Últimas indefectivações

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Mais uma Prata...

Fernando Pimenta com a 2.ª Prata nestes Europeus, integrados nos Jogos Europeus de Minsk, desta vez no K1 5000m.
Foi pena o Pimenta não ter chegado na melhor forma a estes campeonatos, esteve dominar a maior parte do ano... Mesmo assim, quando não está a 100% 'saca' Prata!!! Nada mau...!!!

No K4 500m, com os nossos João Ribeiro e Messias Baptista, além do Emanuel Silva e o David Varela, ficámos em 4.ª lugar

No K2 200m feminino, com as nossas Teresa Portela e a Joana Vasconcelos, não fomos além do 6.ª lugar.

Juvenis - 10.ª jornada - Fase Final

Benfica 1 - 0 Corruptos


Os já Campeões, terminaram (finalmente) a época, com mais uma vitória, mesmo com várias alterações...

Durante a semana, o Paulo Bernardo, lesionou-se com alguma gravidade. Já foi operado ao menisco... Estas lesões são sempre chatas, e nestas idades, às vezes, são um empecilho complicado de ultrapassar na evolução dos jogadores...

As 4 soluções para o lugar de Gedson

"Foi aposta forte de Rui Vitória no sistema de 4x3x3 empregado pelo ex-treinador do SL Benfica, perdeu espaço no 4x4x2 de Bruno Lage, foi importante em momentos específicos da temporada (na lateral direita, na ala do mesmo lado ou mesmo no ataque à profundidade, de que é exemplo o jogo frente ao Eintracht Frankfurt, no Estádio da Luz), sagrou-se campeão nacional, esteve no Mundial de Sub-20 (titular nos três jogos de Portugal, sem brilhar) e lesionou-se durante o plano de férias de preparação para a nova época.
Tudo somado, a temporada 2018/2019 foi atribulada para o jovem nascido em São Tomé e Príncipe, mas terminou com nota positiva, enquanto a época 2019/2020 começa de forma negativa … e mais tarde. A lesão no quinto metatarso do pé direito vai deixar fora de combate um dos melhores produtos Made in Seixal durante dois meses … pelo menos. Azar para o médio de 20 anos. Mas, diz o povo, azar de uns, sorte de outros. A ausência de Gedson Fernandes dos trabalhos de pré-epoca pode abrir vaga para outro jogador. Quiçá, outro jovem oriundo do Caixa Futebol Campus. Num exercício de análise, elenco quatro opções (três nomes) para tomar o lugar do internacional português pelas camadas jovens.
Chiquinho – Fez grande parte da sua formação no Leixões SC, brilhou na Segunda Liga pela Académica de Coimbra (tendo-se revelado um médio goleador, ao apontar nove golos em 41 jogos), foi contratado pelo SL Benfica e emprestado ao Moreirense FC, a equipa sensação do último campeonato (muito graças ao seu contributo), onde voltou a brilhar (pela equipa minhota marcou dez golos em 38 jogos) e prepara-se para ser recomprado pelo campeão nacional.
Trata-se de um médio criativo, com futebol na cabeça e nos pés (sobretudo o direito, o seu predilecto), que joga e faz jogar e que tem uma apetência quase incomum para o golo. Aparece bem e com facilidade nas zonas de finalização, ligando com mestria e qualidade o segundo e terceiro terços do campo. Pela capacidade de controlo de bola que possui, executa tranquilamente movimentos da esquerda para dentro, caindo, por vezes, na ala esquerda.
Dadas as características referidas acima, não será o substituto natural de Gedson Fernandes. Ainda que possa alinhar na direita do meio-campo encarnado, como fez o jovem formado no Benfica em algumas ocasiões, sendo uma solução de banco a Pizzi, ou como médio interior num sistema de 4x3x3 (a que o SL Benfica não deve voltar de forma definitiva), à semelhança de Gedson com Rui Vitória, creio que Bruno Lage poderá ver Chiquinho como solução para segundo avançado.
O mais provável é que o jogador de São Martinho do Campo seja um polivalente, podendo actuar pela direita, pela esquerda, como médio criativo em parelha com Samaris ou Florentino Luís ou como segundo avançado. Mas creio (e assumo que poderei estar a ver em Chiquinho o que ele não é) que assentaria que nem uma luva “nas costas” de um avançado dito fixo. Poderá, acredito, estar aqui uma das soluções para o lugar de João Félix.
É um candidato ao lugar de Gedson, mas, até pela sua contratação ser noticiada desde muito antes do infortúnio do jovem formado no Seixal, não acredito que seja o favorito à vaga do luso-são-tomense. 
P.S: A contratação de Chiquinho não está consumada, sendo, consequentemente, esta hipótese condicional. Ainda assim, o princípio é o de que Chiquinho fará parte do plantel.
Contratação – A ideia, publicitada, vincada e reiterada pelos responsáveis máximos do clube (incluindo, recentemente numa entrevista à Rádio Renascença, pelo presidente), passa por olhar primeiro para o Seixal e depois, e só depois e em caso de necessidade, avançará o SL Benfica para contratações. Médios temos, assevera Vieira. Estaria a contar com Gedson? Se estava, os planos podem ter que mudar.
Não lanço nomes (como escrevi, considerei Chiquinho como membro do plantel). Apenas deixo a opção (vaga e em aberto) de se contratar um médio para o lugar de Gedson Fernandes. No entanto, e apesar de me parecer uma alternativa mais provável do que Chiquinho, fazer ingressar no plantel mais um médio pode ser problemático. O jovem formado no SL Benfica vai parar alguns meses, é certo, mas voltará. E se, quando regressar, tiver o seu espaço totalmente ocupado, voltar à melhor forma física e recuperar o ritmo de jogo tornar-se-á bastante difícil.
Contratar poderá redundar numa de duas situações quando Gedson Fernandes regressar de lesão: ou o SL Benfica fica com excesso de médios, ou o jovem português será emprestado para voltar a ser o que era mais rápida e facilmente, saindo no mercado de inverno. Não equaciono, sequer, a hipótese de Gedson voltar à equipa B, ainda que temporariamente. Seria, creio, um retrocesso para um dos expoentes da geração de 99. E por falar na geração de 99…
David Tavares – O médio lisboeta – formado entre Tojal, Loures, Alcochete e Seixal – impressiona (que o diga o Liverpool FC) pela estatura elevada (1,90m), pelo físico possante (83kg), pela entrega, pela resistência – física e mental – pela recuperação de bola, pela capacidade de pressão sobre os adversários e pela grande qualidade técnica. É um motor de meio-campo, encaixando muito bem no papel de box-to-box, sendo capaz de executar com qualidade, muitas vezes por jogo, os três gestos técnicos que se pede a quem desempenha tal papel: recuperação de bola, transporte e passe.
Rui Vitória queria vê-lo na pré-temporada passada. Desejo negado por uma rotura do ligamento cruzado do joelho esquerdo que lhe roubou grande parte da época. No entanto, voltou a jogar pela equipa B (sete jogos) e pela equipa de sub-23 (dois jogos) na recta final da época, mostrando estar apto a ser chamado por Bruno Lage (e acredito que o vai ser, seja com que intuito for). Este ano, o azar de um colega pode ser a sua sorte.
Contudo, tenho dúvidas que David Tavares seja visto como substituto de Gedson. Apesar das muitas similitudes, há diferenças – como o físico de Tavares e a polivalência de Gedson – que os tornam compatíveis e não concorrentes directos um do outro. David deverá subir para ser alternativa a Gabriel, enquanto Gedson, quando regressado, será opção, sobretudo, para substituir Pizzi. De resto, a subida de Tavares já estava planeada antes da lesão do colega.
Não obstante, a melhor solução, para mim, está mesmo na geração de 99.
Nuno Santos – É, dos jogadores à porta da equipa principal, o mais parecido com Gedson Fernandes. Atua como médio interior direito ou esquerdo ou até nas alas, em particular a direita. Pisa, sensivelmente, os mesmos terrenos do colega de formação e de selecção (onde, no Mundial de Sub-20, atuaram em simultâneo frente à África do Sul, fazendo meio-campo a três com Florentino). 
Comparativamente com Gedson, Nuno Santos apresenta uma maior qualidade técnica, mas uma menor capacidade física. De resto, são bastante similares: são polivalentes, leem bem o jogo, demonstram conhecimento táctico, são destros, podendo cair em qualquer zona do meio-campo, são fortes no transporte (por serem dotados no respeitante ao controlo de bola), pressionam alto e bem, recuperam bolas com alguma facilidade, têm qualidade de passe, decidem bem no último terço e apresentam uma meia distância razoável.
Nuno Santos, a meu ver, precisa de ser mais constante – em termos de exibições -, acreditando eu que, treinando e jogando com jogadores de um calibre superior ao daqueles com quem partilha balneário na equipa B, esse desígnio será alcançado. Sob pena de ver o seu crescimento travado, o portuense precisa de dar o salto, até porque pouco mais tem a fazer nas equipas secundárias das águias: na época que agora finda, Nuno Santos fez 41 jogos (32 na equipa B, 2 nos sub-23 e 7 nos juniores) e apontou 13 golos (8 na equipa B e 5 nos juniores).
Pela semelhança futebolística com Gedson, pela necessidade de crescer e aparecer a espaços (o que acontecerá, pois não vai ser titular), pela qualidade e vontade que tem mostrado – ainda que de forma algo intermitente – e por ser “prata da casa”, Nuno Santos parece-me ser o melhor candidato à vaga de Gedson Fernandes. No entanto, claro, a decisão final será de Bruno Lage."


