Últimas indefectivações

domingo, 9 de junho de 2019

Só mais uma...

Benfica 4 - 3 Sporting

Resultado escasso, devíamos ter resolvido a partida na 1.ª parte, tal foi o nosso domínio...
Mesmo assim, voltámos a entrar bem no 2.º tempo, fizemos o 4-1 e depois tal como já tinha acontecido no jogo anterior, permitimos dois golos, que deixou o jogo, num perigoso 4-3, que conseguimos levar até ao fim...
Sofrimento totalmente desnecessário, mas acabou por ser saboroso no final!!!

Desta vez, sem o Fits, o Hemni e o Campos...

Mesmo assim a grande surpresa foi mesmo a expulsão do Dieguinho, o problema é que não devia ter sido a única, e mais uma vez tivemos jogadores do Benfica a levarem Amarelo, por terem sido agredidos!!!

Estamos a uma vitória do título, mas nada está resolvido... na Quinta-feira no Alvalixo, temos que entrar com tudo novamente, sem abébias, sem erros, sem desconcentrações defensivas... Porque creio que neste momento está claro que temos melhor equipa, mais talento e mais profundidade... e só o nosso desperdício e 'ofertas' no jogo 1, mantém esta Final aberta!!!

Iniciados - 10.ª jornada - Fase Final

Benfica 2 - 3 Guimarães

Derrota no último jogo, numa partida que nada resolvia, mas exigia melhor da nossa parte! Acabámos por perder 5 pontos com o Guimarães, algo perfeitamente evitável...

O 3.º lugar nesta Fase Final na minha opinião é 'enganador'. Temos aqui uma geração com vários jogadores talentosos: Gomes, Martim, Prioste, Pedro Santos, Nóbrega, Neves, Hugo Félix, Bacai... mas falta claramente 'caparro' a esta equipa, só o Martim e o Moreira, se equipavam com os nossos adversários... e nestas idades, a questão física faz a diferença...

PS: Parabéns aos nossos Cadetes do Judo: Masculinos, Campeões Nacionais e Femininos, Vice-Campeões Nacionais...

A primeira Liga das Nações

"As vitrinas da Cidade do Futebol merecem receber o primeiro troféu de uma competição europeia que tem, na sua génese, um forte impulso português.

1. Hoje, num Estádio do Dragão esgotado, assistiremos à final da primeira edição da Liga das Nações. Em outros estádios da Europa disputam-se jogos da fase de grupos do acesso ao singular Europeu 2020. Singular em razão da sua realização por um conjunto de estádios de uma Europa bem alargada. Assisti, nos últimos vinte anos, a alguns confrontos entre Portugal e a Holanda. Vibrei com a nossa vitória - com um pontapé extraordinário de Maniche - no Estádio de Alvalade, no europeu de 2004. Depois em Nuremberga aplaudi nossa vitória no Mundial de 2006 e num jogo em que houve quatro vermelhos e dezasseis amarelos! E no Europeu de 2012, em Kharkiv, sofrei com a derrota por duas bolas a uma. Hoje será mais um jogo. Mas, para a equipa de Fernando Santos, será, e bem, uma outra final. Com a particularidade de as vitrinas da Cidade do Futebol merecem, pelo esforço organizativo da nossa Federação, receber o primeiro troféu de uma competição europeia que tem, na sua génese, um forte impulso português. E esta singularidade, que vai de Fernando Gomes a, por excelência, Tiago Craveiro, merecia, para além da assumida liderança de Cristiano Ronaldo e de todos os seus companheiros de Selecção, essa recompensa. Da presença permanente do troféu da primeira Liga das Nações na Cidade do nosso futebol!

