Últimas indefectivações

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Vermelhão: Complicado...

Lech Poznan 2 - 4 Benfica


Resultado enganador, os polacos deram muita luta, correram muito, e o Benfica voltou a demonstrar debilidades defensivas, principalmente no controlo da profundidade, tanto nas 'costas' dos centrais, como no espaço entre os centrais e os laterais! O conceito 'bola aberta', 'bola fechada' ainda não foi entendido na totalidade pelos jogadores da linha mais recuada... A protecção dos extremos aos respectivos laterais, também ficou muito aquém do que seria necessário! E logo contra uma equipa que praticamente em todas os ataques, envolvia os seus laterais...

Ofensivamente, com o regresso do Taarabt até tivemos mais armas, mas acabámos por ser demasiado perdulários! Por exemplo, o falhanço duplo (Darwin/Luca) no início do 2.º tempo, que daria o 1-3, praticamente no ataque seguinte deu o 2-2!!! A presença do Pizzi no lugar do Rafa, trouxe problemas de equilíbrio ofensivo e defensivo...

Enguiço quebrado e logo com um hat-trick! Os dois primeiros golos, são grandes golos em qualquer lado... Aquela 'cornada' no 1.º golo, mais uma vez, fez-me comparar o Darwin, ao Ronaldo! Não tem o mesmo talento, mas as características são parecidas!!!
Mas neste momento o jogador mais importante do esquema do Benfica é o Gabriel... tanto na circulação de bola, como na recuperação... Sendo que hoje, os polacos, acabaram por encarrilar o jogo todo pelas alas, 'fugindo' ao Gabi...
A questão dos Centrais hoje 'assustou-me'! É verdade que a maioria dos nossos adversários não têm as características do Lech, mas a combinação entre velocidade, com caparro, com alguma qualidade de passe, realçaram os problemas da nossa linha defensiva... E só a entrada do Jardel perto do fim, como 3.º central acabou por 'tapar os buracos'!!!
Odysseas muito bem, até nos cruzamentos!!!
O Gilberto foi ultrapassado uma ou duas vezes, no um contra um, porque foi 'passarinho', mas no geral até não esteve mal... Agora, tem que continuar a ouvir as 'palavras amigas' do Jesus, pois tem potencial para fazer melhor...

Com a vitória do Rangers em Liége, podemos ter um grupo decidido a dois, o que seria excelente, pois iria permitir uma rotação total nas últimas jornadas! O calendário desta época é brutal... E o jogo de hoje, foi extramente desgastante a nível físico... muita correria, muitos contactos duros, algo comum a todos os nossos adversários deste grupo da Liga Europa!

Mais uma vitória...

Boa Hora 25 - 31 Benfica
(14-17)
Moreno(6), Djordjic(4), Kiko(4), Pais(3), Nyokas(3), Belone(3), Rahmel(3), Arnau(2), Martins(1), Kukic(1), Matic(1), Loureiro, Cavalcanti, Tavares; Capdeville, Hernandez

Obrigação cumprida...

Taça de Portugal: UCS Paredes


Realizou-se hoje o sorteio da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, calhando em sorte ao Benfica, o 
Paredes. Terra de muitos Benfiquistas...
Recordo as dificuldades que o ano passado tivemos em Vizela!

Arouca FC - Vitória SC
Real SC - Belenenses SAD
Felgueiras/Valadares Gaia - Tondela
Monção - Rio Ave
União de Leiria - Portimonense
Sacavenense - Sporting
União Paredes - Benfica
Penafiel - Marítimo
Trofense - Braga
União Oliveirense - Paços de Ferreira
Fabril Barreiro - FC Porto
Oriental - Famalicão
Beira Mar . Santa Clara
Vizela - Boavista
Casa Pia - Nacional
Merelinense - Moreirense
Oleiros - Gil Vicente
Clube Futebol Estrela - Farense
Estoril Praia - Lusitano
Ginásio Vilafranquense - Sanjoanense
Montalegre - Vitória FC/Académico de Viseu
Vilaverdense/Lourinhanense - Olímpico do Montijo
Anadia - Pinhalnovense
Académica Coimbra - Rebordelo/Varzim
Oriental - Dragon
Leixões - Feirense
Amora - Espinho
Gondomar - Os Limianos
Fontinhas - Pedras Rubras/Salgueiros
Covilhã - Marinhense
Cova da Piedade - União
Torreense - Alverca
Fafe - Vilar Perdizes

Informação


"Face à decisão anunciada hoje pelo Conselho de Ministros que estabelece a proibição de circulação entre concelhos entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, o que colide diretamente com a data de realização das Eleições dos Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica para o quadriénio 2020-2024, informa-se que o presidente da Mesa da Assembleia Geral convocou e ouvirá amanhã representantes das candidaturas para análise da situação."

