Últimas indefectivações

domingo, 11 de agosto de 2024

Antevisão...

Fácil...

E assim começa...!!!

Tempo de ofertas!

Tarde azarada!


Leixões 2 - 1 Benfica
Wynder(42')


Estreia, com penalty desperdiçado, auto-golo, lesão grave do Gustavo, e duas expulsões (a primeira claramente exagerada...)!!!



5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Aquecimento...


Idiotas úteis!


"Estão desesperados e de cabeça perdida. A escumalha que comete um ato destes, justamente na véspera do início de uma nova época, não tem amor pelo clube.
Além disso, um cartaz deste tipo, feito numa gráfica, não sai nada barato. Claramente, alguém está a financiar este ataque ao Benfica. E não é difícil adivinhar quem.
Não passarão!"

Kika Nazareth pôs o dedo na ferida


"João Neves não falou sobre a mudança para Paris, de modo a expor os seus argumentos. Nem precisou. Kika Nazareth falou por ele

Ninguém duvida, creio eu, que Kika Nazareth gosta do Benfica. Ou melhor, que gosta mesmo muito do Benfica. Provam-nos as imagens em pequenina, os festejos já adulta, até algumas declarações precipitadas, originadas numa juventude mediática a partir do momento em que se tornou símbolo do futebol encarnado. E sim, sem o feminino a acompanhar, porque, se bem se recordam, até houve uma altura em que se brincou que a internacional portuguesa podia muito bem jogar pela equipa masculina.
Kika Nazareth não será a primeira futebolista portuguesa a jogar no estrangeiro. Felizmente, sobretudo para elas, já houve jogadoras que conseguiram entrar nas principais ligas do mundo.
A questão é que o futebol feminino cresceu no mediatismo. Só quem andou distraído é que achou que isto não ia acontecer. E vai continuar a suceder, com a entrada do FC Porto, o trabalho dos clubes e, já agora, da Federação. Quando oiço ou leio que tudo é melhor noutros lados, acho mesmo que isso é relativo, para dizer que não é bem assim ou em muitos casos, sequer, verdade: a questão é que os outros são maiores, levam anos de avanço e, portanto, queremos chegar a eles, mas temos de acreditar na estratégia.
As transferências, de cá para fora, e de fora para cá, têm tido atividade, os valores começam a ter relevância e não há quem não queira ter a liga feminina no seu canal.
Desculpem o desvio, mas há coisas que para mim têm de ser ditas. E das coisas que disse, dizia eu que o futebol feminino cresceu em mediatismo, a seleção portuguesa começou a ter resultados, o Benfica também (ajudou muito ter rivais como o Sporting e o SC Braga) e de repente há uma jogadora cuja saída do clube quase provoca tanto barulho como a do amigo João Neves.
O médio do PSG não falou sobre a mudança da Luz para a Cidade Luz, de modo a expor os seus argumentos. Nem precisou. Kika Nazareth falou por ele. «O Benfica é o meu amor, mas procurava o melhor para a minha carreira.»
A internacional portuguesa pôs o dedo na ferida. O problema, meus caros, não é do futebol masculino ou feminino, nem da Liga Portugal ou da Liga Feminina. Nem sequer é do Benfica.
É mesmo de um país em que um terço dos seus jovens emigra — é só pesquisar e ver quem nos acompanha nesta métrica. Enquanto isso não se resolver, ninguém se iluda, não há amor por um clube que aguente.
Kika Nazareth pôs o dedo na ferida. A ferida é que não é bem aquela que se pensa..."

Ascensão e queda de um general


"Com o tempo, o poder de Madureira foi alastrando para lá da curva sul do Dragão, até se tornar um género de herói de banda desenhada, sem limites na ação e imune às consequências

