Últimas indefectivações

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Focados no triunfo


""O que nós queremos é ganhar", sintetizou Jorge Jesus, referindo-se à abordagem da equipa ao importante desafio de hoje, com início agendado para as 19h00, em Tondela.
Faltam cinco jornadas para o término da Liga NOS e em cada uma delas a nossa equipa lutará por vencer, só importando, em cada momento antes do apito inicial, o jogo que se avizinha. Conforme afirmou Jorge Jesus, "acreditamos na possibilidade de chegar ao segundo lugar e isso passa pelo jogo com o Tondela, onde só os três pontos nos interessam".
O nosso adversário de hoje ocupa atualmente a nona posição na tabela classificativa a apenas três pontos do sexto classificado. Tem sido elogiado pelos analistas ao longo da temporada e encontra-se num ciclo positivo de três vitórias e dois empates nas últimas seis partidas.
Jorge Jesus destacou o tridente ofensivo dos tondelenses: "Os três jogadores da frente têm muita velocidade de execução e também para ganhar o espaço para o contragolpe", uma arma para a qual, segundo o nosso treinador, a equipa se preparou ao longo dos últimos dias.
Para este jogo não poderemos contar com Otamendi e Weigl, castigados, e vários lesionados. Jorge Jesus não levantou o véu se tal implicará mudança no sistema tático, mas reconheceu que tem opções disponíveis para qualquer dos sistemas.
Independentemente do esquema apresentado ou das peças utilizadas, somar três pontos é o objetivo e, assim, acrescentar mais um triunfo aos nove obtidos nos últimos dez jogos em competições oficiais. 
Estamos convictos de que a nossa equipa saberá ultrapassar as esperadas dificuldades impostas pela equipa do Tondela e que sairá, mais uma vez, vencedora desta jornada.
De Todos Um, o Benfica!"

"Desta vez, a fruta é vermelha"


"Factos. Framboesas são encarnadas. Mas na última vez que o FC Porto foi apanhado a oferecer fruta, esta tinha pernas, braços e não vinha em caixas, mas sim em transportes privados com logística no Calor da Noite.
A explicação:
Ao CM, Pinho explicou o que se passou: "O presidente do Moreirense entregou-me umas caixas de framboesas para eu dar ao presidente Pinto da Costa. Guardei-as na mala do meu carro. Quando passei pelo Sandro dei-lhe as chaves para ele ir ao meu carro buscar as caixas para as entregar a Pinto da Costa".
Há velhos hábitos que nunca se perdem."

Análise à eliminação da Uefa Champions League de Futsal

Tóquio #10: Pedro Fraga...

Humberto Coelho


"Na minha longa experiência no futebol deparei com diversos excessos entre os quais se salientam as atitudes de alguns treinadores perante as adversidades decorrentes do treino e competição. Sei bem que cada ser humano está determinado quer pelos fatores genéticos da sua ascendência quer pelo imprinting desenvolvido nos primeiros anos de vida. Como alguém disse, nós somos o que fomos.
Contudo, se em relação a algumas situações da vida podemos e devemos expressar a autenticidade do que somos noutras, aquelas que põem em jogo as relações intra e intergrupais, devemos ser controlados por um especial bom senso e controlo emocional. Um líder, qualquer líder, para ser eficaz deve conter as suas emoções dentro de limites que permitam a operacionalidade do seu comando. A emocionalidade descontrolada pode redundar na perda de eficácia na direção do grupo.
Isto vem a propósito dos excessos comportamentais de alguns treinadores de futebol veiculados pelos mass media e que dão uma imagem redutora de si e dos grupos que comandam. Nunca por nunca agitação foi sinónimo de eficácia. O berro destemperado, a palavra acintosa e o gesto agressivo são indicadores de descontrolo e podem concorrer para acentuar o carácter patológico da pugna desportiva.
Vou ao meu álbum de memórias e procuro alguém que como líder esteja nos antípodas dos incendiários do futebol. Ele ali está no cantinho mais gratificante das minhas memórias – Humberto Coelho. Trabalhei com ele no Salgueiros, na seleção Portuguesa e na seleção da Coreia do Sul.
Nunca lhe reconheci um gesto ou uma atitude que não fosse comandada por uma extreme educação e um admirável controlo emocional. Nunca o ouvi, publicamente, onerar qualquer jogador com o ónus dos inêxitos. Nas nossas reuniões de trabalho escalpelizávamos até ao tutano tudo o que de bom ou mau era feito em termos individuais e coletivos, mas nunca, digo nunca, qualquer crítica interna transpirou para o exterior onde alguns jornalistas pedem a todos os deuses do Olimpo que “o homem morda o cão”.
O que mais admirei no Humberto Coelho era a parcimónia das suas atitudes. Nunca embandeirava em arco, lançando os foguetes e apanhando as canas nas vitórias como, com uma calma muito trabalhada, nunca permitia que a derrota se transformasse num fator bloqueador do futuro êxito. Humberto Coelho foi do que melhor Portugal produziu em termos de jogador da bola. Viveu, como capitão do Benfica e da seleção nacional alguns dos desafios mais marcantes da sua riquíssima carreira desportiva. Pois bem, ao sentir no seu corpo e na sua alma as alegrias e vicissitudes arrastadas por uma longa carreira na alta competição utilizou-as como modeladoras do seu carácter que o transformaram no ser humano calmo, sabedor e jovial.
Humberto Coelho berrava no campo, no treino, nunca como elemento de crítica, mas como estímulo potenciador. Ele demonstrava, na procura pelo aperfeiçoamento operacional, que tinha sangue bem vivo e pulsante dentro das veias. Contudo, quando se sentava no banco conseguia controlar as emoções de forma admirável. Quantas vezes eu e os outros no banco saltávamos de alegria ou raiva e ele impávido e sereno aproveitava cada momento para resolver algum problema tático chamando o capitão ou o jogador implicado. Nunca admoestou, sempre corrigiu. Nunca berrou para dentro do campo pois sabia que os jogadores quando estão concentrados no jogo não ouvem nem a mãezinha. Durante a semana e como conhecia o futebol como ninguém tentava antecipar os eventuais problemas que podiam surgir com cada equipa e trabalhava-os. O aleatório do jogo ele assumia-o com naturalidade e dentro da estrutura tática e da estratégia específica para cada jogo permitia a criatividade individual que muitas vezes era a solução para os bloqueios táticos e operacionais entre equipas. Nunca o vi admoestar um jogador quando falhava nas suas expressões de individualismo. Ele, estimulava a responsabilização individual dos jogadores, melhor dito, daqueles jogadores cuja individualização trazia normalmente benefícios para a equipa. Aos outros, aconselhava-os a não inventar muito. Humberto Coelho tinha uma consciência muito apurada de todos os fatores que concorrem para a eficácia de uma equipa de futebol.
Conheci Humberto Coelho no trabalho, conheci-o também na convivialidade. A sua cultura e o seu sentido de humor fazem dele um ser humano excecional. Só posso dizer Meu Amigo Humberto, bem haja."

