Últimas indefectivações

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Calendários mancos

"Depois de mais uma irritante pausa para as selecções, o futebol português regressa com a Taça de Portugal e a festa em Vizela. De seguida, teremos competições europeias com a viagem à Alemanha. Campeonato? Só no próximo dia 30, quando recebemos o Marítimo na Luz. Terão então decorrido vinte e um dias desde a jornada anterior, situação que nem é a pior na presente temporada, pois entre a 7.ª e a 8.ª jornada passou-se praticamente um mês.
Os calendários competitivos portugueses parecem desenhados por alguém que quer matar a paixão dos fãs pelo futebol. Em nada os favorecem, assim como não favorecem os clubes, nem os jogadores. Resta saber quem beneficia com eles, e como se justifica a insistência em opções que aparentemente não fazem qualquer sentido.
Quanto às absurdas pausas impostas pela FIFA - porque não concentrar todas as provas de selecções em Junho e Julho, onde teriam muito maior visibilidade e interesse, não perturbando os clubes e a preparação dos jogadores? -, o poder de decisão está longe. Mas relativamente a tudo o resto, Liga e FPF poderiam fazer bastante, começando por evitar esta sucessão de semanas sem a competição nacional que mais interessa desperta nos adeptos, que são, afinal, quem tudo paga. E, já agora, evitar também jornadas a meio da semana, como já sucedeu nesta época, e que servem apenas para bater recordes negativos de assistência.
Começar o campeonato com o mercado de transferências aberto é outra das aberrações, tal como meias-finais de Taça em duas mãos disputadas com meses de intervalo.
Parvoíces não faltam, e talvez não fosse difícil evitá-las."

Luís Fialho, in O Benfica

Um sentir português

"'Olha o Eusébio!' foram as primeiras palavras de um grupo extasiado com a visita ao Estádio da Luz. Nem todos eram benfiquistas, a maioria, sim, mas todos se lembravam com orgulho daquele Benfica europeu e daquela pantera negra de futebol potente e visceral que arrebatou o mundo. Todos se lembravam, em primeiro lugar, porque foram doces momentos da sua juventude, mas também porque nos sítios onde haviam chegado há pouco como imigrantes pouco conhecimento havia de Portugal além das caravelas de antanho e o que havia não abonava a democracia nem a modernidade, muito menos o carácter pacifico e a alma portuguesa.
Eram tempos difíceis, onde a condição de muitos e a fuga e uma guerra fratricida em que só havia perdedores ditaram a saída para terras longínquas, mesmo para lá da Europa, cruzando céus e mares com a esperança na mente e a incerteza no coração. Foram tantos, que Portugal lhes perdeu a conta e o rasto, poucos de torna-viagem, como então se dizia, regressariam com dinheiro que chega para uma boa casa e um par de campos, um táxi ou um café.
A esses correu a vida bem, e hoje cá estão eles, espalhados pelo país, por entre filhos e netos no país onde nasceram e que, talvez mais importante, escolheram para viver. Mas a tantos outros a vida não sorriu da mesma forma, e a emigração levou-os sem volta até paragens distantes, umas vezes remediados, outras condenados à pobreza, mas sempre sem meios para voltar de novo à sua terra natal, sentir de novo este ar e este sol atlântico que nos enche o peito e faz das nossas algumas das mais belas paisagens e cidades que a humanidade conhece. Hoje, estamos felizes de os receber na nossa casa, que também é sua. E estamos orgulhosos de ver que Portugal não os esqueceu, e o Benfica, como muito bem sabemos, também não. Não os esqueceria nunca porque são parte de nós, desta família global que usa bandeiras vermelhas!"

