Últimas indefectivações

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Eleven: João Neves...

Eleven: João Mário...

RND - Carrega #29

Derrota em França...

Nantes 37 - 28 Benfica
(19-15)

Com adversários desta qualidade, os problemas defensivos ficam claros... e hoje, além disso, quando tivemos a oportunidade de voltar a 'entrar' na partida, cometemos demasiados erros ofensivos absurdos!
Somando as arbitragens europeias super-caseiras, fica impossível!

5 minutos: Diário...

Chão Sagrado - Memórias da Nova Luz #12 - Sara Martins

Jogo Pelo Jogo #10 - Piscineiros, seleção, Ronaldo 1000

No Princípio Era a Bola: A clareza que já existe no Portugal de Martínez e uma equipa da 4.ª divisão da Dinamarca que joga com um guarda-redes com o n.º 9 nas costas

Ajudar os árbitros, saudar Martínez e descobrir Zaragoza


"Só em semanas assim, de uma estranha paz sem campeonato, é possível falar de árbitros sem que as leituras surjam inquinadas pelo caso X ou Y, pela comparação de expulsões ou pelo VAR que interveio e deixou de intervir. Olhemos então os árbitros, só eles e sem mais, a partir do que o tempo já nos ensinou. Primeiro tinham falta de preparação, surgiam em campo gordinhos e anafados, a correr bem menos que qualquer jogador. Hoje são atléticos, atletas mesmo, com performances físicas que não podem ser explicação para os erros.
Também eram amadores, sem tempo para treinar e mal pagos, alegadamente mais suscetíveis de uma qualquer tentação. Hoje, têm espaços e tempo para treinar, são profissionais ou perto disso e pagos muito acima da média. Veio depois a tese da injustiça, de jogos vistos por dezenas de câmaras a concorrer com um homem apenas e que precisava de decidir na hora. Surgiu a vídeo-arbitragem, anunciada como garantia definitiva de verdade desportiva. E, todavia, os árbitros permanecem no olho do furacão e ainda mais pressionados neste tempo louco das redes sociais e da comunicação agressiva dos maiores clubes. Como se resolve? Não há solução milagrosa e as medidas concretas serão mais tema de um congresso que de uma crónica.
Adianto aquilo de que não duvido: qualquer evolução positiva terá de passar sempre por reduzir o número de momentos em que o árbitro tem de tomar decisões radicais, como penaltis ou expulsões. E em Portugal tem acontecido precisamente o contrário, em grande parte agravado pela utilização que se dá ao VAR.

Roberto Martínez fez o pleno até hoje, hoje mesmo, esta segunda-feira em que escrevo. Portugal já está no Europeu do próximo ano e vai quase de certeza ganhar o grupo. Além disso, consegue-o com uma série consecutiva – e rara - de vitórias que não pode ser desvalorizada, a despeito da modéstia dos rivais do grupo. Nem sempre jogou bem, chegou a parecer sem rumo tático, mas parece agora claro que a equipa cresceu, se orientou em organização, sobretudo nos momentos com bola.
Pelo caminho mudou de estrutura, o que só abona em favor do técnico. De uma desnecessária linha de 5 passou-se à de 4 defesas apenas – em 1.4.4.2 ou 1.4.2.3.1, em vez de 1.3.4.2.1 - ganhando vaga para mais uma unidade ofensiva, o que desde o início se recomendava. Martínez prometeu maleabilidade tática quando chegou, tardou em concretizá-la, mas antes tarde que nunca. E antes um selecionador convicto que um teimoso. Seguramente por convicção, também pré-anunciou o que já se adivinhava: o grupo está quase fechado e que dificilmente a porta da seleção se abrirá a mais alguém. João Neves forçou a entrada com exibições categóricas no Benfica, mas a vaga à qual se candidata também é pretendida por Matheus Nunes, Renato Sanches, eventualmente Pedro Gonçalves, se Martínez conseguir olhar para este último como médio.
É o paradoxal excesso de qualidade que tanto facilita como complica a vida de um selecionador que já tem seis nomes firmes para aquela zona do campo: Palhinha, Rúben Neves, Vitinha, Otávio, Bruno Fernandes e Bernardo Silva. Portugal terá tido seleções mais fortes nas últimas décadas, pensando na qualidade do onze, mas dificilmente houve tanta fartura global, sobretudo do meio-campo para a frente.
Espanha também tem imenso talento acumulado e convocatórias difíceis, em particular de atacantes, que a lista impressionante tem, só entre eleitos recentes, Morata, Ferrán Torres, Ansu Fati, Oyarzabal, Joselu, Iago Aspas, Abel Ruiz, Gerard Moreno, Yeremy Pino, Lamine Yamal, Iñaki Williams, Dani Olmo, Marco Asensio. São mesmo muitos. Mas se ainda não percebeu que ele existe, anote mais um: Bryan Zaragoza, 22 anos, extremo do Granada. É um daqueles baixinhos dribladores que entusiasmam, mas é bem mais que um simples agitador.
Atalha com arte a caminho da baliza, soma golos (vão 5 em 9 jogos na liga) mesmo que pelo buraco da agulha e multiplica jogadas de causar espanto. Impressiona-me a frieza com que, no último momento, é sempre capaz de mais um gesto surpreendente. Alguns clubes – Málaga, Valladolid, Bétis – desvalorizaram-no pelo seu 1,65m, o Granada percebeu-o como talento incomum e José Luis De La Fuente, o seleccionador espanhol, até já o estreou com o 10 de La Roja diante da Escócia. O futuro apenas começou."

