIGURA - OTAMENDI (6)
No jeito dele impetuoso, com qual aborda muitos lances e estreita a linha entre o grande corte e o grande erro, Nicolás Otamendi foi sempre passando o sinal à equipa de que não havendo arte seria importante lutar muito com o coração. Aos 36' fez um grande corte quando Nuno Moreira ameaçava entrar direito à baliza de Trubin pelo centro da área; aos 37' anulou novo lance prometedor de perigo e com o mesmo protagonista, Nuno Moreira; aos 69' fez um corte determinante quando Livolant se preparava para fazer mira à baliza. Atacou sempre a bola nos pontapés de canto e esteve perto do golo. Num deles, já em período de compensação, preparava-se para tentar um golo artístico, mas António Silva tirou-lhe a possibilidade de ser feliz. O central e capitão não foi brilhante, mas foi bom.

(5) TRUBIN Aos 31' foi rápido a sair aos pés de Cassiano e resolveu um problema. Esticou-se depois no remate do brasileiro, mas sem hipótese de evitar o golo. No segundo e terceiro golos também não teve culpas.

(5) BAH Exibição competente, mas de mínimos olímpicos, a defender bem, mas a atacar com pouca convicção. Aos 24' conseguiu um belo desarme que possibilitou remate perigoso de Akturkoglu.

(4) ANTÓNIO SILVAEntrou bem no jogo, mas desligou-se dele e perdeu confiança a partir do passe curto, errado, que fez para a zona central, onde Cassiano recuperou a bola e atirou para o primeiro golo do Casa Pia. No lance do terceiro golo foi lento a recuperar num lance de canto e deixou Carreras com dois para vigiar.

(5) CARRERAS Viu-se pouco no ataque e a boa marcação do adversário cortou-lhe as ideias na transição, mas nunca desistiu. Fez um bom passe, aos 45', que quase deixou Barreiro na cara do golo. A defender foi intenso, mas fica ligado ao segundo golo porque não conseguiu acompanhar uma cavalgada de Larrazabal, que depois assistiu Nuno Moreira.

(5) FLORENTINO Primeiros 25 minutos muito bons, com vários cortes importantes e nos quais foi o principal responsável por o Casa Pia não conseguir sair para o ataque. Depois perdeu capacidade de jogar no espaço e passou o tempo a correr atrás dos adversários mas em esforço.

(6) LEANDRO BARREIRO Pressionou alto e combinou bem no ataque, sobretudo com Arthur Cabral. Ganhou o penálti do golo do Benfica e foi dos mais esclarecidos e a querer empurrar a equipa para a frente. Terminou mais recuado, após a saída de Florentino.

(5) DÍ MARÍA Menos encostado ao flanco e mais em zonas interiores, a qualidade que tem nunca compromete. Concretizou o penálti sem tremer e tem pelo menos duas aberturas, a variar o flanco, uma para Akturkoglu, aos 25', e outra para Kokçu, aos 49', que não são para todos. Mas teve pouca intensidade, ou fôlego, e acabou cedo, obrigando outros a trabalho redobrado.

(5) KOKÇU Prometeu fazer a diferença com um grande passe para remate de Arthur Cabral, aos 7', mas depois alternou entre o bom e o mau. Aos 37' fez um mau passe para Florentino em zona proibida que ofereceu lance perigoso ao Casa Pia (inclusivamente um penálti de Otamendi, depois revertido após consulta ao VAR); aos 49' faz um grande remate para boa defesa de Sequeira, mas aos 54' voltou a errar o passe numa transição e o adversário atirou à baliza.

(5) AKTURKOGLU Boa entrada, determinada, com bastante compromisso defensivo, muito boas combinações, sobretudo com Arthur Cabral e Di María, e também remates - um a beijar a trave, aos 25'. Depois perdeu-se em más decisões e pareceu muito desgastado, o que o fragilizou nos duelos defensivos; aos quais, porém, nunca virou a cara.

(5) ARTHUR CABRAL Com bola foi sempre muito perigoso e rematou aos 2',7', 44' e 80', forte, mas à figura de Sequeira. Sem bola pressionou bastante, mas com num raio de ação limitado, sem verdadeiramente condicionar a saída de bola do adversário. Fez por ser mais influente e decisivo no jogo, mas na verdade não o foi.

(4) SCHJELDERUPNas poucas oportunidades que teve não conseguiu passar pelos defesas.

(5) PAVLIDISBoa entrada no jogo. Causou problemas e ameaçou perigo

(5) AURSNES Com ele em campo a equipa ganhou critério no passe e geometria, pelo flanco direito.

