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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Não tivemos estofo de campeão. Nós, o público.

"Expresso a minha solidariedade para com a greve dos árbitros desde que as autoridades competentes não se lembrem de ir repescar o já aposentado Pedro Proença para dirigir o próximo Benfica-FC Porto como só ele sabe.

A primeira hora de jogo do Benfica com o Nacional foi de altíssima categoria. Depois, com o resultado já em 3-0, e sendo impossível manter aquele padrão de excelência, lá veio a descontracção e com a descontracção reinante veio, naturalmente, o golo do Nacional.
E com o golo do Nacional vieram as manifestações de desagrado do público da Luz num momento posterior em que o adversário recuperou uma bola e voltou a aproximar-se da baliza de Júlio César.
A situação nem sequer era de perigo extremo mas memórias recentes de jogos em que o Benfica não soube segurar vantagens adquiridas provocaram um ataque de nervos no público que praticamente enchia o Estádio da Luz.
No entanto, o que Jorge Jesus ouviu e não gostou não foram assobios. Foram suspiros de aflição. São coisas muito diferentes ainda que ambas desagradáveis.
A verdade é que das bancadas saíram em catadupa «ais!» que deveriam ter sido diplomaticamente abafados em cada peito benfiquista a bem da tranquilidade e do sucesso da equipa, que é o nosso sucesso também. Mas aos suspiros não houve maneira de os conter, aconteceu mesmo.
O treinador viria a lamentar publicamente a atitude do público e dou-lhe inteira razão.
Não tivemos estofo de campeão. Nós, o público. Não custa reconhecer esta evidência.
Na penúltima jornada, a da visita a Vila do Conde, aconteceu precisamente o oposto. Do lado de dentro, o Benfica não teve estofo de campeão porque se iludiu fatalmente com aparentes facilidades enquanto o público afecto, ao comparecer em massa no Estádio dos Arcos apoiando do primeiro ao último minuto, deu uma cabal demonstração do que é ter estofo de campeão do lado de fora.
Voltemos ao incidente de domingo passado. Julgo ter sido a primeira vez nesta época que se ouviram na Luz manifestações de desagrado.
Nem quando a equipa foi prematuramente eliminada da Taça de Portugal pelo Sporting de Braga houve quem protestasse de modo a se fazer escutar. E, com mais classe ainda, se comportou o público da Luz quando a equipa se viu derrotada contundentemente pelo Zénite de São Petersburgo e recebeu, à despedida, uma calorosa ovação pelo empenho real demonstrado em campo jogando em inferioridade numérica grande parte do encontro.
O que aconteceu no domingo depois do golo do Nacional foi, portanto, uma raridade. O que também não custa reconhecer.
Foi a primeira vez que nesta temporada o público falhou à equipa. A equipa, em contrapartida, já nos falhou mais uma ou duas vezes.
O ideal era dar por encerrada a contabilidade dos falhanços mútuos de 2014/2015. Fiquemo-nos todos, equipa e adeptos, por aqui.
Falhando pouco, já falhámos todos demais.
Carrega Benfica!

O Benfica já conhece o nome do seu adversário na final da edição corrente da Taça da Liga. Trata-se do Marítimo que conquistou esse direito na quinta-feira passada.
O semi-finalista vencido foi o Porto que, ano após ano, lá se continua a ver livre da dita Taça da Liga. E com os preciosismos que a proeza exige.
Sim, porque já constitui proeza, porque mania não deve ser, em oito edições da prova não se contar uma que sorrisse ao Porto.

A relação de Jonas com o Benfica, ou vice-versa, é de igual para igual em aspectos do ponto de vista prático. Ambos são enormes.
O Benfica é um clube enorme e Jonas é um jogador enorme. Juntos ficam ambos muito bem. Uma beleza. 
Do ponto de vista exclusivamente sentimental também só pode existir grande reciprocidade entre Jonas e o Benfica. Gostam um do outro. E ambos lamentam ter-se conhecido só agora.
Que pena não ter chegado um ou dois aninhos mais cedo ao Benfica, pensará Jonas quando não está ocupado a marcar golos. E também nisso estamos com ele, totalmente de acordo. Que pena o Jonas não ter vindo mais cedo para o Benfica. Que desperdício.