Terceiro Anel: Portugal...

Não gostam? Paciência


"1. Pausa das seleções. É assim que se convencionou chamar a estes momentos de interrupção das provas de clubes para dar lugar às obrigações das equipas nacionais. O Benfica chega à segunda pausa das seleções desta temporada colocado na 2.ª posição da tabela à distância de 1 ponto de liderança.

2. Podia ser melhor, sim, podia e, provavelmente, devia, se nos lembrarmos da quantidade de pontos de que a nossa concorrência já beneficiou em tempos de compensação absurdos e em simulações contempladas com grandes penalidades favoráveis. Mas é tempo de seleção, tempo de pausa nas competições internas, tempo de reflexão e, sobretudo, tempo de melhorar tudo o que nos diz respeito.

3. O Benfica tem 11 jogadores distribuídos por diversos seleções que estão em compita pela qualificação para a fase final do campeonato da Europa da 2024, Europeu sub-21 de 2025 e Mundial de 2026. A dimensão de uma equipa de futebol de topo mede-se pela dimensão dos jogadores que a compõem. E este número de jogadores do Benfica ao serviço das seleções dos seus países de origem é, por si só, demonstrativo da valia do quadro de futebolistas de que o Benfica dispõe.

4. De novo, as seleções. Da nossa equipa principal saem para a seleção portuguesa dois jovens formados nas nossas escolas. António Silva, 19 anos de idade, e João Neves 19 anos de idade. Para António Silva já não será uma estreia, mas para João Neves, sim, é uma estreia. A sua chamada é a coisa mais natural das coisas naturais. O selecionador explicou em poucas palavras a razão da convocatória de João Neves porque não são precisas muitas palavras para justificar a inclusão deste jovem jogador no lote dos melhores jogadores portugueses.

5. Corre nas redes sociais um vídeo de uma entrevista de João Neves dada há uns quantos anos, ainda uma criança, explicando em palavras simples de criança os seus planos para o futuro: 'Quero saltar etapas no Benfica e quero saltar etapas até chegar à seleção principal'. Está cumprido o objetivo de João Neves. Saltou as etapas todas. A excecionalidade de João Neves, aparentemente, incomoda muita gente, e a sua chamada à seleção principal incomodou ainda mais gente. Até aqui tudo normal. Tudo bons sinais.

6. Menos normal e totalmente inaceitável é dizer-se que o Benfica 'manda' na seleção quando, em 24 jogadores convocados, apenas 2 são do Benfica. È certo que na seleção abundam os jogadores formados no Benfica e que hoje representam emblemas estrangeiros.

7. Mas não é um pecado nosso. É antes o reconhecimento da valia da formação do Benfica. Há quem não goste. Não gostam? Paciência."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Na segurança virtual dos eSports


"Vasco Vilaça, triatleta do Benfica, participou numa prova inédita em pleno cenário de pandemia, em 2020. E foi prata!

No verão de 2020, decorreu em Roterdão um festival de eSports e uma prova de triatlo semivirtual. Os eSports são uma realidade cada vez mais presente na vida desportiva e, ao mesmo tempo, uma causa de desconforto perante a sua categorização, na medida em que se questiona se o formato é ou não um desporto, pelo não uso do corpo, afastando-se da ideia tradicional de desempenho no terreno.
Esta questão não se colocou na prova de triatlo, levada à competição em 23 de Agosto de 2020, pois a adaptação do triatlo ao virtual adveio da necessidade de se acomodar o desporto às regras de segurança vigentes em período pandémico, garantido a devida distância entre os triatletas. A prova, denominada Arena Games, estava integrada na SuperLiga de Triatlo, competição internacional de super sprint. A prova constituiu-se pelos normais três segmentos de natação, ciclismo e corrida, havendo três etapas em que os segmentos se repetiam em ordens variáveis. A natação disputou-se com um atleta por pista na piscina. No mesmo recinto encontravam-se bicicletas em rolos de treino e passadeiras dobráveis. Estas tinham na sua frente um ecrã que reproduzia as corridas em realidade virtual, com 'avatares' de ciclismo e de corrida numa cidade virtual com as cores atribuídas aos 10 triatletas, e uma dificuldade acrescida em 30% ma corrida nos aparelhos.
Entre os 10 participantes, figurando entre os maiores nomes da elite do triatlo internacional, estava o português e benfiquista sub-23 Vasco Vilaça, que, curiosamente, envergava uma camisola encarnada.
Vasco Vilaça, foi destaque ao longo da corrida, sendo bastante elogiado pelos narradores. Nas primeiras etapas, foi 2.º e 7.º, classificado. Na última etapa, que terminou com o ciclismo. Vasco Vilaça terminou na frente de todos. Com uma soma total de 22 pontos, o português ficou em 2.º lugar no Arena Games, apenas a 2 pontos do 1.º classificado. Com 20 anos, o triatleta do Benfica. por coincidência estudante de engenharia computacional, foi, pioneiro numa competição que, embora o fizesse por razões que assim o exigiam, 'atingiu o mundo do triatlo como uma tempestade' e que tem vindo a afirmar-se nos últimos anos como um 'novo nível de experiência visual' e competitiva.
Conheça os passos do triatlo no Benfica na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