Escândalos!!!


"Meus amigos, o pináculo da hipocrisia está a passar nas TV´s e redações de jornais de todo o País. Hoje à noite fala-se de palavras como "escândalo", "vergonha" e até se chega ao cúmulo de pedir desculpa aos árbitros e VAR´s de Portugal. Os mesmos árbitros e VAR´s que em TODOS os jogos do Calor da Noite desde a primeira jornada têm beneficiado de forma despudorada essa associação de escumalha! Fazem o que querem e ainda gozam com este estado deplorável da arbitragem em Portugal. Que siga este festival pornográfico sem que o Benfica diga ou faça nada.
Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":

Aqui não houve "vergonha", nem "escândalo":
."

Um jornal, duas redações???!!!

 

"O jornal que dizem ser “benfiquista” a mostrar hoje, mais uma vez, a coerência de sempre."

Ambição assumida


""Não queremos passar por esta Liga Europa, queremos chegar ao fim desta Liga Europa, estar em Gdansk. Esse é o nosso objetivo, mas um objetivo de cada vez. O primeiro é passar esta fase de grupos, e o jogo de amanhã [hoje, às 17h55] visa esse pensamento. Começar bem é começar com uma vitória." 
Foi com esta declaração que o nosso treinador, Jorge Jesus, manifestou a ambição que norteia a participação benfiquista na Liga Europa na presente temporada. Ter a oportunidade de disputar a final, e vencer, é o objetivo primordial do Benfica na competição, sabendo-se que estão ainda bem vivas na memória coletiva benfiquista as finais disputadas em anos recentes, também com Jorge Jesus ao leme da equipa, e que só por infelicidade não foi possível trazer as taças para o magnífico Museu Benfica - Cosme Damião.
Mas como também referiu o nosso treinador, para que esse desígnio possa ser alcançado, outros objetivos terão de ser cumpridos, desde logo passar a fase de grupos. E nada melhor para consegui-lo do que começar com um triunfo já hoje, na Polónia, frente ao Lech Poznan.
O Benfica não enjeita o estatuto de favorito neste confronto com a equipa polaca, mas sabe que é no campo que se confirma esse propalado favoritismo, pois terá do outro lado, certamente, um adversário apostado em contrariar a teoria e que Jorge Jesus reconheceu tratar-se de uma equipa que "tem as suas ambições e uma ideia de jogo muito interessante".
E o histórico praticamente inexistente não nos ajuda a perspetivar a partida desse ponto de vista: Benfica e Lech Poznan nunca se defrontaram e só por duas vezes o Benfica se exibiu na Polónia em competições oficiais (dois empates, com o Katowice e o Ruch Chorzów, ambos a contar para a extinta Taça dos Clubes Vencedores das Taças).
Começar bem a participação na Liga Europa, com um triunfo, é o que todos ambicionamos, e só depois redirecionaremos o foco para os desafios que se avizinham. O jogo na Polónia será o segundo de uma série de sete em apenas 22 dias. Força, Benfica!"

