Últimas indefectivações

domingo, 4 de maio de 2025

Vermelhão: Vitória, apesar das armadilhas...

Estoril 1 - 2 Benfica


Vitória arrancada a ferros, com um 2.º tempo muito complicado, com mais uma arbitragem absolutamente vergonhosa... Com uma ânsia tão grande de lixar o Benfica, no penalty do Otamendi, nem hesitou a apitar, acabando por anular um golo ao Estoril!!! As regras são claras, não existe lei da vantagem em penalty's, mas todos sabemos como é que as coisas funcionam!!!

Sem o Di Maria, o posicionamento do Aursnes mudou, jogou mais perto do Tino, basicamente jogámos num 433, com o Amdouni a fazer as aproximações ao Pavlidis, algo que normalmente é o Aursnes a fazer...!!! E foi por aqui, que começamos a criar perigo e chegámos ao golo... e até podíamos ter marcado mais...

Ao intervalo, o 0-2 sabia a pouco, demos algum espaço no meio, com o Tino a pressionar alto, quando o Estoril conseguia ultrapassar a linha de pressão, havia sempre espaço no meio, mas a linha defensiva do Benfica, acabou sempre por resolver as questões, oferecendo ao Trubin uns 45 minutos tranquilos... O Estoril trocou muito a bola, entre os defesas, o Benfica defendeu muito tempo no nosso meio-campo, mas a equipa estava confortável...

No 2.º tempo, até começamos relativamente bem, com mais bola, com o Estoril aparentemente a pressionar mais atrás. Provavelmente de forma estratégica. Mas após o erro do Otamendi, no passe interceptado que acabou no penalty defendido pelo Trubin, a equipa perdeu a 'cabeça'... e o Estoril acabou por reduzir...

Curiosamente, após o 1-2, só o Benfica tentou marcar! Voltámos a controlar a bola, e jogar no meio-campo do adversário, e se não fosse um festival da ladroagem do apitadeiro corrupto, teríamos marcado mais golos...

O Trubin está a fazer uma parte final da época muito boa. Nota-se evolução em vários aspectos. A mudança de treinador de guarda-redes, foi feliz. O Nico foi considerado o MVP, apesar do tal erro no penalty... Fez um número incontável de Cortes, 'saltou' muitas vezes para  a linha do meio-campo, jogando muitas vezes na antecipação... Para a semana, a postura tem que ser outra!

Outro jogador em boa forma, nos últimos tempos, é o Kokçu... fundamental, sem ter sido muito vistoso! A titularidade do Amdouni foi a surpresa, é para mim, merecida! Acho que a cláusula de opção é demasiado alta (com um desconto de 50% comprava!), mas o Zeke tem características que no Tugão, nestes jogos com muitos contactos físicos, fazem dele um jogador muito útil: ganha muitos duelos, apesar de ser trapalhão...

O Dahl tem sido decisivo em vários jogos no meio-campo, mas como defesa-esquerdo ainda não me convenceu! Grande entrada do Barreiro, a levar porrada, a ganhar duelos, quase a marcar e ter cabeça para queimar tempo...

Como já afirmei a arbitragem foi claramente encomendada! O Estoril chegou aos últimos minutos completamente à vontade disciplinarmente, depois de vários jogadores merecerem ser expulsos! Os jogadores sofriam faltas, e levavam Amarelos... O penalty sobre o Belotti é vergonhoso! Logo a seguir, o Belotti sofre outra falta, consegue passar ao Tino, que sofre outra falta, a bola sai pela linha final, para Canto e o ladrão ainda marca pontapé baliza! Até a forma como se dirigiu aos jogadores do Estoril, quando marcava faltas a favor do Benfica, quase a 'chorar' a explicar que a falta tinha sido demasiado evidente para não marcar...!!! No golo do Estoril tenho muitas dúvidas se não existe fora-de-jogo no primeiro cruzamento para a área... Os Oito minutos de compensação foi a prova provada que o homem tinha clara intenção de roubar pontos ao Benfica... O silêncio do Benfica é inexplicável!!!


Uma nota para o Pedro Álvaro que teve o descaramento de se queixar da arbitragem no final da partida! Espero que fique registado, quando andar a pedinchar trabalho no Clube onde se formou, e mandem-no para o caralho!!! 


