terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Nós acreditamos
"1. O resultado do jogo com o Barcelona deixou prostados as adeptos do Benfica na noite da última terça-feira. Uma exibição de grande categoria por toda a 1.ª parte e o claudicar nos minutos finais deixaram-nos tristes e revoltados. Houve, efetivamente, razão para a tristeza e razão para a revolta. O que o futebol nos oferece de extraordinário é a possibilidade de redenção no jogo seguinte, e, para isso, contamos com a nossa equipa. Levanta-te, Benfica.
2. O Benfica vai decidir o seu destino europeu na próxima quarta-feira, em Turim, frente à Juventus. Decide bem, Benfica. Nós acreditamos.
3. O Benfica entrou bem na 2.ª volta do Campeonato Nacional de futebol, vencendo tranquilamente o Famalicão, o adversário que nos tinha batido na 1.ª jornada da competição no já distante mês de agosto. Os louros desta noite de janeiro foram para Leandro Barreiro, o nosso luxemburguês, que assinou um hat-trick que não é, propriamente, uma banalidade que se cometa todos os dias.
4. No caso do Benfica, na realidade, entre sexta-feira, dia do jogo com o Famalicão, e terça-feira, dia do jogo com o Barcelona, houve a registar dois hat-tricks, o do Leandro Barreiro, para a Liga nacional, e o de Pavlidis, para a Liga dos Campeões. O primeiro teve um final feliz porque o Benfica ganhou o jogo, o segundo nem por isso porque o Benfica perdeu o jogo, facto que não belisca minimamente o mérito do nosso avançado grego.
5. Pavlidis andava distante dos golos há mais tempo do que o que é recomendado, e a vontade de todos os benfiquistas é vê-lo ser feliz diante das balizas que lhe surjam pela frente. Que os três golos que apontou na primeira meia hora do jogo com a equipa catalã lhe sirvam de inspiração para tudo o que ai vem e que é muito.
6. Os resultados da 18.ª jornada do Campeonato permitiram ao Benfica subir ao 2.º lugar da tabela. Nas últimas ao Benfica subir ao 2.º lugar da tabela. Nas últimas semanas, o Benfica já foi 1.º, já foi 3.º e agora é 2.º por força de ter vencido o Famalicão e de o FC Porto ter perdido o seu jogo em Barcelos. O Campeonato está aberto. O Benfica volta a ação já neste sábado, e a tarefa que se lhe impõe é vencer o Casa Pia para somar 3 pontos e para que não abrande a perseguição ao líder da tabela. Acreditamos? Claro que sim.
7. Ljudomir Fejsa protagonizou uma conversa deliciosa com Florentino disponível no BPlay. No Benfica, recorde-se, Fejsa ganhou 5 Campeonatos, 2 Taças de Portugal, 2 Supertaças e 3 Taças da Liga. O nosso sérvio valente 'explicou' como se ganham títulos no nosso clube. 'O segredo é a equipa toda, é quando estamos juntos, todos juntos, e queremos ganhar, isso é o grande segredo', disse. E está dito."
Leonor Pinhão, in O Benfica
"Monumental Adeus" a despedida do Estádio da Luz
"Em 2003, num dia de emoções mistas, os benfiquistas despediram-se da antiga Catedral
Pretendia-se que o dia 22 de Março de 2003 fosse memorável para todos aqueles que se dirigiram ao Estádio da Luz, para a sua última partida. Por isso, o programa começou, por volta das 15 horas, com um jogo entre as antigas glórias do Benfica, que pisariam pela última vez o relvado da antiga Catedral. O único golo da partida, marcado por Chalana, 'foi um momento de muita emoção e nostalgia'.
Ainda antes do apito inicial, exibiram-se paraquedistas, que caíram do céu com bandeiras do Benfica, desfilaram as dezenas de Casas do Benfica presentes, atuou uma tuna académica e foram declamados dois poemas alusivos ao momento por um adepto que esteve presente na inauguração do Estádio em 1954.
Às 17:15, começou aquele que seria o ultimo jogo no Estádio da Luz, entre o Benfica e o Santa Clara, a contar para a 26.ª jornada do Campeonato Nacional. O Benfica venceu por 1-0, com golo de Simão Sabrosa, aos 60 minutos, de grande penalidade. O apito final deste encontro foi um momento emocionante, em que 'todas os jogadores seguiram os adeptos e aplaudiram, como que a agradecer ao estádio tudo aquilo que ele acolheu'.
Minutos depois do final da partida, deu-se início à preparação do espectáculo musical. Cortaram-se pedaços de relva, que depois seriam vendidos como recordação, e pelas 20h45, nos dois ecrãs gigantes que ladeavam o palco entretanto montado, surgiram imagens dos golos mais importantes e de momentos emblemáticos vividos na Catedral encarnada.
No 'Monumental Adeus' atuaram vários artistas nacionais e, também, Daniela Mercury, que animou o publico durante duas horas. O cantor Carlos Guilherme fechou a noite, interpretando a música Ser Benfiquista, e a festa terminou com um espetáculo de fogo de artifício.