Lech Poznan x SL Benfica | Os 4 jogos contra polacos na UEFA



"Há uma qualquer atracção do Lech Poznan pelos portugueses. Quando defrontar o SL Benfica, esta quinta feira (17h55), será a terceira vez que defrontam clubes nacionais em três participações uefeiras: SC Braga (16 avos, 2010-11) e Belenenses (Fase de Grupos, 2015-16) não passaram no frio polaco, não conseguindo melhor que uma derrota e um empate, estatística que acentuou ainda mais a dificuldade lusa nas deslocações aquele país – no total, apenas duas vitórias em 13 jogos, registo fraco e que amedronta as aspirações do Benfica no confronto da Liga Europa.
Jesus muito menos tem boas recordações da capital, Varsóvia, onde perdeu pelo Sporting CP frente ao Legia (1-0) em 2016-17. O treinador português não espera facilidades e não deverá alterar muito em relação ao onze de Vila do Conde, sabendo de antemão que é essencial entrar com o pé direito na prova.
Os polacos são comandados por Darius Zuraw, técnico de 47 anos que foi promovido da equipa secundária no final de 2018-19. Criado numa cultura futebolística que tem como primeiras referências os nomes de Lato, Boniek e Lewandowski, não admira que o treinador baseie o seu sistema em ousados ideiais ofensivos, construíndo o onze titular sobre um habilidoso triângulo de meio-campo composto por Pedro Tiba, Moder e Daní Ramírez.
Perto do português, que funciona como ‘8’, Moder afirma-se nos grandes palcos e interpreta o papel de médio mais defensivo. Polaco, de 21 anos, é um dos grandes destaques da equipa e faz, por estes dias, as delícias dos scouts europeus pelas características singulares do seu jogo: a técnica e visão de jogo que possui permitem-lhe funcionar como o pêndulo do 4-2-3-1, orquestrando o onze desde a primeira fase de construção e permitindo liberdades a Ramírez, o ‘10’ declarado.
Espanhol formado no Leganés e com passagem pelos escalões inferiores do Real madrileno, será a principal dor de cabeça para a defensiva encarnada pela criatividade e movimentações no apoio ao ponta-de-lança de serviço, Mikael Ishak, internacional sueco já com sete golos em 2020-21.
Há boas notícias para o Benfica, no que toca a ausências. Djordje Crnomarkovic e Ljubomir Satka, centrais habitualmente titulares, estão de fora por razões díspares. O primeiro por estar infectado com Covid, o segundo pela expulsão no play-off, o que permite a titularidade à quarta opção, Tomasz Dejewski.
Pormenores que os encarnados têm em atenção e que podem facilitar e muito a missão portuguesa em Poznan. Se a isso juntarmos o histórico benfiquista contra equipas do país, menos preocupações haverá quanto às possibilidades de sucesso. Nas duas vezes que se deslocaram à costa do Báltico, houve empates em casa do Katowice (1-1, 93-94) e Ruch Chórzow (0-0, 96-97), ambas as ocasiões a contar para a extinta Taça das Taças e que permitiram resolver as eliminatórias no calor de Lisboa. Recordemos esses encontros, com direito a ficha de jogo.

1. SL Benfica 1-0 GKS Katowice
15 de Setembro de 1993
Taça das Taças 1993-94, Primeira eliminatória

Onzes Iniciais:
Neno; Abel Xavier (64’, Rui Águas), Mozer, William, Schwarz; Paneira, Rui Costa e Isaías; João Vieira Pinto, Aílton e César Brito.
Janusz Jojko; Krzysztof Maciejewski, Kazimierz Wegrzyn e Grzegorz Borawski; Marek Swierczewski, Miroslaw Widuch, Dariusz Rzezniczek e Adam Kucz; Zdzislaw Strojek, Marian Janoszka e Dariusz Wolny.
Marcadores: Rui Águas (86’)

O golo tardio de Rui Águas não fez justiça a uma tarde dominadora do Benfica, ainda que a exibição tenha sido muito aquém do que aquela equipa podia fazer. Depois de três empates a abrir a Liga, esta vitória europeia lançou os encarnados para uma série de sete vitórias consecutivas, que só terminou no final de Novembro, no Bonfim (5-2), jogo marcado pelo vendaval atacante, resultado de um tornado chamado Yekini e pela mudança tática de Toni, que a partir daí começou a contar com Kulkov a ‘6’, de forma a proteger Rui Costa e companhia.

2. GKS Katowice 1-1 SL Benfica
29 de Setembro de 1993
Taça das Taças 1993-94, Primeira eliminatória

Onzes Iniciais: Neno; Abel Xavier, Mozer, William e Veloso; Paneira, Schwarz e Rui Costa e Isaías; João Vieira Pinto e Rui Águas
Janusz Jojko; Krzysztof Maciejewski, Kazimierz Wegrzyn e Marek Swierczewski; Grzegorz Borawski, Miroslaw Widuch, Dariusz Rzezniczek e Zdzislaw Strojek; Marian Janoszka, Adam Kucz e Dariusz Wolny.
Marcadores: Adam Kucz (45’) e Vítor Paneira (70’)

Foi antes de uma ida a Famalicão que o Benfica viajou para a Polónia para confirmar a passagem à próxima fase. Chegados ao GKS Stadion, as bancadas á pinha foram ilusão de glória para os da casa, ainda que o ímpeto os tenha permitido ir para o intervalo a vencer e com a eliminatória empatada. Porém, a experiência do Benfica sobrepôs-se à histeria e Paneira, golpeando de cabeça bola perdida ao segundo poste, acabou de vez com as todas esperanças.
O próximo adversário seria o CSKA de Sófia, antes de Leverkusen (e os míticos 4-4) e, finalmente, o Parma.
O GKS Katowice está neste momento a competir na segunda divisão.