É lidar


"Demora muito a fazer substituições. É teimoso. Dá férias aos jogadores nos compromissos das seleções. Não mete o Florentino de início. Recorre ao Aursnes por tudo e por nada. Levou demasiado tempo a substituir o Vlachodimos. Não acerta nos laterais. Já se ouvir de tudo sobre Roger Schmidt desde o início desta época. O treinador alemão, campeão em título, com o recorde de pontos de uma equipa do SL Benfica na liga portuguesa, é agora um alvo em movimento para os entendidos, para a guerrilha e para os nossos adversários. Os outros é que são bons.
Na época passada, Roger Schmidt orientou o SL Benfica em 55 partidas em todas as competições. Somou 5 derrotas (uma nas grandes penalidades e outra na Liga dos Campeões), 6 empates (3 deles com PSG e Inter de Milão) e 44 vitórias. Foi campeão nacional. Nesta temporada, são 11 jogos disputados - 3 derrotas (2 para a Liga dos Campeões), nenhum empate e 8 vitórias, 2 delas sobre o FC Porto, tendo uma delas dado direito à conquista da Supertaça. É mesmo este o homem, o treinador, o líder de uma equipa técnica que andam por aí a criticar? Há quem o coloque em causa no futebol português, e penso que já percebi porquê. Deve ser porque está quase sempre tranquilo no banco de suplentes. Ou porque não bate no peito quando perde. Nem falta ao respeito a árbitros, colegas de profissão e jogadores adversários. Também não insulta os seus atletas para os motivar, prática muito apreciada por alguns especialistas. Talvez seja porque responde às perguntas da comunicação social sem subterfúgios e fala de futebol. Ou então, não é nada disto. O ataque concertado a Roger Schmidt pode ser apenas desespero de quem vê o Glorioso no caminho certo. Críticas, todos temos o direito de as receber - e de as fazer, mas quem decide é ele. E a sua equipa técnica. É lidar. E acreditar."

Ricardo Santos, in O Benfica

Sir Roger Schmidt


"Esta edição do jornal O Benfica é publicada a uma sexta-feira 13, mas foi no último domingo que o azar me bateu à porta. Por distração, tropecei num daqueles programas de comentários sobre futebol, onde se comentam mil e um assuntos... menos futebol. Fiquei ali preso uns minutos. Este tipo de formato televisivo é como aqueles aparatosos acidentes na estrada. Quando passamos por um, não conseguimos evitar uma espreitadela. E qual era, imagine o leitor, o tema em cima da mesa? As vitórias tangenciais do atual 3.º classificado? Frio, muito frio. A vitória tangencial do Benfica? Já está morno. A competição do atual treinador campeão? Na mouche!
Pelos vistos, as capacidades de Roger Schmidt têm sido colocadas em causa por um conjunto de especialistas. Comentadores doutorados em futebol pela Universidade do Sofá e consagrados pelas audiências conquistadas - o Big Brother também as tem. Serão também capazes de opinar com tamanho conhecimento de causa sobre medicina, por exemplo? A minha mãe sabe, claro, mais do que qualquer médico - como todas as mães -, mas felizmente partilha os seus alargados conhecimentos apenas com uma audiência composta pela família cá de casa.
Questionar as decisões tomadas depois de um jogo é o mesmo que fazer um exame de código da estrada com o manual ao lado. É uma batota que o adepto comum faz todos os fins de semana e que estes especialistas fazem todos os dias. Um dos fetiches atuais está relacionado com o timing das substituições do nosso mister. Um ano o meio depois, parece que se descobriu este grande pecado de Roger Schmidt. Não foi problema nas vitórias à Juventus, quando mexeu apenas ao minuto 81. Nem no 1-0 ao SC Braga, com a primeira troca aos 76'. Então e o triunfo no Dragão, com três alterações ao intervalo? E a dupla substituição também depois do descanso na Supertaça? Em que ficamos? Fico baralhado com estes julgamentos, no entanto estou muito esclarecido quanto à avaliação factual de Roger Schmidt: seja qual for o minuto em que recorrer ao banco, é o treinador com melhor registo em Portugal desde que assumiu a liderança de um Benfica que não ganhava títulos desde 2019."

