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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Benfiquismo (DLV)

A caminhada será longa...
mas o destino está ao nosso alcance!

105x68... Super, Luisão e antevisão do arranque...

Tu és o capitão, Luisão

"No momento em que se inicia mais um campeonato, Luisão tem 321 partidas disputadas com a camisola do Glorioso na principal competição nacional. Jogos oficiais são mais de cinco centenas em 15 temporadas. Está a escassos oito jogos de ultrapassar o mítico Manuel Galrinho Bento, passando a ser o sexto jogador com mais jogos no campeonato. Se cumprir toda a época a titular, ultrapassará o Shéu e ficará a poucos jogos de Humberto Coelho. À sua frente restarão Coluna e Veloso e só as presenças de Nené no campeonato (422) parecem inalcançáveis no futebol moderno.
A expressão relevante é mesmo "futebol moderno". Com 20 troféus ganhos em 14 anos de Benfica, Luisão passou a ser o jogador mais titulado do clube. Num mundo do futebol onde o amor à camisola é território reservado aos adeptos, alcançar números destes em 2017 é sintomático e ajuda a compreender a senda vitoriosa do Benfica.
No imediato, a presença em campo de Luisão produz um efeito. O que o capitão já não tem (aliás, nunca teve) em velocidade, compensa com posicionamento e com a forma como organiza defensivamente a equipa. Em campo, a sua voz de comando vale bem mais do que qualquer outro atributo. Contudo, o papel mais importante do brasileiro é, mesmo, a liderança no balneário.
É sabido que as conquistas trazem conquistas e que a cultura de vitória conta mesmo. Faz, por isso, toda a diferença ter, no balneário, jogadores habituados a ganhar, mas que não se encostam às conquistas. Basta, aliás, ver a entrada do Benfica em campo na Supertaça para se perceber a força anímica da equipa. Quando o clube é atacado por tudo e por nada, quando em torno das nossas vitórias se lança uma cortina de suspeição, os jogadores respondem com um domínio avassalador. Provavelmente, poucas coisas ajudarão tanto o Benfica a vencer esta temporada como os ataques ao clube. Luisão, estou certo, é um dos que transforma estes ataques num suplemento de alma que aproxima o Glorioso das vitórias. A sede de ganhar é a marca de Luisão.
Mas, talvez, convenha recordar que, precisamente há um ano, se discutia a saída dourada de Luisão para o Wolverhampton, esse colosso das Midlands, também conhecido como o clube dos amigos de Jorge Mendes. Se muitos o julgavam acabado e queriam-no ver pelas costas, o capitão reconquistou a titularidade e reabriu o caminho para mais conquistas. Devemos agradecer-lhe mais esse exemplo de persistência.

Nota: todas as semanas, nas páginas do Record, enquanto analisa as arbitragens, o comentador Marco Ferreira encarrega-se de explicar porque razão o árbitro Marco Ferreira esteve sempre perto de descer de categoria, o que acabaria por acontecer em 2015 com seis notas muito negativas (recorde-se, nenhuma em jogos do Benfica). No fundo, é útil que continue a escrever: aviva a memória."

Cinco lições para o penta

"Carrillo é uma carta fora do baralho e, em nome da saúde do grupo, quando mais depressa lhe arranjarem colocação noutro país, melhor.