3. SL Benfica 5-1 Ruch Chorzow
12 de Setembro de 1996
Taça das Taças 1996-97, Primeira eliminatória

Onzes Iniciais:
Preud’Homme; Calado, Hélder, Bérmudez e Dimas; Jamir e Bruno Caires; Valdo e Panduru; Donizete e João Vieira Pinto.
Piotr Lech; Gasior, Gesior, Baszczynski e Jaworski; Pieniazek e Arkadiusz Bak; Rowicki, Mosór e Miroslaw Bak; Srutwa.
Marcadores: Donizete (24’), JVP (26’), Jamir (31’), Valdo (68’ e 90’) e Gesior (71’)

Havia entusiasmo no inicio de época, esperanças renovadas em temporada de sucesso assente na chegada do treinador campeão brasileiro Paulo Autuori, contratações sonantes como Donizete e Paulo Nunes e em inovações táticas como o 4-2-2-2, conhecido entre o povo benfiquista por alcunha inusitada. Balde de águia fria na Supertaça frente ao FC Porto, com derrota por 5-0 na Luz (!), procurava-se na Europa o oxigénio que permitisse respirar melhor perante pressões exteriores – ainda para mais depois do descalabro frente ao Bayern de Munique na Taça UEFA 95-96, com 7-2 no agregado e seis golos do alemão Klinsmann, justificando a alcunha de… Kataklinsmann. Frente ao Ruch, à altura 16º classificado da Ekstraklasa, tirou-se a barriga de misérias e acentuou-se o entusiasmo geral em torno das novas circunstâncias da equipa. Ingenuamente…

4. Ruch Chorzow 0-0 SL Benfica
26 de Setembro de 1996
Taça das Taças 1996-97, Primeira eliminatória

Onzes Iniciais: Piort Lech; Pieniazek, Fornalak, Wawrzyczek e Basczynski; Arkadiusz Bak e Gesior; Mizia, Mosór e Rowicki; Srutwa.
Preud’Homme; Pedro Henriques, Hélder, Bermúdez e Marinho; Tahar El-Khalej e Jamir; Valdo e Panduru; João Vieira Pinto e Donizete.

Era assim que o Programa de Jogo apresentava o conjunto forasteiro, antes da primeira mão: «Da equipa polaca, muito jovem e com alguma habilidade, que hoje se apresentará no nosso Estádio pelas 21h30, fazem parte os internacionais Gesior e Dabrowski. O técnico Jerzy Wynorek, que foi figura grada do clube nos anos setenta, tem uma equipa onde o setor mais forte é o defensivo, com um guardião muito experiente (mais de 155 jogos de campeonatos) e que dá pelo nome de Kolodziejczyk. 
No meio-campo, a “despesa” é feita por Gersior – o estratego – e Mosor e, no ataque, conta com Miroslaw Bak (já alinhou no Athinaikos, da Grécia), avançado experiente e que costuma fazer dupla com Mariusz Srutwa. 
Uma formação que irá apresentar-se no nosso Estádio, após ter eliminado na pré-eliminatória o Liansntffraid, do País de Gales, com quem empatou a um golo e venceu por 5-0.»
Não sem antes terminar com premonição curiosa, «No seu estádio, que comporta 40 mil pessoas, deverá querer rectificar, daqui a quinze, com certeza, o desfecho de hoje…»
Como se previa, a evidente diferença de qualidade individual permitiu ao Benfica gerir esforços e avançar para uma caminhada onde encontraria o Lokomotiv de Moscovo (4-2) e a Fiorentina de Rui Costa e Batistuta (1-2).
O Ruch Chorzow é, por estes dias, também concorrente na Segunda Liga Polaca. O seu maior feito de sempre é uma final da Intertoto perdida em 1998, frente ao Bolonha."

Big Six: a insurreição dos super-ricos está em marcha na Premier League


"Descobriu-se um (outro) alegado plano para formar, a partir de 2022, uma nova Superliga europeia, envolvendo os clubes mais ricos de cinco países e, portanto, o Liverpool, Manchester United, Arsenal, Chelsea, Manchester City e Tottenham; por outro lado, estes também planeiam uma nova Premier League e chamam-lhe Project Big Picture. São os chamados Big Six, os Seis Grandes de Inglaterra, e esta não foi a primeira vez, só este mês, que aparecem ligados a planos para mudar a organização geral das coisas no futebol. O que conta: quem é mais endinheirado fora do campo ou quem mais faz lá dentro?