(4) AMDOUNI Ansioso para ter a bola e lançar ataques, mas não trouxe soluções diferentes.

(5) MANÚ SILVA Estreou-se pelo Benfica. Boa qualidade de passe e uma falta ganha à entrada da área do Casa Pia, aos 90+1', que possibilitou a Kokçu rematar com relativo perigo."

Casa-Pia-Benfica, 3-1 Gansos foram a melhor equipa, Benfica apenas uma caricatura


"Nove pontos perdidos nos últimos quatro jogos comprometem candidatura ao título dos encarnados, que em Rio Maior assinaram a pior exibição da época...

Tivessem os jogos de futebol 25 minutos apenas, e o Benfica teria saído da morada emprestada ao Casa Pia, onde atuou com uma plateia que em 95 por cento lhe era favorável, com uma vitória justa e confortável por 1-0. Durante 27 por cento da partida, a equipa de Bruno Lage marcou um golo, conseguiu mais três remates enquadrados, fez a bola embater no travessão da baliza de Patrick Sequeira, e teve uma posse de bola de 71 por cento.
Depois, nos restantes 65 minutos, a produção dos encarnados foi baixando, os erros acumularam-se, a desorganização imperou, e o Casa Pia não só não deixou a saída de bola dos encarnados funcionar, como empurrou o Benfica para um jogo sem imaginação, feito de cruzamentos primários, e ainda aproveitou os espaços para se estender em ataques rápidos que, à medida que os minutos passavam, levavam a turma da Luz de mal a pior.
Seria injusto se, ao mesmo tempo que fica evidenciada a «falta de comparência»em Rio Maior do Benfica-candidato-ao título, não se louvasse a organização dos gansos, a personalidade com que trocaram a bola, aproveitando os buracos da equipa adversária, incapaz de ser defensivamente competente, essencialmente porque, nesse capítulo, muito cedo saiu de cena Di María, Barreiro e Kokçu perderam posição, e Florentino não teve capacidade para por ordem na casa; ao mesmo nível, a raiar a indigência esteve a saída de bola dos encarnados, que serviu sobretudo para colocar a baliza de Trubin em sobressalto constante (a forma como a pressão alta do Casa Pia perturbava o Benfica dava para uma tese de doutoramento em futebol, com ênfase na prevalência do coletivo sobre o individual).
Foi assim, após um erro garrafal de António Silva que os gansos empataram, e foi assim que a maior parte das iniciativas encarnadas não passaram da intenção. Ao intervalo, o prejuízo benfiquista só não era maior porque Vasco Santos reverteu um penálti assinalado por António Nobre, que passou a livre direto.

Benfica de mal a pior
Depois de 20 minutos penosos, pensou-se que o intervalo ia ser bom conselheiro para a equipa de Bruno Lage, que procederia às mudanças individuais e coletivas que se impunham. Não foi isso, porém, que sucedeu, e perante um Casa Pia sempre muito bem montado num 3x4x3 com setores juntos e muita capacidade para ter bola e olhos para a baliza contrária, o Benfica passou de mal a pior, limitou-se a um perigo pífio junto da baliza casapiana, fruto de um futebol telegrafado, onde era evidente o desgaste de Angel Di María (só foi substituído aos 81 minutos, quando, há muito, muito tempo, já tinha desaparecido do jogo) e as dúvidas que assaltavam os jogadores do Benfica passaram a pânico quando, após alguns avisos, o Casa Pia tornou uma ação de contra-ataque no golo da vantagem, aos 60 minutos.
Foi preciso esperar mais nove minutos para que Lage desfizesse um 4x1x4x1 onde Florentino era o trinco, Kokçu o playmaker e Barreiro o homem de chegada à área, fórmula que tinha funcionado bem contra o Famalicão, graças a uma dinâmica completamente diferente e a um sentido coletivo que esteve ausente em Rio Maior. Entraram então (69) Schjelderup e Pavlidis, o primeiro para a esquerda e o segundo para junto de Arthur Cabral, mas com este 4x4x2 que facilmente se transformava num 4x2x4 que partia o jogo encarnado, a mediocridade manteve-se, e até passou a haver mais espaço para o Casa Pia ter bola.
Só aos 81 minutos Bruno Lage tentou equilibrar a equipa (entradas de Manu Silva, Amdouni e Aursnes), mas o mal estava feito e seria irreversível, tendo o golo do 3-1, por Livolant, servido de cereja no topo do bolo casapiano, perante um Benfica de cabeça baixa.
Que fique bem realçado que o Casa Pia não ganhou ao Benfica graças a um contra-ataque fortuito, depois de ter colocado um autocarro em frente à baliza. O triunfo dos gansos deveu-se ao facto de, sem terem melhores jogadores que o adversário, terem sido melhor equipa, mais lúcida, mais esclarecida, mais personalizada e mais organizada.
É um caso de estudo a incapacidade do Benfica colocar qualidade nas saídas de bola (e estando as coisas a correr mal, insistir na fórmula guardioliana), e dá também que pensar a necessidade (que tramou Schmidt) em dar muitos minutos a Di María, hipotecando o processo defensivo, quando o génio argentino está numa fase da carreira em que deve ser aproveitado em qualidade e não em quantidade.
Na quarta-feira, em Turim, o Benfica saberá se continua na Champions; quanto à Liga, quem perde nove pontos em doze possíveis, arrisca-se a passar ao lado de ser feliz e fica dependente, à falta de méritos próprios, de eventuais deficiências da concorrência.
Em Rio Maior viu-se o pior Benfica da época. Serão tiradas ilações perante este facto, perturbador sem dúvida para a nação encarnada? É que mais do que terem perdido, pior ainda foi a forma como os encarnados perderam..."

