Últimas indefectivações

quarta-feira, 22 de março de 2017

1 de Abril

"Começa a ser tradição a incapacidade de um candidato aproveitar uma escorregadela de outro. Já aconteceu ao Benfica não aproveitar desaires do Porto e vice-versa. Só na época passada é que não foi assim. Benfica e Sporting não cederam pontos até ao fim.
E aqui volto à chaga do à condição. Como benfiquista e sempre que o Porto tem jogado antes e ganha, lá tenho de gramar o líder à condição, ainda que overnight. Desta vez, o Benfica jogou antes e não passou de um tristonho empate. No domingo, havia ar de júbilo na primeira página de alguns media. Era como se o Porto já fosse líder sem condição e o Benfica fosse 2.ª à condição. Desta vez, ninguém ousou dizer tão simplesmente (ainda que num indigente português) que o Benfica era líder à condição (de o Porto não vencer). E não venceu... em 102 minutos de jogo e paragens e por causa de um belo golo de João Carvalho, um jogador dos quadros do SLB. Muitos media quase se esqueceram que o Vitória não iria ter falta de competência. O tal que tirou 5 pontos ao Benfica e 4 ao Porto, isto é,que em 4 jogos  nenhum dos 2 candidatos venceu (e que eliminou o Sporting da Taça da Liga).
A propósito de condição, o Benfica comanda isolado este campeonato há 22 jornadas e o Porto já não é líder sozinho há 46 jornadas (e apenas por uma, em 20.12.2015). No dia 1 de Abril vai realizar-se muito provavelmente o jogo decisivo na Luz em que a vitória de um ou de outro candidato será meio-caminho para o título. Uma certeza, porém, haverá, apesar do ser o dia das mentiras: nesse sábado, seja qual for o resultado, seremos poupados a essa diarreia mental do à condição."

Bagão Félix, in A Bola

15 minutos à Benfica: o mito nasceu com uma vitória, a história lembra uma derrota

"Um jogo com os holandeses do Feyenoord, para a Taça dos Clubes Campeões Europeus, há 45 anos, forjou a expressão. O molde, contudo, foi feito antes com os “encarnados” também envolvidos. 