2. Vamos ver hoje no Dragão os netos de Cruyff. Há bastantes anos comprei um livro deste grande Senhor do futebol europeu e mundial. Que moldou a Holanda - tal laranja mecânica - e que ajudou a construir o Barcelona de hoje. O livro tem um sugestivo título: «Me gusta el fútbol»! Termina com dez mandamentos acerca do futebol. No primeiro proclama que se deve «desfrutar o futebol para o público e também para os jogadores. O futebol é espectáculo. Se não for, não é futebol»! No quarto, avisa-nos que «a ilusão é, em geral, básica mas é-o, acima de tudo, no futebol»! E no oitavo afirma que «a entrega a cem por cento é absolutamente necessária no futebol». Lendo o livro, e algumas das suas reflexões, acomodo-o plenamente com Cristiano Ronaldo. Com ele sente-se que o futebol é espectáculo, que desfrutamos do jogo e dos golos, que sempre temos a ilusão dos instantes de sonho que ele nos proporciona e que a sua entrega a cem por cento. E sentindo tudo isto sabemos que vamos entrar no Dragão com a secreta esperança da vitória mas, acima de tudo, com serena convicção que a Selecção de Portugal tudo fará para os proporcionar, na noite deste domingo que antecipa o Dia de Portugal - e das Comunidades Portuguesas - uma alegria bem especial. Ele que frente à Suíça foi, uma vez mais, bem especial!

3. Arrancou ontem mais uma edição de um Mundial de futebol feminino. A França, em diferentes cidades - Paris e Lyon, Rennes e Nice, Montpellier e Le Havre, entre outras, acolhe, até 7 de Julho - e a final será em Lyon, cidade do campeão europeu em título - recebe as grandes senhoras do futebol mundial. Noruega e Alemanha, EUA e China, Brasil e Austrália estão entre as vinte e quatro selecções que lutam por tirar o troféu aos EUA, número um do ranking e tricampeão (campeã!) mundial. O que é interessante é que o primeiro Mundial oficial de futebol feminino só ocorreu em 1991 e realizou-se na China. Foi o primeiro organizado pela FIFA, já que anteriormente e sob o patrocínio da Federação Internacional de Futebol Feminino, criada em Itália em 1970, se disputaram dois Mundiais oficiosos, o primeiro em Itália - conquistado pela Dinamarca - e o segundo no México e no qual a Dinamarca voltou a sagrar-se campeã. E nos Jogos Olímpicos de Atlanta o futebol feminino conquista a sua natureza olímpica e em 1999, nos EUA, realiza-se o Mundial da confirmação. E a final entre os EUA e a China teve 90.18 espectadores, no Estádio Rose Bowl! Foi o passo para a UEFA ter criado, em Maio de 2001, a Liga dos Campeões em futebol feminino. Longe vão os tempos da proibição do futebol feminino numa mistura de futebol «não ser adequado para as mulheres» e «afectar a assistência do futebol masculino». O futebol feminino aí está e em força. Em Portugal a chegada do Benfica ao primeiro escalão é uma bela notícia para o futebol português, acompanhando Sporting, Sporting de Braga, Boavista ou Futebol Benfica, entre outros clubes. E o Benfica tem entre as seleccionadas do Brasil duas jogadoras, Tayla e Geyse. Ontem a Espanha venceu a África do Sul e entrou com o pé direito no Mundial. Haverá tempos, decerto bem próximos, que algum dos nossos canais televisivos nos proporcionará ver a Alemanha-China, a Noruega-Nigéria e a Espanha-África do Sul. Todos realizados ontem. E hoje um Austrália-Itália, um Brasil-Jamaica (em Grenoble) ou um Inglaterra-Escócia. E no mais apenas dar nota, por ser devida e justa, que Portugal marca presença neste Mundial. Sandra Bastos, uma das grandes árbitras do nosso futebol, está em França, tal como Tiago Martins, este último como VAR. É que, naturalmente, o VAR também marca presença numa igualdade de procedimentos que consagra a total igualdade de género.

4. Paris e o recente Congresso da FIFA terá sido, também, a cidade que lançou as bases para uma candidatura ibérica à organização do Mundial de futebol de 2030. É uma grande notícia. Mostra o arrojo do Doutor Fernando Gomes e, em conjunto com o Presidente da Real Federação Espanhola, uma clara visão estratégica de sedimentação e promoção dos futebóis de Portugal e de Espanha. Entre nós não haverá nem problemas de construção de novos estádios, nem necessidade de autoestradas - porventura já com a ferrovia resolvida... - nem da capacidade hoteleira. E claramente temos ambos os Estados em plenas condições para organizar com êxito, um Mundial de futebol. Força!