Amanhã a Lagartada, vai ganhar e suspeito com uma cabazada... Portanto as contas, são fáceis, temos que ganhar na Luz, no próximo Sábado, e provavelmente, por dois golos, para não ficar dependente da diferença de golos, que será seguramente favorável às Osgas na última jornada! O jogo do Sporting é simples, o Lage já demonstrou que sabe o que tem que fazer... se for necessário ter o Di Maria no banco, e o Dahl a titular no meio-campo, então é assim que temos que jogar...

6.ª Campeãs Nacionais...

Fluvial Portuense 4 - 14 Benfica

HexaCampeonato para as nossas nadadoras, e desta vez, até pareceu que a diferença ainda foi maior...

Jogo da consagração...

Benfica 5 - 0 Albergaria


Já com o título garantido, muita juventude em campo, num jogo de sentido único, e com a expulsão da guarda-redes adversário aos 21', tudo ainda ficou mais fácil...

Uma nota para o tempo que se perde no VAR, sempre que o VAR tem que decidir a 'favor' do Benfica!

Agora, falta a Taça. O jogo no Jamor contra o Torrense não será fácil, as jogadores sabem que o Torrense é uma equipa manhosa e que corre muito...

Vitória...

Benfica 6 - 2 Braga

Boa vitória, contra o muito provável adversário das meias-finais, confirmando a nossa superioridade contra este Braga, na actual época...
Na última jornada, em Alvalade, podemos ainda alcançar o 1.º lugar, não será fácil, mas não é impossível...

Esperado...

Benfica 29 - 37 Sporting
16-17

Péssimo início da 2.ª parte, foi fatal...

Mais uma Taça perdida...


Benfica 95 - 104 Corruptos
21-24, 19-27, 21-23, 23-10, 11-20

A equipa continua a perder Taças, contra um adversário inferior! A época não tem sido fácil, as constantes lesões, retiram jogadores da rotação, e retiraram ritmo e rotinas da equipa e contra este adversário tem faltado peso e centímetros interiores... e hoje foi a fez do Radic ficar de fora, além do Rorie!
Hoje, depois da grande recuperação que levou o jogo para prolongamento, conseguimos sofrer 20 pontos em 5 minutos de prolongamento! Mais frustrante ainda, quando até ganhámos mais ressaltos... mas tivemos uma percentagem ridícula nos Triplos e nos Lances Livres...

Obrigatório melhorar... muito!

Sporting 3 - 0 Benfica
25-20, 25-19, 25-23

O Serviço continua mau, com o dobro dos erros diretos do que o adversário, e a recepção continua a ser um problema!

A margem de manobra acabou, podíamos ter evitado a negra, mas agora só existe um caminho...

Lutar pelos três pontos


"O tema em destaque nesta edição da BNews é a visita do Benfica ao Estoril (20h30), num dia em que há a oportunidade de conquista de dois títulos para as águias.

1. Focados
O treinador do Benfica, Bruno Lage, considera o embate com o Estoril um "jogo muito importante" e que requer "concentração no máximo". "Focados, uma mentalidade vencedora, de enorme trabalho e com humildade para vencer este adversário", afirma.

2. Em busca do hexa
Benfica e Sporting encontram-se no Pavilhão João Rocha às 16h00 para disputarem o jogo 4 da final do Campeonato Nacional de voleibol. As águias estão a uma vitória do hexacampeonato. Marcel Matz dá conta da mentalidade da equipa: "Vamos convictos de que é possível vencer a série lá, como é óbvio."

3. Possibilidade de outro hexa
A equipa feminina de polo aquático do Benfica está a um triunfo de se sagrar hexacampeã nacional. O jogo 2 da final é na piscina do Fluvial Portuense, às 15h00.

4. Mais jogos do dia
A equipa feminina de futebol recebe o Clube Albergaria às 15h00. Na Luz, o Benfica recebe o Braga em futsal (16h00), e há dérbi de andebol entre Benfica e Sporting (18h00). A equipa feminina de hóquei em patins visita o Escola Livre (18h00).
Em basquetebol, a equipa masculina mede forças com o FC Porto em Gondomar a contar para as meias-finais da Taça Hugo dos Santos (18h00) e a equipa feminina tem o primeiro jogo da final dos play-offs em Esgueira (20h30).