NO capítulo das expectativas, contra o pessimismo de uns e contra o optimismo de outros, Carlos Xistra foi tudo menos um árbitro condicionado no Estádio dos Barreiros, na quinta-feira à noite, e no Estádio da Luz, no sábado à tarde.
No Benfica-Nacional, enganou-se por uma vez transformando um pontapé-de-canto num livre indirecto (ou vice-versa) e terá sido somítico no tempo de desconto. Concedeu apenas 3 minutos. Tivesse concedido 4 minutos e teria recebido nota máxima.
O mesmo árbitro, diga-se, já tinha estado em excelente plano no Marítimo-Porto.
Para o treinador do Porto, no entanto, Carlos Xistra falhou estrondosamente ao assinalar a grande penalidade que permitiu ao Marítimo chegar ao empate.
É uma desculpa como outra qualquer. E nem sequer é o momento mais criativo de Lopetegui na sua saga contra os árbitros portugueses.
Em primeiro lugar, porque não falou em latim.
Em segundo lugar, porque já lhe é difícil ultrapassar-se a si próprio depois de ter acusado os tocadores de bombos da claque do Nacional de serem responsáveis pelos 2 pontos perdidos na anterior viagem à Madeira.
E em terceiro lugar, porque não falou em latim em primeiro lugar.

ELISEU viu um cartão amarelo no sábado e não pode jogar com a Académica, o próximo adversário do Benfica. Diz-se que na sua posição vai estar André Almeida que fez uma belíssima exibição com o FC Porto no jogo da primeira volta ocupando o lugar ingrato de defesa-esquerdo. Lembram-se?

NO sábado à noite houve muita discussão por esse país fora mas discussão da boa, 100 por cento construtiva.
E, enfim, depois de muita troca de opiniões foi praticamente impossível chegar-se a consenso sobre o que de melhor o Benfica nos acabara de oferecer no jogo com o Nacional.
Havia muitas dúvidas e opiniões contrárias.
Se foi o segundo golo de Jonas ou se foi a exibição de Gaitán ou se foi a chiquelina aplicada por Salvio a um adversário, ou se foi… ou se antes foi…
Pela parte que me toca, apreciei imenso a chiquelina do Sálvio, a exibição do Gaitán e o segundo golo do Jonas mas não consigo dar primazia a nenhum destes momentos artísticos e por uma boa razão, acho eu. 
Porque, na verdade, do que mais gostei no jogo com o Nacional foi do instante, já mais para o fim, em que Maxi Pereira, defendendo a sua zona perante uma investida contrária, foi empurrando o adversário que transportava a bola num ombro-a-ombro tão notável quando legítimo, forçando-o a andar para trás uma dúzia de metros e a regressar ao seu meio campo bastante desmoralizado e sem saber o que fazer.
É assim que se ganham campeonatos.
O que seria dos artistas da bola sem os operários do futebol?

O Benfica-Porto está ameaçado! – foi a manchete de anteontem da imprensa desportiva e não só.
Isto por causa de um movimento reivindicativo dos árbitros portugueses.
Expresso aqui a minha solidariedade com a sua luta. Exigem receber as verbas a que têm direito e que a Liga retém sem lhes dar cavaco nem mostras de arrependimento.
Com o intuito de fazer valer as suas pretensões, os árbitros pediram dispensa de apitar nas últimas cinco jornadas do campeonato. É uma forma de pressão legítima.
E continuo a expressar a minha solidariedade com esta luta desde que, longe vá o agouro, não se lembrem as entidades competentes de resolver o assunto da falta de árbitros repescando árbitros já retirados para dirigir os jogos das últimas cinco jornadas.
Expresso, portanto, a minha solidariedade com a greve dos árbitros desde que não se lembrem de ir repescar o já aposentado Pedro Proença para dirigir o próximo Benfica-Porto como só ele sabe."