Pedro Soares, in O Benfica

As crises dos outros


"Na última jornada europeia, o Benfica perdeu tangencialmente fora de casa. FC Porto e Sporting perderam tangencialmente... em suas casas.
Na última jornada do campeonato nacional, o Benfica venceu tangencialmente fora de casa. FC Porto e Sporting venceram tangencialmente... em suas casas.
Não vi todos os jogos dos nossos rivais, mas, do que vi, não me pareceu que estivessem muito melhor do que o Benfica.
Na verdade, creio que nenhuma das equipas está a jogar bom futebol. E qualquer uma delas poderia ter empatado ou mesmo perdido, nesta ou noutras jornadas (e aqui incluo o SC Braga, que também parece ter já aderido às vitórias nos descontos). O campeonato está qualitativamente nivelado por baixo, sendo que a maioria dos adversários dos grandes são tão frágeis, que, mesmo com estes em claro défice de rendimento, não lhes conseguem ainda assim roubar pontos.
Porém, esta não é a 'verdade' veiculada pela comunicação social.
Quem leia jornais, ou veja televisão, é levado a crer que só o Benfica não rende, que só o Benfica joga pouco, que só o Benfica está em má forma. Os outros vivem na paz dos anjos.
Sabemos que, para o bem e para o mal, somos o maior clube português. Somos aquele que mais vende - quer quando as coisas correm bem, quer quando correm mal. As crises dos outros passam sempre entre os pingos da chuva, o que lhes permite uma maior serenidade para as debelar.
O FC Porto marcou apenas uma vez nos últimos três jogos, pese embora a quantidade de pontas-de-lança que tem no plantel. Ainda não ganhou no campeonato por mais do que um golo de diferença. Obteve 8 pontos no tempo de descontos. E já perdeu duas vezes com o Benfica. Não sei, nem me interessa, se os seus adeptos estão satisfeitos. Mas a comunicação social ignora tudo isto, e, vira-se para o... Benfica.
Não nos deixemos iludir."

Luís Fialho, in O Benfica

Primeiro estranha-se, depois entranha-se...


"Esta é uma frase famosa atribuída a Fernando Pessoa, empregado na agência que fez dela slogan em 1927, que resume como nenhuma outra a sedução da Coca-Cola. Esta coluna não é sobre walking football, o cada vez mais famoso futebol a andar.
Tudo começou em 2016, vai para sete anos, quando a EFDN - European Football for Development Network - desafiou a Fundação Benfica e um grupo de outras fundações de grandes clubes europeus com um projeto inovador de formatação do walking football financiado pela Comissão Europeia. Ao tempo, a simples ideia de jogar futebol a andar rasgava os mais abertos sorrisos a toda a gente que a escutava pela primeira vez, fosse da esfera desportiva ou não. No entanto, depois de explicado o potencial e os contornos desta modalidade sénior, o sorriso dava invariavelmente lugar à admiração e à aceitação da ideia como uma inovação de futuro.
Quer dizer, nessa altura pioneira em que ainda não havia walking football, a modalidade primeiro estanhava-se para, logo de imediato, começar a entranhar-se cada vez mais. Hoje, da Federação Portuguesa de Futebol às universidades seniores, de clubes a grupos informais, de hospitais a IPSS, o walking football é uma realidade cada vez mais presente em Portugal e fora dele. Em Espanha, naturalmente, é igual porque o walking football veio para ficar: está definitivamente entranhado!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"2
O Benfica venceu, pela 2ª vez, a Elite Cup de hóquei em patins no feminino;

4
Com a ausência de Bah e Kökcü no Estoril, já só restam 4 totalistas nos 11 jogos oficiais: Aursnes, João Neves, Otamendi e Rafa. O norueguês é o único totalista absoluto, com 1126 minutos de utilização. Otamendi (1111), Rafa (1051), Bah (867) e António Silva (834) compõe o quinteto mais utilizado por Roger Schmidt de um total de 27 jogadores, sendo que a mais recente estreia foi protagonizada por Gonçalo Guedes (inclui tempos adicionais);
Vasco Vilaça venceu a Taça do Mundo de Roma 2023 e é o 4º no ranking mundial do triatlo;

5
A equipa feminina de polo aquático do Benfica conquistou a Supertaça pela 5ª vez;

7
A equipa comandada por Roger Schmidt alcançou a 7ª vitória consecutiva no Campeonato Nacional na presente temporada, ficando a uma do 2º melhor registo da época transata (o melhor foi 10);

11
O Benfica somou a 11ª Supertaça de voleibol ao seu palmarés;

12
Subiu para 12 os troféus nacionais ganhos pelo Benfica em 2023/24, entre os quais 9 Supertaças, com a particularidade de ter disputado 12, ou seja, perfez o pleno de vitórias;

13
São 13 os elementos da equipa A do Benfica convocados por seleções (incluindo duas dispensas por lesão); João “Betinho” Gomes tornou-se no 13º mais pontuador na história do basquetebol benfiquista. É expectável que, no final da presente temporada, ocupe o 12º lugar do ranking, a uma pequena distância do 11º (de acordo com a estatística apurada – trabalho em curso);

46
Rafa passou a ser, a par de Vítor Martins, o 46º com mais jogos (317) pela equipa de honra do Benfica (incluindo particulares). É o 38º em jogos oficiais (285) e o 19º nas competições europeias (59)."

João Tomaz, in O Benfica

3x4x3...


Um apartamento T1 em Braga custa cerca de 800€/mês, mas um Estádio custa apenas 500.

