Últimas indefectivações

sábado, 30 de novembro de 2024

Fever Pitch - Domingo Desportivo - Benfica Histórico Banalizado

Pre-Bet Show #91 - Eusébio é #1, Di Maria é #2

Zuca & Tuga: Jonas...

Promete!

A Tramóia


"O que dizem, e quais as medidas propostas pelos candidatos às próximas eleições do Benfica, sobre estes desafios cruciais para o presente e futuro do Benfica?
A Tramóia, cujo testa-de-ferro é o que está à frente da Liga; o mandante, o dragão-de-ouro do tempo do apito-dourado que está à frente da Federação; e o financiador, a SportTV que domina os direitos TV.
Uma espécie de «Fruta 2.0» legal. O Objetivo da ‘Federação+Liga’ é controlarem e dominarem todo o Futebol Português e os Clubes através do seu gigantismo Institucional. Isso condicionaria os resultados desportivos e o desenvolvimento dos Clubes. Com isso, escolheriam quem queriam para ter a supremacia.
A ‘Federação+Liga’ em vez de se remeterem à organização e administração dos interesses dos Clubes, querem ser um Clube como os seus Associados. E até desejam ser um Clube maior do que eles. Adquirem estádios (Jamor), fazem Cidades Desportivas, constroem instalações sumptuosas, querem ficar com os Direitos TV dos Clubes, contratam dezenas de técnicos.
A Solução. Em Espanha, Itália e Reino Unido as ‘Federações+Ligas’ também quiseram fazer isso. Porém, o Real Madrid, cujo Presidente não é incompetente, lançou imediatamente as bases jurídicas e económicas para uma Federação Alternativa, que conta com cada vez mais Clubes e financiadores apoiantes.
O BENFICA não terá de se preparar para essa ‘Alternativa’?
Em relação à ‘Centralização dos Direitos Televisivos’, o 23.º Governo Constitucional publicou, em 22 de março de 2012, o ‘Decreto-Lei nº 22-B/2021’. O estudo económico sobre essa obrigatoriedade imposta pelo Estado (a mando da Federação + Liga + Sport TV), coordenado pelo professor de economia Pedro Brinca, mostra que o Benfica será o clube, dos três grandes, que será mais prejudicado. Pois os três irão perder anualmente cerca de 20 milhões de euros, mas o Benfica tem metade desse prejuízo por lucrar o dobro dos seus dois rivais diretos.
O que dizem, e quais as medidas propostas pelos candidatos às próximas eleições do Benfica, sobre estes desafios cruciais para o presente e futuro do Benfica?"

O Segredo


"“Aqui não há príncipes nem princesas, aqui é o Benfica do povo que marca." O que é ser do "clube do povo"? Ainda faz sentido dizer isso quando ir ao futebol é caro e o Benfica é, realmente, transversal a segmentações económicas e sociais?
Muito se fala da aparente disparidade entre o ambiente na Luz e nos jogos por essa N1904 fora e, talvez haja algo diferente. Falo por mim, a vantagem de ver o Benfica regularmente é inebriante — em vários sentidos — , e acabamos por desvalorizar o cerimonial de ir ao mais belo estádio do mundo. Atenção, não digo que o prazer seja menor nas bancadas, mas tendemos a perder rituais. E o sentido da vida está muito — demasiado? — assente no papel dos ritos.
Todavia, sinto que há algo ainda mais especial. O jogo no estrangeiro é, cada vez mais, uma viagem a outro mundo. É quase anacrónico. Nestes jogos fora há algo de transcendental. As cores são mais vividas, os sons mais intensos, as emoções mais avassaladoras. E só melhora. Juro.
Sei que sou um privilegiado e já acompanhei o nosso clube algumas vezes, mas uso essa vantagem para evangelizar. E ao fim de 12 jogos, garanto que cada deslocação é uma lição sobre locais, pessoas e afetos. Aprendemos com quem nos acompanha e com quem nos cruzamos, com conhecidos e anónimos. Sobretudo, descobrimos outros mundos.
Da ladainha de quem reza aos impropérios, das unhas roídas ao aparente blasé, do urro gutural ao abraço sentido, cada jogo é uma carrinho de choque de onde não queremos sair. Sentir é bom, viver - ganhando - melhor.
A Mary não foi a Nice e, por isso, houve menos turismo do que nas últimas viagens. Porém, não imagino outro grupo com que fizesse mais sentido estar. Fomos repetentes, estreantes, ensonados, ansiosos, esbanjadores e comedidos, vespertinos e madrugadores. Fomos nós. Simples, como o Benfica permite.
Então, qual o segredo destes aways? Não sei. Enganei-vos. Ou melhor, acho que não há só um e cada pessoa tem que encontrar os seus. É, por isso, que aconselho todos os que gostam de bola a ver um jogo fora. (E até é indiferente do clube.) Neste jogo, guardo a fragilidade que se torna força. O cansaço que esconde energia. O silêncio que guarda palavras. Foi isso em campo, nas bancadas, na viagem.
Juntos, sempre."

O lado oculto da lua (para Benfica e FC Porto)


"O que dizer da espiral positiva nos encarnados e da negativa para os dragões, depois de duas exibições longe da perfeição, porém com resultados bem diferentes?

