Últimas indefectivações

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Bancadolândia


"Somos milionários e não sabemos. Quantas e quantas vezes, o despertador sussurra, ou parece que grita, remove-os do leito onde, à pressa, embrulhamos três, quanto, cinco horas de sono para, depois, trôpegos, amarrotados e meio rezingões, jejuados ou não, irmos à vida e guiarmos os pequenos do nosso sangue na continua realização de sonhos, imensos para eles no desporto ou noutras actividades. Fazemos o que queremos, por quem, onde e quando queremos, livres, mas nem ajuizamos, simplesmente negligenciamos esse tesouro. Que luxo!
Somos milionários e não sabemos. A mais recente 'crise política' no Afeganistão, com severo impacto social, agitou consciências, desencadeou reflexões globais, provocou intervenções por todas as razões e consequências objectáveis. Coisa singela aos nossos olhos, jogar futebol, o desporto tão amado, é agora, para as raparigas afegãs, um sonho proibido. Por ele, em defesa de 'uma identidade' e pelo que 'adoram fazer', muitas fugiram das suas raízes, abandonaram uma vida, romperam abruptamente com um passado de ligações para, noutras latitudes democráticas abraçarem a esperança num presente e num futuro convergentes com os mais elementares direitos humanos e com os valores em que acreditam.
Somos milionários e não sabemos. Apesar de fundamental, o trabalho invisível é, todavia, o mesmo valorizado, seja em que meandro for, justamente pelo adjectivo ou pelo substantivo que o sinaliza. Não se vê, não é aplaudido, não colhe elogios. É assim. Mas há momentos que impõem que os pontapés de bicicleta de índole social rompam os mantos de discrição e deem corpo a noticias com eco. 'Sempre disponível para todos', tal como sublinha o presidente executivo Carlos Moia, a Fundação Benfica, no âmbito do seu projecto Welcome troughh Football, auxilia refugiados, e foi nessa perspectiva que abriu portas e nos últimos dias recebeu jovens futebolistas afegãs nas instalações do Clube, nomeadamente no Estádio da Luz. Iluminar rostos enganados pelo destino, 'saber acolher, acompanhar e ajudar verdadeiramente quem precisa' - causas e missões deste cariz, pela sua nobreza e amplitude, não podem ser caladas."

João Sanches, in O Benfica

Anticlimax


"Os anos passam, e a FIFA continua na mesma, preocupando-se mais em sugar receitas milionárias do que em promover o futebol - aquela que é, ou deveria ser, a sua principal missão.
Num momento em que as provas de clubes estão ao rubro, interrompe-se a festa para encaixar, à força jogos de selecções que neste momento não interessam a adeptos, nem a jogadores (muito menos aos clubes que lhes pagam), e dos quais até os selecionadores se queixam. Não quero ser mal interpretado. Gosto de futebol de selecções, vibro desde criança com Campeonatos do Mundo e Campeonatos da Europa, sou adepto fervoroso da 'Equipa das Quinas'. Tudo isso... na altura própria. E a altura própria é, no meu ponto de vista, o mês de Junho, depois de terminada a época de clubes, depois de esbatidas as rivalidades e temperadas as tensões. Aí, sim, deviam desenrolar-se as fases de qualificação (eventualmente num modelo mais curto e competitivo), alternando, ano a ano, com as correspondentes fases finais.
O que acontece actualmente com estas pausas é uma tortura para quem gosta verdadeiramente de futebol. È como obrigar a comer um pastel de nata a meio de uma açorda de marisco. A FIFA não quer perceber.

PS: O nosso querido clube vai amanhã a votos. Independentemente de quem vier a ser eleito, o mais importante é que no dia seguinte estejamos todos unidos e firmemente empenhados em empurrar as nossas equipas para as vitórias. Somos o Benfica, pelo que estou certo e seguro de que saíremos do processo eleitoral (ainda) mais fortalecidos."

Luís Fialho, in O Benfica

Manuel Libório, sempre!


"A notícia chegou de forma fria e cruel na passada sexta-feira - faleceu o Senhor Manuel Libório. Como acontece sempre com as pessoas que mais estimamos, tentei confirmar a veracidade da mesma, e, infelizmente, confirmou-se. Conhecia bem o 'Senhor Manuel Libório', como todos o tratávamos, e tinha por ele uma enorme estima e admiração. Estimava muito a sua forma de estar, a sua postura e, sobretudo, a sua dedicação ao Sport Lisboa e Benfica. Admirava o seu benfiquismo e a paixão que tinha pela formação. Mas o Senhor Manuel Libório tinha uma outra paixão assumida - o Sport Lisboa e Benfica. Em suma, Manuel Libório era dedicado ao clube do seu coração em toda a linha. Lembro-me bem das vezes em que ele se deslocou às instalações do nosso jornal para entregar as fichas de jogo do Saudade, que ele tanto ajudou o presidente Artur Santos, a dirigir. Claro que nessas ocasiões eu aproveitava para recordar com ele alguns episódios marcantes da vida do Glorioso, alguns deles que me ajudaram a perceber questões que eram para mim misteriosas. Aprendi muito com o Senhor Manuel Libório - a dedicação ao Clube a capacidade de acreditar sempre num futuro risonho, sobretudo após os maus resultados, e a combatividade. Também perdi a conta às vezes que lhe perguntei pelas novas pérolas da formação e da iniciação. E ele, invariavelmente, falava dos seus meninos com tanto orgulho como um pai fala dos filhos. Partiu com 82 anos, 57 de filiação no SL Benfica e após 50 anos de dedicação ao futebol de formação, onde desempenhou várias funções, entre elas as de delegado. A homenagem de que foi alvo, antes do jogo de juniores Benfica - Sporting do passado sábado, no Benfica Campus, foi justíssima. E a vitória por 3-2 só pode ter-lhe sido dedicada. Também no mesmo dia perdemos Abel Oliveira, o competente e dedicado coordenador da prospeção do Clube no distrito de Aveiro, que também foi homenageado na dérbi. Às famílias e dos amigos de ambos apresento as minhas sentidas condolências."