A divulgação dos áudios


"Não era preciso ser adivinho para perceber que a divulgação pública das comunicações entre árbitros e vídeoárbitros iria ser alvo de críticas ferozes, por parte dos mais diferentes quadrantes.
Antes até da própria iniciativa ser anunciada (e se calhar pensada), já se sabia que, se um dia surgisse, muitos daqueles que então censuravam a ausência de esclarecimentos por parte do Conselho de Arbitragem seriam os primeiros a apontar o dedo ao que quer que viesse da partilha inédita: o conteúdo, a forma, o estilo, a decisão em si, enfim, tudo e mais alguma coisa. Era certo, certinho como dois e dois serem quatro.
E era certo, certinho, porque infelizmente já aconteceu mais vezes, noutras circunstâncias. Sempre que a arbitragem tenta fazer algo que sugira proximidade ou transparência no contacto com o exterior há ruído e controvérsia prolongada. Há não muito tempo, por exemplo, o reconhecimento público de um erro tecnológico com impacto real no resultado de um jogo criou ondas de choque por todo o lado: nos que se sentiram perseguidos pela opção, nos que acharam que ela era parcial ou discriminatória, nos que conformadamente lá diziam «pedir desculpa já não muda nada».
Na arbitragem é assim, preso por ter e preso por não ter. Por alguma razão, Collina insistia em dizer-nos que a melhor entrevista era aquela que não se dava. Sempre que a classe tenta dizer, fazer ou explicar qualquer coisa cá para fora acaba por ser salpicada com pedaços de lama. Mais cedo ou mais tarde, a coisa vira-se contra ela. É inevitável e não, não é exagero nem calimerice: são décadas de história a prová-lo, basta googlar.
Mas essa constatação não pode fazer recuar a estrutura. Não a desobriga. Não pode levá-la à inflexão de rumo, porque este é de facto o caminho certo.
Nos dias de hoje, o futebol precisa desesperadamente de esclarecimento, explicação e transparência. Mesmo que a maioria das pessoas conteste a posição, haverá sempre duas ou três que entenderão o que está em causa. Haverá duas ou três que valorizarão a ideia e perceberão o espírito que lhe está subjacente.
E no caso desta divulgação, desta partilha de conteúdo áudios, a essência — aquilo que verdadeiramente deve ser demonstrado ao mundo da bola — é que todas as comunicações que se ouvem provam uma coisa absolutamente crucial para a credibilidade do jogo: a honestidade dos seus autores. Não há nada de premeditado ali. Não há má-fé, não há erro intencional, não há benefício estratégico, não há malandrice nem chico-espertice.
A espontaneidade e sinceridade de quem fala em campo ou em sala é inatacável e só alguém de alma muito suja pode pressupor o contrário. Pode-se até criticar a decisão que é tomada, a confusão na comunicação, a hesitação pontual, o estilo menos prosaico... mas se há algo que não se pode colocar em causa é a integridade da intenção. Ela é clarinha como água e nos dias que correm essa é uma vitória importante da arbitragem: «Podemos até ser incompetentes, mas não somos desonestos.» O que se espera, de ora em diante, é o passo seguinte: a melhoria gradual de um processo benigno, que deve evoluir para patamares de maior eficácia, qualidade e clareza.
Houve de facto momentos verbais menos bonitos, atropelos protocolares (o VAR nunca pode chamar o árbitro se tem dúvidas sobre o que quer que seja), suores a afetar a qualidade das conversas e até telemóveis credenciados que ninguém sabia serem legais, a fazer de Plano B, C ou D. São situações que devem ser evitadas, tais como são as análises de clipes demasiado desfasados no tempo, que acabam apenas por ressuscitar polémicas já mortas e enterradas. Dores de crescimento que, estou certo, a classe encontrará formas de equilibrar, melhorar, fazer evoluir.
O processo está certo. O resto virá por acréscimo."