5. Últimos resultados
No futebol de formação, os Juniores ganharam, por 4-1, ante o Vitória SC, os Juvenis venceram, por 5-2, frente ao Famalicão, e os Iniciados triunfaram no reduto do FC Porto por 1-5.
Quanto a equipas femininas, no voleibol o Benfica ganhou o jogo 3 da final do Campeonato ante o Braga, em futsal foi eliminado dos play-offs do Campeonato pelo Atlético, em hóquei ganhou à APAC Tojal, e em andebol triunfou frente ao CJ Almeida Garrett.

6. Iniciativas do Museu
No dia 4 de maio, domingo, o Museu Benfica – Cosme Damião assinala o Dia da Mãe com a conversa e visita guiada "Mulheres Benfiquistas, Histórias De Conquistas" e a atividade "Mãe, A Nossa Campeã!"

7. Casas Benfica
As embaixadas do benfiquismo em Peniche e em Reguengos de Monsaraz celebraram, respetivamente, 30 e 25 anos de serviço ao Benfica."

Terceiro Anel: Diário...

Mais vale sozinho do que mal acompanhado


"Lutar pelo Benfica tornou-se um ato de resistência. Num clube onde o conformismo se disfarça de estabilidade e o silêncio se vende como virtude, ser exigente é hoje quase um crime de lesa-majestade. Mas quem ama verdadeiramente o Benfica não se cala. Não pode calar.
O Benfica que defendo é um clube transparente, participativo, democrático, onde os sócios não são figurantes mas protagonistas. Um clube onde se honra a história com ações, não com frases feitas em conferências de imprensa. Mas esse Benfica — o Benfica dos valores, da exigência, da ética — tem sido sistematicamente abafado. E quem se recusa a alinhar na coreografia do silêncio é apontado, isolado, olhado de lado.
Falo por mim, mas sei que não estou só. Lutámos por novos estatutos, melhores, mais justos, mais modernos. Conseguimo-los. Com sacrifício, com trabalho invisível, com resistência contra a indiferença de muitos que preferem manter tudo como está — desde que ganhemos de vez em quando. Mas não basta ganhar. Ganhar é o mínimo. Ganhar sem honra é derrota disfarçada.
Defendemos — e continuamos a defender — que um ex-presidente que agride um sócio numa Assembleia Geral tem de ser responsabilizado. Não pode passar incólume. Não pode ser protegido por silêncio cúmplice ou esquecido por conveniência. Só após persistência incansável, e muita pressão, o episódio foi finalmente registado em ata. Como se fosse preciso mendigar justiça dentro da própria casa.
E no meio disto tudo, o que ouvimos? “Lá estás tu outra vez.” “Deixa isso.” “És um chato.” Como se lutar pelo que é certo fosse incómodo. Como se o maior crime fosse lembrar que o Benfica tem princípios. Como se a verdadeira heresia fosse amar demasiado o clube e não aceitar que ele se torne uma caricatura de si próprio.
Custa. Dói. Ser a gota no oceano esgota. Porque o oceano devia ser vermelho de convicção, e não um mar de indiferença. Porque devia ser normal defender o Benfica — e anormal era tolerar o que o envergonha. Mas neste clube, neste tempo, a inversão dos valores é tal que quem exige é visto como ameaça, e quem se cala é promovido a defensor do “bem-estar”. Talvez seja uma utopia, o Benfica que defendo.
Talvez. Mas se for, recuso-me a abdicar dela. Prefiro ser sozinho com coluna, do que estar cercado por quem abdica da sua. Prefiro ser o “chato” que luta, do que o cordeiro que assiste. Prefiro ser o sócio incómodo, do que o cúmplice passivo.
Porque mais vale sozinho do que mal acompanhado — sobretudo quando se trata de honrar o Sport Lisboa e Benfica. E enquanto houver sangue nas veias, a luta continua."