A Liga dos Campeões há muito que desonra o nome, não é só um direito de quem ganha, não é recompensa para quem ganhe caneco, isso são tempos idos; é, sim, fruto a ser colhido por quem termina lá em cima no seu campeonato nacional e por isso lá vai, cifrões a reluzirem nos olhos, para dentro de uma competição em que até se pode perder todos os jogos da fase de grupos, mas cerca de €15 milhões ninguém tira a cada clube.
É a liga do dinheiro, a liga dos milhões, em que zeros à direita ganharam maior peso que os zeros à esquerda no campo. O torneio quer celebrar o campeão dos campeões dos segundos, dos terceiros e até dos quartos lugares e, porque joga também com coisas como direitos televisivos, coeficientes da UEFA e fatias de mercado, o lado financeiro é muitas vezes o elemento mais celebrado. 
Quando, na terça-feira, a “Sky Sports” deu conta de um suposto plano secreto em marcha para criar uma nova Superliga, sem que campeões ou classificações nacionais sejam chamados ao barulho, o que se leu na primeira linha do texto foi a ideia principal que o futebol parece cada vez mais querer rematar: “a nova prova é apoiada por um pacote financeiro de €5 mil milhões”.
Os cifrões nos olhos.
O complô descoberto pela televisão britânica dizia respeito apenas ao futebol inglês e a seis clubes em particular. O Liverpool e o Manchester United, à cabeça, deduz-se que por serem o atual campeão da Premier League e o clube mais rico do país - e por serem eles quem estão a negociar a criação da competição, seguidos do Arsenal, do Chelsea, do Manchester City e do Tottenham.
São os chamados Big Six em Inglaterra, assim conhecidos não necessariamente pelos títulos, troféus ou historial vencedor, mas por serem os clubes que mais faturam no país. Os mais ricos, segundo a mais recente Football Money League, ranking mundial atualizado pela Deloitte todos os anos e que tem, há vários, esta meia dúzia no top-20.
Os clubes mais ricos, sendo já ricos, têm mais riqueza para comprar os treinadores, jogadores e infraestruturas que pretendem. O resto é um exercício simples: quem tem mais dinheiro para comprar os melhores, provavelmente forma as melhores equipas e lógico será que os seus jogos suscitem maior interesse nos adeptos.
Com esta nova Superliga europeia, os ricos ficarão mais ricos, porque será uma competição só para os endinheirados de Inglaterra, Espanha, Alemanha, França e Itália até se completar um formato com 18 equipas que terá sido desenhado pela FIFA - é suposto que seja jogada durante o calendário normal da temporada, como se houvesse oxigénio em barda para ser respirado.
Porque todos esses países já têm, pelo menos, duas competições internas que se entrelaçam com a Liga dos Campeões e a Liga Europa, organizadas pela UEFA. Depois, há os amigáveis de seleções que ainda se fazem nos intervalos inexistentes, mas forçados, da chuva da Liga das Nações e da qualificação para o próximo Europeu ou Mundial, dependendo da volta ao sol que esteja em andamento.
“Há dois anos que jogo sem descanso. Ninguém ouve os jogadores. Às vezes fico preocupado”, desabafou, há tempos, Kevin de Bruyne, queixando-se da sobrelotação do calendário. Pouco depois, de Bruyne, do City, lesionou-se.
Nada que, pelos vistos, importune os Big Six. Estarão agora em conversas com a FIFA, alegadamente sem a UEFA ao barulho, para que se crie mais uma prova na agenda do futebol europeu que envolva mais dinheiro (com o alegado apoio da JP Morgan, gigante americana de gestão de fundos) para quem participar nela - por sinal, os clubes que geram, faturam e mexem com mais euros.
Uma Superliga para super clubes: a ideia é essa. E não foi a primeira vez, este mês, que Liverpool, Manchester United, Chelsea, Arsenal, Manchester City e Tottenham apareceram juntos e associados a ideias de mudar coisas.
Na semana passada, o “Daily Telegraph” revelou o conteúdo de uma versão editada, umas 17 ou 18 vezes, do “Project Big Picture” e o conteúdo do documento pode ser resumido assim: a Premier League deveria ser reduzida de 20 para 18 equipas; as duas últimas classificadas passariam a descer automaticamente e a 16.ª jogaria um play-off com o terceiro lugar do Championship, a segunda divisão; o fim da Taça da Liga Inglesa; e os pagamentos milionários aos clubes despromovidos, conhecidos como "paraquedas", acabariam, em detrimento de contribuições anuais da Premier League às divisões inferiores.
O rascunho desta eventual proposta, até aqui, poderia fazer sentido, tendo em conta as desigualdades cavadas no futebol inglês desde 1992, quando se criou a Premier League e o dinheiro foi respondendo ao encanto do seu chamamento, para mal das finanças dos 72 clubes nos três degraus abaixo e da English Football League (EFL), que os organizaA propósito, quem toma conta da entidade é Rick Parry, um dos supostos três redatores do “Project Big Picture”.
Os outros são John Henry e o Joel Glazer, ambos americanos, os dois com fortuna germinada fora do desporto. O primeiro manda no Manchester United, o segundo no Liverpool.
Os mesmos clubes que, alegadamente, privaram com a FIFA para congeminar a nova Superliga europeia, tiveram os donos a magicarem também um plano para a Premier League que eriçou críticas vindas um pouco de todo o lado. Não apenas pelas mudanças já descritas, mas por manigâncias propostas para os bastidores. Para onde se tomam decisões.
O documento defendia que os nove clubes com mais épocas feitas na Premier League tivessem poder de aprovação, ou veto, em certos assuntos, como os direitos televisivos ou o calendário, por exemplo. Desses clubes mais experientes, três são o Everton, o Southampton e o West Ham; os outros são os seis que nós sabemos, que, além de mais ricos, ficariam mais poderosos em lugares onde potencialmente se decidem temas relativos ao engordar ou emagrecer dos seus cofres.
Disse-se que os restantes 14 clubes da Premier League não gostaram, o oposto também se disse em relação aos 20 que competem no Championship e à maioria dos que habitam na League One e Two, onde os acordos para os pacotes conjuntos das receitas de direitos televisivos são negociados em outros planetas, mais terrenos e humildes: para o ciclo 2019-22, o acordo do campeonato prevê receitas a ronda os €9.5 mil milhões; o Championship ficou em cerca de €399 milhões.
A posição favorável dos andares debaixo do futebol inglês também teria algo a ver com o "Project Big Picture" prever, também, a criação de um fundo, de €277 milhões, que ficaria disponível para a EFL resgatar clubes em dificuldades - e, sobretudo, a promessa de a entidade ficar com 25% das receitas televisivas geradas pela Premier League.
Dias depois de ser noticiado, contudo, os 20 clubes do principal campeonato inglês reuniram-se virtualmente, comprometeram-se a não apoiar o plano e a trabalharem em conjunto num programa de reforma.
Dinheiro e poder de voto decisivo em matérias sobre dinheiro. Foi isso que levou o plano a ser visto como uma tentativa gananciosa de dois dos Big Six para criarem mais condições para essa meia dúzia continuar a usufruir do berço em que se encontra. "Estamos desiludidos e surpresos que, numa altura de crise, em vez de as altas instância do futebol se unirem para ajudarem os clubes das divisões inferiores, parece haver acordos a serem cozinhados para criar uma loja fechada no topo do futebol", lamentou até, à "CNN", um porta-voz do Departamento de Desporto do governo britânico.
Os tais dois clubes cujos donos se chegaram à frente e também estariam a negociar, com a FIFA, a criação da tal nova competição europeia - mas sem o aval de quem ordena o futebol europeu -, fizeram-no para os mais ricos jogarem entre si e partilharem mais riqueza entre eles.
Seriam esses seis clubes ingleses mais ricos a terem a sua palavra com maior peso em matérias de dinheiro segundo o "Project Big Picture" que, vendo as coisas a partir da base da pirâmide, até faria sentido. Seria "um novo começo para revigorar os clubes nas divisões inferiores e as comunidades onde estão baseados", argumentou Rick Parry, único dirigente que defendeu publicamente o plano.
Mas, tanto na base como no topo, a questão é o dinheiro e, lá em cima, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Manchester City, Chelsea e Tottenham, além de serem quem mais o tem, iriam ser quem mais manda."