Se para alguns benfiquistas este foi um dia triste e nostálgico, para outros simbolizou festa e esperança renovada, pois, mesmo ao lado, nascia um novo Estádio da Luz, como se do 'velho' nascesse o 'novo'.
Saiba mais sobre o antigo Estádio da Luz, na exposição temporária Um por Todos e Todos pelo Estádio - Memórias do Estádio da Luz (1954-2003), no Museu Benfica - Cosme Damião."
Marisa Manana, in O Benfica
Crime e castigo
"O livro de Fiodor Dostoievski foi lançado em 1866 e é considerado uma das obras-primas da literatura mundial. Conta-nos a história de um homem muito pobre que se quer distinguir na sociedade, sem olhar a meios. Defende a teoria dos homens superiores, que os indivíduos extraordinários estão acima da lei e têm direito ao crime, pelo bem da humanidade. Por estes dias, e graças à auditoria da Deloitte dos últimos 10 anos de atividade do FC Porto, tenho recordado esta obra literária russa.
Segundo a empresa auditoria, o clube terá sido lesado em cerca de 60 milhões de euros, devido a uma série de operações que ainda estão por explicar. Entre elas, um acréscimo de 47% de comissões em excesso na transferência de jogadores, mais de 5 milhões de euros de perdas na venda de bilhetes à claque pretoriana ou cerca de 3,5 milhões de euros em gastos não elegíveis - 'parte significativa das despesas foi utilizada para fins pessoais', conclui a auditoria, apontado para joias, bens de luxo, viaturas (1,2 milhões de euros), refeições (700 mil euros), viagens (mais 700 mil euros, entre elas as férias do clã Madureira) ou contributos de especialistas (seja lá o que isso for...) no valor de meio milhão de euros. Ou seja, no total, o rombo e o ataque ao dinheiro do clube por parte de quem o deveria defender ascendem a quase 60 milhões de euros - 3 Imbulas, para quem se lembra ainda de um dos maiores flops futebolistas dos portistas.
Enquanto se demonstra o crime e se espera o castigo, seria interessante auditar todas as contas do FC Porto desde 1999, altura em que se constitui a SAD. Tenho a certeza de que ficaríamos a saber muito mais sobre estas 'operações' financeiras. Por exemplo, gostaria muito de saber a quem foram oferecidas as joias, as viagens e outros bens de luxo. Terá sido apenas para proveito próprio, ou pagamento por serviços prestados nos relvados nacionais?"
Ricardo Santos, in O Benfica
Lembrete: campeões de inverno!
"O grande objetivo da época é sermos campeões na primavera, mas se sermos campeões de inverno significa preencher mais uma prateleira do Museu Cosme Damião, então venha daí a atribuição dessa distinção acompanhada de mais um troféu. Esta faixa vem em boa hora, até porque o inverno não estava assim tão simpático - e não me refiro ao frio.
Apesar de já o ter experimentado diversas vezes, já não me lembrava assim tão bem da sensação de ganhar a Taça da Liga, e a verdade é que é bastante agradável. Muito mais do que perder, disso não tenho dúvidas. Aliás, o tempo de jejum do Benfica sem conquistar esse troféu, que nos escapava desde 2016, foi suficiente para trazer desaparecer a ideia de que ninguém faz questão de o ganhar. Se bem me lembro, quando quem não o conseguia vencer assistia, ano a ano, ao Luisão a erguer mais um caneco, a Taça da Liga era de carica, no entanto, a partir do momento em que também lhe começaram a tocar, perceberam que, afinal, o seu revestimento não era de plástico. Eu próprio, que, na verdade, nunca cheguei a pôr efetivamente as mãos em nenhuma, cheguei a questionar a qualidade dos materiais, mas, à medida que outros clubes também começaram a ganhar, fui percebendo através desses mesmos entendidos que as propriedades de fabrico da taça foram ficando cada vez mais refinadas. Os tempos foram mudando. Felizmente, isto hoje já nem sequer é alvo de discussão, e até há jogadores a sair do relvado lavados em lágrimas por saírem derrotados. Pelo menos, enquanto o Benfica não voltar a ganhar três ou quatro de seguida e o valor dos elementos que compõem a Taça da Liga voltar a ser tema de conversa."
Pedro Soares, in O Benfica
De loucos
"Benfica, dois treinadores; Sporting, três treinadores; FC Porto, dois treinadores; SC Braga, dois treinadores; Vitória Sport Clube, três treinadores. No dia em que escrevo, já houve 12 mudanças de comando técnico em clubes da primeira liga. Não tenho memória de coisa igual. Se não é um recorde, andará lá perto.
É certo que houve motivações diferentes para todos estas mudanças. Cada uma delas teve a sua história. Mas, em paralelo com elas, também o próprio Campeonato tem sido um constante turbilhão de emoções cruzadas. Uma espécie de dança: 'ora agora estás em crise, ora agora estou eu'.