O futebol até pode ser cruel, mas o Benfica põe-se a jeito


"Há 86 anos, desde 1938/39, que o Casa Pia não ganhava ao Benfica. E na segunda parte, quando a equipa de Bruno Lage se viu a perder, recorreu à insistência nos cruzamentos para a área, sem mais soluções. Os encarnados até marcaram primeiro, mas a derrota (3-1) contra os gansos deixa em evidência as fragilidades da equipa: em dois jogos, sofreu oito golos

Atentar a Leandro Barreiro durante 15 minutos, no caso também o primeiro quarto de hora do jogo, é observar uma pequena contradição com pernas. Recebe um passe de costas, nos arrabaldes do meio-campo, sem parecer antes olhar à volta, e o passe de primeira que tenta dá só de raspão na bola e ela vai ter com um adversário. Depois, com a área à vista, fora do alcance dos defesas e escondido nos ângulos mortos dos médios, recolhe outro passe e tenta logo desviá-lo de calcanhar para Arthur Cabral quando sozinho estava para receber, virar-se para a baliza e decidir o que fazer à vontade. São dois exemplos de más decisões.
Pouco depois, de novo no lugar certo, posicionado onde devia, uma bonita jogada chegou a Barreiro quando ele estava de frente para a baliza, felizardo de tanto espaço, só com a linha defensiva pela frente. Mas, tão livre de vigias, não correu um pouco com a bola para tentar atrair um adversário, fixá-lo e arranjar melhores condições para dar o passe que precipitadamente tentou rasgar em Di María, intercetado por um deslizante Duplexe Tchamba que se juntou à festa das precipitações. Mas não é esse o ponto, é-o sim o que brotou no seguimento: ligado à corrente, reagindo de pronto ao corte, o jogador do Benfica atacou a ação e chegou primeiro à bola, antecipando-se ao segundo toque com que o central do Casa Pia ia sacudir a bola dali.
Foi penálti, que diligentemente e emulando o jeito de um amigo argentino seu, Ángel Di María converteu em câmara lenta (14’). Era 0-1 para o Benfica e, era aqui onde queria chegar, surgia a compensação vinda de ter Leandro Barreiro no papel híbrido onde cabe no Benfica: ser um terceiro médio, de preferência afastado das zonas onde as jogadas começam a ser pensadas, por necessidade puxado mais para a frente, nas costas do avançado. Por ali a sua energia serve na pressão alta e reação à perda; e para estar também na órbita de Di María, onde se desmarca nas costas, por dentro ou na frente do mais talentoso da equipa para dele desviar atenções. O jogo mostrava o que os encarnados ganham e perdem ao terem-no em campo.
Pouco importará a Bruno Lage, confesso admirador do luxemburguês com raízes angolanas que muito corre. O treinador há lhe elogiou a atitude, o esforço e vários atributos, como o “índice de trabalho”, que antes havia em simuladores de futebol para computador. Mas, estando em campo, destapa o Benfica noutras coisas.
Arthur Cabral já rematara um par de vezes e vestira duas cuecas a adversários no meio-campo, Aktürkoglu por sua vez dera a provar a trave à bola com uma tentativa em jeito, de primeira, como lhe é mais conveniente, a castigar um mau passe de José Fonte na defesa, quando o Casa Pia destapou as fragilidades do Benfica lá atrás - não inteiramente atribuíveis a Leandro Barreiro, só em parte justificáveis por ele.
Sendo um dos três do meio-campo, impreparado para se dar à saída de bola e de costas para quem o pressiona, a equipa tem de inventar soluções. Uma delas é pedir-lhe que arraste marcações, talvez livrar de arrelias um Florentino também pouco confortável a escapulir-se de pressão nas costas, ou tentar abrir espaços a Kökçü e mais alguém que apareça a compensar as carências de uma equipa no momento em que precisa de conviver com um adversário a chateá-lo nos primeiros passes perto da sua baliza. Aos 32’, o previsível que era a bola entrar num Di María que baixara o seu posicionamento, sem muito afinco, para receber na saída de bola, coincidiu com o murcho passe de António Silva, que foi intercetado por Beni Mukendi e sobrou para Cassiano. Com os defesas afastados para saírem a jogar, o avançado pôde ajeitar a bola de primeira à baliza para o empate. O pé direito de Tomás Araújo estava a ver tudo do banco de suplentes.
Outro susto houve, igualmente vindo de um mau passe no primeiro terço do campo - de Kökçü, para trás e quando rodeado por adversários - que originou um remate de Nuno Moreira na cara de Trubin. Ainda daria um livre a beijar a área porque Otamendi o varreu após este chutar. Por muito que durante muito tempo o Benfica tivesse gente a combinar entre linhas no ataque, juntando os extremos e Barreiro, mais Kökçü a criar superioridades dentro da passividade do bloco do Casa Pia, a equipa era frágil a sair da própria área.