PC agarra-se aos árbitros


"Na arte de assobiar para o lado o presidente do FC Porto é inimitável. Não há preocupações que o assustem e essa soberba advém da correnteza de elogios, por ser o mais titulado do mundo, o que o torna imune às críticas e indiferente a quem as faz.
Na apresentação do relatório e contas de 2022/2023, com um prejuízo na ordem de 48 milhões de euros, foi astuto em desviar o foco da preocupante situação financeira do clube e falar de trivialidades, eventualmente agradáveis aos ouvidos de uma massa adepta que ouve e cala, mas completamente desajustadas do essencial do reunião.
Essas minudências sobre prejuízos e generosas remunerações dos administradores ficam para os especialistas, porque o líder portista é mais dado a golpes de asa. Assim, alvejou André Villas-Boas pela sua reiterada ousadia em admitir candidatar-se à liderança do clube nas próximas eleições (abril de 2024), convidando-o a desistir da ideia. A ele ou outro qualquer, porque a decisão final é do próprio Pinto da Costa. «Já tenho mais de 1500 dias como presidente. Há muito tempo que me querem ver longe, mas vão ter de esperar sentados, senão ainda vão ganhar varizes…», afirmou, com a ironia que ainda julga ter.
Então, e os prejuízos? Mais milhão, menos milhão, isso não interessa porque, do seu ponto de vista, aquilo que os adeptos gostaram de ouvir foi a farpa ao Sporting, a propósito das «desigualdades chocantes no comportamento dos clubes conforme de onde são». Porquê? O FC Porto apanhou um jogo de interdição porque «o indivíduo [adepto portista, presume-se] atirou um foguete ou qualquer coisa», em Moreira de Cónegos, e na final da Taça da Liga de época passada «um grupo de dez indivíduos» mandou «tochas e foguetes para cima das pessoas» e o Sporting só foi multado.
Não é o colossal défice do clube a que preside que o preocupa. Nem as comissões, nem os prémios, nem nada que tenha ver com dinheiro. O que o incomoda, pasme-se, é a «desigualdade de tratamento» aos clubes, «conforme de onde são». Aqui, porém, foi pouco original, há anos que lhe escutamos a mesma ladainha.
Este exercício grotesco de regresso ao tempo em que ao passar a ponte sobre o rio Douro em direcção a sul já estava a perder por meio a zero é sinal inequívoco de que sente mesmo necessidade de distrair a família portista com quinquilharia argumentativa e, para o naperão ficar mais colorido, nada melhor do que lhe acrescentar o encarnado, embora, confesso a minha dificuldade, não entenda qual a relação entre o gozo que dá a PC as sondagens que vê no Alentejo e a sugestão para se fazer também uma sondagem à Casa do Benfica de Paredes, uma das principais «aqui do Norte».
Era obrigatório, tinha de falar do Benfica, o campeão em título que respira estabilidade e continua a melhorar a sua organização em torno da figura do presidente, Rui Costa, mas como lhe faltou tema, inventou uma comparação sobre sondagens entre o Alentejo e a Casa de Paredes, provavelmente com culpas no buraco financeiro do FC Porto. Talvez, mas isso PC não explicou…
Há uma semana, ainda não se falava de contas, o FC Porto solicitou ao Conselho de Arbitragem da FPF uma reunião com «caráter de urgência», justificada pela «sequência de um conjunto de erros graves e reiterados que adulteraram a classificação do campeonato».
Não se discute o pedido, mas convém não ter memória curta e recordar o que se passou no FC Porto-Rio Ave da época passada (21ª jornada), em que Pepe voltou a passar por entre os pingos da chuva e o FC Porto foi presenteado com um bónus de dois pontos. A polémica foi grande e na altura, neste mesmo espaço, alvitrei a demissão de Fontelas Gomes porque um Conselho de Arbitragem que não explica, não reage e não se indigna é porque não existe.
Oito meses mais tarde, porém, há novos procedimentos e depressa foi atendida a pretensão portista. Passando ao lado das más contas, o presidente do clube anunciou que apresentou as suas ideias e a recetividade da outra parte foi boa. No entanto, enigmático e gerador de desconfianças foi o modo bajulador como fez o retrato do CA e de quem o compõe:
«Tenho a certeza de que as pessoas do Conselho de Arbitragem estão extremamente interessadas em que a arbitragem melhore, reconhecem que não está bem e são de uma seriedade intocável».
Não sei o que as pessoas do CA lhe disseram, mas alguma coisa devem ter dito para Pinto da Costa se permitir a um juízo tão amável e assertivo sobre elas. Devem ter ficado embasbacadas, acredito. De uma seriedade intocável?! Mas foram sempre ou passaram a ser a partir deste encontro?
Uma velha tática utilizada quando era preciso gerar a dúvida e confundir os árbitros acerca de quem manipulava os cordelinhos de influência nas suas classificações e carreiras. Hoje, é mais difícil, mas sobrevivem os maus hábitos.
À oitava jornada, o FC Porto é o terceiro classificado. Sérgio Conceição tem feito verdadeiros milagres, mas o quadro é complexo. Os adeptos entendem, por causa da passividade da administração é natural que as expectativas murchem, cenário que PC não vai admitir até as eleições lhe garantirem mais um mandato. Ele sabe muito, por isso devem os clubes rivais ficar atentos depois desta declaração de amor à arbitragem."