Em diferentes momentos da temporada, Benfica, Sporting e FC Porto tiveram momentos empolgantes. Todos estiveram, a dada altura, ou no 1.º lugar, ou com possibilidades de lá chegar. Todos já sofreram, também, a sua dose de assobios, tochas e insultos - manifestações de minorias cuja repetição, ora aqui, ora ali, começa a tornar ridículas.
Uma liga repleta de incerteza e com constantes mudanças na classificação seria, à partida, algo de positivo. Sobretudo se a isso correspondesse um incremento de qualidade dos clubes mais pequenos. Francamente, não é o que me parece. Creio que se tem tratado, sim, se um caso de grande irregularidade por parte dos principais candidatos ao título. De oscilações de rendimento desportivo por vezes difíceis de entender. E no caso do FC Porto, até mais do que isso.
Enfim, em Maio alguém terá de ser o campeão. Pelo andar da carruagem, será aquele que, daqui para a frente, menos oscilar. Aquele que melhor conseguir disfarçar os momentos de debilidade. Aquele que melhor resposta der a lesões ou quebras de forma dos seus atletas. Também - e isso é connosco - aquele que souber criar de apoio mais favorável à estabilidade e à confiança da equipa."
Luís Fialho, in O Benfica
Comida no prato!
"É o que faz a Refood, e só por isso merece a nossa admiração e a nossa parceria. Todos sabem que onde se junta muita gente há por força que servir muita comida. É o caso do Estádio da Luz em dia de jogo, onde a assistência raramente desde dos 55 mil, e onde, felizmente, existem numerosos camarotes adquiridos pelas melhores empresas do país para trazerem à Catedral os seus órgãos sociais, colaboradores e clientes.
Existe, portanto, uma logística pesada e volumosa a vários níveis, destacando-se o catering para mais de uma centena de camarotes. Por isso, há também, em cada jogo, um número considerável de tabuleiros com comida confeccionada e paga que é recolhida diretamente pelos voluntários da Refood em vez de retornar à origem. Quer isto dizer que durante a época desportiva, mais ou menos a cada duas semanas, aquela organização humanitária tem o seu trabalho de angariação facilitado e oferece aos seus utentes uma ementa invejável.
Neste sistema, todos ganham: os titulares das camarotes e as empresas de catering, porque sentem e verificam com os próprios olhos o papel social que estão a desempenhar. Ganham também a Refood e os destinatários de toda esta comida. Ganham ainda o Benfica e os benfiquistas por saberem que a matriz humanitária e solidária do Clube é, tal como as vitórias, celebrada em cada jogo."
Jorge Miranda, in O Benfica
Tudo a olhar para o lado!
No Dragão:
— Polvo das Antas - Em Defesa do SL Benfica (@moluscodasantas) January 26, 2025
1 expulsão a favor. ✅
2 grandes penalidades (uma aos 90+7'). 🥅
A equipa de arbitragem fez tudo para empurrar o FC Porto para cima e ultrapassar o Benfica, mas nem assim resultou.
Uma lua cor-de-rosa
"Estes começos de noite, estes fins-de-tarde, são macios e brandos aqui na varanda da Vila Leonor, montanha fabril-febril sobre Lisboa. As luzinhas em amarelo-torrado começam a abrir, uma a uma, nos lampiões das ruas, nas cozinhas, nos táxis, nas lojas de conveniência. Quatro focos rodeiam um campo de futebol nos Mártires da Pátria, devidamente enredado para a bola não cair em desvario de remate pouco certeiro na marquise de uma velhinha que limpa a solidão às flores. Vejo rabiscos de um rosa-luz nos céus dos telhados e estende-se, longilíneo, do Hospital dos Capuchos ao Miguel Bombarda, um fio invisível de loucura por cima de nós.
Uma cúpula aponta uma cruz para um avião que passa demasiado veloz, demasiado devagar, em direcção à Trafaria onde irá permanecer exactamente vinte e três segundos, virando depois lá ao fundo, quase em Sesimbra, para um regresso em curva à base que é a manta de retalhos que é Lisboa de fim-de-tarde, quase noite. Nas janelas das casas e prédios altos vão-se acendendo fogões e tachos com comida, sons de novelas e notícias com confirmações de muitos defuntos e ainda mais feridos. É branda e mansa esta hora que percorre os olhos e tritura docemente os cantos das coisas - leva e traz um aroma a gaivotas perdidas que se esqueceram de voltar ao mar.
Há sempre alguém que assobia no princípio da noite, como se estivesse chamando os lobos e os bêbados para os baixios desta maré. E outro assobio que responde, anunciando a presença. Levantam-se vozes entre as janelas e o jardim, gente que constrói histórias sobre o fim do dia e da noite que vem já a seguir - tudo isto sob a presença de deuses estranhos que se imaginam no levantar de uma nuvem ou naquele ramo de hortênsia que, sem razão aparente, se mexe e flutua no ar. Vidas disto, a toda a hora, a todas as horas. Homens e mulheres crespusculares lançados para uma vida gigante na qual se passeiam cheios de saudades do futuro.