Jorge Miranda, in O Benfica

O Benfica pode

"Sinceramente, gostei muito de ser surpreendido com a súbita notícia da OPA do Sport Lisboa e Benfica sobre a Benfica Futebol, SAD, que nos chegou na passada segunda-feira. Achei que se trata de mais uma atitude que confirma a personalidade singular do Presidente Luís Filipe Vieira, no seu permanente desígnio de consolidar o 'Benfica dos Sócios'. Em boa verdade, aliás, se aqui há uns meses eu tivesse perscrutado as segundas leituras que, já nessa ocasião, se podiam inferir do que ele afirmou quando foram sucessivamente anunciados, primeiro, o termo do pagamento do Estádio; depois, a aquisição da Benfica Estádio, SA pelo Clube; e, a seguir, a compra da BTV, SA pelo Sport Lisboa e Benfica, já teria suposto que, mais tarde ou mais cedo, em face da realidade das diversas áreas patrimoniais e dos elementos activos que hoje integram o universo empresarial do nosso Sport Lisboa e Benfica, Luís Vieira determinaria este novo e decisivo momento do Clube...
Logo desde que, em 2003, o Presidente e as suas equipas de trabalho reorganizaram e foram reerguendo a fantástica dimensão do Benfica do séc. XXI, o rumo que estabeleceu, sob a forma de uma promessa que felizmente obteve o esmagador acolhimento dos Sócios do Glorioso, tinha este mesmíssimo objectivo que agora vemos cada vez mais perto da definitiva consolidação: devolver o Benfica aos Sócios.
A decisão agora tomada fica com um novo marco essencial na história do Grande Clube. Mais do que um momento histórico, ou um sinal de gestão ágil, oportuno e prudente, representa, em si, o mais significativo símbolo destas duas décadas do que realmente pode o Benfica.
Considero histórico este momento, porque me parece ser verdadeiramente único e irrepetível, no que, hoje, a vista me permite alcançar, se olharmos para o futuro. É uma decisão ágil e oportuna, porque, beneficiando de uma conjuntura financeira muito favorável - já de si propiciada pela segura gestão que a Direcção do Clube e a Administração da Benfica, SAD souberam construir com total determinação, coerência e consistência - ambas as entidades sabiamente aproveitaram a benigna circunstância para assumir, de uma vez.
E, por fim, consiste inquestionavelmente numa resolução prudente, porque no contexto global tão peculiar e convulsivo, mas também tão exposto e tão volúvel, como o que hoje caracteriza a 'indústria' do futebol no cenário universal, nunca será demais toda a cautela que Luís Filipe Vieira quiser usar ante os predadores que porventura ousassem ver no Benfica uma presa apetecível.
Mas, em caso algum podemos deixar de ter presente que esta OPA só assume o valor e o significado especial de constituir um marco essencial na nossa história, porque o Benfica pode.
E, enquanto 'os outros' vão rezando aos santinhos deles, o Benfica faz. E vence-os. E há de vencê-los cada vez mais. Porque só o Benfica pode."

José Nuno Martins, in O Benfica

Martelo Dourado...

Inacreditável o silêncio, em redor desta notícia...
Até agora só a TVI deu algum realce...

Grimaldo...

Cadomblé do Vata (Judas...)