Pedro Guerra, in O Benfica

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"8
Como em 1942/43 e 1980/81, temporadas de pleno de vitórias nas 7 jornadas iniciais, o Benfica, na presente época, perdeu pela primeira vez na 8.ª ronda do campeonato nacional. Só em 1972/73 e 1982/83 conseguimos melhor. Fica uma nota de optimismo: nas duas vezes anteriores em que esse foi o percurso, sagrámo-nos campeões nacionais;

10
Intensa, emocionante e gloriosa, foi assim a Supertaça de voleibol. Vencemos este troféu pela 10.ª vez nas últimas 11 temporadas;

14
Foi apenas a 2.ª parte em que a 1.ª derrota da temporada surgiu ao 14.º 'jogo oficial'. Apenas em 9 épocas, nas 99 em que o Benfica disputou pelo menos 14 partidas em competições oficiais, este registo foi superado;

24
A injustiça do resultado com o Portimonense também se nota por este dado: foram 24 os remates efectuados pelo Benfica na partida ante os algarvios, o máximo da Liga Bwin ao fim de 8 jornadas na presente temporada;

50
Jogos 'oficiais' de Otamendi pelo Benfica, nos quais usou a braçadeira de capitão em 42 ocasiões. Tradicionalmente, a braçadeira de capitão era envergada pelo atleta com maior antiguidade na equipa de honra, mas casos houve em que foi outro o critério. Por exemplo, José António Camacho promoveu uma eleição entre os elementos do plantel. Jorge Jesus, nesta segunda passagem pelo Benfica, aparentemente aplicou os critérios da personalidade, experiência e liderança no balneário para definir os membros do grupo dos capitães. André Almeida, Pizzi e Vertonghen foram, desde que a época iniciou, os restantes capitães de serviço;

289
André Almeida chegou aos 289 'jogos oficiais' pela equipa de honra do Benfica e é, a par de Paneira, o 33.º no ranking. Esta a 12 do 30.º, João Pinto."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1 - Os sócios do Sport Lisboa e Benfica elegem amanhã os novos órgãos sociais para os próximos 4 anos. É o momento de dizermos presente, de expressamos e exercermos uma indiscutível cidadania benfiquista, num ambiente democrático que engrandece a nossa história e nos afirma nos valores que pretendemos para o nosso clube neste século XXI. Que no debate de ideias se fortaleça um rumo tão virtuoso quanto imparável.

2 - O apelo é para que todos respondamos à chamada, para que votemos no Estádio da Luz, em todo o país e além-fronteiras. Seja Lista A ou Lista B - isso é da consciência de cada um -, mas que cada sócio participe e fortaleça este espírito de ligação único à nossa paixão de sempre. O Clube é dos sócios, e cabe-lhes decidir que projeto, que ideias, que ambições mais se coadunam com a visão que cada um tem quanto ao futuro do Sport Lisboa e Benfica. A última eleição foi histórica em matéria de participação: a maior de sempre, com 38 102 votantes. Um exemplo ímpar de vitalidade associativa que nos cumpre honrar.

3 - Ao longo das últimas semanas, as diferentes plataformas de comunicação do Benfica empenharam-se em dar a conhecer a visão de cada candidato para o futuro do Clube. Depois das entrevistas e de um debate na BTV, dos tempos de antena e de uma newsletter integralmente dedicada aos projetos eleitorais, culminamos esse imperativo de esclarecimento perante todos os associados com o essencial de cada programa às eleições nas 4 páginas que reservamos nesta edição do jornal O Benfica. As ideias estão lançadas. Cabe-nos decidir e votar. O Benfica será sempre o grande vencedor."

Pedro Pinto, in O Benfica

SL Benfica | Arranque frenético parado na Luz


"Às vezes é preciso perder para depois se ganhar, SL Benfica…
O SL Benfica vivia, até à derrota frente ao Portimonense SC, um dos melhores arranques da história. Foi apenas à oitava jornada do campeonato que os encarnados caíram (e com estrondo), pela primeira vez nesta temporada.
A euforia do jogo frente ao FC Barcelona desvaneceu-se rapidamente com a derrota caseira frente à equipa de Portimão, mas nada disso tira o mérito a esta equipa que fez um arranque fenomenal.
É estranho, eu sei, elogiar uma equipa que acabou de perder, mas faz parte do desporto e há que reconhecer o mérito a quem o merece. Este SL Benfica realizou um dos melhores arranques da história e merece ser reconhecido por isso.
Não, não se pode passar “paninhos quentes” e dizer que tudo está bem, pois há coisas a melhorar, há que estudar os erros e derrotas como esta servem para se tirar ilações, senão foi apenas uma derrota.
A verdade é que desde agosto que o SL Benfica regista onze vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Eu diria que são excelentes resultados, mas estes três pontos poderão fazer muita falta lá para maio.
Jorge Jesus colocou a equipa a jogar em modo “rolo compressor” e regista um saldo de 28 golos marcados e seis sofridos até ao momento. Bater este SL Benfica e, principalmente, terminar um jogo sem sofrer não é tarefa fácil, que o diga o Portimonense SC que viu serem desferidos 24 remates contra si no último jogo e mesmo assim conseguiu manter a baliza fechada a golos encarnados.
O treinador do SL Benfica parece ter encontrado um onze que para além de parecer ser a formação mais forte, é a mais rotinada e equilibrada que vimos nesta temporada. Mais uma vez reforço a ideia de que não é por se jogar com três centrais que a equipa é mais defensiva, até pelo contrário.
O atual esquema tático aproveita ao máximo o poderio ofensivo dos laterais encarnados e com Weigl numa forma incrível, o corredor central está mais do que protegido. De resto, João Mário está num nível altíssimo e lá na frente Rafa parece não querer baixar o ritmo, levando já cinco golos e três assistências.
Darwin e Yaremchuck também estão em grande forma com o primeiro a registar já seis golos nesta época e o segundo com quatro golos e duas assistências.
No total, este trio de ataque conta, entre si, com 15 golos marcados e cinco assistências. Números fantásticos e que deixa qualquer treinador e adepto satisfeito. Espera-se que a equipa não abrande e que a derrota frente ao Portimonense SC tenha sido um contratempo que dê para perceber aquilo que correu mal e se aprenda com os erros.
Estamos em pausa para compromissos de seleções nacionais e muitos dos titulares encarnados foram convocados pelos seus países, mas até regressarem as competições de clubes, Jorge Jesus tem tempo para estudar a melhor forma de recuperar a equipa e de voltar ao trilho de vitórias com o qual iniciou a temporada.
Esta manhã, os encarnados perderam por 4-5 num amigável frente ao SC Farense, no Benfica Futebol Campus."