Oiço uma bola aos saltos e uma voz de criança. "Tu és o Messi, eu sou o Cristiano Ronaldo, corre que eu vou chutar para ali!", e, talvez devido ao imberbe crescimento dos pés do jogador, a bola acaba em cima de um caixote do lixo que o craque, sempre oportuno, se apressa a colher nos braços e a levar para golo. Não sei a que propósito deixaram as crianças entrar aqui, neste universo de coisas pontiagudas e importâncias de marquises. Mas elas correm e riem, imaginam, fantasiam, deliciam-se, tão distantes do assobio a chamar para a tasca ou da conversa engravatada de elevador que sobe e desce e traz mais uma previsão equivocada sobre a meteorologia do amanhã.
Uma rua e um passeio servem para baliza, entre as rodas do carro está o golo, os vidros não devem existir porque não há o perigo de acabarem partidos e as vozes que se levantam neste fim-de-tarde, agora já quase-quase noite, devem perder o fulgor assim que homens e mulheres estrategicamente se vão sentando-deitando em sofás a olhar na televisão histórias que remetem para lágrimas amargas de corações que, sem saber, vão alugando a vida aos bochechos.
Não sei a que propósito - se há algum - joga o Messi no Ronaldo uma bola de praia enquanto mais um assobio vem do outro lado da rua e os cães conversam entre prédios uns com os outros em simbologias de latidos indecifráveis ao pobre observador. A felicidade do Messi quando atira para golo com efeito mesmo juntinho ao pneu traseiro-direito do Opel Corsa vermelho que é de um senhor que não conhecemos e que a esta hora deve estar sozinho a aquecer uma lasanha num micro-ondas ao lado de uma planta de plástico que não precisa de ser regada.
O Cristiano Ronaldo é mais bruto, remata em potência; a bola ataca ferozmente a jante e o grito metálico ecoa pelos prédios e sobe aos céus, galga a lua cor-de-rosa: "ao poste, ao poste!" e não sei descrever as alegrias e os risos histéricos que o Messi levou para casa quando a mãe o chamou para jantar e lhe puxou injustamente as orelhas por andar sem maneiras a atirar a bola contra a matrícula nova do carro do Senhor."
Empate em Torres...
Empate amargo em Torres, com um golo sofrido num lance, onde existe falta sobre o Wynder, que fica lesionado deitado na relva, e o árbitro permite que o Torrense volte a atacar, sem parar o jogo!!! O mesmo Torrense que minutos antes se queixava noutro lance dos jogadores do Benfica não terem atirado uma bola para fora, num lance onde não houve 2.º ataque!!! Ainda tivemos dois lances com jogadores do Benfica caídos na área adversária, mas a SportTV não mostrou uma única repetição: Wynder na 1.ª parte, e Farias no 2.º tempo!!!
Jogo marcado pelo vento, com o Benfica na 1.ª parte com algumas dificuldades em parar os contra do adversário, mas melhorámos no 2.º tempo, e o empate soube mesmo a pouco!
Bons 45 minutos do Prestianni, bom jogo do Rafa Luís, o Veloso também entrou bem...
As Conquistas "esquecidas" do Benfica: Pequena Taça do Mundo e Taça Ibérica
"Entre histórias de grandes conquistas do Benfica, há sempre memórias que parecem guardadas numa gaveta especial, longe dos holofotes. É fácil lembrar-nos dos Campeonatos Europeus, das Taças de Portugal ou mesmo de uma vitória marcante no campeonato. Mas, às vezes, surgem narrativas menos óbvias, daquelas que pedem um olhar mais atento à história. Foi assim que, numa conversa com o meu avô, ele mencionou um título que desconhecia: a Taça Ibérica, em 1983. "Dois golos do Nené", disse ele, com entusiasmo. Desperto pela curiosidade, fui descobrir mais sobre esta e outras competições que, mesmo sem o devido destaque, compõem a rica história internacional do clube.
Pequena Taça do Mundo: A Conquista em Caracas
Entre 1952 e 1975, realizou-se na Venezuela um torneio de prestígio chamado Pequena Taça do Mundo, que colocava frente a frente clubes europeus e sul-americanos de grande relevância. Em 1965, o Benfica participou na competição e enfrentou o Atlético de Madrid numa final intensa. Após uma derrota inicial por 3-0, os encarnados recuperaram brilhantemente no segundo jogo, vencendo por 1-0 no tempo regulamentar e por 2-0 num prolongamento decisivo. Calado e Iaúca foram os heróis dessa noite, garantindo a vitória por 3-0 no agregado de jogos. Apesar de ser organizada sob os auspícios da Federação Venezuelana de Futebol e reconhecida pela CONMEBOL, esta competição nunca recebeu a chancela oficial da FIFA. Ainda assim, clubes como o Real Madrid consideram-na parte do seu palmarés, o que levanta a questão: porque é que o Benfica não faz o mesmo?