Sobrevivemos


"Sobrevivemos à pausa para as seleções. A vida prossegue agora mais feliz. O leitor poderá pensar que isto é ausência de sentimento patriótico, mas o facto é que gosto cada vez mais do meu país. Poderá também suspeitar que é desinteresse pelo jogo jogado, um súbito desencanto com a modalidade logo agora que a Seleção Portuguesa se mostra aparentemente capaz de levar tudo à frente e assim continuar a patrocinar os recordes de Cristiano Ronaldo. Nada disso, continuo a gostar muito do futebol praticado por grande parte dos atletas que estão na convocatória. E tenciono continuar a acompanhar atentamente a modalidade. Talvez por isso alguns leitores mais suspeitos tentem reduzir tudo a um caso patológico de clubismo, mas devo reconfortá-los. Excesso de benfiquismo também não é, seguramente, que isso não existe.
Como explicar então este meu desinteresse? Sabem aqueles casamentos muito longos em que as pessoas se apaixonaram, depois desapaixonaram, e um dia acordaram para descobrir que vivem juntas mas já mal se observam ou escutam uma à outra? É aí que me encontro. Há um afeto qualquer, mas está bem longe dos dias de hoje. Se me fosse pedido, sei que consigo desencantar as memórias de alguns momentos muito felizes a torcer pela Seleção, a expectativa com que aguardei por alguns jogos, ou até o entusiasmo com essa espécie de consciência coletiva de patriotismo que nos toma de assalto antes de um simples jogo de futebol precedido por um hino que a maioria dos jogadores escolhe não cantar. É parvo, mas emocionei-me algumas vezes por eles, como se os substituísse nessa tarefa. Aqui chegado, hoje não sei mesmo o que é feito do meu afecto pela Seleção. Diria que fui vítima de uma combinação violenta de longos anos de mau futebol, um franco desinteresse em tornar esse futebol melhor, de convocatórias discutíveis, e de uma panóplia de temas que foram tornando a seleção uma coisa estruturalmente distante do que me levou a gostar de futebol em miúdo.
Já agora, rejeito qualquer espécie de sentimento de culpa por não me conseguir entusiasmar com a Seleção do meu país. Não sinto orgulho por esta falta de entusiasmo. Se partilho aqui o sentimento, é porque de alguma forma o lamento. Não há nada de performativo nisto. Bem espremido, é mesmo só desinteresse, uma certa apatia que tomou conta de mim quando o tema é este.
A minha pausa para as seleções foi salva pelo Mundial de râguebi. Mas apetece-me dizer, nestes dias em que assistimos ao regresso de uma certa euforia em torno da Seleção Nacional de futebol, que vai ser preciso muito mais para recuperar alguns adeptos que, como eu, foram deixados pelo caminho ou decidiram sair pelo seu próprio pé. Não sei bem como isso se faz, nem sei se é possível. Pelo caminho tornámo-nos todos mais velhos e talvez tenhamos menos paciência para voltar a apreciar o romance. Talvez o jogo jogado consiga aos poucos convencer-me a ver, afinal, esse futebol-espectáculo de que fala toda a gente. Talvez um briefing para uma futura campanha de marketing da Seleção aluda aos que, como eu, se desinteressaram e agora contam os dias até ao próximo jogo do seu clube. Ainda não perdi a esperança, mas o facto é que hoje me sinto mais representado pelo Benfica do que pela seleção do meu país, e estou absolutamente convicto de que foi a seleção a empurrar-me nessa direção.
Mas há mais uma coisa que me incomoda na equipa de todos nós, ainda que indiretamente. A consequência natural de um par de semanas sem Benfica é que um país inteiro sofre mais com isso do que com a sua seleção. Por um lado, é preciso suspender por momentos a fixação natural com a maior instituição portuguesa, justificada antes de mais pela esmagadora maioria de adeptos benfiquistas que compõem a população do país, e reforçada pelos restantes adeptos, que na sua maioria apreciam toda e qualquer história que pareça diminuir o Benfica de alguma forma. Por outro lado, dificilmente o país sobrevive a duas semanas sem histórias sobre o Benfica. A Seleção talvez encha um ou outro estádio, mas o Benfica enche estádios, os telejornais, e o que mais houver para nos fazer sair da cama.
Só há um problema. Quase nada se passou com o Benfica, que manteve uma parte dos jogadores a treinar enquanto os restantes representavam os seus países. Mas isso não impediu que alguns tentassem. Ouviu-se falar de um jogo-treino contra o Torreense, mas as expetativas saíram frustradas. Quis o destino que o jogador afastado do grupo de trabalho, João Victor, fosse reintegrado e até marcasse o golo da vitória. Pouco ou nada sucedeu, pelo menos até ter rebentado a bomba pela qual ninguém esperava. Última Hora! Foi detido um comentador da BTV. Poder-se-ia pensar que este tema envolvia o Benfica, tal foi a forma como o noticiaram. Aliás, fiquei absolutamente seguro disso quando vi a notícia em destaque na página principal de mais do que um órgão de comunicação social. A sensação durou meia dúzia de segundos, claro, até perceber que nada na referida detenção diz respeito ao Benfica, excepto a ocupação ocasional do detido enquanto comentador afeto a um clube. Este é um daqueles engenhos noticiosos particularmente úteis quando nada mais acontece no futebol português. Junta-se a irrelevância de uma notícia ao poder da sugestão, menciona-se o Benfica, et voilá, assim se conquista uns valentes milhares de visitas ao site que seriam impossíveis de outro modo.
Não foi fácil, mas sobrevivemos. A pausa para as seleções terminou e a vida prossegue agora mais feliz. O Benfica retomará o seu desígnio de fazer avançar a economia, preenchendo o vazio estrutural das nossas vidas, se possível com uma vitória esclarecedora seguida de outra, e assim sucessivamente, até não restar sombra de dúvida acerca da prestação da equipa esta época e os títulos estarem todos decididos. Será então tempo de voltarmos a ficar sem assunto. Quem sabe nessa altura volto a pensar na Seleção."

Estranha forma de estar e ser...


"Somos mesmo assim, nunca estamos satisfeitos com nada. 0-5? 0-10 é que era...