Apelo ao voto


"Estamos a um dia das eleições no Sport Lisboa e Benfica. Os sócios têm a responsabilidade de escolher quem terá a enorme honra e compromisso de dirigir os destinos do Clube no próximo quadriénio.
Façamos do dia de amanhã mais um exemplo de vitalidade e pujança associativa benfiquistas. Estejamos à altura da grandeza do nosso querido Benfica!
São duas as listas concorrentes. Ao longo da campanha ficámos a conhecer as propostas de cada uma delas para o futuro do nosso Clube, amanhã é dia de optar por uma. Vote!
Nesta newsletter publicamos os artigos que resumem o programa de cada candidatura, uma súmula da responsabilidade de cada lista.

Lista A
Por Todos, Com Todos, Pelo Benfica.
Caras e Caros Sócios do Sport Lisboa e Benfica,
Construir e ganhar fazem parte da nossa ambição, no presente e para futuro.
Construir significa ter um Benfica centrado nos sócios e na defesa dos interesses gerais do clube, em que a gestão rigorosa, clara e sustentável está ao serviço do nosso projeto competitivo, com equipas competentes, experientes e de gente que ama o Benfica como as que apresentamos nestas eleições.
Somos a soma de muitas partes, nunca um clube ou um projeto de um homem só.
Ganhar é a nossa responsabilidade. Pelo que fomos no passado, pelo que somos e pelo que queremos ser. Temos a obrigação de criar as melhores condições possíveis para entrar sempre em competição para ganhar e ganhar.
É essa a nossa ambição, de todos os que, seja onde for, vibram com o Glorioso, apoiam os atletas e têm um sentido positivo de construção de um Benfica ainda maior, mais forte e mais líder.
Vitorioso em campo, como instituição, mas também na gestão e organização do fenómeno desportivo, na sociedade e na economia, em Portugal e no Mundo.
Apresentamo-nos com sentido de responsabilidade, com a experiência e competências necessárias para abrir um novo ciclo de conquistas e de afirmação do Benfica, com o melhor do nosso passado e os ajustamentos que as novas realidades implicam, ajustando também os estatutos, através da sua revisão. Sempre, mas sempre com envolvimento dos sócios e na defesa dos interesses gerais do clube.
As nossas prioridades são claras, tão claras como a força da vossa paixão e o vosso compromisso com o nosso clube.
10 do 10: As Prioridades Da Candidatura de Rui Costa
1. Benfica dos Sócios e Adeptos.
2. Benfica focado na afirmação e liderança desportiva, com atitude, valorização da formação e sustentabilidade.
3. Benfica do futebol e das modalidades.
4. Benfica de todos os géneros, em cada vez mais modalidades, incluindo a procura de parceiro para o ciclismo.
5. Benfica como referência institucional, social, desportiva, económica e de modernidade.
6. Benfica do rigor, da clareza e de uma vivência democrática sem polémicas, unido na diversidade.
7. Benfica líder nos processos de reconhecimento do papel dos clubes, nas transformações e na modernização, sem abdicar da sua matriz e da salvaguarda dos seus interesses.
8. Benfica da memória e da inovação, integrando os ex-atletas na construção de equipas e projetos ganhadores.
9. Benfica das infraestruturas desportivas ajustadas à ambição ganhadora do clube, dos atletas e dos sócios, do Estádio ao Seixal, dos Pavilhões ao futuro espaço para o alto rendimento e para a formação.
10. Benfica da afirmação nacional e internacional do clube como instituição com um passado, um presente de conquistas e a ambição de construir novos futuros.
Nova Agenda, Equipa Renovada
Apresentamo-nos a votos, como prometemos em julho, depois de respondermos à emergência da preparação do início da época desportiva e aos desafios de gestão de um tempo de grande exigência, credibilidade e união.
Só o Benfica importa. Por isso, para além das 10 prioridades, deixamos-vos 20 propostas concretas:
1. Primado dos sócios na vida do clube. Clareza, proximidade e participação, com explicação sustentada das opções de gestão do clube e do projeto desportivo;
2. Criação da Casa do Sócio, um espaço nobre para receber os associados, permitindo corresponder às suas necessidades e proporcionando experiências únicas e diferenciadoras físicas e digitais;
3. Aumento do número de sócios e da presença do clube em Portugal e no Mundo, centrado nas dinâmicas de afirmação das Casas do Benfica;
4. Reforço da competitividade das equipas de futebol e das modalidades, masculino e feminino, com valorização da formação e criação da Cidade Desportiva do Benfica, com Centro de Altos Rendimentos, mas espaço para a formação, na zona de Lisboa;
5. Defesa do fim do atual Cartão do Adepto. Nada resolve, só complica;
6. Reforço da comunicação do clube para os sócios e adeptos e para a defesa dos interesses gerais do clube;
7. Constituição de equipas altamente competitivas com orçamentos sustentáveis, com plantéis equilibrados, que integrem o talento da formação, incentivado a sua permanência no clube, num quadro geral de existência de tetos salariais nos primeiros contratos seniores e na massa salarial global do plantel;
8. Reforçar o posicionamento de participação e de vitórias nas competições nacionais e europeias, em linha com a nossa história e com a responsabilidade perante os milhares de adeptos em Portugal, na Europa e no Mundo;
9. Reforço das condições de treino e da ambição no futebol, nas modalidades e no projeto olímpico, com novos impulsos, por exemplo, a procura de parceiro para o regresso do ciclismo ou o desenvolvimento de desporto adaptado;
10. Reforço da valorização da memória do clube e dos ex-atletas como ativos de experiência, de simbolismo e de competência para afirmação do projeto desportivo;
11. Valorização da missão da Fundação Benfica, pilar central da afirmação da responsabilidade social do clube, por via dos projetos que transformam vidas, geram oportunidades e contribuem para a construção de um Mundo melhor;
12. Reforço do compromisso de exigência interna e externa do clube como instituição com uma enorme responsabilidade institucional, social, desportiva e económica, na sociedade portuguesa e no Mundo. No que comunica, no que faz, no que sinaliza e no que inspira, afirmando-se como força positiva, responsável e relevante;
13. Manteremos o equilíbrio financeiro, garantindo a robustez económica do Benfica, num quadro de constante modernização e inovação;
14. Promoveremos o incremento de receitas, assente na vertente digital, na expansão internacional e na excelência dos nossos patrocinadores.
15. Continuaremos a cumprir com todos os stakeholders, em especial, os fornecedores, os colaboradores e as entidades financiadoras.
16. Manteremos o cumprimento dos critérios de FairPlay financeiro
17. Defesa intransigente dos interesses gerais do clube nos quadros competitivos, nos modelos de organização e nos direitos desportivos, financeiros, fiscais e económicos, em Portugal e no quadro europeu;
18. Modernização sustentada do Estádio, do Benfica Campus do Seixal e dos Pavilhões, gerando melhores condições de utilização pelos sócios, adeptos, equipas técnicas e atletas;
19. Reforço da autonomia, do património e da sustentabilidade do clube, a par da afirmação como referência competitiva, institucional, social e económica, em Portugal, na Europa, na Lusofonia e no Mundo.
20. Revisão dos Estatutos para os ajustar às novas realidades e aos desafios, num processo participado e orientado para o reforço da defesa dos interesses gerais do clube.