"O assassínio do Benfiquinha tinha tudo para ser o mais pequeno livro de Agatha Christie. Em meia página, a autora conseguiria ilibar o mordomo e encontrar provas claras incriminando Jorge Jesus como o vil assassino. Num volte-face bem à beirinha do fim da narrativa, o amadorense escaparia à condenação, apresentando em tribunal 6 milhões e testemunhas abonatórias, que ainda bêbados dos festejos do título, sairiam com ele em ombros da casa da justiça.
Entrando em modo trovão e de rompante na vida dos Benfiquistas, na primeira temporada na Luz disparou uma bomba atómica tão poderosa em cima daquela caricatura de Glorioso, que mesmo tendo em conta a interminável desgraça que haviam sido os 15 anos anteriores, os 3 campeonatos que sucederam a época 09/10 foram os desastres mais difíceis de digerir da história moderna do Sport Lisboa e Benfica, tão grande foi a expectativa criada pelos primeiros 12 meses de um treinador transformado em salvador, acompanhado do exponencial aumento do investimento numa equipa, que todos se haviam habituado a ver se construída com pouco mais do que trocos e empréstimos com cláusulas de compra raramente activadas.
Empurrado ou de livre vontade, 6 anos depois de ter enterrado o diminutivo de Benfica numa tumba bem funda, JJ fez-se à estrada, deixando para trás o colorido da sua presença, 3 campeonatos, 1 Taça de Portugal, quilos de Taças da Liga, participações anedóticas na Liga dos Campeões, constando apenas 1 passagem da fase de grupos e duas finais da Liga Europa, com trajectos iniciados nos atrás descritos afogamentos na piscina dos graúdos.
Navegando nos recentes resultados do Mago do Transformismo Clubístico (sem ironia, apraz-me registar), muitas são as vozes vermelhas e brancas que bradam aos céus pelo seu regresso ao Clube da Águia, apontando-o como o único caminho para a melhoria de resultados, ignorando que descontando o seu discurso, as Taças da Liga em catadupa e as finais europeias, mas somando mais um sucesso na fase de grupos da Champions, temos pois que o pós-JJ não foi bem o drama nacional previsto nem o descalabro europeu em relação ao descalabro europeu existente.
O valor do amigo de Luís Filipe Vieira nunca estará em causa. Os princípios nunca deixarão de ser colocados em cima da mesa. Abandonado o Glorioso, o sonho molhado de muitos Benfiquistas entrou directamente no Hospital Psiquiátrico de Alvalade, construindo na temporada 15/16 um candidato com base em 2 prerrogativas de sua autoria: o já habitual investimento até secar o clube; o ensurdecedor barulho do circo dos vouchers. Terminando o campeonato em 2º com recorde de pontos, não se coibiu de colocar em causa a legalidade da vitória do SL Benfica, teoria que há bem pouco tempo não teve vontade de negar a um fantoche do JN. O passado de Jorge Jesus no Benfica foi bestial, mas para o Maior do Mundo, no presente e no futuro ele não passará de uma besta. Na Catedral, só como adversário e em situações em que a sua entrada não possa ser proibida, por exemplo, ao serviço do Sporting CP. Até porque Pinto da Costa gosta muito dele, são muito amigos, mas para treinador só o quis quando ganhava no SL Benfica... mistérios da vida..."

A análise ao jogo

"Com a introdução de ferramentas que nos permitem obter dados em tempo real dum jogo e de cada um dos seus intervenientes, a análise ao rendimento das equipas passou a ser muito mais estatística. Contudo, estamos perante uma actividade desenvolvida por humanos e não no campo das ciências exactas.
Quando se afirma que a equipa teve um rendimento inferior num determinado jogo em relação aos seus valores absolutos, não estamos a dizer qualquer inverdade, estamos apenas a comparar dados de um conjunto de jogos com um jogo específico sem ter em atenção outras componentes.
O equilíbrio num desafio deve ser conseguido pelo valor das equipas. Quando falamos em resultados nivelados, estamos a referir-nos a partidas em que existe incerteza no resultado. Para isso, no geral, os intervenientes têm de ter capacidade idêntica ou similar. Este é um factor para que esse mesmo jogo tenha equilíbrio. As competições devem ter em atenção que o seu sucesso se concretiza pelas condições de equilíbrio que se conseguem estabelecer. Todavia, o equilíbrio também pode ser obtido pelo estado do terreno. Um relvado em más condições provoca maior igualdade e, em muitos casos, uma ideia errada de capacidade dos intervenientes.
Quando, nestas situações, apenas analisamos a estatística, concluímos que o jogo tem valores indicam uma maior proximidade das capacidades dos participantes. Na verdade, lendo de forma isolada a informação estatística, concluímos que desvirtua o que se passou. O jogo também pode ser equilibrado pelo mau estado do piso. A velha mentira de que o campo é igual para as duas equipas, apenas tapa o sol com uma peneira. O estado do relvado é factor decisivo para o rendimento. A qualidade do jogo tem níveis diferentes consoante a bola corra de forma mais ou menos rápida, não é indiferente jogar num bom ou mau piso."