E o resto é futebol. Ou o futebol é isto mesmo. Expressões que se atiram com frequência e que nunca caem em desuso quando se trata de tentar explicar o que é inexplicável através de táticas, sistemas, dinâmicas, raça, atitude e desiguais doses de talento. No fim de tudo isto, ainda costuma aparecer o raio do futebol, que na verdade, nesse contexto, é intangível e imprevisível. Disruptivo.
É nesses momentos que se fala de sorte e azar, em que só mesmo o rigor pode diminuir a expressão de ambos, sem nunca conseguir eliminá-los. Mas evitemos o conceito. Digamos que se trata do que há de aleatório e incontrolável num jogo de futebol. E o lado oculto da vitória do Benfica no Mónaco, que muitos titularam como épica e que terá levado uma franja dos adeptos mais sonhadores a voltar a tocar na lua, conta com muito de fortuito, de acaso. Até uma percentagem bem superior à habitual.
É claro que há talento – basta olhar para as assistências de Ángel Di María, que parece ter uma definição que chega para ele e todos os que o rodeiam – e uma força emocional cada vez mais presente, a acumular desde a reentrada de Bruno Lage. Não haja dúvida alguma disso.
Não é, todavia, racional associar o adjetivo épico à forma como os jogadores encarnados se colocaram em campo e abordaram a jogada do 2-1 perante a inferioridade numérica do adversário. Ou em vários outros momentos consentidos à jovem e talentosa frente de ataque monegasca.
Houve o golo do empate caído do céu ou da falta de entendimento entre Caio Henrique e o guarda-redes Radoslaw Majecki, o critério aparentemente desigual na gestão dos segundos amarelos por parte da equipa de arbitragem e ainda dois golos em efeito espelho, após cruzamentos de Di María, por um Arthur Cabral a provar que os minutos a mais dados por Lage diante do Estrela da Amadora valeram a pena, e Amdouni, cada vez mais o suplente de luxo das águias.
É precisamente do incontrolável que os treinadores não gostam, sobretudo aqueles mais obcecados com o pormenor. Pretendem ter tudo antecipado, previsto e respondido nas suas cabeças antes de acontecer. Mesmo que não seja possível, há que tentá-lo. Claro que a reviravolta moraliza, faz crescer a confiança dos jogadores no processo e permite-lhes que, da próxima vez, acreditem ainda mais no talento que têm e que gostariam de ter.
O acumular de vitórias é o outro caminho, paralelo, que acrescenta camadas a um modelo que teve o ónus de esconder o pior e potenciar o melhor de um Di María também mais fresco agora, menos transatlântico, por ter abandonado a seleção.
Olha-se para o que aconteceu no Principado e a exibição do Benfica fica aquém do resultado. Havia um bom Mónaco do outro lado, com talentos como Golovin, Akliouche e Ben Seghir a alimentar Embolo e a si próprios, sustentados pela dimensão física de Camara e Zakaria, e organizados pela argúcia de Adi Hütter, porém foram erros a mais para um 2.º classificado da Ligue 1 francesa. E, mesmo com esses erros, mesmo com a expulsão de Singo a mais de meia-hora do fim, os encarnados estiveram demasiado perto de perder. Ou de não ganhar.
Debaixo da ideia-feita de ter sido um jogo de duas equipas que gostam de atacar (o que não deixa de ser verdade), estiveram, sobretudo, dois conjuntos permeáveis aos ataques contrários, o que torna qualquer partida ingovernável. É esse o passo rumo ao controlo que este Benfica ainda não conseguiu dar na plenitude.

Dragão tenta escapar ao redemoinho
Otávio voltou do nada para o onze do FC Porto, remetendo agora Tiago Djaló para o banco. Não terá sido só isso, porém Vítor Bruno quis melhorias na construção perante um Anderlecht que não foi de pressionar de forma constante, esperando que surgisse à vista desarmada o gatilho certo, como aconteceu no erro de Pepê no empate.
Mas nem foi por aí. Otávio desta vez escondeu os erros num qualquer buraco esquecido no balneário de Bruxelas, porque no inesperado 2-2, assinado por Amuzu, e que contou com desvio do infeliz central brasileiro, ficou mais uma vez à vista a incapacidade da defesa de encurtar e roubar espaço ao avançado.
Ao quarto jogo, depois de três derrotas, surgiu um empate que sabe a desaire numa exibição sem qualquer tipo de controlo. Não iguala recordes negativos com mais de 60 anos, porém estende o momento difícil. Porque estar duas vezes a vencer e deixar-se empatar não é nada comum nos dragões, sobretudo diante um adversário, que mesmo perante o seu público, é inferior. E já não há como negar que é preciso estancar o mau momento rapidamente. No próximo encontro já será tarde.
Villas-Boas arriscou com Vítor Bruno, sobretudo pelo rótulo que dificilmente não lhe colocariam em cima. Numa pré-temporada cheia de dificuldades financeiras, teve de vender para poder comprar, viu-se obrigado a abdicar do seu melhor jogador na temporada anterior por ser filho do treinador que se considerou traído, optou por não renovar com o capitão e, mesmo assim, não geriu as expetativas. A conquista da Supertaça e os primeiros resultados pareciam dar-lhe razão, contudo, agora assumem-se uma precipitação, sobretudo a partir da goleada da Luz. O que poderia ser um ano zero e uma almofada para si e para a equipa se fosse vendido dessa maneira, acaba agora por não criar qualquer barreira a uma contestação sistémica, que não desaparecerá tão cedo e que ganhará reforços se as coisas continuarem como até aqui.
Olhando de uma forma ainda fria, os dragões perderam mais uma vez qualidade no Verão, já depois de terem terminado na terceira posição na Liga. Numa análise que admito que possa ser simplista, Samu, Nehuén Pérez e Francisco Moura não conseguiram anular as perdas e, ao mesmo tempo, colocar o FC Porto ao nível de Sporting e Benfica. E, depois, há dificuldades nas duplas da defesa e do meio-campo, ainda por estabilizar, antes mesmo de se pensar na profundidade que falta ao plantel. Como poderia não ser um ano zero?"

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Portugal e o Ranking UEFA: vai dar para fazer história?

Reportagem | Benfica Residential Academy USA

Observador: E o Campeão é... - Vítor Bruno, coach ou mental coach?

Observador: Três Toques - E saem 13 milhões de euros para a mesa de Amorim

Terceiro Anel: Mónaco...

RMC: Mónaco...

Denúncia...

Vitórias europeias


"São vários os temas nesta edição da BNews, com destaque para dois triunfos europeus conseguidos ontem, a antevisão do fim de semana e um projeto singular no domínio internacional.

1. Nomeação para onze do ano
O capitão do Benfica, Otamendi, faz parte da lista de defesas selecionados para uma das categorias dos prémios The Best, atribuídos pela FIFA.

2. Ecos de uma grande jornada
A comunicação social estrangeira não ficou indiferente à vitória à Benfica alcançada no Mónaco.

3. Projeto inovador
Conheça o Benfica Residential Academy, a dar os primeiros passos, com inauguração oficial em 2025. Localizado em Tampa, no estado norte-americano da Florida, trata-se de um projeto único, com modelo criado de raiz no Sport Lisboa e Benfica.

4. Nova goleada
O Benfica soma e segue na WSE Champions League de hóquei em patins. Na 2.ª jornada voltou a ganhar com cinco golos marcados sem resposta, desta feita no rinque do HC Quévert.

5. Eliminatória bem encaminhada
A equipa feminina de voleibol do Benfica venceu, por 0-3, na Grécia frente ao ASP Thetis, na 1.ª mão dos oitavos de final da CEV Challenge Cup.

6. Empate no dérbi
Nos Iniciados, o Benfica visitou o Sporting e empatou a duas bolas.

7. Agenda para sábado
Na Luz há jogos das equipas masculinas de andebol e de basquetebol, frente ao Vitória SC (17h00) e à Oliveirense (19h00), respetivamente. No futebol de formação, os Juniores recebem o Casa Pia (15h00).
São várias as deslocações de equipas do Benfica: no futsal, Ferreira do Zêzere nos masculinos (17h30) e Gondomar nos femininos (18h00); em hóquei em patins, Marinhense nos masculinos (18h00) e CRIAR-T nos femininos (15h00); a equipa masculina de voleibol jogo em Guimarães frente ao Vitória (17h15); as equipas femininas de râguebi e de polo aquático têm embates, respetivamente, no campo do SC Porto/CRAV (15h00) e na piscina do Fluvial Portuense (17h30).
Em Odivelas disputa-se o Campeonato Nacional de equipas seniores de judo.