Taça Ibérica: A Glória de 1983
Já a Taça Ibérica, disputada entre os campeões de Portugal e Espanha, teve na sua edição de 1983 um marco importante para o Benfica. Numa eliminatória a duas mãos frente ao Athletic Bilbao, campeão espanhol, o Benfica triunfou de forma categórica. Apesar da derrota por 2-1 em Bilbao, os encarnados venceram por 3-1, com um bis de Nené e um outro golo de Filipovic. O Benfica levantou o troféu oferecido pela FPF e reconhecido oficialmente pela RFEF.
Preservar a História
Enquanto o Benfica reconhece oficialmente a Taça Latina no seu palmarés, a Pequena Taça do Mundo e a Taça Ibérica permanecem sem o mesmo destaque. Contudo, a luta pelo reconhecimento destas conquistas não deve ser esquecida. No caso da Taça Latina, seria essencial que a UEFA assumisse oficialmente o valor histórico desta competição pioneira.
Mais do que troféus, estes momentos são capítulos da história gloriosa do Benfica, que nos ajudam a perceber a dimensão do clube além-fronteiras. Tal como o meu avô me transmitiu essas memórias, cabe-nos preservá-las e valorizá-las, mantendo viva a alma do Benfica em cada geração."
25 de Janeiro de 2025
"Às vezes parece que só venho escrever quando perdemos, quando estamos mal. É verdade, é nestes momentos que fico sem chão, que sinto que o Benfica me falha, que sinto que tenho de desabafar e falar com os meus, os que sentem como eu, e somos tantos. O nosso desígnio é o de vitória, de deixar tudo em campo. Foi assim desde 1904 e tem vindo a deixar de ser, infelizmente…
Dia 25 de Janeiro de 2025, um dia carregado de simbolismo para a nossa família, em que se pedia que quem veste o Manto Sagrado o honrasse, prestando homenagem ao aniversário do nosso Rei Eusébio assim como a Fehér, um de nós, que literalmente deu a vida em campo.
Não aconteceu, e não aconteceu porque não quiseram ou não puderam, não aconteceu porque o caminho escolhido a algumas décadas acabou por desembocar neste dia, 25 de Janeiro de 2025.
Falhou tudo.
Falhou a crença, falhou o estar a altura, falhou o amor próprio que quem usa o emblema da águia ao peito, tem obrigatoriamente de ter.
Ao invés disso, tivemos descrença, confusão, um presidente que sai da tribuna, um treinador que é deixado sozinho, uns áudios manhosos que põem tanta coisa em causa, enfim, tanta coisa negativa.
"Honrai agora os ases que nos honraram o passado" devia ser uma frase embutida na cabeça de todo e qualquer atleta, funcionário ou dirigente do Sport Lisboa e Benfica. Mas não é...
Porque temos dirigentes que mais parecem imberbes inaptos, que não tomam uma decisão que seja em prol do clube. Uma única. Todas são tomadas em prol das pessoas que dele necessitam para sobreviver, das pessoas que o usam para fazer os negócios obscuros, das pessoas que o estão a matar. Todas.
Este marasmo em que nos colocaram, em que desde 2017 ganhamos 5 troféus em 29 disputados, em que discutimos mais se a venda foi boa ou não, também (e principalmente) é culpa nossa. Fomos nós que demos o poder a esta gente, fomos nós que os colocámos com o ónus de tomar as decisões…
A culpa, maioritariamente, é nossa. Dos sócios do Sport Lisboa e Benfica. Estou triste e desanimado. O Benfica falhou-me, mas a conclusão a que chego, depois de escrever este texto, é que eu também falhei ao Benfica. Desculpa-me por isso.
A certeza que tenho, é que eu e tantos outros, não voltaremos a falhar ao Benfica. Outubro está ai e nós, só nós, temos o poder de mudar este estado de coisas. Voltar ao desígnio das vitórias e acabar com o "não se pode ganhar sempre". Honrar os nossos em vida, e os que estão a olhar por nós no 4º anel.
Voltar a ser o Benfica, aquele Benfica, o nosso Benfica, que nos dará mais alegrias do que tristezas, mas que deixará sempre tudo, mas tudo em campo. Sei que voltarei a chorar por ti, na alegria e na tristeza.
Viva ao Sport Lisboa e Benfica."
O «alvo mais fácil», de Lage a Amorim
"O áudio, eventualmente com cortes, com o excerto de uma conversa-discussão entre Bruno Lage, treinador do Benfica, e adeptos, ocorrida na garagem do estádio da Luz - resta saber como lá chegaram -, depois da derrota com o Casa Pia (1-3) evidencia muitas coisas sobre o momento interno do clube. Podia pegar em várias, mas uma, usada pelo treinador em sua defesa - já depois de, ainda em Rio Maior, ter pedido apoio dos adeptos -, chamou-me a atenção.
«O primeiro alvo, mais fácil, é o treinador, se não tiver o vosso apoio. E depois vem outro, e vem outro, e vem outro e não vai conseguir resolver o problema». Tirei os palavrões, mas fica bem explicada a ideia. O problema é mais profundo, e não ficou resolvido com as respostas que deu à tarde.