Sábado é dia de dar mais força ao Benfica.
De Norte a Sul, nas Regiões Autónomas e por todo o Mundo, é dia de darmos expressão à nossa paixão pelo Glorioso, através de uma grande votação. Uma votação que reafirme, ao país e ao Mundo, a força do nosso Benfica, a energia, a paixão e o nosso apoio à construção de um futuro para o qual todos estão convocados.
Sábado, como nos próximos 4 anos, precisamos da vossa participação, presença e apoio.
Nada está ganho. O Benfica precisa de todos e todos os votos contam.
Sejam aquela força positiva que diz sempre presente, seja onde for e contra quem for.
O Benfica precisa sempre dessa paixão única. O maior de Portugal precisa sempre dos melhores adeptos do Mundo, estejam onde estiverem.
Contamos consigo!
Nós, estaremos sempre cá, por todos, com todos, pelo Benfica.
Lista A Rui Costa

Lista B
Servir o Benfica
A Lista B alicerça o seu Plano de Gestão para o quadriénio 2021-2025 na Tradição Democrática, Transparência e Ambição Desportiva.
A História e dimensão do Sport Lisboa e Benfica, aliadas ao amor pelo Clube que move esta candidatura, exigem que este programa prime pelo maior rigor, ambição, seriedade, competência e especialização. Como tal, apresenta-se nesta candidatura um projeto pensado, sério, estruturado e coerente que elevará o Benfica a um patamar do qual não deveria ter descido.
Este projeto assenta em cinco áreas-chave – Futebol, Ecletismo, Associativismo, Gestão & Património e Comunicação & Digital.
O Futebol é a principal atividade do Sport Lisboa e Benfica desde a sua fundação, e o sucesso nesta área é condição necessária ao crescimento sustentado do Clube, à preservação da sua imagem ganhadora e à sua respeitabilidade internacional. O objetivo máximo deste Plano de Gestão é atingir a hegemonia no futebol em Portugal e uma aproximação aos maiores clubes europeus, traduzida em participações consistentes e competentes na Liga dos Campeões.
Propõe-se uma redefinição da Estrutura para o Futebol, com uma hierarquia bem definida (Membros do Conselho de Administração da SAD, Diretor Desportivo, Team Manager, Chief Scout e Responsável pelo Futebol de Formação), a definição clara dos objetivos a alcançar, dos meios a utilizar e a avaliação do desempenho com consequente responsabilização de todos os profissionais envolvidos. A Lista B propõe igualmente a alteração da composição do CA da SAD, recorrendo a um maior número de especialistas na área do futebol.
Atribuir-se-ão prémios aos membros do Conselho de Administração da SAD apenas nas épocas em que cumulativamente sejam cumpridos três requisitos:
1) Conquista do campeonato nacional de futebol;
2) Qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões;
3) Apresentação de resultados financeiros positivos da SAD.
No que diz respeito à atuação no mercado de transferências, zelar-se-á pela permanência dos principais jogadores, garantindo uma correta identificação com os valores e objetivos do Clube e fortalecendo a ligação emocional do atleta ao Clube e aos adeptos. Dar-se-á sempre prioridade às melhorias contratuais de atletas de qualidade comprovada e identificados com o Clube.
Trabalhar-se-á para que o plantel esteja fechado à data do primeiro jogo oficial, sendo constituído por um menor número de jogadores do que no passado recente. O Departamento de Scouting ganhará peso, com uma melhor coordenação entre as ideias e processos das equipas, nunca negociando atletas à revelia dos seus pareceres e priorizando a contratação dos atletas altamente recomendados.
Será criado o Portal da Transparência, com informação acerca das despesas referentes à intermediação da transferência de atletas e aos processos de renovação contratual. A utilização de intermediários externos ao Clube deverá ser reduzida, não se delegando temas da maior sensibilidade e importância em terceiros.
O Sport Lisboa e Benfica mantém-se como referência no Ecletismo. O objetivo passa por vencer, durante o próximo mandato, pelo menos metade dos campeonatos nacionais disputados nas principais modalidades de Pavilhão. De modo a garantir às diversas equipas condições para estarem à altura da História do SLB, as receitas do Clube serão canalizadas para o financiamento das modalidades.
Propõe-se ainda a contratualização de um patrocinador global para as modalidades, que facilite a criação consistente de projetos vencedores e garantindo ao patrocinador retorno e exposição mediática por associação às vitórias do Clube.
Na defesa da transparência e possibilitando um contributo mais informado da parte dos associados, apresentar-se-ão, no Orçamento anual, as despesas e rendimentos relativos a cada modalidade, acompanhados da exposição da motivação para o investimento efetuado.
A otimização das estruturas de formação no território nacional, nomeadamente através do desenvolvimento de parcerias ao nível do Desporto Escolar e de protocolos com entidades locais, possibilitará um aumento da base de recrutamento e a reafirmação do Clube no seu papel social e cultural.
Proceder-se-á ainda a uma reestruturação do sistema de bilhética, com a venda de bilhetes online.
Urge reforçar a participação e o Associativismo no Clube, captando mais sócios para a filiação e protegendo a nossa democracia interna.
O processo de revisão estatutária terá início logo após a tomada de posse em sede de Assembleia Geral. Da proposta de revisão apresentada, salienta-se a eleição dos Órgãos Sociais em listas separadas, a equiparação entre sócios efetivos e correspondentes e a adoção de um Regulamento Eleitoral. A proposta completa está acessível nas várias plataformas desta candidatura.
Neste Plano de Gestão, são igualmente contempladas medidas para o aumento do número de sócios, nomeadamente em parceria com as Casas do Benfica, e atribuir-se-á um valor simbólico do Orçamento anual para uma iniciativa de orçamento participativo.
Criar-se-á a figura de Provedor do Adepto, em complemento oficioso à MAG e à Secretaria Geral na comunicação e esclarecimento direto dos sócios.
A aprovação de uma carta de ética e valores do Sport Lisboa e Benfica prevenirá a adoção de comportamentos indignos ou imorais da parte de qualquer representante do Clube.
Relativamente à Gestão & Património, um Clube de topo como o Sport Lisboa e Benfica deve ter assegurados todos os mecanismos de controlo rigoroso dos atos de gestão, garantindo assim a idoneidade de quem tem a honra de servir o Clube. A preservação do património do Clube, nomeadamente nos locais em que os sócios celebram o seu Benfiquismo, é fulcral à manutenção da Mística.
Promover-se-á, imediatamente após a eleição, uma auditoria a todo o Universo Benfica, com o objetivo de esclarecer os sócios em relação aos acontecimentos recentes e de limpar a imagem do Clube, manchada pela sucessão de processos judiciais em que o Benfica é envolvido. Propõe-se a aprovação e publicitação aos sócios de critérios para contratação de fornecedores e prestadores de serviços, eliminando quaisquer tipos de suspeitas de desvios patrimoniais injustificados.
Será avaliada a possibilidade de recuperar o espaço em que foi fundado o Grupo Sport Lisboa em 1904, estando idealizada a recriação da Farmácia Franco conforme a fachada original.
Em relação ao complexo da Luz, será estudado o aumento da capacidade do Estádio da Luz, a requalificação do exterior e interior, bem como dos Pavilhões.
Na área da Comunicação & Digital, planeia-se alterar por completo os critérios editoriais da BenficaTV e a flexibilização e disponibilização da transmissão de jogos das equipas de futebol e modalidades. Deseja-se igualmente disponibilizar aos sócios o acesso ao acervo histórico do Sport Lisboa e Benfica.
O Clube dissociar-se-à do mau serviço ao Desporto, não promovendo qualquer participação em espaços que incidam sobre aspetos laterais ao jogo.
O programa completo pode ser consultado em benitez-2021.com.
Esta candidatura e Plano de Gestão nascem deste sentimento inexplicável que nos move a todos nós, o Benfiquismo. Só através da restauração da Tradição Democrática, da Transparência e da Ambição Desportiva, poderá o Benfica voltar a ser verdadeiramente Benfica.
Por um Benfica campeão, com valores e tradição, dia 9, vota B, vota Benitez, vota Benfica.