Responsabilidade individual (em tempo de covid): uma escolha ou uma necessidade?


"Não somos uma cultura que se caracterize por uma parametrização correta dos comportamentos a ativar (ou aumentar) – muito menos pela sua monitorização e consequente validação.
Tal não sucede no contexto académico, onde muitas vezes se valida a “performance competitiva” (ou seja o desempenho em contexto de teste – efetivo ou decorrente de outras “competências” com menos “fair-play”) ao invés do compromisso com todo o processo, deixando os alunos que desenvolvem maior taxa de esforço muitas vezes em “maus lençóis” uma vez que, por razões emocionais (ansiedade) veem os seus desempenhos diminuídos na altura da “prova”.
Nas empresas também não (embora muitas considerem que sim), uma vez que na generalidade das funções os “comportamentos de sucesso”, não só se encontram mal parametrizados (porque privilegiam, por exemplo, unicamente o desempenho individual e não o desempenho de um indivíduo integrado na sua equipa de referência) como tendencialmente não abarcam todas as funções deixando, quase sempre, de fora (por ignorância de quem estabelece os esquemas de avaliação e retorno de benefícios) as funções que, parecendo “invisíveis” (ex: backoffice), são na realidade o “sistema vascular” da organização que permite a sua existência.
Estas, e outras razões que poderíamos aqui integrar (mas não o faremos por razões de extensão do artigo), vão-nos “treinando” desde cedo em dois “princípios” de vida que, indelevelmente, se vão instalando no nosso “software” e que, em boa verdade, em nada abonam para uma noção de responsabilidade vincada:
1 – O esforço não compensa – porque não é validado ou “visto” por quem nos rodeia (indivíduos e/ou organizações), pelo menos no imediato;
2 – Por essa mesma razão, acreditamos que as nossas ações têm um impacto reduzido no meio que nos rodeia (seja porque não retornam a atenção imediata para a qual fomos igualmente “treinados” a procurar, seja porque as consequências das mesmas podem vir num médio/longo prazo que não estamos habituados a valorizar).