Já se sabe que uma chicotada psicológica tem quase sempre efeito imediato desejado: sai o treinador, há uma vitória. Exceção recente foi José Tavares, que substituiu Vítor Bruno e não conseguiu com o FC Porto dar esse empurrão, mas costuma resultar. Já Sérgio Conceição entrou no Milan a substituir Paulo Fonseca e continua a injetar força, mesmo que isso signifique uma zanga com um jogador da própria equipa.
O problema é o efeito a longo prazo, e muitas vezes a novidade logo passa. Terá razão Bruno Lage, ao dizer que mudar o «alvo fácil» não chega? Por vezes não se muda mesmo.
Eis dois exemplos em Inglaterra, onde a longevidade dos treinadores costuma ser elogiada. Ange Postecoglou é (era, à hora de fecho deste texto) treinador Tottenham desde junho de 2023. É muito ou pouco tempo? Em dia de jogo (e derrota com o Leicester) os adeptos visaram o presidente Daniel Levy com um cartaz curioso – «24 anos, 16 treinadores, um troféu.» Parece que identificaram o 'verdadeiro' problema.
E há Ruben Amorim. Imparável no Sporting (que a partiu daí sofreu), chegou ao Manchester United com empate, teve altos e baixos e avisou que vinha aí uma tempestade. Mais de uma mão cheia de derrotas depois, já se falou em despedimento? Não. Em culpa? Sim. Mas por lá não há encontros em garagens, muito menos gravados."
Bruno Lage em plena selva queiroziana
"Para o Mundial-2010 Carlos Queiroz só escolheu quem estivesse disposto «a ir para a selva» com ele. Quando Otamendi diz que «faltou querer ganhar», Lage tem de apostar apenas em quem confia, independentemente do nome
Juntemos o que Bruno Lage afirmou na conferência de imprensa a propósito do ‘off record’, e aquilo que foi dito pelo capitão Nico Otamendi depois do jogo com o Casa Pia. Indo ao essencial, percebeu-se que o treinador abomina os golos sofridos de bola parada, percebe que o Benfica é vulnerável às transições ofensivas, e reconhece que não é capaz de ter bola. Já Otamendi não teve pejo em dizer que contra os gansos «faltou querer ganhar.» Então, perante este quadro apocalítico, o que deve fazer o treinador? Não basta dizer que precisa da união do clube, tem o apoio do presidente, e quer a força dos adeptos a seu lado. O que lhe é exigido é muito mais. Perante tanta inépcia, coletiva, no que respeita aos golos sofridos de bola parada e à deficiente cobertura das transições do adversário; e individual, quando a bola queima de tal maneira que os jogadores não são capazes de fazer mais do que três passes seguidos (tudo isto assumido pelo treinador), e o capitão vem dizer que «faltou querer ganhar», das duas, uma: ou Bruno Lage passa a escolher para ir a jogo quem lhe dê garantias de empenhamento, personalidade e responsabilidade tática, ou rapidamente será história. A vida de um treinador faz-se de resultados, e em 33 dias Lage passou de líder isolado a estar a seis pontos do líder. Logo, ou dá a volta, ou é ele que leva uma volta. E dá a volta, como?
Carlos Queiroz, quando era selecionador nacional, após uma derrota em Gama, nos arredores de Brasília, frente ao ‘escrete’, por 6-2, desabafou: «Já sei quem é que não vai comigo para a selva!» É isso que Bruno Lage tem de fazer se quiser ter sucesso na Luz. Deve escolher, não quem tem mais estatuto, ou foi mais caro, mas quem lhe dá garantias de entrega absoluta, capacidade física e disponibilidade psicológica, para pôr em prática o futebol que entende ser o melhor para o Benfica. E se as coisas não correrem bem, pelo menos cai defendendo as suas ideias, sem condicionamentos quanto a valores de mercado, expressos ou subliminares.
O primeiro requisito para vestir a camisola do Benfica é o compromisso, algo pouco visto em Rio Maior, para lá dos primeiros 25 minutos. No futebol moderno, ao mais alto nível, já não há espaço nem para Cristiano Ronaldo (na Arábia), nem para Messi (na MLS), ainda extraordinários a jogar quando a sua equipa tem bola, mas inexistentes no momento da perda, obrigando os restantes nove jogadores de campo a fazerem o trabalho de dez. No Benfica, ou todos defendem, em pressão alta, dando o litro para não deixar que o adversário se sinta cómodo, ou nada feito. Cumprido este requisito, não cometer erros na saída de bola é fundamental: é preferível meter na frente («sai ponta-de-lança», como dizia o saudoso Mário Wilson) do que ‘entregar o ouro ao bandido’, com passes e passinhos em zonas onde é suicídio perder a bola; finalmente, só pode jogar quem não tiver medo de ter a bola no pé, e só pode jogar quem se mantiver em constante movimento para oferecer linhas de passe aos companheiros. Quem se esconder, é melhor ficar a ver o jogo pela televisão. É da capacidade de tomar estas decisões que depende o futuro de Bruno Lage no Benfica, e não de conferências de imprensa de contenção de danos, como a da tarde de domingo."