5. O Benfica conseguiu, no caso dos emails, uma primeira e saborosa vitória judicial. Como já tinha acontecido, e sem grande repercussão pública, e a este respeito, com uma igualmente bem fundamentada deliberação da ERC, a entidade reguladora da comunicação social. Como escreveu Joseph Roux «gostamos muito da justiça e pouco dos homens justos»! Mas a sentença merece ser lida com atenção, analisada com cuidado e devidamente ponderada. E, em muitos momentos, parece que relemos Vítor Hugo: «Ser bom é fácil. O difícil é ser justo»! Difícil mesmo!"

Fernando Seara, in A Bola

Listas, ganhar e perder

"'Coisas que não deves fazer quando ganhas': Pensar que o avião que traz a tarja a celebrar a vitória não vai precisar de gasolina

Agustina e a derrota
1. Agustina Bessa-Luís morreu esta semana. É uma escritora que deveria ser lida. A Sibila, o seu livro mais conhecido. Mas há muitos outros. Por exemplo Prazer e Glória.
Alguns exemplos de frases deste livro, quase sempre sarcásticas, ácidas:
Ao período da reforma o narrador chama «estado de solidão remunerada».
De uma personagem diz: «Ela é mais inteligente do que a vida que tem».
«Já não há amor, só há eficácia», eis um mote que aparece no livro.
E sobre a derrota, de que tanto se foge neste mundo, Agustina escreve: «Ela sabia que não seria livre se não perdesse. Aprender a perder fora afinal a sua escola da vida; e melhor do que essa não há».

Japão e as listas
2. Escrito entre os anos de 994 e 1001 no Japão, o Livro do Travesseiro é uma obra clássica da literatura japonesa, escrito por Sei Shônagon. Nesta obra, a autora faz listas e listas.
Aqui deixo também em baixo algumas listas, algumas sugestões. Comecemos pelos temas clássicos: ganhar e perder.

Ganhar
3. Coisas que não deves fazer quando ganhas
Levantar demasiadamente os braços perto de quem perdeu.
Não mudar nada.
Mudar tudo.
Pensar que amanhã não existe.
Pensar que os dias se repetem.
Pensar que a nuvem é um elemento fixo da paisagem.
Aumentar o volume dos festejos de modo a impedir, por completo, a possibilidade do silêncio.
Deixar de dar importância à teoria da evolução de Darwin e julgares-te mais perto dos deuses que dos chimpanzés.
Pensar que a velocidade do carro de quem vence é menos perigosa.
Fazer equilíbrio numa corda de estendal da roupa a cinco metros de altura.
Pensar que o avião que traz a tarja a celebrar a vitória não vai precisar de gasolina.

Coisas que não deves fazer quando perdes: baixares demasiado a cabeça diante de quem ganhou

Perder
4. Coisas que não deves fazer quando perdes
Baixares demasiado a cabeça diante de quem ganhou.
Não mudar nada.
Mudar tudo.
Pensar que amanhã não existe.
Pensar que os dias se repetem.
Pensar que a nuvem é um elemento fixo da paisagem.
Saíres no próprio dia da derrota para dançar e esquecer.
Não saíres no dia seguinte da derrota para dançar e esquecer.
Não entrares para um avião por saberes que ele precisa de gasolina.

Parar
5. Coisas que deves parar
De cantar se não tens voz.
De estar calado se tens uma bela voz.
O choro de miúdo que está assustado.
Uma bola que vai à baliza, se és guarda-redes.

Não parar
6. Coisas que não deves parar
Um cego que caminha na direcção certa.
Um gato que está a saltar como um louco num sofá.
De rir.
O discurso de um sábio.
O discurso de um tonto (não o deves parar, deves afastar-te - é a melhor solução).
Uma bola que vai na direcção da baliza do adversário.

