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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Os ases de 2016

"ÁS
Fernando Gomes
Ser presidente da FPF no ano em que Portugal se sagrou campeão da Europa já seria razão para estar neste quadro de honra. Porém, o ano de 2016 teve muito mais para Fernando Gomes. Foi a inauguração da Cidade do Futebol, tantas vezes prometida mas só finalizada na sua gerência, foi o título europeu de sub-17, foi ainda a final dos sub-21, mais a presença nos Jogos Olímpicos e, last but not least, o apuramento da equipa feminina para o principal certame da UEFA. A tudo isto deve somar-se uma crescente influência de Portugal nos círculos de poder no futebol europeu. Absolutamente notável!

ÁS
Fernando Santos
O seleccionador nacional é um homem de Fé e a Fé, sabe-se, move montanhas. Quando muitos duvidaram, ele acreditou; quando quase todos vacilaram, ele manteve-se firme; e foi capaz de entrar na cabeça dos jogadores lusitanos, fazendo-os acreditar que era possível chegar onde nenhum outro português tinha estado, no topo do mundo. Foi com esta fibra que se cavaram os alicerces do triunfo da turma das quinas em França. Foi com uma convicção profunda no que esteva a fazer que se escreveu a maravilhosa página de 10 de Julho da história contemporânea de Portugal. Fernando Santos, o homem do leme.

ÁS
Cristiano Ronaldo
Foi o ano mais profícuo da sua carreira: liderou o Real Madrid na conquista da Champions (aquela segunda mão com o Wolfsburg entrou para o livro de ouro dos merengues) e na vitória no Mundial de Clubes (apontou um hat trick na final, proeza só antes conseguida por Pelé, no Estádio da Luz, frente ao Benfica, em 11/10/63), carregou Portugal às costas até à final de Paris, conquistou o prémio de melhor jogador da Europa, atribuído pela UEFA, arrecadou a Bola de Ouro da France Football e está a duas semanas de receber o The Best da FIFA. Uff!

ÁS
Éder
momentos que marcam uma vida e Éder teve o seu, naquela noite de verão, em Paris, quando ao minuto 109 da final do Campeonato da Europa, desceu sobre ele o espírito de Eusébio e disparou para o fundo da baliza à guarda de Hugo Lloris. Patinho feio lusitano, incompreendido por muitos, Éder cumpriu a promessa que fez a Fernando Santos instantes antes de pisar o relvado do Stade de France: «Mister, olhe que vou marcar um golo!» Só que não foi um golo apenas, foi o passaporte para o olimpo, onde estão aqueles que por suas obras valorosas da lei da morte se foram libertando.

ÁS
Rui Patrício
Inestimável, o contributo que deu à Selecção Nacional no Europeu de França, provando ser um dos melhores guarda-redes da actualidade. A defesa que fez na final, aos 9 minutos, a uma cabeçada com o selo de golo de Griezmann, vai ser imortalizada em bronze em Leiria, concelho de que é natural, entrou na lenda do futebol português e fê-lo ascender ao patamar de monstros sagrados como João Azevedo, Calos Gomes, Vítor Damas, Manuel Bento e Vítor Baía. E que dizer do penalty parado, em Marselha, ao polaco Blaszczykowski, que colocou Portugal na rota da meia-final de Lyon? Soberbo!

ÁS
Luís Filipe Vieira
É preciso recuar quatro décadas, até Borges Coutinho, para encontrar um presidente do tri no Benfica, proeza que Luís Filipe Vieira igualou em 2016, ficando em aberto a possibilidade de vir a ser, em 2017, o primeiro tetra da história encarnada. Por isto e também pela segurança com que tem sabido conduzir os destinos benfiquistas, criando condições para que a visão estratégica made in Seixal possa vingar, Luís Filipe Vieira foi uma das estrelas do ano. A concretizar-se a transferência de Lindelof para o Man. United por mais de 40 milhões de euros, estará encontrada a cereja no topo de bolo.

ÁS
Rui Vitória
Muitos pensaram que ao aceitar ser treinador do Benfica recebera um presente envenenado. Mantendo-se fiel a um estilo educado e sóbrio, que privilegia o colectivo em detrimento do show off, Rui Vitória foi capaz de suportar o embate inicial dos mind games de Alvalade e ajudou a fazer de 2016 um ano de felicidade para a nação benfiquista. Sem queixumes, sem recriminações, com um discurso por vezes pouco apelativo para os media, é certo, mas sempre pragmático, Vitória levou água ao seu moinho. E ainda conseguiu a inédita proeza de duas classificações consecutivas para os oitavos de final da Champions.

ÁS
Renato Sanches
Em Outubro de 2015 ainda andava a jogar pelos juniores do Benfica na Youth League. Depois, passou pelo ano de 2016 como um furacão. Começou por agarrar a titularidade na equipa de Rui Vitória, tornando-se, em meia dúzia de jogos, numa pedra basilar da estrutura encarnada. Os atributos que revelou levaram-no à Selecção Nacional e a montra da Champions colocou os clubes mais ricos da Europa de olho nele. No Euro-2016, o contributo que deu a Portugal foi significativo e o golo que marcou à Polónia mostrou ao mundo que tinha acabado de nascer uma estrela. O futuro é dele.

ÁS
Paulo Fonseca
Assim se prova que, quando se tem valor, por vezes vale a pena dar um passo atrás para a seguir das dois em frente. Depois do fiasco que foi a sua passagem pelo Dragão, Paulo Fonseca recuperou energias em Paços de Ferreira e foi a Braga fazer o que nenhum treinador conseguia desde 1966: vencer a Taça de Portugal. Com esse título no currículo, o técnico português partiu para uma aventura ucraniana, que está a ser bem-sucedida. Passou pela fase de grupos da Liga Europa com pedalada de Liga dos Campeões e na Liga da Ucrânia é líder destacadíssimo. Um grande 2016!

ÁS
Telma Monteiro
O simples facto de ter trazido para Portugal a única medalha da delegação olímpica aos Jogos do Rio de Janeiro era suficiente para a judoca do Benfica entrar neste quadro de honra de 2016. Porém, se pensarmos que Telma Monteiro, seis meses antes dos Jogos Olímpicos, estava numa cama de hospital a recuperar de uma cirurgia delicada ao joelho, a proeza da atleta portuguesa ganha ainda uma dimensão maior. Foi, como disse, «na raça», que se impôs na Arena Carioca 2 e logrou um bronze para Portugal, que celebrou com um sentido «eu estou aqui!» Telma, antes quebrar que torcer, é um exemplo que deve inspirar os novos praticantes..,"

José Manuel Delgado, in A Bola

Benfiquismo (CCCXXVIII)

O 1.º equipamento alternativo do Benfica!!!

Equipamento emprestado pelo SC Império,
já que os convidados Checos, do Sparta de Praga,
usavam as mesmas cores que o Benfica!

29 de Outubro de 1911