José Couceiro, in A Bola

Um trajeto razoalvelmente tuga até ao Euro 2020

"Estamos no Euro 2020.
Significa que no Verão afinal vamos ver o Europeu (ufa!), mas a verdade é que esta fase de apuramento soube a pouco. Portugal assentou basicamente o seu jogo na genialidade do Ronaldo e no nosso talento único para usar a calculadora.
Para quê as tácticas quando temos a matemática.
De resto, queixamo-nos muito. É sempre assim. Criticámos, por exemplo, o facto termos jogado num batatal, mas não nos esqueçamos que é um batatal tratado por alguém que ganha no mínimo dois mil euros por mês. É um batatal de topo.
Em toda a qualificação, o mister Fernando Santos nunca facilitou. Usou sempre a táctica 4-3-3-e-se-não-funcionar-mete-no-Ronaldo-que-ele-resolve. Por isso é que Portugal é campeão europeu: não há cá facilitismos com o nosso engenheiro.
Rui Patrício foi dono e senhor dos postes. O Beto e o Anthony Lopes iam mais para lhe fazer companhia.
A lateral direita alternou entre Nélson Semedo, João Cancelo e Ricardo Pereira, mas foi este último que terminou a qualificação, e bem: Ricardo Pereira está sempre ligado à corrente. Corre mais do que os adversários, mais do que os colegas, e às vezes, mais do que a bola. Se não o tivessem avisado que os jogos tinham acabado, ainda estaria a correr agora no Luxemburgo.
Na lateral esquerda, consistência defensiva e centros teleguiados. Duas coisas que Raphael Guerreiro e Mário Rui não tiveram porque estão a guardá-las para o Euro. Génios.
Os centrais estiveram sempre em bom nível. Pepe desta vez não bateu em nenhum adversário. Fora isso, não lhe aponto mais nenhuma falha. Rúben Dias está sempre no sítio certo e intimida os adversários só com o olhar. Ainda tem muito a aprender com Pepe. José Fonte é a nossa versão do Robocop. Marque um golo ou seja expulso, a sua única expressão facial é pestanejar, e é porque tem mesmo de ser.
A meio-campo, o Rúben Neves é um William Carvalho, mas sem o bigode sexy. O Danilo Pereira um Rúben Neves, mas sem o futebol inglês. O Pizzi é a regularidade a meio-campo, mas sem um nome português.
Quanto a João Moutinho, tenho para mim que é filho ilegítimo do Fernando Santos e por isso joga sempre.
Bruno Fernandes esteve um pouco aquém do esperado. Talvez por ter ao seu lado jogadores de qualidade, algo a que não está habituado ultimamente. Quando finalmente se habituou, marcou um golo decisivo no último jogo.
Já Bernardo Silva é um pintor impressionista do século XIX. Qual Claude Monet, para quem a pressa é inimiga da arte, finta 7 adversários só enquanto ajeita a camisola. Depois dá a maior parte dos golos a marcar porque os grandes artistas não gostam de se chatear com coisas banais.
Lá na frente, Cristiano Ronaldo, claro. O que mais há a dizer sobre ele? Vai bater todos os recordes de internacionalizações, golos, e selfies com adeptos que invadem o relvado. O melhor do mundo fala português e é nosso.
Já o Messi e a Argentina, mais uma vez, voltam a falhar a qualificação para um Europeu. Ridículo. 
Mas houve mais. Gonçalo Paciência, por exemplo, ameaça ser o goleador da Selecção, quando mudar o nome para Impaciência. André Silva está a tornar-se num excelente contabilista, de tão poupadinho que é nos golos. Fossemos nós assim na electricidade. Dyego Sousa, por fim... é uma jóia de moço. É simpatiquíssimo e tem um belo sorriso.
Garantida a qualificação e em clima de festa, Fernando Santos ficou com a expressão a quem assaltaram a casa e roubaram o carro. Ao sair do campo ainda ficámos com a sensação de que esboçou um sorriso, mas não, era apenas aquele trejeito que ele faz com a boca.
Agora, é fazer o resto da época para estar ao melhor nível em Junho do ano que vem. Somos os campeões em título e queremos reconquistar o caneco! Por isso, mister Fernando Santos, faça o favor de convocar o Éder."