Para consultar os programas de cada lista, aceda ao site oficial do Clube: Lista A; Lista B."

Análise...

Debate...

Eleições...



"Tudo Sobre As Eleições 2021: Programas, Semelhanças, Diferenças, Entrevistas, Debate e uma pequena Antevisão dos Resultados
Muita gente dá por garantida a vitória de Rui Costa. E em abono da verdade, Rui Costa tem feito um bom trabalho desde que assumiu a Direcção do clube. No entanto, julgo que ainda não foi possível medir o impacto das suspeitas que, naturalmente, se levantaram sobre os órgãos sociais e sobre as quais, apesar de ainda não haver nenhuma acusação a Luís Filipe Vieira, Rui Costa tem evitado falar quer nas entrevistas, quer na Assembleia Geral. Não dou a vitória por garantida a ninguém. Como tal, julgo ser pertinente analisar os dois programas e para citar Rui Veloso muito mais é aquilo que os une do que aquilo que os separa.
Parte do bom trabalho de Rui Costa (do ponto de vista da sua candidatura) nesta eleição é a maneira como tem esvaziado o discurso de Francisco Benitez. Tudo aquilo que se esperaria que seria uma medida bandeira de Francisco Benitez, Rui Costa incorporou no seu programa. Vamos ouvir as entrevistas dos dois à BTV - muito bem conduzidas pelo Luís Costa Branco que mostrou que há jornalistas sérios na BTV - e não há muita coisa que se possa distinguir um do outro.
1. Ambas as candidaturas querem uma revisão estatutária. Rui Costa não se debruça muito no assunto, diz que quer uma limitação de três mandatos de quatro anos e que deve haver uma AG para o efeito em breve. Francisco Benitez quer uma limitação de dois mandatos de quatro anos. Eu pessoalmente gostava de dois mandatos de cinco anos. Fico-me pelo meio. A proposta de Benitez parece ir muito mais longe e já está muito mais elaborada. Quer rever o direito de voto das Casas do Benfica, realização de segunda volta se for preciso, abolição da discriminação negativa sobre os sócios correspondentes entre muitas outras coisas.
2. Ambas as candidaturas querem uma auditoria ao clube. Benitez vai um pouco mais longe. Quer uma auditoria forense, que passe por todas as empresas do Benfica e quer apresentá-la aos sócios em Assembleia Geral. Rui Costa prometeu uma primeira auditoria a ser entregue aos sócios já no final de Outubro e deixa em aberto poder vir a fazer outras em breve.
3. Ambas as candidaturas querem renovações no Estádio e nos pavilhões. Aqui acho que pouco os distingue. Ambos falam de novos ecrãs para o Estádio e pavilhões, e novas cadeiras para o Estádio. Rui Costa fala da melhoria da qualidade do som, e mudanças nas luzes para LEDs
4. Ambas as candidaturas não estão abertas à possibilidade do clube perder a maioria da SAD e ambas as candidaturas não fecham portas à possibilidade de investidores (nomeadamente John Textor) poderem comprar as posições que outros investidores têm atualmente na SAD. Ninguém parece disponível para a ideia do Benfica comprar as acções de Luís Filipe Vieira.
5. Ambas as candidaturas querem que se aposte na formação. Rui Costa quer uma porta aberta, mas não uma porta escancarada. Ou seja, quer que as oportunidades existam, mas não quer que se aposte obrigatoriamente num número específico de jogadores mas mais naqueles que têm de facto qualidade. Benitez é ligeiramente mais vago. Diz que quer plantéis mais curtos para se poder apostar na formação.
6. Ninguém apoia a criação do Cartão do Adepto.
7. Ambas as candidaturas parecem conscientes relativamente às questões de sustentabilidade financeira da SAD. O Benfica não produz o suficiente para pagar 100 milhões de euros ao seu plantel. Ambas as candidaturas defendem a diminuição do número de jogadores com contrato com o clube. Rui Costa fala de plantéis com 25 jogadores no máximo. Benitez não dá um número mas diz que um número próximo 30 jogadores “como tem acontecido” pode ser prejudicial. Aqui Benitez tem um ponto forte visto que ele não montou o último plantel, que tem neste momento 29 jogadores (se contarmos com o Paulo Bernardo).
8. Ambas as candidaturas querem o regresso do clube ao Ciclismo. Rui Costa fala em encontrar um parceiro. Benitez diz que é uma missão para ele e que já tem uma lista de possíveis parceiros internacionais. Benitez vai ainda um pouco mais longe, falando de ascender a médio prazo ao escalão World Tour que é algo praticamente inviável. Uma equipa de World Tour custa no mínimo dos mínimos praticamente todo o orçamento que o Benfica tem neste momento alocado às modalidades.
9. Ambas as candidaturas querem que o clube seja mais transparente. O programa de Rui Costa é um pouco vago naquilo que efectivamente quer fazer e em abono da verdade o R&C apresentado no último mês, já sob alçada de Rui Costa, não pareceu muito diferente dos anteriores e continua relativamente pouco transparente quando comparado com os nossos rivais. Já Benitez fala mesmo da criação de um portal da transparência.
10. Ambas as candidaturas defendem um modelo semelhante para a gestão das modalidades. O modelo de Rui Costa é o modelo de Fernando Tavares que é o que está em prática. Director Geral para todas as modalidades e um Team Manager para cada equipa. Este é exactamente o mesmo modelo que Benitez propõe. A única diferença é que talvez no modelo de Benitez o Director Geral teria mais poderes, enquanto no modelo de Rui Costa, muitos desses poderes estão no vice-presidente para as modalidades, Fernando Tavares.