Coisas que não deves fazer quando ganhas: levantar demasiadamente os braços perto de quem perdeu

Olhar
7. Coisas para onde deves olhar
Para o que é belo se o que é belo te der autorização para isso.
Para o que te dá energia.
Para aquilo que podes mudar.

Não olhar
8. Coisas para onde não deves olhar
Para as saias leves de uma mulher em dia extremo de ventania.
Para o sol directamente.
Para um búfalo directamente nos olhos.
Para aquilo que te retira energia.
Para aquilo que já passou e não podes alterar."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

O caso de Semenya (II)

"Já aqui demos conta do caso da atleta Caster Semenya. Recentemente, a atleta processou a IAAF (Federação Internacional de Atletismo) junto do CAS por ter aprovado um regulamento que baixa os níveis de testosterona permitidas nas provas femininas acima dos 400 e até aos 1600 metros. Este regulamento impossibilita Semenya de participar nas provas onde é mais forte, uma vez que a atleta tem uma condição genética rara que origina um aumento de testosterona no seu corpo.
O CAS, apesar de entender que o Regulamento é discriminatório, entendeu que tal discriminação é necessária razoável e proporcional para atingir o objectivo legítimo de assegurar uma concorrência leal e proteger as atletas do sexo feminino e portanto não dá provimento à pretensão da atleta.
Não satisfeita com o resultado da demanda, Semenya recorreu da decisão para o Supremo Tribunal Federal Suíço - assim vem alegado pela defesa na comunicação social. Aquele Supremo Tribunal pode rever, em alguns casos muito limitados e específicos, em sede de recurso, as decisões proferidas pelo CAS. No caso concreto, e porque estão em causa direitos fundamentais da atleta, o recurso terá sido aceite.
A IAAF confirmou no dia 4 de Junho que recebeu uma ordem provisória, determinada sem audição do Requerido, por parte do Supremo Tribunal Federal Suíço, ordenando que aquela federação suspendesse a aplicação do referido Regulamento à atleta, sendo certo que tal ordem deverá vigorar até ao dia 25 de Junho, prazo em que a IAAF deverá responder ao recurso apresentado por Semenya. Esta decisão provisória permite que a atleta continue a participar nas provas até essa data."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Os enganados !!!

"Não é só o SL Benfica a vítima. Somos todos. Há que ter consciência disso. Estamos a falar de uma estratégia clara de comunicação que truncou correspondência roubada. A justiça é clara e foi de encontro ao que nós sempre defendemos.
"Os adeptos do Porto ficaram convencidos de que as AA cometeram esses actos sem nunca terem lido, na maioria dos casos, um único email."
O melhor está para vir."