Antevisão...

Escândalo no Hóquei

"A equipa de hóquei em patins parte para a próxima jornada do Campeonato Nacional na frente da classificação, apesar de a vantagem pontual estar condicionada pelas incidências ocorridas na deslocação ao recinto do HC Braga, em que o resultado foi um empate (4-4). O que se passou no desenrolar e principalmente no final do jogo da última quarta-feira vem ao encontro daquilo que tem manchado a modalidade ano após ano.
São erros atrás de erros no decurso da presente época, o que já tinha inclusivamente levado outros clubes a manifestarem o seu descontentamento na Comunicação Social.
Com tantos anos a apitar, os árbitros não mostram sinais de evolução ao longo dos últimos anos, continuam a cometer erros que influenciam os resultados, dando a ideia de que não aproveitam esses lances para analisar o que têm de melhorar.
Não têm sido dados passos em frente no sentido de renovar quem dirige os jogos, mesmo com a mudança que houve na Direcção da Federação de Patinagem de Portugal (FPP). É preciso acompanhar o investimento que o Sport Lisboa e Benfica – e os restantes clubes participantes – têm feito no hóquei em patins nacional e que faz com que o Campeonato seja considerado actualmente o que tem os melhores praticantes do mundo.
Nesse sentido, a situação que leva ao empate do HC Braga devia ser encarada como algo a rever em futuros jogos. O nosso guarda-redes Pedro Henriques toca primeiro na bola e depois, na sequência, o adversário aproveita para arrancar um penálti. Este é apenas um entre alguns lances que vão ser devidamente expostos à FPP, numa lógica de pedagogia, no sentido de contribuir para a evolução da modalidade, de forma a minimizar os erros. As falhas existirão sempre – seja de árbitros, dirigentes ou jogadores – mas há que querer evoluir.
Neste próximo domingo, dia 24 Novembro, no recinto do FC Porto (15h00), espera-se que seja um jogo sem casos para bem da modalidade e da verdade desportiva.
Mas, infelizmente, já há muito que não nos surpreendem as más arbitragens no hóquei em patins. Os erros têm sido constantes, invariavelmente em prejuízo do Benfica.
Bastam dois exemplos, dos muitos que poderíamos referir. Aquele Valongo–Benfica escandaloso, em 2013/14, em que tudo valeu excepto permitir que o Benfica ganhasse a partida; e aquele Sporting–Benfica de má memória, disputado em Alverca na última jornada de 2016/17, em que foi anulado um golo, de forma caricata, senão mesmo escabrosa, no último minuto.
Houvesse justiça e a verdade desportiva tivesse prevalecido e sido defendida só nesses dois jogos, já para não mencionar muitos outros, teríamos mais dois títulos de campeão nacional no nosso palmarés.

P.S.: A agenda benfiquista, para o fim-de-semana, está muito preenchida, com destaque para a importante partida da Taça de Portugal, em que a nossa equipa de futebol deslocar-se-á a Vizela para defrontar o líder da série A do Campeonato de Portugal. Será mais uma boa oportunidade para os benfiquistas, residentes no norte do país, apoiarem a nossa equipa e aproveitarem para visitar a Casa do Benfica na cidade minhota."