8. Agenda para domingo
Às 18h00, o Benfica visita o Arouca na 12.ª jornada da Liga Betclic. A equipa B atua no reduto do Marítimo (15h30). Os Juvenis recebem o Sacavenense (11h00). Os Iniciados jogam no Campo do Olival (Águas de Moura) frente ao Vitória de Setúbal (11h00).
Quanto a equipas femininas, visita ao CAB Madeira em basquetebol (15h00), e receções ao Vitória SC em voleibol (17h00) e Turquel em hóquei em patins (19h00).

9. Presença significativa nas seleções jovens
Ao longo do último mês foram 41 os futebolistas dos escalões de formação do Benfica ao serviço das várias seleções nacionais. E a seleção feminina sub-19 contou, na quarta-feira, com oito jogadoras do Benfica no triunfo, por 0-2, frente à Eslováquia.

10. Casa Benfica Arouca
Com a presença do Presidente do Sport Lisboa e Benfica, esta embaixada do benfiquismo inaugura oficialmente as novas instalações, com começo agendado para as 12h30."

História Agora


Nada para ver aqui

Rabona: Liverpool EASE past Real Madrid & City’s DISASTER! (UCL This Week)

Rabona: 3 finals, 3 losses: How Atletico became - The Jinxed Ones

BolaTV: Lado B #16 - Cristiano Ronaldo e Mr. Beast e ainda Vitinha

SportTV: Reportv: Futebol: Um amor sem fronteiras

ESPN: Futebol no Mundo #402 - Liverpool na liderança, City em crise, Barça muito bem: tudo sobre Champions

Projeto NBA Europa


"A hipótese da liga norte-americana vir a organizar uma competição na Europa começa a dar passos cada vez mais certos e irá fazer concorrência à EuroLiga, onde existe descontentamento de vários clubes. O objetivo é fazer crescer o negócio do basquetebol no Velho Continente e acabar com clubes que dão prejuízo, a grande maioria se não tiverem apoios do futebol, das cidades ou do Estado. Donos de equipas da NBA a quererem entrar no plano europeu, alguns já têm investimentos em clubes de futebol.

NBA tem intenção de criar um campeonato no velho continente. O tema não é novo, escrevi aqui sobre ele no verão, e os próprios responsáveis da Liga não o escondem e comentam-no regularmente, com maior ou menor profundidade.
A diferença é que, entretanto, tal poderá estar mais perto de ser realidade e a Liga já não andará muito ralada com o que divide Euroliga e FIBA, pois a má relação entre os dois organismos mantém-se praticamente desde que a primeira passou a existir em 2000/01 e levou os principais clubes da Liga dos Campeões.
A NBA acredita que o modelo competitivo na Europa pode ser alterado para que isso traga ainda mais emoção, público, oportunidades e lucros. Sem ter clubes a perder dinheiro todas as épocas como acontece, impensável para os donos das equipas norte-americanas. Afinal, vários estão interessados em investir na Europa, como já fazem em clubes de futebol de que são donos ou coproprietários.
Mas têm noção de que a paixão clubística europeia, mesmo no basquetebol, é diferente e que isso também será importante para o sucesso do negócio, que deverá entrar em concorrência direta com a EuroLiga.
Dificilmente a FIBA, com quem têm tido regulares conversações, será totalmente afastada. Ela é parceira na BAL (Basketball Africa League), criada pela NBA em 2019 e lançada em 2021, envolvendo as principais formações africanas.
Mas essa aproximação também poderia ajudar noutro aspeto: evitar que as federações nacionais ou ligas profissionais ameaçassem os clubes dos seus países em proibi-los de competir internamente, como aconteceu no futebol com a Superliga Europeia, e que os jogadores destes não fossem às seleções. Algo que para um basquetebolista europeu, habituado a representar o país desde jovem, tem um peso maior do que para um norte-americano.
Numa recente conferência em que tive oportunidade de participar, Mark Tatum, deputy commissioner da NBA, vice-presidente mas responsável pelas operações comerciais e relações internacionais, quando questionado acerca deste assunto referiu que, podendo o basquetebol ser a segunda modalidade na Europa, e acreditando haver grande margem de crescimento, é mau quando se olha para as hipóteses comerciais existentes e se vê que são menos de um por cento do mercado comercial. Presidente do Comité Olímpico considerou que o nadador Diogo Ribeiro, que considera ser de excelência e eleição, «tem alguns pequenos pormenores que devem ser afinados» e há um acompanhamento a ser feito. Mas até sabe que quando foi, duas vezes, campeão do mundo apenas o foi porque havia outros que estavam mais focados nos Jogos, para os quais ia para tentar chegar à final. Pelos vistos foi o único a falhar em Paris 2024. O que lhe vale é que há quem o continue a fazer.
«Por isso pensamos haver uma oportunidade de existir um melhor modelo para o basquetebol europeu, mas não existe nenhum prazo», salientou.
Assim, este poderá ser o momento ideal para avançar. Afinal vários clubes da EuroLiga terão, brevemente, de renovar contratos com aquela competição. A expectativa é saber quantos colossos do basquete europeu estarão dispostos a mudar-se para o novo projeto, quantos novos clubes surgirão de investidores, e quais serão as reações nacionais.
Mas que tudo pode acontecer em breve parece inevitável, sobretudo após a NBA ter arrumado a multimilionária venda dos direitos de transmissão e saber que terá paz e receitas nos próximos anos."

SportTV: NBA - S03E08 - A NBA é melhor com mais lançamentos de 3 pts? c/ Naany

O mito do Velho Homem reacendeu-se como uma lâmpada


"Bronko Nagurski ultrapassou as barreiras da banalidade humana com a força de uma lenda.

