Últimas indefectivações

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Sports Market Makers #15 - Por dentro das negociações do futebol - Dr. Marcos Motta

Tailors: Final Cut - S03E23 - Jorge Baptista

Até quando irão permitir a realização de jogos na Choupana?


"Episódio número 17* de um jogo adiado na Choupana devido ao nevoeiro, curiosamente a terceira vez que acontece ao Benfica. Até quando irão permitir a realização de encontros da primeira liga naquele palco? São perguntas que os adeptos merecem saber a resposta, porque é devido a estas condições que o futebol português não sai da situação fraca em que se encontra.
Podia dizer que é só o Nacional que tem culpa, mas depois olhamos para outros clubes que jogam em casas emprestadas, com relvados péssimos que mais parecem formações distritais. É assim que se vai melhorar a qualidade do desporto rei em Portugal? Desde 2001 que a Choupana devia ser impedida de receber partidas no período mais friorento, sem esquecer que mesmo em março já houve cancelamento de eventos pela mesma razão meteorológica.
O Pedro Proença que se preocupe com isto em vez de mandar bocas ao Benfica, o emblema que carrega o país vergonhoso em que vivemos às costas no que toca a assistências e grandeza. De referir ainda o bonito gesto do nosso glorioso em devolver o valor dos bilhetes aos sócios e simpatizantes que ontem se deslocaram à Madeira. Dia 19, pelas 17h, voltaremos para ir buscar os três pontos.
Nem tudo foi mau este fim-de-semana. Dar os parabéns à equipa B pela vitória sobre o Chaves no Seixal. É pena agora virem as seleções, mas dia 19 cá estaremos para vencer o Pevidém e seguir em frente na Taça de Portugal. Viva ao Benfica!!

*Eis a lista de jogos adiados na Choupana.
1) Nacional-Chaves, março de 2001
2) Nacional-Braga, dezembro de 2002
3) Nacional-União Leiria, fevereiro de 2003
4) Nacional-Rio Ave, março de 2006
5) Nacional-Guimarães, fevereiro de 2008
6) Nacional-Académica, dezembro de 2009
7) Nacional-Belenenses, março de 2010
8) Nacional-Naval, dezembro de 2010
9) Nacional-Setúbal, fevereiro de 2015
10) União-Benfica, outubro de 2015
11) Nacional-FC Porto, dezembro de 2015
12) Nacional-Benfica, janeiro de 2016
13) Nacional-Oliveirense, janeiro de 2018
14) Nacional–FC Porto B, fevereiro de 2018
15) Nacional-Tondela, janeiro de 2024
16) Nacional–AVS SAD, março de 2024
17) Nacional-Benfica, outubro de 2024"

Choupana, deixa os meninos brincar (a crónica de um fogacho futebolístico entre Nacional e Benfica)


"O cronómetro do estádio ficou imobilizado no momento que indica que se jogaram pouco mais de oito minutos do Nacional-Benfica. E ainda houve um intervalo pelo meio. Logo aos cinco minutos, a primeira interrupção devido ao nevoeiro e, pouco depois, a certeza de que o encontro não podia mesmo ser terminado. A conclusão do duelo vai acontecer no dia 19 de dezembro (17h)

Um carro estacionado atrás do nosso, a impedir a saída, quando estamos com pressa de deixar um local. Sensação familiar? Assim foi o fogacho futebolístico na Choupana. O malfadado nevoeiro alapou-se em cima do relvado e bloqueou o Nacional-Benfica que estava previsto ali ser realizado. Devido ao comportamento irresponsável deste intruso, que não compreendeu que aquele era um lugar reservado a moradores e seus convidados, o jogo foi adiado.
O árbitro Gustavo Correia e restantes membros da sua equipa de julgadores eram os mais prevenidos. O amarelo fluorescente é um unânime flagelo para o potencial estético de uma paisagem, exceto num cenário como este. Se esta noite virem estrelas pela Madeira, não são estrelas, de certeza. São três senhores do apito perdidos na ilha.
Aos cinco minutos, o jogo parou pela primeira vez e foi retomado pouco depois. Como demonstração de máximo respeito para com quem anda saturado, não foi preciso esperar por uma terceira paragem para ser de vez. Atingidos os 8’5’’ de jogo, as equipas regressaram ao balneário. É que nem para quem assistia à distância a experiência estava a ser boa. Os MacGyver’s desta vida ter-se-ão levantado para mexer nos cabos atrás da televisão em busca de resolver o problema de sinal. Mas calma, era só uma nuvem de nevoeiro a ser emplastro na transmissão.
O que fizeram os jogadores enquanto estiveram nas cabines entra na jurisdição do imaginário. Ficam algumas apostas: Álvaro Carreras esteve a cortar as pontas do cabelo, Aktürkoglu acabou de ler mais um capítulo do seu livro favorito de Harry Potter, Otamendi foi ver como estava o resultado do River Plate.
Meia hora depois, as equipas regressaram. Fizeram apenas alguns exercícios de aquecimento, não fosse Gustavo Correia ter a infeliz ideia de retomar o encontro. Numa decisão sensata, alguém fez saber que o jogo seria adiado, para azar do Benfica que desencantou uma fresta no calendário (19 de dezembro, às 17h) para 81’55’’ de atividade desportiva em território insular.
Do período em que a bola rolou, honestamente, pouco se sabe. Ainda deu para ver que o onze do Nacional entrou em campo com uma t-shirt que homenageava Daniel Guimarães, o falecido ex-guarda-redes do clube. Depois, a cortina estendida no relvado impediu o escrutínio. Aqueles jogadores que costumam tapar a boca quando estão a falar para não correrem o risco de aparecer um especialista em leitura labial que exponha o teor da mensagem tiveram uma tarde descansada.
Como ideia para o futuro, fica a sugestão de mudar os regulamentos. Todas as equipas deviam ter um equipamento principal, um equipamento secundário e um equipamento para o nevoeiro (podem pedir emprestados uns coletes à empresa de construção civil mais próxima). Para ti, Choupana: por favor, para com isto."