Insucessos escondidos no sucesso do 37

"Já se celebrou o que parecia impossível. Já se concretizou o milagre do trigésimo sétimo título de campeão nacional. Já se teceram loas a quem de direito, aos vários craques que foram brilhando pelos relvados e principalmente ao treinador Bruno Lage e à sua capacidade de liderança do balneário.
Este título é sem qualquer dúvida uma deliciosa conclusão da época mas também deverá ser uma valiosa lição. Lição para todos aqueles que no Verão de 2018 planearam uma época com um desfecho totalmente distinto. Uma época onde não passaríamos na Turquia, uma época onde chegaríamos a Vila do Conde a lutar pelo principal lugar de acesso à próxima Liga Europa. Na sombra do sucesso de Bruno Lage foram vários os erros que o tornaram um milagre impossível de acreditar.
O SL Benfica foi campeão apesar de. E é este “apesar de” que deve também ser exaltado neste momento de conclusão da actual e lançamento da próxima temporada.
A direcção do SL Benfica falhou essencialmente em três momentos:
– Manutenção da equipa técnica
– Reforço do plantel
– Timing da Chicotada Psicológica
O Rui Vitória sempre foi um treinador incompreendido no interior do Sport Lisboa e Benfica, SAD. Nunca souberam quais eram as suas qualidades, as suas limitações nem sequer as suas competências. Era bom porque a equipa vencia e este alinhava no discurso e política do clube. Deixou de o ser quando começou a deixar de ganhar. A altura ideal da sua saída seria em Junho de 2016. No Verão de 2017 já não deveria haver dúvidas quanto à necessidade de uma nova equipa técnica. Em Junho de 2018 este já só se mantinha à frente do futebol encarnado por total inércia da comunicação desenvolvida à sua volta. E assim foi-se mantendo até a equipa se arrastar completamente em campo e a acumulação de resultados negativamente esmagadores ser completamente inaceitável.
Contudo a má opção pela manutenção do treinador poderia ter sido em parte colmatada pelo reforço em força do plantel. O que fomos vendo ao longo dos anos foi um enfraquecimento deste, foi um plantel cada vez menos capaz de sobressair ao trabalho da equipa técnica que o liderava. Chegados ao mercado de Verão de 2018, a equipa técnica clamava por reforços de peso para a baliza, lateral direita, centro da defesa, meio-campo defensivo, meio-campo criativo e centro do ataque. O que lhe foi dada? O reforço na baliza, laterais incapazes de se afirmarem imediatamente na equipa, centrais e médio defensivo sem qualidade, um médio que o treinador não sabia utilizar, um avançado sem qualidade para o clube e outro totalmente incompreendido por aqueles que o treinavam.
Portanto uma época desenhada para o descalabro. E quando a direcção poderia emendar a mão apareceram as luzes a prolongar o sofrimento de todo um plantel, de toda uma nação de vermelho e branco. A equipa técnica foi-se arrastando pelo clube justificando todos os dias ser despedida. Acabou por o ser quando já a época tinha sido dada como perdida. Fora da Liga dos Campeões e a sete pontos da liderança do campeonato, Rui Vitória foi despedido no arranque da sequência de jogos mais complicada do calendário.
Não só a época foi desenhada para o insucesso como pareceu que a Direcção se quis certificar que tal era irremediável.
Depois vieram os pequenos equivocos, todos eles bem abafados pela competência de quem assumia à força da sua competência os destinos do futebol do Sport Lisboa e Benfica. Os disparates dito na Casa da Cristina, a cegueira à qualidade do interino que tinham em Lage, os desvarios de antecipação do sucesso quando a esperança se transformou em convicção e ainda a parceria com um canal televisivo para lavagem de imagem em plenos festejos do título.
O actual técnico do SL Benfica também não está imune às criticas. Depois da recuperação em vários momentos, a equipa tremeu e chegou até a vacilar. Mas o erros de Lage não são uma preocupação pois foram devidamente reconhecidos e analisados por este após a euforia dos merecidos festejos.
O Sport Lisboa e Benfica tem tudo para lançar um excelente 2019-20. Assim o queira a sua Direcção, assim o tenham aprendido."