Estádio da Luz a fervilhar. Segundo os relatos da época, 69.021 espectadores nas bancadas a acreditarem que o Benfica treinado por Jimmy Hagan seria capaz de dar a volta a uma eliminatória que tinha começado mal, na Holanda, onde o Feyenoord havia ganho por 1-0 a primeira mão. O titularíssimo António Simões era uma carta fora do baralho para a partida de Lisboa, pois escorregou numa escada quando ia para o treino e partiu um braço. Mas nem o azar do esquerdino tirava a crença dos benfiquistas numa reviravolta do marcador e na passagem às meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Afinal, havia Jaime Graça, havia Artur Jorge, havia Jordão, havia Nené, até havia Eusébio…
E o jogo não podia ter começado melhor para as “águias”. Estavam decorridos apenas cinco minutos quando Nené igualou a eliminatória. A Luz incendiava-se e começou a arder 26 minutos depois, após o golo de Jordão. Em pouco mais de meia-hora o Benfica dava a volta à eliminatória e fazia o austríaco Ernst Happel, treinador da equipa holandesa, engolir as palavras proferidas depois do triunfo em Roterdão - no campeonato holandês, os portugueses jogariam para “não descer de divisão".
Só que o Feyenoord não era uma equipa qualquer. Os campeões holandeses tinham muitos internacionais e dois anos antes tinham vencido a Taça dos Clubes Campeões Europeus e a Taça Intercontinental. A um quarto de hora do fim, um golo de Schoemaker colocou o resultado em 2-1 e emudeceu a Luz. Os “encarnados” estavam fora da prova e, com apenas um quarto de hora para jogar, muitos foram os que desistiram.
Centenas começaram a dirigir-se para o exterior do estádio sem imaginar no que estava prestes a acontecer. Num assomo de raiva, num ímpeto de galhardia, o capitão Jaime Graça rouba a bola aos holandeses, que a passavam com algum desdém de jogador para jogador no seu meio-campo. Num ápice ela acaba nos pés de Nené, que marca o seu segundo da noite (o terceiro dos benfiquistas) aos 81’ e dá início a uma goleada que terminaria com o triunfo dos “encarnados” por 5-1, depois de mais dois golos – um de Jordão (87’) e outro de Nené (89’). Três golos nos últimos 15 minutos.
O que se passou naquele período, no relvado da Luz, entrou para a história como os 15 minutos à Benfica. Uma expressão que tenta descrever um futebol avassalador, uma espécie de vendaval ofensivo que empurra os adversários para trás, uma sucessão de ataques incessantes protagonizada pelos homens vestidos de “encarnado” e que encosta o opositor às cordas até o deixar KO, permitindo dar a volta a resultados desfavoráveis.
Muitos anos mais tarde, Nené, o homem daquele jogo, elegeu-o como o jogo da sua carreira. O avançado, na primeira pessoa, em declarações ao Público em 2004: “No jogo da primeira mão, em Roterdão, o treinador do Feyenoord, Ernst Happel, meteu-se muito connosco, disse que o Benfica era uma equipa de provincianos que não sabiam jogar futebol. O próprio capitão, van Hanegem, comparou o Benfica ao Excelsior, na altura o último classificado do campeonato holandês. O ambiente no jogo de Lisboa, como sempre, estava fantástico, com o Estádio da Luz completamente cheio. Os jogadores sentiam muito o peso daquele estádio e aos 30 minutos de jogo já estávamos a ganhar por 2-0 – o suficiente para nos qualificarmos para as meias-finais, já que tínhamos perdido o primeiro jogo por 1-0. Mas eles fizeram o 2-1 perto do fim e tudo parecia perdido. Muita gente começou a abandonar a Luz. Lembro-me que os jogadores do Benfica olharam uns para os outros e acho que não foi preciso dizer mais nada. Cerrámos os dentes. As palavras do senhor Happel ainda estavam nos nossos ouvidos e mexeram connosco. Quisemos demonstrar-lhe o que era o Benfica, o Estádio da Luz, o famoso terceiro anel. Nos últimos dez minutos de jogo, marquei dois golos e o Jordão outro. Tinha 22 anos e essa foi, certamente, uma das noites mais inesquecíveis da minha vida.”
Os 15 minutos à Benfica foram, assim, forjados num período aúreo do Benfica, com Jimmy Hagan no comando de uma equipa quase imbatível. O inglês chegou à Luz em 1970-71 e rodeado de uma série de jogadores de excelência conduziu os “encarnados” a três títulos de campeão nacional, o último dos quais praticamente perfeito: 30 jogos, 28 vitórias, dois empates e zero derrotas; 101 golos marcados, 13 sofridos; 18 pontos de avanço para o segundo classificado.

Belenenses entra na história
Mas se as “águias” criaram o seu mito nesse duelo ganho ao Feyenoord e protagonizaram ao longo da sua história muitos outros 15 minutos à Benfica, a origem da expressão é outra e mais antiga, mas também envolve os benfiquistas.
28 de Fevereiro de 1926. O Belenenses jogava em casa do Benfica, no campo das Amoreiras, para o Campeonato de Lisboa. A novidade no “onze” azul era um jovem chamado Pepe, com 18 anos, que viria a tornar-se um herói no clube da Cruz de Cristo e a merecer uma estátua no Estádio do Restelo. Os “encarnados” chegaram aos 4-1, mas nos últimos 15 minutos, tudo mudou. Em 13 minutos os “azuis” apontaram três golos e no último minuto foi assinalado penálti na área benfiquista. Chamado à conversão Pepe não tremeu e consumou a reviravolta. Tinha acabado de nascer o quarto de hora à Belenenses.
Ao longo dos anos que se seguiram, a formação “azul” fez juz à expressão em algumas ocasiões. A mais famosa de todas foi, muito provavelmente, a do embate com o Sport Elvas e Benfica, na última jornada do Campeonato Nacional da I Divisão de 1945-46 e que rendeu o até agora único título de campeão aos “azuis”. O Belenenses Ilustrado relata assim o que aconteceu nessa tarde, no Alentejo: “Ao intervalo, os elvenses venciam por 1-0, resultado que servia ao Benfica, ainda a viver a euforia de uma vitória histórica sobre o Sporting, por 7-2! À passagem dos 75 minutos, o Belenenses empatou, por Quaresma, que despertava de madrugada e ainda noite feita apanhava o cacilheiro para poder estar nas Salésias à hora do treino, trabalhando, depois, como, afinal, todos os outros, o resto do dia, como electricista. Cinco minutos depois, através de Rafael, o golo que valeu o título. E a festa toda de azul e oiro — de sangue, suor e lágrimas. Comovente, asseveram as crónicas, os homens da ‘Cruz de Cristo’, unidos num abraço longo, no centro do terreno, com as faces inundadas de suor, desfeitas também em lágrimas.”
Sempre com alguma poesia à mistura, os relatos destes momentos épicos vividos pelos clubes não são exclusivos de nenhum deles. Em alguma altura na história, há algo que faz os adeptos orgulharem-se dos emblemas que amam. Se na Luz há os 15 minutos à Benfica, e no Restelo o quarto de hora à Belenenses, no Dragão elogia-se a equipa que “joga à FC Porto” e em Alvalade admira-se quando os 11 futebolistas em campo jogaram como “leões”. No fundo, como disse ao Público Toni, um dos homens que actuou na equipa “encarnada” no tal triunfo histórico com o Feyenoord, o que os adeptos querem é sentir que em campo estão atletas “que se entregam com paixão e dedicação às cores que defendem”."