Fernando Madureira, conhecido nos ambientes mais prosaicos do mundo da bola pela alcunha de macaco, vive tempos de uma dupla e aflitiva angústia pela privação da liberdade que lhe foi judicialmente sentenciada e pela possível privação do título de sócio do FC Porto, que lhe poderá vir a ser imposta no âmbito de um processo disciplinar que lhe deverá ser instaurado no seu clube de sempre.
Sinceramente, não sei qual destes dois danos lhe causará mais tristeza e sofrimento. Madureira era líder da claque dos Super Dragões há 30 anos e até chegou a ser — pasme-se — um líder não oficial, mas notoriamente reconhecido, da claque de apoio da Seleção Portuguesa de futebol durante o célebre Euro-2016, que nos deu o título inesquecível de campeões da Europa.
Ao longo de décadas, com o apoio e a proteção material e espiritual de Pinto da Costa, Madureira era visto apenas como um género de enfant terrible, ao qual não poucos achavam uma certa piada, sobretudo pelos dissabores que provocava aos adeptos rivais e, não em menor escala, aos dissidentes do, então, sagrado regime portista.
Com o tempo, o poder de Madureira foi alastrando muito para lá da curva sul do estádio do Dragão, até se tornar num género de herói de banda desenhada, sem limites na ação e imune às consequências, o que, naturalmente, há muito deveria ter levantado interrogações sérias sobre a conivência do sistema político, judicial e até associativo.
Foi preciso ter acontecido uma revolução provocada pela bombástica eleição de André Villas-Boas, que derrubou o regime de Pinto da Costa, para expor, enfim, Fernando Madureira e sus muchachos ao plano de uma nova realidade legal e policial, que imediatamente agiu sem pestanejar.
Pinto da Costa, seu reconhecido amigo e admirador, já não ocupava a cadeira de presidente do clube, o seu estatuto tornava-o, agora, bem menos relevante naquela que fora uma enorme capacidade de influência no sistema e Madureira viu ainda esfumar-se a vaga de apoio que esperaria receber do seu, antes, poderoso exército de Super Dragões. E, assim, desamparado e desprotegido, viu avolumarem-se graves acusações no chamado processo Pretoriano. O futuro não é promissor.
Villas-Boas, o jovem líder vencedor, não tem como lhe perdoar. Sofreu consequências físicas e psicológicas por ter tido a ousadia de desafiar o regime e viu família, amigos e companheiros de jornada eleitoral serem afrontados num clube em estado de pré-guerra civil. O novo presidente rompe definitivamente com o estilo e a ordem do passado, quer um FC Porto diferente, vencedor, sim, mas moderno e civilizado. Num clube assim, elementos como Fernando Madureira vão ter de ficar à porta. E, no entanto, este temido general do anterior regime era o mesmo que, por ironia, terá preenchido os requisitos para se tornar mestre do desporto, com uma pequena tese, em que defendeu o projeto da Bancada Total com vista a um futebol moderno que deveria considerar a importância da «estratégia entre o clube e a sua claque de apoio» considerando, entretanto, que essa claque deveria «estar a par da lei».
Madureira, que é agora acusado por responsabilidade em atos de violência e de intimidação como líder dos Super Dragões, tinha, antes, conquistado o reconhecimento universitário por defender uma teoria para o futebol moderno, onde as claques deveriam ter «a responsabilidade de criar e oferecer entretenimento… de maneira a conseguir mais público e sobretudo cada vez mais famílias». O género humano é complicado.

Iúri de prata
Festeje-se o feito, celebre-se o atleta. Iúri Leitão conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Omnium é uma modalidade complexa, com todos os ciclistas à volta de uma pista somando pontos em quatro variantes. Não é fácil de entender, mas entre uma sociedade das nações em bicicleta notou-se que emergia um português. Também seria bom reconhecermos a importância do trabalho feito no Centro de Alto Rendimento da Anadia e no velódromo de Sangalhos. E aprender com isso.

Pobre justiça
De prescrição em prescrição se vai diluindo todo o (antes) mediático caso Sócrates. O complexo processo que apontava para graves crimes cometidos pelo ex-primeiro-ministro de Portugal está a caminho de uma década, e ainda sem chegar aos tribunais. Provavelmente, nunca chegará. E tudo isto parece passar-se sem escândalo, o que sugere que os portugueses aceitam viver com a pobre justiça que lhe dão."

O valor de 'decidir em casa'


"Jogar a segunda mão perante o próprio público é visto no Brasil como uma supervantagem – será mesmo?