É provável que nenhum de vós tenha ouvido alguma vez falar de Bronko Nagurski. Bronko era o diminutivo de Bronislau e não batia certo com a personagem. De maneira nenhuma um bronco. Bem, adiante. Também é conhecido por ter sido jogador de futebol americano e praticante de luta livre mas isso é redutor para ele. Na verdade foi um fenómeno. Um daqueles fenómenos como o Cometa Halley ou a Nossa Senhora decidir empoleirar-se num espinheiro para espanto de pequenos pastores lorpas. Tinha a volumetria de, digamos, um pequeno iaque. Perto do metro e noventa; mais de cem quilos. Quando pegava naquele melão a que mal se pode chamar de bola (afinal os dicionários não exprimem que o termo bola corresponda a um objeto esférico) e desatava a correr de encontro aos adversários, o melhor era sair da frente como se viesse ali um comboio descontrolado. Os conhecedores deste desporto catalogariam-no como «fullback». Foi profissional pelos Chicago Bears a partir de 1930. E da luta três anos mais tarde. Foi campeão do mundo de pesos-pesados em 1937, batendo num desgraçado chamado Dean Henry Detton, também ele profissional duplo de futebol americano e luta livre e que acabou por se enforcar aos 49 anos, no seu bar, The Turf Club, em Hayword, na Califórnia.
1937: era aqui que eu queria chegar. Já um bocado escalavrado, com os ombros a precisarem de descanso e os músculos ainda mais, Bronko acabou com a dicotomia e abandonou as jardas dos relvados. Tinha vinte e nove anos, assim por extenso, e ganhou tudo o que era possível ganhar. Os companheiros mais novos já o tratavam carinhosamente por ‘The Old Man’. A imprensa foi buscar as sua raízes polacas para lhe encaixar o epíteto de Polish Canon Bolt. Lá está: tudo demasiado pequeno para a dimensão da sua personalidade. Resumo-me a um episódio que o elevou ao estatuto de lenda. OHomem para lá do Homem. Falei no ano de 1937 e insisto. Nagurski estava farto de futebol. Com a camisola do Chicago Bears, que usava desde 1930, acabara de destroçar o grande rival dos Bears dessa altura, os Portsmouth Spartans. Estava tanto frio em Chicago que o jogo teve de ser disputado num recinto fechado. The Old Man marimbou-se para isso. Correu como um louco, derrubou ‘linebackers’ como se fossem barricas vazios, e terminou a faena com um ‘touchdown’ muito contestado pelos adversários mas que o árbitro considerou válido. Em seguida, no balneário, enchendo o peito que era largo e parecia a quilha de um petroleiro, desabafou: «It’s done!». E abandonou o desporto profissional, embora ainda tenha realizado alguns combates de luta durante mais dois anos. Um choque duro para os adeptos dos Bears que tinham Bronko Nagurski como o grande líder da sua equipa, o monstro que usava um capacete tamanho oito e era de assustar ornitorrincos.
Vamos até 1943. Os Chicago Bears estavam com a corda pelo pescoço: a grande maioria dos seus jogadores tinha sido alistada para combater na Europa e no Pacífico em nome dos Aliados na II Grande Guerra. Suplicaram a Nagurski que voltasse da sua reforma. E o mito reacendeu-se como uma lâmpada. Os Chicago Cardinals elevavam-se na sua frente no caminho para a final. E Bronko, já com 35 anos e pai de seis, estava pronto. E de que maneira. Arqueou os braços, agarrou na bola e foi correndo, correndo, correndo. Nem aqueles que tinham menos vinte anos do que ele resistiram à sua passada larga. Aqueles que conseguiam agarrá-lo eram arrastados às suas costas que nem pulgas num cão enraivecido. O ‘touchdown’ que marcou e garantiu a vitória dos bears por 35-24 jamais foi esquecido por aqueles que estiveram no estádio de Wrigley Field. Por todo o lado se falava dele. E de Bronko Nagurski regressado em forma de um Messias. Mas ainda havia uma final para jogar e só os vencedores merecem lugar eterno na História. Wrigley Field, o mais pequeno de todos os estádios da NFL (National Football League), recebeu quase 35 mil pessoas. Bronko liderou os seus companheiros até à vitória por 35-24. Um brado ensurdecedor sublinhou o seu ‘touchdown’ após uma corrida de três jardas. Em seguida, Nagurski regressou à sua quinta. Foi plantar batatas."

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Vitória em França...

Quevert 0 - 5 Benfica

Regresso às vitórias, com a baliza a 0, novamente!

O João Rodrigues já esteve no banco, mas não jogou...

Vitória na Grécia...

Thetis 0 - 3 Benfica
20-25, 19-25, 25-27


1.ª mão, resolvida, e eliminatória muito bem encaminhada...

Golos

O Benfica Somos Nós - S04E22 - Mónaco...

RND - Carrega Benfica...

Falar Benfica: João Diogo Manteigas...

A Verdade do Tadeia #2015/22 - Uma semana em crescendo

A Verdade do Tadeia #2025/21 - Uma semana em crescendo

Zeki...!!!

Parabéns...

Benfica: Black Friday...

BI: N1904 - Arouca...

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - “Benfica divertiu-se, mas mostrou fragilidades”

Observador: Três Toques - Afinal, mais vale Guardiola ficar-se pelo futebol

Zero: Tema do Dia - Vitória do Benfica no Mónaco para a Champions: cinco tópicos

Mata Mata - Taça de Portugal, Champions League, Benfica, Sporting, Porto e... um Guilherme de perna estendida! 😂

Zero: Afunda - S05E20 - Com Francisco Carvalho: será LaMello um winning player?

À Benfica!


"Com grande apoio no Mónaco, o Benfica venceu, por 2-3, na 5.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Triunfo do coletivo
O treinador do Benfica, Bruno Lage, acentua a relevância do contributo do plantel: "Confiamos em todos, precisamos de todos. A jogar de três em três dias, e com cinco substituições, e a jogar jogos com esta qualidade, com esta dinâmica, com esta intensidade, precisamos de todos. Até mesmo para mexer no jogo em termos estratégicos, foi como aconteceu. Sempre que sai gente do banco, é para ajudar. Equipa de trabalho, de qualidade e que acredita até ao fim."
Bruno Lage já pensa no próximo desafio e conta com os Benfiquistas: "Os adeptos foram fantásticos, sentimo-nos em casa. O nosso foco já está no próximo jogo, no Arouca [12.ª jornada da Liga Betclic], em recuperar para voltarmos a jogar bem, com qualidade e vencer os três pontos."

2. Juntos
Di María refere a importância do triunfo e o papel dos adeptos: "Estou muito contente com esta vitória, precisávamos de ganhar, são três pontos fundamentais. Fora, em casa, em qualquer parte do mundo, está sempre cheio, jogamos sempre em casa, e estamos-lhes muito agradecidos."
Pavlidis, autor de um golo, realça o coletivo: "O mais importante é que levamos os três pontos e continuamos na prova."
Tomás Araújo considera: "Foi um grande jogo da equipa, foram 90 minutos em que parecíamos estar a jogar em casa. Com estes adeptos a apoiar, é impossível continuar em baixo. Eles são incríveis, e a equipa volta ao de cima, e conseguimos a reviravolta."
Para Amdouni, "é sobretudo um momento importante para a equipa". "Precisávamos desta vitória. Parecia que havia mais adeptos do Benfica que do Mónaco. É um sentimento muito bom, e esta vitória também é para eles", realça.