Leonor Pinhão, in A Bola

A regra dos golos fora de casa

"Arsène Wenger pôs em causa a manutenção do critério de apuramento nas eliminatórias a duas mãos, em caso de igualdade de pontos e golos. Não terá sido o momento mais oportuno porque o seu Arsenal havia sido eliminado (1-3 e 2-0), mas o certo é que tal regra tem sido contestada e foi até qualificada numa reunião de treinadores na UEFA, em 2014, como desnecessária, injusta e contraproducente.
A vantagem de se marcarem mais golos fora de casa nasceu num futebol diferente do de hoje. Equipas mais retraídas, espectáculo menos intenso, anti-jogo mais presente. E erradicou formas de desempate estúpidas do tipo moeda ao ar, como aconteceu no Benfica-Celtic em 1969, ou de um novo jogo em terceiro país.
Agora jogar em casa ou fora não assume a mesma clivagem, com as equipas mais libertas dessa tradicional desvantagem. Por vezes até pode ter o efeito contrário. Por exemplo, uma equipa que vence por 1-0 vai jogar com a cabeça mais concentrada em não sofrer do que propriamente em marcar.
Há mesmo situações anedóticas. Em 2002/03, o Inter e o Milan jogaram as duas mãos das meias-finais no mesmo estádio (S. Siro). Na primeira, empataram 0-0, na segunda 1-1. Como o 2.º jogo foi em casa do Milan, este ficou apurado e até acabou por vencer a final por... penalties!
Qual deveria ser então a alternativa? Na minha opinião, simplesmente pontapés da marca de grande penalidade, suprimindo o prolongamento que jamais poderá evitar um de dois desequilíbrios: ou a vantagem de quem joga em casa (se os golos valerem o mesmo) ou a vantagem de que joga fora (se os seus golos valerem mais em caso de empate)."

Bagão Félix, in A Bola

PS: Desta vez discordo do consócio. Prefiro os golos fora, do que os penalties, a decidirem as eliminatórias. O caso Milanista, é uma aberração... são poucas as equipas a partilharem os mesmos Estádios (Roma/Lazio...), e inclusivamente em Milão, neste momento, já existem projectos para novos (e independentes) Estádios!!!
O ideal, seria um 3.º jogo, como aconteceu com o Ajax-Benfica (1-3, 3-1 e 3-0; curiosamente com o Benfica a ganhar em Amesterdão e o Ajax a ganhar em Lisboa!!!) de 1968/69, com o terceiro jogo a ser disputado em Paris, mas hoje em dia, com os calendários sobrecarregados, isso é impossível...

Colinho! Sempre o Colinho!

Gonçalo Guedes

Depois de uma rocambolesca novela, com um pseudo-empresário (Corrupto, coincidência!!!), a meter-se no meio, tentando por todos os meios afastar o Gonçalo Guedes do Benfica (e tentou o mesmo, com outros jogadores jovens do Benfica...), finalmente conseguimos assinar um contrato de longo duração (2021), com uma cláusula alta (60 milhões), com o nosso jovem talento...

Agora, o Gonçalo tem-se que concentrar em trabalhar, e esperar pela oportunidade. Sendo que nesta fase da sua carreira, é importante definir a melhor posição para o Guedes: não me parece que o futuro do Gonçalo seja a extremo, parece-me que o Gonçalo é claramente um 2.º ponta de lança...