Aquecimento... Gabriel, Paneira, Vizela e Chalana...

Eliminados...

Murcia 4 - 2 Benfica

Nada correu bem nestes dois jogos, hoje até começamos a ganhar, mas em 4m30s sofremos 4 golos!!! Uma daquelas 'brancas' que a este nível são fatais...

O Roncaglio nestes jogos faz muita falta, não só pelas defesas, mas também pela forma como ajuda a 'saída' de bola, quando estamos a ser muito pressionados, fazendo um 5x4, permitindo a equipa 'subir' na quadra... Mas o Tólra e o Raul também fizeram falta!!!

Trabalhar por Um objectivo

"Um espírito de equipa constrói-se ao longo de muitos momentos. A Celebração Olímpica, organizada recentemente pelo Comité Olímpico de Portugal, foi um desses. Nesse evento, perto de noventa atletas Olímpicos estiveram presentes, o que se reveste de um simbolismo extraordinário.
No início deste ano, num inédito encontro mundial de atletas representativos de todas as Comissões de Atletas nacionais, organizado pela Comissão de Atletas do Comité Olímpico Internacional (COI), o Presidente deste último organismo, Dr. Thomas Bach, referiu: “Vocês, atletas Olímpicos, estão no coração do Movimento Olímpico. Na verdade, vocês são o coração do Movimento Olímpico!” Palavras proferidas em Lausanne, Suíça, na sede do COI.
Paulatinamente, os atletas Olímpicos, fruto do seu empenho, das suas competências e do exemplo que são para a sociedade, cujo alcance vai muito para além do que são as suas performances desportivas, vão ocupando um espaço no centro do Movimento Olímpico. Internacionalmente, mas também ao nível de cada país, onde Portugal não é excepção. Por outro lado, as instituições desportivas nacionais reconhecem cada vez mais que os atletas podem e devem fazer parte da solução, da estratégia, da visão do que queremos para o nosso sistema desportivo e mesmo para o nosso país.
Por outro lado, a Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) organizou na semana passada, o Encontro Nacional de Atletas Olímpicos, com a intenção de, nesta recta final para Tóquio 2020, criar um momento para troca de informações. Fosse da parte das diversas unidades do COP, ou mesmo da Autoridade Antidopagem de Portugal, que, num sinal de abertura que se saúda, foi ao encontro dos atletas. Procurou-se, acima de tudo, informar, educar, partilhar. No entanto, estes organismos também foram para escutar. Ouviram os argumentos dos atletas, as suas dúvidas, as suas dificuldades, mas também as suas críticas e sugestões. Num ambiente de mútuo respeito, até mais importante do que a relevante troca de experiências que ali ocorreram, foi o alicerçar de um espírito de equipa que emergiu no final do dia.
A presença do Sr. Secretário de Estado da Juventude e Desporto e do Presidente do COP neste evento - que a CAO agradece - foi igualmente um sinal de que ao mais alto nível o foco está nos atletas. Na realidade, tem tudo a ver com os atletas!
A Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 trabalha com um objectivo há três anos. Para atletas, treinadores, corpos clínicos e técnicos, dirigentes, agora que os anéis Olímpicos já despontam no horizonte, esta é uma fase extraordinária. Corresponde àquele período em que as peças do puzzle começam a encaixar, como que por estranhas artes, e todos os meses, semanas, dias, horas de dedicação, começam a dar os seus frutos. E qual é esse objectivo? Criar todas as condições para que os atletas nacionais possam expressar todo o seu potencial nos Jogos Olímpicos!"

Benfiquismo (MCCCLXI)

Será que a 28 de Fevereiro de 1904,
celebraram o nascimento...
com o tal Vinho Nutritivo de Carne?!!!

Genial delícia!

"Fabuloso Chalana! Fantástico criativo, incrível variedade de dribles e... nunca vi outro com pé esquerdo e direito tão iguais! Só pote 3 para Portugal, campeão! E é justo!