Cristiano Ronaldo é todos os F’s que faltavam a Portugal

"Dos 689 golos da sua carreira, 160 foram em hat-tricks, pokers ou manitas. Impossível? Não, Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Assim mesmo. 3 vezes. Mas podiam ser 88. Como podiam ser 689 a ocupar toda a página deste jornal. Tanto já foi dito e escrito acerca desta lenda viva, que a mera repetição do seu nome até à exaustão remete-nos imediatamente para a sua grandeza. Como o cântico entoado esta semana no Dragão e por cujo eco nas bancadas ansiamos novamente na final de amanhã. Haja papel para escrever este nome até aos limites da repetitividade: Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Haja palavras para o eternizar, gargantas para o gritar, mentes para o guardar bem presente na memória colectiva de todos nós. Um dia vamos levantar a cabeça e olhar em redor, pedir silêncio aos jovens presentes e dizer plenos de orgulho: «Eu vivi na era do Cristiano Ronaldo, acompanhei a sua carreira do princípio ao fim, vibrei com os seus golos, chorei com ele nas suas vitórias e nas suas derrotas. Aquilo de que vocês ouvem falar? Eu estava lá! Aquilo que vocês calculam que tenha sido? Foi muito mais do que isso! Aquilo que se vê nos vídeos? É apenas uma amostra! Aquilo que os livros contam? São meras palavras que tentam descrever o indescritível! O inexplicável! O impossível!». E quando nos responderem que sim, que imaginam que tenha sido tudo épico e extraordinário, só uma resposta fará sentido: «Não, não imaginam... Só mesmo estando lá para ver...».
Cristiano Ronaldo é muito maior do que Portugal. Que sosseguem os patriotas e os fundamentalistas, que esta afirmação nada tem de depreciativa para a pátria. Ronaldo é maior do que Portugal e é maior do que qualquer outra nação. Cristiano Ronaldo é um mundo inteiro. Um planeta com gravidade própria e em torno do qual tudo gira. No país que deu ao mundo Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, José Saramago e António Lobo Antunes, Eusébio da Silva Ferreira e Luís Filipe Madeira Caeiro Figo, há uma ilha no meio do Atlântico que viu nascer há 34 anos a maior de todas as suas preciosidades. Um homem tão conhecido no mundo como o Papa Francisco. Um talento cujo rosto é reconhecido e cujo nome é pronunciado nos mais recônditos recantos do Planeta. Um astro sem paralelo no passado e sem repetição no futuro. Uma fonte inesgotável. Uma montanha inescalável. Sabem o que é o impossível? Cristiano Ronaldo é isso mesmo que imaginam quando ouvem a palavra: Cristiano Ronaldo é a definição absoluta de impossível. Os seus números, reais mas tão surreais que chegam a ser assustadores, refutam a velha máxima de que não há impossíveis. Há, sim. O impossível existe. Chama-se Cristiano Ronaldo. Tantos são os golos marcados, tantas são as conquistas, tantos são os feitos inimagináveis. Aquilo que o vimos protagonizar na passada semana frente à Suíça, três golos num só jogo ao mais alto nível do futebol mundial, é algo que a esmagadora maioria dos jogadores de topo passa uma carreira inteira sem conseguir alcançar uma única vez. Cristiano Ronaldo já marcou três ou mais golos em 53 ocasiões. Isso mesmo, leu bem. Não é engano. Só em jogos épicos de hat-tricks, pokers e manitas, Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro já marcou 160 golos. Dos 689 da sua carreira, 160 foram em jogos que muitos não sonham sequer protagonizar uma vez que seja na vida. Impossível? Não, Cristiano Ronaldo.
Num país que outrora foi o Portugal do ‘Fado, Futebol e Fátima’, Ronaldo é todos esses F’s e muitos mais. Ronaldo é naturalmente Futebol, é o arquétipo máximo do jogo e o pináculo da sua perfeição no relvado. É também Fado, desfecho amargo traçado para todos aqueles que se intrometem entre ele e os seus objectivos. É a Fé dos milhões que depositam em si, jogo após jogo, a esperança de renovadas alegrias em vidas tantas vezes marcadas e cicatrizadas pelas agruras de amargas existências. Mas Ronaldo é também Fantasia em cada acção por si imaginada e pelos seus pés desenhada. É Filigrana de precisa perfeição. É Família em todos os momentos, que sem família nada somos e a sua - linda e sempre disponível - é parte integrante da sua vida nas horas mais brilhantes e nos dias mais difíceis. Ronaldo é Fatídico como o destino, não falha quando as decisões apertam e não desilude quem nele acredita. Em suma, e num vernáculo que não ofende ninguém, Cristiano Ronaldo é Foda! Assim mesmo! Sem tirar nem pôr! É todos os F’s que faltavam a uma nação que parou naqueles três dos tempos bafientos do Estado Novo. É a prova de que não há limites para os sonhos nem barreiras para a ambição. É o exemplo acabado que todos - sem excepção - devemos adoptar na nossa luta diária.
Quis o destino que a terceira final internacional da Selecção Nacional - a terceira da era CR7 - seja amanhã contra a Holanda. A mesma Holanda frente à qual Ronaldo, então com 19 anos, marcou nas meias-finais do Euro 2004 e, ao festejar de tronco desnudo, tornou-se instantâneo fenómeno mundial. A mesma Holanda frente à qual Ronaldo, então com 21 anos, saiu em lágrimas e esgares de dor nos oitavos-de-final do Mundial 2006, depois de ser cobardemente agredido pelo ogre Boulahrouz que parecia ter como missão única colocar o nosso craque fora da partida ainda na primeira parte do jogo. Em ambos os jogos - históricos para Portugal - o mesmo desfecho: vitória das cores lusitanas. Que amanhã se repita o destino e Portugal possa sagrar-se vencedor da primeira edição da Liga das Nações. Com Ronaldo a liderar um grupo tão talentoso como o nosso, o céu é o limite e o impossível não existe! Não existe? Sim, existe. Chama-se Cristiano Ronaldo..."