Os gansos que voam há anos para longe do seu ninho em Lisboa à espera de obras mostraram, em Rio Maior, trabalho afincado do treinador. Obrigado a ficar sentado no banco por não ter o IV Nível que o deixe dar indicações nos jogos, João Pereira instrumentalizou uma equipa hábil a sair curto de trás, com os médios a darem-se ao jogo com toques certos para deixar alguém com a bola e de frente para o jogo. Uma e outra vez, o Casa Pia projetou os alas nos timings certos para ameaçarem os laterais do Benfica em situações de um para um. A primeira parte acabara com o Casa Pia a crescer.
Uma expansão confirmada, nestes moldes, na segunda. Com uma incursão área dentro, Gaizka Larranzabal ameaçou Álvaro Carreras, baralhando as coordenadas a um lateral que há dias tão norteado estivera a tratar de Lamine Yamal, do Barcelona. Duas realidades separadas por universos, mas foi de uma de várias corridas do ala basco na profundidade que surgiria o remate certeiro de Nuno Moreira, de primeira a emendar um cruzamento (60’) do homem nascido em Bilbao. Era o Casa Pia, sem nomes espampanantes, a equipa mais capaz a ligar uma área à outra.
Os do Benfica roçavam a indiferença. As receções primorosas e ocasionais passes a rasgar de Di María não sobreviveriam ao intervalo. Aktürkoglu desperdiçava bolas com passes sem nexo ou deixava as jogadas morrerem se lhe exigissem uma receção mais desafiante. Leandro Barreiro corria. Apenas o turco rendeu a guarda após o golo, deixando Andreas Schjelderup entrar em campo ao mesmo tempo que Vangelis Pavlidis, por troca com Florentino. Além de correr, Barreiro ficava para defender o meio-campo, o risco a mandar que só sobrasse Kökçü para o ajudar nessa tarefa.
O Benfica precipitou-se contra o adversário, muitos jogadores iam para a frente, às vezes todos eles a invadirem imediatamente a área quando a bola estava em Di María. Cediam a um vício antigo, banalizando o estímulo dado ao argentino para tirar um cruzamento e nada mais. Mágico sem cartola, do canhoto será sempre possível brotar um coelho da chuteira esquerda, mas é do mais previsível para os adversários o truque ser este quando a urgência aperta. Mesmo quando o desinspirado e insípido Ángel saiu, os últimos 10 minutos mantiveram a insistência dos encarnados pelo flanco direito. E o criativo, este esquálido, loiro e bem mais jovem, estava do outro lado.
Nas raras bolas que visitaram Schjelderup, o norueguês não fintou, nem encarou o adversário. Tão pouco tentou combinar com alguém. Simplesmente tentou cruzar, como à direita o fizeram Bah e Aursnes, que fez de extremo a acabar, ou ao centro o tentou Kökçü. O remetente era indiferente quando a semelhança entre todos era o cruzamento esperançoso em cair num dos dois avançados. Parecia a única forma possível de tentarem chegar à baliza. Primeiro teriam de existir na área que o Casa Pia protegeu sem grandes problemas pelos ares, com os seus três centrais - e, sobretudo, com calma.
Imune a nervos e calafrios, os serenos gansos ainda fariam o terceiro golos, já nos descontos, quando reciclaram outra bola despejada pelo Benfica para lançarem Max Svensson. O filho de andebolista esperou pela chegada de Jérémy Livolant, o carrasco que aplicou o castigo por entre as pernas do desamparado Trubin. A história fechar-se-ia pouco depois: há 86 anos (desde 1938/39), ainda o seu fundador Cândido de Oliveira cá andava, que o Casa Pia não vencia o Benfica. Outras estórias acentuaram-se também, porque desde agosto que os gansos não perdem um jogo na sua casa emprestada.
À sua o Benfica regressará cabisbaixo, com os queixos afundados no peito e não puxados acima por uma mão, como Bruno Lage, a meio da semana, instruíra os jogadores a fazerem no meio da roda que de quando em vez forma no relvado. Na ressaca da derrota contra o Barça, na Luz, gritou-lhes palavras. No esquizofrénico desfecho dessa partida da Liga dos Campeões, o treinador queixou-se da “lição cruel” aplicada pelo futebol, das injustiças cósmicas, da mão invisível que tira em vez de dar. Mas o Benfica, este sábado, perdeu porque foi pior do que o Casa Pia. E de Rio Maior saiu a jeito de poder acabar a jornada a seis pontos da liderança do Sporting."