11. Ambas as candidaturas querem manter a aposta no Projecto Olímpico. Rui Costa é quem vai um pouco mais longe aqui, falando em reforçar a presença de atletas do clube na delegação olímpica.
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O que é que os distingue?
1. Futebol Feminino. Ambos querem que se continue a aposta no Futebol Feminino, mas as medidas de cada um são um pouco diferentes. Rui Costa quer o Futebol Feminino num espaço novo, possivelmente na Cidade Desportiva para as Modalidades. Já Benitez quer que o Futebol Feminino passe para a SAD, aumentando a capacidade de financiamento da equipa - que a meu ver nem é um dos principais problemas porque há limitações no número de estrangeiras que a equipa pode ter - e quer que o Futebol Feminino passe para o Seixal.
2. Centro de Alto Rendimento. O Benfica criou dois pavilhões, porque desde cedo planeou que ia ter várias modalidades. Entretanto, o número de equipas nas modalidades quase que dobrou. Os dois pavilhões já não bastam e parece haver a necessidade de um novo Centro de Alto Rendimento. Rui Costa fala deste assunto. É a tal Cidade Desportiva para onde poderão ir também o Rugby e o Futebol Feminino. Benitez não aborda muito o assunto. A nível de construções diz apenas que o Hotel e a Universidade propostas para o Seixal não fazem sentido.
3. Exterior do Estádio. Ambas as listas parecem concordar com melhorias no exterior do Estádio, mas os planos são diferentes. Cada um parece ter uma obra um pouco maior idealizada. Benitez fala de uma galeria numa estação de metro que dê para o Estádio da Luz onde os sócios possam estar antes do jogo em alternativa ao espaço no Alto dos Moinhos. Rui Costa fala da criação da Casa do Sócio, um espaço nobre para receber associados.
4. Modelo de jogo transversal à formação. Benitez quer que as equipas S15 até à equipa B joguem com o mesmo modelo da formação. Já Rui Costa diz que isso é complicado pois limita bastante a possibilidade de mudar de táctica na equipa principal e que os jogadores da formação devem aprender a jogar em todos os sistemas.
5. Patrocinador Global para as modalidades. Benitez acredita que seria possível receber mais dinheiro de um patrocinador geral para todas as modalidades. Rui Costa e a sua Direcção neste ano até conseguiram pela primeira vez ter um patrocinador em todas as modalidades, mas nunca quiseram explorar essa ideia.
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Cada lista deixa ainda uma série de outras medidas relevantes - muito mais da lista de Francisco Benitez, cujo programa é quase o dobro do programa da lista de Rui Costa. Deixo aqui aquelas que me pareceram mais relevantes.
Lista A - Rui Costa
- Fábrica de Conteúdos (fica a dúvida em que é que isto se distingue do Benfica BPlay) para criação de séries/documentários sobre a história do Benfica que eventualmente possam passar na Netflix, Disney ou HBO
- Construir referências desportivas de atletas das modalidades que sejam referências para os adeptos (ex. Carlos Lisboa, Ricardinho, Panchito, Nicolia)
- Aposta num projecto de desporto adaptado
Lista B - Francisco Benitez
- Benitez debruça-se um pouco sobre os jogadores da formação estarem no clube o maior período de tempo possível (no mínimo duas épocas)
- Aumentar departamento de scouting - Criação de um serviço de inteligência para o futebol
- Critérios claros na atribuição de prémios da SAD
- Escolas de futebol em países lusófonos - Divulgação de quanto se gasta em cada modalidade
- Bilhetes online para as modalidades
- Regresso do Rugby ao Estádio da Luz
- Criação de equipa de Voleibol de Praia
- Criação de equipas nos eSports
- Criação da categoria de Sócio-Estudante e eliminação do 13º mês de quotização
- Disponibilizar aos associados acesso ao acervo histórico do clube
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O Debate e uma Antevisão
Hoje à noite julgo que o Debate vai ser um momento importante. É a primeira vez que alguém irá confrontar Rui Costa e, espero eu, vai fazer tudo para que ele fale do seu envolvimento ou não nas questões que pairam sobre Luís Filipe Vieira. Este acaba por ser o ponto decisivo das Eleições. É que Rui Costa era de facto alguém que tinha importância na contratação de jogadores e as suspeitas levantadas são precisamente sobre a contratação de jogadores. Uma pergunta como: Qual era a opinião de Rui Costa sobre Cláudio Correa, Dérlis González e César Martins, que nunca chegaram a vestir a camisola do Benfica, no ano em que foram contratados? E é aqui que Rui Costa poderá ganhar as Eleições com 80% ou poderá até perdê-las. Outros pontos interessantes no Debate é aqui onde não concordam e aqui que um propõe e o outro não. Espero que não se perca muito tempo em coisas que ambos têm no programa e onde não se distingue muito o que um diz do que o outro diz.
Não dou a vitória por garantida a alguém. Isto vai muito mais além das redes sociais. João Noronha Lopes foi o segundo candidato mais votado de sempre em eleições do Benfica. Teve votos suficientes para ganhar a Luís Filipe Vieira em todas as outras eleições. Quem é que acham que vai desmobilizar mais? Os que votaram em Luís Filipe Vieira e que um ano depois o vêem a sair desta maneira ou os que votaram em João Noronha Lopes e que vêem que afinal tinham razão? Particularmente quando Rui Costa tenta evitar ao máximo falar do assunto e esclarecer o seu envolvimento por trás da lentidão da justiça? Isto está equilibrado. E é assim que também tem que ser."