Quem é o culpado de o FC Porto não ter conseguido chegar à liderança?

"É o Pizzi, obviamente. O Pizzi porque obrigou os serviços de inteligência do FC Porto a uma semana intensa de trabalho exclusivo para o afastar do clássico. Foi tal o empenho intelectual na campanha que o Felipe esqueceu-se de não escorregar na sua área e o resto da equipa esqueceu-se de ganhar ao Vitória de Setúbal.
(...)"

Leonor Pinhão, in Correio da Manhã

Há rosas em Hiroshima

"O poema de Vinicius de Moraes, Rosa de Hiroshima, foi musicado por George Conrad e tocado pelo grupo Secos e Molhados no início da década de 70 e tornado um dos símbolos da resistência à feroz ditadura que imperava no Brasil à época. O texto transcreve os muitos malefícios decorrentes do lançamento da bomba atómica na cidade japonesa em 1945 e as feridas que ficaram abertas com o tempo.
Transpondo para a realidade do futebol nacional e retirando a carga bélica pode dizer-se que, semana após semana, através de comunicados; de publicações assinadas, ou não em sites oficiais - já agora, convém que quem escreve dê sempre a cara -; dos comentários de adeptos notáveis ou notados com cartilha previamente distribuída nas mais diversas estações televisivas, lançam bombas sobre a arbitragem.
Ainda assim, malgrado alguns erros pouco plausíveis, a maioria dos trabalhos protagonizados pelos árbitros acabam por ser rosas em Hiroshima. Afinal, de um terreno devastado ainda se consegue extrair alguma coisa boa.
Talvez o pior sejamos efeitos colaterais. Às vezes não visíveis quando alguém pega num telemóvel e consegue filmar um louco com uma barra na mão para agredir um árbitro após uma espera; outros ficam invisíveis e apenas denunciados, como aquele em que o pai de jogador de sub-12 deu uma chapada a um árbitro um pouco mais velho do que o seu filho: 15 anos. Sim, leu bem, o árbitro tem 15 anos.
Há teorias com suporte científico a defender que o desenvolvimento da consciência depende da reflexão. Pois. Daí talvez se perceba. Quem debita frases, ou se limita a ler os documentos que lhe foram passados, tem pouco tempo para pensar. O pior são os outros. Se calhar, no músculo do braço de cada agressor estão as palavras dos inconscientes."

Hugo Forte, in A Bola

Experiência? Qualidade!

"A questão da experiência é um dos argumentos mais gastos na hora de analisar o comportamento das equipas nas provas europeias, sobretudo na Liga dos Campeões, como se fosse o principal factor de sucesso. Não é. É evidente que tem o seu peso, como em tudo na vida, mas não é, por norma, o factor determinante. Esse, custe a quem custar, é a qualidade. Ganha mais vezes quem tem os melhores jogadores (mesmo que até possam não ter os melhores treinadores, embora seja sempre bom juntar o útil ao agradável). Benfica e FC Porto não se despediram da Champions porque são menos experientes do que Dortmund e Juventus, mas sim porque os adversários são melhores, muito melhores, independentemente do mediatismo ou da conta bancária. De quando em vez, o mais fraco pode passar, acontece, mas jamais será a regra.
O Mónaco, que eliminou o Man. City, apresentou na segunda mão uma equipa com média de idades de 24,7 contra 28,8 dos ingleses (4,1 anos de diferença); o mesmo Mónaco tem um acumulado de experiência na Champions, no seu plantel, de 237 jogos, ao passo que o City soma 752. E nesta último ponto poderíamos ainda falar da diferença de experiência entre Jardim e Guardiola... O Mónaco passou porque neste momento é melhor do que o Man. City. Ponto.
O Benfica, que esta época apresentou sempre das equipas mais jovens da Champions (a par do Dortmund, é bom referir, detendo ambos o recorde desta edição, fixado nos 23,6 anos de média, no Sporting-Dortmund, 1-2 e no Benfica-Besiktas, 1-1), não foi mais longe na Champions por causa disso, mas sim porque neste momento não tem qualidade para muito mais num dia normal. E também não foi por isso que o Dortmund deixou de ganhar o grupo onde estava o Real Madrid e seguir em frente nos oitavos. Não há coincidências. Uma equipa com os melhores sub-21 ou sub-23 do Mundo pode perfeitamente ganhar a Champions."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