PS: Não destacar o Dantas, só pode ter sido um descuido...!!!

O “estranho” DNA e o verdadeiro DNA

"Para começarmos a falar dos Jogos Europeus de Minsk, comecemos por falar das performances portuguesas. Portugal foi até às meias-finais dos Jogos, tendo ficado a apenas dois segundos do apuramento para a final. É verdade que as grandes potências não trouxeram os seus “atletas de gala” (a Grã-Bretanha nem quis marcar presença…), mas ainda assim foi um importante resultado para Portugal, que não se apresentava tão bem cotado nas previsões de entrada para esta competição.
A nível individual, Carlos Nascimento voltou a mostrar estar numa boa forma nos 100 metros, muito consistente na casa dos 10.2, correndo no último dia em 10.26, igualando o seu melhor da temporada. Antes (sim, este formato é mesmo assim…) tinha um alcançado uma medalha de Ouro com menos (10.35).
Se falamos de consistência, devemos também falar de Evelise Veiga no Comprimento, sempre na casa dos 6.4/6.5 metros (igualou o melhor da temporada com 6.58) e quando um(a) atleta está nesta forma, já se sabe que não será de admirar que chegue o dia inspirado que salte 6.7 ou 6.8 e é isso que ela busca, à procura dos mínimos de qualificação para Doha (já lá está, mas no Triplo). 
Individualmente há também a destacar a muito agradável surpresa de Cláudia Ferreira no Dardo, que chegou aos 52.34 metros, um novo máximo pessoal para a atleta de apenas 20 anos que já é a 4ª melhor da história nacional. Nas provas de estafetas mistas, Portugal também teve boas prestações, sendo de destacar a medalha de Bronze alcançada pela equipa de 4×400, composta por Rivinilda Mentai, João Coelho, Cátia Azevedo e Ricardo dos Santos.
Já no que diz respeito ao modelo da competição, nos permitam aqueles que tais responsabilidades decisórias têm, mas este não é o futuro do Atletismo e concordamos com alguns atletas, como Carlos Nascimento, que disse que é um modelo “estranho”.
O modelo competitivo DNA até pode trazer alguma emoção – tal como trazem corridas com sacos nas escolas – mas não é um modelo que faça justiça ao que o Atletismo deve ser: mais rápido, mais alto, mais forte. A excessiva pressão deste modelo competitivo e o facto dos atletas nem sequer terem tempo para se apresentarem no máximo do que podem alcançar não permite a existência de grandes marcas, pois – e nos concursos a situação ainda é pior – os atletas sabem que têm apenas uma única oportunidade e aquela fracção de segundos decide tudo, sem terem sequer qualquer possibilidade de se ambientar ao cenário que encontram, preferindo jogar pelo seguro e garantir os “mínimos” do que tentarem-se aventurar.
De salientar ainda outras aberrações, como o modelo escolhido para o Salto em Altura, que tornou o concurso penoso, lento e constantemente interrompido, havendo várias situações em que se coroou não o melhor, mas sim o que menos corajoso foi. Desculpem, mas isto não é o que se pretende do desporto.
Percebe-se que o Atletismo procure novas ideias, novas formas de atrair os mais novos. Não creio que a solução passe por este DNA – um trocadilho entre o nome oficial “Dinamic New Athletics” e o termo científico que em português se denomina ADN. Mais do que mudar o Atletismo, urge mudar as formas de divulgação do Atletismo e como este se apresenta (onde estão os gráficos estatísticos, os multicanais simultâneos na televisão, a integração com as escolas?). Não há qualquer mal em existirem desportos com mais fãs do que o Atletismo.
Sempre assim foi e, provavelmente, assim será e não há muito tempo ouvimos Coe congratular-se por sermos o desporto que é o mais escolhido no mundo como o “2º favorito”. E isso é, de facto, positivo e pode ser bem utilizado, não se transformando numa obsessão para se ser mais a qualquer custo. Acharmos que o desporto está errado só porque os nossos vizinhos conversam no café sobre o Messi e o Ronaldo e não sobre a Elaine Thompson é perigoso e, isso sim, pode destruir o desporto. Nada contra experimentalismos, nada contra tentarmos coisas novas, mas atenção aos palcos em que fazemos esses experimentalismos e muita, muita atenção às tentativas de impor mudanças só por serem mudanças, roubando a identidade, o verdadeiro DNA do Atletismo.
O que se viu em Minsk foi “engraçado”, mas ninguém vê horas e horas do seu desporto favorito por ser “engraçado”. Não permitam que a chama do Atletismo se apague.