O admirável mundo novo da justiça no futebol e o Tribunal Arbitral do Desporto


"A atividade do Tribunal Arbitral do Desporto português, criado em 2015, tem sido produtiva com centenas de decisões (344), mas tem revelado que, materialmente, é quase exclusivamente um Tribunal Arbitral do Futebol: ocupa mais de 90% das suas decisões. Se é verdade que contribuiu para a justiça desportiva e foi um avanço face ao anterior modelo, pelo menos para o futebol profissional, também é sentimento coletivo que esta é a hora da reforma do TAD

O futebol é um fenómeno galáctico nos dias de hoje — na sociedade e na economia — tem biliões de adeptos em todo o mundo, gera e movimenta milhões em transferências dos jogadores, direitos de transmissão televisiva, publicidade, comissões e outros negócios ligados a este desporto. O Direito é expressão da sociedade, pelo que não podia ficar indiferente a este fenómeno. Dada a magnitude e especificidades do Futebol, e de modo transversal, tem sido promovido um desenvolvimento legal próprio desta realidade, em termos de dimensão, complexidade e profundidade, que tem amadurecido e se destacado do próprio Direito do Desporto, pelo que, na minha opinião, já podemos falar da sua autonomia, ou seja, falar de Direito do Futebol e de Justiça do Futebol, na ordem jurídica, nacional e internacional.
A Justiça do Futebol não só tem sido produtiva, como tem estado em mudança.
O Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne, Suíça, (CAS), instância arbitral internacional, por excelência, de resolução de litígios relativos ao desporto, já produziu, desde a sua criação, milhares de decisões, das quais mais de metade são relativas ao futebol.
Em termos federativos, o Tribunal de Futebol da FIFA acabou de entrar em funcionamento, a 1 de outubro, sendo competente para decidir sobre litígios relativos ao futebol e à aplicação das disposições regulamentares. O objetivo da FIFA, com a criação deste Tribunal, é agilizar os processos, unindo sob a sua égide as diversas questões disciplinares e a resolução de disputas da FIFA, tendo herdado os poderes da Câmara de Resolução dos Litígios e da Comissão do Estatuto dos Jogadores.
O Tribunal é composto por três Câmaras: a Câmara de Resolução de Litígios (competente para a resolução de disputas relativas a matérias laborais entre jogadores e clubes, bem como as respeitantes a compensações de formação, e que a FIFA estima que, anualmente, terá 3.500 disputas); a Câmara do Estatuto dos Jogadores (competente para a resolução de litígios relativas a matérias laborais entre treinadores e clubes ou associações, de litígios relativos a transferências entre clubes e de questões de aplicação regulamentar quanto ao sistema internacional de transferências e de elegibilidade dos jogadores para participarem pelas suas equipas, sendo previsível para a FIFA que hajam, anualmente, 700 disputas e 6.000 questões relativas a aplicações regulamentares); e, por fim, a Câmara dos Agentes (que é uma novidade, e que, após a revisão das normas da FIFA relativas a estes, decidirá sobre as disputas que envolvam os agentes de futebol).
Nas novas regras, e como promoção de maior acesso à justiça desportiva, não são impostas custas processuais quando uma das partes for uma pessoa singular (p.e. um jogador, um treinador, um agente de futebol).
Em Portugal, a Justiça do Futebol é composta pela justiça federativa, cometida aos órgãos jurisdicionais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Conselho Disciplinar e Conselho de Justiça) (e da Liga — Conselho Jurisdicional — quanto às sociedades desportivas) e pela justiça arbitral (com possibilidade de recurso para os tribunais estaduais nas situações previstas na lei) atribuída ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
O TAD, que é uma instância arbitral, única, sem par na esfera internacional, é um tribunal criado pelo Estado Português, através de legislação — Lei n.º 74/2013 —, mas sem ser uma entidade jurisdicional estatal, e independente de qualquer organização desportiva ou da administração pública desportiva. Este Tribunal surge como expressão da vontade da comunidade desportiva em ter uma justiça para as suas disputas que fosse especializada e célere, em detrimento da opção de um tribunal administrativo estadual desportivo.
O TAD, que só começou a funcionar em 2015, tem a competência para administrar a justiça relativamente a litígios que relevam do ordenamento jurídico desportivo (arbitragem necessária) ou relacionados com a prática do desporto (arbitragem voluntária). A bem da uniformidade, o TAD engloba tanto a arbitragem necessária (ou obrigatória, que deriva da imposição legal e da responsabilidade pública que o desporto representa em Portugal, e abrange também as matérias de dopagem, mas não a resolução de questões decorrentes da aplicação das normas técnicas e disciplinares diretamente respeitantes à prática da competição desportiva), bem como a arbitragem voluntária (que decorre da vontade das partes, e inclui as questões laborais).
A atividade do TAD nestes seis anos de funcionamento tem sido produtiva, com centenas de decisões (344), mas tem revelado que, materialmente, é quase exclusivamente um Tribunal Arbitral do Futebol (que ocupa mais de 90% das suas decisões) e de arbitragem necessária (ou obrigatória), onde se incluem os litígios decorrentes de atos das federações desportivas e outras entidades desportivas praticados no exercício dos seus poderes estabelecidos nos devidos regulamentos (sendo prevalecente os recursos das decisões do Conselho Disciplinar da FPF) e da Autoridade Antidopagem de Portugal em matéria de violação das normas de antidopagem.
Se é verdade que o TAD contribuiu para a justiça desportiva e foi um avanço face ao anterior modelo, pelo menos para o futebol profissional, também é sentimento coletivo que esta é a hora da reforma do TAD, especialmente nas seguintes temáticas:
1. escolha dos árbitros: alteração do método de nomeação para sorteio na lista fechada atualmente existente ou a substituição por uma lista aberta de árbitros, em nome da rotatividade e imparcialidade (já que os árbitros que constam da lista são em maior número indicados pelas federações e ligas desportivas do que pelas entidades representativas dos agentes desportivos;
2. custas processuais e sua onerosidade: que dificulta o recurso das decisões da justiça federativa pelas entidades e agentes desportivos com menor disponibilidade financeira, além da necessidade de revisão dos honorários dos árbitros que, em determinadas situações, são mais elevados na arbitragem imposta legalmente do que na voluntária;
3. maior promoção da arbitragem voluntária, mediação e recurso para a Câmara de Recurso (ao invés do recurso para os tribunais estaduais administrativos, nomeadamente o Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS)): na primeira, são escassos os casos existentes (e os que existem largamente têm a ver com matérias laborais) e nos dois últimos sem terem sequer expressão no TAD .
4. maior agilidade na constituição do colégio arbitral e distribuição dos processos: para agilizar os processos e obviar que as providências cautelares sejam decididas pelos tribunais administrativos estaduais (TCAS).
Em suma, a Justiça do Futebol em Portugal deveria passar pela reforma do TAD, como por exemplo: o reconhecimento formal do TAD como (exclusivamente) Tribunal Arbitral do Futebol, com a resolução das temáticas aduzidas, e criar uma nova solução para a justiça desportiva nos outros desportos, nomeadamente a criação de um tribunal administrativo especializado com uma tramitação célere adequada às especificidades do desporto, que permita o acesso desses desportos à justiça não federativa, que hoje basicamente não ocorre pela onerosidade da justiça arbitral, ou, pelo menos, ser preconizada a solução adotada pela FIFA (se uma das partes for um agente desportivo, uma pessoa singular, não serem impostas custas processuais)"