«Alta Pressão» - veneno para os incompetentes e alimento para os audazes

"Muito embora em alto rendimento a exigência para demonstrar os valores da competência em qualquer jogo esteja sempre presente, pode no entanto acontecer que a maior pressão para a obtenção dum resultado em confronto competitivo, esteja sempre mais dependente da equipa que necessita de não deixar fugir o adversário em termos classificativos, no caso específico na conquista dum título. 
Esse foco de grande expectativa quando não for capaz de ser ultrapassado, pode gerar nos jogadores um presságio devastador pelo risco ou receio em perder, acusando um estado de negligência emocional, sabendo-se, que como tantas vezes tenho repetido, quando o medo de perder supera a vontade de ganhar, perde-se quase sempre, vendo-se abertas as portas dos balneários e dos seus acessos, àqueles que se podem identificar como os prisioneiros da desgraça. Não se pode por isso ignorar a importância e influência que os processos emotivos exercem sobre o comportamento dos jogadores. As emoções adequam-se aos comportamentos. A demonstração do estado consciente está de acordo com o nível dos jogadores e da forma como metodologicamente são orientados, sendo capazes de transformar cada gesto numa arte de bem jogar.
Pelas atitudes verificadas em jogadores movidos duma causalidade onde possa residir falta de confiança, os nervos e a angústia aumenta-lhes o cansaço, pensam que tudo lhes pode sair mal, individualizando em excessivo as técnicas de acção, cometendo faltas sucessivas, discutindo sobre questões para as quais não têm possibilidades de resolução (relvado, público, árbitro, chuva, vento, etc…), deixando-se envolver por um sentimento base negativo e olhando o futuro como um pesadelo provando que a inquietação, o desespero e a derrota tem um efeito mais retumbante.
Para contrariar este estado de sítio, terá que se definir a capacidade de empenhamento dos jogadores para o rendimento desejado, permitindo sonhar com o futuro e admitindo nesta circunstância um sentimento base positivo, porque forte, convencido e motivado, acreditando mais em si próprio fará com que os demais também acreditem nas suas capacidades. Por vezes o ter de ganhar para ultrapassar o adversário pode transferir para o processo emocional um acicate, quando os jogadores não são capazes de dominar este estado de pressão.
No entanto, nem sempre é linear este pensamento de causa determinada a efeito consubstanciado. A capacidade humana para superar adversidades é fenomenal. Há equipas e jogadores que após o relato de factores adversos renovam um espírito avassalador, transformando a adversidade numa força mobilizadora e aglutinadora onde pode despertar maior empenhamento para a obtenção do sucesso. Associando a estas circunstâncias algumas experiências de êxito conseguido, passa a habitar mais disponibilidade transferir o sonho em realidade.
Contemplando o que de forma repetida procuro inserir nas minhas reflexões, anoto a premente necessidade de remodelação de conteúdos no que corresponde à inserção de metodologias de treino. Sendo assim passo a equacionar algumas dessas referências:
- Restabelecer ou incrementar um compromisso por parte de cada jogador na concretização de objectivos quer em cada treino, quer em cada jogo, construindo para o efeito um quadro de excelência onde possa colocar os seus rankings de sucesso, podendo ser validados como um elemento desafiador de conquista (passos positivos, assistências para remate e golos, desarmes com eficácia, remates e sua qualificação, etc…). Isto é, pelo estudo e regulação dum código de conduta, permitir através do esforço, disciplina e dedicação uma matriz onde se incorpora a dinâmica de sucesso de cada qual. Estaremos assim a ajudar a transferir para o processo de consciência, este enriquecimento dum património justificadamente qualificado e substancialmente enaltecido das funções que são exigidas, quer a cada jogador na sua individualidade, quer à equipa na sua globalidade.
Sabemos que os jogadores mais capazes de obter o sucesso, também são aqueles que melhor conseguem dominar os índices de pressão que se vão acumulando ao longo do jogo. Para isso necessitam de identificar as origens deste estado crítico. Em termos somáticos identificam-se pela transpiração excessiva, garganta seca, forte transpiração, arritmias diversas, etc… Em termos cognitivos, estão mais sujeitos às crises de pensamento (não consigo, sou fraco, tenho receio de me lesionar, etc…, aparecendo na memória uma nuvem de incerteza, provocada pelas histórias negativas dos insucessos nos desempenhos registados). Chamei-lhe num dos artigos em tempos publicado, o veneno da memória. Como consequência de tudo isto, geralmente apresentam uma qualificação técnica de miséria – passes errados, faltas sucessivas, incapacidades flagrantes no teor de finalização, etc…
Podemos construir a partir destas avaliações e reflexões os traços de personalidade dos jogadores que mais resistem e combatem, ou por outro lado “desaparecem” perante os desafios que a pressão do jogo lhes impõe.
- Inserir na dinâmica processual de treino a técnica de visualização criativa dos gestos técnicos que estão inscritos no código do êxito participativo. É fundamental que as imagens de sucesso sejam previamente e insistentemente documentadas, exaltadas e experienciadas associando um trabalho respiratório intenso, visualização em vídeo, sendo mobilizadas as fontes de convicção no desejo de se verem repetidas.
Outra das formas para ajudar a eliminar os estados de pressão, está na aplicação metodológica do trabalho respiratório profundo, associado à técnica de relaxamento muscular progressivo com base nos exercícios de tensão/relaxamento capazes de transmitir paz, serenidade, tranquilidade, que pode ser treinada inicialmente num gabinete, sala ou balneário para depois ser aplicada durante o jogo no momento das suas paragens (assistências médicas, substituições, etc…). Assume-se como um processo modelar que ajuda a libertar a tensão acumulada, podendo um jogador em estado de crise momentânea, ver fortalecido o seu domínio de autoconfiança, manter ou porventura melhorar a capacidade de concentração e autocontrolo e seleccionar os melhores níveis de eficácia nas tomadas de decisão.
A propósito da candidatura ao título de campeão e dos recentes resultados obtidos e cujas consequências poderão originar expectativas ou desencanto e sabendo da próxima competição “intra pares” após um tempo de interregno por via das convocatórias para as selecções dos seus países, veremos quem e como foi capaz de melhor se readaptar aos requisitos para a obtenção do sucesso.
O facto da saída do seu “habitat natural” para a inserção de novas metodologias com distintas estruturas técnicas, substituições dos estado de rotina, associando a qualificação (ou não) do êxito obtido no resultado alcançado e porventura a necessidade de adaptação às alterações pelas mudanças de fusos horários, que podem conduzir a situações de dessincronização dos ritmos biológicos, ocasionando mais complexidade no que respeita à capacidade de atenção e decisão, alterações do estado de alerta, perturbações do sono e maior irritabilidade provocada pelo desgaste, será com certeza mais uma medida de reflexão e estudo que importará evidenciar. Cá estaremos para isso…"