O DNA do Atletismo
O verdadeiro DNA do Atletismo esteve presente no passado fim-de-semana um pouco por todo o mundo. Esteve presente em França onde, em Talence, Nafi Thiam fez uma prestação do outro mundo até à 5ª prova e em que apenas uma lesão (correu os 800 metros com o braço ligado) impediu que batesse o seu recorde pessoal. Ainda assim, os 6819 pontos são a melhor marca mundial do ano e deixam-nos a pensar que os britânicos talvez tenham exagerado um pouco na suposta rivalidade entre Katarina Johnson-Thompson e Nafi Thiam para este ano.
Na Jamaica também se assistiu a uns muito interessantes Campeonatos Nacionais. É um atletismo diferente, o jamaicano sem Usain Bolt. Claro que o interesse dos jamaicanos e do mundo abrandou um pouco em relação a esses campeonatos, mas boas marcas, surpresas e polémica não faltaram por Kingston.
O grande destaque foi a velocidade feminina, a melhor prova do ano nos 100 metros (uma das melhores dos últimos anos), com Elaine Thompson a vencer em 10.73, a mesma marca que Shelly-Ann Fraser-Pryce fez, com Briana Williams a chegar em 3º com 10.94 segundos. Elaine, que é a campeã olímpica, regressa ao seu melhor e próxima do seu melhor de sempre, assim como Fraser-Pryce, depois de ter estado 1 ano e meio parada devido à gravidez do seu primeiro filho. Fraser-Pryce alcançou mesmo a sua melhor marca desde 2013!
Williams, de apenas 17 anos, bateu o recorde mundial juvenil e o recorde júnior jamaicano. Nos 200, Elaine correu a marca líder mundial do ano em 22.00 e Fraser-Pryce correu em 22.22, apurando-se ambas para Doha. Nesta prova não deverão ter a companhia de Briana Williams, uma vez que a jovem não participou nos 200, alegando estar doente e ter corrido os 100 metros com forte febre.
Foi pedida uma excepção médica, mas dificilmente a federação médica irá chamar a jovem para compor a equipa, uma vez que outras atletas correram nos Trials com marca de qualificação. Nos homens, o destaque foi para a vitória de Yohann Blake nos 100 metros (9.96), tendo também conseguido qualificação para os Mundiais nos 200 metros onde foi 2º (20.27).
Polémica foi a prova dos 100 metros barreiras femininos, com a grande favorita e ex-campeã mundial, Danielle Williams a fazer uma clara falsa partida e a recusar-se a sair da pista por cerca de 20 minutos. Depois foi dado um tiro de partida, houve atletas a fazer a prova completa, outros aperceberam-se que os atletas haviam sido chamados para recomeçar a prova e…a organização decidiu-se pela anulação da prova! Agora, usarão um critério interno para definir quem vai a Doha. Incrível!

Eugene que é Stanford
O meeting Prefontaine Classic continua com a designação de meeting de Eugene, apesar deste ano ser em…Stanford, que dista a 900km de Eugene! O mítico Hayward Field está a ser remodelado para receber os Mundiais de 2021 e por isso este ano não receberá a etapa norte-americana da Liga Diamante.
O elenco, esse é, como habitual, de luxo. Até é difícil de identificar os principais atractivos de um meeting que todo ele parece um mini-Mundial, mas certamente que o regresso às pistas de Faith Kipyegon (nos 1.500, onde é campeã olímpica e mundial) e Almaz Ayana (nos 3.000 – ela que é a campeã olímpica, mundial e recordista mundial dos 10.000) estão entre eles. Apesar das atletas estarem a regressar de longos períodos de ausência, a organização não as irá poupar.
Kipyegon até estará numa prova que não é evento Diamond League, mas não parece nada, com a presença de Laura Muir ou Shelby Houlihan. Já Ayana enfrentará, nos 3.000, Genzebe Dibaba (a campeã mundial indoor da distância), Sifan Hassan (medalhada de prata mundial indoor nesta distância) e Hellen Obiri (a campeã mundial dos 5.000)! Nos 800 existe também o atractivo de vermos o regresso de Caster Semenya, depois de um tribunal suíço ter suspenso (pelo menos, temporariamente) a nova regulação da IAAF.
Também no masculino, a meia e longa distância apresentam os melhores do mundo. Fazendo uso das distâncias norte-americanas, teremos uma prova de 1 Milha e uma de 2 Milhas. Na Milha, o campeão olímpico dos 1.500, Matthew Centrowitz regressa, mas terá que bater nomes como Yomif Kejelcha, Elijah Manangoi, Timothy Cheruiyot, Samuel Tefera ou Jakob Ingebrigtsen (ufff!). Já no dobro da distância, Selemon Barega, Hagos Gebrhiwet, Joshua Cheptegei, Jacob Kiplimo e Paul Chelimo dominarão as atenções.
Nas distâncias mais curtas, teremos uma prova de 100 metros, no feminino, com 9 atletas com melhores pessoais abaixo dos 11 segundos, incluindo Sha’Carri Richardson (a sensação norte-americana de 19 anos que correu em 10.75 há duas semanas, que se estreia aqui como profissional), Shelly-Ann Fraser-Pryce ou a campeã mundial Tori Bowie. No masculino, os norte-americanos dominam todas as atenções com os dois primeiros classificados dos Mundiais de Londres, Justin Gatlin e Christian Coleman a serem os destaques. Nos 200 há uma prova feminina que terá Elaine Thompson, Dina Asher-Smith, Dafne Schippers e…Salwa Eid Naser (sim, nos 200!) e os 400 masculinos terão um interessante embate entre Michael Norman e Fred Kerley. Com barreiras, a luta será entre Rai Benjamin e Kyron McMaster nos 400 e entre Omar McLeod e Sergey Shubenkov na distância mais curta.
Destacar ainda nos concursos o Salto em Altura no feminino que terá Mariya Lasitskene à procura de algo mais (e algo mais para ela é…o recorde mundial) depois de já ter passado os 2.06 metros este ano. Enfrentará Yuliya Levchenko ou Vashti Cunningham, mas isso não deverá ser problema para a russa. Por último, é incontornável falarmos do Salto com Vara masculino, que terá a presença de Mondo Duplantis, Sam Kendricks, Renaud Lavillenie (de regresso, sim!), Thiago Braz da Silva e Piotr Lisek!
O meeting será já neste domingo, com início às 21 horas e transmissão em direto para Portugal na SportTv 2. "

Benfica está rico!

"Garantiu €200 milhões! (comissões já abatidas). Logo, pode comprar bem... FC Porto e Sporting: como vai a carruagem de perspectivas...

Mais de 2 meses até que os plantéis fiquem, enfim!, definidos. Porém, a temporada oficial do nosso futebol arrancará 3 semanas antes - e há pré-eliminatórias na Champions (FC Porto) e na Liga Europa (V. Guimarães e SC Braga). Férias, agora, é o que não têm dirigentes e empresários. Mesmo para treinadores e vários futebolistas, ainda que na praia, os telemóveis não param... Alvoroço na preparação (exigente e... crucial) da próxima época. Realidades e sonhos: tempo de esboçar perspectivas (podem mudar pouco depois deste texto estar escrito...).

Benfica. Está rico! (à escala lusitana). Fabulosa transferência do miúdo João Félix: €120 milhões!!! (a receber em quantas parcelas/quanto tempo?). Mais os 38 milhões vindos do Wolverhampton, por Jiménez, os 19, do Guangzhou, por Talisca, e os 12 do Frankfurt, por Jovic se mudar para o Real Madrid. Abata-se comissões; ainda assim, e com exagero nelas!, o encaixe atinge, pelo menos, 150 milhões! Mais entrada directa na Champions: garantia de 40/50 milhões, com mínimo (na época anterior, a carreira do FC Porto valeu 80 milhões!).
Portanto, receitas extraordinárias do Benfica já estão nos 200 milhões! E pode não ficar por aqui... se Carrillo sair definitivamente (10/15 milhões?) e/ou se algum clube se interessar a sério pelo talento (competitivamente adiado) de Zivkovic, por exemplo. Previsto adeus a Fejsa não terá significativa contrapartida financeira.
Benfica campeão e, de súbita, rico! Tem, pois, condições, muito superiores às habituais, para segurar continuidade de Rúben Dias, Grimaldo, Rafa, Pizzi, Ferro, Florentino... - e a de Cervi, se sobre ele não tiver dúvidas...
Claro que necessita de reforços: 2, ou 3, pontas de lança a sério (adeus a João Félix e, quase de certeza, a Jonas...); quiça defesas laterais (parece evidente!; mas Vieira garantiu que não!) e um defesa central. E tanto se tem falado de o Benfica querer outro guarda-redes...
Salvio decidiu deixar saudades da sua classe, tão fustigada por lesões - e não faço nem leve ideia do extremo já contratado, vindo do Al Ain: Caio Lucas. Sobre outro extremo (a confirmar), o menino Pedro Neto, internacional esperança (há 2 anos, saiu do SC Braga para a Lazio, dizem que por 17 milhões!), tenho ideia de possuir bom potencial.
Por muto forte investimento que faça, não creio que  Benfica despenda sequer metade dos tais 120 milhões que já garantiu encaixar. Se, para além de forte, o investimento será bom, isso só o tempo dirá (há um ano, de 9 aquisições, apenas 2 se impuseram: Odysseas e Gabriel).