Uma noite histórica do Benfica, uma noite como outra qualquer


"Duas notícias da quarta-feira de Champions

Uma noite histórica do Benfica e uma noite como outra qualquer de Ronaldo.
A quarta-feira de Champions League trouxe duas notícias lusitanas: uma declaração dos da Luz e o encolher de ombros de Cristiano.
O Barcelona não é mais de Messi, podemos repeti-lo até ao limite. Nenhuma equipa do mundo ficaria igual sem um dos melhores jogadores da história da modalidade. De tão evidente, nem seria necessário repeti-lo, mas como há sempre quem argumente com tal, vamos lá a essa justificação e passar à seguinte.
O Benfica de 2012/13 foi, provavelmente, um dos melhores plantéis que Jorge Jesus teve na Luz. Um plantel que não venceu coisa nenhuma, apesar de ter chegado a muitas das decisões a que se propôs.
Esse Benfica, que foi à final da Liga Europa com o Chelsea, não conseguiu bater o pé a um ‘Barça B’ em Camp Nou. O jogo ficou para a história dessa época encarnada, mas passou despercebido ao resto do mundo.
O contrário deste 3-0, portanto.
Nem que fosse apenas pelo resultado, vencer por 3-0 um Barcelona já seria um feito histórico, ainda para mais após a Lei Bosman. Fazê-lo de forma séria e competente é deixar para trás não só a imagem recente do clube no continente, como afirmar a equipa.
O Benfica vem de épocas más na Europa. Fez zero pontos numa edição da Liga dos Campeões (2017/18) e falhou o acesso à prova na época passada… Em suma, o Benfica deixara quase de contar.
Bater o Barcelona e fazer disso notícia mundial – muito, claro, pelo que possa suceder a Koeman – é inverter a tendência recente.
É uma declaração de vida de um clube que parecia ter-se esquecido para que serve, de facto, estar na Champions, num contraste claro do que sucedia com o rival FC Porto, porque as comparações são inevitáveis.
Não é preciso ser um génio para saber que o Bayern colocará outro desafio. Mas, para já, o Benfica fez o que não fazia há anos: bater um dos grandes europeus.
Menos grande que antes? Sim, mas estamos a falar de um Benfica que nos últimos quatro anos não conseguiu bater nenhuma destas equipas na Europa: Arsenal, Rangers, PAOK, Shakhtar Donetsk, Leipzig, Ajax, Basileia e CSKA Moscovo.
Por vezes, mais do que a equipa que se vence, é mesmo o nome dela que importa.

P.S. – O que seria épico para uns é normal para Cristiano Ronaldo. Mais um golo a decidir um jogo, na compensação, e a mostrar que o problema do United não é nome, talento ou plantel. O problema é este ‘novo normal’ que são as exibições com Solskjaer. Por vezes, na maioria até, mais do que uma equipa que vence, é perceber como ela o faz que importa."


PS: Transborda azia nestas entre-linhas...!!!

João Félix


"1 - João Félix é uma jóia do futebol português, brevemente faz 22 anos e é importante que não se perca. A intermitência nas suas exibições deve-se a uma lesão no tornozelo que o apoquentava há algum tempo, que exigiu uma intervenção cirúrgica.
Um jogador não estando a cem por cento não rende tanto. Agora, que a sua lesão está debelada, a sua forma lentamente vai voltar, contra o Barcelona esteve insuperável, foi dos melhores jogadores do Atlético de Madrid, muito activo, participou em quase todas as jogadas de ataque e foi objecto de inúmeras faltas.
Este sim, é o João Félix dos velhos tempos no Benfica que foi transferido para o Atlético de Madrid por 120 milhões de euros.
Falou-se no início de época de uma possível transferência, pelo retorno de Griezmann, mas apesar da concorrência mostra que tem capacidade e pode ajudar o Atlético de Madrid.
É importante jogar com a sua alegria e capacidade de servir os avançados. O Atlético de Madrid agradece, mas também, Portugal e esperemos que em breve esteja de volta aos convocados.

2 Florentino Pérez julga-se o dono do futebol mundial e diz o que quer e lhe apetece. Recordo-me da forma pouco ortodoxa e elegante quando "roubou" Lopetegui à selecção espanhola, olhando unicamente pelos seus interesses.
O Real Madrid tem o estádio Santiago Bernabéu, recentemente remodelado, sendo único no centro de uma cidade, nas redes sociais tem mais de 300 milhões de seguidores nas diversas plataformas.
Contudo, não lhe dá o direito de chegar a um clube e levar um jogador sem mais nem menos, tem que respeitar as normas e os acordos estabelecidos de bom relacionamento.
Como não conseguiu Mbappé no início de época, afirmou à imprensa que, " em Janeiro teremos notícias de Mbappé. Esperamos a 1 de Janeiro solucionar tudo."
Em vez de acalmar os ânimos, incendiou-os. O PSG não é uma equipa qualquer e tem tanto ou mais dinheiro que o Real Madrid. O ambiente está quente e aguarda-se desenvolvimentos."