3. Apoio impressionante
Em grande número no Estádio Louis II, os Benfiquistas foram essenciais para mais um triunfo.

4. Mereciam mais
Após a derrota, por 0-1, no reduto do Mónaco a contar para a UEFA Youth League, Vítor Vinha considera: "Obviamente que há um jogo até à expulsão [18'] e depois há outro jogo. Temos de estar tristes pelo resultado, porque é esta a nossa mentalidade e a nossa forma de estar no Clube, temos de ter esta exigência. Com a quantidade de oportunidades claras que temos para marcar, devíamos ter mais golos e mais pontos."

5. Despedida da Europa
Na última jornada da fase de grupos da EuroCup Women de basquetebol, o Benfica perdeu, por 67-79, com o GEAS Basket, de Itália. Eugénio Rodrigues salienta: "É um Benfica em crescimento, porque neste ano tivemos no nosso grupo duas equipas que são fortíssimas, de um nível completamente diferente do nosso. A capacidade que tivemos, sobretudo em casa, de conseguir nivelar jogos, de sermos competitivos, é desde logo um avanço gigantesco em relação às performances que tivemos nos anos anteriores."

6. Jogos do dia
Há o dérbi dos Sub-15 de futebol, no Estádio Aurélio Pereira (20h00), e dois embates europeus: às 19h00, a equipa masculina de hóquei em patins visita o HC Quévert para a WSE Champions League; e, às 18h30, a equipa feminina de voleibol atua na Grécia no pavilhão do ASP Thetis, a contar para a 1.ª mão dos oitavos de final da CEV Challenge Cup.

7. Parabéns, jornal O Benfica!
O jornal oficial do Sport Lisboa e Benfica completa 82 anos de existência."

Royale: Corruptos...

A guerra civil de Guardiola


"Há uma guerra civil entre o Manchester City e a Premier League (75 por cento deseja a descida de divisão do City), anuncia Don Pep!
Os conflitos com as autoridades não são novos, mas chegam agora a um ponto de no return com o anúncio da decisão final prevista para a Primavera de 2025.
O que já está decidido é anunciado pelo próprio Guardiola, que vai assim entrar na décima temporada como Todo Poderoso e será o Mister quando a decisão sobre as 115 infrações for tomada.
Algo já está definido: o City perde por 16 a 4 no desafio sobre alterações complexas dos regulamentos da Liga presidida por Richard Masters. A posição dos Cityzens sobre a chamada Associated Party Transaction ou APT foi apoiada apenas por Aston Villa, Nottingham Forest e Newcastle.
Quem poderia imaginar estes imbróglios na mais competitiva e lucrativa Liga Profissional do Mundo?
Mas se alguns fatos cinzentos acreditavam que Guardiola ficaria livre caso a decisão fosse a mais negativa, o melhor será aguardar uns anitos.
Já se fala em cartel de interesses, mas nada que assuste Don Pep. As seleções nacionais aguardam pelos desenvolvimentos, mas será o GOAT espanhol quem vai estar no Ettihad na próxima época, mesmo que os adversários sejam «outros»"

As unhas de um João Pereira sem escapatória


"Jovem treinador não tinha nada a ganhar ao assumir tão cedo e, com a herança deixada por Ruben Amorim, o banco do Sporting. Tanto que ao primeiro desaire já está criada a dúvida...

Deverá haver poucas profissões piores do que a de treinador. Claro que muitos ganham menos e fazem trabalhos pesados, e há demasiada gente longe de ter feito profissão do que gostava; não é disso.
Um técnico tem muitos privilégios quando comparado com os comuns mortais, todavia, sobretudo no futebol, não há quem esteja tão exposto. Depois, há algo do foro psicológico que provavelmente não se encontra noutro ecossistema: tanto jogadores como treinadores acreditam sempre que podem ser o «tal», haja ou não sustentação lógica ou racional para tão elevado nível de autoconfiança. É válido para Ruben Amorim, para João Pereira e para qualquer outro treinador, de qualquer equipa e divisão.
Entre estes, depois há aqueles que já têm todas as valências – que não se medem em níveis do curso –, outros que ainda as estão a adquirir e quem lá dificilmente chegará. Nem tudo é académico ou, pelo contrário, empírico. Há coisas que não se aprendem ou adquirem, simplesmente têm-se ou não.
O que João Pereira não tinha era qualquer escapatória. Estava obrigado a aceitar o desafio devido ao tal comboio que não passa sempre, mas dificilmente irá ganhar com esse passo, pelo menos no imediato. Porque, se correr bem, terá aproveitado, aos olhos da maioria, o trabalho do antecessor. E se não conseguir ser campeão depois de Amorim ter empurrado os leões até à velocidade de cruzeiro, não restará outra explicação para a opinião pública a não ser a de não ter tido unhas para o Ferrari, lembrando a infeliz expressão que Jorge Jesus atirou a Rui Vitória depois de terem entregado ao segundo as chaves do bólide encarnado.
O 1-5 diante do Arsenal é um banho de realidade, talvez humildade, e até pode ter o rótulo da responsabilidade do técnico. Só que junto da maioria dos adeptos é mais do que isso, não há dúvidas. Seja a inclusão de Edwards no 11 ou a preparação para as bolas paradas dos gunners, houve decisões que fracassaram.
Depois, onde o antecessor goleava, na comunicação, João Pereira não parece capaz de inspirar as hostes. Será que daqui a uns tempos não estaremos a questionar: onde vai um vão mesmo todos?
Lembro-me dos que diziam que era só não estragar, porque sabemos que é precisamente agora que Amorim faz mais falta. A João Pereira resta-lhe aceitar o fardo e provar que é o homem certo. Que da própria vez que um rival aparecer arranhado a culpa poderá ser sua. A herança, essa, é terrível. Nada de novo."

Estás feliz, Fábio Paim?