Portugal vai com oito vitórias em oito jogos da fase de apuramento para o Euro-2024, um feito inédito desde que disputamos as qualificações para grandes competições. Grande coisa, numa série destas o contrário é que seria de estranhar! Marcámos 32 golos e sofremos dois? E depois, devíamos, no mínimo, ter faturado 50. E batemos o recorde de goleadas com os 9-0 contra o Luxemburgo? Contra quem? Devem estar a brincar! Ontem fomos à Bósnia vencer por 5-0?Uma treta, na segunda parte nem quisemos jogar. Já agora só fomos campeões da Europa em 2016 porque Fernando Santos andou agarrado à santinha que tinha no bolso, e vencemos a Liga das Nações apenas porque jogámos em casa. Ainda mais: só embarcámos na saga dos Descobrimentos porque somos um país com uma fronteira para o mar e outra para Espanha, para onde não nos podíamos expandir, José Saramago só ganhou o Nobel da Literatura porque naquele ano não havia mais ninguém de jeito para galardoar, Durão Barroso foi durante dez anos presidente da Comissão Europeia porque queriam alguém sem poder, António Guterres vai para uma década como secretário-geral das Nações Unidas porque mais ninguém quis o cargo, o 25 de abril não teve jeito nenhum, porque vingou sem qualquer banho de sangue, como uma revolução que se preze, e até Salvador Sobral ganhou o Festival da Eurovisão apenas porque a Europa é composta por uma data de lamechas de coração mole.
Perante o sucesso, enquanto os espanhóis entram em êxtase, os franceses esquecem que há mundo para além do Hexágono e os transalpinos passam semanas a trautear o Fratelli D’Italia, nós só procuramos razões menores para explicar feitos maiores.
Regressemos ao futebol. Roberto Martínez, a quem se louva o esforço para falar português, o que num espanhol merece aplausos vezes dez, por mais que, volta e meia, se atrase nas substituições ou faça escolhas pouco consensuais, na big picture está a criar um grupo coeso, de onde irá sair uma equipa capaz de nos fazer sonhar. Ontem, na Bósnia, a exibição de Portugal, exuberante e letal na primeira parte, e sólida e adulta na segunda, raiou a perfeição. Por mais que nos subjuguemos ao complexo histórico de desvalorizar o que de bom temos e fazemos, não será tempo de mudar a agulha e valorizar quem somos e conseguimos?"

Um grupo que não representa o seu povo, a seleção sem contas e a entrega e o inacreditável amor à camisola dos Lobos


"I - O nosso planeta é um lugar maravilhoso, mas infelizmente é habitado por alguns animais que não merecem o ar que respiram.
Refiro-me, obviamente, a alguns seres humanos, porque todos os outros só matam por instinto de sobrevivência. Podem não ser abençoados com a "razão", mas aparentemente mostram ter muito mais alma coração. Fiquei arrepiado, em choque até, quando vi as consequências reais do ataque do Hamas, esse partido tresloucado que espalha terror, medo e morte em nome de uma falsa causa, a palestiniana, cujo povo tem sim, todo o direito à defesa do seu território e merece o nosso respeito, apoio e solidariedade.
O genocídio cometido no tal festival, as violações e raptos em catadupa, o pânico, a dor, o trauma e caos que esses bárbaros causaram em tantos inocentes (bebés, crianças, jovens adultos, homens, mulheres, doentes e idosos) não tem qualificação.
Não é diferente, é certo, de tantas outras atrocidades cometidas por tantos outros terroristas insanos (alguns transvestidos de honestos e democráticos), mas chocou pela força da violência e pelo requinte de malvadez. Hediondo.
O Hamas não representa a Palestina nem o seu nobre povo. Representa apenas os seus interesses radicais, a sua cartilha de terror e de difusão da desordem no mundo. É o pior que podia acontecer a um povo já de si espremido por um estado, o de Israel, que é um falso moralista, com demasiados telhados de vidro e que agora consegue, com a cumplicidade cínica de tantos parceiros internacionais, legitimidade para exterminar sem escrúpulos milhares e milhares de vidas inocentes. É incrível o que o ser humano consegue fazer a outros em nome do "direito à defesa". A desproporção, a diferença gritante de meios na reação, tendo quase sempre como alvos aqueles que deviam ser os mais protegidos e acarinhados.
São todos maus, todos doentes, todos gananciosos, uns assumidamente, outros mascarados de impolutos. Um esgoto a céu aberto, uma humanidade decadente, movida a gula e interesses estratégicos, sem eira nem beira, que ataca quem não merece. Quem não tem capacidade física, emocional, psicológica e efetiva para se defender, para viver com dignidade mínima.
No meio de tantos monstros, quem se lixa é quase sempre o mexilhão. O povo. Alguém que tem uma vida, sonhos e família como qualquer um de nós. A esperança existe e assenta no quilate moral, ético e ideológico de pessoas boas, de gente de bem, que pode vir a ter força e competência para contrariar essa tendência e lutar por ideais de verdade. Por causas justas, por um mundo melhor. É preciso acreditar, mesmo que romanticamente. Viver sem esperança não é viver.
Opinião pessoal: nunca apoiem quem mata ou magoa inocentes. Seja quem for, seja onde for, seja porque motivo for.

II - Com mais ou menos brilho, com maior ou menor nota artística, a seleção nacional de futebol está qualificada para o próximo europeu, fruto de números avassaladores, que têm que ser valorizados e elogiados. Honra a quem merece, que é como quem diz, à sua equipa técnica, a todos os jogadores envolvidos (e aos seus clubes de origem), aos adeptos que verdadeiramente estiveram com eles e aos responsáveis maiores, que criaram todas as condições para que o sonho fosse alcançado tão prematuramente, sem recurso à angustiante calculadora.

III - Estou em crer que o número de praticantes de râguebi aumentará exponencialmente nos próximos tempos. Ainda bem.
O mérito é todo dos "Lobos", que com o seu entusiasmo, entrega e inacreditável amor à camisola (e ao seu país) conquistaram a nossa admiração, respeito e carinho. A prova de que os resultados nem sempre importam, quando o compromisso é sério e inegável. Que exemplo, que força. Que atitude. Brilhante."

A Verdade do Tadeia - Flash - Portugal...

A Verdade do Tadeia #2024/52 - Os rankings e as dinâmicas da seleção