FC Porto. Saídas de Mlitão e de Felipe valeram entrada de €70 milhões (50+20). E a conta bancária portista já inchara com os 80 milhões conquistados na Champions. Portanto, mau grado mais um ano sob alçada financeira da UEFA, dinheiro disponível não é escasso. Problemão está nisto: para além do adeus à, quanto a mim, melhor dupla de defesas centrais em Portugal, também deixará de haver Casillas; tal como, ao que tudo indica, a enorme capacidade competitiva de Herrera (em todas as posições do meio campo!) e o invulgar talento de Brahimi. Meia equipa titular! Nada tendo da improvável a perda de outra chave-mestra no possante futebol à Sérgio Conceição: Marega, desde há um ano híper desejoso de rumar a Inglaterra. Aquisições? Até ver, apenas Saraiva, defesa direito argentino (duro falhanço em última hora: Bruma, avançado no qual vejo pujante talento). Regressam o médio Sérgio Oliveira (Herrera...), o extremo Galeno (Brahimi...) e o central Osorio - este para discutir com os jovens (muito prometedores) Diogo Leite e Diogo Queirós a importantíssima dupla com Pepe; e regresso de Marcano estará na calha? Continua a não se vislumbrar alternativa ao precioso Alex Telles.... Gritante: SOS por guarda-redes!

Sporting. Crucial: quantos milhões pela, tão dolorosa quanto inevitável/necessária, perda do líder Bruno Fernandes? Emprestado Gudelj (foi importante) também parte - mas Battaglia deverá recuperar de grave lesão e Doumbia deu indicações de mais-valia. Aquisições feitas: defesa direito (Rosier), experiente defesa central (Luís Neto), avançado (Vietto). Decerto regressará outro avançado, a grande promessa Gelson Dala. Por definir: Acuña e Bas Dost ficam? Resposta importantíssima..."

Santos Neves, in A Bola

PS: Elucidativa, a forma como o somatório da vendas do Benfica, é 'reduzido' devido a comissões e supostas prestações... e quando o mesmo exercício é feito sobre as vendas dos Corruptos, já não existem comissões, prestações e nem sequer percentagens de passes...!!!
O mais extraordinário, é que isto é feito por todos os órgãos de comunicação social desportivos deste país...!!!

Milhões de vantagens

"A grande novela do defeso teve ontem um novo, e importantíssimo episódio, com o Benfica a assumir que tem em mãos a proposta que queria por João Félix. Desde que o jovem tinha estado em Madrid, toda a gente sabia que este momento iria chegar, mas poucos sabiam quando e como. Pois bem, foi ontem, sob a forma de 6 milhões extra para suportar os custos que permitirão aos encarnados receber os 120 milhões a pronto. Visto sob que perspectiva for, é um negócio incrível do Benfica. Mas, como escreveu anteontem Pedro Adão e Silva nas páginas deste jornal, "com muito dinheiro, vêm também grandes responsabilidades". O Benfica, já por si o clube que mais receitas ordinárias gera em Portugal, é o único que tem os milhões da Champions garantidos e conseguiu mais uma receita extraordinária elevadíssima. Por isso, as águias partem para 2019/20 com uma enorme vantagem sobre a concorrência interna. A tolerância para falhar é cada vez menor.
Não muito longe da Luz, em Alvalade, o Sporting começa hoje a trabalhar. Marcel Keizer fez questão de nos lembrar a todos que é holandês: muito prático e directo. O normal, num treinador que chega para a nova época, é prometer tudo para dar aos adeptos aquilo que eles querem. Mas Keizer preferiu dar-lhes a realidade. Título? Vamos ver o que diz o mercado. E Bruno Fernandes? Sim, por favor."

João Félix e Bruno Fernandes

"A indústria do futebol tem por principal característica, que, aliás, a distingue de outras indústrias, a ausência de critérios claros e objectivos, a falência do rigor empresarial, a natureza volátil dos seus valores.
Vejamos o que se passa com a curiosa questão das transferências dos jogadores portugueses. Basta-nos dois exemplos: João Félix e Bruno Fernandes. São, ambos, excelentes futebolistas, mas é difícil entender que, no ranking das cotações internacionais, João Félix valha menos de metade de Bruno Fernandes. Porque será?
Pela diferença de idades - dirão alguns. Bom, mas ter 19 anos e ser um fora de série é, de facto, um forte argumento, que poderia, aliás, justificar os 120 milhões que o Atlético Madrid irá pagar. Porém, João Félix é uma extraordinária promessa de fora de série, espera-se que venha a ser uma das mais brilhantes estrelas do firmamento futebolístico, mas é - que me perdoem a franqueza - uma estrela em crescimento, um projecto de fora de série, uma assinalável proposta de excelência. Ora, Bruno Fernandes é mais do que isso, porque já provou ser mais do que isso. É, ainda, um jovem, mas tem uma maturidade própria da sua firmeza de líder. Tem mais cinco anos do que João Félix, mas ainda tem tempo para se valorizar mais.
Mas João é avançado e isso conta muito - sustentarão, também, alguns. Sim, mas Bruno foi um jogador que, durante uma época, levou o Sporting às costas e ainda conseguiu ser um dos goleadores do campeonato.
Que resta? Um é do Benfica e outro é do Sporting. Um tem o carimbo de Jorge Mendes e o outro não. Um foi pela cláusula e o outro irá... por leilão."

Vítor Serpa, in A Bola

PS: Se tivéssemos critérios rigorosos para medir a Azia, a do Serpa, estaria a bater no céu!!!!