Custa digerir dias assim…


"A passada segunda-feira foi um desses dias, pois foi a amostra do que tem sido o Sport Lisboa e Benfica nos últimos anos no campo das modalidades de pavilhão. Disputámos dois derbies, em voleibol e hóquei patins masculinos com o nosso eterno rival, Sporting. Perdemos os 2 jogos, embora a derrota do voleibol, tendo me custado, não se compara ao nível do que me custou a do hóquei em patins e passarei a explicar de seguida.
No voleibol, mesmo tendo entrado mal no jogo e tendo tido momentos de recuperação, encontramos um adversário forte, com projetos estruturado e bem reforçado que explorou bem os pontos fracos do Benfica. Apesar da derrota, a final está 2-1 para o Benfica e pelo trabalho que a secção de voleibol tem desempenhado nos últimos anos, acredito queremos conquistar o hexacampeonato no pavilhão João Rocha.
Falando do hóquei em patins - essa derrota sim, está e vai ser dura de digerir. É incompreensível, dado o investimento feito pelo Benfica, que é completamente fora do panorama nacional, sofrer uma humilhante, sim, humilhante derrota com o Sporting por 4-2 e assim, permitir que o rival aceda à sua terceira final da Taça de Portugal em 30 anos, tendo o SCP conquistado a sua primeira Taça de Portugal da modalidade em 35 anos. Pela qualidade e investimento feitos nesta época, os benfiquistas não estavam à espera de menos do que a conquista de todas as provas internas e externas em que o Sport Lisboa e Benfica estivesse inserido na modalidade. A realidade é que Taça de Portugal já não será conquistada, o primeiro lugar na fase regular do campeonato nacional não está garantido à entrada da última jornada e a Liga dos Campeões, embora estejamos na Final4, não está nem de perto nem de longe garantida. Enquanto pessoa que acompanha a modalidade há muitos anos, estava esperançoso que o Benfica tivesse uma equipa demolidora e que não desse hipótese a qualquer equipa nem em Portugal nem na Europa. Mas infelizmente, é algo que não acontece.
Agora, fazendo um paralelismo com o clube como um todo, quando mentalidades derrotistas e com frases feitas como “temos que aceitar”, “não se pode ganhar sempre”, entre outras, representa tudo menos aquilo para que o Sport Lisboa Benfica foi fundado - ser o maior clube do mundo.
Eu cresci numa fase em que o Benfica esteve perto de garantir uma hegemonia no futebol nacional, vi essa Esperança fumar-se e agora vejo o clube definhar diante dos meus olhos. Mas quando peço o mínimo olímpico às equipas, que é o de vencer, eu e muitos outros somos chamados de “garotões”, “exigentes”, “pulhas”, entre outras coisas.
Não sei se os benfiquistas se mentalizaram, mas este ano podemos ter o nosso Eterno rival a vencer o seu primeiro bicampeonato em 7 décadas e a fazê-lo na nossa casa. Falo por mim quando digo que isso a acontecer, seja talvez das maiores humilhações da nossa gloriosa e centenária história. Se para outros não o é, talvez devam conhecer melhor a história do clube que tanto dizem amar.
Peço desculpa se é muito voltar a pedir o Benfica que ouço os meus avós e o meu pai contarem. Um Benfica associativo (muito têm feito para matar o espírito crítico e associativo do clube, mas felizmente, tem surgido uma nova geração de sócios benfiquistas, da qual faço parte com muito orgulho, que tem feito tudo para recuperar esse espírito), um Benfica interventivo nas diferentes entidades e federações (não compreendo o departamento de comunicação do clube, que muitas vezes não defende o clube quando é prejudicado nos campos das modalidades, mas está sempre pronto automaticamente a desmentir notícias que saiam na comunicação social), mas acima de tudo, um Benfica ganhador e com valores, valores esses que se estão a começar a perder. E o ganhar está-se a tornar cada vez menos habitual no clube.
Por isso, digo: Chega desta tacanhez, chega da cultura de silêncio, chega de mentalidades derrotistas e perdoem-me o termo, chega de mansidão quem gere os destinos do clube e está mandatado para tal. Defendam os povos do Benfica e não usem o usem para se defenderem a vós próprios. Defende o Benfica com todas as forças que têm, pois se o fizerem, sabem que terão milhares de sócios e milhões de adeptos convosco.
Tanto apelam à união, mas quando é preciso e quando estamos perante momentos históricos da história do clube, remetem-se ao silêncio. Para terminar e citando um dos grandes presidentes da história do Sport Lisboa e Benfica, Duarte Borges Coutinho: “O Benfica não pode ter medo do Benfica!”."