IA, Fanmeter e novos ventos no futebol
"E se as emoções, a alegria do golo (validado pelo VAR) e a imersão do fã na bancada fossem medidas e incluídas no todo do espetáculo? Uma outra forma de imersão no desenrolar de um Jogo de Futebol?
Filme de Ficção Cientica ou série da Apple Plus? De facto, não!
Os adeptos do Sporting de Braga já conhecem e vivem os jogos da sua equipa favorita desta forma. A ferramenta de apoio chama-se Fanmeter. Em cada jogo temos o Fan do Match e no final da Saison, o Fan da Época.
Existem prémios para os vencedores e abrem-se possibilidades de sponsorship e um sem número de perspetivas para o fan do Século XXI!
A Fanmeter já é usada pelo Sporting Clube de Braga que se associou à Tek4Life. Há outras experiências, por exemplo o Mundo dos Festivais de Música e outras atividades, onde a emoção humana é essencial.
Voltemos a 2002 e à Skyphone, de que muitos ainda se recordarão. Duas décadas mais tarde, como Tek4Life, apanhou o comboio ultra sónico da era digital e traz o futuro do desporto imersivo consigo.
Para uma melhor e mais completa compreensão desta edição da Oitava, recomenda-se uma consulta ao site onde poderão encontrar stats, a visão global e a forma como esta tecnologia made in Portugal pode transformar a experiência de ir ao Futebol ou ao Festival X, um passo em frente rumo a uma sociedade onde a tecnologia e o entretenimento se fundem cada vez mais.
Como alguém diz the best is yet to come e os adeptos do Sporting de Braga já o sabem. E se um dos prémios para o Fan do Match fosse assistir a um treino para lá dos 15 minutos mediáticos? Nem tudo vai mal neste Reino da sociedade imersiva ..
Ou se quiserem nesta Experiência definida como Pluggable AÍ . E com o Campeonato do Mundo de Clubes a chegar, o Campeonato do Mundo Americano de 2026 e os JO de Los Angeles em 2028, o que será a experiência existencial do Desporto e do Show Biz do Futuro Próximo?
Uma espécie de versão atual do Brave New World de Aldous Huxley? Ou, como diz há muitos anos Bob Dylan, The Times They are a Changing."
As marcas andam a dormir com o potencial da Seleção de andebol
"Areia, Brandão, Branquinho, Capdeville, Francisco e Martim Costa, Fernandes, Frade, Gomes, Iturriza, Magalhães, Marques, Oliveira, Portela, Sousa e Salvador são os magníficos atletas da seleção nacional de andebol que disputa o campeonato do mundo sobe o leme de Paulo Jorge Pereira.
No espaço de duas semanas esta equipa atingiu já a melhor classificação de sempre ao apurar-se para os quartos de final onde vão enfrentar na próxima quarta-feira a poderosa Alemanha depois de terem batido o Brasil, Noruega, Espanha e Chile e empatado com a Suécia.
Em boa verdade, esta seleção não tem apenas feito bons resultados neste último campeonato do mundo. Estes atletas já nos habituaram a estar presentes nas várias edições de Europeus, Mundiais e até Jogos Olímpicos nos últimos anos e, mais do que isso, a enfrentarem-se de igual para igual com as melhores seleções do mundo.
Tudo isto resultará naturalmente do planeamento e estratégia da Federação de Andebol de Portugal bem como do trabalho de todos os clubes nacionais e ainda, do incrível desempenho nas provas europeias principalmente do FC Porto (primeiro) e do Sporting CP (nos últimos anos).
Consequência ou não de tudo isto, dos atuais atletas da seleção nacional, uma parte deles joga nos melhores clubes portugueses e outros vestem as camisolas de vários dos melhores clubes europeus. Trata-se de uma geração vencedora, competitiva, mas também marcada por uma imagem e um carácter que devia ser muito apetecível para as principais marcas portuguesas.
É por isso estranho que, para além dos patrocinadores oficiais da Federação de Andebol de Portugal, não se vejam ligações e ativações fortes das marcas portuguesas à seleção ou a alguns dos atletas individualmente. Indiscutivelmente vários profissionais de marketing e agências nacionais andam literalmente a dormir ao deixar escapar o enorme potencial de patrocínio que o "produto" andebol tem.
Num mercado publicitário saturado é obrigação dos profissionais de marketing encontrar veículos de comunicação diferenciadores que possam ajudar as suas marcas a diferenciarem-se no mercado. O andebol e a sua Seleção portuguesa são indiscutivelmente uma excelente opção para isso.