O quarto maior negócio do futebol mundial e o futuro do Benfica

"O Benfica anunciou ontem que recebeu uma proposta de 126.000.000€ pelos direitos desportivos de João Félix. É explicado que a proposta do Atlético Madrid é feita em prestações e que o Benfica e/ou o Atlético se juntaram a um grupo financeiro para adiantar 120.000.000€ ao Benfica, sendo que depois esse grupo receberia 126.000.000€ do Atlético. Desta maneira, no dia que o Benfica aceitar a proposta, vão entrar 120.000.000€ na conta bancária do clube. Desse valor ainda devem sair 10-12M para Jorge Mendes e o valor do mecanismo de solidariedade da FIFA. Mas continua a ser um negócio abismal. É o quarto maior negócio do futebol mundial. É uma proposta completamente irrecusável. Agora interessa é o futuro do Benfica.
1. O Único Erro Neste Processo Todo. As negociações pelo Félix não começaram ontem à noite. Estão nos jornais há semanas e estão a ser faladas seriamente há ainda mais tempo. O Benfica já tinha buracos no plantel por resolver e agora tem mais um. O único erro no meio disto tudo foi deixar que esses buracos se arrastassem até agora. A partir deste momento, todos os jogadores que formos contratar vão ter um premium. Vamos ter que pagar mais pelo mesmo jogador porque os vendedores sabem que nós temos dinheiro e vão explorar isso nas negociações. Não se percebe porque é que estão a demorar tanto tempo. É que nem podem alegar que não tinham dinheiro porque já fizeram 65M em vendas neste verão antes de João Félix.
2. Está Tudo Por Fazer. Os maiores buracos que eram precisos fechar neste mercado era a questão do Guarda-redes para competir com Vlachodimos, um avançado para o plantel principal e outro avançado para a formação. Entretanto vamos vender João Félix e Jonas parece que se vai reformar. Faltam 3/4 avançados ao Benfica e 1 guarda-redes. Estes 120M têm que servir para resolver esses buracos. Não no Seixal soluções para essas posições. Quando o Sporting vendeu Slimani, bateu imediatamente o valor da sua maior transferência e contratou o Bas Dost. Nós não podemos andar a brincar aos Castillos e aos Ferreyras. Temos dinheiro. É para ir buscar um jogador que comece a marcar golos logo na Supertaça.
3. O Futebol Português Vai Mudar. Depois disto, o futebol português tem agora uma oportunidade para ser visto como um viveiro de talentos. O mundo já sabia que havia talento por cá. Mas agora o patamar subiu. Por consequência, as audiências vão aumentar e muito provavelmente o valor das transferência deve aumentar um pouco também. Para nós e para os nossos adversários. Quem também vai mudar é a atenção no Seixal. Já era grande, mas agora vai ser muito maior. Preparem-se para ter olheiros em todos os jogos da formação. Por outro lado, os incentivos para os miúdos quererem vir para cá também aumentaram. Há que saber aproveitar bem isso. O João Félix passou de dispensado do Porto a 4º maior transferência do mundo em 4 anos.
4. A Estratégia Não Pode Mudar. O Benfica não pode utilizar este dinheiro para abater o passivo. Já aqui expliquei que o passivo relevante é muito menos que aquele que temos actualmente. Podemos reservar uma parte do dinheiro para que no próximo empréstimo obrigacionista que vencer, não tenhamos que fazer um roll-over tão grande, mas essa não deve ser a prioridade agora. A situação financeira está controlada. O importante é manter a estratégia oleada. Apostar em jogadores da formação, aumentar-lhes os contratos para que não saiam, garantir que formamos os melhores jogadores de Portugal e da Europa, e nas situações que o Seixal não garantir talento, ir ao mercado. Acho que devemos também mudar a approach em certas transferências. Todos já ouvimos José Boto a dizer que tinha descoberto Hazard e Dembelé há vários anos mas que eram muito caros. A partir de agora já não podem ser muito caros. Se o Benfica descobrir um jogador de 17-18 anos que ache que vai ser uma estrela mundial no futuro e custa 10M, o Benfica tem de o contratar.
É uma grande venda. Luís Filipe Vieira está de parabéns mais uma vez. Mas ainda só fez metade do trabalho. O importante é ver como é que vai utilizar toda esta liquidez que tem neste momento. São 120M de João Félix, 38M de Jimenez, 22M de Jovic, uns trocos por Lisandro López, André Gomes e Salvio, e ainda deve vender Carrillo. É importante utilizar este dinheiro para segurar os “Joões Félix” que estão no Seixal, garantir que outros “Joões Félix” continuam a entrar e ir buscar os melhores reforços que o Benfica já tenham contratado na sua história. Só está metade do trabalho feito."

Imprescindíveis...!!!

"É facto comprovado que não há jogadores imprescindíveis no Sport Lisboa e Benfica. Só houve um que quase atingiu tal desiderato e como tal, tem uma estátua à frente da Catedral. Existiram contudo jogadores, que na despedida me deixaram com a voz descarrilada, como acredito, à maioria dos Benfiquistas. A traição interna que nos chutou os ídolos de juventude Isaías e Paneira porta fora ou o ignóbil e injusto pontapé no cú do Menino de Ouro JVP, tiveram em mim o amargo sentimento de ver do limite do pontão, um filho partir embarcado para a guerra, que nem a euforia de ver Paulo Pereira e Derley escorraçados do Maior do Mundo conseguiu mitigar.
Seria de esperar que a transferência de João Félix me deixasse, ora triste pela perda de um talento ora em folia pelo valor da transacção. Mas na verdade este negócio apenas me provoca depressão e aguda, tanta que de há uma semana a esta parte que tento escrever sobre ela e não consigo. Tento, à força toda entrar em vagões de infelicidade ou em carruagens de festa e não consigo. Deprime-me saber que o Benfica não tem capacidade para segurar um jogador em primeiro ano de sénior, com 5 meses a titular, 74 minutos de Liga dos Campeões e cláusula de rescisão de 120 milhões.
Que bem se entenda, já nem quero saber se o jogador fará falta na próxima temporada. O que realmente importa aqui é que desde ontem ficamos condenados a ser um clube periférico na Europa. Não há como segurar talento. Qualquer magarefe que dê dois pontapés na bola bem medidos, evapora-se das nossas vistas em meio ano, deixando camisola vaga para um outro aprendiz ou já sénior menos dotado. E que se desenganem os mais incautos: o dinheiro pode jorrar das pias do futebol europeu em direcção ao Estádio da Luz, que isso pouca influência terá nos nossos plantéis que se pretendem de olhos postos na Europa. Os que aceitam vir para Portugal, são os que contratamos agora por 5 ou 10 milhões. Os que estariam ao alcance com grandes entradas de dinheiro, afastam-se pelo baixo nível do campeonato que ninguém parece interessado em valorizar. 
Há 10 anos, ganhar campeonatos em Portugal era o principal objectivo. Entretanto com uma hegemonia que parece claramente ganha (são 10 anos sem sair dos 2 lugares do topo da classificação), seria tempo de dar o salto qualitativo além fronteiras. Futurologia é sempre um risco, mas não o vamos dar. Quando Rúben estiver em ponto rebuçado vai embora, quando Ferro for o patrão defensivo sai, quando Florentino for Florentino alguém o compra, quando Jota se afirmar vai de viola. João Félix explica: "não há cláusulas algumas que os segurem por cá"."