BolaTV: Hoje Jogo Eu - Nuno Raposo...

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A paixão pelo talento


"De Jorge Braz a Ricardinho. De Mário Narciso a Madjer.

Vivemos numa era de vedetas, de estrelas projetadas pela capacidade de gerar seguidores nas redes sociais, reações em cadeia e marketing associado. Muitas vezes a prática corrente do imediatismo, da voracidade, da rapidez de propagação noticiosa, dos números, dos recordes, das rivalidades, afastam-nos da perceção de outras realidades, de outras estrelas, de outros valores tanto ou mais representativos da capacidade de geração e aproveitamento de talentos de um país, uma região, uma modalidade, uma paixão.
E é aqui, nesta outra dimensão estelar, que Portugal se habituou ao sucesso, na exata medida de que este (o sucesso) se revela em caminhos percorridos a pulso, degrau a degrau, com foco, disciplina, convicção, saber, esforço, dedicação. Deixando de parte o futebol jogado por onze, olhemos para o futsal e para o futebol de praia como elementos essenciais de ligação com o projeto global encetado, há quase década e meia, pela Federação Portuguesa de Futebol, não apenas no aproveitamento do talento, mas também na concessão de condições estruturais e físicas para que o sucesso pudesse ser paulatinamente alcançado.
Olhemos para nomes como Jorge Braz, o melhor treinador do Mundo de futsal, campeão emérito, muito mais do que pelos dois Europeus e um Mundial conquistados de quinas ao peito, pela técnica e humana que foi musculando ao longo da vida. Um amarantino do planeta, expoente máximo de uma modalidade que, também ela, foi granjeando — à medida que as condições foram sendo concedidas e conseguidas — cada vez mais suporte mediático e respaldo de adeptos entusiastas e entusiasmados.
Braz corporiza o que de melhor tem o desporto para oferecer. Como Ricardinho, o mago de pés dourados que fez sonhar Portugal numa era de conquistas em que assumiu, tantas e tantas vezes, a responsabilidade de carregar e projetar a verdadeira dimensão universal do futsal pelo mundo fora. Outro dos eleitos que hoje sublinho, com uma reverência idêntica pela dimensão dos feitos, e superior pelas dificuldades superadas, às dos astros maiores do futebol, cuja notoriedade algumas vezes ultrapassa a quota de mérito razoável.
E como João Victor Saraiva. Ele mesmo, o senhor mais de mil golos no futebol de praia, feito alcançado em setembro de 2016. Madjer não é só nome de argelino dos sonhos maiores de Viena. É nome do expoente português nas areias do mundo, herói à beira-mar de um país que também se deve orgulhar do trabalho meticuloso, seguro e tantas vezes discreto na ação, promovido na sua Seleção Nacional de futebol de praia.
Madjer continua a estimular e a ser referência maior, como coordenador da Seleção Nacional que agora, na longínqua Victoria, a capital das Seychelles, procura acrescentar terceira estrela FIFA aos sucessos de 2015 (em Portugal) e de 2019 (no Paraguai). E dá o braço a um outro Braz, um outro treinador de eleição que, embora a modéstia lhe assente como essencial virtude, é obreiro de gerações consecutivas de empenho e determinação para levar o nome do país aos mais cotados do beach soccer mundial.
Mário Narciso (de apelido, que de narcísico nada tem), é o pivô de uma ideia de conquista, de perseverança e de renovação sucessiva de gerações e de ambições. Aos 71 anos, elas (as ambições), não falham e não lhe faltam, esperando poder levar para Portugal mais um título mundial. Mas a dimensão deste homem é muito mais abrangente e transversal do que a competição da ilha de Mahé. É algo que, nos últimos 12 anos, se agregou à imagem do desenvolvimento sustentado e harmonioso da capacidade da Seleção portuguesa de futebol de praia, ao longo de jornadas de sacrifício e crença, de crescimento e talento.
E aqui chegamos à espiral única, vértice e vórtice destes quatro homens, destas quatro estrelas de passaporte luso: o talento.
O talento como fator diferenciador e unificador. Diferenciador na medida da capacidade de superação, conquista e disrupção. Unificador na magia una e indissociável do desporto, pensado, trabalhado, programado, planeado, e depois concretizado nos resultados e na comunhão com o adepto.
Ao contrário do que alguns podem fazer crer, o talento e a capacidade de o despistar e trabalhar, não começou agora, nem vai acabar tão cedo.
O exemplo de Jorge Braz, Ricardinho, Madjer e Mário Narciso reside nisso mesmo: na capacidade de perceber que, sendo peças da História das suas modalidades, as acompanham na evolução e dão corpo aos sonhos de gerações. Este patamar genial não está ao alcance de todos, não se projeta nas redes, não se mede pelo número de seguidores, pelas selfies ou pelos egos.
Ao contrário, escreve-se todos os dias, em todos os momentos em que lembramos um golo de Ricardinho, uma bicicleta de Madjer, ou olhamos para a humildade sapiente de Braz e de Narciso, apenas campeões do Mundo nas quadras, e sempre de e a olhar para o futuro, sabendo que nesta dimensão da vida, e apesar da História gravada a ouro, é amanhã que podemos ter novos campeões, e é sempre que devemos motivar, estimular, abraçar o talento, e dele (e com ele) voltar a escrever História e a encantar gerações.
Por tudo e por tanto.
Obrigado, campeões!"