"Há pessoas que não vale a pena querer mudar. Ou se aceitam por inteiro sem «mas» ou «e se?» ou tornam-se numa viagem de elevador em constantes subidas ao piso da esperança e imediatas descidas à cave da desilusão. Pessoas que apenas aprendem ao ritmo dos tombos que dão por muito que tenham quem lhes dê conselhos. E não é por maldade, é por natureza. Fábio Paim, acredito, é uma dessas pessoas. O menino que o próprio Cristiano Ronaldo considerou que era melhor jogador do que ele na formação do Sporting, mas que tendo a bola do Mundo na mão não resistiu a arriscados exercícios de malabarismo e a meter-se em atalhos que apenas lhe trouxeram trabalhos.
A excelente entrevista – mais uma - de Fábio Paim a A BOLA deveria constar de um manual sobre a vida, com leitura obrigatória para jovens estudantes de todas as áreas. Um homem que pode não ter estudado muito, mas que é extremamente inteligente. Que continua em construção de personalidade ao ritmo vertiginoso da vida. Alguém que diz dele – e eu acredito – «não sou um bandido, sou uma pessoa que errou». Alguém que dispensa a nossa pena ou o nosso moralismo, não estando isento ao justo julgamento. Aceito-o por inteiro, nas fragilidades, nas contradições, nos erros mas também no bom coração que acredito que tem e na inteligência que revela. Acolhendo o maior lamento que revelou na entrevista e que o levou às lágrimas: muitos o julgam, quase ninguém lhe pergunta se está feliz.
Li um dia que «um amigo é alguém que se cruza connosco na rua, nos pergunta se estamos bem e pára para ouvir a resposta». Eu não sou amigo de Fábio Paim, mas, juro, fico para ouvir a resposta: «Estás feliz?»
Há pessoas que não vale a pena querer mudar. Porque não querem mudar. Grande parte dos adeptos do FC Porto que insultam a própria equipa e os dirigentes enquanto entoam o nome de Pinto da Costa não querem ser convencidos do que quer que seja. Uma das principais exigências de um líder em temos de tormenta, numa transição de era que se adivinhava exigente, é precisamente identificar com quem não conta e não se desgastar com quem não quer ser convencido. Como se na era de Pinto da Costa o FC Porto também não tivesse pedido, por quatro vezes, três jogos seguidos. Como se a situação financeira fosse brilhante, como se 80 por cento dos sócios não tivessem sido claros.
André Villas-Boas só pode responder com a força das convicções. Certas ou erradas, será jugado em urna por isso. Varandas passou pelo mesmo no Sporting. Mas só colheu frutos porque a equipa passou a vencer.
Em relação aos adeptos que protestam ruidosamente, acreditam mesmo que é pelo insulto que a equipa vai passar a jogar melhor e a vencer? É que se a tese estiver certa, porque não, perdoem a ironia, umas boas pauladas no lombo de jogadores, treinador e dirigentes? Ganhavam não só o Campeonato como a Taça da Liga e a Liga Europa! Há uns anos, alguns adeptos do Sporting acreditavam nisso… Só me apetece perguntar a esses adeptos: «Estão felizes?»
Há pessoas que não vale a pena querer mudar. Porque já estão bem assim. O meu obrigado a toda a equipa da Urgência e Internamento de Pediatria do Hospital Amadora-Sintra. Pelo profissionalismo, pela dedicação, pelo acolhimento e pelo carinho. Em momentos de fragilidade, é bom saber que temos com quem contar. Pessoas que se dedicam aos outros e a quem poucas vezes se pergunta: «Estás feliz?»."

O mundo encantado do jogador protegido


"Thiago Henrique cumpre a sua segunda temporada na equipe principal. Tem quase 19 anos. Já tem três assessores. Quatro agentes. Um pai coruja. Doze (ou mais) amigos puxa-sacos. Sobretudo, cresce numa bolha intransponível que estupidamente o protege dia e noite, noite e dia.
É dirigido por um treinador que publicamente evita toda e qualquer crítica negativa de forma pública. Escuta sempre a boa e velha desculpa de que "comigo não há análises individuais". Está seguro quando falha. Praticamente relaxado.
Entretanto, quando acerta em campo, vê o mesmo treinador a usar o microfone para fazer individualmente - e incoerentemente - uma pormenorizada avaliação altamente positiva. É inundado por elogios. Tem o ego afagado. Sorri de orelha a orelha.
Quando os erros são também coletivos, acaba por levar com outra cansativa explicação de quem o comanda, que, neste caso, enche o peito na entrevista pós-derrota para ressaltar que "toda a responsabilidade é do treinador". Novamente passa ileso.
É um homem em construção. Cogita então vez ou outra abrir uma janela para os jornalistas. Quer contar um pouco dos altos e baixos naturais de um jovem em evolução, especialmente num grande clube. Permissão negada de imediato. Ouve frequentemente que "agora não é a hora de falar".
Poderia ser Thiago Henrique, mas acaba por ser Martim Fernandes e Rodrigo Mora, talvez João Rego e Gianluca Prestianni ou, quem sabe, Geovany Quenda. Poderia, na verdade, ser Diogo Costa, Fábio Vieira, Galeno, Otamendi, Di María, Pedro Gonçalves ou Gyökeres. Tanto faz.
No fundo, deixou de ser uma questão de idade. A profissão é extremamente exigente, sem dúvida. É preciso abrir mão de muita coisa, com certeza. Mas, ao mesmo tempo, o acolhimento nos dias de hoje já passou dos limites. Irrita profundamente. Vivem abraçados num mundo paralelo."

Futebol no Brasil está a tornar-se um desporto de risco de vida para os adeptos


"A paixão pelo futebol tem limites, e esses limites encontram barreiras nos distúrbios sociais e mentais de uma sociedade cada vez mais violenta. Como luso-brasileiro, filho de portugueses que construíram a vida no Brasil, sinto-me no direito — e no dever — de abordar este tema sem receio de julgamentos. Conhecendo as nuances de ambas as culturas, entendo que minha perspectiva talvez traga um olhar híbrido, mas crítico e realista.
Em 2024, o Brasil atravessa um dos períodos mais violentos de sua história recente. O roubo de telemóveis tornou-se trivial, a corrupção é vista com resignação, e a violência ligada ao futebol alcança níveis alarmantes. Não se trata apenas de um desporto; tornou-se, infelizmente, um campo de batalha para facções organizadas que confundem paixão com agressão.

Um episódio que não deveria existir
O caso mais recente, que culminou na morte trágica de José Victor Miranda, torcedor do Cruzeiro, é o retrato do que o futebol brasileiro tem se tornado. O ataque, que ocorreu na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, foi perpetrado por torcedores do Palmeiras contra adeptos da torcida organizada Máfia Azul. O embate não foi apenas físico, mas uma manifestação crua da irracionalidade que o fanatismo pode alcançar.
Cerca de 150 pessoas participaram do confronto, marcado pelo uso de pedaços de madeira e fogo. Um dos autocarros foi incendiado, resultando na morte de José Victor e deixando outros 17 feridos. Embora as causas da morte ainda aguardem confirmação oficial, relatos indicam que ele foi carbonizado. A situação, além de devastadora, é um reflexo de uma cultura onde o desporto deveria unir, mas muitas vezes divide de forma fatal.

Palmeiras: da glória ao peso da responsabilidade
O momento desportivo do Palmeiras, sob a liderança do nosso conterrâneo Abel Ferreira, é histórico. Com números que superam os de Jorge Jesus durante sua passagem pelo Flamengo, o clube vive uma das fases mais brilhantes no relvado. Porém, fora dele, o cenário é sombrio.
O clube enfrenta agora o desafio de lidar com a escalada de violência ligada à sua torcida organizada. Isso não é apenas uma questão de adeptos, mas de gestão. Uma diretoria que se mostra negligente na promoção de ética e respeito acaba por permitir que episódios como este se tornem recorrentes. É imperativo que as instituições desportivas assumam responsabilidade não apenas pelas vitórias em campo, mas também pela postura de seus adeptos.