A ilusão Félix

"Como ponto prévio, muito por causa daqueles que veem teorias da conspiração em todo o lado e fazem da mania da perseguição o seu argumento primeiro, devo dizer que considero João Félix um bom jogador que pode aspirar a ser um grande jogador se continuar a evoluir da forma como o tem feito até aqui.
Dito isto importa referir que após meia época de sucesso, num campeonato em que há goleadas de 10-0 e jogando num clube em que tudo é menos difícil do que noutros do mesmo patamar (porque daí para baixo estamos conversados...), é um brutal exagero o endeusamento que se está a fazer em volta de um jovem jogador que o que mais precisa nesta fase da sua carreira é tranquilidade para se concentrar na sua profissão.
Não me vou referir sequer aos valores da sua propalada, mas ainda não confirmada, transferência para um clube espanhol porque há muito que deixei de acreditar na chuva de milhões que anda em volta do futebol, e de alguns dos seus clubes e jogadores, porque essas verbas envolvem sempre aspectos muito mal explicados e dos quais nunca se consegue apurar a verdadeira realidade dos factos.
Direi apenas que o jovem João Félix, um talento natural que ainda precisa de evoluir muito para chegar ao patamar dos grandes jogadores europeus, pago por metade dessa verba de cento e vinte milhões já era muito bem pago e, ainda assim, esse pagamento significaria um sinal de visível optimismo por parte do comprador.
Ponto!
Mas, mais do que às verbas do negócio, refiro-me ao carnaval mediático montado em torno do jogador pelos jornais desportivos de Lisboa e por um diário que faz do sensacionalismo profissão, com sucessivas primeiras páginas com o jogador e dando livre curso a uma imaginação “jornalística” que parece sem limites.
Até o preço que pagou num almoço, para que convidou alguns amigos, foi notícia de primeira página, imagine-se.
Já para nem falar daquele pitoresco e despropositado episódio de ser nomeado “embaixador” da terra onde nasceu, com direito a recepção na câmara municipal e tudo como se tivesse algum feito relevante no seu ainda curtíssimo currículo.
A História do nosso futebol, e destes órgãos de comunicação social, já agora, está cheia de exageros deste género em volta de jogadores que, por demonstrarem algum talento e alguma capacidade nos seus primeiros passos na primeira equipa de dois ou três clubes, se tornam desde logo nos novos “Eusébios” ou novos “Figos” ou “Futres” ou coisa do género porque se mistura uma ânsia em torno do sensacionalismo que vende com paixões clubísticas que muito não conseguem deixar à porta das redacções.
Quem não se lembra de Dani? Ou de Freire? Ou de Hugo Leal? Ou de Cavungi?
Para citar apenas alguns dos muitos a quem foram vaticinados futuros extraordinários, mas que nunca passaram de carreiras medianas ou nem sequer isso.
E se alguns dos leitores, até por questões de idade, não recordam os nomes citados, darei um exemplo muito mais recente e que todos terão facilidade em recordar.
Renato Sanches.
Como Félix fez meia época de sucesso no mesmo clube, foi chamado à selecção (aí com excelente prestação no Euro 2016) e protagonizou uma grande, mas prematura transferência para o Bayern de Munique.
Resultado?
Passou os três últimos anos a marcar passo, dividido entre um empréstimo mal sucedido ao Swansea e longas permanências no banco do clube alemão, e está agora ansioso por sair da Alemanha e reatar a sua carreira consciente de que ela já podia estar noutro patamar se as opções tivessem sido mais sensatas e o endeusamento menor.
Receio que João Félix vá pelo mesmo caminho, com esta possível saída para um clube e um campeonato onde as exigências e a competitividade são brutalmente maiores que no “bem bom” da Liga portuguesa, repetindo assim o que foi no seu tempo a triste experiência de João Vieira Pinto no mesmíssimo Atlético de Madrid.
Esperemos que não.
E que Félix consiga ser o grande jogador, que em potência já é e de que o futebol nacional tanto necessita agora que na ainda algo distante linha do horizonte já se vê ao longe o fim da carreira de Ronaldo, mas que o consiga ser no seu tempo sem precipitações e “folclores” como os que se tem visto na comunicação social e não só.
Acredito que o conseguirá.
Pelo seu valor e apesar destes profissionais da bajulação que apenas o prejudicam."

Pirata e o Xadrez !!!

"Santinhos... tudo pelo interesse público, sublinha-se! Espero que a investigação seja conclusiva no apuramento de responsabilidades. Já agora, tendo uma ideia de como funcionam os convites para os comentários televisivos, gostaria que fosse esclarecida a seguinte dúvida: foi ou não foi a comunicação do F.C. Porto que indicou o Dr. Aníbal Pinto para participar num determinado programa televisivo de comentários à actualidade desportiva?"

Aviso...

"Em relação à nossa última publicação e para esclarecer os nossos seguidores, a nossa equipa sabe perfeitamente o que aí vem.
Agradecemos que não nos acusem e critiquem com pedras na mão e não falem do que desconhecem. Sempre fomos idóneos e sempre defendemos e defenderemos o Benfica dos ataques de que foi/é alvo. Críticas construtivas são aceitáveis, críticas destrutivas com desconhecimento da causa e fomentadas apenas em suposições pessoais são completamente dispensáveis.
Se não divulgamos no imediato qual é o assunto, é porque não podemos. Ao contrário da estratégia do Futebol Clube do Porto e dos seus acólitos, para nós não vale tudo. Para nós não vale roubar e deturpar correspondência privada, não vale ter acesso a relatórios médicos, não vale aceder a negociações privadas de terceiros com o objectivo de obter melhor margem negocial, não vale aceder a relatórios de metodologias de treino, não vale espiar relatórios de atletas ou furtar documentos confidenciais de Scouting para roubar jogadores sondados por uma equipa rival.
Respeitamos a Justiça e respeitamos as investigações que estão a ser feitas. Jamais colocaremos as investigações em causa apenas e só com o objectivo de nos anteciparmos a presumíveis acusações de taberna provenientes dos mesmos suspeitos de sempre presentes na Comunicação Social e Redes Sociais.
O Sport Lisboa e Benfica é um clube com valores centenários, formado por gente humilde e que sempre respeitou todas as classes sociais, etnias, raças e órgãos de soberania. A nossa equipa revê-se na plenitude destes valores.
Aguardem e acalmem-se pois tudo será divulgado a seu tempo. Amanhã e depois de amanhã estejam atentos, pois deverá ser divulgado aquilo que avisámos."

Bruma, Catió e a inegável desestrutura do FC Porto

"O falhanço negocial com Bruma expõe mais uma racha na anteriormente intocável estrutura portista, cada vez mais distante dos tempos certeiros de Antero Henrique

várias conclusões a retirar sobre a história Bruma → FC Porto, afinal Bruma → PSV.
A primeira, que Catió Baldé é um agente de futebol exímio a jogar o jogo das sombras e a lançar engodo gordo nas águas certas.
A segunda, que o FC Porto deixou de ser imune a trapaças e perdeu a eficácia.
A terceira, que os verbos “apontar“ e “abortar” vieram juntar-se aos clássicos intemporais “por dias” e “praticamente certo”.
Então, Bruma estava telescopicamente apontado ao FC Porto e o negócio abortou numa reunião à holandesa, num hotel às tantas da madrugada, dias depois de andar a ser dado como certo, o que foi quase verdade - e que inocenta de culpa os desportivos e as rádios e as televisões, enfim, a sinistra e avençada comunicação social.
A transferência estava realmente a ser montada, por alguns milhões, e acabou simplesmente por ruir porque o PSV pagou mais, deixando o FC Porto sem o substituto ideal para Brahimi. Mais uma racha na anteriormente intocável estrutura portista, outro argumento a favor de Sérgio Conceição quando lhe forem cobrados resultados.
Da próxima vez que o treinador e Pinto da Costa entrarem telefonicamente em directo no Porto Canal, talvez seja melhor não assumirem que o segundo está a tentar fazer as vontades expressas do primeiro, porque ambos ficam reféns da imprevisibilidade do mercado e sujeitos à crítica e ao gozo de mais um falhanço negocial.
A sensação que fica é a de uma desestruturação portista e que era Antero Henrique quem conseguia, ainda, manter juntos os cacos de uma ideia passada.
Vejamos: do plantel da última época, entre os realmente titulares e os mais utilizados, só Eder Militão e posteriormente Pepe foram contratados após a saída do antigo CEO do FC Porto, em setembro de 2016. Casillas, Alex Telles, Felipe, Danilo, Herrera, Brahimi, Corona, Aboubakar, Marega, Otávio, Tiquinho Soares, Óliver – todos eles foram contratados por ou com Antero Henrique, todos eles úteis.
Ironicamente, é provável que o problema do FC Porto seja estrutural."