Representações sociais de ser ou não responsável
De há um anos a esta parte esta “coisa de ser responsável” começou a ser conotada negativamente, como se se tratasse de uma espécie de “fardo” ou da última característica a ter se se quiser ser o(a) extrovertido(a) da escola/empresa ou equipa.
Como se o(a) tipo(a) “responsável” tivesse que ser igualmente enfadonho(a) – como se preferíssemos privilegiar os momentaneamente arrojados, extrovertidos e, supostamente, divertidos.
Na realidade, o atleta, o aluno, o profissional que teimosamente trabalha na “sombra” (dia após dia) as suas competências e que aguarda o seu “sucesso” (porque acredita no esforço que desenvolve a médio longo termo), muito frequentemente assiste ao surgimento relâmpago de muitos “talentos” extraordinariamente validados no imediato – este fenómeno, muitas vezes, introduz a dúvidas momentâneas no processo, rapidamente extintas porque, também demasiadas vezes, este “talento inato” por este “imediato” se ficam.
Daqui se alimenta também a sua determinação, ao sentir que indo contra o que é “socialmente validado” (demasiadas vezes, privilegiamos, enquanto sociedade, a “chica espertice” de quem dá a volta à regra, de quem não é “apanhado” e de quem, sem esforço, leva a melhor), e com o tempo seu aliado não só verá a sua determinação reforçada como o seu esforço compensado – afinal, uma cultura de talento sem a alavanca da responsabilidade com o trabalho não é, em boa verdade, cultura alguma. 

Responsabilidade em contexto de pandemia – o caso COVID
Pede-se responsabilidade aos cidadãos e ameaça-se com medidas mais restritivas - como se ainda estivéssemos todos na “primária” (o que, já agora, para muitos, em termos de coeficiente emocional, é bem verdade).
Como?
Como se pode esperar que, do nada, as pessoas avaliem o impacto das suas ações com maior seriedade, com a noção clara de que sermos responsáveis é uma necessidade imperativa (de proteção da saúde pública por exemplo) e não uma escolha?
O tal “software” (o que a cultura nos imprime) não está programado para esta realidade – e aqui sim, por esta razão, a implementação de medidas de grupo mais restritivas poderá acabar por ser a única ação possível.
A única ação possível, porque a “programação” a que temos vindo sendo sujeitos impregna a nossa essência nas mais pequenas ações do quotidiano, como sejam, a título de mero exemplo:
Deitar papéis no chão, beatas, máscaras, bater no carro do vizinho, abandonar/maltratar animais... se ninguém vir, não há problema algum;
Porque o treinador, professor ou diretor continua a ser reconhecido socialmente pelos resultados que apresenta e não pelos gritos, mal-estar, humilhação, bullying e lesões (físicas e emocionais) que promove;
Porque todos nós, em algum momento das nossas vidas, assistimos já a tudo isto e nada fizemos por considerar que “não ia valer a pena”... a nossa ação não iria ser suficiente para alterar a situação.

A oportunidade COVID
A situação de pandemia que vivenciamos traz-nos desafios múltiplos que, necessariamente, deveriam empurrar-nos enquanto indivíduos, organizações e sociedade para uma profunda reflexão.
O que fazemos bem e devemos manter? Que características temos andado a treinar? Que “softwares” temos instalado nos jovens e nas instituições que irão governar o nosso futuro?
O que podemos fazer agora? O que podemos fazer desde já? Quais são as micro-ações que podemos desde já implementar?
Como posso desencadear na minha casa, na minha organização e na minha comunidade ações que possam trazer visibilidade ao esforço desenvolvido, à responsabilidade que é escolhida e não imposta? 
Como posso proteger os “ditos responsáveis”, validando os seus comportamentos e ancorando o seu esforço com a aquisição de competências alcançadas? Validando as suas características como algo a que deve ser dada visibilidade em contexto de grupo e não algo que deve guardar para si (a eterna questão dos líderes, isolados, de tarefa e os líderes afetivos que angariam a simpatia das equipas – e que, muitas vezes, as colocam em sub-rendimento).
Como posso aproximar-me dos tais momentaneamente “arrojados” (os tais “lideres afetivos”, principalmente se estivermos a falar de crianças/jovens) e fazê-los entender que não precisam atuar tais “coreografias” para animar a vida dos adultos que têm à sua volta (e que, por isso, validam o seu comportamento fazendo-o confundir com afeto) e que, na realidade, o entusiasmo e desafio genuínos vêm da confiança alavancada pelo esforço de longa duração envolto, muitas vezes numa capa de invisibilidade?
A resolução desta pandemia recoloca a importância das coisas no local certo – no indivíduo e nas suas pequenas escolhas diárias, que resultam num exercício necessário de responsabilidade consigo próprio e com o outro.
Por esta razão, o desafio que permanece será sempre: Como manter o indivíduo no centro da equação? É que, em bom rigor, ele esteve sempre lá (dos temas mais leves aos mais fraturantes da nossa sociedade) ... a pandemia “apenas” lhe trouxe essa visibilidade."