Muitas Ofertas Lá Atrás E Segunda Parte Horrorosa


"Casa Pia 3 Benfica 1 Em Rio Maior para grande almoço no restaurante "100 Gramas e Companhia", do grande Benfiquista Paulo Nobre, organizado por amigo da terra, o António Rola, com a magnífica companhia do Rui Passo, António Bernardo, José Manuel Antunes, Pedro Mendes Pinto e José Martel, entre outros.
Que o Benfica entre para resolver o jogo rapidamente. Não podemos jogar a pensar na Juventus, mas na quarta-feira temos jogo com a Juventus. Certo?
VAMOS AO JOGO
(em direto das bancadas)
00 Detesto ver futebol em estádios com pista de atletismo: ditancia-nos do jogo e tira ambiente. Este é um desses estádios.
00 E eu a julgar que a pirotecnia era exclusivo das claques - mas não: o Casa Pia brindou-nos na bancada contrária a dos bancos com um shou
00 Lage vai prosseguindo na discreta rotatividade da equipa.
06 E vamos em duas pedradas do Arthur para duas paradas do guarda-redes do Casa Pia.
13 Penálti! Barreiro tem sentido de área, foi um derrube que se deve ter visto em Lisboa. Paradinha do Di María... e está lá dentro!
20 Benfica bem! A pressionar, a jogar rápido, a variar os flancos, em cima deles.
24 Ai que era o regresso do Aktur aos golos. E era lindo, de primeira, a barra estragou tudo.
32 Agora praticamente oferecemos o empate quando isto devia estar mais folgado para nós. Primeiro remate deles: 1-1.
37 Outra oferta nossa e toma lá penálti. VAR chama o Nobre. Decisão? Falta foi fora da área! Mas o livre é perigoso. Deu em nada.
45+3 Mais uma boa defesa do guarda-redes deles. Grande abertura do Di María, bom remate do Kökcü. Que pena!
45+4 Empatados e penalizados pelos erros nas saídas de bola. 46 Olho para o banco do Benfica e vejo muitas soluções. Reentrar com tudo, não há tempo a perder: estourou, saiu!
49 Insistimos em ser nós a criar os lances de perigo deles.
59 Ia eu a escrever que a segunda parte estava a correr como o final da primeira e que o Lage precisava de mexer na equipa quando o Casa Pia numa excelente jogada faz o 2-1.
61 Agita isto, Lage, mexe na equipa.
69 Schjelderup e Pavlidis para o jogo e eles iam marcando o terceiro. A impaciência está a tomar conta da bancada e não é caso para menos. Acordem!!!
74 Quantas bolas já desperdiçou o António de cabeça na área deles?
79 Mas porque é que nós não os pressionamos à saída de bola? Estão cansados de quarta-feira? Não se entende isto. 
85 Segunda parte para esquecer. Assim, não.
90 Cinco minutos para mostrar o que valemos. Hoje, muito pouco.
90+4 Contra ataque e 3-1. Igual a quarta-feira.
90+5 Ponto final no jogo. Castigo merecido."

Vinte e Um - Como eu vi - Casa Pia...

Terceiro Anel: Casa Pia...

Visão: Casa Pia...

Kanal: Tamos Juntos...

BI: Casa Pia...

Visão: Casa Pia...

5 minutos: Casa Pia...