Será que vai mesmo haver Mundial de Clubes?


"Da falta de contrato televisivo às queixas dos jogadores e processo da FIFPro pelo excesso de jogos e agora às recusas das ligas nacionais em adiarem o arranque, sobrará algo para a FIFA salvar?

A FIFA bem vai tentando que o Mundial de Clubes não morra de causas naturais antes mesmo de nascer, mas a competição que idealizou para juntar os maiores clubes do mundo, por alturas do arranque falhado da Superliga, parece ferida com gravidade.
O maior problema foi vivido com a venda dos direitos de televisão — a FIFA contava com um contrato milionário que ninguém esteve disposto a dar; daí, os prémios fantásticos com que acenara aos clubes para convencê-los a entrarem em mais uma prova de um mês de duração (chegou a falar-se em 50 milhões de euros só de prémio de participação) tornaram-se uma miragem e ninguém sabe bem quanto vai receber por ir aos EUA.
Mas o problema maior está mesmo nos calendários. E a questão já não está só no excesso de jogos com que os jogadores vão sendo sobrecarregados e que levou a FIFPro, união internacional de sindicatos de jogadores, a interpor uma ação legal contra a FIFA no passado mês de junho.
Agora, os próprios responsáveis dos clubes começam a fazer contas à vida e a perceber como será quase impossível fazer a transição duma época para a outra. O Mundial de Clubes deverá realizar-se entre 15 de junho e 13 de julho. Depois disso, os jogadores terão de gozar no mínimo três semanas de férias — quem for à final não voltaria ao trabalho antes de 4 de agosto. Os principais campeonatos europeus devem começar a 9 ou 16 desse mês, para não falar das supertaças que costumam realizar-se uma semana antes. Pior: para quem corra o risco de ter de jogar pré-eliminatórias das provas europeias (como Benfica ou FC Porto), o primeiro jogo oficial pode calhar ali por 5 ou 6 de agosto.
E as datas nem são estranhas, aproximam-se das que são usadas para Europeus ou Mundiais de seleções. Mas aí, nenhum clube fica com todos os seus jogadores presos até final da competição. Há uma série deles que não vão, e as equipas podem começar a trabalhar nas datas normais. Depois, os outros vão chegando a conta-gotas. Com o Mundial de Clubes, salvo se as equipas levarem apenas metade dos plantéis (e a FIFA já avisou que não o aceita), como seria possível fazer isso?...
A preocupação é de tal ordem que Pep Guardiola, treinador do Manchester City, confirmou que o clube pediu à Premier League para que as suas duas primeiras jornadas da próxima época fossem adiadas. A resposta? Nem pensar, não foi a liga inglesa que criou o problema.
A FIFA, volto a dizer, está a tentar tudo para que o Mundial de Clubes não morra à nascença, mas acho cada vez mais difícil..."

Trabalhar mal vale milhões!