Os primórdios do Jujutsu em Portugal


"Em artigo recente, demos conta das primeiras imagens sobre as artes marciais orientais (jujutsu e kendo) em Portugal, que foram reveladas pela revista Illustração Portugueza (n.º 79), de 26 de agosto de 1907, quando da passagem de um navio por Lisboa, e da presença de Sada Raku Uyenishi, de 27 anos, mestre japonês, que esteve em atuação no Coliseu. A sua figura magra (59 kg) desiludiu os espetadores presentes, dado que se aguardava uma figura forte e musculada. Mas com as suas demonstrações, os risos foram-se desvanecendo e os olhos passaram a dar uma outra atenção ao nipónico. Houve até quem o quisesse desafiar, mas as forças e as técnicas de Raku foram invencíveis. Raku afirmaria que quando chegou ao Reino Unido venceu “o campeão dos médios e dos pesados da Inglaterra – Gruhn, e desde então todos os campeões de lucta que comigo se têm encontrado têm sido derrotados por mim” (Tiro e Sport, n.º 370, 1908, p. 9).
Importado do Japão, o jujutsu tornou-se uma moda e generalizou-se na Europa. Esta modalidade oriental foi apresentada inicialmente em atuações de circo e em alguns clubes desportivos. Os mestres nipónicos de jujutsu encontraram na Europa um mercado de trabalho. O jujutsu foi reconhecido como um meio de defesa pessoal, tendo elementos favoráveis para a educação física.
Portugal não ficou indiferente a esta prática oriental.
A partir de 1908 o Centro Nacional de Esgrima promoveu um curso de jujutsu. A responsabilidade dessa formação coube a Imagiro Hayashi, diplomado das Escolas Bujitsudensukai e Nóngákukó de Osaka. Cursava também uma formação de massagista.

Depois de ter deambulado por várias cidades europeias, Hayashi encontrou Raku em Inglaterra, que o convidou a atuar com ele no Coliseu de Lisboa, quando o seu compatriota ali se apresentou pela segunda vez. Um repórter da Illustração Portugueza foi assistir, tendo elaborado uma notícia e tirado algumas fotografias. A lição estava a ser dada a dois jovens, de 12 e 14 anos: Augusto de Almeida Vasconcellos e Jeronymo d’Almeida Vasconcellos.

O jujutsu não requer grandes esforços musculares. O “segredo” está em saber manter o equilíbrio do próprio corpo e de fazer perder o equilíbrio do corpo alheio. É uma “ciência”! Deriva dos conhecimentos empíricos adquiridos ao longo de séculos, aperfeiçoados ou rejeitados.
Fala-se muito dos homens do jujutsu, mas pouco sobre as mulheres. A Illustração Portugueza (n.º 204), de 17 de janeiro de 1910, dá-nos conta da primeira mulher lutadora de jujutsu em Portugal. Chama-se Roberts, de origem de uma família londrina, irmã de mais onze irmãos. É franzina, loura, com uma longa trança caída pelas costas.


Começou esta prática com 15 anos de idade. Exibiu as suas técnicas aos reis de Inglaterra, de Espanha e de Portugal. É considerada a primeira mulher que trouxe esta prática oriental para Portugal. Casou com um japonês, Hirano, lutador de jujutsu. Relativamente a Hirano, sabe-se que deu lições de jujutsu nas cidades de Lisboa e Porto, tendo vindo a morrer afogado na praia de Sta. Cruz, concelho de Torres Vedras, em 1915. O seu corpo nunca apareceu."

Vitória em Oliveira de Azeméis ...

Oliveirense 79 - 82 Benfica
20-23, 19-19, 19-21, 21-19

Reposição da normalidade, mas mais uma vez, deixámos as decisões para os últimos segundos, num jogo onde não tivemos 'brancas', mas nunca conseguimos cavar uma vantagem confortável... notando-se mais uma vez, os nossos grandes problemas nos ressaltos!
O apito não inclinou tanto como no 2.º jogo, mas perto do fim, uma agressão a um jogador do Benfica, foi transformado numa anti-desportiva contra o Benfica!
Falta mais uma vitória para confirmar as Meias-finais...