José Neto, in A Bola

Contadores de estórias (ep. 2)

Benfiquismo (CDXIV)

Inconfundível...!!!

105x68... Anti's, empates e recta final!

Luís Carlos, lembram-se?!

Vitória em Gondomar

Pinheirense 1 - 3 Benfica
Elisandro(2), Chaguinha

Começamos o jogo praticamente a perder... empatámos aos 13 minutos, e o jogo ficou empatado durante muito tempo... muito mesmo!!!
A 2 minutos do fim, o Benfica arrisca o 5x4 e no último minuto, finalmente ficamos em vantagem!!! Nos últimos segundos a situação inverteu-se, o Unidos arriscou e o Benfica fechou a partida com o terceiro...!!!

Empate

Benfica 28 - 28 Águas Santas
(16-15)

Mais um mau resultado, com o 4.º lugar a ser cada vez mais a 'conclusão' óbvia...
E com a lesão do Ales, perdemos a dupla Ales/Cavalcanti uma das nossas melhores armas...!!!

Estivemos quase sempre em vantagem, com 2 a 3 golos de diferença, nos últimos minutos, com as exclusões do Cavalcanti o Águas aproximou-se, e com a dupla Nicolau/Caçador lá apareceu um 7 metros no último segundo para dar o empate aos Maiatos...!!!

Só uma graçinha na Europa poderia 'animar' a época, mas sem o Ales será quase impossível, equilibrar os jogos com os Alemães e Espanhóis...