"Há algo poético em ser despedido e ganhar uma pipa de massa. No entanto, tal poesia não está ao alcance dos comuns mortais, como nós, amigo leitor. Poucos são os casos em que alguém é despedido por falta de capacidade e recebe uma indemnização milionária. Tal acontece, porém, a alguns treinadores de futebol ditos de topo.
A A BOLA organizou um ranking relativo aos despedimentos milionários dos últimos anos: 1.º, António Conte em 2019, 30 milhões de euros para deixar o Chelsea; 2.º, José Mourinho, €19,6 M para deixar o Manchester United; 3.º, o mesmo Mourinho, €18 milhões para deixar o Chelsea em 2007. Porém, o segundo lugar do português está em perigo porque se o Manchester United despedir Ten Hag pagará ao treinador 21 milhões de euros.
Há pouco tempo o United despediu 100 pessoas para poupar €10 milhões ao ano. Mas, para se livrar de um treinador que não obtém resultados vai ter de pagar mais do dobro. Injusto? Sim. Ilegal? Não. Na essência, os contratos de trabalho desportivos são iguais a todos os outros. Mas há especificidades. Muitas estão relacionadas com horários – trabalham quando os outros descansam. Com treinos: trabalham muito (os bons) e não recebem horas extraordinárias. Com performance e direito ao trabalho: não tem realmente direito a trabalhar, exceto nos treinos. Durante o jogo, há quem fique no banco e quem não seja sequer convocado! Tal não sucede aos outros trabalhadores: estes podem sempre, dentro dos horários, aceder ao local de trabalho, por exemplo.
E há mais: estão sujeitos a regras disciplinares que não são impostas pela lei nem pelo empregador. São impostas por um terceiro, a Liga ou a Federação de cada país, representada pelo árbitro. E podem mesmo implicar a expulsão, sem qualquer tipo de processo ou garantia, do local de trabalho, ou seja, um cartão vermelho!
O art.º 3, n.º 1, da Lei do Contrato de Trabalho Desportivo diz logo que «as relações emergentes do contrato de trabalho desportivo (...) aplicam-se as regras aplicáveis ao contrato de trabalho», mas só «as que sejam compatíveis com a sua especificidade, tendo em conta as especificidades da modalidade desportiva».
E os litígios, como são resolvidos? Ao contrário dos outros contratos, que são discutidos nos Tribunais de Trabalho, do Estado, aqui a Justiça é semiprivada: prevê-se arbitragem entre as partes. E o contrato tem uma duração limitada a cinco épocas com um mínimo de uma época (artigo 9ª). Enquanto no mundo das relações laborais corriqueiras a lei portuguesa tenta prolongar os contratos, no mundo do desporto faz exatamente o contrário: permite contratos mais curtos e não permite contratos sem termo!
E Ten Hag? Ten Hag arranjou maneira de convencer o Manchester, mas não Alex Fergunson, que Ronaldo não fazia falta! Merecia sair como Ronaldo, sem indemnização. Ronaldo saiu porque quis sair, Ten Hag porque merece sair. Não vai ser assim: nos contratos de trabalho desportivo, bem negociados, é melhor ser despedido que trabalhar!

PS: O Direto ao Golo desta semana vai para o Benfica que goleou o Atlético de Madrid num jogo perfeito. Parabéns!"

BolaTV: Este futebol não é para velhos #6 - Competições Europeias

Quando for grande quero trabalhar em desporto


"Mãe e Pai: quando for grande quero ser bombeiro. Ou médico. Ou advogado. Ou veterinário. Os nossos desejos quando temos apenas 5 anos evoluem à medida que nos vamos tornando adultos e, às portas do ingresso no mundo profissional, as opções centram-se muitas vezes em empresas de sonho como Sonae, L'Oreal, Banco Santander ou consultoras como a KMPG.
Os jovens adultos portugueses – os norte-americanos desejavam andar entre as financeiras de Wall Street e as tecnológicas de Silicon Valley – procuravam numa fase inicial das suas carreiras, indústrias de sucesso, empresas com boa reputação e salários atrativos.
Com a mudança do perfil dos trabalhadores originada pela natural renovação das gerações, as necessidades, desejos e personalidade terão também um impacto significativo na capacidade de atração dos melhores talentos para as organizações. Se nos anos 70 e 80 os trabalhadores privilegiavam os salários e procuravam as maiores, mais sólidas e mais reputadas empresas para trabalhar, atualmente as novas gerações valorizam aspetos como transparência, integridade, cultura organizacional, flexibilidade, propósito, benefícios para além dos salários e equilíbrio.
Poder trabalhar no ATP Tour, Boston Red Sox, Liverpool, Tour de France ou no Grande Prémio de Monza parece hoje em dia muito mais apelativo para as novas gerações do que colaborar com o JP Morgan, General Motors, IBM ou no Barclays. Da mesma forma o Portugal Open em golfe, SC Braga, Autódromo do Algarve ou Volta a Portugal em bicicleta parecem projetos mais excitantes do que o Novo Banco, TAP, Meo ou Galp.
O futuro será risonho para a indústria do entretenimento e para o desporto em particular porque se prevê que organizações, empresas, ligas, federações e clubes desportivos possam ser os mais atrativos no mercado de trabalho capazes de atrair os melhores talentos nacionais e internacionais. Quanto maior o talento melhor será o desempenho de cada uma dessas organizações.
Por outro lado, vemos que já existem e espera-se que se acentuem as funções com um crescimento mais rápido em relação ao seu tamanho atual sendo impulsionadas pela tecnologia, digitalização, mas também pela sustentabilidade. Espera-se assim que, na indústria do desporto, dispare a busca de talento e contratação de especialistas nas áreas de inteligência artificial, sustentabilidade, analistas de dados e business intelligence bem como analistas de segurança da informação.
Esta nova geração, a mais qualificada de sempre, a inundar as diferentes organizações desportivas vai permitir acelerar a transformação digital na indústria do desporto e impulsionar a revolução dos modelos de negócios num futuro muito próximo."

Nene: Nacional...

Pre-Bet Show #75 - Demolição na Luz e Bragança amuleto da sorte

Matias: Atlético...

Atypical: How Pro Basketball Has Taught Me About Life