Penso, que ninguém ousará contestar o mérito do Benfica na conquista da Supertaça. Foi cumprida a promessa de Rui Vitória, o qual, em tom perfeitamente audível, sem necessidade de provocar ruídos, a seguir a cada derrota na pré-temporada garantiu que a sua equipa estaria preparada para assumir as responsabilidades assim que fosse dado o tiro de partida para a época oficial.
Aconteceu no último sábado, em Aveiro, em final de assinalável qualidade técnico-táctica e relevante intensidade competitiva, em que vencedor e vencido se respeitaram, colocaram os trunfos disponíveis sobre a mesa e foram à luta sem preconceitos. Benfiquistas e vitorianos deram uma boa imagem do futebol e agradável seria que este jogo pudesse servir de exemplo no futuro: dois emblemas recheados de bons jogadores, com dois bons treinadores, e um bom árbitro, actores de espectáculo com estádio lotado de um público também ele bom.
Ganhou o favorito, o Benfica, campeão em título. É tetra e, se quiser, recolhe desta Supertaça cinco lições que lhe indicam o caminho do penta. A saber:
1.ª - O Benfica demonstrou manter-se na posse de argumentos suficientes para atacar o objectivo do penta, apesar da saída de três elementos importantes no sector defensivo, que concentraram sobre eles os holofotes dos mercados mas endinheirados e, naturalmente, não só como eles próprios rubricaram contratos subordinados a valores financeiros que a realidade portuguesa não suporta.
2.ª - Pelo que vi, o que pouco interessa a quem decide, com a matéria humana disponível, a coisa resolve-se na retaguarda, excluindo, no entanto, a especificidade da posição de guarda-redes, até pela forte probabilidade de os impedimentos de Júlio César se repetirem e prolongarem. O problema mais complexo localiza-se no meio-campo, por evidente défice de alternativas que sejam capazes de, no modelo geralmente utilizado, preencher as ausências de Fejsa e/ou Pizzi se quebras no rendimento colectivo. Filipe Augusto? Não entusiasma, mas é aposta de Vitória. Samaris? Parece que deixou de contar. André Almeida? Solução a evitar, como se viu na última época. Chrien? Sim, talves, se lhe derem tempo para crescer. André Horta? De sucessor de Renato a ostracizado. Krovinovic? A esperança.
3.ª - Nas alas, insisto, Carrillo é uma carta fora do baralho e, por isso, em nome da saúde do grupo, quanto mais depressa lhe arranjarem colocação noutro país, melhor. Desaproveitou todas as oportunidades para mostrar, com trabalho, as muitas virtudes que se diz que possui. Não digo que não, mas gostaria de as ver. A sua continuidade no plantel começa a tornar-se incomodativa. O peruano chegou a Portugal em 2011 e desde então, à parte uma tentativa de reabilitação feita por Jesus no seu primeiro ano como treinador do Sporting, tem revelado uma tendência que se inclina mais para artista de feita, no toque de bola, do que para profissional de futebol, com vencimento que imagino ao nível da realeza.
4.ª - Em relação aos homens da frente, mais uma vez, o mal-amado Jiménez alinhou durante dez minutos, marcou e colocou ponto final na história do jogo. Fala-se em clubes interessados e na possibilidade de bom negócio para o cofre da águia, sugerindo a prudência, porém, que talvez não seja má ideia esperar para ver o que Seferovic consegue dar à equipa. E mesmo que consiga dar muito será uma atitude inteligente manter e motivar o avançado mexicano. Foi essa a lição extraída da Supertaça: a defesa até pode fraquejar, mas se o ataque mantiver elevados os índices de eficácia, o saldo global, certamente, continuará a ser favorável.
5.ª - Em resumo, para se atingir o objectivo penta, o Benfica precisa de um guarda-redes de classe e com experiência, para entrar já em cena se necessário for, e, se possível, de um médio moderno, com peso, tipo medida 14 (6+8), apto para grandes superfícies e não talhado somente para pequenos quintais. No resto, é aliviar o plantel de gente acomodada e criar lugares para jovens virtuosos que queiram construir carreiras de sucesso.

PS - Videoárbitro - Os grandes inimigos dos árbitros em actividade não são, nem nunca foram, os jornalistas, mas sim os antigos árbitros com intervenção em espaços críticos, que se fixam nas pessoas. Até percebo, porque é assim a condição humana, primeiro os amigos, depois os outros. O que me espanta é o videoárbitro não colocar um pouco  de ordem... nesta desordem em que, ao abrigo das diferentes interpretações que o mesmo lance pode suscitar, há especialistas em promover a confusão. Como pode pedir-se ao povo ignorante que acredite nas boas intervenções da FPF e diga que sim? Definitivamente, é preciso pulso firme."

Fernando Guerra, in A Bola

PS: O Guerra parece que se 'esqueceu' que o Samaris está castigado! Ainda tem mais 2 jogos para cumprir...!!!
Em relação ao 'médio', eu continuo a manter a minha: precisamos de mais um médio, pressionante, estilo Fejsa... o Ascacibar assentava que nem uma luva! Sendo que para o lugar do Pizzi, tenho igualmente esperança no Krovinovic...
Sendo que além do guarda-redes, também necessitamos de um defesa-direito...