Livro de Luís Lapão, impulsionado pelo Benfica e tendo contributos de várias glórias do clube, é preciosa homenagem ao fabuloso Fernando Chalana, gigante na primeiríssima fila do futebol português. Direi mesmo que esta homenagem, sendo preciosa - até porque num tempo em que a saúde muito o debilita -, é também o mínimo. Sem esquecer ter sido Luís Filipe Vieira quem, há anos, o agarrou, devolvendo-o ao Benfica, quando, por agruras da vida, ele estava muitíssimo na mó de baixo.
Chalana, na minha opinião - e na de muitos -, foi o maior génio do futebol português depois do Rei Eusébio (até à chegada de Ronaldo). E acredito que outros gigantes - vide Luís Figo, Futre, Rui Costa, Vítor Baía, Paulo Sousa, José Augusto, António Simões, ou António Oliveira, Humberto, João Vieira Pinto, Fernando Gomes, João Alves, Fernando Couto, Nené, Manuel Fernandes... - me compreenderão. Tal como, decerto, seria compreendido por Jordão (o 1.º Príncipe do Rei), Germano (um dia coloquei a dúvida de se ele foi o Beckenbauer português ou se Beckenbauer terá sido o Germano alemão...) e, noutros exemplos, Mário Coluna (nunca vi outro médio e capitão com tão poderosa personalidade e pegar numa equipa pelos colorinhos, Benfica ou Selecção, erguendo-a quando tudo corria mal...) e José Águas (finíssimo/ímpar ponta de lança, pés de prata, cabeça de oiro, capitão do Benfica bicampeão europeu). Sei do que falo; tive a sorte de ver jogar todos estes extraordinários craques e em toda, ou quase toda, a sua carreira. Atenção!: quase nada pude ver de Travassos e Vasques, maestros no grande Sporting dos 5 violinos, do também sportinguista Carlos Gomes (há quem o considere o melhor guarda-redes português de sempre), de Matateu (mítico goleador, eterno ex-líbris do Belenenses) ou de Hernâni (tremenda classe no FC Porto).
Em 2000, final de século, publiquei a minha Selecção dos melhores portugueses, por posição (também a Selecção B - creio que mais polémica para mim - e a dos melhores estrangeiros em Portugal), nos cerca de 40 anos que levava a ver futebol. Chalana lá estava, evidentemente. Esta Selecção: Vítor Baía; João Pinto, Germano, Humberto, Hilário; Coluna e Rui Costa; Figo, Eusébio, José Águas e Chalana. Ainda não havia CR7... Nem Ricardo Carvalho... E ainda mais longe estava Bernardo Silva...
Na recente homenagem a Chalana, intensos elogios também ao homem, vincando permanente humildade em tão brutal talento. Meses depois de ter publicado a tal minha Selecção, encontrei-o; e fiquei estupefacto: agradeceu-me!
Chalana - grave lesão travou-lhe carreira no auge!; pouco após ter sido brilhantíssimo no Euro-1984, daí resultando transferência por verba pela qual Fernando Martins construiu o 3.º anel... foi único! No estonteante perfume do seu futebol repentista, na fantástica imaginação criadora driblando (a galgar terreno..) numa vertigem, tão depressa pela esquerda como pela direita ou com fabulosos túneis, na forma, incrivelmente endiabrada, como gingava o corpo fazendo do tocar na bola (!) e na visão a descobrir espaços para desmarcar colegas, único! Ah!: à escala mundial, nunca vi outro para quem, a conduzir a bola, a driblar e a rematar para golo, pé esquerdo e pé direito fossem tão igual!; absolutamente único!
Futre, outro genial, o mais próximo sucessor nas diabólicas arrancadas a partir da esquerda, foi à homenagem benfiquista a Chalana dizer o que eu já lhe tinha ouvido: «Ele foi o meu grande ídolo. Eu, do Sporting, ia à Luz só para o ver jogar!»