Reflexão sobre a sociedade brasileira
Este episódio é mais um sintoma de uma sociedade marcada pela falta de empatia, polarização e narrativas que fomentam o ódio. O Brasil enfrenta o que pode ser chamado de uma "pandemia social", onde o caos é normalizado e as soluções parecem distantes. Contudo, enquanto houver diálogo, há esperança.
O Brasil, que historicamente foi um alicerce para o crescimento económico de Portugal, é mais do que um parceiro estratégico. É um reflexo cultural e humano do qual não podemos nos distanciar. Zelar pelo futuro do Brasil é também cuidar da conexão profunda que existe entre as duas nações.
Que episódios como o ocorrido em Mairiporã sirvam como catalisadores para mudanças. A violência no futebol, como em qualquer outra esfera da vida, não deve ser encarada como parte da paixão, mas como um desvio que precisa ser corrigido. O desporto, afinal, é um espaço de união, não de divisão."

O fim da rassa


"Há uma coincidência tétrica entre o descalabro desportivo de três derrotas consecutivas e os problemas de saúde do antigo presidente Pinto da Costa, que há poucas semanas tinha publicado um testamento sobre os convidados para o seu funeral.
Como associou o poeta, é uma pronúncia do norte a confundir-se com o prenúncio de morte - cenário fantasmagórico que reclama exorcismo urgente num meio em que, como dizem os amigos de Vigo, “brujas si, que las hay, las hay”.
Muitos previram que o dia seguinte à queda do regime não seria bonito. A herança é pesada e exige tempo para o luto, considerando que chega às mãos dos sucessores completamente esfrangalhada. No Porto atual, após derrotas em campo, gestão danosa ou violência gratuita entre maus adeptos, o processo de refundação é obrigatório, como exercício de nojo em simultâneo com a montagem de um novo suporte de vida, o saneamento financeiro.
Porque a força interior do clube estará tão viva como um dia perpetuou outro dono da palavra que desarmou os maus augúrios sobre o destino ao escrever que as notícias sobre a sua morte eram evidentemente exageradas.
Rei morto, rei posto - longa vida ao Porto e ao seu novo presidente, o Luís André, que ousou intrometer-se num labirinto de interesses pessoais e de associações duvidosas que sobrevivia num sistema de intimidação e violência, mantido pela guarda pretoriana à custa dos bens do clube até ao nível da falência.
A essa forma de ganhar e ser poderoso deram o nome de “rassa portista”, a turbamulta da bancada das carpideiras, mas o lado bom do passado exige uma lápide limpa, honrosa e sem erros ortográficos."

Só mais uma...!!!


"Di Maria está a uma assistência de igualar Cristiano Ronaldo na tabela dos maiores assistentes da Liga dos Campeões.
Pergunto-me como é possível existirem benfiquistas que o queriam fora do clube!?
É um luxo podermos contar com um dos melhores jogadores do mundo, de águia ao peito. Desfrutemos..."

O Benfica criou o mistério de jogar pior contra 10. Foi salvo por Di María, cujo mistério reside na magia das botas que não envelhecem


"No Mónaco, as águias conseguiram um triunfo fundamental, ganhando por 3-2. Num jogo cheio de incidências, o Benfica até sofreu o 2-1 quando já atuava contra 10, mas Arthur (aos 84') e Amdouni (aos 88') foram os felizes atacantes que receberam presentes de Di María, o craque na base da reviravolta

Não havia falta de aviso ou precaução da parte do adversário. Antes do jogo, o “L'Équipe” elogiava a “eterna juventude” de Di María, enquanto Adi Hütter, técnico do Mónaco, disse que o argentino é, “há muitos anos”, “um dos melhores jogadores da Champions”.
Mas o aviso ou a precaução podem não ser suficientes para contrariar fenómenos. Como será ter aquele pé esquerdo mágico? Como será saber que se tem, na ponta da bota, a arma que, se utilizada, pode dinamitar um desafio? Como será sentir-se o escolhido pelas forças sobrenaturais que mandam na bola? Será sentir-se Ángel Di María.
Será ter o poder de olhar para um jogo de derrota e transformá-lo em vitória. Aos 84', o Benfica perdia, preso na maldição de jogar pior contra um adversário em inferioridade numérica. Vários foram os lances em que o Mónaco parecia ter mais jogadores, os ressaltos iam para os pés dos de vermelho e branco, as melhores oportunidades eram para os da casa, o único golo desde a expulsão foi para o Mónaco.
Mas veio Di María. Apareceu como tantas vezes nos últimos 15 anos na história do futebol mundial. Não foram cruzamentos, não foram assistências. Foram pinturas vindas da tela da eterna juventude que vive naquele pé esquerdo.
Não foram passes para golo, o prólogo dos cabeceamentos de Arthur Cabral e Amdouni que transformaram a derrota por 2-1 num triunfo por 3-2. Foram benções para os atacantes, que se transformaram em privilegiados recetores de tal perfume. Uma assistência, duas assistências, puff: adeus à terceira derrota seguida na Liga dos Campeões, olá a ter nove pontos à falta de três rondas, situação pontual que, olhando à presença no play-off, dá bastante conforto.
A época europeia do Benfica viajou até aos 2,08 quilómetros quadrados do Principado do Mónaco, espaço cuja reduzida dimensão contrasta com o tamanho do glamour. Mónaco é terra de príncipes e celebridades, de iates e Fórmula 1. Foi Ángel a mais luminosa das vedetas.
Mónaco é terra de uma das melhores equipas francesas — segunda nesta edição da Ligue 1, no pódio da competição em três das últimas quatro épocas —, ainda que o ambiente algo frio do Stade Louis II, cujos 18.523 assentos não encheram, mostre que, no Principado, se vai à bola quase como quem vai a mais um evento de convívio social. Não há grandes loucuras nem manifestações neste estádio cuja pista é paragem da Diamong League, circuito de elite do atletismo. O apoio mais ruidoso veio dos adeptos benfiquistas, eufóricos após o apito final.
O agressivo e atacante coletivo de Adi Hütter atua de olhos colocados na baliza adversária, assente no trio composto por Golovin, Akliouche e Ben Seghir, criativos cheios de técnica e compreensão do jogo. Procuram-se, associam, criam perigo — têm tanta vontade de o criar que, aos 36’, Ben Seghir, num erro crasso, até isolou Di María. Na melhor oportunidade dos visitantes no primeiro tempo, o argentino permitiu a defesa de Radosław Majecki, um polaco vindo da eterna escola de guardiões daquele país.
Antes disso, dominaram os locais. Logo aos 9’, Ben Seghir, na cara de Trubin, disparou sem direção, com o arranque pressionante do Mónaco a ser consumado com o 1-0 aos 13’.
Golovin, que devido à exclusão da Rússia das provas internacionais tem aqui o seu grande palco, fez uso do seu futebol de meias em baixo, de toques curtos, de saída de pressão cheia de classe. O médio desfez-se de uma multidão de adversários, Embolo continuou a jogada abrindo em Vanderson na direita, com o brasileiro a atirar para defesa de Trubin. Golovin seguiu a ação e assistiu Ben Seghir, autor do golo.
O Benfica tentou reagir à desvantagem, tendo chances para empatar através de Aktürkoğlu ou Otamendi. No entanto, outro dos grandes protagonistas da primeira parte foi o árbitro Rade Obrenovič, o esloveno que parecia um funcionário dos recursos humanos a quem ninguém prestava atenção, desesperadamente a pedir que os trabalhadores preenchessem papelada que estes teimam em ignorar.
Houve protestos de lado a lado, houve Carreras e Florentino a correrem riscos de expulsão, houve Pavlidis a pedir penálti. Houve seis cartões amarelos nos primeiros 42 minutos, vertigem que continuou no segundo tempo. Aos 58’, Singo viu mesmo o segundo cartão e respetivo vermelho. Mas aí já as redes haviam abanado três vezes, ainda que só uma contasse.
Breel Embolo apareceu, ainda adolescente, como candidato a next big thing do futebol europeu. Entre lesões e falta de continuidade, o tempo provou que não era caso para tanto. É um ponta de lança de qualidade, cujo grande defeito é mesmo marcar poucos golos. Nos últimos 28 encontros pelo Mónaco, só marcou três vezes. Logo no recomeço, provou essa falta de eficácia ao atirar ao poste em excelente posição.
Num estádio pouco quente, a segunda parte apresentou-se cheia de incidências, viva, digna de Liga dos Campeões. Aos 48’, Pavlidis aproveitou uma oferta de Caio Henrique para empatar, num lance em que foram concedidas tantas facilidades ao grego que este até festejou antes de rematar.
Nos minutos do caos, na altura da partida em que tudo sucedia freneticamente, futebol como uma sucessão de acontecimentos relevantes, Akliouche e Bah tiveram golos anulados por fora de jogo. Passados 10 minutos do 1-1, deu-se a expulsão de Singo. Bola ao poste, golo, golos anulados, expulsão: tudo sucedeu no recomeço.
No entanto, o vermelho empequeneceu o Benfica. Passiva, a equipa de Bruno Lage assistiu ao jogo do adversário, pecado que teve maior reflexo aos 67', quando todos apreciaram como Magassa finalizava um cruzamento da esquerda.
Os alarmes pontuais soaram. Sair do Mónaco com seis pontos colocava muita pressão no que aí vem, com duelos frente a Bologna, Juventus e Barcelona. Mas era Maghnes Akliouche, artista que poderia engrossar a virtual seleção de Paris que seria candidata a campeã mundial, quem mais se parecia divertir.
O Benfica parecia sem reação, acumulando atacantes mas sem criatividade. Não houve reação coletiva, houve magia individual. Duas delícias saíram das botas por cujos anos não passam, da canhota eterna de um dos melhores futebolistas argentinos de sempre. Não é por acaso que Arthur e Amdouni tiveram de saltar para chegar às bolas vindas de Di María, pois tiveram de se elevar ao estatuto celestial de Ángel.
À nona tentativa, o Benfica venceu pela primeira vez em França na Taça/Liga dos Campeões Europeus. Num jogo de montanhas-russas e mistério, o fato de gala de Di María brilhou na terra do glamour."