Alguma falta de visão por um lado e a futebolite por outro terão certamente contribuído para o desperdício comunicacional que as marcas portuguesas vão revelando. Salvador Salvador, Luis Frade ou Francisco Costa têm tudo para ser as faces de várias marcas com resultados potencialmente melhores do que patrocinar atletas como Galeno, António Silva ou Gonçalo Inácio.
Acordem, porque esta equipa já mostrou que não vai parar tão cedo de nos surpreender."
O Compromisso do futebol com a Memória e a Tolerância
"80 Anos sobre Auschwitz – O Compromisso do futebol com a Memória e a Tolerância
Há precisamente 80 anos, no dia 27 de Janeiro de 1945, o mundo testemunhava horrorizado a libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, dia que marcou o início do fim de um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade. Outrora instrumentalizado pelo regime nazi, o futebol alemão assume hoje um papel crucial na preservação da memória e na promoção de valores de tolerância e inclusão.
Durante o Terceiro Reich, o futebol foi usado como ferramenta de propaganda, com os clubes forçados a excluir atletas e sócios judeus, e a alinharem-se com a promoção da ideologia nazi. O próprio Bayern de Munique, enfrentou a perseguição nazi pela associação histórica que tinha com a comunidade judaica. No pós-guerra, o futebol alemão iniciou um longo processo de autorreflexão e de reconciliação social, que inclusivamente obrigou ao encerramento e refundação de muitos dos seus clubes, processo esse que apenas culminou em 1963 com o relançamento da Bundesliga.
Clubes como, por exemplo, o Borussia Dortmund, o Schalke 04, ou o Eintracht Frankfurt, têm sido exemplares na preservação desta memória. O Dortmund, por exemplo, organiza anualmente visitas anuais de jogadores e adeptos a Auschwitz, na promoção da educação sobre o Holocausto. A Bundesliga e a Federação Alemã de Futebol (DFB) implementaram programas contra o racismo e a discriminação. A campanha "Nie Wieder" (Nunca Mais) acontece todos os anos, com os atletas a subirem ao relvado com braçadeiras especiais, e com a promoção de ações pedagógicas antes e após os jogos nos estádios e clubes de todo o país.
Para nós que amamos este jogo, o futebol é aquele lugar onde há lugar para todos, onde não há cores, religiões ou segregação social. Recordo como a visita de José Mourinho a Israel e à Palestina interrompeu a terceira Intifada, da mesma forma como me lembro dos dérbis diários entre a rua de baixo e a rua de cima onde o filho do doutor e o filho da porteira jogavam na mesma equipa e a bola não escolhia se ia bater na montra da cabeleireira ou enfiar-se debaixo do carro do advogado.
No entanto esses tempos de aprendizagens reais já foram, e este desafio de escolher a tolerância e vez do medo é hoje ainda mais exigente num quotidiano de redes sociais e de algoritmos que se alimentam do ódio, o que antevê um futuro a cada dia mais parecido com um passado que, por muito que queiramos, não podemos esquecer.
Trabalho há 20 anos no futebol alemão, e ao acordar hoje com uma mensagem corporativa do meu clube assinalando esta data, senti-me compelido a partilhar também aqui o essencial desta missão que nos deve unir.
Grupos de extrema-direita ainda tentam infiltrar-se nas claques organizadas dos clubes. Disso foi bom exemplo a tentativa tomada de poder na Juventude Leonina pelo Grupo 1143 liderado pelo nazi Mário Machado. Ou então em sentido contrário, temos o mais mediático caso do comentador ferrenho do Sport Lisboa e Benfica que utilizou a visibilidade que a televisão para passar para a política. Começou por atacar de forma implacável os adversários do seu clube, passou ao ataque às minorias étnicas, e hoje é líder do terceiro maior partido português pelo qual diz querer "Limpar Portugal".
O futebol alemão reconheceu a sua responsabilidade histórica num período dramático para a humanidade e hoje aplica todo o seu potencial como agente de mudança social.
Em Portugal não basta a adesão a iniciativas da UEFA como o "Football Against Racism in Europe" (FARE), é necessário ser pró-ativo para prevenir que oportunistas e mercadores do ódio se aproveitem desta enorme e bela plataforma social movida pela paixão.
O futebol, como espelho da sociedade, tem o dever de ser intransigente contra o racismo, a xenofobia, a homofobia e qualquer outra forma de discriminação. A memória de Auschwitz lembra-nos onde o ódio e a intolerância vão desembocar. São lições valiosas. Mostram-nos como que é possível confrontar um passado doloroso e transformá-lo em um compromisso ativo com um futuro mais justo e inclusivo.
Só o futebol tem o poder de unir pessoas de diferentes origens e culturas. É casa comum da promoção da paz, da compreensão mútua e do respeito à diversidade.
Que os nossos estádios, também por cá, sejam os campos de um jogo limpo, honrando a memória daqueles que pereceram por um mundo mais humano, pela democracia e pela liberdade, onde Nunca Mais" seja um definitivo "chega!" a indivíduos como Mário Machado e André Ventura que tentam ainda ao dia de hoje subverter e a manipular os valores universais e profundamente humanos do desporto rei!"
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