Pote 3 para o campeão da Europa! Triste. Ok, já estão longínquos os tempos do quase, quase...; e vão 11 consecutivos qualificações (20 anos...) de Portugal para fases finais de Europeus ou de Mundiais (brilhante!); mas agora, com acesso alargado a 24 equipas, só os mesmo pilecas ficam de fora...
... E só aos pilecas do grupo (Lituânia e Luxemburgo) conseguimos ganhar todos os jogos. Em 8 confrontos, apenas um triunfo ao nível de campeões: 4-2 na Sérvia. Terminar atrás da Ucrânia (!), após empate e derrota perante ela, de tal nível ficou a léguas.
Temos lote de bons jogadores mais amplo do que há 4 anos. Mantemos o seleccionador/treinador campeão europeu! Há bem pouco tempo, Portugal também a Liga das Nações conquistou (directamente se impondo a potências como Itália e Holanda). Não haverá alguém mais fã da Selecção Nacional do que eu. Porém, a verdade é para ser dita: desta vez, a qualificação foi... muito frouxa! Decerto, Fernando Santos retirará necessárias ilações."

Santos Neves, in A Bola

Haris Seferovic: uma rotura na bipolaridade helvética

"Haris Seferovic sofreu uma rotura do solear da perna esquerda enquanto estava no período de aquecimento do jogo entre Suíça e Gibraltar, partida que os helvéticos acabaram por vencer por seis bolas a zero.
O avançado enfrenta, agora, um possível período de paragem de três semanas, podendo até só regressar às competições oficiais em 2020.
De resto, a presente temporada não tem sido fácil para o suíço. Seferovic tem sido um dos maiores alvos de críticas por parte dos adeptos encarnados, devido às exibições pouco conseguidas que tem realizado. O helvético tarda em reencontrar o caminho das boas exibições que demonstrou na época transacta, tendo perdido preponderância no jogo das “águias”.

Uma época à parte
A época 2018/19 foi uma época especial para Haris Seferovic: nunca o internacional pela selecção principal da Suíça tinha marcado tantos golos numa só época. Foram 27 tentos no total de todas as competições (Liga dos Campeões – 1; Liga Europa – 1; Taça da Liga – 2; Liga NOS – 23), contando ainda com 6 assistências para golo, tornando-o numa das peças-chave da equipa comandada por Bruno Lage.
No entanto, as boas exibições e os golos que fizeram de Seferovic o Bota de Prata da Primeira Liga 2018/19 tardam em aparecer esta época, levando os adeptos encarnados a questionar se o faro para golo que o internacional helvético demonstrou na época transacta tenha sido o caso de uma época à parte.

Regresso aos velhos hábitos
De resto, as últimas exibições ao serviço do clube da Luz não surpreendem quem conhece Haris Seferovic. Basta verificar os dados da sua carreira para chegarmos à conclusão de que o suíço não é um goleador nato, tal como era Jonas ou Mitroglou. Seferovic é antes o designado “primeiro defesa”, que desgasta constantemente os oponentes, quer pela pressão que exerce sem bola, quer pelos seus movimentos de ruptura constantes entre os centrais e os laterais adversários. Também a sua capacidade técnica deixa a desejar, pelo que muitos analistas de futebol atribuem o seu sucesso da época passada a João Félix, que conseguia camuflar a dificuldade do suíço em jogar entrelinhas adversárias, permitindo ao mesmo.
Haris Seferovic é, portanto, uma das incógnitas deste Benfica 2019/20, pois já demonstrou uma incrível capacidade para marcar golos, como também demonstrou uma enorme apetência para os falhar. É, por isso, imperativo que Bruno Lage consiga descobrir uma cura para esta bipolaridade helvética que parece assolar tanto o suíço, como os adeptos benfiquistas."