Começou o Grande Prémio do Brasil

"O país de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna não pode deixar de ter Grande Prémio de Fórmula 1. Logo, como o contrato entre a cidade de São Paulo e a empresa que administra o desporto automobilístico termina em 2020, o tema entrou em alta velocidade na agenda do Brasil.
Jair Bolsonaro chamou logo a Brasília o director executivo da Fórmula 1, o australiano Chase Carey, nos últimos dias. Ao lado de Wilson Witzel, o governador do Rio de Janeiro que inchou o currículo com um curso em Harvard imaginário e subiu a um helicóptero para metralhar um local de orações que confundiu com um esconderijo de traficantes, e de Flávio Bolsonaro, o senador investigado por nomear assessores-fantasma e entregar o dinheiro dos salários deles a um miliciano desaparecido, anunciou que "há mais de 99%" de hipóteses de o Rio sediar os grandes prémios brasileiros a partir de 2021.
Para tal, será erguido, com custos ainda incalculáveis, um autódromo no bairro carioca de Deodoro. 
Ao lado do trio, com um simpático sorriso por debaixo de um belo bigode oitocentista, o director da Fórmula 1 ouviu tudo sem entender uma palavra de português. Quando chegou a sua vez de falar, afirmou que está a negociar quer com São Paulo quer com o Rio, no que foi entendido como um desmentido, ao vivo e a cores, ao presidente do Brasil: o assunto, pelos vistos, está, no máximo, 50% para cada lado e não "mais de 99%" para o lado dos cariocas.
E São Paulo dispõe de uma vantagem que não é exactamente um detalhe: já tem um circuito construído, Interlagos, a receber o circo dos automóveis há 18 anos seguidos e ininterruptos e a postos para o penúltimo Grande Prémio deste ano, a 17 de Novembro.
Dois dias depois, João Doria, governador de São Paulo, promoveu uma conferência de imprensa, em que anunciou a disposição da maior e mais rica cidade do Brasil de continuar a sediar, como nos últimos 18 anos, o Grande Prémio. Lamentou "frustrar" o presidente - de quem foi aliado nas últimas eleições ao ponto de sugerir o voto "Bolsodoria", ou seja, Bolsonaro para presidente e Doria para governador - e convidou os jornalistas a sobrevoarem Deodoro, o bairro onde o suposto autódromo carioca seria erguido. "Para chegar lá só de helicóptero ou a cavalo, nem estradas tem", disse.
A seu lado, mais uma vez o diretor da Fórmula Um, a sorrir por debaixo do bigode oitocentista sem entender nada.
O que Chase Carey não entendeu é que o Grande Prémio do Brasil já começou. Basta ouvir os comentários "à margem" de Bolsonaro e Doria.
Nos últimos dias, o presidente mudou o discurso: depois de anunciar que não tentaria a reeleição, por causa do trabalhão que o Planalto dá, por comparação à vida mansa de deputado e de militar na reserva, afirmou na semana passada que "lá na frente, daqui a quatro anos", todos irão votar nele "outra vez".
E atacou eventuais concorrentes, à direita, Doria em especial. "A imprensa não diz que ele será candidato à presidência em 2022? Então ele não pode pensar só em São Paulo, tem é de pensar no Brasil", disse Bolsonaro.
O governador de São Paulo, entretanto, enquanto se dedica a manter os bólides na capital do estado que governa, põe-se em bicos de pés na política nacional. Tem sido o principal defensor de incluir todos os estados e todos os municípios na reforma da previdência, maior desígnio do governo, mas não, diz ele, para benefício de São Paulo, "que já fez a sua reforma", e sim "a pensar em todo o Brasil", numa resposta à acusação de Bolsonaro.
O Grande Prémio do Brasil deste ano será em São Paulo, o do próximo ano também, só o de 2021 está em dúvida, no meio do braço-de-ferro das suas principais lideranças brasileiras de direita - a liberal e elitista de Doria e a extravagante e extremada de Bolsonaro. Mas ambos já só pensam em cruzar a linha da meta à frente do rival em 2022."

O "machismo" do mundo do futebol

"Comparar futebol feminino com futebol masculino é como comparar o jogo da malha ao bombardeamento cirúrgico feito por drones.

Foi notícia que a melhor jogadora de futebol feminino do mundo, Marta, rejeitou todos os patrocínios até que lhe paguem o mesmo que a um homem. A minha pergunta é: que homem? Como se estabelece o termo de comparação?
Se for provado que a Marta gera 100 e só recebe 10 e que o Tomané, avançado do Tondela, gera os mesmos 100 e recebe 50, então sim, acho injusto e é preciso ver quem anda a meter ao bolso, aproveitando-se do facto de o futebol feminino ainda estar pouco profissionalizado. Agora, parece-me que não é isso que acontece, por isso vamos criar a igualdade como? Sendo que a Marta é a melhor jogadora, vamos comparar com o melhor jogador? Seria ridículo comparar o valor de Marta ao de Cristiano Ronaldo, já que o segundo, com 50 anos e apenas a jogar matraquilhos com uma mão, tem mais valor para uma marca do que a Marta. Porquê? Porque atrai mais público, gera mais interesse e tem uma base de seguidores que são influenciados pela sua imagem muito superior aos da melhor jogadora de futebol feminino. E porque é que o futebol feminino tem menos espectadores do que o masculino? Porque elas jogam pior do que eles. Defendem pior, atacam pior, rematam pior, fintam pior, correm menos e as guarda-redes parecem da selecção paraolímpica. Reparem, a maioria dos espectadores de futebol são homens: acham que se elas jogassem tão bem quanto eles, nós não preferiríamos ver mulheres a suar e a fazer marcação mulher-a-mulher? Claro que sim, mas as melhores jogadoras do mundo são pinos quando comparadas com os homens, mesmo com o Éder. 
Comparar futebol feminino com futebol masculino é como comparar o jogo da malha ao bombardeamento cirúrgico feito por drones. Sim, a modalidade é a mesma, mas a maturidade de uma indústria é totalmente diferente da outra, isto para não falar no número de espectadores. Lamento, mas os patrocinadores olham para números e não para genitais e nem tem a ver com a qualidade, mas com o retorno. Por exemplo, a Ronda Rousey, ex-lutadora de MMA, chegou a ser mais bem paga do que todos os lutadores masculinos, isto num desporto ainda mais predominantemente marcado pelos homens. Porquê? “Porque eu trago mais receitas, não é porque sou mulher ou deixo de ser, se querem ser bem pagos, trabalhem e gerem mais dinheiro que os outros para os organizadores e patrocinadores”, isto parafraseando palavras da senhora Rousey.
A Marta tem todo o direito em não aceitar o patrocínio se acha que merece mais, atenção, e tem ainda mais direito em lutar pela igualdade entre homens e mulheres em várias áreas. Talvez não se tenha sabido expressar bem – porque é jogadora de futebol e as palavras às vezes fazem-lhes vírgulas e cabritos – mas o que é certo é que a Marta está desde 2018 sem patrocínios. Porquê? Porque acha que merece mais e porque não precisa do dinheiro, convenhamos. Pode não ganhar tanto com um jogador de futebol masculino de topo, mas é estimado que leve para casa cerca de meio milhão de euros ao ano e isso faz dela uma privilegiada. A Marta podia aceitar o patrocínio e doar o dinheiro a uma associação de violência doméstica contra mulheres, por exemplo, mas isto sou eu a ser pseudo-moralista.
Não deixa de ser curioso que esta polémica lhe esteja a dar mais visibilidade e que, por isso, tenha em breve um patrocinador que lhe pague melhor. Se calhar é apenas isso que está em causa, encapotado de luta pelos direitos das mulheres, nunca saberemos. Também é importante alertar, não digo que não, que existem ainda muitos países em que há uma desigualdade salarial entre homens e mulheres para a mesma posição e com qualidade equiparável. Existem países onde muitas profissões estão vedadas às mulheres, noutros em que a educação é exclusiva aos homens e, com ela, a possibilidade de ter um emprego que pague melhor. Por isso, não deixa de ser curioso que as pessoas se insurjam mais para apoiar a luta das elites privilegiadas que reivindicam mais dinheiro, do que quando é gente pobre a fazer greves por melhores condições de trabalho.
Este caso tem um paralelismo com o que acontece no mundo do cinema: todos sabemos que a Meryl Streep é muito melhor a interpretar papéis do que o The Rock, mas o que acontece é que o The Rock leva mais espectadores ao cinema e gera mais buzz. Não é a genitália que faz o CV, tal como o contrário também acontece em muitas áreas, seja na pornografia (neste caso é a genitália que influência), ou com a Cristina Ferreira que ganha mais do que o José Figueiras. Porque é mulher e a SIC é femista (sim, femista e não feminista)? Não, porque ela gera mais audiências. É simples e sinto-me burro por ter de explicar isto. Por essa mesma razão, o Neymar ganha 269 mais vezes do que a Marta. Porque possui um pénis? Não me parece, mas porque gera 269 vezes mais receita aos patrocinadores e organizadores. Por exemplo, o Neymar vendeu 120 mil camisolas em menos de um mês quando foi transferido para o PSG. Duvido que a Marta tenha vendido metade disso na carreira toda.
Isto muda muito facilmente, basta as pessoas começarem a encher os estádios nos jogos de futebol feminino e a ver as transmissões televisivas. Se todos os que acham que a Marta devia ganhar tanto como o Cristiano Ronaldo enchessem os estádios e comprassem a sua camisola, talvez ela ganhasse mais. Sim, deve apostar-se mais na promoção das modalidades femininas e incentivar as raparigas a fazer desporto e a não olhar para o futebol apenas como um desporto de homens, tal como se deve mostrar que as mulheres podem ser programadoras informáticas e não apenas enfermeiras e, depois, deixá-las escolher o que preferirem. No entanto, ao contrário destas áreas, o futebol, televisão e outras, o teu ordenado nem sempre é proporcional à tua qualidade técnica, mas sim à quantidade de espectadores que te querem ver. A Maria Leal também deve estar a ganhar melhor do que muitos músicos de jazz brilhantes, mas enquanto os concertos dela estiverem cheios e o Zé Tó, que toca Saxofone com os pés, tiver apenas dois seguidores nas redes sociais, assim irá continuar.
Já agora, a Marta benze-se sempre antes de entrar em campo, o que é irónico já que um dos grandes motivos das mulheres terem sido ao longo de toda a história, e ainda serem em alguns países, diminuídas perante os homens, é exactamente a religião. Quando ela for à Igreja, era bom que pedisse as mesmas regalias para as freiras que os padres têm. Que se insurgisse contra as posições da Igreja em temáticas como o aborto ou os contraceptivos, que são uma forma de reprimir as mulheres, mas, como tem acontecido muitas vezes com esta nova vaga de feminismo, o motivo é justo e a causa é nobre, mas a mira está desalinhada. Quase tanto como os remates no futebol feminino."