Brasil vermelho de raiva


"Quem achou que o tema mais comentado da semana na seleção brasileira seria a contratação (ou não) de Carlo Ancelotti, do Real Madrid, enganou-se.
Uma notícia, aparentemente despretensiosa, do site britânico Footy Headlines, especializado em equipamentos e chuteiras de futebol, a afirmar que no Mundial de 2026 a seleção brasileira usará uma camisa vermelha com manchas pretas como uniforme secundário, gerou um terramoto. No mundo do futebol? Sim, também. Mas sobretudo no mundo da política.
Comecemos pela repercussão no primeiro: um inquérito do jornal Lance! revelou que 74,54% dos leitores são contra. Galvão Bueno, histórico narrador dos jogos da seleção, apelidou a novidade de «crime». Antigos internacionais brasileiros, como Casagrande, na Band, e colunistas, como Mauro Beting, do jornal O Estado de S. Paulo, também rejeitaram a ideia.
Agora, no segundo: Zé Trovão, deputado federal bolsonarista, apresentou um projeto de lei que proíbe a CBF de usar a camisa. O texto determina que todas as entidades públicas ou privadas que representem oficialmente o país utilizem as cores da bandeira: verde, amarelo, azul e branco.
«Quero acreditar que isso não é verdade! A camisa da seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria», acrescentou o senador Flávio Bolsonaro, primogénito de Jair, desconhecendo que até 1953 a seleção jogou de branco e que, por acaso, na edição de 1917 do Campeonato Sul-Americano, precursor da Copa América, atuou duas vezes de encarnado para se distinguir dos também blancos, à época, Uruguai e Chile. «A nossa bandeira não é vermelha, e nunca será! Essa mudança precisa ser repudiada veementemente», rematou o senador, pintando de vez o tema de cores políticas.
«Enquanto nós queremos pacificar o país, eles querem polarizar mais e mais. Eles não querem a paz e o amor. Eles querem a guerra», acrescentou Carla Zambelli, outra parlamentar bolsonarista. Como se o Partido dos Trabalhadores, de Lula da Silva, cuja cor é o encarnado, influísse nas decisões da privada CBF. Mais: como se fosse a CBF e não a Nike, gigante capitalista cujo fundador, Phil Knight, é um fervoroso doador do (vermelho) Partido Republicano de Donald Trump, ídolo da extrema-direita brasileira, a decidir a mudança.
O equipamento, aliás, até é da Jordan, parceira da Nike, cujo logótipo surgiria no peito de Vini Jr, Raphinha e companhia, de acordo com o Footy Headlines, o site que quase provocou uma tentativa (mais uma) de golpe de estado no Brasil."