SÃO PAULO — Numa eliminatória a duas mãos, é melhor jogar primeiro em casa? Ou começar fora? É provável que a maioria dos adeptos portugueses (e europeus em geral) opte pela última hipótese, até porque, racionalmente falando, ser dono de casa na segunda mão pode garantir mais tempo nessa condição, caso o duelo precise de 30 minutos de prolongamento e ainda de penáltis.
E, emocionalmente falando, ser anfitrião da segunda metade de um desafio de 180 minutos transmite mesmo uma sensação mais confortável do que o inverso: depois de suportar os 90’ supostamente mais difíceis, ainda há os 90’ supostamente mais fáceis.
Entretanto, no Brasil (e talvez na América do Sul em geral) jogar em casa é considerado, racional e emocionalmente, um caso tão sério que merece um sorteio à parte tão ou mais relevante para a torcida quanto o sorteio em que é conhecido o rival. ‘O clube x decide em casa’ justifica um título, uma manchete, como se jogar a segunda mão no estádio a que se está mais habituado valesse, desde logo, um golo.
Mas será? O melhor é parar de papo e ir diretamente às estatísticas feitas por quem sabe.
Depois de analisar 392 duelos de 14 épocas da Taça dos Libertadores da América e da Liga dos Campeões, o especialista em ciência de dados Daniel Takata concluiu, no portal UOL, que em 59 por cento das ocasiões o clube que joga a segunda partida em casa, de facto, apura-se. Mas calma que a resposta ainda não está dada.
Como bom matemático, Takata dividiu os dados por fases da competição porque, muitas vezes, com base no regulamento, nos oitavos de final as equipas que tiveram melhor desempenho na fase de grupos jogam o segundo encontro em casa e, por isso, em tese, apresentam uma superioridade natural. E, com efeito, em 62 por cento dos oitavos de final ganha quem joga a segunda mão fora.
Nos quartos de final o registo é, outra vez, de 62 por cento, mas nas meias-finais, quando teoricamente os confrontos são mais equilibrados, a situação inverte-se: em 61 por cento dos casos, jogar em casa primeiro resulta em apuramento.
O dado é corroborado pelas finais, sempre a duas mãos, da Copa do Brasil: apesar de os adeptos intuírem o contrário, em 19 das 35 decisões (54 por cento) ganhou quem começou por ser o anfitrião.
Aliás, na madrugada de quinta-feira, os três treinadores portugueses em atividade nos oitavos da edição deste ano da prova acabaram todos eliminados – e dois decidiram em casa.
A conclusão, portanto, é que não há conclusão. E é por ter poucas ou nenhumas conclusões que o futebol é um (apaixonante) livro em aberto."

Concussões cerebrais: as vantagens da nova lei


"As substituições permanentes por concussão (pancada na cabeça) serão introduzidas nas leis do futebol para a época 2024/2025, após decisão do International Football Association Board (IFAB).
A medida, que foi testada em várias competições como a conceituada Premier League, entrou em vigor a 1 de julho de 2024, mas assume um caracter opcional, competindo à Federação/Liga de cada país a sua implementação ou não.
Se implementada, as equipas poderão utilizar substituições adicionais permanentes, uma por jogo, se algum jogador apresentar sinais de concussão, independentemente do número de alterações já realizadas.
- A implementação da medida em Portugal será um grande passo para garantir uma maior e efetiva proteção da saúde dos atletas num tema tão controverso como é a gestão clínica da concussão no terreno de jogo.
- Esta revisão do IFAB, fundamentada na extensa pesquisa médica sobre o bem-estar dos jogadores de futebol e coerente com recomendações de painéis de peritos como o Concussion Sport Group, apresenta várias vantagens:
- Impede que um jogador sofra outra concussão na partida, o que pode ter consequências graves; - Envia uma mensagem forte – "em caso de dúvida, sente-os" – que maximiza o bem-estar dos jogadores;
- Permite que o jogador seja substituído sem desvantagem numérica/tática da equipa, priorizando assim o bem-estar do atleta;
- Reduz a pressão sobre a equipa médica para tomar uma decisão rápida;
- É simples de implementar e pode ser aplicável a todas as divisões do futebol, incluindo ligas inferiores, onde geralmente não há médicos ou pessoal medicamente qualificado.
As evidências médicas sugerem que não há tempo suficiente durante o jogo para realizar uma correta avaliação do estado do jogador pelo que, em caso de suspeita de concussão, o atleta deve sempre sair de campo.
A revisão do IFAB às leis do futebol prioriza a saúde e bem-estar dos atletas, protege a sua integridade física e salvaguarda a adequada avaliação clínica dos jogadores por parte dos corpos médicos de cada clube."