Ano de (re)Conquistas!

Algas

"1. O coordenador da formação do FC Porto diz que há um clube (todos percebemos qual) a pagar valores «pornográficos» às famílias para contratar jogadores de 12 e 13 anos. Febre da formação ou injecção da ética?
2. Segundo o site transfermarkt, Ronaldo deixou de figurar no top-20 os jogadores mais valiosos (é 25%). Gosto de números, mas alguns parecem torturados em Guantánamo.
3. Foi bonita a homenagem de Filipe Moreira a Quinito no Jamor, ao surgir de smoking. A verdade é que ambos perderam. Mais alguém arrisca?
4. Nas últimas quatro épocas, em 213 jogos possíveis. Salvio esteve em 116, apenas 54 por centro. Percebe-se a saída, erro foi a renovação milionária.
5. «Com Peseiro o Sporting teria sido campeão». Se não soubesse que foi Sousa Cintra quem o disse ia jurar que era mais uma partida do Ukra.
6. Se o verão mete na cabeça que só aparece quando acaba o CP vamos ter de começar a chamar-lhe Outono.
7. O Atl. Madrid não é a escolha óbvia para João Félix (Gaitán, Jackson e Gelson não falharam por falta de qualidade...), mas lá dizia o padre Júlio Santos: «Foi uma serpente tentadora».
8. António Costa quer pagar licença sabática aos portugueses para voltarem a estufar. Taarbat fez isso no Benfica durante quatro anos e resultou.
9. Diz Maradona que a selecção argentina até era capaz de perder com Tonga. Isso não sei, mas que Platini era capaz de dar um Mundial a Tonga...
10. O Benfica diz que não há Eusébio Cup porque não encontrou adversário de topo. Tipo os colossos Monterrey (2015), Torino (2016), Rangers (2017, cancelado) e Lyon (2018).
11. Momentos insólito-semânticos da semana: um peru do guarda-redes do Peru, a Belenenses SAD a contratar jogadores ao Belenenses e Pinto da Costa a apelar a um mar azul durante a maré vermelha de algas.
12. Obrigado, Edward Zakayo. Por me fazeres sentir tão jovem."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

PS: O Gonçalo continua a dar graxa aos superiores: se continuar a fazer piadas parvas sobre o seu próprio Clube, talvez seja promovido!!!

A propósito de naturalizados

"O fenómeno dos desportivas naturalizados aumenta à medida que o mundo fica mais pequeno. Zeca (Grécia), Pedro Ró-Ró (Catar) ou Margaça (Chipre), são exemplos de futebolistas portugueses que, depois de preencherem os requisitos legais, optaram por representar países de acolhimento. E Portugal tem sabido integrar aqueles que se naturalizam, de Obikwelu e Liedson, de Pepe a Pichardo. Nada, pois, contra quem adquire a nacionalidade, a caminho é do interacção e não da segregação. Porém, há momentos em que faz falta reflectir e há casos que sugerem, cuidada ponderação. Senão, vejamos...
A portuguesa Yu Fu, de 40 anos, defronta hoje, em Minsk, a luxemburguesa Ni Xia Lian, de 55, em partida das meias-finais do torneio feminino de ténis de mesa dos Jogos Europeus. Também com hipóteses de chegar à final estão a alemã Han Ying, de 36 anos, e a monegasca Yang Xiaoxin, de 31, que medem forças na outra semifinal.
Os chineses são muitos e o ténis de mesa, definitivamente, é a sua praia. Nos últimos sessenta anos, disputaram-se trinta Mundiais e o vencedor individual foi, entre os homens, chinês em vinte ocasiões; no feminino, no mesmo período, houve vinte e quatro chinesas no lugar mais alto do pódio. Percebe-se, assim, a proliferação de mesa-tenista chineses à escala planetária, especialmente em tempos de grande abertura de Pequim ao mundo.
Resta a dúvida legítima, olhando para a idade dos semifinalistas de Minsk, sobre o contributo deste método para a evolução da modalidade nos países onde adquiram nacionalidade. Há renovação geracional à vista, ou apenas um efeito-eucalipto?"

José Manuel Delgado, in A Bola

Benfiquismo (MCCXIX)

Hóquei...

Proposta...

"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (“Benfica SAD”) informa, nos termos e para o efeito do disposto no artigo 248.º-A do Código dos Valores Mobiliários, que o Club Atlético de Madrid, SAD apresentou uma proposta para a aquisição a título definitivo dos direitos desportivos do jogador João Félix Sequeira por um montante de € 126.000.000 (cento e vinte seis milhões de euros), a qual se encontra a ser analisada.
Mais se informa que o valor proposto acima da cláusula de rescisão contempla o custo financeiro indexado ao pagamento a prestações previsto nesta proposta. Caso a Benfica SAD aceite a proposta apresentada, o valor líquido a receber do Atlético de Madrid na data da transferência dos direitos desportivos ascenderá a € 120.000.000 (cento e vinte milhões de euros)."