Fever Pitch - João & David... Inglaterra!

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Antevisão: Lech Poznań x Benfica


"O Início do plano B europeu
Esta quinta feira (22 de Outubro) pelas 17:55 começa oficialmente a nossa campanha europeia na Liga Europa. Já se retiraram as ilações necessárias ao desastre grego e agora é o momento perfeito de continuar a série de bons resultados e boas exibições (excepto com o Farense em casa), onde Jorge Jesus tem demonstrado que com o Mister as coisas são realmente diferentes.
É o nosso primeiro confronto de sempre com o Lech Poznan e esperam-se novidades. Começando pelo SL Benfica, podemos esperar mudanças, não só devido à sobrecarga de calendário, mas também ao historial de rotação em jogos na Liga Europa, que Jorge Jesus demonstrou ao longo da sua carreira. 

Benfica
Não conseguindo prever exatamente todas as mudanças, penso que devemos contar com Gilberto a titular na ala direita da nossa defesa, porque tal como ele demonstrou principalmente na segunda parte do jogo com o Rio Ave, Gilberto é um jogador com potencial e acredito que entrando no “comboio” do JJ dificilmente sairá, principalmente devido à sua grande capacidade ofensiva. Acredito que Nuno Tavares possa ter minutos, não apenas por querer dar minutos a jogadores com menos tempo de jogo, mas também devido ao passado do Grimaldo com as lesões.
No meio campo, estando ainda sem Samaris e Adel Taarabt, não espero grandes mudanças no miolo. Embora Weigl seja a grande incógnita do Benfica neste momento, porque sendo um dos jogadores mais caros da história previsivelmente seria um titular absoluto, a verdade é que Gabriel tem conseguido segurar muito bem o meio campo a nível defensivo e Pizzi, embora seja um jogador que não consigo apreciar em termos futebolísticos, tem cumprido na sua principal função de criação de jogo maioritariamente no último terço do campo.
Por fim, acredito que existam mudanças na linha da frente, mas, para contrariar o sonho de muitos Benfiquistas, Jorge Jesus apenas vai descansar o Darwin pelo Seferovic. A nossa nova esperança (Gonçalo Ramos), provavelmente terá de ficar na bancada novamente. (Espero estar muito enganado principalmente neste aspeto)

Lech Poznan
Feita a análise do Benfica, passemos agora a analisar alguns pontos importantes do nosso adversário:
- É uma equipa onde o factor casa não representa uma grande mais valia, porque nos últimos 10 jogos fora conseguiu 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Sendo que em casa, conseguiu 6 vitórias, 3 empates e 1 derrota. Sei por experiência que jogar na Polónia e neste caso, em casa do Poznan é complicado, mas não acredito que o factor casa vá ter peso;
- A solidez defensiva é o seu grande trunfo, assentando o seu modelo num 4-3-3, preferencialmente tentando explorar as transições ofensivas com jogadores como Kaminski;
- O grande pilar em quase todos os momentos do jogo, desde a sua entrada no futebol polaco, tem sido o nosso compatriota Pedro Tiba. Geralmente é o 8 com instruções box to box onde tem sempre algumas tarefas defensivas, mas nunca deixa escapar a oportunidade se chegar mais perto da área adversária e representar uma grande ameaça. Esperemos que não esteja muito feliz neste jogo para nosso fortúnio. 

Nunca gostando de fazer previsão de resultados, acredito que o Benfica tem todas as condições para começar a campanha europeia com uma vitória esclarecedora.

Nota final: Sendo este texto, mais direccionado para o nosso primeiro jogo na Liga Europa esta época, não posso passar a oportunidade de deixar de dar uma palavra de força ao André Almeida. Para mim é um dos que não poderia estar num plantel com objetivos sérios europeus, mas estando no plantel do Benfica e acreditando que dá tudo o que tem, resta-me desejar uma rápida recuperação."