Cadomblé do Vata

Como Valeu a Pena Sofrer Para Sair Daqui Feliz!


"Monaco 2 - 3 Benfica

Tenho visto muito vermelho de Benfica um pouco por todo o lado: no aeroporto de Lisboa, logo pela madrugada; em Orly, onde fiz escala; no Mónaco, claro, aqui a mancha vermelha é das boas. Não vai faltar apoio. Não vai faltar aquele apoio que os Benfiquistas que acompanham a equipa nunca lhe regateiam, nunca deixam de lhe fazer sentir durante todos os 90 minutos dos jogos. CARRREGA BENFICA!
Bem, muito cuidado com as revistas para entrar no Luis II, até a cães para nos farejar tivemos direito. Estou curioso para ver se a pirotecnia mesmo assim entrou.
Este estádio visto de fora parece um condomínio, tal e qual, ninguém dá por ele, bem metido no meio da cidade. Cá dentro é moderno, mas com a merda da curva da pista de atletismo não se vai perceber nada do que se passar na outra baliza.
00' A equipa esperada, sem surpresas. O melhor onze de Bruno Lage. CARREGA BENFICA!!!
10' Eles entraram melhor no jogo. Mais rápidos sobre a bola, a trocarem-na bem, a chegar com perigo à nossa área. Nós, apáticos, tivemos só um remate do Di María com relativo perigo.
13' Mas que autoestrada na direita do ataque deles foi esta? E já estão na frente. Muita passividade na nossa defesa.
22' Mas porque é que não entrámos assim no jogo? É preciso sofrer um golo para ir para cima deles? Chuta Pavlidis, crl!
23' A pirotecnia entrou na mesma... Quem consegue por travão a isto? 30' O jogo a confirmar que eles são bons no ataque e fracos na defesa.
37' Ó Di María, isto não se falha, só com o guarda-redes pela frente... Ó Otamendi essa de cabeça era lá para dentro... Não queremos empatar esta porcaria?
40' O Pavlidis sabe que o jogo já começou? Não parece. Acorda porra! 41' Mais outra perdida, e destas o Aktürkoglu não costuma perdoar. Assim não vamos lá.
45' Penálti sobre o Pavlidis! O VAR nada? Vi agora no intervalo no telemóvel de um vizinho. É lance dividido. 46' Agradecimentos ao poste. O jogo tinha acabado aqui.
48' Agradecimentos à defesa deles e ao Pavlidis que aproveitou a azelhice.
49' Fdx! Golo deles! Grande VAR, o fiscal estava a dormir. E já o guarda-redes deles safou outro golo. Como está a arrancar a segunda parte!
53' Agora tirou-nos um golo a nós o sacana do VAR. Tanta festa aqui na bancada para nada.
58' Duplo amarelo é vermelho! Não tem nada que saber. Mais de meia-hora contra dez. Toca a aproveitar.
68' O Bah a ver centrar e eles a marcar. Contra dez nós é que sofremos?
74' Ainda não conseguimos reagir ao golo deles. Acordem! Eles ganham as bolas divididas todas. Estamos com um a mais e ninguém nota.
84' Do nada, da falta de ideias para dar a volta a isto, sai uma assistência açucarada do Di María pro Arthur concluir brilhantemente de cabeça. Vamos!!!
88' E toma lá outra assistência açucarada do Di María. Agora para o Amdouni concluir de cabeça. Lindoooooooooooo. E esta merda é toda nossa, olé, olé!
90+6' A-CA-BOU!!!"