O Benfica e os outros da Europa

"O Liverpool ganhou a Liga dos Campeões pela sexta vez na sua história. E Jürgen Kloop ganhou pela primeira vez na vida uma Liga dos Campeões. Kloop é um sujeito tão afável que não admira que quase toda a gente estivesse a torcer pelos de Anfield Road no sábado passado.
Três dias depois da final de Madrid, os reds expuseram no seu site a elaborada preparação que foi posta em marcha para o confronto com o Tottenham. E é, justamente, aqui que entra em acção a equipa B do Benfica contratada por Kloop como parceira de treinos do finalista europeu. E porquê? Porque, segundo o treinador alemão, a equipa de Renato Paiva "tem a mesma pegada do Tottenham". Terá ou não terá, pouco importa, mas a verdade é que durante uns quantos dias num resort privado em Marbella, e por entre o maior secretismo, os "bês" do Benfica representaram o papel do Tottenham numa série de treinos de conjunto com os futuros campeões da Europa.
No início da semana, à laia de curiosidade ilustrada, o Liverpool publicou no seu site o vídeo da jogada que deu origem ao penálti com que inaugurou o marcador em Madrid e o vídeo de uma jogada dos treinos com o Benfica B, uma jogada idêntica em todos os pormenores à que ocorreu em Madrid e que termina, igualmente, com uma mão na área e um penálti para o Liverpool. Pepijn Lijnders, o adjunto de Jürgen Kloop que passou pela formação do FC Porto, deu a sua opinião sobre a flagrante similitude entre o lance do treino em Marbella e o lance do jogo em Madrid: " se olharmos para ambos, podemos ter a certeza de que há muito trabalho feito antes. O jogo com o Benfica B foi um excelente exemplo disso. Treinamos para ter identidade. Quando temos identidade, os jogadores pensam de forma igual ao mesmo tempo", explicou Lijnders.
Também Renato Paiva ficou impressionado ao ver a jogada que conduziu ao primeiro golo do Liverpool. " É incrível a semelhança, não sei se alguma vez, como treinador, estarei numa final da Liga dos Campeões, por isso foi uma oportunidade para estar um pouco mais perto desse ambiente e ver como uma grande equipa se prepara para uma partida dessas", confessou o treinador português. 
Esta notícia tão amplamente documentada pelo Liverpool deixou, naturalmente, os adeptos do Benfica vaidosos por ter sido escolhida a variante B "made in Seixal" como produto de teste para a final da mais importante competição de clubes. Agora resta-nos decidir se a vitória do Liverpool conta como vitória do seu colaborador Benfica na Liga dos Campeões ou se, antes pelo contrário, o que conta para o Benfica, que "fez" de Tottenham nos treinos, é mais uma derrota numa final europeia tendo em conta que o Tottenham sucumbiu em Madrid.
Ora aqui está um tema que, bem espremido, daria para uma série acalorada de educativos programas de televisão."

Benfiquismo (MCCV)

O André a disputar uma bola imaginária...!!!
O Rafa quer ir para o duche e está com pressa... e está com medo de ir sozinho!!!
O puto está a apreciar as bandarilhas que acabou de enfiar no dito cujo!!!