Acreditar

Novi Sad 3 - 1 Benfica
25-19, 25-23, 22-25, 25-22

É fácil, Domingo temos que vencer, por 3-0 ou 3-1 e forçar o golden set.
Até não começamos mal, chegámos aos 4-7, mas depois permitimos uma série de 5 pontos aos Sérvios, que curiosamente começou com um erro da equipa de arbitragem!!! Os Sérvios ganharam confiança, e nunca conseguimos rectificar... Tivemos mal no bloco (e quando conseguíamos bloquear, a bola era reflectida milimetricamente para fora... várias vezes), o Perini, desta vez, esteve mal nas decisões... E os Sérvios praticamente não cometeram erros. Principalmente no serviço, onde são muito fortes. O aproveitamento deles no serviço no final da partida, foi quase perfeito...
No 2.º Set voltámos a ficar em desvantagem, o caminho parecia repetir-se, mas com a entrada do Vinhedo, a equipa melhorou bastante. Começamos a apostar essencialmente nos nossos pontos mais fortes no ataque: Gaspar e Centrais... Mas infelizmente, a desvantagem já era grande, e não conseguimos dar a volta... Com vários 'chouriços' a caírem sempre para o lado do Novi Sad!!!
No 3.º Set não cometemos erros, estivemos bem no serviço, e a vitória até pareceu natural... Mesmo com muitas decisões completamente absurdas da equipa de arbitragem, comandada pela senhora Polaca!!! Foi preciso esperar pelo 3.º Set para serem assinaladas faltas na rede ou infracções aos Sérvios!!!
Quando parecia que estávamos a caminho do essencial 2.º Set, voltámos a cometer erros próprios: no 4.º Set oferecemos, gratuitamente, vários serviços aos adversários... Foi claramente um Set, onde não foi o Novi Sad que venceu, fomos nós que perdemos.

Acredito na reviravolta na Luz. Os Sérvios dificilmente vão jogar melhor: serviços muito fortes, rematam muito alto, bloco alto, distribuidor muito bom...; alguma falta de mobilidade, tanto na recepção baixa como nas deslocações laterais do bloco. Agora, nós temos potencial para melhorar muito: a começar pelo Vinhedo desde início, no bloco (estratégia de bloco triplo, desde início), e temos que ser muito mais eficientes no serviço.
Com o apoio do público, com menos 'chouriços' para os Sérvios (hoje tiveram vários), e espero eu, com uma arbitragem menos Anti!!! Não espero uma arbitragem caseira, mas pelo menos, que cometa erros para os dois lados...
Recordo que derrotamos nesta competição o Partizan de Belgrado, equipa que venceu a época regular no Campeonato Sérvio, enquanto o Novi Sad terminou em 4.º lugar.

Nos desportos de Pavilhão, as arbitragens no Leste, são sempre extremamente caseiras, mas hoje exageraram. Como afirmei em cima, cometemos vários erros hoje, mas em vários momentos decisivos, os árbitros cometeram vários erros absurdos... sempre contra. Curiosamente os 'fiscais-de-linha' Sérvios creio eu, foram os que erraram menos....!!! Além disso ainda permitiram um comportamento intimidatório dos Sérvios, com 'bocas' desde do início, que acabou num Vermelho para as duas equipas, num momento decisivo do 4.º Set... E mesmo após o final da partida as provocações não acabaram... A juventude dos Sérvios não pode ser desculpa. Tenho a certeza, se os jogadores do Benfica tiveram o mesmo comportamento na Luz, irão ser imediatamente penalizados!!!

A época não acabou...

Benfica 17 - 26 Corruptos

Em condições normais já seria difícil, sem o Zé Costa, sem o Asier, e sem o Dario (além do Pujol do Davide...), era impossível. Dos 6 jogos que fizemos esta época com os Corruptos, este foi o único desequilibrado.

A época não acabou, temos a Challenge Cup, onde em teoria os adversários são mais acessíveis do que esta Meia-final do Campeonato.

Nestas ocasiões aparecem os cangalheiros (ratos!!!), a querer fechar a secção. O Benfica tem conseguido recuperar a competitividade de várias modalidades, acredito que o Andebol não será diferente... O Ortega trouxe métodos diferentes, temos que rectificar os problemas do plantel, e ficar mais forte na próxima época... mas essencialmente temos que ter a coragem, de mandar embora, que não dá o suficiente para vestir a camisola do Benfica... ainda por cima, quando se tem um dos ordenados mais altos do plantel...